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Curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional

Ano Letivo 2023/2024


1º Ano/2º Semestre

Narrativa Ocupacional

Docente:
Mestre Sílvia Maria Coelho Martins, Professor Adjunto, Terapeuta Ocupacional
Discente:
Iracema Costa Gaspar

Alcoitão, 23 de fevereiro de 2024

1
Índice

1. Introdução..................................................................................................................................2

2. Narrativa Ocupacional..............................................................................................................3

3. Análise da Narrativa.................................................................................................................5

3.1. Order and Disorder in Medicine and Occupacional Therapy............................................5

3.2. Reflection on doing, being and becoming..........................................................................6

3.3. Occupation: Form and performance..................................................................................6

3.4. Confessions of an occupational therapist who became a detective...................................7

4. Conclusão...................................................................................................................................9

5. Referências Bibliográficas......................................................................................................10

6. Apêndices..................................................................................................................................11

6.1. Apêndice I – Guião da Narrativa....................................................................................11


Introdução
No âmbito da unidade curricular de Fundamentos da Terapia Ocupacional, lecionada pela
professora Sílvia Martins, no segundo semestre do primeiro ano da licenciatura de Terapia
Ocupacional, na Escola Superior de Saúde do Alcoitão, foi solicitado aos alunos que elaborassem
um trabalho no âmbito da Narrativa Ocupacional, partindo de uma elaboração prévia de um guião
de narrativa ocupacional, com o objetivo de entender qual ou quais os envolvimentos da pessoa
entrevistada em diversas ocupações, entendendo quais foram as mais significativas.
A narrativa ocupacional é uma abordagem utilizada na área da terapia ocupacional, que se
centra na história e na experiência ocupacional do indivíduo, organizando e analisando as histórias
pessoais, profissionais e os significativos atribuídos às diferentes atividades e papéis
desempenhados ao longo do percurso de vida até ao momento da entrevista. É através da narrativa
ocupacional que os terapeutas podem ajudas os clientes a explorar e recontruir histórias
ocupacionais que tenham existido, promovendo um maior sentido de identidade, autonomia e
qualidade de vida, sendo que estas narrativas vão servir para que se consiga entender a relação que
existe entre as diversas ocupações da vida da pessoa e o seu bem-estar físico, emocional e social.
Ao longo deste trabalho vão ser apresentados diferentes artigos científicos que foram
abordados ao longo da unidade cirricular: “Occupation: form and performance”, “Order and
disorder in medicine and occupational therapy”, “Reflections on doing, being and becoming” e por
último apresento um artigo que complementa o trabalho, “Confessions of an occupational therapist
who became a detective”.
A pessoa escolhida para ser entrevistada foi a Noémia, de 83 anos, sendo que a principal
escolha deve-se ao facto interessante de como nos conhecemos, tendo acontecido numa lavagem de
carros, onde entendi que com a idade que tem apresenta-se ser uma pessoa muito dinâmica, bem
falante e bastante conversadora, como também é uma pessoa bastante independente para a idade
que tem, conduzindo sozinha e vivendo sozinha. As pessoas que mais agarram o meu interesse são
as pessoas mais velhas, que têm mais experiências, histórias e memórias para contar, que são
sempre aprendizagens para as pessoas que os rodeiam, como eu, que aprendo de uma forma tão
bonita sobre tudo aquilo pela qual esta senhora passou e como ultrapassou determinados
obstáculos.
Narrativa Ocupacional
Noémia, de 83 anos, nasceu a 21 de fevereiro de 1941, em Luanda, sendo que na altura se
tratava de uma colónica portuguesa. É filha de mãe angolana e pai português e teve três irmãos.
Partilhou que foi muito feliz o tempo que esteve em Luanda, ao longo da sua infância, salientando
que foi uma criança feliz e com diversas oportunidades, salientando também as boas condições
financeiras que a família tinha. O pai, na altura, era funcionário público na área da fiscalização do
algodão no Kinga Comuna, na província do Bengo.
Quando começou o seu percurso escolar, em Luanda, estudou na escola “Sete”, que fica
junto à igreja do Carmo, mesmo ao lado do Liceu Salvador Correia, sendo que frquentou esta
escolha até ao terceiro ano. Durante todo o seu percurso o pai foi sempre o seu maior apoio nos
estudo, tirando-a mais tarde do liceu e matriculando-a na Escola Comercial de onde saiu com o
5ºano feito. Esta escolha foi feita pelo pai dado que o mesmo achou que seria o melhor para ela
academicamente.
Aos 20 anos, começou o seu percurso profissional no setor da função pública, na área de
arquivo de identificação como aspirante. À medida que foi ganhando experiência, foi crescendo
dentro da sua ocupação profissional e foi trabalhar para Benguela dentro da mesma área, com
melhores condições e com outras oportunidades profissionais e que tiveram impacto na vida
pessoal.
Durante o tempo que esteve em Benguela teve a felicidade de casar e viver lá durante algum
