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Steve Gallagher - (BR) Viver em Vitória
Steve Gallagher - (BR) Viver em Vitória
Steve Gallagher
G158v
Gallagher, Steve.
Viver em vitória - Pelo poder da misericórdia / Steve Gallagher; traduzido por Dra.
Maria Eugênia da Silva Fernandes - Rio de Janeiro; Graça, 2005.
256 pp. 16x23cm.
ISBN 85-7343-719-7
Inclui bibliografia
CDD-248.4
Sumário
Bibliografia .....................................................................................198
***
***
AMADORES ESPIRITUAIS
*
Nota da Revisão - Referência ao livro de Eleanor Porter.
Deus quer fazer por você, testemunhos a respeito do que Ele fez e
um culto de adoração que lembra uma festa de vitória de algum
campeonato.
O que há de errado nisso? Sou contrário ao entusiasmo
cristão? Absolutamente não! Concordo com aqueles que fazem a
pergunta: "Por que alguns crentes ficam histéricos com um jogo de
futebol, mas recusam-se a mostrar entusiasmo por Deus?". Creio
que existe lugar para uma exuberância genuína com relação ao nosso
Salvador e o que Ele fez por nós.
O problema com a igreja que o Pr. Pete dirigia é que, quando
espreitamos por trás do muro da exuberância e da penugem exterior,
não há coisa alguma lá! O cristão maduro, que sabe discernir,
descobre, com tristeza, que aquela igreja não tem substância. A
esperança que está sendo espalhada não está ligada a um
conhecimento real do Senhor ou de Sua dependência, mas, sim, a
um clima de entusiasmo superinflado, que não deixa diminuir.
Conseqüentemente, o maior medo desse homem não é de que ele
possa desviar seu rebanho, mas de que, se ele deixar o entusiasmo
morrer, todos os seus seguidores rapidamente o abandonarão por
outra igreja "em que haja o mover de Deus".
A vida cristã não é para ser vivida continuamente no
entusiasmo febril. Estar perdido no regozijo do amor de Deus ou de
uma revelação elevadíssima de quem Ele é pode ser
maravilhosamente animador na jornada espiritual de um crente.
Não obstante, o crescimento cristão, geralmente, vem em meio à
luta, quando se passa entre a folhagem densa dos problemas da vida,
como em uma floresta. Nesse momento, o verdadeiro caráter santo é
edificado, e o cristão maduro aprende o que significa viver pela fé em
Deus.
Pr. Pete tem um conhecimento superficial de Deus, então, isso
é tudo o que ele pode oferecer à sua congregação. Na realidade, esse
homem não pode pastorear além do que ele mesmo já caminhou na
própria vida espiritual. Como sempre foi capaz de se relacionar por
causa de sua personalidade agradável, aparência otimista, natureza
cheia de energia, Pete nunca sentiu necessidade de algo mais
profundo do Senhor. Na verdade, aprendeu cedo que seus dons
carismáticos o fazem um "líder nato", anulando sua necessidade de
cultivar a autoridade santa que vem de uma vida de dependência do
Pai. Simplificando, Pr. Pete não precisa de Deus para atrair
seguidores.
O sorriso rápido e a movimentação incessante do Pr. Pete
geram entusiasmo nos outros. Um olhar para baixo da superfície
expõe alguns problemas reais em seu ministério e em sua vida
pessoal. As experiências pseudo-elevadas que ele tenta produzir para
os seus seguidores são concebidas do seu pensamento e sua vontade.
Em algum ponto de sua caminhada com o Senhor, Pete, talvez, tenha
testemunhado as tremendas manifestações do poder de Deus em
outros. Entretanto, em vez de buscar uma experiência genuína e
pessoal com o Altíssimo, está contente em ter um ministério cheio
de zelo, mas desprovido de qualquer conhecimento real ou
importância espiritual. É inevitável que todo culto da igreja se torne
um evento coreografado estimulante, na tentativa de manter a sua
congregação — isto é, os espectadores — eletrizados pelo esforço
humano de sustentar um alto nível de interesse que agrade à
multidão.
Em vez de receber alimento espiritual saudável, que leva ao
crescimento espiritual natural que ocorre em uma congregação bem-
nutrida e pastoreada de modo maduro, os membros da igreja
recebem uma dieta constante de algodão doce e cobertura de
marshmallow, a qual provê uma explosão temporária de energia,
mas deixa-os, no final, dolorosamente desnutridos. O que mais se
espera de um homem que passou a sua vida cristã inteira omitindo
os elementos primários de uma dieta bem-balanceada — o alimento
de ser convencido pela Palavra de Deus, os vegetais da disciplina, as
batatas do sacrifício, a salada da adversidade? Ele gosta de
sobremesa e imagina que, além dele, os outros possam viver com
isso o tempo todo. Então, o corpo de sua igreja lembra um viciado
em drogas, que se mantém artificialmente, enquanto, na realidade,
seu corpo carece da nutrição adequada para promover o crescimento
e sustentar a vida.
A falta da verdadeira liderança espiritual no Pr. Pete aparece
não apenas no púlpito, mas também no seu aconselhamento
pastoral. Quando abordado por pessoas que necessitam de respostas
reais, ele lhes empresta um ouvido simpático, da uma palavra
animada de encorajamento, faz uma oração que soa fervorosa e
termina com um tapinha de conforto nas costas. Inicialmente, a
pobre pessoa que buscou ajuda sente-se animada durante cerca de
dez minutos, antes que um senso de desespero lhe sobrevenha.
Naturalmente, ela tem dificuldade em entender como tal palavra e
tal oração de ânimo podem deixá-la tão confusa e desesperada. O
que esse homem ferido precisa é do conselho santo de um pastor
com um interesse sincero, que realmente entenda os seus problemas
e ore com autoridade.
Infelizmente, uma reunião com esse ministro desapontaria
todos aqueles que têm uma necessidade real. Pete não compreende
os vários dilemas da vida que muitas pessoas enfrentam, porque ele
não encara as próprias dificuldades. A compaixão não cresce dentro
dele, porque ele confia no sentimento e nas respostas emocionais
para a dor dos outros. Não oferece percepção espiritual, pois nunca
adquiriu a sabedoria que vem quando uma pessoa sobrevive na noite
escura da alma. Pete ora fervorosamente, mas sem poder. Suas
orações são a tagarelice de um homem frívolo, não as súplicas
sinceras de um autêntico intercessor, que move a mão de Deus. Ele
fala da vida de vitória, mas sua idéia sobre ela é que isso nada mais é
do que declarações exageradas, as quais não contêm uma realidade
espiritual. Conseqüentemente, a pessoa que o procura sai sem
respostas, sem ajuda, sem esperança.
Pr. Pete tem um problema muito sério: sua experiência com
Deus é extremamente superficial. Então, permanece superficial e
imaturo, sem qualquer substância para oferecer a outras pessoas.
FUNDAMENTO DEFEITUOSO
O PROGNÓSTICO ADEQUADO
O INIMIGO DE DEUS
Poucos cristãos percebem o quanto resistem a Deus. A verdade
é que somos iguais ao rei Rnal: a maior parte do tempo na
insanidade do pensamento humano caído (Há caminho que ao
homem parece direito - Pv 14.12a). Durante nossos períodos
ocasionais de sanidade, o Espírito de Deus é capaz de Se comunicar
conosco. Deixamos que Jesus entre, mas mantemos a Sua
autoridade em um beco sem saída. Por quê? Porque não queremos
que Ele nos diga como viver. Ficamos contentes de obedecer a Ele
exterior e superficialmente, mas não em nosso coração.
Todos nós enfrentamos a luta com a nossa carne. Paulo disse:
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espirito é
vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus
(Rm 8.6,7a). Imagine isso! Inimizade contra Deus!
Existe uma parte de nós que O ama. Nosso espírito foi avivado
e demos passos de "bebê" no sentido de amá-lO conforme Ele
ordena. Contudo, dos 50 mil pensamentos que entretemos em um
determinado dia, quantos giram em torno dEle? Quantos estão
centralizados em suprir as necessidades daqueles que Ele ama? A
maior parte dos nossos pensamentos gira em torno de nós mesmos:
o que queremos e gostamos; quais são nossos interesses e o que
desejamos fazer. Esse pensamento está em divergência com o Reino
de Deus. Com efeito, nosso pensamento é de total egoísmo,
completamente estranho ao Reino.
Viver em vitória requer uma mudança dramática nesse tipo de
pensamento. Conseguir que um ser humano egoísta e mundano
pense como Cristo não é uma tarefa pequena e explica parcialmente
o porquê de poucos alcançarem a vitória genuína. O primeiro desafio
de Deus nessa façanha é ajudar a pessoa a ver o erro do seu modo de
pensar. Infelizmente, somos como um homem em um hospital
psiquiátrico que perdeu o contato com a realidade, contudo, pensa
que é normal, porque todos ao redor dele são doidos! Se ele tiver
esperança de sair, algum dia, daquele lugar, terá de reconhecer o
fato de não estar pensando com muita lucidez. A partir de então, um
bom conselheiro (como Tellius) poderá guiá-lo ao pensamento
adequado. Qualquer pessoa da área de aconselhamento sabe que, se
uma pessoa não admitir que tem um problema com o seu modo de
pensar, não existirá absolutamente nada a ser feito para ajudá-la.
Para exacerbar ainda mais o problema, a pessoa em que Deus
está operando freqüentemente resiste aos Seus esforços. É como um
técnico chamado para consertar um computador que não funciona.
A unidade central de processamento que está lançando dados
errados e fazendo cálculos falhos é a mesma que deve cooperar com
os esforços do técnico para consertá-la. Quando o profissional tentar
restaurar a CPU, descobre que ela se opõe a cada movimento em seu
interior. Existe algo no circuito com defeito (orgulho) que nega a
existência de algo errado e tenta impedir tudo que é feito. O técnico,
então, procura introduzir os dados certos, os quais induzirão o disco
rígido a corrigir a falha, mas o computador rejeita a informação.
