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Os sinos (790) Desafinados, Não são feras nem são homens –

Em um clamoroso apelo à misericórdia São Fantasmas:


Ouça os sinos dos trenós - do fogo, E seu rei é aquele que soa;
Sinos de prata! Em uma louca explosão ao frenético e E faz plom, plom, plom,
Que alegria a melodia anuncia! surdo fogo, Plom,
Como fazem tlim, tlim, tlim, Subindo alto, alto, alto, Um hino dos sinos!
No ar da noite fria! Com um desejo desesperado, E seus seio se alegra com o som
Estão as estrelas a brilhar E um objetivo tomado, Com o hino dos sinos! (794)
O céu inteiro parece cintilar Agora – agora é esperar, ou nunca, E ele dança, e ele grita;
Com um deleite cristalino; Pelo lado pálido da lua Mantendo o tempo, tempo, tempo,
Mantendo o tempo, tempo, tempo, Oh, os sinos, sinos, sinos! Enquanto ajoelha, ajoelha, ajoelha,
Em um tipo de rítmica Rúnica, Que história de terror eles contam Em um feliz ritmo Rúnico,
Que tlintlimbuleiam tão bem De desespero! Para o rolar dos sinos –
Os tlim, tlim, tlim, tlim, Como batem, e chocam e rugem! Que fazem plom, plom, plom
tlim, tlim, tlim – Que horror estão a bradar Para o balançar dos sinos –
Do balançar e tilintar dos sinos. No seio do palpitante ar! Que fazem plom, plom, plom, plom
II (791) Mas o ouvido já sabe. Plom, plom, plom –
Ouça os suaves sinos de casamento, Pelas batidas, Para o gemido e o rosnar dos sinos.
Sinos dourados! E pelos chocalhos, (Poe, 2020, p. 790-794).
Que felicidade a melodia anuncia! Como o perigo emerge e flui;
Através do fresco ar da noite Ainda assim, o ouvido distingue
Como soam em deleite! As batidas,
Notas de outro se fundindo, Dos chocalhos,
Como um coro, Como o perigo vem e vai,
Ideias líquidas que ecoam Pelas batidas ou chocalhos do furioso
Para as pombas que ouvem soar dos sinos-
Admirando a lua! Blam-
Oh, os altos badalos Blam, blam, blam, blam,
Que agradável melodia irradia! Blam, blam, blam – (793)
Que harmonia! No clamor do terror dos sinos que
Que alegria cantam!
No futuro! Ele canta
À vontade que dá IV
De balançar e tilintar Ouçam o soar dos sinos –
Blem, blem, blem, Sinos de ferro!
Blem, blem, blem, blem, Que tristeza a melodia anuncia!
Blem, blem blem – No silêncio da noite,
No ritmo dos que se querem bem! Nos fazem arrepiar de aflição
A melancolia que ecoa de seu tom!
De cada som que soa
III Do fundo da garganta deles ecoa
Ouça o sino de perigo – Um rosnado.
Sinos de bronze! E as pessoas – ah, as pessoas –
Que história de terror, agora, eles Aquelas que moram no campo,
contam! Completamente sozinhas,
Treme a noite com temor, (792) E aqueles que soam, soam, soam,
Como gritam com pavor! Naquele monótono som,
Muito horrorizados para falarem, Sente a glória em transformar
Conseguem apenas balançarem, O coração humano em pedra -
balançarem, Não são nem homens nem mulheres –

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