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Quinta-feira, 11 de Maio de 2017 SERIE — Numero 73 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIGUE IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E.P. AVISO A. matéria a publicar no «Boletim da Repilica» deve ser remetida em copia devidamente autenticada, uma por cada ‘assunto, donde conste, além das indicagdes necossérias para fesse efeito, 0 averbamento seguinte, assinado @ autenticado: Para publicagéo no «Boletim da Republica». SUMARIO Assemblela da Repdbiica: ‘Leo ns 2017 Altera e republica a Lei .* 16/2014, de 20 de Junho, Lei de Protegio, Conservagioe Uso sstentvel da Diversdade Bioliyica. ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Lei n 5/2017 do 11 do Malo Havendo necessidade de introdurir alteragdes A Lei 1? 16/2014, de 20 de Junho, Lei de Protecyio, Conservaglo, «Uso sustentivel da Diversidade Biol6gica, a0 abrigo do disposto ‘no niimero 1, do artigo 179 da Constituigio da Republica, aa Assembleia da Repablica, determina: Agnigo 1 (isposigées attoradas) Sio alterados os artigos 2,5, 8, 11, 0, 53, 54, 61, 62 da Lei 1? 16/2014, de 20 de Junho, que passam a tera seguint redacgao: “ARrioo 2 (bjecto) A presente Lei tem como objecto 0 estabelecimento dos principios € normas bisicos sobre a protecsio, conserva¢i0, restaurago e utilizacio sustentivel da diversidade bicl6gica em todo 0 terrt6rio nacional, especialmente nas éreas de conservago, bem como 0 enguadramento de uma administragio integrada, para o desenvolvimento sustentivel do Pas, Agriao 5 (Sistema naclonal de éroas de conservacio) ( sistema nacional de dreas de conservacio 6 constituldo pelos érefios de administragio das reas de conserva, 05| ‘mecanismos de financiamento das éreas de coaservagio ea rede nacional das dreas de conservagao. ‘Arrigo 8 (Mecanismos de financlamento das areas de conservagiio) 1, Os mecanismos de financiamento das éreas de conservacio, si0 adoptados para minimizar os prejutzos e aumentar os beneficios 20 nivel local, nacional «internacional através do estabelecimento de: 4) parceria piblico-privada e comunitiria; >) criagio de instituigbes para apoio as actividades ‘de conservacio; ‘© capitalizagio da riqueza genética, fauna bravia, outros recursos naturais e dos conhecimentos locais € tradicionais sobre o uso de material biol6gico; )compensagio ao esforgo da conservacio, pelos ervigos ecol6gicos, e outros que forem estabelecidos pelo Conselho de Ministros. 2. Incumbe ao Governo @ responsabilidade priméria na mobilizagdo de recursos internos e externos necessérios & prossecugZo dos fins de conservagio, incluindo o melhor aproveitamento das janelas de financiamento, no quadro dos acordos e convengdes intemacionais sobre proteccdo, ‘conservacio da biodiversidade e do ambiente em gral. Agno 11 (Wecanismos de compensagio a0 estorgo ‘eonservarto) 1. A entidade piblica ou privada, que explora recursos naturaisnaérea de conservagio ou sua zona amps, beneficia de protec¢io proporcionada por uma érea de conservagio e dove contribuir financeiramente para a protecgio da biodiversidade na respectiva érea de conservagio. 2. A entidade pablica ou privada, que explora recursos. naturais na érea de conservagio ou sua zona tampao, deve ‘compensar pelos seus impactos para assegurar que no haja perda liquida da biodiversidade. 3. O direito de uso e aproveitamento dos estoques de carbono existentes numa drea de conservacio ¢ @ sua respectiva zona tamplo pertencem a entidade que ere 2 respectiva drea de conservacao, podendo a sua comercializagio ser feita em colaboragao com outras centidades piblicas ou privadas. 4. Os mecanismos de compensagto ao esforgo da conservasio sio definides por regulamento do Conselho de Ministros, ISERIE — NUMERO 73 ‘Awniao 50 (xorcicio da protecgi e tscalizagio) L, 2. A protecgtio e a fiscalizaglo visam a prevengio ¢ 0 combate a realizagdo de quaisquer actividades que perturbem 4 harmonia da natureza, em todo 0 territério nacional, especialmente nas éreas de conservagdo erespectivas zonas tampio, ¢ sio exercidas por fiscais do Estado, agentes Ccomunitérios fiscais ajuramentados, 3. ‘Agnioo 53, (Normas gerais) 1. Sio punidas com pena de pristo, multae acompanhadas dde medidas de recuperagio ou de indemnizagio obrigatéria ‘5 danos causados, sem prejutzo de aplicagio das demais, sanges pens. aqu dere ug: 3 4 oe Arnigo $4 Unracgées « sangées) |. Sem prejuizo de responsabilidade criminal, constituem infracgdes panfveis com pena de multa que varia de I a 10, saldrios minimos da fungio publica as seguintes: a) >) oO 2. Sem prejuizo de responsabilidade criminal, constituem infracgSes puniveis com pena de multa que varia de 11.450 saldrios minimos da fungo publica as seguintes: a » oO a 8 3, Sem prejutzo de responsabilidade criminal, constituer infraceBes puniveis com pena de multa que varia de 50 a 1000 salérios minimos da fungio publica a realizagao de exploragio, armazenamento, transporte ou comercializagio ilegal de espécies constantes na