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1 OBJETIVO
1.1 - Esta instrução estabelece as condições a serem atendidas pelos elementos
construtivos que integram os edifícios, para que, face à ação do calor em situação de
incêndio, sejam verificados a segurança estrutural e os requisitos de estabilidade, de
estanqueidade e de isolamento térmico por um período de tempo suficiente para:
[a] possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança;
[b] garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, onde se permita
o acesso operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com
tempo hábil para exercer as atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate
a incêndio (extinção); e
[c] evitar ou minimizar danos ao próprio prédio, a edificações adjacentes e ao meio
ambiente.
2 APLICAÇÃO
2.1 - Esta instrução fixa requisitos para os edifícios novos quando da construção e
edifícios existentes por ocasião de reforma com ampliação de área ou regularização com
mudanças de ocupação.
3 Referências Normativas
3.1 – As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, por meio de referência
neste texto, constituem prescrições válidas para a presente instrução.
Legislação de Proteção contra Incêndios do Corpo de Bombeiros do Estado de São
Paulo;
NBR-5628 (Componentes Construtivos Estruturais - Determinação da Resistência ao
Fogo);
NBR-5627 (Exigências Particulares das Obras de Concreto Armado e Protendido em
Relação à Resistência ao Fogo);
NBR-6118 (Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado);
NBR-6120 (Cargas para Cálculo de Estruturas de Edifícios);
NBR-7197 (Projeto de Estruturas de Concreto Protendido);
NBR-8681 (Ações e Segurança nas Estruturas);
NBR-8800 (Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios);
NBR-9062 (Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado);
NBR-9077 (Saídas de Emergência em Edifícios);
NBR-10636 (Parede Divisória sem Função Estrutural);
NBR-14276 (Programa de Brigada de Incêndio);
Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo;
NBR-14323 (Dimensionamento de Estruturas de Aço em Situação de Incêndio);
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7 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
7.1 – Estruturas Externas
7.1.1 – O elemento estrutural situado no exterior do edifício pode ser considerado livre
da ação do incêndio, quando o seu afastamento das aberturas existentes na fachada for
suficiente para garantir que a sua elevação de temperatura não superará a temperatura
crítica considerada. Tal situação deverá ser tecnicamente comprovada pelo responsável
técnico pelo projeto estrutural.
7.1.1.1 – O procedimento para a verificação da possibilidade de aceitação do item
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8 - Procedimentos Administrativos
8.1 – O Responsável Técnico deverá atender aos procedimentos administrativos
adotados pelo Corpo de Bombeiros.
8.2 – Deverá ser anexado ao processo, pelo responsável técnico, cópia da ART e do
Atestado de Conformidade sobre a Resistência ao Fogo do Elementos Construtivos.
9. COMISSÃO TÉCNICA
9.1 - Os casos não previstos, não usuais ou não enquadrados por similaridade no anexo
A, dependerão de prévia análise e consulta ao Corpo de Bombeiros, para a determinação
do TRRF respectivo, face ao disposto nesta instrução e peculiaridades do edifício.
10. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
10.1 - O contido nesta instrução não exime o edifício das demais medidas ativas e
passivas previstas nas legislações dos Órgãos Públicos locais, bem como reserva-se o
direito a qualquer tempo ao Corpo de Bombeiros de, em caso de dúvidas, exigir
auditorias, perícias, informações, laudos ou ensaios que possam contribuir para soluções
em prol da segurança.
10.2 - Ficam respeitadas as legislações vigentes, sobre índices de resistência ao fogo,
contudo não serão aceitos índices menores que os estabelecidos nesta instrução, para os
diversos materiais construtivos existentes.
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Anexo C (normativo)
Cargas de incêndio específicas
C.1 Para determinação da carga de incêndio específica que devem ser consideradas em
todas as ocupações, exceto depósitos, aplicam-se C.1.1, C.1.2 e C.1.3.
C.1.1 Na tabela C.1, são apresentados os valores das cargas de incêndio específicas, em megajoule
por metro quadrado de área de piso.
Açougues C-1/C-2 40
Antigüidades C-1/C-2 700
Comercial varejista Aparelhos domésticos C-1/C-2 500
Artigos de bijuteria, metal ou C-1/C-2 300
vidro
Artigos de couro, borracha, C-1/C-2 800
esportivos
Automóveis C-1/C-2 300
Bebidas destiladas C-1/C-2 700
Brinquedos C-1/C-2 500
Cabeleireiro C-1/C-2 300
Calçados C-1/C-2 500
Drogarias(incluindo C-1/C-2 1000
depósitos)
Ferragens C-1/C-2 300
Floricultura C-1/C-2 80
Galeria de quadros C-1/C-2 200
Livrarias C-1/C-2 1000
Lojas de departamento ou C-2/C-3 700
centro de compras
Máquinas de costura ou de C-1/C-2 300
escritório
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C.1.2 Quando artigos incombustíveis que não estejam incluídos na tabela anterior
tiverem acondicionamento combustível, os valores da carga de incêndio específica
(qfi) devem ser equiparados aos valores do acondicionamento, conforme tabela C.2.
C.1.3 Ocupações que não constam da tabela C.1 devem ter os valores da carga de incêndio
específica determinados por similaridade.
C.2 Para determinação da carga de incêndio específica de depósitos, aplicam-se C.2.1,
C.2.2 e C.2.3.
C.2.1 Os valores da carga de incêndio específica podem ser determinados pela seguinte
expressão:
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Onde:
qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área
de piso;
C.2.3 O levantamento da carga de incêndio deverá ser realizado em módulos de 500m 2 de área de
piso, ou em um módulo igual à área de piso do compartimento se esta for inferior a 500m 2. Módulos
maiores poderão ser utilizados, quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis com
potenciais caloríficos específicos semelhantes e que possam ser considerados uniformemente
distribuídos.