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---11,.--
Fundamcntos e Práticas Ocultas - Vol. O 1
• D.tnilo Coppini •
© 2015 Danilo Pereira Copplnl
F.d.Jtor
Francisco Facchiolo Lima
Coordenação &utorial
Francisco Facchiolo lima
O,ganh:ador
Da.nHo ��ira Coppini
Rev.lsáo
CamHna Fernanda MalvC'J.i
Design Gráfico
Francisco Facchiolo lima
Arte da Capa
Néstor Avalos
Editora _E$(Hérica.
indke.................. .............................3
Dedkatória...............................................................................................4
lnuodução.............................................................................................5
Lcnda..... ................. ............................... ..............................................9
Exu - Entft': o Cosmos e o Caos................ . ..................13
A Natureza da Quimba.nda Brasileira.............. ........29
O Ego. Exu e aimportáncia dos Rhuais......... ........33
. .\
Ancestralidade e o Caminho Negro de E.xu..... ........40
Exu e a Comunicaçãoatm·és dos BúUOS .............;}
Búuos de Exu.......................... .......................... ...;9
i
AtaqUC' e: Defesa Astral· O Conct: to.................. . ............78
Procedimentos forces para limpeza ene.rgéticl e:combate astral.... ........93
Os PósdaQuimba.nda.............. ...... ...... 101
A Quimbanda e o Uso de D rogas.... ........... 113
OSoprodaQuimbanda..... ........... 120
Okutá • O Co r.w;ão de Exu..... ...... ........... 122
O l\xlmlaCaboç"-........ ................. . ..........129
O Tridente o u Garfo de Exue Pombagira... ......133
A Gpade Exu....................... . ...... .............. . .. ... ..... 145
F:u.cndo um Patuá de ProcCÇ,lO.. ............... ................. 148
. funçi.o dos punhais e adagas noculto de Exu......... .... ..
.\ . ..........I�
Fonalecendo a Rdaçiocom Exu •Construindo o Templo Interior ....... 163
Buscando Fo rças com Exu Pantera Neg ra....................... ...... 167
Trab alhos Espiritt.l3is reali1.ados naSo:ta-fei.raSanta............ ...... 174
Pedido de Proteção feito com Vela...................................... ...... 185
Trabalhocom Exu Chama Dinheiro no dia31 de Dezembro.. ...... 188
Trabalho de Mone aos Inimigos Ocu ltos com o Exu Cira•Mundo.......194
BibBogr:úia.........................................................................................199
l>ebícatótin
JlllllUê ))tllllltll!
:Enroyê <$i11!
Se plantarmos a Ár\'orc da QUlmbanda e a tratarmos com amor
e dedicação colheremos a Luz atn,-és dos frutos da vcJ'dadc. Não
pode.ríamos sorver ta.is frutos siem nos lembrarmos � Mcst.lt"S
que nos ensinaram. &euá Exu Pantera Negra! Sem o Senhor cm
noosas vid:u dificilmente teríamos tamanho ex.iro cm nossas lll::nd:.u
cvolufü-as e conscqucntemc.nte, do:iicamos a Ti esse fruto que
adcnuará na vida de muitos adeptos, Também dedicamos à grande
Mestra Sete Salas, cujos ventos abri.mm tcxlos os caminhos para
nossas rcalh:aç6es,
Ao Po"° de Gnng11... L T. ]!
•
corrompidas e manip uJadas ao longo doo séculos como forma de
favorecimento individual e coletivo.
�alvt li Químbanôa!
'
Nôs rcsisdmos nado que pudemos...
Lnamos pela continuidade de nossos antepassados,
pela purcza de nossas veias,
pelo canto dos pássaros do dia c: da noite.
Escondemos as ui.lh.ts das llerpentc:s,
camuflamos m njnhos c: desarmam.os as armadilhas de caça,
Passamos frio c: fome,
mas escondemos nosso Povo
da raça dcitraçada que vinha cm nossa di.n:ção
guiada pdos midoies de nossa prôpria mata!
Nunca dvemos ócUo, porém, diante desse terror o Obscuro nasceu
e lizcmos coisas que nio ti'nhamos feito antes...
Sabíamos que acomc:cc:ria, pois os and� diziam que chagaria o dia
em que o que mais temíamos deveria acontc:cc:r:
O índio lle tornar piedador de homens!
Nio falamos de muar os homens para comer
honrando�s como inimigos,
mas de rasgar tcx:las as panes de seu copo
c: adornar as árvores
como previu o Grande Pajé obscurocido pela
Som bra de Anhangál
&u foi o Tottm mais eKw-o que a floresta teve!
Pitávamos nossos corpos com urucum c: as cinzas feitas
do corpo destruído dos nossos inimigos,
As ponros de nossas lanças eram feiras com os ossos
das pernas e dos bnços dos homens brancos,
pois sabíamos que existia um veneno escondido dentro ddcsl
Andávamos cm bandos c: durante muito tempo não pc:rmhimos
que homem algum cnuasse cm nosso tcrritôrio.
Fomos tcmjdos pelos brancos, pelos llC'g:tos c: até pdos próprios
vermelhos, afinal, sabíamos que os cics que traz.iam os homens
brancos até nossas tribos eram de sangue índio!
•
A narurcza assu.mju as dores das lll:'mcntcs de lll:'US 6.Jhm e netos
dun.ntc muito tempo, mas o homem bn.nco usou tipos de feitiçaria
que desconhecíamos e isso \'C'io com os índios que eles enfeitiçavam
e soltavam na boca da matai
Fon.m cspcrtm, pois sabiam que n6s os receberíamos cm festa!
Assim colocaram doenças dentro das tribos e nem o Grande Pajé
soube como curar...
Mas Pajé de verdade nunm abandona sua tribo
e a noite decidiu se encontrar com Anh.tngá no meio da floiesta,
Anhang.í, Senhor d:u TteVlU, chorou sangue e d.i�c ao Grande Pajé:
- Cobra tem veoe.00) ma.s motn com paulada. P.gue bons
guerreiros e filhas e filhos e corte e$U mato. Para os doentes;
dpó, multo dpó fervido e os pós para de. n tro• para fora. Pegue
os mortos• e.nteff'e-OS dignamente, ma.sem buracos opostos as
novas tdlbas. Assim homem de longe se perderá pelo cheiro.
Quando akan5ar grande dlstand.a e chegar adma dos Grandes
Rios monte suas ca.sa.s oonmente e, e.m sUendO) aguarde até o
d.la em que espíritos de bran<O$ e vermelhos saibam conviver no
mesmo espasio. Até lá, ente.rre o p6 d.a carne no pé do Chorão
e lamente-.se pelos que oio tfwram forças para enfrentar a guerra.
Daqui onde eu moro, receberei e abrirei os caminhos para todos
os vermelhos e permitirei que a tribo honre seus nomes.
Quando em dúvida e$tlwr, sfga a pegada da onça e &e na noite
Se perder, pe5a pela on5a oegra!
F.teu.á, Pajé, filho da Rore$ta, leve HV po\d
E assim o Cn.n de Pajé conduz.iu seu povo p d a ui.lha das serpentes
e desapareceu mata adentro, Não tardou o homem branco chegou
onde cn. a tribo, mas sô encontrou a própria monc vinda pelos
menores lll:'rcs que cx.isrcm.
Salve o Po\'o da Floresf31
Anau@ l\»o que Voa! Anauê Karajá! Anauê A.najéa Anwi Aondf!
Anaul Andlrál
10
Jlbram o� 1�ortaí� e venham
receber o �acrífícío
® �ngue que e�corre pela
faca purífíca o fiel e
® profano mata!
----�::::::::::>�Ç'--9�2�:-:=,-----
<$i11 - (Entre o �O!lltlOG t o �os
OefinlSÕf$ (resumo):
"
profuncUdade.
São as formas.
É disciplinado,
Caos X Cosmos
14
encrgérka fone o su6ckntc para causar grandes mudanças, já a ação
do Caos éviolcnta ao ponto de modificar o 6wc.o inicial de qualqucr
sistema. mesmo siendo arravés de adventos simplcs.
Vamos a.cmplificar:.
"
maneira. cntcndt:mos que devemos percorrer ccms 'trilhas' para a
real comprttnsio acerca da dimensão da paJavra Exu (em ambas
polaridades) e sua ação comunal e individual diante ao Cósmico
e ao C36tjco. Para isso procuramos as iespostas cm tod.ts as vW e
esmiuçamos o que já é consoHdado nos ricoscampos da Tradiçiopara
ap6s dissertarmos sobre a formação e açio do Exu de Quimbanda.
