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Quarta Edição
Raymond
CHANG
Imagem da Capa
Quimica Geral A reação entre nitrato de potássio e sacarose, um processo altamente exotérmico.
CONCEITOS ESSENCIAIS
1. Química. I. Título.
CDU 54
1 18
1A 8A
1 2
1 H 2 13 14 15 16 17 He
1s1 2A 3A 4A 5A 6A 7A 1s2
3 4 5 6 7 8 9 10
2 Li Be B C N O F Ne
2s1 2s2 2s22p1 2s22p2 2s22p3 2s22p4 2s22p5 2s22p6
11 12 13 14 15 16 17 18
3 Na Mg 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Al Si P S Cl Ar
3s1 3s2 3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B 3s23p1 3s23p2 3s23p3 3s23p4 3s23p5 3s23p6
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
4 K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
4s1 4s2 4s23d1 4s23d2 4s23d 3 4s13d5 4s23d5 4s23d6 4s23d 7 4s23d 8 4s13d10 4s23d10 4s24p1 4s24p2 4s24p3 4s24p4 4s24p5 4s24p6
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
5 Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
5s1 5s2 5s24d1 5s24d2 5s14d 4 5s14d5 5s24d5 5s14d 7 5s14d 8 4d10 5s14d10 5s24d10 5s25p1 5s25p2 5s25p3 5s25p4 5s25p5 5s25p6
55 56 57 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
6s1 6s2 6s25d1 6s25d2 6s25d 3 6s25d4 6s25d5 6s25d6 6s25d 7 6s15d9 6s15d10 6s25d10 6s26p1 6s26p2 6s26p3 6s26p4 6s26p5 6s26p6
87 88 89 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 (116) (117) (118)
7 Fr Ra Ac Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds
7s1 7s2 7s26d1 7s26d2 7s26d 3 7s26d4 7s26d5 7s26d6 7s26d 7 7s26d8 7s26d9 7s26d 10 7s27p1 7s27p2 7s27p3
58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
6s24f 15d1 6s24f 3 6s24f 4 6s24f 5 6s24f 6 6s24f 7 6s24f 75d1 6s24f 9 6s24f 10 6s24f 11 6s24f 12 6s24f 13 6s24f 14 6s24f 145d1
Figura 8.1
Configurações eletrônicas do estado fundamental dos elementos. Para simplificar, apenas são indicadas as configurações dos elétrons
das camadas mais externas.
242 Química Geral
elementos do Grupo 2B ou 12 (Zn, Cd e Hg) não são nem elementos representativos nem
TABELA 8.1
metais de transição. Não há nenhum nome especial para esse grupo de metais. Os lan-
Configurações tanídeos e os actinídeos são, muitas vezes, chamados de elementos de transição do bloco
Eletrônicas dos f, pois têm subcamadas f parcialmente preenchidas.
Elementos do Grupo Quando examinamos as configurações eletrônicas de dado grupo, observa-se um
1 e do Grupo 2 padrão de distribuição. As configurações eletrônicas dos elementos dos Grupos 1 e 2 es-
tão apresentadas na Tabela 8.1. Todos os metais alcalinos do Grupo 1A têm configu-
Grupo 1 Grupo 2 rações eletrônicas da camada mais externa semelhantes: cada um tem um cerne de gás
Li [He]2s1 Be [He]2s2 nobre e uma configuração ns1 para o elétron mais externo. Do mesmo modo, os metais
Na [Ne]3s1 Mg [Ne]3s2 alcalino-terrosos do Grupo 2 têm um cerne de gás nobre e uma configuração ns2 para os
elétrons da última camada. Os elétrons das camadas mais externas de um átomo, os que
K [Ar]4s1 Ca [Ar]4s2
estão envolvidos nas ligações químicas, são freqüentemente denominados elétrons de
Rb [Kr]5s1 Sr [Kr]5s2
valência. A semelhança na configuração eletrônica da camada mais externa (isto é, na
Cs [Xe]6s1 Ba [Xe]6s2
configuração dos elétrons de valência) é responsável pelo fato de os elementos de um
Fr [Rn]7s1 Ra [Rn]7s2 mesmo grupo apresentarem comportamento químico similar. Essa observação é válida
também para os halogênios (os elementos do Grupo 17), que possuem configuração
eletrônica da camada mais externa ns2 np5 e exibem propriedades muito semelhantes.