Muitos cristãos lutam, com unhas e dentes, contra Aquele que
tenta ajudá-los! Eles Lhe resistem, ignoram-nO e desobedecem-Lhe.
Prestam atenção quando é conveniente e O descartam no restante do
tempo. Por que as pessoas são tão hostis ao nosso Pai sábio e
amoroso? A vida seria tão melhor se deixássemos que Sus
governasse o nosso país, mas a insanidade, a qual nos faz realizar
um trabalho de má qualidade, continua a nos dizer que somos
melhores sem o Seu governo.
O maior desafio de Deus para levar Seu povo a uma vida
vitoriosa é fazê-lo perceber a necessidade do Seu controle na vida de
cada um. Essa é uma operação extremamente delicada, a qual requer
uma quantidade de esforço enorme da parte do Senhor. Não
obstante, Ele, graciosamente, deixa passar as nossas faltas, aguarda
pacientemente as oportunidades para argumentar conosco e realiza
tanto quanto pode com o pouco que Ele tem para trabalhar. Embora
o Senhor seja um cavalheiro e Se recuse a usar a força para realizar
Seus objetivos, não se engane a respeito disso. O Pai tem uma única
coisa em mente: a conquista absoluta do nosso mundo interior.
Antes de percebermos plenamente o desafio desse processo,
temos de entender melhor o que é a carne.
NÍVEL TRÊS
Intimidade profunda com Deus
Consagração profunda
Perdido no amor de Deus
Vida completamente sem egoísmo
Vontade própria totalmente conquistada
Humildade no espírito
NÍVEL DOIS O caminhar é na presença de Deus
Vida razoavelmente consagrada
Obediência no coração
Relacionamento real com Deus
Fidelidade
Sabedoria e maturidade
Usado pelo Senhor
Vida sem egoísmo
NÍVEL UM O fruto do Espírito
Obediência exterior básica
Sem pecado que importune
Certo grau de fidelidade
Fruto do Espírito no início
Gráfico 4-1
***
O GRANDE MANDAMENTO
Jesus disse: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento (Mt
22.37). Por causa da crescente passividade e a mornidão da Igreja,
tem-se dado pouca ênfase nesse mandamento, que é da maior
importância — se é que algum destaque tem sido dado a ele. Muitos
pastores preferem apaziguar as suas congregações, em vez de
insistir, sem medo, para que as pessoas examinem completamente
seus corações a fim de determinar se estão andando em obediência à
Palavra.
As pessoas ficam descuidadas com relação a este mandamento,
porque não entendem realmente a palavra amor. Acostumadas a
usar amor para descrever seus sentimentos de afeição pelos
esportes, empregos e animais de estimação da família, muitas
pessoas acreditam honestamente que elas também amam ao Senhor.
O uso excessivo da palavra retirou o seu significado real. O vocábulo
grego agápç * implica uma devoção muito mais forte do que a nossa
tradução. Ágape envolve companheirismo, amizade e comunicação
diariamente — precisamente o que falta para muitos em sua devoção
ao Criador. A profundidade e a paixão do amor ágape genuíno estão
expressas nas palavras de Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento (Mt 22.37).
O amor de muitos crentes pelo Pai lembra a história de um
jovem que amava muito uma certa garota. Depois de saírem juntos
durante vários meses, eles se casaram. Na noite de núpcias,
desejando expressar plenamente seu amor pela noiva por meio da
intimidade física, ele ficou extremamente desapontado quando ela
recusou seus esforços, alegando não estar disposta. "Ela deve estar
*
agápç – exatamente como está no livro impresso. Essa palavra se repete em outras partes do livro.
(Nota da digitalizadora)
nervosa", ele pensou, compreensivo e paciente. Entretanto, depois
de vários anos de rejeição constante, o rapaz finalmente explodiu:
"Esse casamento é uma farsa! Você não me ama! Por que se casou
comigo?". Você diria que ele está exagerando ou sendo egoísta? Não,
absolutamente!
Imagino que o Senhor, talvez, sinta-Se dessa forma com
relação às pessoas que dizem amá-lO, mas têm o coração distante
dEle. Seu casamento alguma vez se consumou? Elas mantêm seu
Noivo aflito ou respondem ao Seu amor com indiferença? Creio que
o Altíssimo nunca teve a intenção de que tal coisa acontecesse. O
Senhor deseja o tipo de relacionamento no qual duas pessoas se
tornam uma, compartilhando mutuamente seus segredos mais
profundos — uma união reforçada pela íntima e recíproca devoção.
É cruel ou raro o Pai celeste esperar uma resposta recíproca ao
Seu amor? Posso demonstrar melhor descrevendo o relacionamento
que tenho com minha mulher, Kathy. Ela veio de uma família
amorosa que tinha proximidade, na qual cada filho sabia que sua
mãe e seu pai se amavam e amavam os filhos. Minha família, por
outro lado, era o oposto. Cresci em um lar onde a afeição nunca era
manifestada. Quando Kathy e eu nos casamos, assumi que
viveríamos juntos e, ao mesmo tempo, manteríamos nossa vida
separadamente. Eu estava errado! Ela não apoiava um
relacionamento distante! Desde o princípio, minha esposa esteve
completamente compromissada comigo e esperava a mesma
devoção em troca. Deus requer que os cristãos O amem de todo o seu
coração, sua alma e mente. Ele tem o direito de exigir essa espécie de
amor de nós, pois Ele nos ama dessa forma.
Deus nos ama, não porque somos amáveis, mas porque o Pai é
amor; não porque precisa receber, mas porque Ele Se deleita em dar
[...].
Embora nossos sentimentos vão para lá e para cá, Seu amor
por nós não é assim. Não é enfraquecido pelas nossas iniqüidades ou
por nossa indiferença; portanto, Ele é incansável em Sua
determinação de que seremos curados daqueles pecados, seja qual
for o custo para nós ou para Ele [...].
É uma verdade impressionante e surpreendente sermos
objetos do Seu amor. Você pediu um Pai amoroso: você tem um [...].
O amor de Deus não é uma benevolência senil que, enquanto dorme,
deseja que você seja feliz do seu próprio jeito, não é a filantropia
gelada de um juiz consciencioso nem a atenção de um anfitrião que
se sente responsável pelo conforto dos seus hóspedes, mas o próprio
Fogo Consumidor, o Amor que fez os mundos [...].
O Soberano não é orgulhoso e Se inclina para conquistar. O
Senhor ter-nos-á, embora tenhamos demonstrado que preferimos
qualquer outra coisa em Seu lugar e nos acheguemos a Ele, porque,
agora, 'não existe nada melhor' para ter.1
C. S. Lewis
LONGANIMIDADE
BENIGNIDADE
SUPORTA TUDO
*
Pegadas na areia
Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do céu, passavam cenas da minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e
o outro era do Senhor.
Quando a última cena passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia e notei que muitas
vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso me
aborreceu deveras e perguntei então ao Senhor:
— Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o
caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de
pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste
sozinho.
O Senhor me respondeu:
— Meu querido filho. Jamais eu te deixaria nas horas de provas e de sofrimento. Quando viste, na areia,
apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que eu te carreguei nos braços.
(Do livro "Pegadas na areia" — Margareth Fishback Powers — Ed.Fundamento)
(Nota da digitalizadora).
Mais ainda, Ele sustém espiritualmente Seus filhos. Davi disse:
Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a
nossa salvação (Sl 68.19 - ARA). O salmista também declarou: O
SENHOR está com aqueles que sustem a minha alma (Sl 54.4b) e
Ele sustenta com vida a nossa alma (Sl 66.9a).
O Senhor leva os nossos fardos de uma maneira que não
compreendemos. Ele está embaixo de nós, levantando-nos e
impedindo-nos de cair.
TU ÉS FIEL, SENHOR *
Tu és fiel, Senhor, meu Pai celeste,
Pleno poder a Teus filhos darás.
Nunca mudaste, Tu nunca faltaste:
Tal como eras, Tu sempre serás.
Flores e frutos, montanhas e mares,
Sol, lua, estrelas no céu a brilhar!
Tudo criaste na terra e nos ares.
Todo o universo vem, pois, Te louvar!
Pleno perdão Tu dás, paz, segurança
Cada momento me guias, Senhor
E, no porvir — oh, que doce esperança! —,
Desfrutarei do teu rico favor.
Coro
Tu és fiel, Senhor,
Tu és fiel, Senhor,
Dias após dia, com bênçãos sem fim.
Tua mercê me sustenta e me guarda;
Tu és fiel, Senhor, fiel a mim.1
Thomas Chisholm
*
Nota da tradução - Hino original intitulado Great is thy faithfulness, traduzido para o português com o
título de Tu és fiel, Senhor, de domínio público.
Sete
O Deus de misericórdia
GRAÇA
COMPAIXÃO
A compaixão de Deus vai mais além. Ele não apenas
recepciona a esposa instável arrependida com um sorriso, como
também sente compaixão pelo seu vício de adultério.*
Ele vê a sua luta. A esposa quer agir corretamente, deseja estar
nesse relacionamento, contudo, cede continuamente às pressões da
tentação. O esposo se sente mal por causa de seus embates.
Uma pessoa compassiva vê as necessidades dos outros e se
move interiormente. Ao se deparar com alguém ferido, mal consegue
conter-se e emociona-se bastante. Ela clama a Deus e fica insatisfeita
até que a dificuldade seja resolvida.
O Senhor é cheio de compaixão por nós. Suas misericórdias O
movem a nos fazer o bem e a preencher nossas carências.
Tal piedade está expressa na história que Jesus contou sobre o
bom samaritano. Ele foi movido de compaixão, mas o sacerdote e o
levita passaram pelo outro lado da estrada (Lc 10.31,32). O Senhor
nunca nos ignora quando estamos com necessidades. Ele jamais
atravessa para o outro lado da estrada para evitar o nosso problema,
mas vê as nossas dificuldades e Se move em direção a elas para nos
aliviar, curar e restaurar.