"
Prtmelro caminho: Êsú e sua Naturna dúbia.
Bara (um dos nomcs de &ú) anda com segurança. cheio d e domínio.
ora para a direita (que reprcscnta o Cosmo c a caus:U3lidadc), ora
para a csqucrda (que reprcscnta o Caos c amusudidade). O mesmo
llC':r tem Livre aceso c domínio (Sen horil) dc ambas as poJaridadcs.
É importante entendermos esllC': conceito, pois não sc t.rata de bcm
X mal e sim de mascuHno/posidvo/dinãnüco c fcminino/ncgarivo/
reccpth'o.
"
Dentro de um sistema Hnca.r, um erro pode compromctcr tudo
que já cscl traçado cncrgc:cica.mcntc a uma pessoa. EntJCramo,
muiw ,-cus Exu (conhecodor d:u cntr.tdas tcmporais) nos impdc
a cometer ccrtos atm que, inicia.lmcnte, acroditamos lll."r aquUo que
nm derrubará. Mais a freme, vemos que tais a� foram necessirios
para uma muda nça evolutiva, Exu também não tcm um conceito de
ccno e errado tão atrdado como nosso sistcma vigente cmbasado,
dessa forma age de. acordo com a ncccssidadc. Isso também lle rc6ctc
nessa frase rcti.r.tda de outro �Oriki;: "Ena, que 6n uma pes.soa
falar coisas que não deuja!"'. Seus impu1sm sio tão fones que
dcmoem pensamentos p1f-0tdcn� e n:criam raciocínios. Essa
qualidade é CX31.racb cm outras passigens, mi como: "P.sil, não ,ne
1Ntnlp11le, 11111nlpul#outr11�UINI. "(Êsil mdJe mi, omo tlômlm.1111i
o�.) Exu também é considerado o Divino mensageiro da palavra e
dessa forma sua palavra se ecoa cm todo Universo... "'fu Oro ma
ni ko. Ex " Oro ma ja ko, Ex11 Oro Tol»JJJ tire site, Ex11 Oro Oh1111
OIOIN11 nHma """ kiri;. Mais uma va, m Antigm nos dciuram
rastroS da nuun:za de Êsú, que mesmo possUlndo uma naturcza
ca6tka., a extensão de suas ações está atrelada ao Cmmo,
18
UVoeê qtum pro�ou o &1para""'" do h'ono!,.
19
cujo significado e o uso interpretativo sio muito similares. Um ser
que tcis a Sah-ação e está na Aurora, justo (Odam). cuja essif:ncia
ca&k:a é usada para corroborar com a escaJada c-.•olut.iva espiritual
e matcriaJ daqueles que o busc.un, bonito (Eligbám Rtwá), Senhor
da Comunicação, cuja fúria pode lll3tar e libertar a hu.rnanklade de
tudo que é n.Um foi uma deidade perfeita p.tr.1 ocorier o sincredsmo.
Natureza Caôtica;
Domínio dimensional;
Ação restrita ao Plano C6smko (tisico e astral);
Domínio da temporalidade;
Domínio dementar;
"'
Pcnonandadc sem traços morais;
Ação sem julgamento de 13cm x Mal';
Aniqull31"io do Fgo;
Ação de protetor;
Ponador da Libcrraçio.
21
vai agir, A fnuc: "O,fimJusdfi""11 111 �ot!" tio popular dentro
do Maqu.ia,-clismo t.a.lvtt seja a máxima da ação de Exu desprovida
de religião. moral o u ética. A isenção de concxitm esugn.ados não
significa que Exu não entenda o que é bom ou ruim para qlJ(':m o
cultua, pois esutÍ3.mos na posição de escravos se pan:icipássemos de
uma rcUgi::io qlJ(': visa apenas destruir nossas vidas sem o intuito de
reconstruí-las de forma C\'Olutt\'3. Novamente recaímos na Tradição:
"&ufa o ,r'f'II 11/rnr nur'to e o nc.ff'to 11/rnr ,,.,.,,...
D,fintções (ttSumo)
22
sociedade é construida por indivíduos ambíguos, contraditórim
e maus, Se não ex.isdsS1C uma ÍOJ'Çl coerciva dificilmente esS1C maJ
S1Cri3 confülo e a conS1Cqutncia seria a desigtcgaçio social. Viver
em sociedade é: "'Absur•1e rtdprommmude ofensas, do. violinda, da
exp!ornrão, tldaprar a Slltt prôpria i,onrade à de 011t10... " Niettsche,
Fricdricb • 'Para AJém de Bem e Mal'. O que fia evidente para n�
é que seja para combater o mal ou para impor a supremacia das
lTl3SSlS fracas (amparadas pelas Leis protecionistas). a sodcdadc é
um berço onde forças tentam sufocar a selo;io natural amwés dm
'valores humanm', Sociedade é discipHna. defesa de instituições e
cdi6cadora dm valores éticm e morais. Por mais que a sociedade
S1Cja fugmenrada por grupm sociais distintm existe uma espécie de
'teia' invisfrcl que os conecta. TaJvcz S1Cja parte da naru.n:za humana
viver cm grupo, pois além de poder orga.ni:r.ar S1Cu 'habitat social'
pode escolher SU3S rcl:tç6es, entrcranro, desde que nasce as forças
de cerceamento escio em ação, FamJna. amigos, vizinhos, escola.
clubes, enfim, circulo sobre circulo esmaga a verdadeira natureza
individual.
24
Sob a ação individual, emendemos que ninguém nasce odiando
uma muJhcr, homossiexual, judeu, cristão, etc.! Isso são conceitm
passados pelo comportamento do meio ou pela influencia familiar
(inclusive anccnnl). A Misantropia é um ódio/aversão incxpHcável
que se aloja em tcxlo sistema lógico de cenas pessoas ao ponto da
\na.temática' da sociedade (geral ou determinada) nio se enquadrar
nos seus conceitos.
Homens de Barro;
Homens de Fogo;
Homens MC'd.ianos,
"
CoJunas, os espíritos perdt:m cenas caracterísrkas mundanas au·a,-és
de uma profundaalqUlmia interna. Isso retira da c:s�ncia do espírito
conceitos éticos e morais e, sem ta.is conceitos, deixa de cilsfü o bem
e o mal. Então, a Sociedade que Exu vive n5o é baseada cm pré•
conceitos. Não cx.istem grupos drcufarcs cm ação (famma, amigos,
escola, etc.) apenas os impulsos do Reino que cada espírito pencnce.
"
sibemos que essa mudança foi fruto cb ação desses espfriros?
Em primeiro lugar. ao analisa.rmos o contcxto hJsr6rico veremos
quantll confusão houve até que a tcsisttnci.1 fosse formada,
Depois disso, como essa resisttncia agiu. Anos mais ratdc vemos
um membro dessa rcsist&lcia sentado na mesma posição que os
mWr:ucs ocupl\'3.fll cm contt'3panc uma parcela da popuJação
desejando a \'Olta do antigo sistema. Exu deu aos tcbddes o Direito
de governarem, mas ao ver que os mesmos erros estão sendo
rcpeddos, começou uma nova mudança atnwés de suas ações de
narurcza c.lÓtka. Cre-.'<"-s. manifestações. ações judiei.ais
...
27
A rd ação da misantropia com os Reinos de Exu ocorre na
diferenciação dasAJmas pôs•mortc fiska Aqueles cuja esiiencia está
cd.i.ficada fortemente tu.s Hnh3s causais não servem para as Armadas
de V.S Maioral, Apenas as Almas inconformadas. com seus 6dios
externados ou silenciosos são capazes de resisdr à Alquimia que será
imposta. Entendemos que o radical cxt.temista convicto e o aluno
que sofreu anos de pcrscg:u.içâo por ter um comportamento a\\"SSO
à sociedade podem compor as mesmas 6.lci.ras. pois seus 6dios
deixarão de ser direcionados ao ••x"' ou "'V" e passarão agir conua
todo o Sistema Linear,
28
Jl,Jbttute;a ba Guímbanba l5maíleít'll
,
-2�
,~,e-.
�
A Qu.imbanda Brasileira. por ser uma Tradição que durante muitos
anos rcitutrdou-s,e aua,-és dos ensinamentos orais, ocultou sua
,-ctdadcira naruten para poucos inkiados, Esses, por sua vez,
em sua grande maioria sai'ram do 'Caminho de Maiorol' por nio
suponarcm a prc�ão que é impingida aos adeptos ao longo de seu
processo de alquimia interna, Os poucos que rcsisdram moldaram
a Qu.imbanda segundo cxprc�ões e perspecdvas partku.Jarcs, por
isso t:Ustc um.a grande pluraHdadc na forma com que o Culto é
dcs,en\'olvido no BrasiJ.