Para os elementos representativos, os Temos de ter cuidado, contudo, ao prever propriedades dos elementos dos Grupos 13 a
elétrons de valência são simplesmente
os elétrons no nível principal de energia
16. Por exemplo, os elementos do Grupo 14 possuem a mesma configuração eletrônica
mais alta. da camada mais externa, (ns2np2), mas há uma variação nas propriedades químicas
desses elementos: o carbono é um não-metal, o silício e o germânio são semimetais, e o
estanho e o chumbo são metais.
Como um grupo, os gases nobres comportam-se de forma muito semelhante. Com
exceção do criptônio e do xenônio, os demais elementos são totalmente inertes quimica-
mente. A razão é que esses elementos possuem as subcamadas ns2np6 mais externas to-
talmente preenchidas, uma condição que representa grande estabilidade. Embora a con-
figuração eletrônica das camadas mais externas dos elementos de transição não seja
sempre a mesma dentro do grupo e não haja um padrão regular na variação da configu-
ração eletrônica de um metal para o seguinte no mesmo período, todos os metais de tran-
sição partilham muitas características que os distinguem dos outros elementos. A razão é
que esses metais têm uma subcamada d parcialmente preenchida. Do mesmo modo, os
lantanídeos (e os actinídeos) assemelham-se uns aos outros porque possuem subcamadas
f parcialmente preenchidas. A Figura 8.2 mostra os grupos de elementos discutidos aqui.
EXEMPLO 8.1
Um átomo de certo elemento tem 15 elétrons. Sem consultar a tabela periódica,
responda às questões seguintes: (a) Qual é a configuração eletrônica do estado
fundamental desse elemento? (b) Como deve ser classificado esse elemento?
(c) O elemento é diamagnético ou paramagnético?
Zinco
1 Elementos 18
Cádmio
1A representativos 8A
Mercúrio
1 2
2 Gases nobres Lantanídeos 13 14 15 16 17
H 2A 3A 4A 5A 6A 7A He
3 4 Metais de 5 6 7 8 9 10
Li Be Actinídeos B C N O F Ne
transição
11 12 13 14 15 16 17 18
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Na Mg 3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B Al Si P S Cl Ar
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
55 56 57 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
87 88 89 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 (116) (117) (118)
Fr Ra Ac Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds
58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Figura 8.2
A classificação dos elementos. Note que os elementos do Grupo 12 são muitas vezes classificados como metais de transição mesmo
que não apresentem as características dos metais de transição.
Observe que cada íon tem uma configuração estável de gás nobre.
Na formação de um ânion, são acrescentados um ou mais elétrons à camada n mais
alta parcialmente preenchida. Considere os exemplos seguintes:
Novamente, todos esses ânions têm também a configuração estável de gás nobre. Por-
tanto, uma característica da maioria dos elementos representativos é que os íons deriva-
dos de seus átomos neutros possuem a configuração eletrônica da camada mais externa
de gás nobre ns2np6. Os átomos ou íons que possuem o mesmo número de elétrons e,
por isso, a mesma configuração eletrônica no estado fundamental são isoeletrônicos.
Assim, o H e o He são isoeletrônicos; F, Na e Ne também são isoeletrônicos.
Zef Z
Para átomos com três ou mais elétrons, os elétrons em dada camada estão pro-
tegidos por elétrons nas camadas interiores (isto é, camadas mais próximas do nú-
cleo), mas não por elétrons de camadas exteriores. Assim, em um átomo de lítio, cuja
configuração eletrônica é 1s22s1, o elétron 2s é protegido pelos dois elétrons 1s, con-
tudo, o elétron 2s não tem qualquer efeito de blindagem sobre os elétrons 1s. Além
disso, as camadas internas completas exercem efeito de blindagem sobre os elétrons
exteriores de modo mais efetivo que os elétrons da mesma subcamada exercem uns
sobre os outros.
Raio Atômico
Algumas propriedades físicas, incluindo densidade, ponto de fusão e ponto de ebulição,
estão relacionadas com o tamanho dos átomos; no entanto, é difícil definir o tamanho do
átomo. Como vimos no Capítulo 7, a densidade eletrônica estende-se além do núcleo,
mas normalmente consideramos como tamanho do átomo o volume que contém cerca (a)
de 90% do total de densidade eletrônica em torno do núcleo. Quando temos de ser mais
específicos, definimos o tamanho do átomo em termos do raio atômico, que é metade da
distância entre dois núcleos em dois átomos de metal adjacentes.