lista de espécies protegidas no Pais. ‘Arrigo 61 (Armas proibidas) 1. Econdenado a pena de pristio maior de doze a dezasseis anos © multa correspondente, se pena mais grave nio couber, aquele que exercer actvidade ilegal, numa fea de conservagio, usando armas proibidas tais como definidas ‘no Cédigo Penal c em legislagao especitica, 2. Econdenado a mesma pena do nimero anterior, aquele aque exercer actividade ilegal usando armadilhas mecnicas ou de quaisquer tips. 3, As armas de fogo apreendidas, assim como os ) manter uma relagdo harmoniosa da natura © da ultrs, protegendo a paisagem e garantindo formas ttaicionis de ocupaga do soo ede eonstugio, bem como de express de valores s6co-cutras; )encorajar modes de vida e actividades sbio-econdmicas sustentaveis em harmonia com a natureza, bem Como com a preservagao de valores culteras das cémunidades loa < imanteradversidade da paisagem edo habitat ber como as especies e ecosistemas associados «eet simi gga dear do actividades incompativeis que, pla dimensio ou granéeza,ponhamem casa os objectives da proteegao db paisagem:; ‘ proporionat respeitando conserva: _ contribuir para o desenvolvimento sustentive a nivel Toca, pela promogio do turism e da participa das caminidades locas nos beneciosresltantes dessas setvidades 3. Adeadeproteogio ambiental pode ranger reas terestes, fguas acustres, vias ow mantmas e outas Zonas naturais distin. “Na dread protecgdo ambiental podem ser explorados os recursos naturals, obnervando o plano de desenvolvimento imtegrado. 3 No inerior dare de protecgo ambiental podem exist outras categories de Sreas de conservaio. ‘idados espagos de lazer a0 a livre 1s qualidades essenciais da drea de ‘Agnigo 21 (Coutada oficial) 1. A coutada oficial € uma drea de conservagio de uso -sustentivel, de dominio pablic do Estado delimitada, destinadaa ‘actividades cinegsticas ea protecgio das espécies eecossistemas, nna qual odieito de cagar $66 reconhecido por via do contrato de ‘concessio celebrado entre o Estado e o operador. 2. So imerie nacoutada oficial as atvidades uses de comprometer os objectivos que conduziram & celebragio do ccontrato de cbncessio referido no nimero anterior. 3. E permitido 0 uso de recursos florestais e fuunisticos por parte das comunidades locais, desde que realizado em moldes Sustentaveis com fins de subsisténcia e no comprometa 0s objectives referidos no mimero 1 do presente artigo. “4, Podem ser realizadas na coutada oficial actividades de repavoamento de recursos cinegéticos mediante observiincia do disposto na legislagio nacional e © respectivo plano de maneio, oficial deve ser realizada de acordo jo devidamente aprovado pelo érgi0 ‘mplementador da administragio das dreas de conservagio, sob roposta da entidade gestora. ‘Arrigo 22, ‘Aree de conservacio comunitrie) 1, A Grea de conservago comunitéria constitui érea de conservagio de uso sustentivel, do dominio pablico comunitério, delimitada, sob gestio de uma ou mais comunidades locais, au ‘onde estas possuem 0 direito de uso ¢ aproveitamento da terra, estinada & conservagio da fauna e flora ¢ uso sustentével dos recursos natura. 2. A fitea de conservagio comunititia visa a realizagio dos seguintes objectives: 4) proteger e conservar 0s recursos naturais existentes ma ‘rea do uso consuetudingrio da comunidade, inluindo ‘conservar o$ recursos naturais, florestas sagradas f outros sitios de importincia hist6rica, religiosa, spiritual e de uso cultural para a comunidade locals +) garantir © maneio sustentivel dos recursos naturais de forma a resultar no desenvolvimento sustentivel local; 6) assegurar o acesso ¢ perenidade das plantas de so ‘medicinal ¢& diversidade biol6gica em geal 3, licenciamento para o exercicio de actividades de exploragio de recursos a terceiros $6 pode ser feito com prévio consentimento das comunidades locais, apés process de auscultagio, que culmine na celebragio de um contrato de parceria 4. A gestio dos recursos naturais existentes na érea de conservasio comunitria ¢ feta de acordo com as regrase priticas ‘consuetudindrias das respectivas comunidades lociis, mas sem prejuizo do cumprimento da legislagio nacional Awnig0 23 (Santusrio) 1. Santuério é uma érea de dominio piblico do Estado ou de dominio privado, destinads 3 eprodugao, abrigo,alimentago investigasio de determinadas espécies de fauna e flora. °2. 0 santuério pode ser demarcado dentio de uma érea de cconservagti jcriada ou fora dela. '3, Os recursos existentes no santusrio padem ser explorados| mediante licenga especial, nos termos a regulamentar, ‘exceptuando as espécies que se pretendam proteger, desde que tstejam de acordo com o respectivo plano de maneio e com a presente Lei ‘4. No santuério podem ser realizadas actividades de repovoumento de espécies, mediante observincia do disposto ma legislagio nacional e do respectivo plano de maneio. ‘Agrico 24 (Fazenda do bravie) 1. Fazenda do bravio é uma dea de dominio privado vedada

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