tempo, sendo que voltou para Luanda para o nascimento da sua única filha, no dia 21 de dezembro
de 1963, com todo o apoio da sua família e amigos. Essa escolha deveu-se às melhores condições
que poderia dar à sua filha, especialmente para o seu nascimento. O apoio da família foi crucial
para que a mesma conseguisse ultrapassar isto da melhor forma, não permitindo que houvesse um
desiquilibrio fora do esperado, tendo em conta o processo que é o pós-parto, e para que conseguisse
depois voltar à sua ocupação profissional o melhor possível.
Após o nascimento da sua filha, optou por continuar a viver em Luanda, tanto com a filha
como com o marido, numa pequena vila chamada Vila Alice. Nesse momento, surgiu uma grande
oportunidade profissional, o concurso público, onde passou, ficando como a 2ª oficial na
Procuradoria da República, onde salientou que aprendeu muito, que ganhou diversas capacidades
profissionais e pessoais, reforçando os seus recursos para a resolução de problemas e de
comunicação, partilhando memórias e experiências. Teve a oportunidade de trabalhar em primeira
pessoa com juízes, procuradores e entre outros profissionais. Mais tarde, surgiu a oportunidade de
trabalhar como 1ª oficial no laboratório de engenharia de Angola, em Prenda.
Mais tarde, dá-se a independência de Angola, mas Noémia não veio logo para Portugal,
dado que frequentava Portugal com grande frequência durante as suas férias, com os seus sogros.
Já em 1978 decidiu mudar-se para Lisboa, tendo começado o seu percurso profissional num
projeto em Sines, tendo sido secretária do diretor. Nesse projeto estavam inseridas diversas pessoas
vindas de África, “Eram todas pessoas muito bem formadas e com diversas conhecimentos e
experiências” (sic). Mais tarde, começou a trabalhar na função pública, pertencendo ao
departamento de finanças da área da contabilidade.
Já perto dos seus 50 anos, decidiu dar início ao seu processo de divórcio, sendo que
confessou “Foi uma fase muito dificil, especialmente emocionalmente” (sic), onde começou a
sofrer de sintomatologia física, como tensão alta. Ao mesmo tempo a filha decidiu permanecer cá e
continuar os seus estudos, tendo engressado na licenciatura em Direito.
Desde os seus 60 anos até aos dias de hoje confessou que se encontra numa ocupação não
remunerada mas que a desafia bastante e quea deixa realizada, como secretária, “Foi a função que
eu mais gostei de desempenhar até agora, fez-me crescer mais ainda” (sic).
Hoje em dia realiza atividade física duas vezes por semana, “Eu continuo a ir à minha
ginásticas” (sic) e a sai para fazer as cuas coisas sozinha, sempre bastante autónoma e
independente.
Relativamente à saúde física da mesma, teve ao longo da sua vida um episódio mais
complicado no fígado, mas que rapidamente com tratamento ultrapassou a situação. Hoje em dia,
toma somente medicação associada a problemas de um envelhecimento comum, para a tensão alta
e para a melhoria do fluxo sanguíneo.
Análise da Narrativa
“Order and Disorder in Medicine and Occupacional Therapy”
Ao longo do artigo “Order and Disorder in Medicine and Occupacional Therapy”, é
possível observar-se de forma clara a diferença entre os conceitos ordem, desordem e mudança,
tanto na medicina como na terapia ocupacional.
Na medicina, o conceito de ordem implica que o indivíduo seja saudável, isto é, que existe a
ausência de doença, de sinais biológicos, sintomas, que seja livre de medicação, encontrando-se
num estado de bem-estar físico e mental, sem quaisquer disfunções associadas. Uma pessoa que se
encontre em desordem, é uma pessoa que possui uma doença física e/ou mental, ocorrendo após a
exposição a um agente patológico que se encontre no ambiente e que vai então interferir com o
conceito de “saudável” da pessoa em questão. Por outro lado, o estilo de vida, as condições de
higiene, escolaridade, são frotes que podem ajudar no controlo infeccioso do agente patogénico, ou
contribuir para o seu descontrolo.
Na terapia ocupacional, a ordem refere-se ao desempenho positivo de determinado
indivíduo nas atividades que realiza ou que já realizou, não existindo dificuldades associadas, tanto
na ocupação profissional como para os cuidados pessoais. O desempenho ocupacional vai depender
da integração biopsicossocial da dimensão da pessoa, isto é, a interferência que existe entre
diferentes dimensões, tal como a dimensão biológica, psicológica e social. O conceito de desorde é
definido como uma disfunção no desempenho ocupacional de determinada pessoa, que vai implicar
na integração desse sistema biopsicossocial, sendo que a causa desse não desempenho pode ter
diferentes origens, como a doença, privação cultural, anomalias genéticas e entre outras causas.
Em ambas as teorias é salientada a mudança que pode ocorrer na pessoa, em que a mesma
começa a saber lidar com os obstáculos e dificuldades, transitando do estado de desordem para o
estado de ordem, ao longo do tempo.
Fazendo uma articulação entre a narrativa ocupacional da Noémia e com o artigo, é possível
chegar-se à conclusão de que a mesma se encontra em desordem na medicina, sendo que foram
poucos os episódios em que a mesma passou por momentos menos saudáveis. Contudo, também
devido à influência da idade e de fatores externos, toma medicação para a problemática da tensão e
para a melhoria do fluxo sanguíneo. Em sumo, é importante perceber que teve situações de ordem e
desordem ao longo de toda a sua vida, tanto de emocional como fisicamente.
No caso da terapia ocupacional, a Noémia encontra-se em ordem dado que sempre realizou
e realiza diversas ocupações que a mantém realizada e feliz pelo o que faz, desempenhando-se
sempre de uma forma bastante positiva profissionalmente.