29
existe uma corrcmc invisfrd que prende-nos a valores posidvos e
negativos. pois não comptcendc.r o que sentimos cm rel3Ção a tudo
é o mesmo que nos prender em te.ias invisíveis onde os 6os da moral
nos sufocam, Se o sentimento é inevitável, que seja formado com
múltiplu visõc.s, doudo d e discernimento e não esteja arrefado 30S
conceitos de moral e ética da musa vigente. Exu é a semente. que
estoura a terra e rompe a vida e não wna árvore que já mscc. com
frutts.
"'
avançado sabe seus limües e limhaçôcs,
O homem é condicionado ao ins6nto de autopreSll."rvaçâo. Luta
incessantemente pela vida e pela integridade, EsSII." mecanhmo é
reguJado pda dor e pdo mo:lo, ou seja, o homem se mantem vivo
porque cultua ambos. O medo llbera a adreruilina que aumenta a
força ílsica e expande os Sll."n6dos tais como audição. olf.no e visão e
pode fazer com que o homem vá ao combate ou fuja do mesmo, O
adepto da Qu.imbanda aprende que a\'3.0ÇU ou to:U3.t nas batalhas
não é uma decisio motivada pelos scn6menros ou Sll."nsações; sim
pelo instinto predatório frio, agudo e incisivo. O Qu.imbandci.ro
não é refém do medo, tampouco, da dor, pois entende sua naru.re:m
e a dos espfritos que o ministram.
"
exato papel do 'superego', ou seja. criar as portas que impedem as
forças e ene4:ias subconscientes aflorarc.m, No superego existe a
coibição através do medo. Os cientistas alegam que o grande papel
do superego é forçar o ego iie comportar de forma moral criando um
indivíduo mais próximo da •perfeição'.
"
descargasc:nc4:éricas apOc.tdas sobre a Criação.
"
Percebemos que o Ego,. Superego e a 10 estão em intcnllO processo
de pressão. O Ego acaba sendo intermcd.iador entre a 10 e o mundo
externo. O Ego extrai certas forças do 10, nw deturpa-as para que.se
tomem conuoJad:u. Emrrtanto, dcixaremosdc lado cenosconcciros
dcndficos e filosofais e falaremos acerca da religião. É sabido que a
10 para n6s representa o í\. bismo Individual' e também sabemos que
nessas fendas obscuru é que estão uancafiad:u nossas verdadeiras
eh.amas. O que apenas poucas pesllOas sabem é que para o Ego
alcançar ceruu regiões abismais é necessária a abenura de 'pona.i que
uancam o attSllO as mesmas, Nossa Tradição Esotérica as denomina
como 'Ponas Tranca Fogo', ou seja, são bJoqucios demiúrgicos que
não permitem alguns acessos, Como o Ego. Sup erego e 10 estão
conoctados, falamos sem roccio algum que enquanto nosllO Ego (Eu)
não se desprender de certos conceitos não conseguirá acessar tais
n:giõcs, Quando citam.os destruição do Ego nio estamos di:t.e.ndo
isso de forma literal, até porque enquanto na m.aréria estivermos o
Ego (Eu) desempenha o papd de sanidade e n:guJa muitas relações,
Seria mais apropri3do falarmos obscurecermos o Ego arm . 'és do
dcspena.r do potencial ocuho. Alquimicamcntc simbolizaria o
Nigrcdo ou o csclgio de obscuro:imcnto e apodrecimento, a monc
espiritU3l que visa o despertar do potencial cncatccrado, paralisando
as doci95es morais e produz.indo um pcóodo de descoberuu
dolorc6as acerca de si e do entorno. Obviamente que os csr.igios
posteriores dessa AJquimfa Negra iriam destruir tantos conceitos e
valores que a "no\-'a pessoa,. não iria mais reconhecer a antiga. Esse
é um dos fundamentos ocultos impHdtos nos procesllOs inkiáticos.
"
Exu - Um gula dentro dosTrfsSubslstemas
"
extremamente importante para que essa lleparaçio não tcsulraslle cm
uma possível aniquil:tção interna e um constante csrado de culpa,
A energia tcaJ desse mbalho fez com que a moça reprimisse seus
sentimentos dttu.rbados e se aHnhassc cncrgc:ticamcntc de tal forma
qU<" seu noi\'o, no primeiro contato que teve com da, d«idiu ,oirar,
"
Jl JlncMtalíbabe t o �amínho negr.o be ixu
,���
��
.,
«Jntrtoda à Trnd.ifâo, º" stja, flS co,lt!Xôts proi-hn de faros tntrgltiau
t'Xistr,11t.1 1lflS wt-gonu, por ral moriw, ocorre a ntreuidade de 11ma
i11kiaçâo formal e apmmtapio aos anupassa&Js, � (Coppini, Danllo
- Qu.imbanda-O Culto da Chama Vermelha e Preta- Ed, Capelobo-
201 ;).
Eis que SUJ};C uma luz: Até as religiões sio dclicasl Essa afirmativa já
era de conhecimento aberto, principal.me.me o que é pubHcamentc.
retratado acerca da formação da Igreja Católica 0,C.A.R), porém,
C'Ustc.m fundamentos formadores dessas rellglôc.sque nem as pessoas
envolvidas sabem diur ao ceno sua origem.
"
Falar de Quimbanda é retratar a história formadora do nosso
país, principalmente durante e pós-escravidão do Povo Negro.
A interatividade, muitas vttes cm palcos agressivos e violentos,
criou no,.'3S relações étnko<ultura is ar.m-és das expeli&leias
com as culruru amcr(ndias e europeias, Essa massa cuJtural criou
uma 6.loso6a afro-brasileira e demarcou um novo mapa social,
Dessa forma nasceram •novas' Tradições e. consequentemente. a
ancestralidade (após um período de rcestrururaçâo) começou ser
vista de maneira mais ampla
"
Norunl
Esp·1ritual.
"
�Rítmú
Nooso ritual inicia-se com a compreensão do símbolo que representa
a ancestralidade espiritual.
Pto«dlm•ntos:
"
5. Acenda sua vela e siegurc-a a altura do coração e fuça a segUlntc
o ração:
"fu 11,1 mi11ha ftmtr, fu 11,v mi11h.v costas, Exu à dirtira, Exu à
Es'f"m.la, Ex11 acima� Exu ab.1ixo, Exu em /rJdos os lados! Prolqdo,
forpt t 1,'t'ft./ade dos meus aros!"
48
Agmtúro aforra, o poder e a gMria '{lle rm-bo a mda 111011,e,110! LAroyJ
MaiornU"
15. Levante-se, de sete passos para trás e vá embora sem olhar para
a'"''ª·
..
í$i11 e n tomuníot(ilo nttn11ég ôo!l ;t;IÍ3ío!l
,
-2�
,~,e-.
�
Toda formação da Quimbanda teve e tem como núcleo anual
a 6gura de Exu. N:io adianta as pessoas tentarem mudar isso
formulando os mais absurdos fundamentos, pois toda estrutura
do 0.dto foi moklacb pda tabulnga desse antigo deus Yorubá. Se
hoje os espfriros que formam as Legiões da Quimbanda ttttberam
Exus»
o título de .. é porque ocorrem similaridades de personaHdadc
e natureza. poderes e limitações,
Asca�
• Os búdos noneados por os.sos.
"
Ex.istc:m outras formas de: confirmação como a AJobaç.l - Oráculo
simples onde uma ceboJa é cortada cm dwu panes e: jogadas para
responder posidvamc:ntc: ou negativamente que: usamos quando
nocessário.
"
Existe uma lenda Yorubá que diz que, ao conuário de ouuas
conch:.u que e quando colocadas próximas à orelha supostamente
reproduzem o som do mar, os cauris rcprodUlC'm os sons de um
mercado. Essa relação entre o mercado e Esú também é pane de
outra lenda onde exerce o papel de supervisor do mercado do Rci
(Êsú Akcsrn). Our.ra passagem conta que Êsú, apôs fazer o Orixá
Ossrum vomitar o Ajé (rique:r.a), percebeu que o mesmo veio na
forma de búzios e tomou-o para sr estabelecendo assim a primeira
'moodi.
