Via Sacra Do Amor Esponsal

02/04/2021 Via Sacra do Amor Esponsal - Comunidade Católica Shalom
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ORAÇÃO
Via Sacra do Amor Esponsal

Baseada no Escrito “Amor Esponsal” da Comunidade Católica Shalom, esta
Via Sacra pode ser rezada todas as sexta-feiras.
10 abril 2020
PRIMEIRA ESTAÇÃO
JESUS É CONDENADO À MORTE
1. Nós te adoramos, Amado Nosso, e te bendizemos.
2. Porque por tua santa cruz remiste o mundo e nos ensinaste a medida do amor.
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Do Evangelho de S. Marcos, 15, 14-15
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Eles gritaram ainda mais: “Cruci ca-O!” Pilatos, decidido a satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás
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e, quanto a Jesus, o entregou para que o açoitassem e o cruci cassem.
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Meditação – Via Sacra do amor esponsal
No meio da multidão, Esposo meu, olho, ansioso, o teu rosto. Quando ouves “Barrabás” sabes que
serás cruci cado. No entanto, mesmo à distância, vejo em teus olhos a esperança de poder dar-lhe
uma segunda chance. A chance do Novo Testamento. Tu sabes bem, Jesus, que Barrabás, assim
como eu, é vaso de argila. Está dentre os menores, os piores, os miseráveis. Nos desígnios de
Misericórdia, o Pai, de forma incompreensível, te troca pelo pior dos malfeitores. Misteriosamente,
Barrabás recebe a tua entrega total por ele em forma de segunda chance.
Ele não sabe o que se passa. Não consegue medir, nem imaginar. Eu, sim. E, em minha miséria, uno-
me a ele, Deus de minha vida, eu, o menor, o pior, e acolho a Ti, dado em troca de mim. Acolho-te
todo, sem nada deixar de acolher e, ao acolher-te, entrego-me todo a Ti. Tu, tomas sobre ti todo o
meu pecado e todo o meu ser, dado em troca pelo Teu. Por isso, ainda que eu não abra a boca,
perdido na multidão, por causa do mistério escondido nesta troca, grito também: “Cruci ca-O!”
Aclamações
1. Jesus, Esposo Meu, livremente entregue à cruz em meu lugar,
2. Tem piedade de mim e ensina-me a entregar-me livremente pelos miseráveis.
3. Jesus, Esposo Meu, trocado pelos menores, pelos piores,
4. Tem piedade de mim e ensina-me a me dar por eles.
https://comshalom.org/via-sacra-do-amor-esponsal/ 1/14
5. Venha teu Reinado,

6. Cumpra-se teu desígnio na terra como no céu.
Pai Nosso

SEGUNDA ESTAÇÃO
JESUS É CARREGADO COM A CRUZ
1. Nós te adoramos, Amado nosso, e te bendizemos.
2. Porque por tua santa cruz remistes o mundo.
Do Evangelho de São Marcos, 15,20
Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas.

Levaram-no, então, para O cruci carem.
Meditação – Via Sacra do Amor Esponsal

“O Amor não é amado!” Com São Francisco, Amado meu, meu coração reconhece que, das mais diversas
formas te escarneceu, cuspiu-te na Face, enterrou-te a coroa com pancadas surdas. Oh, meu Deus, não te
amei! Esqueci de onde me tiraste, esqueci que me escolheste e, envolto no dia a dia, escarneci de Ti,
ignorei a Tua vontade que é sempre amor. Perdoa-me, Deus de minha vida. Perdoa-me! Deixa-me lavar 
teu sangue com minhas lágrimas. Deixa-me ungi-lo com meu arrependimento, mais uma vez, mais uma
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vez! Ah, Senhor, o quanto deves me amar para perdoar-me tantas vezes! In amo-me de gratidão por me
amares tanto apesar de tantos escárnios de minha parte. Vejo-te a caminhar para a cruz, pronto a amar 
sempre mais e mais. Uno-me a esta cruz, que acende o teu amor. E Tu, loucamente, te unes a mim, cuja 
ingratidão constante só te leva a amar mais.
Aclamações
1. Jesus Cristo, Amor do Pai In amado,
2. Tem piedade de mim, cujo pecado in ama teu amor!
3. Jesus Cristo, Amor que não é amado,
4. Tem piedade de mim, que me amo tanto, e me leva a amar sempre mais e mais
5. Perdoa-nos nossas ofensas,
6. Como nós também perdoamos aos que nos ofendem.
Pai Nosso