MISERICÓRDIA
*
Temos de ser cuidadosos para não ficarmos com a impressão de que um Deus santo finge que não vê
o pecado. Ele lamenta a nossa luta, mas provê um escape, o qual espera que adotemos.
[Nova Versão Internacional]. Hhesed refere-se, primariamente, ao
sistema de suprimento que Deus estabeleceu na terra para suprir
necessidades: físicas, emocionais e espirituais. Um irmão afirmou:
DUVIDANDO DE DEUS
*
Nota da Revisão - Princípio ativo: Salicinato de Bismuto Monobásico.
Meditação para hoje
A INDIFERENÇA DE DEUS
A IRA DE DEUS
O TEMOR DO SENHOR
*
Minha opinião sobre esses versículos é que aquelas atitudes e aqueles hábitos, dos quais nós nos
arrependemos, serão abolidos. Não haverá razão para trazê-los. Creio que esses versos se referem às
áreas da nossa vida que não quisemos consagrar a Deus. Precisamos ver por que perdemos as
recompensas onde elas poderiam ter sido ganhas.
Também devemos temer o fato de sermos julgados pela
medida com que julgamos os outros. Percebo que mestres bem-
intencionados justificaram tanto as palavras de Jesus, que elas não
parecem mais conter qualquer ameaça. Essa diluição das palavras de
Cristo é parte da razão pela qual perdemos o temor do Onisciente.
Jesus falou essas palavras, e creio que elas significam exatamente o
que Ele declarou: Não julgueis, para que não sejais julgados,
porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a
medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós (Mt 7.1,2).
Farei apenas uma breve referência a essa passagem agora, pois
tratarei dela mais tarde detalhadamente. Acho que ajudaria
tomarmos um momento para refletir sobre o padrão de medida que
usamos para os outros. Alguns de nós julgamos todos os que cruzam
o nosso caminho. Em nossa perspectiva egocêntrica, fazemos tudo
certo, e todos serão julgados pelo modo com que nos tratam ou
satisfazem as nossas exigências. Em nossa mente, que exalta o ego,
tornamo-nos como um crítico de cinema, examinando a vida de
todos com os quais temos contato. Que terrível a idéia de que todos
os que pensam dessa forma serão julgados com a mesma falta de
misericórdia!
Os cristãos não precisam ter medo de Deus como uma criança
encolhida no canto tem medo do pai embriagado, ou como um
oficial insignificante teme o ditador assassino a quem ele serve. O
Pai é amoroso, consistente e absolutamente justo. Não precisamos
ter a preocupação de que Ele vá ficar bravo conosco.
Entretanto, é verdade que muitos de nós somos irreverentes
com esse Deus santo. Não apenas Ele merece o melhor, como
também haverá um acerto de contas para cada um de nós um dia.
Quando a verdade da nossa vida for mostrada na tela gigante no céu,
veremos um Pai amoroso que multiplicou as misericórdias sobre nós
aos milhares — senão aos milhões. Nenhum de nós será capaz de
acusá-lO de feitor duro. Em vez disso, aquela tela mostrará a nossa
falta de disposição em responder ao amor do Senhor e em distribuir
para aqueles que estão ao nosso redor a misericórdia que Ele nos
deu em profusão.
Irado e indiferente? Não, absolutamente. Ser temido? Com
tudo o que temos dentro de nós!
Meditação para Hoje
*
Que vergonha não valorizarmos tudo o que Deus fez para nos colocar nesse ponto! Como é vergonhoso
o fato de lutarmos contra Ele e resistirmos quando o Pai tenta manter-nos cientes da nossa necessidade!
Seu filho, Salomão, escreveu: Porque ele livrará ao necessitado
quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o
ajude. Compadecer-se-á do pobre e do aflito e salvará a alma dos
necessitados. Libertará a sua alma do engano e da violência, e
precioso será o seu sangue aos olhos dele (Sl 72.12-14).
O salmista declarou: Mas ele levanta da opressão o
necessitado, para um alto retiro, e multiplica as famílias como
rebanhos (Sl 107.41).
Isaías disse ao Senhor: Porque foste a fortaleza do pobre e a
fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a
tempestade e sombra contra o calor; porque o sopro dos opressores
é como a tempestade contra o muro (Is 25.4).
Finalmente, o próprio Senhor revelou Seu coração para com
aqueles em necessidade: Por causa da opressão dos pobres e do
gemido dos necessitados, me levantarei agora, diz o SENHOR; porei
em salvo aquele para quem eles assopram (Sl 12.5).
O Altíssimo é atraído irresistivelmente para os necessitados e,
quando clamamos pela Sua ajuda, colocamo-nos na posição
invejável de receber de Deus. Ele tem uma compulsão, impossível de
ser detida, de ajudar aqueles que pedem. Embora o Senhor favoreça
os pobres e deseja ajudá-los quando pode, as pessoas devem clamar
por ajuda antes que Ele responda.*
Pode não ser nada mais do que uma espiada em silêncio no
fundo do coração de alguém, mas é ouvido claramente na sala do
trono de Deus.
Instruindo Seus discípulos a orar, Jesus usou estas duas
histórias:
APLICAÇÃO PRÁTICA
Porque sou cínico por natureza, tive de incorporar várias
coisas em minha vida para me manter na luz da Sua bondade.
Primeiro, passo muito tempo expressando gratidão e louvor ao
Onipotente.
Segundo, lembro-me constantemente, por meio dos sermões e
escritos de santos ministros, da bondade e a misericórdia de Deus.
Sou propenso a esquecer quão bom o Soberano é e tudo o que Ele fez
por mim.
Freqüentemente, também procuro expressar a minha fé no
Todo-Poderoso: "Creio em Ti, Senhor. Confio em Ti. Sei que Tu estás
sempre me ajudando, sustentando-me e guardando. Tu estás
suprindo as minhas necessidades, fazendo-me vencer na vida. Eu
confio em Ti, Pai".
De alguma forma, as palavras criam a atmosfera. Você já
esteve em um lugar em que alguém começa a falar mal de tudo? Ou
quando alguma pessoa entra com raiva, amaldiçoando em voz alta?
Nos dois casos, é criada uma atmosfera sem paz.
O mesmo acontece em sentido positivo. Algumas vezes, os
homens do programa residencial de Pure Life são encorajados a se
levantar em nossas reuniões e louvar ao Senhor pelo que Ele está
fazendo em suas vidas. Isso aumenta a fé e também ajuda os outros
que estão naquele encontro. Palavras expressam vontade, e isso é
espírito. Quando ficam em pé e dizem: "Bendirei ao Senhor em todo
tempo", estão expressando a sua vontade de fazê-lo, o que afeta, ao
mesmo tempo, os outros de uma maneira positiva.
Outra coisa que fortalece a fé é a leitura da Palavra de Deus.
Paulo disse: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de
Deus (Rm 10.17).
Enfim, você deve, simplesmente, obedecer ao Senhor. A
obediência aprofunda a fé. Quando lemos sobre o "corredor da fama
da fé" que se encontra em Hebreus 11, não encontramos menção
alguma a sinais e maravilhas. O que há no texto, como denominador
comum de todos esses heróis da fé, é uma simples disposição de
obedecer a Deus.
Todos esses exercícios espirituais aprofundam algo em seu
coração de tal modo que você pode clamar ao Senhor, tendo certeza
de que Ele ouve as suas orações e está disposto a respondê-las.
O LUGAR DO ARREPENDIMENTO
A RESPOSTA DE DEUS
Uma coisa fenomenal ocorre nas regiões celestiais quando um
dos filhos de Deus suplica por ajuda no espírito certo. Todo céu é
liberado em resposta! A coisa mais próxima que eu pensaria em
termos terrenos seria uma resposta a um incêndio ou a uma cena de
acidente de carro.
Davi, que tinha revelações maravilhosas de Deus,
experimentou isso, em primeira mão, quando o Senhor o livrou da
morte certa nas mãos dos escudeiros de Saul. Com um coração cheio
de gratidão, Davi escreveu o Salmo 18. Nesse hino de ação de graças,
ele nos deu uma linda descrição da resposta do Alto aos pedidos dos
necessitados.
Ele começa expressando o que o Senhor é para ele:
Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos
céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe.
Jesus Cristo - Mateus 12.50
*
Nota da Revisão - Correspondente ao hino 296 do Cantor Cristão.
Meditação para Hoje
Mede a tua vida pelas perdas e não pelos ganhos; não pelo
vinho bebido, mas pelo vinho derramado, pois a força do amor
reside em seu sacrifício — e aquele que mais sofre mais tem para
dar.1
Jonathan Goforth, após ter perdido cinco filhos no campo missionário
CALCULANDO O CUSTO
O SACRIFÍCIO DA MISERICÓRDIA
MISERICÓRDIA FALSA
CORO
***
O ministério de Nelson Hinman durou 62 anos. Fui um dos
poucos privilegiados a falar em seu jantar de aposentadoria em 1995.
Não sabia que ele partiria para o amado Salvador um ano depois.
Após servir em um cargo na Marinha, Nels começou a pregar
como "o marinheiro evangelista". Logo ele foi requisitado em todo o
país. Em 1944, pediram-lhe que fosse o pastor do famoso templo
Betel em Sacramento, uma das maiores igrejas da Califórnia.
Servindo lá, tornou-se capelão do Senado daquele Estado.
Nels tinha uma personalidade carismática, mas sua mulher
sabia como ele era por trás das portas fechadas. A pessoa que ela
conhecia portava-se com freqüência de modo muito diferente do
pastor amável que todos viam. O Pr. Hinman tinha um problema
sério com a raiva. "Às vezes, eu ficava bravo com minha esposa.