"
Um fato importmtc de salk.ntarmos é que as conchas são usadas
denuo da magia cda feitiçaria pelo seu alto poder de ativar a innllção
e captar ematuçóes subconscientes. Isso produz um certo esrado de
clareza., o u melhor, uma fagulha de Uuminação. As conchas também
são um s(mboJo perfeito para a compreensão da "Árvore da Morte"
e podem subsdtuir a palavra Kliphot. Não abordaremos esse assunto
com profundidade. pois no capfrulo que mostramos a natureza
caôtica do Exu de Q.dmbanda já explanamos sobre o tema,
S4
socióJ ogo e antrop6logo francb Marut Mnuss que relara que
dentro da energia de um nome. cx.istc a função classi6cat6ria e a
individuaH:r.:.tdora. A primeira demonstra a noção de sociedade e a
segunda a individuação. Ccno é que dentro da própria antropologia
moderna., o conceito "o nome é. a pesso:i' mostra-nos que um
nome iiela o destjno de um homem. Outro pomo a ser dito é que a
genérica mcx:lcrna disserta: •�.. 111 ,�ilm/As de 111>1$01 nnustraú
moá,Jnm nOfla pt'ÓprlA ,�rihKIA de munáo não ,omenu
atrnvls dA herllnf" t#ÚUl'lzl ,enáo atrlllll• dalm-1111fa ge,útka. "'
Oiscovcry l\1ag.u:inc
Exu é mUlro mais que um nome, vai além d3s pc:GSÍ\-cis variantes de
cmcnd.imento, potém, devemos ter um 'nonc' em nossos estudos.
Quando um espírito recebe o nome de ..Exu Tar certamente iecebe
TODA a heranç:i implícirn no nome dessa divindade. Não significa
que a ação deve ser a mesma, até porque divergem cm muitos
pontos, mas os espfritos abençoados com esse título podem ro::orrer
(se assim descjaiem) a tcdo conhecimento que o dtuJo cartcg,1,
"
deix.cm de t1lstir tonundo.sc fundamentos. Dessi afirm.u.iva
pan:i.rcmos para um dos assuntos mais controversos dentro do
Universo de Exu: A formação de um Oráculo da Quimbanda cujo
elemento lntermedlárlo são os caurls.
"
Sem conhecer lll."U Mestre Exu pessoal abre lll."U campo de ÍOtm3
errõnCl e não consegue compartll.h.a.r energias, No afã de esr.u
no grupo,. sucumbe à mistificação.
M.an.lpulaçáo - O l\O\'O adepto é conhecedor de 'Pomos
Risc.tdos', 'Pomos Cantados' e quaHdadc:s de Exu. Consciente
ou n::io de lleu aro, manjpuJa as energW e el ege seu próprio
Exu. Eslle procedimento às veu:s acaba tendo \'Cntddade. pois o
adepto lle encanta pelo mc:succorreto, porém, a maioria acarreta
consoquencias gnves,
• Ser usado por espirltos obse$$0ru - Sem conhecer a real
foiça de lll."US Mestres é muito comum um adepto incorpontr
um Obsessor que desenvolverá sua espi.rituaHdade, Dentro das
casas de Quimbanda onde não cilste uma preocupação e um
equilíbrio energético por pane de seus cH.rigentes essas formas
espirituais são constantes indush'C nm próprios cH.rigentes,
Já vimos inúmeros casos de supostos cH.rigentes estarem
incorporados com espí.ritm de vibração bruxa, sujos e atrelados.
Mas o ego muitas vezes impede que as pessoas compreendam
isso, 3.li.nal, ,'3lorizam os espíritm "t.tC"VO&m",
"
:61Í3íoG ôe &nfírmaçilo
Os onkulos são a forma mah sagrada e precisa de nos contatar
o mundo cspiritU3l, Por mais simples que seja sempre deve ser
considerado um ritual sagrado e, como tal, tratado com muita
responsabilidade. Apenas os sittrdotcs e sacerdodsas (d:u ,-cncmcs
religiosas que fazem wio de oráculos) tem a medi unidade, experitnda
e vivencia para captar com ampHtudc a movimentação do oráculo e
rcatamr uma consuJta detalhada s obre o destino das pessoas,
,.
à terra e à estabilidade e tem ligação dirrta com a ancesuaHdadc,
Apesar de ser um número mru:cri31ista. tem como função primotd.ial
a quebra das ilusóc.s um-és da imposição da reaHdadc. E.ua
imposição também é asll0Ci3da ao ato de. gerenciar a vida através
do cqu1Ubrio d ementar: Fogo, Ar. Água e Terra. Também delimita
nossa jornada espacial cm Nonc, SuJ, Leste. e Oeste.
..
�obre o ©t:áculo
Para que o adepto use os 'Búzios de Confirmação' entende.mos
sett"m necessários alguns itens:
Uma sineta.
Uma quartinha (macho ou f�mca) com água e cachaça.
.,
fotltlllG be cowgra{llo bo!l l5ú;ío!l
e ba iíibllll be «>,áculo
Existem diversas formas de consagrar os búzios, c:nt.tt"ranto, Nossa
Tradição cultiva apenas dU3S formas, A primeira é feira para aqudcs
que frequentam Templos que seguem nossos rituais. Nesses casos,
quando a pessoa assenta seus Exus os búzios serão preparados
e consagrados conjunmmcnte, ou sieja, serão aHmcnt:u:lm
cnergcticamentc da mcsm.a csstncia, Depois de rodo ritual, são
J.a,.':tdos com uma mistura adequada e estão prontos para o uso. O
adepto mais aplicado também ieccbca Obrigação de visão espiritual
para ter disccrnjmento e intuiç,ôcs que vão além das técnkas pré
cstabdccidas.
<3
01 terrina pequena com tampa
03 vdas ptcras de 'sete dias'
OI sineta.
Modo de preparo
05 g de Noz-moscada
1Og de Arruda
Pó de O,oun (05g)
IOg de Manjericio
lOg de FoJhas-da-fonuna
lOg de folha de Atocira
20g dc bagaço de cana-de�car
O1 pedaço de fumo de corda
100g de farinha dc mandioca crua
"'
13 - Em 9eguida, o adepto deve pcg3.r o Pombo Branco. O
procxd.imcnto é o mesmo. Diante da firmação exclama:
14 - "Pombo Bnmro q11e atmima a c1m1zilhada, Pombo Branco que
i,0,1 por iodo. paru, usa&, eomo 1'NNSagâro pt!OJ homms, sim/Joio da
pr«rt·apio, lhe enfarri pam quest11 sa11f}'efor11t{lt vida aos 1tltlll eauris,
Q,u Exu SlHU'l UJa minâa t q,u tua Úlz �j,1 11,acuw/a t forral(fa
mi11h.1 m,1gia'"
15 - Derrama o sangue cm cima da terrina, Depois disso toca a
sineta por cima enquanto recebe as energias,
16 - Os corpos dos animais devem ser cnterntdos na mata ou cm
uma praça. Junto colocamos uts moedas e uts búzios fechados.
Dessa forma devolvemos para a Terra seu fruto e pagamos a mesma
pelo uso de lll."US filhos.
17 - Ourante os sete dias em que os búzios estiverem sendo
conSlgtados o adepto deverá repetir a oração de consagração. Após
eslle pru.o, retire os búzios da massa e lave-0s com uma mistura de
água e bebida destiJada e besunte-os com o ôlco de consagração,
18 - A terrina pode ser lavada para uso posterior, a mistura dcve ser
despachada em uma encruzilhada aberta
19 - Os búzios devem lll."r guardados em uma pequena sacola feita
com pano preto,
Co magraçáo da 111bua
Óleo de Dcndt
Óleo de Pimenta
SaJ marinho
I0Omldeágua
100 mi de bebida destilada
Me.Laço de cana
OI folha de mamona
02 olhos de Lobo
OI charuto
O 1 vela \'Crmdha de lll."te d.ias.
Modo de fazer
1. A consagração da tábua prcferC'ncialmentC' é feita na mesma dara
da consagração dos auris, p::,is pC'gamm um pouco da mistura
de ervas feita C' lavamm a tábua.
2. Em scgUlda ptt"pa.ramos uma misru.ra dC' água com sete pitadas
de sal. Com a ponra dos dcdm da mão d.i.tt"ira salpicamm em
cima da tábua enquanto proferimm: "Sal e�� dpa e sd,
purifim afonnaftsim,purifica afom,a astmtr
3. Com um pano Hmpo so::amm bem a clbua,
4, Misturamos um pouco de ôlco d e dendtcom o óleo de pimenta,
Em seguida acrescentamos um pequeno fio de mdaç-o de cana.
;. Afolha de mamona é usada como um pano para besuntar o ôlco
preparado cm tcx:la tábua. Não dcvemm sob hipótese alguma
usar esse 61c:o cm excesso, apetus o suficiente.