Para átomos ligados de modo que formem uma rede tridimensional estendida, o
raio atômico é simplesmente metade da distância entre os núcleos de dois átomos vizi-
nhos [Figura 8.3(a)]. Em metais como o berílio, o raio atômico é definido como a
metade da distância entre os núcleos de dois átomos adjacentes. Para os elementos que (b)
existem como moléculas diatômicas simples, como o iodo, o raio atômico é metade da
Figura 8.3
distância entre os núcleos dos átomos na molécula [Figura 8.3(b)]. (a) Em metais como o berílio, o
A Figura 8.4 mostra os raios atômicos de vários elementos de acordo com as suas raio atômico é definido como
posições na tabela periódica e a Figura 8.5 apresenta a variação dos raios atômicos metade da distância entre os
desses elementos em função dos seus números atômicos. As tendências periódicas são núcleos de dois átomos
claramente evidentes. Ao estudar as tendências, lembre-se de que o raio atômico é de- adjacentes. (b) Para os elementos
que existem como moléculas
terminado em larga extensão pela força de atração entre o núcleo e os elétrons da ca- diatômicas, como o iodo, o raio
mada mais externa. Quanto maior for a carga nuclear efetiva, maior é a força de do átomo é definido como metade
atração do núcleo sobre esses elétrons e menor o raio atômico. Considere os elementos da distância entre os núcleos.
246 Química Geral
Figura 8.4
Os raios atômicos (em Raio atômico crescente
picômetros) dos elementos
representativos de acordo com a 1 2 13 14 15 16 17 18
sua posição na tabela periódica.
Observe que não há qualquer H He
concordância geral sobre o
tamanho dos raios atômicos. 37 31
Interessam-nos apenas as
tendências dos raios atômicos,
não os seus valores precisos. B C N O F Ne
Li Be
152 112 85 77 70 73 72 70
Na Mg Al Si P S Cl Ar
Raio atômico crescente
K Ca Ga Ge As Se Br Kr
Rb Sr In Sn Sb Te I Xe
Cs Ba Tl Pb Bi Po At Rn
Animação:
do segundo período desde o Li ao F, por exemplo. Deslocando da esquerda para a di-
Raios Atômico e Iônico reita, vemos que o número de elétrons na camada mais interna (1s2) se mantém cons-
Centro de Aprendizagem
Online, Animações
tante enquanto a carga nuclear aumenta. Os elétrons adicionados para contrabalançar
o aumento da carga nuclear não exercem qualquer blindagem uns sobre os outros. Em
conseqüência, a carga nuclear efetiva aumenta gradualmente enquanto o número
quântico principal se mantém constante (n 2). Por exemplo, o elétron mais externo
2s do lítio é protegido do núcleo (que tem três prótons) pelos dois elétrons 1s. Como
Interatividade:
aproximação, assumimos que o efeito de blindagem dos dois elétrons 1s é cancelar
Raios Atômicos duas cargas positivas no núcleo. Assim, o elétron 2s apenas sente a atração de um pró-
Centro de Aprendizagem
Online, Interativos ton no núcleo; a carga nuclear efetiva é 1. No berílio (1s22s2), cada um dos dois
elétrons 2s está blindado pelos dois elétrons mais internos 1s, que cancelam duas das
quatro cargas positivas no núcleo. Como os elétrons 2s não se protegem entre si de
forma efetiva, o resultado é que a carga nuclear efetiva de cada elétron 2s é maior que
1. Assim, como a carga nuclear efetiva aumenta, o raio atômico diminui gradual-
mente desde o lítio até ao flúor.
Dentro de um grupo de elementos, vemos que o raio atômico aumenta com o au-
mento do número atômico. Para os metais alcalinos no Grupo 1, o elétron mais externo
está em um orbital ns. Como o tamanho do orbital aumenta com o aumento do número
quântico principal n, o tamanho do átomo do metal aumenta do Li para o Cs. Podemos
aplicar o mesmo raciocínio para os elementos de outros grupos.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.