TERCEIRA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
1. Nós te adoramos, Amado Nosso, e Te bendizemos.
2. Porque por Tua santa cruz remiste o mundo.
Do livro do profeta Isaías 53,4-6

Na verdade, ele suportou nossos sofrimentos e carregou nossas dores, nós o tivemos como um
contagiado, ferido de Deus e a igido. Ele, ao contrário, foi trespassado por causa de nossas
rebeliões, triturado por causa de nossos crimes. Sobre ele descarregou o castigo que nos cura, e
com suas cicatrizes nos curamos. Todos nós andávamos perdidos como ovelhas, cada um para seu
lado, e o Senhor fez cair sobre ele todos os nossos crimes.

Vejo-te, Amado meu, por terra. Caído. Um cordeiro, um cordeirinho sangrando, caído sob a cruz. Quero
socorrer-te. Não me deixam! Quero rebelar-me, gritar diante de tamanha injustiça. Não me deixas!
Guardo, compungido, meu grito. Uno-me a ti em tua queda. Entendo, vendo-te assim, que santo não é
quem não cai, mas quem con a inteiramente na misericórdia do Pai, como tu fazes agora. Olho ao meu
redor, atingido pelos gritos de ódio. Misteriosamente, eles passam por mim, mas não me atingem.
Atingem a ti, pois por recebê-los estás contagiado, ferido, a igido. Os chicotes não te deixam. Nem te
deixam as nossas quedas. Volto a olhar ao meu redor e, agora, entendo: também eu devo deixar-me
contagiar, acolher e a igir-me – ferido – os vários gritos de ódio dos não-amáveis.
Aclamações
1. Amado, Cordeiro de Deus, silencioso e caído, inteiramente abandonado ao Pai,
2. Tem piedade de mim que não admito cair e nem sempre con o em tua misericórdia!
3. Cordeiro, Esposo, entregue totalmente às nossas mãos assassinas,
4. Tem piedade de mim e ensina-me a entregar-me, amorosamente, ao não-amável!
5. Não nos deixes, Pai, sucumbir à prova, 
6. E livra-nos do Maligno.
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Pai Nosso 
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QUARTA ESTAÇÃO
JESUS ENCONTRA SUA MÃE
1. Nós te adoramos, Filho, e te bendizemos.
2. Porque por tua santa cruz remiste o mundo.
Do Evangelho de São Lucas 2, 34-35,51
Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: “Vê: Este está posto de forma que todos em Israel ou
caiam ou se levantarem; será uma bandeira disputada, e assim carão evidentes os pensamentos
de todos. Quanto a ti, uma espada te atravessará. Desceu com eles, foi a Nazaré e continuou sob
sua autoridade. Sua mãe guardava tudo isso em seu íntimo.