Alguém batia à porta e eu, instantaneamente, transformava-me na
pessoa mais gentil que existia. Você não conseguiria perceber que,
um minuto antes, eu estava em uma daquelas brigas horrorosas com
minha mulher".
Depois de 29 anos de casamento, a Sra. Hinman havia visto
hipocrisia suficiente. Uma amargura turbulenta se formou aos
poucos em seu coração. Certo dia, ele foi para casa, e ela
simplesmente tinha desaparecido. Demorou um tempo até Nels
descobrir que ela fugira com outro homem. Ninguém ficou mais
chocado do que Nels. Ele andou tão iludido pelo seu
comportamento, que nem sabia da existência de um problema no
casamento deles.
Alguns anos mais tarde, já no segundo casamento, ele
descobriu que sua mulher também estava para deixá-lo e ficou
perplexo. Foi quando um de seus amigos mais chegados lhe
perguntou: "Já parou para pensar que o problema pode ser você?".
Nels Hinman se propôs a encontrar a ajuda de que precisava, o
que o levou até um homem chamado John Broger, um ex-oficial de
inteligência da Marinha, que ensinava as pessoas a vencerem seus
problemas por meio de princípios bíblicos. O sujeito fascinou Nels.
Quanto mais estudava, mais esperança brotava em seu coração de
que não apenas podia vencer o seu problema de raiva, como também
as pessoas poderiam vencer qualquer dificuldade, usando os
ensinamentos encontrados na Bíblia.
A segunda mulher de Nels acabou morrendo. Foi quase na
mesma época em que ele escreveu An answer to humanistic
psychology [Uma resposta à psicologia humanista], publicado pela
Harvest House. Nos anos seguintes, ele começou a ensinar técnicas
de aconselhamento bíblico em diferentes igrejas da Califórnia. Em
Redding, ele se interessou por uma das suas estudantes, também
viúva recente. Nels e Juanita se casaram em 1985.
Dessa vez, ele foi um marido diferente. Qualquer um que
passasse um tempo com aqueles dois sabia como Nels a tratava
ternamente. Por exemplo, ele determinou que sua mulher nunca
abriria uma porta se ele estivesse por perto. Essas pequenas
gentilezas revelavam a mudança ocorrida em seu interior. Juanita
jamais experimentou a ira que as duas primeiras esposas de Nels
conheceram tão bem. Se ele não contasse abertamente sobre o que
havia governado a sua vida anteriormente, ela nunca teria percebido.
Mais tarde naquele ano, os recém-casados foram a
Sacramento, convidados para falar em um programa diário de rádio
da KFIA. O gerente geral da estação ficou tão impressionado com o
que eles estavam ensinando, que lhes ofereceu uma hora diária
naquela emissora. Foi criado o programa Heart Talk [Conversa do
Coração].
Aqueles foram anos felizes para Nels e Juanita. Durante o dia,
quando não estavam ensinando em uma escola bíblica local (que um
ávido estudante chamado Steve Gallagher freqüentava) e no
programa diário de entrevistas, os Hinmans dedicavam-se a longas
horas de aconselhamento.
Quando Nels se casou com Juanita, ela possuía uma poupança,
que lhe dava uma sensação de segurança para a sua aposentadoria.
Como nunca cobravam pelo aconselhamento, e as doações jamais
cobriram as contas imensas do programa de rádio, eles gastaram
rapidamente todas aquelas economias. Durante anos, viveram com
pouquíssimo, para que pudessem ajudar os outros.
O programa de rádio era bastante popular em Sacramento.
Isso era evidente pela extensa lista de pessoas que queriam ser
aconselhadas. Um dia, a secretária falou: "Você sabe que estamos
agendando reuniões com três meses de antecedência?".
Nels não aceitou isso: "É como ir ao hospital com um apêndice
supurado e ter de voltar três meses depois!".
Os Hinmans decidiram iniciar os cursos de casamento e a fazer
com que a freqüência fosse obrigatória a todo casal que desejasse
aconselhamento. O ensino era tão bom, que os problemas conjugais
acabavam durante as seis semanas de aula.4
Encontrar espaço adequado para as aulas tornou-se um
problema. As pessoas, frustradas com a falta de resultado da
psicologia "cristã" convencional, ficavam fascinadas com os
conceitos bíblicos que elas ouviam. Logo, indivíduos de todo o norte
da Califórnia passaram a freqüentar as aulas. Nels e Juanita também
começaram a ensinar pessoas leigas a auxiliarem outros cristãos,
usando a Palavra de Deus. Treinar outros para esse trabalho aliviou
os Hinmans do fardo pesado daqueles que precisavam de orientação
bíblica.
Durante dez anos, apesar da oposição tremenda da
comunidade cristã, Nels Hinman firmou sua crença de que a Bíblia
deveria ser a única Fonte de respostas para os problemas das
pessoas. O texto de 1 Coríntios 4.6, Não ir além do que está escrito,
tornou-se o lema do programa. A programação, que levava ao ar o
aconselhamento, ensinou às pessoas, todos os dias, que Deus era
confiável para resolver as suas dificuldades. Não podemos saber o
impacto pleno de Heart Talk na comunidade cristã de Sacramento.
Muitas pessoas aprenderam a viver em vitória, aplicando os
princípios e padrões bíblicos em seu cotidiano.
Deus usou a vida misericordiosa de Nels Hinman de modo
tremendo a fim de suprir a necessidade daqueles ao seu redor.
Muitas pessoas agradecidas, presentes tanto no jantar de
aposentadoria quanto em seu funeral, eram testemunhas reais de
vidas transformadas e afetadas por seu amor pela verdade.
***
À primeira vista, a história de Dick Engel parece fora de
propósito neste capítulo. Ele nunca esteve em tempo integral no
ministério e, na verdade, não se vê sob esta perspectiva. Crescido na
United Church of Christ [Igreja de Cristo Unida], Dick sempre
assumiu que estava levando uma vida cristã. Quando se casou, ele e
sua mulher, Kathy, começaram a freqüentar a mesma igreja, que era
tudo o que ele conhecia.
"Pouco depois que comecei a freqüentar aquela congregação,
Kathy começou a ter experiências estranhas com Deus", conta ele.
"Eu não entendia o que estava acontecendo, nem o nosso pastor".
Sob intensa convicção do Espírito Santo, Kathy encontrou o Senhor,
mas demorou quase um ano a que Dick percebesse a sua
necessidade.
Uma vez salvos, foram absorvidos pelas necessidades da igreja.
"Deus nos deu um amor real pelas crianças. Ensinávamos na escola
dominical e nos envolvíamos totalmente com o grupo de jovens. Não
demorou muito, ficamos totalmente comprometidos com os jovens".
Com um coração sincero para o ministério, Kathy esperava
que, um dia, juntos, eles pudessem pastorear uma igreja, mas Dick
nunca se sentiu confortável com essa idéia. "Sempre quis estar no
ministério de socorro. O pastor não pode fazer tudo sozinho. Ele
precisa de gente disposta a ajudá-lo. Prefiro estar nos bastidores,
fazendo o que puder para ajudar".
Dick e Kathy acabaram indo para Cincinnati. Kathy trabalhava
como enfermeira diplomada, e Dick, como gerente de uma fábrica de
molduras para quadros de Florence, Kentucky. Foi assim que nós, do
Pure Life Ministries [Ministérios Vida Pura], encontramos Dick.
Os homens do programa de residência Pure Life têm empregos
externos durante a sua permanência de seis meses. A maioria
consegue trabalho nas agências locais de serviço temporário, com as
quais estabelecemos relações. Um empregador os chama pedindo
trabalhadores, e a agência temporária recebe uma taxa para cada
pessoa aceita.
Durante anos, trabalhamos com muitos empregadores, mas
nunca com alguém como Dick Engel. "Quando eu chamava Dick e
lhe contava sobre um rapaz que precisava de colocação, eu era
totalmente honesto com ele sobre os problemas que tivemos com a
pessoa", relatou-me um dos nossos conselheiros. "A maioria dos que
enviamos é de homens que ninguém mais contrataria. Ele nunca
recusou aqueles rapazes".
Muitos que estão no programa de residência possuem um
passado típico, de trabalho. Tiveram empregos a vida toda, e serem
contratados por uma agência temporária não é problema. Às vezes,
entretanto, surgem casos difíceis: aqueles que, por várias razões, não
conseguem firmar-se no trabalho; rapazes com dificuldade em se
relacionar com outras pessoas; outros que não conseguem trabalhar
muito por causa de alguma limitação física; alguém que tem
problema em compreender ordens simples. Todas as vezes que
tivemos uma pessoa difícil de ser recolocado no mercado de
trabalho, Dick Engel estava disposto a contratá-la.
Mas não termina aqui. Não apenas ele tem-se disposto a
contratar esses casos complicados, como também se envolve na vida
de cada um. "Algo de que gosto no Dick é que o interesse pelos
problemas dos rapazes sempre vem na frente dos negócios",
compartilhou o nosso conselheiro. "Se tivesse de tomar uma decisão
sobre um dos rapazes, sempre nos chamava primeiro, para saber se
não teria um efeito prejudicial na vida da pessoa".
Sua paciência com pessoas difíceis é quase lendária em Pure
Life. Alguns daqueles que mandamos não se relacionava bem com os
outros. Dick dá boas-vindas com os braços abertos de um pai
amoroso e trabalha com eles, disposto a ser paciente com os mais
problemáticos. Não é que ele esteja apenas disposto a aceitar e
tolerar os casos complicados, mas ele nos chama e pede por eles!
Há ocasiões em que nossos rapazes têm confrontos de
personalidade no emprego. Dick permanece sereno. Ele,
simplesmente, reúne os homens e conversa com eles. Dick possui
uma habilidade real de trazer a paz até nas situações mais tensas. É
uma presença tranqüilizadora no local de trabalho. Os rapazes
confiam nele.
Dick Engel é um homem muito singular. O que o faz especial é
sua disposição em amar as pessoas como o Senhor o amou.