6. Colocamos a tábua ao lado esquerdo do uiangulo (por fora) de
consigraçâo dos cauris.
7. Dentro da clbua acc:ndcmm uma vela ,,:,:rmdha de sete dias e
deiu.mm os dois olhos de Lobo, um charuto e a dose de bebida
destUada como presentes para o Exu,
8. O charuto dC't'C ser aceso e soprado sete \'CUS por cima da tábua.
Rcpctjmos o procedimento com a bebida desdJada, c:mrctanto,
uma única V<:t.. Exclame sete vttes seguidas essas palavnu:
"Com fogo e ptlo for!, me antfoto urd santifiraM, Ntk Exu
podml a Ndar, falar t a,t tomt'I' se n«mário. Ntle a Vt"lmdt t
a /ustipt habirarrio, Ntle a Lllz e tU Traw estamo em tqllil-lbrio
e 11do txistinl vivo ou morro tomforra tk inltfftrir 11me ta 111po
magnttko.' laroyê Ex.M,I"
9. Assim como os búz.im essa tábua repousi sete d.ias.
"Nfflll átJlll um fogo, 11ma água u,n prolepio, água que bkho Ndo
bdM, água q,u qwm bdxé o eâo. Inimigo ébauido, queimado, uurido
e sopmdo p.1m ddM.ixo do rapeu de S1ta 111/s!
Que não existam ba,rtims parn responder, q,u 11 sabtrioria g,nprr reine,
q11e o q,u má entemulo pOJ.Ja st"I' darrado pdos Ex111 SeuCataNJ1tlbas,
Seu Cowu e Sete BunuOJ. Que os SeuRds e Rainhas e iodas as Ltgiôts
stjam txaitodOJ. Q,da queda M búr.io i 11111a resposta de fu e que
eu ,mha di:sur,1i111mro S#ficknuparn e11xr,gar e g11fR' 11111 mergia,
Laro)'i Ex,J,I Exu é Mojubál"
••
Plenamente Ncha&x Essa queda é chamada pdm Yorubis de
"Oytku" e simbofü:a Literalmente o 'não' exclamativo. Quando
os búzios Cl('.m dessa forma. certamente cx.iste uma carga noch-a
bem densa, Dependendo da pergunta pode representar amargura,
tristeza, enttrramento abrupto de um tdadonamenro, ful&lda de
um comércio e ar.é a morte fisica, Se a pergunta for relativa a uma
pessoa que está soficndo espiritualmente, pcx:le ter iclação com
araque astral de Larvas e ObsesllOtcS visando a completa rui'na da
mesma, Nesses casos um procedimento de combate astral fuz-se
ncttssário,
"'
&ptlllbrados; Essa queda é chamada pelos Yorubis de ..EjjJaJ<eltu"
e simboliza 'sim'. Quando os búzios caem dessa forma expressam o
oquiJíbrio, a fluida e o amot.
70
Abertos: E�a queda é chamada pelos Yorubisde 'Wó.jia"esimbofüa a
plenüude a6rmafr.-a. Quando os búzios caem dessa forma simboH:t.a
a boa colheita. Às vttes quando os búzios C3('.m dessa forma podem
expressar vitôrias depois de tempos diflcds, de batalhas desgastantes
e de peóodos de depressão. Quando estamos consuJtando sobn:
determinado assunto e depois de diversas perguntas os búzios caem
dessa forma entendemos como um 'sim' absoluto.
71
Pudalm•nte Abutos E�a queda é chamada pelos Yorubás de
"Etaw" e simbolh:a um momento de do:attrto. Quando os búzios
aem dessa forma simboliza que o adepto pede ter errado na forma de
pe4:unta.r. O o:pfrito que responde através dos búzios está pedindo
que os mo:mos iiejam jogados t\0\-'3Jltente e a pergunta formulada
iiejaclarae direta. Quando cssaqueda aparctt nas litu.rgias,simboliza
que ainda tem algo faltando para que a mesma esteja perfeita.
Obiel'U'tpio: Todo búzio tem uma pane superior (a mais fina) e uma
pane inferior, A partt superior é um di.ro::ionador, ou seja, pode
apontar o camjnho ao qual cabe ao adepto interpretar.
72
(!tomplemenmcão be 4!luebaG
Para d.temos uma explkaçâo mais dctal.Juda sobre o assunto,
devemos nos atentar para alguns fundamc.ntos muito imponantes.
O primeiro é que a cibu.a de jogo é divida em qu.auo panes:
material
74
Olho de Exu: Quando m búiim caem dessa forma, mesmo esundo
pmitiwdo, Exu nos dá um conselho para que obscr.-cmos mdhor as
siruaç6es no entorno.
"
Tral5io: QU3.0do os búzios caírem sobrepostos fechados, por mais
que o enredo seja posith'O, Exu está avisando sobre posdvcl tnução
ou roubo.
.lDeta(heg ímpot'tllnte5
Sobre os bóúos sobrepostos
Aberto por batxo e fechado por dma.: O Exu está descontente com
o adepto. Momento de reflexão e calma para que alcance a raiz do
problema,
Aberto por baixo e aberto por d"'°' Problema conjugal.
Fechado por baixo e fechado por dma: Aceno conjugal.
Fechado por baixo e aberto por dma.: Problema de justiça.
Bódos sobrepostos em cn:n: Sérias complicações, Jogar
sien:namente e verificar todos os camjnhos.
,.
pmsui significados exprcssivm:
(cnmíêncía
Jlllllll
n
Jltaqut t .'.lDtftllll Jl,!ltnÚ - O &nctíto
78
Nou1 visão attrca dos mundos paralelos pode explicar 3lguns
acontecimentos. Uma guerra gera uma eletricidade infindável e
descarg.u emocionais condnU3S. O medo, a ira., a mone e o desejo
de rocomeçarsio tão intensos entre as panes contrárias que produz
poderow cgrégorasc.nergétkas, Cc.namentequc.a mukiplicaç:io dos
mundos paralelos é enorme, mas 3lguns llt: torturo tio carregados
que acabam tendo autonomja, Nesses mundos a guerra concinua e
centenas ou milhares d e espfritos que morre mm no plano material
foram sugados por poderosos v6rtitts criados denuode tais paraidos
e estio prc.llOs nesses mundos.
Os Exus nos ensinaram que o véu que separa esllt:s mundos é muito
fino e por \'CU:S ocorrem 'pontos de congrutnda'. São lugares
onde ttrw forças possibilitam uma interação enuc os mundos e,
consequentemente, ocorrem as jnfluencias boas ou más, Scg:Ulndo
o exemplo citado, os campos de guerra são locais onde as energjas
pesad:.u concinuam coC'Usündo. Por t3l moft,•o, nio podemos
desconsiderar ulTl3 pessoa que alega ter visto cm tais locais a aparição
de um homem vcscindo fardas surradas ou até mesmo um corpo
mutilado \'lg.lndO.
,.
Apôs essa atividade o corpo astral é refüado do corp::, tisico.
Esse corpo asuaJ também inicia um processo de do::omposição
sendo mais rápida aos corpos sufü e mais demorada aos corpos
densos. Isso ocorre pda medição de densidade de acordo com a
vibração eru:�ética que a pessoa emanou em vida
O corpo astral também carrega os vícios e as paixões conscientes
e inconscientes que as pessoas nutriram na terra material.
A insatisfação ou não conclusão de um desejo pode fuzc:r
com que a pessoa permaneça presa no corpo astral por tempo
indeterminado (até que. obtenha a satisfação ou comptcc.nsão).
No plano asuaJ inferior (perifer ia do séf-jmo plano) não C'Ustc.
inibição moral ou étka e todos os pensamentos afloram sem
nenhuma °'tra'o':t Limitadora...
Tod:u as paixões e desejos do homem em vida material são
rcftctjdos no corpo astral e. até no espírito.
Quando o espfrito encontra suas respostas e uma possível via
C\'Olufü';\, desprende sua centdha c.spi.rirual do corpo astral e.
segue. (via Cruz.e iro) rumo aos planos de. Direito.