Tu e eu a vemos, Filho, e, nela, Tu e eu nos encontramos. Não é só a Mãe que encontras. É na Mãe que,
mais uma vez, te encontras, em Tua humanidade bendita. Vejo, no Teu olhar a ela o mesmo que no dela a
ti: “Deus! Só Deus! O Pai! Só o Pai! A vontade do Pai! Fiat! Fiat!” Nenhum dos dois pensa em si. Ambos só
vêm o Esposo, o Pai, a Santa Vontade do Pai, o Amor do Pai, o amor ao Pai. Bebo, ávido, até a última gota
das lágrimas de alegria deste olhar.
Há dor, mas é dor de amor. E dor de amor, Amado – me ensinaste! – é alegria. É ressurreição. Tira, Deus
de minha vida, meus olhos de mim mesmo, e, por esta santa troca de olhares, in ama-me para que eu
busque cada vez mais o esquecimento de mim, de minha própria vontade, de meus próprios interesses,
de minha própria vida e que, cada vez mais in amado de amor por ti busque somente a Ti, a vontade do
Pai, os interesses Dele, a vida Dele, a obra Dele.
Aclamação
1. Jesus, Filho de Deus, Filho de Maria, a ela unido em eterno “Sim”
2. Tem piedade de mim e ensina-me a ser, como ela, sempre “sim”
3. Jesus, unido a Maria no amor ao Pai, que aos dois basta,
4. Ensina-me a buscar somente a Sua santa vontade e con ar que só Tu, Deus meu, me
bastas.
5. Cumpra-se o teu desígnio,
6. Na terra como no céu.
Pai Nosso
QUINTA ESTAÇÃO 
JESUS É AJUDADO PELO CIRENEU A LEVAR A CRUZ 
1. Nós te adoramos, Amado Humílimo, e te bendizemos. 
2. Porque por tua cruz remiste o mundo.
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Do Evangelho de São Marcos, 15,21-22
Passava por ali, voltando do campo, certo Simão de Cirene (pai de Alexandre e Rufo), e forçaram-no
a carregar a cruz. Conduziram-no al Gólgota (que signi ca Lugar da Caveira).

Vejo o Cireneu, cansado depois de um dia de trabalho no campo, ser obrigado a ajudar-te, Amado meu.
Por que não me escolheram a mim, penso, em meu orgulho. Iria com o maior prazer, seria uma honra
sem igual. Logo entendo o cuidado com que o Pai preparou este teu caminho. O Cireneu era mais um a
quem querias bene ciar com a tua paixão. Primeiro, o malfeitor tinha uma segunda chance. Agora, o pai
de família, cansado do trabalho do campo, com a idade que teria, talvez, o próprio José, teu pai adotivo.
Também ele te ajudou. Terá o Pai pensado nele? Tê-lo-á recompensado salvando este Simão? Nele,
Senhor meu, pedes a todas as famílias, a todos os pais e mães, que carreguem a Tua cruz, a bendita e
feliz cruz de morrer para que seus lhos tenham vida, de se darem para que seus lhos, mesmo não
tendo tudo, tenham a eles, sua presença, suas renúncias, seu amor. É belo ver-Te em Teu caminho de
cruz, a tocar os casais, as famílias, a ensinar-lhes que também deles Te zestes Esposo e também a eles
chamas ao Amor Esponsal vivido no marido, na mulher, nos muitos lhos.
Aclamação
1. Humilde Amado, que te deixar ajudar por um cansado pai que vem do campo,
2. Tem piedade de mim que me fecho em minha auto-su ciência.
3. Jesus querido, que aprendeste o amor humano na família de Nazaré,
4. Tem piedade de mim e ensina-me a rezar, amar e servir em família.
5. Pai nosso do céu,
6. Seja respeitada a santidade do teu nome.
Pai Nosso