***
Robert Carrillo experimentou uma das transformações mais
radicais que já vi em todos os meus anos de ministério. Casado e
com quatro filhos, Robert era um drogado sem esperanças, em
Sacramento. Seu vício o fez tão egoísta, que ele seria capaz de roubar
o dinheiro do seguro-desemprego e o vale-refeição da mulher para
comprar drogas, deixando-a procurar comida no lixo para alimentar
as crianças.
Certa ocasião, ao dirigir sua motocicleta pela rua, Robert foi
multado por velocidade. Quando o guarda enviou a mensagem por
rádio para o despachante, este respondeu que Robert tinha sete
ordens de prisão. O policial sabia que tinha nas mãos um mau
caráter. O guarda, que era cristão, preparava-se para prender
Robert, quando o Senhor falou-lhe que não o prendesse, mas lhe
falasse de Jesus. Antes de terminar o encontro, Robert havia
entregado a vida a Cristo.
Mais tarde, o policial levou Robert para a maior igreja da área,
Trinity Church, em Sacramento. Por coincidência, um evangelista
convidado falava sobre ministrar aos sem-teto. Robert entendia o
que era ficar sem casa, porque tinha estado sem abrigo muitas vezes
na vida. Os que participaram da conferência passaram o sábado
alimentando mendigos congregados no bairro pobre. Depois que a
conferência terminou, o evangelista deixou a cidade, rumo ao seu
próximo destino.
Para Robert, contudo, era apenas o começo. Na manhã
seguinte, ele voltou ao bairro pobre, reuniu 22 homens e levou-os
para o luxuoso santuário da Trinity Church. O pessoal da igreja ficou
chocado. Os homens eram rudes, malcheirosos e com a aparência
em desordem.
À noite, quando chegou a hora de Robert levar os homens de
volta para o bairro pobre, ele não conseguiu. Olhou para Beverly, sua
mulher, para lhe contar o problema, mas Deus já havia falado com
ela. "Eu sei, Robert, o Senhor já me disse. Você está trazendo os
homens para casa".
Naquela noite, Robert levou os 22 homens para o seu
apartamento de dois quartos. As crianças dormiram no quarto dos
pais, e os homens em algum lugar onde havia espaço. O ministério
Lord's House [A Casa do Senhor] para os desabrigados começou
naquela noite.
Nos vários anos seguintes, o Pr. Leroy Lebeck de Trinity teve
muito o que fazer. "Quando esses homens começaram a seguir o
Senhor, quase sempre a velha natureza se manifestava e havia
brigas, às vezes de faca, no estacionamento da igreja. Comecei a me
perguntar em que nos havíamos metido e se não precisávamos de
seguranças na igreja, em vez de diáconos".
O próprio Robert se envolveu em 13 brigas na igreja durante os
primeiros anos de ministério. Nisso tudo, o Pr. Lebeck ficou perto de
Robert, mesmo quando alguns estavam pedindo que ele o expulsasse
da igreja. Depois da última briga, Robert foi até o pastor e confessou
que tinha acabado de brigar novamente.
"Robert, você o matou?".
"Não, não foi tão ruim desta vez".
"Bem, as coisas estão melhorando".
Antes disso, Robert e Bev começaram a freqüentar as aulas de
aconselhamento de Nels e Juanita Hinman. Gradualmente, graças à
paciência da equipe de Trinity, à ajuda pessoal dos Hinmans e à obra
do Espírito Santo, Robert e Bev começaram a mudar.
Hoje, o ministério Carrillo fornece 15 mil refeições por mês.
Dão oito mil dessas refeições para os que ficam temporariamente no
bairro pobre. Centenas de caixas de comida são feitas para as
famílias trabalhadoras; "assim, elas podem comprar roupas para
seus filhos e outras coisas que, normalmente, não poderiam
comprar". Além disso tudo, eles têm um programa de discipulado
em uma mansão reformada no centro da cidade.
"Nosso objetivo", diz Bev, "é compartilhar com os outros,
assim como foi compartilhado conosco no passado, e ensinar-lhes a
importância do amor de Cristo".
Seguramente, a vida de Robert e Beverly Carrillo é um exemplo
brilhante de como Deus distribui Sua misericórdia para os
necessitados deste mundo.
***
Jimmy Jack cresceu em uma família grande, problemática, em
Long Island, Nova Iorque. Quando entrou no Ensino Médio, usava
drogas pesadas e tinha cinco condenações por crimes graves. Nos
vários anos seguintes, Jimmy tentou satisfazer a fome insaciável do
seu vício. Certa noite, isso quase terminou em tragédia.
"Meu melhor amigo, Billy, e eu fomos ao Lower East Side de
Manhattan e compramos quatro sacos de heroína. Aspirei um saco e,
depois, segurei o braço do Billy enquanto ele injetava três sacos.
Billy tomou uma dose excessiva, e a vida começou a deixá-lo. Tentei
de tudo o que podia para salvá-lo, mas não adiantou. A única coisa
que sobrou foi gritar para Deus. Então, clamei ao Senhor e,
milagrosamente, uns paramédicos vieram não sei de onde.
Começaram a fazer ressuscitação cardio-pulmonar, tentando salvá-
lo. Eu os ouvi dizer: "'Ele se foi'. Implorei para que continuassem
trabalhando, enquanto eu me ajoelhava ao lado do carro e gritava
em voz alta: 'Ó Deus, salva o Billy, e entregarei a minha vida inteira
para Ti'. De repente, ele ressuscitou!".
Embora tivesse prometido entregar a vida para Jesus, Jimmy
continuou no mesmo caminho. Totalmente envergonhado pelo seu
voto não-cumprido, ele tentava acalmar sua consciência com mais
drogas. As coisas pioraram. Certa ocasião, alguém roubou a van em
que ele morava. Ela continha tudo o que ele possuía. Sentindo que
não daria mais para agüentar, Jimmy saiu e se drogou com crack,
acabando em um bar da redondeza. Não demorou a que os efeitos do
álcool também se manifestassem. Sua depressão virou raiva.
Do outro lado do bar, estava sentado um outro camarada que
não estava bem e também mostrou uma certa atitude. Os dois,
então, olharam-se com ódio. Jimmy estava carregando uma chave de
fenda afiada e andou na direção do homem para apunhalá-lo. De
repente, um velho amigo chamado George entrou e viu o que estava
acontecendo. Ele correu para Jimmy e prendeu seus braços,
advertindo-o a não "fazer nenhuma idiotice". Jimmy se rendeu, e
George o levou para o Centro do Desafio Jovem, uma instituição
para drogados.
Depois de três meses no programa, Jimmy se casou com sua
namorada, Miriam, e eles foram para uma escola bíblica da
Assembléia de Deus. Depois da formatura em 1989, Jimmy voltou a
Nova Iorque e fundou o Desafio Jovem de Long Island. Desde então,
o ministério se expandiu, incluindo uma igreja de 500 pessoas, um
lar que abriga 30 homens e uma casa para 15 mulheres.
Mas a história real de Jimmy Jack não se encontra no tamanho
do ministério, mas na medida do seu coração.
"Jimmy Jack nunca desiste de uma pessoa", declara Jeff Colon,
diretor do programa residencial de Pure Life. "Ele está sempre
disposto a cooperar comigo". Jeff deve saber, tendo passado pelo seu
programa antes de vir a Pure Life. "Ele está constantemente
envolvido com os problemas dos outros. Tem um amor tão grande
pelas pessoas, que está disposto a fazer o que for necessário para
ajudá-las. Não importa o quanto isso lhe custe".
Isso significou muito para a mulher de Jess, Rose, a qual,
freqüentemente, chamava Jimmy e Miriam no meio da noite, por
causa dos problemas de Jeff com o vício das drogas. "Não importava
a hora do dia ou da noite. Eu, sabia que, quando chamasse, eles não
iriam achar que eu os estava incomodando", lembra-se Rose.
"Estavam ali para me ajudar".
Outro exemplo do cuidado de Jimmy pelas pessoas é visto nas
cruzadas de rua que ele organiza na área dos guetos, no verão. "Às
vezes, a atmosfera estava carregada de hostilidade", lembra Jeff.
"Houve ocasiões em que as pessoas até atiraram garrafas no Jimmy
enquanto ele estava pregando, mas ele é do tipo que ignora o ódio
delas. Simplesmente, continua a lhes dizer que elas precisam de
Jesus".
A vida de Jimmy e Miriam Jack é um exemplo adicional que
ilustra como Deus distribui Seu amor, usando vasos de misericórdia
para auxiliar aqueles considerados pelas demais pessoas impossíveis
de se amar.
***
Na verdade, esses santos preciosos são exemplos da vida de
vitória disponível ao crente. O cristianismo se manifesta por suas
obras exteriores, mas existe um outro aspecto da vida de
misericórdia que ninguém vê, a não ser Deus.
Quando Cristo disse que faria tudo o que fosse pedido em Seu
Nome, isso significa que posso pedir que um carro seja entregue na
porta da frente da minha casa? Descobrimos, por meio das orações
não-respondidas, que existe algo mais no princípio da oração em
Nome dEle do que simplesmente encerrar nossas súplicas com a
expressão: em Nome de Jesus.
O que significa orar dessa forma?
Parece que os Ministérios Pure Life sempre estiveram
envolvidos com projetos de edificação. Somente nos primeiros cinco
anos, geralmente com uma equipe de três ou quatro obreiros de uma
vez, construímos sete edifícios, dois celeiros e montamos dois
trailers. Posso dizer que foi tudo feito com pouco dinheiro no bolso,
pouca ajuda e um grão de mostarda de fé.
Houve ocasiões em que um dos nossos rapazes precisava ir até
a cidade comprar alguns materiais. Geralmente, quando isso
acontecia, eu o enviava à loja com um cheque assinado para adquirir
o necessário. Tudo o que ele tinha a fazer era preencher a quantia.