“Reflection on doing, being and becoming”


No artigo “Reflection on doing, being and becoming”, o autor salienta o papel da ocupação
na dinâmica entre o que a pessoa faz (doing) e o que a pessoa é (being). Por outras palavras, o
conceito doing refere-se à ocupação que a pessoa exerce e o impacto que a mesma tem nela, sendo
que é defendido que a pessoa deve fazer o que quer, o que deseja e o que a satisfaz. A não
realização dessas atividades prazerosas pode ser perigoso para a pessoa, a nível da saúde como
também do bem-estar e da sua integração social. O conceito de being relaciona-se com aquilo que a
pessoa é, o ser fiel e verdadeira consigo própria, levando a que tenha de existir uma reflexão
individual de modo a que a pessoa viva de forma confortável no seu ambiente e na sua própria
essência, tornando a relação com os que a rodeiam e com as diferentes atividades, diferentes e
benéficas.
O que faz com que cada pessoa seja única são os conceitos de mudança e de transformação,
dado que vão influenciar naquilo que a pessoa se vai tornar (conceito de becoming). O ser humano
depende do ambiente (sociedade), sendo este o fator principal de maior influência na pessoa, sendo
que também tudo aquilo que acontece nesse ambiente influencia o próprio.
As capacidades que a própria pessoa tem e tudo aquilo que a pessoa é, pode levá-la a
transformar-se de uma forma positiva, vivendo de diferentes formas e tendo novas experiências,
levando a pessoa ao seu potencial máximo.
A ocupação, neste caso, apresenta-se como a mediadora da relação entre o bem-estar e a
saúde de cada indivíduo.
Em suma, estes três conceitos são identificados como os conceitos principais pelos quais a
pessoa passa ao longo da vida e que vai definir a sua forma de viver.
Um exemplo prático na narrativa ocupacional da Noémia é quando a mesma refere que a
partir dos seus 60 anos começou a realizar uma ocupação, que mesmo não remunerada, a realizava
bastante enquanto pessoa, passando a ter mais tempo para se dedicar também a ela própria e à sua
saúde física e mental, melhorando o seu bem-estar em diversas esferas da sua vida, tornando-se
mais confiante e ativa.

“Occupation: Form and performance”