SEXTA ESTAÇÃO
A VERÔNICA LIMPA O ROSTO DE JESUS
1. Nós Te adoramos, Amado Único, e te bendizemos.
Do livro do profeta Isaías 53,2-3
Cresceu (…)sem presença nem beleza para atrair nossos olhsares, nem aspecto que nos cativasse.
Desprezado e evitado pela gente, homem acostumado a sofrer, curtido na dor; ao vê-lo cobriam o
rosto; desprezado nos o tivemos por nada.
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Correu a Verônica entre a guarda. Enxugou-te o rosto, colheu o suor de exaustão; comprimiu o sangue do
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sacrifício, secou as lágrimas de tantas emoções. Não tinha lhos por quem chorar. Não tinha esposo, esta
Verônica. Eras, naquele momento, seu Esposo, seu Filho, seu Tudo. Amava-te, isso lhe bastava. O que faria 
esta Verônica com o seu lenço, com o teu Rosto? Para minha surpresa, não o guardou ciosamente.
Posso vê-la, ainda virgem, ainda sem lhos, ainda sem marido, com o mesmo lenço, a vestir os nus, a
cobrir os que têm frio, a enchê-lo de pão para os que têm fome, a encharcá-lo de água para os que têm
sede, a acenar trégua aos prisioneiros. Esperta como sempre, ungida de sua virgindade consagrada,
escorrega por entre as estruturas para amar-Te onde quer que estejas. Entendeu, esta Verônica, que o
amor ao irmão é maneira concreta de mostrarmos o quanto te amamos.
Aclamações
1. Jesus, que imprimes tua Face Santa em cada pessoa, em cada jovem,
2. Tem piedade de nós e ensina-nos a pureza e a modéstia, que preservam em nós a tua
santa imagem.
3. Amado Esposo, que chamas tantos a se consagrarem inteiramente a Ti,
4. Tem piedade de nós e ensina-nos a beleza de amar aqueles por quem destes a vida.
5. Pai do céu,
6. Dá-nos hoje o pão de cada dia.
Pai Nosso

SÉTIMA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
1. Nos te adoramos, Cordeiro Amado, e te bendizemos.
Do livro das Lamentações 3, 1-2.9.16:
Eu sou um homem que provou a dor sob a vara de sua cólera, porque ele me guiou e conduziu para
as trevas e não para a luz; (…) fechou-me a passagem com pedras, retorceu minhas sendas (…) meus
dentes rangem mordendo cascalhos, e me revolvo no pó.

Novamente, Amado meu, te vejo no chão! Sobrecarregado por meus pecados, conduzido para as trevas,
tu que és a Luz. Acolhes minha escuridão para que eu tenha a Luz. Minhas trevas, porém, com a de todos
os outros de todos os tempos, sugam o brilho de tua humanidade. Cais sob o meu peso. Ergo-me sobre
teu esmagamento. Olho-te: o suor não consegue remoer o sangue que secou sobre tua pele. Os primeiros
escarros, já secos, mantêm grudados entre si os os de tua barba. Os escarros recentes formam grandes
gotas esverdeadas que insistem em não cair.
Reconheço longinquamente teus olhos por entre as pálpebras inchadas. Os muitos cortes, abertos, já não
sangram tanto; escondem-se sob sangue coalhado e salmoura. O cheiro de sangue fresco mistura-se com 
o de sangue velho e suor. Dou-me conta, Senhor meu, que tu fedes. Caído por terra, tens o aspecto do 
alcoólatra inchado jogado em nossas sarjetas e calçadas. Semi-escondido pela cruz, assemelhas-te ao
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fétido miserável, a colher lixo e papel em sua carroça; como tua cruz, pesa mais que ele. Como um
mendigo fedorento a suor, sujo de catarro e urina, faminto, tu olhas para mim, a pedir que te levante. És,
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assim, tu mesmo, o não-amável que sou chamado a amar.
Aclamação
1. Senhor Jesus, que te rebaixaste mais do que todos nós por amor a quem não te ama,
2. Tem piedade de nós, que fugimos da crueza da participação de tua paixão e cruz.
Ensina-nos que isso é amor esponsal.
3. Cordeiro esmagado por nossos pecados,
4. Tem piedade de nós e ensina-nos a acolher-te quando estás sujo, fedorento, fraco e
deformado. Ensina-nos que isso é amor esponsal.
5. Pai do céu,
6. Venha o teu Reinado!
Pai Nosso

OITAVA ESTAÇÃO
JESUS ENCONTRA AS MULHERES DE JERUSALÉM
1. Nós te adoramos, Filho do Homem, e te bendizemos.
Do Evangelho de São Lucas 23, 28-31
Jesus voltou-se e lhes disse: “Moradoras de Jerusalém, não choreis por mim; chorai por vós e por
vossos lhos. Porque chegará um dia em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não
pariram, os peitos que não amamentaram! Então começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e
às colinas: ‘Sepultai-nos’. Pois, se tratam assim a árvore viçosa, o que não farão com a seca?