Com freqüência, nem sei o que ele ia comprar.
Esta é uma boa ilustração de pedir algo ao Pai em Nome de
Jesus. Foi-nos dado um "cheque" em branco com a assinatura de
Jesus Cristo. Esse documento nos autoriza a comprar aquilo de que
precisamos para o projeto no qual estamos trabalhando. O "cheque"
é aceito, não por causa da nossa confiabilidade, mas porque aquela
assinatura é respeitada. Se eu mandar um dos meus obreiros
comprar tinta, o pagamento é aprovado, não porque o obreiro é
conhecido, mas porque se sabe que os Ministérios Pure Life
honrarão aquele compromisso.
Da mesma forma, é pelo Nome de Jesus que nossas petições
são marcadas com o selo aprovadas ao serem apresentadas no Céu.
É por causa do respeito pelo Nome que aparece tal assentimento nos
pedidos, não pelo nosso mérito.
O que você acha que aconteceria se um dos nossos obreiros
aparecesse em uma loja de departamentos e, em vez de comprar
tinta, entrasse em uma farra e comprasse roupas, equipamentos
esportivos, sapatos finos, uma televisão e um aparelho de DVD?
Você acha que o empregado da loja não suspeitaria?
O Nome de Jesus significa que vamos para a loja do Céu
adquirir o que Ele nos mandou comprar. Estamos orando conforme
a Sua vontade. João disse: E esta é a confiança que temos nele: que,
se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E,
se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que
alcançamos as petições que lhe fizemos (1 Jo 5.14,15). Qual é o
desejo do Senhor? Que as necessidades do próximo sejam supridas.
Você nunca errará se clamar pelo que os outros precisam!
Entretanto, o mesmo não pode ser dito sobre as orações
egocêntricas. Tiago exemplificou: Pedis e não recebeis, porque pedis
mal, para o gastardes em vossos deleites (Tg 4.3).
INTERVENÇÃO NA CRISE
Terceiro, vemos por que ele bateu à porta do seu vizinho com
uma persistência canina: pela incapacidade de atender à necessidade
por si mesmo. Se ele tivesse comida em casa, não teria razão para
pedir. Mas, como não podia suprir sozinho aquilo de que precisava,
teve de sair e encontrar alguém que pudesse provê-lo.
Não possuir os recursos próprios para suprir aquilo de que os
outros necessitam nos faz orar a favor deles. Algumas vezes,
podemos ajudá-los com nossas habilidades e nossos esforços. Foi o
que vimos nos dois capítulos anteriores. No entanto, há algumas
necessidades que, simplesmente, não temos condições de suprir
sozinhos; precisamos recorrer ao Juiz benevolente, que tem, por Si
mesmo, compaixão pela pessoa com dificuldade.
Quarto, o anfitrião desejava sacrificar-se para suprir a
necessidade do seu convidado. Você acha que ele estava animado em
sair da cama, no meio da noite, para bater à porta de um vizinho
insensível? Claro que não! Ele fez isso porque a alternativa de não
suprir a necessidade não era uma opção. Uma manifestação de vida
de vitória é quando as dificuldades dos outros pesam mais do que os
nossos confortos e desejos. Que espécie de cristão uma pessoa seria
se nunca aprendesse a pôr os problemas dos outros na frente dos
próprios? Certamente, seria qualquer coisa, menos vitorioso.
Quinto, a história ensina que ele foi até a porta de um amigo.
Tal relacionamento já estava estabelecido.
Quando buscamos o Senhor em benefício dos outros,
esperamos uma resposta, porque sabemos como é o Pai. Ele é
compassivo, mesmo que O acordem no meio da noite. Assim como
no caso do nosso juiz benevolente, é importante que vejamos a
abundância no coração de Deus. Não nos achegamos ao Todo-
Poderoso esperando migalhas de pão velho ressecado, mas um
banquete. O Supremo quer derramar bênçãos. A combinação certa
da necessidade e dos pedidos permite que Ele faça isso.
Finalmente, devemos ver a importância das batidas
incansáveis à porta da sala do trono. Deus está procurando aqueles
que não serão recusados ou mandados embora, e nem mesmo
aceitarão um não como resposta. Ele ama ouvir batidas naquela
porta! Note o que Ele diz aos judeus pelo profeta Isaías:
A ORAÇÃO DA MISERICÓRDIA
Aprendi uma oração, a qual pode ajudar aqueles que desejam,
por meio da intercessão, sustentar outros que estejam desprovidos
de estrutura para fazer isso. "Senhor, inunda aquela pessoa em
quem eu estou pensando com as misericórdias para suprir as
necessidades".5
Temos visto como é a misericórdia do sistema de suprimento
de Deus no que diz respeito à necessidade das pessoas. Apenas o
Criador entende o que está no coração de um homem e conhece o
que uma alma precisa. Podemos ver alguns problemas e achar que
sabemos orar, mas, geralmente, é melhor levar a pessoa até o trono
do Altíssimo e confiar ao Senhor o que for necessário. Quando
oramos para que Ele envie as Suas misericórdias à situação de
alguém, estamos pedindo que o Pai supra o que for preciso conforme
a Sua visão. Assim como o remédio percorre o organismo de alguém
combatendo um vírus, ao orarmos dessa forma, abrimos a comporta
das benevolências celestiais para que elas entrem na vida daquele
indivíduo. As misericórdias procurarão destruir qualquer coisa que
esteja trazendo dano ao bem-estar da pessoa.
Ao intercedermos pela misericórdia de Deus e por Sua bênção
na vida de alguém, nós nos alinhamos com o Senhor. A Bíblia diz
que Satanás é o acusador de nossos irmãos (Ap 12.10), no entanto,
Jesus está vivendo sempre para interceder por nós (Hb 7.25; 9.24).
A realidade das nossas palavras é que, quando fofocamos, criticamos
ou diminuímos os outros, nós os amaldiçoamos e agimos no mesmo
espírito em que o diabo está. Por outro lado, quando encorajamos o
próximo, edificamo-lo ou intercedemos em seu favor, colocamo-nos
no Espírito em que Jesus Se encontra: o da bênção. Duas pessoas
diante do trono; dois espíritos dos quais podemos partilhar.
Quando oramos pelos outros, queremos que o Senhor os
abençoe abundantemente. Lembra-se do juiz benevolente? Não
ficaremos contentes com um chuvisco ligeiro: queremos um
transbordar! Não vamos à sala do trono procurando uma gota,
queremos inundações. Não estamos pensando em um pouco de
misericórdia para a necessidade deles, estamos buscando um
oceano. Nosso Deus é de abundância, e esse é o tipo de resposta que
esperamos em benefício dos nossos amados.
À medida que cresce a nossa vida de intercessão, nós nos
achamos orando por pessoas com as quais entramos em contato
durante o dia. "Senhor, inunda aquela moça do caixa do
supermercado com as Tuas misericórdias. Supre suas necessidades
conforme Tu as vês". Quando somos tentados a nos zangar,
imediatamente, começamos a orar, cumprindo assim o mandamento
de Jesus: Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos
caluniam (Lc 6.28). Se um homem cristão vê uma moça pouco
vestida, em vez de tentar lutar contra a luxúria pela própria força,
deve praticar a misericórdia para com ela por meio da oração,
limpando, portanto, o seu coração (Lc 11.41). Seu mundo interior,
tão acostumado à crítica, luxúria, ira, ao ressentimento e à inveja,
gradualmente, irá transformar-se em uma fonte de bênção.
A NECESSIDADE DA HORA
BATALHA ESPIRITUAL
*
Aprecio sinceramente os esforços dos ativistas cristãos que estão tentando fazer da América um lugar
melhor para se viver. Mas esta é uma batalha que deve ser ganha principalmente de joelhos.
intencionalmente como se fosse a única criatura no
Universo.
E os seus ouvidos, atentos ao seu clamor. Os olhos e
ouvidos do Senhor estão voltados na direção dos Seus
santos. Toda a Sua' mente está ocupada com eles. Se
desprezados pelos outros, não são negligenciados pelo
Soberano. Ele ouve imediatamente seu clamor, como
uma mãe está segura de ouvir seu bebê doente. O grito
pode ser quebrado, queixoso, infeliz, débil ou
desconfiado. Contudo, o rápido ouvido do Altíssimo
capta cada nota de lamento ou apelo, e Ele não demora
a responder à voz dos Seus filhos.5
O ESPÍRITO SANTO
Jesus estava em um Espírito diferente quando andou por
aquelas ruas da Judéia. Ele tinha inimigos que procuravam feri-lO,
contudo, respondia com gentileza e amor. Seus inimigos tinham um
*
Passei muito tempo em arrependimento por esse incidente horrível. Alguns anos depois, o Senhor me
autorizou a "fazer as pazes", quando me foi dada a oportunidade de ministrar aos palestinos em muitas
reuniões em Amã, na Jordânia.
espírito de homicídio com relação a Ele, que poderia ter respondido
como eu fiz, ou como Tiago e João agiram na ocasião em que uma
cidade de samaritanos rejeitou Jesus: quiseram trazer fogo do céu. O
Mestre, voltando-se, porém, repreendeu-os e disse: Vós não sabeis
de que espírito sois. Porque o Filho do Homem não veio para
destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para
outra aldeia (Lc 9.55,56).
Pedro também quis lutar na carne. Quando a multidão veio
prender Jesus no jardim de Getsêmani, ele arrancou a orelha de um
homem com a espada. Jesus, imediatamente, curou o homem e
declarou: Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que
lançarem mão da espada à espada morrerão. Ou pensas tu que eu
não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de
doze legiões de anjos? (Mt 26.52,53).
No que se refere à guerra espiritual, você não luta fogo contra
fogo. O diabo o incitará contra os outros. O espírito em que uma
pessoa está determina sua vida espiritual. Você pode declarar que é
um guerreiro para Cristo, mas a eficácia da sua batalha depende do
seu modo de viver.