.,
Derivada do rol1'13.Jlo antigo larwu, a palavra larva simbojjza,.'3 um
espantalho, demônio ou assomb ração que se usurpa as pessoas,
Entre m antigos, a palavra larva designava os fantasmas de pessoa
que ti,.,:ram a mone física d e maneira agressiva. vioJenta e prematura
ou de criminosos que ,.'lg.l,.':Ull entre os vl\-os para afligi•los. Esse
conceito tem similaridade com o entendimento dm Yorubás:
"Se SNS aros foram ma11S, romo o mivNma 111e1110 de seu vN.i11ho,
asJ4JJi1111ro de algubn de q,mn ti11ha ronfia,lfª� St'f mmtirosa e
ftnlldllkn,a, da sml roNdeNada ao réu mau (nm b,mJ} 011 no 'nt,1
àpndi" ptlo Dtw 1W Ctu. AIJlldel ({"" Ndo viivmm «>1t1p/Na1t1eNte
suas vidaspe,111,u«mio Na ln'7ll romo foNrarmas. "Kofi jolmJ011 and
Raph.ul 1i111de OJ•it'Wle, Mouothdnn ili TmditioNal Yoruba &ligio,1•
hllJ':lk»'f/l Niultious. 1111ifi11. edul)
"
encontn.m (são atraídas) um cadh-cr ast.tal cujas energias densas
e apegos demasiados estão pulsando de forma considerável. Não
tarda para que tol1\C'm esse corpo e direcioncm-iie com vonteidadc
instinfü'3 segundo os mesmos, Tudo que o ser-humano vibrou cm
vida (indush'C' suas l1lC'môrias) iiecl compan-jJhado com uma forma
cspirirual desprovida de qualquer t.raço de humanidade.
Conscquemememc::
82
(também conhecido como cucio) sem a ação de uma Larva torna
-sc desptoVido de ação incisiva, Por mais que cenos 'apefüci estejam
entranhados nesse corpo ruu:,J, como csr.í sem dirociotu.mento
(mente consciente e o Espi.rito), sua locomoção ocorre apenas pela
Lci de Atração cnc�ética. Porém, ru Larvas que possuem essa Casca
podem dar outru funcionafadades à mesma fuend�as caminhar e
se foru.lccer justamente das cncrgW que atrcgava. Como ru Larvas
são seres criados cm baixa e grosseira densidade vh-cm apenas pelm
instintos e esses corpos asuais tornam-se perigollOs e dcscontrol:tdm
seres vampíricm. O que faz a ação dessas lar.'3S perdurar é a fulsa
sensação de pru.cr que o corpo asml pode mnskrir para a lar.'3
quando está se nutrindo de energias densas e viciantes. Tentem
conceber um ser criado para decompor tendo contato com
3S sensações humanas e nutrindo-se pru.crosamcntc pan.ir de
descontroles humanm, O:rro é que uma lar.'3 pode monrar um
a.é reiro de similares e ClUS.U distúrbios cm mUlros locais.
Como são invisíveis aos nossm olhos, apenas as pesllOas que estudam
e praticam vb.s reljgiosas conseguem rastreá-las ccombuc-las. Muitas
vezes essas Jar.'3S acabam se entranhando tio profunda.mente com os
cadh-cies que assumem uma espécie de personalidade superficial e
um apego à 00'\'3 condição. De forma alguma isllO seria uma fonte de
evolução, pois rodo esse procesllO é motivado por cnc�W gro.nciru
e vampirismo, mas a ação desses seres é mui to interessante e mciece
um estudo mais profundo.
Odores de putrcfuçâo;
Queda e quebra de objetos pessoais;
&rnlos pela casa;
Apan:cimcnto de boJor e fungos;
Queima condnua de objetos elét.ricm;
Visão de sombras andando pela asa.
�§ma�J�s&iW��JM�� MM'fas���f.g{&�ri:�
clctcrmi.nados ponros, muiros ac:redium que se tuum cl� mNmas
energias e dum wancla o mesmo *modu:1 opcrancl is. par.i
combate r tais lorç:M. Antes ele .ulentr.u-mos n o oomb.t1e espirinul.
°'
,·.tm cscbmc:tt algumas diferenças:
..
quuua 'buSM>bmor.J' não m.tisexistia. Sio srdenros pebVinpnp!
E.ues espÍritm costumam budar os vb.u e :ulemrucm no cunpo
fidco. Quand o nlo úo atnídos pcbs Jl'n� ele Exu, �cum:un se
agrupar com outros flmibtc$ e r.igam pd:i Tcrr:i em busa de $U:is
vi npnçai-.
.,
vimos usarem as lan'3S para eng3.nar a verdadeira naru.n:za da ação,
Esses espíritos sio tão sagazes que quando estão sendo atacados,
sac.m do ambiente e aguardam as energias volr:.uem a ser como
antes. São confundidos pelos leigos como a própria manifestação do
Diabo. Existem casos em que seus araques chegam ser tlsicos como,
por a.emplo, ser sufocado na cama enqU3.JltO dormimos.
..
para taL Para sanar esses probJemas, deve.se evocar a força amoral
de Exu e sua ação brutal contra esse esp(r·,ro. Mas existe um pomo
importante nesse procedimento: Se o adepto que vai conduz.ir um
trabalho dessa natureza captar a injustiça praticada contra o EspCrito
Rc-.•olrndo e seus conceitos cticm e morais forem abalados ao pomo
de dar uma pareda de razão à cobrança, nenhum ritual terá et.ito.
Tudo que um adepto emana é reconhecido pdas legiões de Exu.
"
rjpo de Espírito Obse$Or e Larva Astn.1 para a mesma, A vítima,
sem proteção, cU6ciJmente não sucumbi à pre$âo de uma Maldição.
88
destrutivas e mortíferas a fim de que haja cm um local ou cm uma
pessoa, As pngas podem ser uansmirklas apenas por pessoas que
tenham um forússimo dcS1ejo de que seu oponente receba energias
maléficas. Uma maldição é composta de no mínimo trb pragas
diferentes, entretanto, a ação dos espíritos é relativamente a mesma.,
mas a praga não assume caráter de hcrod.iraricdadc. PopuJarmcntc as
pessoas que emanam pragas são chamadas de 'boca de sipo'.
J,l '.ln11eja
A inveja é o S1endmcnto de incapacidade, frustr3Çâo e tristeza que
uma pessoa tem ao ver seu S1emclhantc prosperar abundantemente
ou ter quaUdades físicas e mentais (lmdcctuah) que o in,-cjoso é
incapaz de alcançar. Se ÍosSle apenas o scn6mento seria um mal de
pequeno port� entretanto, essas pessoas que chafurdam no rc,calque
querem destruir a vicb da outra apenas cm razão do sucesso e brilho
pessoal. Geralmente a inveja pane de pessoas que estão prôximas
a nm, Pessoas invejosas tendem a manipular as ações d3S pessoas
vitoriosas a fim de que as mesmas Sle c.nterrcm, ou seja, todos os
atos são friamente exccutru:los para derrubar e fazer o brilho natural
de alguém, Quando percebemos esSle ataque devemos recorrer aos
nossos mcst1es Exus e efetuar umasérie de trabalhos/ritos espirituais
a fim de derrubar ou ncutrafü:ar o invejoso.
..
pessoa, coJoca.-sc um ovo de casca branca cm cada canto da c.ua, No
ovo deve estar dcsenh3do um olho. Defuma-se a casi com pimenta
malagueta e enxofre e os ovos são rccoJhidos, A vítima deve levar
esses O\'OS aré um terreno baldio e lança-los de cost:u para dentro
do terreno. Saindo do local, na primeira cncruzilh3da 'aberta' deve
se ofcmr um agrado ao Exu Tranca-Ruas soHdtando que imp�a
àquda carga cnc�ética nociva despejada no terreno baldio volte
junto com a pessoa.
90
Emrctanto, quando a •Rtta do Credo" é sussurrada, qll3SC
irrcconho::(vd e 30 contrário torna.se uma forma de idoJatria ao
Demónio. EX:.stem trb formas de Rezas 30 contrário:
91
caduç:i na mão. Conforme for rezandocoloca poqueoas qU3.Jltidadcs
de cachaça na boca vai soprando no corpo da vítima. Isso garante
uma boa Limp<"Za, Depois de feito esse procedimento, cruza o corpo
da vítima com uma p:mba ou p6 apropriado.
Coloro lnlS pis ,,n bosta, pnm ntla ef,mdar. Pd41 ma/h,u de Sa1a.11ds
smú prt.10 à pobraa, miJiria e solidão e vivmú aba,,amW o mbo e,n
busca de akN(tfo e ro11m/a, Amém/"
92
JUgult1l' pr.oceôímtuto.G fOttt..G par.a límpCJll
enugétíot t combate n.Gtnú
�iBifa?
����
.,
tempo, Isso ocorfC' em razão da CX:mtncia individualim:la que o
ovo reptcsiema. 3.li.nal, não ex.is te cordão umbilical que con<'Cfa-o 30
útc.ro gerador, Para isso devemos compreender a narun:za dos ovos
e SU3S diferenças.