Ah, Senhor, Filho de Deus, Filho do Homem! Como não ultrapassar o olhar da exegese e ver, aqui, tua
admoestação para a mulher, hoje! Não estamos nós vivendo um tempo no qual as estéreis são
consideradas felizes? Não estamos vivendo um tempo em que as mulheres se fazem esterilizar para
serem, secundo elas, mais felizes? Não seremos nós as mulheres cujos ventres negam-se a parir, matando
seus lhos para viverem melhor? Não estão secando nossos peitos à força de hormônios para a
amamentação não deforma-los, para voltarmos mais cedo ao trabalho? Jesus, tu, o Filho do Homem,
Inocente, recebeste de nós o pior dos tratamentos em tua paixão.
Hoje, porém, Senhor, nós mulheres, te matamos nos abortos cirúrgicos, nos abortos advindos do diu, das
pílulas e demais métodos arti ciais que não deixam desenvolver-se nenhuma vida que consiga escapar ao
seu cerco. Criaste-nos para acolher e promover a vida, e eis-nos hospedando e provocando a morte!
Chamaste-nos a humanizar o homem e eis-nos ultrajando seu direito mais básico! Criaste-nos para 
sermos presença disponível e eis-nos sendo ausência ocupada! Fizeste-nos ternura e eis-nos rispidez, 
competição, ódio aos nossos próprios lhos. Hoje, Jesus, não temos por quem chorar. Nem por nós – que
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julgamos o choro sinal de fraqueza- nem por nossos lhos – que não existem mais! Que zemos, Senhor,
que zemos ao lenho verde!
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Aclamações
1. Amado Filho do Homem, acolhido por Maria sem restrições,
2. Tem piedade de nós!
3. Jesus, criança assassinada, criança solitária, criança abandonada,
4. Tem piedade de nós!
5. Pai do céu,
6. Não nos deixes sucumbir à prova!
Pai Nosso

NONA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
1. Nós te adoramos, Filho de Deus feito Homem, e te bendizemos.
Do Livro das Lamentações 3,27-32
É bom para o homem carregar o jugo desde a sua mocidade. É bom ele sentar-se solitário e
silencioso quando o Senhor lho impuser; por sua boca no pó, onde talvez encontre esperança;
estender a face a quem o fere e suportar as afrontas. Porque o Senhor não repele para sempre.
Após haver a igido, tem compaixão, porque é grande a sua misericórdia.

Sei, Amado meu, que esta tua terceira queda é a minha última oportunidade de cair contigo e deixar-te
cair comigo. Para ser tua alma esposa, é preciso que eu encontre o segredo da queda. É preciso que me
una a ti e aprenda a partilhar contigo o pó e nele encontrar esperança. Ajuda-me, Senhor, a cairmos
juntos. Ajuda-me a fazer-me pequeno contigo, pois meu alvo é a santidade e a santidade nunca foi para
os grandes, para os que nunca caem e julgam tudo saber, tudo poder. Desejo, meu Jesus, cair contigo.
Não terei medo de ser esquecido, de ser escarnecido, de ser rejeitado.
Meu alvo, Amado meu, é a santidade, não o sucesso. Desejo, meu Senhor, permitir que caias comigo;
permitir que me ajudes em minha solidão, em meu pó, no jugo que carrego desde a mocidade. Desejo,
contigo, estender a face ao que me fere, pois meu alvo, como já disse é a santidade. Não só alvo, mas
vocação, sem presunção nenhuma de grandeza. Nesta queda conjunta, meu Querido, tua e minha, está a
nossa esperança. Não é exatamente lá, no pó, que ela se esconde? Não é na queda que ela se oculta? Não
é lá que ela sussurra o Teu Amor por mim? Esta queda, como as outras, é a minha queda, a nossa queda,
o nosso segredo para encontrar a pequenez, a con ança no Amor, a esperança escondida no pó que se
mistura ao teu sangue. 
Aclamações 
1. Jesus, que escondeste no pó a virtude da esperança, 
2. Tem piedade de mim e livra-me de querer encontrar-te nas grandezas.
3. Cristo, que aceitas trilharmos juntos o caminho da queda,
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4. Tem piedade de mim e ensina-me a suportar as afrontas dos que me são mais caros.
5. Pai do céu,
6. Perdoa nossas ofensas.
Pai Nosso