AUTORIDADE ESPIRITUAL
Mateus nos conta que, depois de Jesus ter ministrado o
revolucionário Sermão do Monte, as pessoas se surpreenderam,
porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas (Mt
7.29).
O que deu a Jesus a autoridade espiritual que os escribas não
tinham? Obviamente, por ser o Filho de Deus, dominava a questão.
No entanto, há algo mais que aponta para o poder que nós também
podemos desfrutar.
Em Mateus 5.7, Jesus fala para a multidão reunida sobre a Sua
maneira de pensar. Centenas de livros foram escritos, e milhares de
sermões, ministrados sobre os princípios apresentados nesses três
capítulos curtos. Essas verdades gloriosas de Deus, com as do
"capítulo do amor" (1 Co 13), representam o Espírito no qual Jesus
sempre vivia. Ele falava e tinha autoridade, porque vivia a realidade
daquelas palavras em Seu cotidiano.
A autoridade advém de uma fonte de poder, não de palavras.
Se estou andando na rua e alguém grita para que eu pare, não
importa quão alto ele grite, ou com que autoridade nem mesmo
como a pessoa se pareça. Posso pensar: "Quem ele pensa que é?". Se,
entretanto, ele estiver usando um uniforme com crachá, presto
muita atenção. A autoridade advém de quem o indivíduo represente,
se for o caso, por exemplo, do governo dos Estados Unidos da
América.
Jesus representou perfeitamente o Pai, porque andou em
submissão absoluta a Ele. Sua autoridade foi estabelecida pela Sua
obediência ao Senhor. O apóstolo Paulo também teve uma tremenda
autoridade espiritual. Ele não ficava aplicando "golpes de caratê" nos
poderes das trevas. Na carta aos efésios, ele diz:
UM CASO PERTINENTE
*
Um pseudônimo
sete anos, ele esteve na Coréia, onde se tornou viciado em visitar
prostitutas. Isso abriu a porta para o grande mal entrar em sua vida.
Uma paixão cega pelo sadomasoquismo rastejou lentamente para
dentro do seu coração. Embora ele nunca agisse com pessoas, o
fascínio cresceu em seu interior.
Len passou os últimos anos na Força Aérea dos Estados
Unidos. Quando seu coração ficou mais atingido, isolou-se dos
outros cada vez mais. Foi atraído pela força, o desejo de poder e por
controlar as pessoas. Len era um ávido levantador de peso, e
realmente obcecado pela sua psique. Uma vez, ele falou que teria
sido um grande nazista, pois seu coração era brutal, e ele gravitava
em torno de qualquer coisa que o autorizasse a mandar nos outros.
Por meio do testemunho tranqüilo de um capitão cristão, Len
recebeu o Senhor em 1993. Seus problemas, naturalmente, ainda
estavam lá, mas, pelo menos, ele procurava uma saída. Embora
tivesse ouvido falar dos Ministérios Pure Life em abril de 1994, levou
nove meses antes de se dispor a ir para o programa residencial de
ajuda para seus vícios sexuais.
Duas coisas precipitaram sua decisão. Em primeiro lugar,
recebeu o diagnóstico de osteoporose, uma doença óssea
degenerativa. Foi devastador para Len, que sempre fora valorizado
pela sua força física. Mas Deus estava levando-o a se ajoelhar. Em
segundo lugar, ele começou a ter pesadelos horríveis. Inúmeras
vezes, Len acordou sentindo uma presença maligna no quarto. Certa
noite, despertou aos gritos, amaldiçoando, com uma voz profunda,
gutural, que não era a sua. Isso o apavorou.
De várias formas, Len foi um caso difícil para os nossos
conselheiros. A única coisa que sobressaía nele era sua disposição de
lutar e fazer o que fosse necessário para conquistar a vitória sobre
seu pecado. Ele tinha uma porção de trevas para eliminar, mas,
gradualmente, começou a mudar. O princípio ao qual Len se agarrou
e que, provavelmente, ajudou-o mais do que qualquer outra coisa,
foi orar pelos outros. Ele confidencia:
Pedi a Deus
Pedi a Deus força para poder conquistar.
Fiquei fraco para aprender a obedecer.
Pedi saúde para poder fazer mais coisas.
Ganhei enfermidade para realizar coisas melhores.
Pedi riquezas para poder ser feliz.
Ganhei pobreza para poder ser sábio.
Pedi poder para ter o louvor dos homens.
Ganhei fraqueza para sentir a necessidade de Deus.
Pedi todas as coisas para poder aproveitar a vida.
Ganhei vida para desfrutar de todas as coisas.
Não consegui nada do que pedi
Mas tudo o que eu esperava.
Apesar de mim, minhas orações não-faladas
Foram respondidas.
Eu sou, entre todos os homens, o mais ricamente abençoado.3
Anônimo
Dezessete
Viver em vitória
*
A Turner Broadcasting Company produziu um vídeo sobre Salomão que mostrou bem a miséria do seu
pecado. Com exceção das infelizes "cenas de amor" explícitas com a rainha de Sabá, recomendo o filme.
Não parece a busca do sonho americano? Estatísticas recentes
dizem muito sobre esse estilo de vida. O padrão de vida do
pensionista médio está colocado entre a classe média dos outros dez
maiores países do mundo. Os americanos mais pobres vivem melhor
do que os pobres de outras 240 nações. A segunda estatística mostra
que o americano médio come melhor do que, no mínimo, um bilhão
de pessoas em nosso planeta. São indivíduos assim como você e eu!
Nos Estados Unidos, desfrutamos de um estilo de vida mais
opulento, cheio de luxúria, prazer e conforto, do que o de muitos reis
na História da humanidade. Salomão, certamente, não desfrutou de
encanamentos internos, eletricidade, televisão, jornais, torradeiras,
automóveis, serviço de ambulância, telefones e todas as outras coisas
que consideramos, hoje, necessidades absolutas. Os prazeres de
ontem se transformaram nas necessidades de hoje. Exemplos
recentes incluem microondas e computadores pessoais. Não faz
muito tempo, somente os ricos se davam ao luxo de ter tais bens.
Agora, a maioria das casas na América tem tudo isso. Nos últimos
cem anos, aumentamos nosso padrão de vida a ponto de, agora, até
nossos gatos comerem melhor do que quase um terço das pessoas do
mundo.
Essa prosperidade tremenda tende a deixar as pessoas em um
estado constante de desejar mais. Além disso, os anunciantes fazem
um trabalho notável de nos treinar para nunca ficarmos satisfeitos.
Para onde olhamos, dizem-nos que há algum novo item sem o qual
nós não podemos viver. Roupas, computadores, carros, férias, casas
e mobília desfilam diante de nós, mantendo-nos em um estado fixo
de cobiça. Sempre desejando mais, nunca estamos satisfeitos.
Salomão foi capaz de alcançar cada sonho carnal e, no fim, viu
tudo como realmente era: E olhei eu para todas as obras que fizeram
as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando,
tinha feito; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que
proveito nenhum havia debaixo do sol (Ec 2.11). Ele chegou a ver a
futilidade e o vazio de buscar os prazeres deste mundo. Vaidade de
vaidades! — diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade (Ec
1.2). Se as coisas mundanas não são vazias para você, sua mente está
ainda sendo manipulada com sucesso pela voz deste mundo.
Jonas aprendeu essa dura lição quando tentou seguir seu
próprio caminho em rebelião ao chamado do Senhor em sua vida. Os
que observam as vaidades vãs deixam a sua própria misericórdia
(Jn 2.8). Quando a busca do prazer e das posses materiais se torna o
foco da sua existência, é impossível viver de modo vitorioso em
Deus, e o vazio, com certeza, consome o seu coração.
Quando Salomão escreveu os Provérbios, ele ainda acreditava
que poderia manipular as riquezas e permanecer fiel ao Senhor. É
interessante que foi Agur, não Salomão, quem proferiu esta oração:
Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da
minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não
negue e diga: Quem é o SENHOR? (Pv 30.8b,9a).
O contentamento de Agur com o que tinha é um dos
ingredientes primordiais para uma vida de vitória. Paulo,
compartilhando um dos seus princípios em Cristo, afirmou: Não
digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me
com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância;
em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter
fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer
necessidade (Fp 4.11,12).
É muito importante ficar satisfeito com as circunstâncias que
temos na vida. Deixados por conta própria, iríamos pelo caminho de
Salomão, convencidos de que ainda permaneceríamos fiéis a Deus.
Não está feliz pelo fato de que o Pai não permita que você arruine a
sua vida, como Salomão fez?
Embora a satisfação seja importante, ela não trará por si só a
vitória.
VIVER EM GRATIDÃO
A REALIZAÇÃO DA OBEDIÊNCIA
É mais abençoado
Há dois tipos básicos de pessoas: as que dão e as que tomam.
Pelo que me lembro, sempre fui um tomador, pois era
completamente egoísta. Tudo o que eu fazia, em última análise,
tinha alguma coisa para mim.
Talvez, você pense que uma pessoa tão envolvida em alcançar
prazer é quem recebe a maior satisfação; porém, os caminhos de
Deus não são como os nossos. Neste mundo, aquele que procura
tomar o máximo recebe o mínimo.
Os não-salvos e os cristãos mundanos, da mesma forma,
tentam encontrar a realização neste mundo apesar da felicidade
superficial e fugaz que ele oferece. Isso é tudo o que cada um deles
conheceu. Não experimentaram a alegria real em resultado de uma
vida submissa a Deus.
Entretanto, a felicidade é, na própria essência, um conceito
mundano. É o senso de animação que alguém sente sob
circunstâncias favoráveis. Se você for a um clube por volta das dez
horas da noite, em geral, encontrará pessoas muito felizes. Em um
estádio, onde o time da casa estiver ganhando, verá torcedores
alegres. Na casa de uma jovem apaixonada, que acabou de receber o
pedido de casamento, poderá achar uma pessoa feliz. Em termos
gerais, a felicidade é o sentimento que as pessoas têm quando as
coisas estão indo do seu jeito.