94
é de origem c6s.mka, Nossa ritU3lístkas. e intens.õcs. é o que nos
diferencia, A galinha d'angola também está associada ao Culto dos
Mortos e ao Rei da Kalunga.
.,
escudo ocorre por uma aractcrísrka peculiar. Nos trabalhos de Exu,
charutos mais fortes sio okmdos aos espíritos. O tabaco deslles
charutos geralmente ocorre em solos com alta concc:nt.raçâo de
argila. A argUa, elemento mágico indispensável aos asllentamentos,
tem a apacidade narural de iecriar, curar e restabelo::cr os corpos
ílsicos e astrais.
•
Rapé curat""'
Cigarros de fumo de c.otda dema,dos
..
erv3S ígnc-.u, Existem fumos que: acrescidos de pdes de animais
(cobra) e outros com resinas cspccffi.cu. O uso desses fumos está
diretamente concet:tdo com o Povo da Mata e um dos grandes
segredos do tabaco é que ele concenua e expande a propriedade
das out.ras erws. Um fumo desses llOprado no cotpo de uma pessoo
pode incinerar energias nociV3S e ao mesmo tempo agir de forma
cicauh:antc e curativa cm seus escudos energéticos.
.,
de cunho material, afinal, atrai as corrc:ntcs grossieiras da mru:éria.
Outra forma é deitar a v(tjma dos araques n o clúo por cima de uma
fina camada de p6 de imã e accnder49 vcbs vermelhas no entorno.
Com uma pcmba branca risca.se o contorno do corpo de modo
que pareça uma 'cena de pcrkia', O adepto deve proferir palavras de
poder, determinando às forças nod'\'3S que estejam presas n a sombra
do chão. Coloca•se álcool e fogo na 'sombra desienhada' enqU3.JltO se
98
mjnist.ra na vítima um banho de ervas.
.,
pequeno corte nessas carnes e colocarmos pequenos pedaços de imã.
pois serão os fC'sponsá,-cis cm temporariamente segurar a energia da
v(6ma no pedaço de carne,
A pessoa deve ser coberta em sal grosso w:é as e.unes saífC'm do local.
Depois disso são ministrados dois banhos: Descarrcgoc Encrgização.
Costumamos consagrar um fi�dc.-conras para a pessoa USlr w:é que
os sintomas do ataque cessem por completo. O ambiente cm que
esiie ritual for feito deve ser desc.urcg ado.
100
AD lermos llObrc feidços e conj� da Q.iimbanda Brasileira
encontramos o uso dos p6s-ritua l1sücos, Vou relatar alg uns dctaJhes
importantes sobre a confecção e o uso desses agentes mágicos,
'º'
US2r acb dcmenro :a seu favor. Por exemplo: Um pó fcilo com
tc1r2 de formiguei.r o e espora de galo ausa gr:indcs confusões e
btig2S onde for ;>gado ou sopr:M:lo. Ji um pó feiro com 06 rcsros
dos ch:arutos dos Exus rom:t-se um po1crue pó usado n:a qucim:a
de brv:tS :tSrnis. Cad:a elemento deve ser cstud:.do com cui<bdo.
pois cs.<;a :aJquimi:a envolve 12mo o conhcdmento religioso quanto :a
inmiçio do :adepto.
queim:idos.
Os pós podem ser us�os de divers:is form:is:
102
fu-jsrem elcmen1<� que devemos rer muito cuicbdo :.o pil;ar, como
por exemplo. :t foV':l "olho decibr::i". pois :t co:c:in;a contid:t n;a mC$m:t
pode c:.us:.r sérios dwos ls �5 (inclusive :t mone). Portamo.
:tntcs de pil;ar qu:tlqucr marerfal devcmo.s conhecer su:tS propriecbde
mjgias e m;ateri;ak
,.,
E,•pó;p,,m (díur o 'l'" d#-.JA),"
(repira essa oração até F.u.c:r o p6)
104
Itens:
Folh.u de Abte-Caminhos (21 folhas)
Fava A.ridi - ½ fava ralada
Follw de Arodn (63 folhos)
Itens:
Dinheiro em Penca (21 foJhas)
Fortuna (21 foJhas)
Caroço de romi (28 caroços)
TfC\•o de QU3UO folhas (01 unjdade)
Itens:
Fava Garra do Diabo (07 fiwas)
Rosa Vermdha (pérabs de 07 rosas)
,.,
Pó reffilurador de saúde oom Ena Curador
Modo depreparo: Elementos torrados cm uma panela posteriormente
pifados e reduzidos a p6.
Itens:
Coco ralado seco (1O gramas)
Fava de Ocndt (OI fa,.'3)
FavaAridã (OI fava)
Raspa de Limão ( ½ Limão)
Itens:
1 pedaço de fumo de cotda (previamente desfiado)
Sementes de cabaça 'macho'(77 sementes)
Pimenta da Costa(77 pimentas)
Cipó Prara (04 golhos ou ;g)
Sruão (07 folhos)
""
AS para fechanunto de corpo com Ena
Mododeprrparo: Elemc.ntm torrados em uma panela poucriormente
pilados e tcduzidos a p6, Nesse. procedimento rc,comc.nda.mos que
sc.ja qucinwlo inúmCt3S vetts até que ao ser colocado no pilão seja
f.íciJ a transformação cm pó.
Itens:
Cabc,a de galo preto (OI abcl")
Pó de ferro (5g)
Fava Anué (OI inteira)
Vence Demanda (3 folhas)
Comigo Ninguém Pode (21 folhas)
P61vora (OI Pitada)
Depois de pronto csiie pó deve iier ofcmdo ao Exu Tranca Rua das
AJmu ou ao Exu 7 Cruzes, Apôs iietc: dias de descanso. o adepto
riscará com o dedo indicado da mio direita besuntado de. óJeo de
mamona uma cruz no peito e uma cruz nu cmw do nttCssitado,
Colocará um pouco do p6 na mio di.tdta e soprará com toda forçi
para que se fixe no símbolo. Esiie procedimento deve ser repeüdo
t.Its ,,:us, Esse procedimento pede. iie tcpctir scmptc que ocorrer
necessidade, Nm casos mais extremos também é soprado na pona
da rcsidtncia.
Itens:
Cabeça de fuiW macho (OI cabeÇ3)
Pé de coe.lho (02 d.iantci.rm e 02 trasieiros)
Terra de Banco (IOg)
Fava Ldecum (21 favas)
Fava Andá (03 fuws)
P6 de búz.im brancos (7 búzios moídos)
BiJhctc prcmfado (OI bilhete ptcmiado de qualquer loteria e
com quaJquer nloQ
107
Esse p6 é mUlto podt:roso e deve llC':r usado com parcimónia. Depois
de: pronto será colocado cm um vidro escuro e deverá ser depositado
dt:nuo de uma firmação de quatro fcrnu:luru.
Itens:
Folhas de: Chama Dinheiro (77folhas)
Pó de Ouro (OI unidade. \'t'ndido cm a.si de an:igos tdigiosos)
Pimenta da Cosra (21 grãos)
Pó de búzios Obúz.im brancos)
108
AS para redrar fobias e medos com Exu Glra Mundo
Mododeprrparo: Elementostorrados em uma panda posteriormente
pilados e reduzidos a p6.
Itens:
Raspa de chi&< de búfalo ( 20g)
Raspa de chi&< de boi (20g)
Raspa de chi&< de bode (20g)
Raspa de chi&< de viado (;g)
Folha do fogo (05 ou 07 folhas "in natura" ou 5g lleco)
Pimenta da Costa (moída IOg)
Cali: cm p6 (30g)
Itens:
Pou-fcrro (07 1..::as)
Comigo njnguém Pode (07 folhas)
Arruda (07 galhos fartos)
Guiné (07 folhas)
Obi africano (pó de 03 sementes)
Aridi (OI fuva cm p6)
,..
Itens:
Osun (03 em pô)
Waji ou Anll (07 pitacbs)
Pó de CUlela (21 pltacbs)
Pó de Louro (21 pitad.ts)
Itens:
Palha de alho (10g)
Erutofrc (2g)
Guiné Ofolhas)
Pimenta da Cosra (21 grãos)
Pó da de,trul?O
MOM depreparo: Elementos torrados cm uma panela posteriormente
pifados e reduzidos a pó.