DÉCIMA ESTAÇÃO
JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES
1. Nós te adoramos, Cristo, Novo Adão, e te bendizemos.
Do Evangelho de São Marcos 15,24
Os soldados repartiram entre si as suas vestes, sorteando-as para verem o que levava cada um.
É inevitável, Senhor meu, ver-te, assim, despido, e não recordar que a santidade é a veste nupcial para as
bodas do Cordeiro. É inevitável, também, ver de quantas vestes me visto. De quantas defesas, de quantas
vontades, de quantas imagens, de quantas teimosias. Inevitável ver de quanta vaidade me adorno, em
quanto orgulho me abrigo, em quanta altivez me defendo. Inevitável colocar-me, tão altivo, tão protegido,
tão cheio de mim mesmo, diante de ti, despido, ferido, ensanguentado e sujo.
Inevitável reconhecer o óbvio de qual das duas vestes é a da santidade. Impossível não distinguir qual dos
dois está preparado para as núpcias! Quando, Senhor, te terei como meu único Amor, quando só tu me
bastarás, de fato, para que eu não só permita, mas deseje despojar-me de minhas vestes tão baixas,
deixando, feliz, que as disputem quem nelas se interesse e que tirem a sorte como queiram, uma vez que
minha fortuna é estar despido, pronto para as nossas Bodas.
Aclamações
1. Jesus, Novo Adão, vestido de nudez,
2. Tem piedade de mim e dá-me a coragem do amor.
3. Jesus, Noivo e Cordeiro,
4. Tem piedade de mim e veste-me de tua nudez.
5. Pai do céu,
6. Venha o teu Reinado.
Pai Nosso


DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO 
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JESUS É PREGADO NA CRUZ
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1. Nos te adoramos, Cordeiro Amado, e te bendizemos.
Do evangelho segundo São Mateus 27, 37-42
Puseram por cima da cabeça d’Ele um letreiro escrito com a causa da condenação: “Este é Jesus, o
Rei dos Judeus”. Foram então cruci cados com Ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam dirigiam-Lhe insultos, abanavam a cabeça e diziam: “Tu que demolias o Templo e
o reedi cavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!” De igual
modo, também os sumos sacerdotes troçavam, juntamente com os escribas e os anciãos, e diziam:
“Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se! É Rei de Israel! Desça agora da cruz, e
acreditaremos n’Ele”.

Vejo-te, Jesus, imóvel por alguns instantes, tomado da imobilidade do amor. Sei que logo arquejarás, que
em breve entrarás em tetania, em agonia, e consumarás teu sacrifício de amor. No entanto, guardo como
a um tesouro, este instante quando tu, pregado, te entregas imóvel nas mãos do Pai e do Espírito, nas
mãos dos homens. Não estás pregado em um madeiro. Não! Pendes do amor absoluto e não encontras
outra causa para amar a não ser o próprio Amor! Talvez por isso, pendas, imóvel, do ápice da Caridade.
Aos teus pés, exponho a ti minha fraqueza, desejando amar-te cada vez mais perdidamente, como se tu
precisasses de justi cativas para amar até a consumação de ti mesmo.
Aclamações
1. Jesus, Cordeiro Imóvel, vítima do Amor, pendente do Amor Absoluto,
2. Tem piedade de mim e ensina-me que não há santidade sem cruz.
3. Jesus, Pobre e Nu, vítima da Dor,
4. Tem piedade de mim e ensina-me que os pobres são a salvação e a esperança da
humanidade.
5. Pai do céu,
6. Seja respeitada a santidade do Teu Nome!
Pai Nosso