Ao longo do artigo “Occupation: Form and performance” são apresentados diversos
conceitos fundamentias.
A forma ocupacional refere-se ao conjunto de circunstâncias externas e independentes à
pessoa durante a realização de uma ocupação, sendo que vai influenciar o desempenho
ocupacional, mas não o determina. Já o desempenho ocupacional refere-se à forma como é
realizada essa ocupação dentro do contexto mais ativo da mesma, sendo que o ambiente e o
contexto podem ser sempre os mesmos, mas o desempenho ocupacional pode ir variando, tendo em
conta momentos mais significativos que possam existir.
O conceito de significado refere-se à forma como a pessoa interpreta e atribui um
significado à forma ocupacional, sendo que esse significado e essa forma vai sempre variando de
pessoa para pessoa.
O desempenho pessoal associa-se à pessoa em causa, em que o significado atribuído à
forma ocupacional vai depender somente da mesma, possibilitanto que as respostas dads à forma
ocupacional sejam distintas de pessoa para pessoa, sendo assim únicas, dado que dependem das
características das mesmas.
O objetivo vai ser o elo de ligação entre a estrutura do desenvolvimento pessoa, a pessoa, e
o desempenho ocupacional, aquilo que ela realmente faz, sendo que todas as ocupações, existe
sempre um objetivo. Para além disso, existe também um impacto do desempenho ocupacional da
pessoa na sua forma ocupacional, isto é, dependendo da forma como a pessoa age àquilo que a
envolve, ao meio exterior, haverá sempre uma influência.
Por último, a adaptação ocupacional é todo o processo de mudança, que tem efeito no
desempenho ocupacional e na estrutura de desenvolvimento pessoal.
A Noémia referiu na entrevista um episódio que lhe foi bastante significativo, em meados
da época natalícia, entre as diversas ocupações realizadas, a situação ocorreu durante o percurso em
que estava a ir até casa dos seus sogros, com a sua filha, para fazer uma surpresa aos avós da
mesma. Nesta situação em concreto, a estrutura do desenvolvimento pessoal é a Noémia, que teve
como objetivo surpreender os sogros com a sua filha, fazendo com que eles aproveitem tempo com
ela, levando a que a mesma tivesse a atitude de sair de casa e ir até lá. Quando chegou a casa dos
sogros de surpresa, é referido e é visto de uma forma incrível o impacto na forma ocupacional, os
sogros, descrevendo a satisfação e alegria dos mesmos quando tomaram consciência da agradável
surpresa. O significado que a Noémia atribuiu a este apisódio, foi de que pequenas atitudes podem
fazer toda a diferença em diversas pessoas, sendo que a adaptação ocupacional foi a
intencionalidade da Noémia em realizar esta atitude mais vezes, melhorando a relação da filha com
os avós.
“Confessions of an occupational therapist who became a detective”
Este artigo, “Confessions of an occupational therapist who became a detective” defende o
conceito de que o terapeuta ocupacional pode ser identificado como um detective, sendo o
ocupacional um agente, com objetivos e decisões conscientes.
O homo occupacio é definido como um sistema auto-organizado, que responde a diversos
desafios ambientais bastante específicos relacionados com a ocupação, levando à criação de uma
resposta adaptativa. O indivíduo acaba por desenvolver e modificar um sistema nervoso único a
partir do compromisso das ocupações realizadas até lá.
Por outro lado, o ambiente é o contexto que se encontra exterior à pessoa e que pode ser
percepcionado de diferentes perspetivas, podendo levar ao desenvolvimento de desafios,
dificuldades e exigências na pessoa, sendo que, por outro lado, pode ocorrer também o
desenvolvimento de recursos e oportunidade ao ser ocupacional, criando oportunidades para que a
pessoa possa promover e desenvolver essa resposta adaptativa.
De modo a fazer uma ligação do artigo à narrativa ocupacional da Noémia, a dificuldade e o
desafio foi, durante o processo de divórcio, conseguir manter-se física e emocionalmente estável e
saudável, também para continuar a realizar todas as suas ocupações de uma forma exemplar. A sua
resposta adaptativa foi encontrar formas e estratégias para conseguir gerir isso tudo, saíndo mais
com amigas, como também com ela própria e aproveitar a sua companhia, passando mais tempo
com a filha e com os pais, mas também conversando de uma forma saudável com o ex-marido para
que conseguissem cooperar de forma positiva para a filha, sendo o bem-estar da filha uma fonte
principal para o seu bem-estar.
Conclusão
Ao longo da elaboração deste trabalho, enfrentei uma série de desafios que me levaram a
explorar e aprimorar as minhas capacidades. Inicialmente, a elaboração do guião da narrativa
provou ser uma tarefa complexa, especialmente ao formular as perguntas para a entrevista. Foi
crucial encontrar o equilíbrio entre o ser concisa e clara, garantindo que as questões refletissem não
