– I – Seis homens sábios do Industão, – V – O quarto sentiu a pata
Uma terra bem distante, E teve logo a recompensa Ouviram, atentos, os boatos Percebendo as semelhanças Sobre um animal gigante Anunciou com indiferença: E apesar de serem cegos “Este animal mais se parece Foram ver o elefante. Com uma árvore imensa!” – II – O primeiro passou as mãos – VI – O quinto tocou as orelhas Sobre a barriga dura e falha, E sugeriu, conservador: E explicou bem confiante: “Mas que belo utensílio “Minha análise não falha: Nestas tardes de calor, Esse tal de elefante Este tal de elefante, Mais parece uma muralha!” Mais parece um abanador!” – III – O segundo tocou as presas – VII – O sexto subiu às costas E proclamou com confiança: Despencando na outra borda “Este tal de elefante E pendurado ao rabo, disse: Não é brincadeira para criança “Não sei se alguém discorda Tão pontudo e afiado Mas para mim esse animal Mais parece uma lança!” Mais se parece com uma corda!” – IV – O terceiro chegou à tromba – VIII – E então os sábios homens Elogiando a bela obra: Discutiram inconformados “…tão comprido, e gelado, Cada um com seu discurso Vejam só, ele até dobra! Sem ouvir os outros lados O flexível elefante Pois estavam certos, em partes. Mais parece uma cobra!” Mas completamente errados!