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO

JESUS MORRE NA CRUZ
1. Nós te adoramos, Amado Nosso, e te bendizemos.
Do evangelho segundo São Mateus 27, 45-50.54


A partir do meio-dia, houve trevas em toda a região, até às três horas da tarde. E, pelas três horas

da tarde, Jesus bradou com voz forte: “Eli, Eli, lemá sabachthani”, quer dizer, “Meu Deus, Meu Deus,
porque Me abandonaste?” Alguns dos presentes ouviram e disseram: «Está a chamar por Elias». E 
logo um deles correu a pegar numa esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la numa cana e deu-Lhe a 
beber. Mas os outros disseram: «Deixa lá! Vejamos se Elias vem salvá-Lo». E Jesus, dando
novamente um forte brado, expirou.
Entretanto, o centurião e os que estavam com ele de guarda a Jesus, ao verem o tremor de terra e o
que estava a suceder, caram aterrados e disseram: «Ele era, na verdade, Filho de Deus».

Cristo, Ungido do Pai, Sacerdote, Vítima, Altar, Esposo! Desejo dar-te o que me dás. E posso dar-te mais
que me dás, pois, dando-te a mim, comigo dou-te a ti, que és unido a mim. Nunca irei sozinho ao Pai.
Acolho a tua morte e vivo. Acolhes minha vida e morres. Vida e morte, em tua cruz, são uma só coisa.
Sacerdote e vítima, são uma só coisa. Entrega e acolhida, uma coisa só. Tudo é amor. Tu morres por
todos. Eu morro por ti e sei que isso signi ca morrer por meu irmão.
O amor é assim: não permite que se morra por si mesmo. Tornamo-nos, assim, sacerdotes e vítimas no
Único Sacerdote, Única Vítima e, por isso, Único Esposo que, unido às famílias e aos virgens, une-se agora
aos sacerdotes em uma única Oferta, um único Altar, únicos Esponsais com toda a família humana. “Pai,
perdoai-lhes”, ouço-te dizer. “Eu te absolvo dos teus pecados”, ouço-o dizer. “Fazei isso em memória de
mim!”, ouço-te. “Eis o Cordeiro de Deus”, ouço-o. É uma só esta voz sacerdotal, esta voz esponsal que
oferta a vida!
Aclamações
1. Jesus, Sacerdote, Vítima, Altar, Esposo,
2. Tem piedade de mim, ensina-me que só o amor da cruz é o teu, e que só ele
permanece
3. Jesus, Esposo Imolado,
4. Abre os olhos de minha oração; que eu te veja, que eu veja!
5. Pai do céu,
6. Santi cado seja o teu nome!
Pai Nosso
DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO

JESUS É DESCIDO DA CRUZ
1. Nós te adoramos, ó Cristo Amado Nosso, e te bendizemos.


O centurião e os que estavam com ele de guarda a Jesus, ao verem o tremor de terra e o que estava 
a suceder, caram aterrados e disseram: «Ele era, na verdade, Filho de Deus». Estavam ali, a

observar de longe, muitas mulheres, que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para O servirem.
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Vejo-te, Senhor, sendo lavado, às pressas e, cuidadosamente, lentamente, atentamente, sem nenhuma
pressa, desejo lavar-te ao lavar meu irmão. Sinto o cheiro do lençol que te envolve: cheiro de linho cru.
Carinhosamente, atento a todo detalhe, uso todo o tempo do mundo para tecer o lençol que envolve meu
irmão, suas ofensas, seus queixumes. Inalo o perfume do óleo apressado e guardo-o na memória,
cuidadoso. Dele disponho para ungir meu irmão ferido, ofendido, faminto, doente, moribundo. Pois é
amando assim, concretamente, ao meu irmão, que te estarei amando da forma mais perfeita.
É assim que serei tua alma esposa, no amor efetivo ao meu irmão. Assim, estarei fazendo a tua vontade:
“Que vos ameis como vos amo”. Assim, Esposo meu, te envolverei a cada dia, um corpo inerte, sobre o
qual não se tem esperança, sobre o qual se meneia a cabeça. Em teu e meu coração, porém, sabemos,
que não há caso perdido, não há maldade humana, não há corpo inerte que, por causa do Amor, não vá
encontrar a ressurreição.
Aclamações
1. Jesus, inerte nos braços dos homens,
2. Tem piedade de nós e ensina-nos a amar nosso irmão.
3. Cristo, Corpo Santo preparado às pressas,
4. Ensina-nos a perfeição do amor: amar o outro como tu nos amas.