Encontre aqueles festeiros na manhã seguinte, ou aqueles fãs
quando seu time está perdendo, ou a garota quando o namorado a
rejeita, e você descobrirá um bando de criaturas miseráveis. Por
quê? A felicidade deles estava fundamentada na própria situação. É
triste, mas a maioria dos cristãos não sabe o que significa viver
acima das circunstâncias e experimentar a alegria do Senhor, sem se
importar com o que pode acontecer em sua vida.
Jesus conheceu uma outra maneira de viver. A Sua não foi uma
vida de tomar, mas de doar. Embora Ele fosse chamado de homem
de dores (Is 53.3), por causa do Seu sofrimento em lidar com
pessoas não-arrependidas, Ele foi o Homem mais alegre que já
andou na terra. Cristo estava sempre Se doando e continuamente
feliz. Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35).
Podemos ter também a mesma alegria e satisfação. Quando
aprendermos a viver na misericórdia para suprir as necessidades dos
outros, conhecemos a alegria real. Mas, mesmo viver uma vida de
doação, por si, não preencherá o grande vazio dos corações.
CAPÍTULO UM
1. Oswald Chambers, The best from all his books [O melhor de todos os seus livros],
Thomas Nelson Publishers, Nashville, TN, 1987; p. 223.
2. Citação de Robert Bolton feita por Iain H. Murray, Jonothan Edwards, a new
biography [Jonothan Edwards, uma nova biografia], Carlisle, Banner of Trust, reprint
1988; p. 128.
CAPÍTULO DOIS
1. Topical encyclopedia of living quotations [Enciclopédia essencial de citações vivas],
Bethany House Publishers, 1982, p. 117.
2. ibid.
3. Topical encyclopedia of living quotations [Enciclopédia essencial de citações vivas],
ibid; p. 226.
4. A. W. Tozer, Jesus, our Man in glory [Jesus, nosso Homem em glória], Christian
Publications, Camp Hill, PA, 1987, p. 84.
CAPÍTULO TRÊS
1. Leonard Ravenhill, Revival raying [Oração revivificadora], Bethany House
Publisher, 1962, p. 40.
2. Andrew Murray, In search of spiritual excellence [Em busca da excelência
espiritual], Whitaker House, 1984, p. 116.
CAPÍTULO QUATRO
1. A. W. Tozer, The knowledge of the Holy [O conhecimento do Santo], Harper & Row
Publishers, 1961, p. 103.
2. Charles Finney, Crystal christianity [Cristianismo cristalino], Whitaker House,
Springdale, PA, 1985, p. 136.
3. Andrew Murray, Humildade, a beleza da santidade, São Paulo: Editora dos
Clássicos, p. 116.
4. Roy Hession, A senda do Calvário, Belo Horizonte: Ed. Betânia.
CAPÍTULO CINCO
1. Joy Dawson, Intimate friendship with God [Amizade intima com Deus], Chosen
Books, Old Tappan, NJ, 1986, p. 16.
2. J. I. Packer, Knowing God [Conhecendo Deus], InterVarsity Press, Downers Grove,
IL, 1973, p. 30.
3. Charles Finney, Crystal Christianity [Cristianismo cristalino], Whitaker House,
Springdale, PA, 1985, p. 11.
4. Brother Lawrence, The practice of the presence of God [Praticando a presença de
Deus], Whitaker House, 1982.
5. ibid.
6. ibid.
7. ibid.
8. Philip Yancey, Decepcionado com Deus, São Paulo: Mundo Cristão, 2004.
9. Citação de Alexander MacLaren em The Bethany parallel commentary [Comentário
paralelo Betânia], Bethany House Publishers, Minneapolis, MN, 1983, p. 198.
10. A. W. Tozer, À procura de Deus, Belo Horizonte: Betânia, p. 17-18.
CAPÍTULO SEIS
1. The quotable Lewis [Citações de Lewis], Tyndale House Publishers, Inc. Wheaton,
IL, 1989, pp. 408, 407, 405, 406.
2. God's treasury of virtues [O tesouro de virtudes de Deus], Honor Books, Tulsa, OK,
1995, pp. 30-31.
3. The Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible [Enciclopédia bíblica ilustrada
Zondervan], Zondervan Publishing House, Grand Rapids, MI, 1976, p. 183.
4. Programa de computador QuickVerse, Dicionário grego e hebraico, extraído da
Concordância exaustiva Strong da Bíblia, Copyright 1980, 1986 e pertencente a World
Bible Publications, Inc.
5. Vines Expository Dictionary [Dicionário expositivo Vine], Fleming H. Revell
Company, Old Tappan, NJ, 1981, p. 116.
6. The Bethany parallel commentary of the New Testament [Comentário paralelo
Betânia do Novo Testamento], Bethany House Publishers, Minneapolis, MN, 1983, p.
1029.
7. The quotable Lewis [Citações de Lewis], p. 292.
CAPÍTULO SETE
1. Baptist hymnal [Hinário batista], Convention Press, Nashville, TN, 1956, p. 47.
2. James Thomas, Mercy, truth and judgment [Misericórdia, verdade e julgamento], p.
4.
3. God's treasury of virtues [O tesouro de virtudes de Deus], p. 206.
CAPÍTULO OITO
1. The Bethany parallel commentary of the New Testament [Comentário paralelo
Betânia do Novo Testamento], p. 1920.
2. ibid.
3. Catherine Marshall, Beyond our selves [Além de nós mesmos], McGraw-Hill Book
Co., NY, 1961, pp. 21-23.
4. ibid, p. 28.
CAPÍTULO NOVE
1. Victor Ostrovsky & Claire Hoy, By way of deception [Por meio da decepção], St.
Martin's Press, 1990, pp. 1-2.
2. ibid, pp. 13-15.
3. Hannah Whitall Smith, A christian's secret of a happy life [O segredo cristão de uma
vida feliz], Whitaker House, Springdale, PA, 1983, p. 77. Utilizado com permissão.
4. H. D. M. Spence, The pulpit commentary [O comentário do púlpito], vol. XI,
MacDonald Publishing Company, pp. 444-445.
CAPÍTULO DEZ
1. Oswald Chambers, The best from all his books [O melhor de todos os seus livros], p.
223.
2. Topical encyclopedia of living quotations [Enciclopédia essencial de citações vivas];
p. 183.
3. ibid, p. 184.
4. Steve Gallagher, No altar da idolatria sexual, Rio de Janeiro: Graça Editorial, 2003.
5. Vine's expository dictionary [Dicionário expositivo Vine], p. 116.
6. Spiros Zodhiates, The complete Word study dictionary [Dicionário de estudo
completo da Palavra], AMG Publishers, Chattanooga, TN, 1993, pp. 1133-1134.
CAPÍTULO ONZE
1. God's treasury of virtues [O tesouro de virtudes de Deus], p. 278.
2. Rex Andrews, What the Bible teaches about mercy [O que a Bíblia ensina sobre
misericórdia], Zion Faith Homes, Zion, IL, pp. 166, 3, 121.
3. Mercy, truth and judgment [Misericórdia, verdade e julgamento], p. 6.
4. A christian's secret of a happy life [O segredo cristão de uma vida feliz], p. 42.
5. Oswald Chambers, The best from all his books [O melhor de todos os seus livros],
pp. 1-2.
6. A christian's secret of a happy life [O segredo cristão de uma vida feliz], pp. 80-83.
7. What the Bible teaches about mercy [O que a Bíblia ensina sobre misericórdia], p.
121.
8. Baptist hymnal [Hinário batista], p. 356.
CAPÍTULO DOZE
1. Rosalind Goforth, Jonothan Goforth [Jonothan Goforth], Bethany House
Publications, 1937, p. 109.
2. Baptist hymnal [Hinário batista], p. 431.
CAPÍTULO TREZE
1. God's treasury of virtues [O tesouro de virtudes de Deus], p. 47.
2. Oswald Chambers, The best from all his books [O melhor de todos os seus livros], p.
320.
3. Jonothan Goforth [Jonothan Goforth], p. 121.
4. Estão disponíveis em fita de áudio e vídeo no Heart Talk Ministry, 9616 Micron Ave.
#900, Sacramento, CA 95827-2626, EUA.
CAPÍTULO CATORZE
1. Revival praying [Oração revivificadora], pp. 64, 70.
2. ibid, p. 14.
3. Jack Hayford, Orar é invadir o impossível, São Paulo: Ed. Vida.
4. ibid.
5. What the Bible teaches about mercy [O que a Bíblia ensina sobre misericórdia].
6. Andrew Murray, The ministry of intercession [O ministério de intercessão], Whitaker
House, 1982, pp. 138-139. Utilizado com permissão.
CAPÍTULO QUINZE
1. Inspiring quotations [Citações inspiradoras], p. 215-216.
2. ibid, p. 157.
3. ibid.
4. Um cristão desconhecido, The kneeling christian [O cristão de joelhos], Zondervan
Book Publishers, 1971, p. 17.
5. The Bethany parallel commentary of the New Testament [Comentário paralelo
Betânia do Novo Testamento], p. 1015.
CAPÍTULO DEZESSEIS
1. Charles H. Spurgeon, O melhor de C. H. Spurgeon, Curitiba: Luz e Vida, 2001.
2. Oswald Chambers, The best from all his books [O melhor de todos os seus livros], p.
328.
3. Topical encyclopedia of living quotations [Enciclopédia essencial de citações vivas],
p. 249.
CAPÍTULO DEZESSETE
1. Inspiring quotations [Citações inspiradoras], p. 76.
2. ibid, p. 77.
3. Extraído da coluna de Ann Landers de 28 de novembro de 1996.
4. Baptist hymnal [Hinário batista], p. 260.
5. Roy e Revel Hession, Queremos ver Jesus, Belo Horizonte: Betânia.