apenas o objetivo da pesquisa, mas também que se conectassem efetivamente à teoria estudada nos
artigos e ao longo da unidade curricular. Esta etapa exigiu uma cuidadosa reflexão sobre como
formular perguntas que permitissem uma conversa fluida e, ao mesmo tempo, oferecessem insights
valiosos sobre a narrativa ocupacional da pessoa entrevistada, neste caso, a Noémia.
Durante o processo de entrevista, experimentei uma onda de motivação e entusiasmo. A
oportunidade de mergulhar na narrativa ocupacional de alguém próximo, não apenas me
proporcionou uma compreensão mais profunda do tema em estudo, mas também me permitiu
apreciar a complexidade e a riqueza das experiências individuais. Descobri que, mesmo sem
enfrentar dificuldades ocupacionais óbvias, cada pessoa possui uma história única, repleta de
aprendizados e significados.
Apesar dos obstáculos iniciais, a realização deste trabalho foi imensamente enriquecedora
em vários aspectos. Em primeiro lugar, proporcionou um crescimento significativo na minha esfera
pessoal, permitindo que eu tivesse aprofundado a minha empatia e capacidade de compreensão
relativamente às diferentes trajetórias de vida das pessoas, o que não só enriqueceu minha própria
perspectiva, mas também fortaleceu os meus relacionamentos interpessoais. Por outro lado, o
trabalho realizado e todo o seu processo vai ter um impacto positivo no meu futuro percurso
profissional. Aprendi a importância da flexibilidade e da adaptabilidade ao lidar com desafios
metodológicos e conceituais, capacidadeds cruciais em qualquer campo de atuação.
Em última análise, este projeto permitiu-me assimilar uma ampla gama de aprendizagens
que certamente moldarão minha prática profissional no futuro. Estou confiante de que as
capacidades e os insights adquiridos ao longo deste processo irão capacitam-me a ser uma
profissional mais eficaz e compassiva, capaz de abordar os desafios de forma holística e orientada
para o crescimento.
Referências Bibliográficas
Nelson, D. (1988). Occupation: form and performance. The American Journal of
Occupational Therapy, 42 (10), 633-641
Rogers, J. (1982). Order and disorder in medicine and occupational therapy. The
American Journal of Occupational Therapy, 36 (1), 30-35
Wilcock, A. (1999). Reflections on doing, being and becoming. Australian Occupational
Therapy Journal, 46, 1-11
Yerxa, E. (2000). Confessions of an occupational therapist who became a detective.
British Journal of Occupational Therapy 63 (5)
Apêndices
Apêndice I – Guião Narrativa Ocupacional
Guião da Entrevista
IRACEMA "Antes de começarmos, gostaria de informar que esta entrevista faz parte de um
projeto académico, sendo que a sua participação é voluntária e a informação será tratada de forma
anónima, sendo usada exclusivamente para este trabalho. Posso contar com a sua permissão para
gravar a entrevista ou tomar notas detalhadas?"
DESENVOLVER SEMPRE CADA TEMA AO MÁXIMO
IRACEMA
- Pode fornecer o seu nome?
- Qual a sua idade?
- Pode falar um pouco sobre a sua ocupação atual ou profissão?
IRACEMA
- Como descreveria o seu estado civil?
- Pode partilhar informações sobre a sua composição familiar, como também quantas pessoas tem
no seu agregado familiar, como funcionam as relações entre vocês?
IRACEMA
- Qual é o seu nível de escolaridade?
- Pode falar sobre o seu percurso profissional e atividades profissionais passadas que lhe tenham
sido relevantes, significativas?
- O que aprendeu com elas? Que dificuldades sentiu?
IRACEMA
- Descreva um dia típico, desde a manhã até a noite.
- Quais são as suas ocupações regulares ao longo do dia?
IRACEMA
- Quais são as suas atividades de lazer preferidas?
- Tem passatempos ou interesses específicos?
IRACEMA
- Participa em atividades ou eventos locais?
- Está envolvido em organizações ou grupos comunitários?
IRACEMA
- Quais são, atualmente, as ocupações mais significativas para si?
IRACEMA
- Pode partilhar algumas ocupações significativas ao longo da sua vida?
- Há experiências profissionais ou pessoais que foram particularmente influentes?
IRACEMA
- Por que essas ocupações são importantes ou significativas para si?
- Como elas contribuem para o seu bem-estar ou sentido de propósito?
IRACEMA
- Relativamente à sua saúde, como tem sido ao longo da vida?
- Tem experiência de situações menos positivas de saúde?
- De que forma isso influenciou as suas ocupações?
- De que forma influenciou o seu bem-estar e/ou relações com outras pessoas?
IRACEMA "Agradeço imenso por partilhar estas informações. Lembre-se de que os dados serão
tratados de forma anónima e usados exclusivamente para o projeto académico. Posso fornecer
detalhes de contacto caso tenha mais questões no futuro?
Obrigada pela sua participação”

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