5. Pai do céu,
6. Também na terra, seja feita a tua vontade.
Pai Nosso

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO

JESUS É DEPOSITADO NO SEPULCRO
1. Nós te adoramos, ó Cristo Amado Nosso, e te bendizemos.
José pegou no corpo de Jesus, envolveu-o num lençol limpo e depositou-o no seu túmulo novo, que
tinha mandado escavar na rocha. Depois, rolou uma grande pedra para a porta do túmulo e retirou-
se. Entretanto, estavam ali Maria de Magdala e a outra Maria, sentadas em frente do sepulcro.

Vejo-te, Senhor, pelos olhos da Madalena. Observo como te colocam. Vejo como te ungiram. Como não
lembrar-me das outras unções? Fico atenta a como rolaram a grande pedra, ao ângulo do qual a

empurraram. Nada me escapa. Não te deixarei só. Estarei contigo nas ruas, no trabalho, nas escolas, nos
motéis, nos estádios, nos bares, nas praias, nos shoppings, onde a comida é farta e onde bóia o 
minguado punhado de feijão na panela de ferro. 
Estarei contigo onde o conhecimento ilumina e onde a ignorância cega. Estarei contigo onde a vida se 
inicia e onde nda. Estarei contigo nos gritos de alegria e nos gemidos de agonia. Estarei contigo, Amado
meu, a velar-te no homem, em cada homem, ao longo das nossas pobres noites. Até que venha a tua
Ressurreição. Até que a veja brilhar nos olhos deles, de cada um, e possa, eu mesmo, dormir em paz,
apoiado em teu braço, envolvido no estandarte da Caridade, sob as ores de maçã da tua eternidade,
Esposo meu.
Aclamações
1. Amado meu, Esposo meu, enquanto aguardamos a Tua ressurreição,
2. Tem piedade de mim e ensina-me a perfeição do único Amor.
3. Jesus, Amado meu, Esposo meu, enquanto aguardamos a Tua vinda,
4. Tem piedade de mim e ensina-me que amar é servir.
5. Pai do céu,
6. Daí-nos hoje o pão deste dia.
Pai Nosso

Via Sacra Do Amor Esponsal

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02/04/2021 Via Sacra do Amor Esponsal - Comunidade Católica Shalom

Via Sacra do Amor Esponsal

5. Venha teu Reinado,

Do Evangelho de São Marcos, 15,20

Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas.

Meditação – Via Sacra do Amor Esponsal

Do livro do profeta Isaías 53,4-6

Meditação – Via Sacra do Amor Esponsal

Do Evangelho de São Lucas 2, 34-35,51

Meditação – Via Sacra do Amor Esponsal

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

Do livro do profeta Isaías 53,2-3

Do livro das Lamentações 3, 1-2.9.16:

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

2. Porque por tua cruz remiste o mundo.

Do Evangelho de São Lucas 23, 28-31

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

Do Livro das Lamentações 3,27-32

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

Do Evangelho de São Marcos 15,24

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

Do evangelho segundo São Mateus 27, 37-42

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO

Do evangelho segundo São Mateus 27, 45-50.54

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO

Do evangelho segundo São Mateus 27, 54-55

4. Ensina-nos a perfeição do amor: amar o outro como tu nos amas.

DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO

Do evangelho segundo São Mateus 27, 59-61

Meditação – Via Sacra do amor esponsal

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