Itens:
Cabcç:i de cobra sc,ca (OI)
Pimentas Malagucw (J7 pimcnra.s)
Asa de morcego (OI par)
Terra de sete catacumbas (50g)
FC7..Cs de anil1\3J lll."Cl encontradas na rua (01 unidade)
Sal gro«o (2g)
Pó de Camo Vegctll (5g)
Terra de aterro sanitário (.5g)
Esse p6 deve lll."r mUlro bem torrado e peneirado e para que fique
realmente forre, devemos enterra-lo cm um ccmhério por 29 d.ias
(dentro de uma garrafa de vidro). Pode 9er jogado na casa da vítjma,
110
nas costas da vítima. cm seus pencnccs, local de trabalho, polvilhado
cm sua comida. Se for diro:::ionacb apenas uma pessoa espoc(6ca, o
nome dda deve ser escrito sete vczcs segu.idas em um •papel vi-'l:em'
e queimado junto ao p6 enquanto sua destruição é visuaHr.ada. Essa
fôrmuJa pode ser acrescida de mu.itos fundamentos bastando ao
adepto a força de vontade cm cstucbr os resultados.
l'ldedoença
Mododeprrparo: Elementos torrados em uma panda posteriormente
pilados e reduzidos a p6.
Itens:
Pipoc.1 (01 prato estourada cm 61co sujo)
Terra de Hospital (IOg)
Areia de margem/beira de rio poluído (IOg)
Aradura de ferimento ou escarro de um mendigo adoecido
Mofo de patt:dc (raspa de parede com mofo)
Irens:
Cabeç a de frango (O t cabeça)
Cabc,a de Franga (OI c,!x,9')
F.sraca de madeira (OI csraca fina de aprox.imad.tmcntc 1 Sem)
rabo de rato (OI rabo)
Scrc quafülades de Pimenta (IOg)
Azouguc (03 po<l6cs)
Terra de formigueiro (IOg)
111
da franga para que também sala pdo bico, As cabeças devem 6ar
opo.nru,
Depois de pronto, deve repousar durante 07 cUas aos pés de uma
PomOO.gira. Pronto pode ser sopntdo na casi, no camjnho. nos
objetos pc$oah e ru:é em cima de uma foto do casal,
Pó de Ama.m.5áo
Modo depreparo: Elementos torntdos cm uma panda posteriormente
pilados e reduzidos a p6.
Itens:
Casa de João de Barro (OI pedaço)
Flor apanhada em c.uamcnto (07 flores)
Ag,.m1dinho (IOg)
Terra de Igreja que ocorra casamentos ( IOg)
Row vermelhas (péralas de 03 botões)
Cra� vermelhos (pétalas de �s flores)
Bem-me-Quer (20g d e folhas)
Canela cm pau (OI pedaço pequeno)
111
A grande ma$a cega, manipulávd e entregue às paixões jamais
entendení a profundidade das palavras que estão inseridas nesse:
texto, pois dentro de suas prioridades cvolufü'3S não está o contato
com o ..Eub oculto e: adormo::ido, O procesllO de: auroconhc:cimc.nto
que. a Quimbanda impõe. ocorre atr.wés de uma intensa dedicação
e abllOrçâo dos momentos onde os véus entre os vi\-os e os mortos
sio nug.uJos,
"'
seguir, dt:'Vemos comprttnder o funciolUmenro do corpo ílsico X
corpo astral e espiritual, Os espfriros ancestrais nos ensinam que
remos tres corpos compartilhando o mesmo espaço. O prime.iro
corpo é chamado de involucro ílsico ou corpo marc.rial. Denso,
repleto de falhas, fnque7.3S e limitações, essa casca C a primeira
prisão do espírito. A densidade foi propositaJmentc. feita para limitar
,.
o conf3to entrC' o '"Eu,. mate.ri.ai com o ..Eu astral e principalmente.
com as emanações advindas do espiritual. O corpo astral, mesmo
limitado em certm aspectos é o responsável pela guarda e proteção da
porção c.spi.rirual, chamada pela Qu.imbanda de 'sopro' ou c.spí.riro.
Dessa forma tcmm:
Corpo material
Corpo astral ou alma
Sopro espiritual ou espírito
114
Sob um ponto de visu espiritual, o corpo füico age como limirador
do corpo astral e espiritual. Por i$O é tão importante a ritualístka
espiritual, poiSC$as retiram-no do ambientc dc conrrolcc cscravismo
e o corpo füico (mente) pctdc o conuoJc totaJ deixando amostra as
fendas nt:tt$árias para que os espíritos possam conduzir os adeptos
à outras realidades reais e não as reandades criadas pela mente
c.scravisra, Um exemplo cbro de$a luu entre as ..duas mentes" o u
r
dois .. Eu$" está ll3 incorporação e n a dificuldade. do espíito Mc. st.rc
tomar todas as funções,
'"
recrc-.uivo, fsllO nio significa que a Quimbanda tenha uma Lei
interna que proíba o uso,. mas entende que s.c trata de uma fraqueza
que: não condiz com a lura que: a reUgião se propôs. Acreditamos.
que: as d.rogas tenham um papel demiurgko na vida das pc:ssoo.s,
pois a grande maioria dos usuár'1os para de usar quando se: converte
em uma Igreja Evangélica ou faz programas. de des.intoxkaç:io cm
clínicas de temática rcUgiosa. São formas de: reconectar os seres
humanos ao Sistema Escravista, Quando as pessoas não conseguem
largar o vício, acabam de duas maneiras.: Monas ou c:ncarccradu, As
monsss.crvirio aos propôsiros baixos que escio impHdtos noSistl"ma
e as. presas terão novamente: a fé cm suas rotinas desesperadoras..
l.c.mbtemos da célebre frase do M,shY P111Jur11 N,:rir "Te11 IR11,
M 11/01Mp,,m n.ee!Hr II r'(tl(,,flf"
QU3.0do fula.mos sobre dro gas nio pensem que deixamos de lado o
fumo e as. bebidas, O fumo,. apesar de tolerado pelos cspCriros, nio
é aceito, afinal, o Cuardiio dessa planta não permite: que a mesma
seja usada cm fins profanos e cria um forte vício nos usuários..
Assim como as 'Tialtl3S do Fogo Branco"' sio ,-orucs para aqueles
que: usam o álcool de forma irresponsável. Isso não significa que
devemos deixar de aproveitarmos determinadas s.iruaçõcs, mas antes
de quctermos isso,. devemos nos conhecer, conhecer nos.llOs Limites,
controlarmos nossos impu.JllOs e principalmente: não fazermos disso
uma poru. para nossa própria derrota e cstímu.Jo para nos.llO Ego.
116
t'rabnfho para l.íbettação be lDícío
Em primeiro I ugar, a pessoa q uc rc-alizar.í esse fddço deve estar d ente
atttca dos vícios que rondam a vítima, Isso é muito importante.
pois acreditamos que cenos comportamentos ocorrem através
de um demento incitador, ou seja, cilstc um vício primário que.
quando chega a certa fasie, aciona o desejo por outru substlncW. É
o caso do rapaz que está no bar e quando se sente btbado deseja usar
cocaÚla supostamente para amenizar a cmbriaguC2.
Mat•rlals necessários:
Uma a.baçi média 'macho' (se for homem) ou 'ftmca' (sie for
mulher)
O1 garrafa de c.tehaça
O1 garrafa de conh aque
O1 garrafa de uísque
O1 maço de cigarro
Uma folha de papel branco sem uso cortada c:m tjros (21 tiras)
Um lápis
Uma cana de: baralho - se for homem Rd de &padas, se for
muJher luinha de &parlas
O1 p.tcotc: de algodão
01 camiseta ou fronha usada pela vfrjm.a (suja).
07 vdas vermd.has e prc:tas.
Modo de fazer.
117
2 - Rerir.imos toda semente de dentro da cab aça.
3 - Forr.imos o fundo da cabaça com algodão.
4 - Despejamos dentro da cabaça OI dose de cada bebida,
5 - Colocamos na cabaça sete cigarros apagados e as d.rogas iJJcitas
(mfnjma quantidade).
6 - A carta de C1bc-ça para baixo,
7 - Pegamos as 21 tiras de papd e o lápis, Começamos esCl'C"Ver o
nome da vítima nas 6ru de papel, Para cada tira escrira e dobrada
em trl:s panes o adepto exclamará:
"Sara11a Seu ZI P//J11tra, SnrlltKI .M11t'/n Muln111bo, Saram Poi,o
do L«o! Neu11 hor11 sagrada '" tlnmo para qtu o, Senho1Y1 e
&11/Joms, H111 eo,no �s.uis ú.gfk', lnterHNham NO 11ído de
(d/ut' o nome dn vltí1N1) P""" qw o IIUJ'INO tome 110}0 d, todA.t
""""""'dill.,,,,1eondd11s MIM eabafA. Eueonfto no Pooo de &li
P""" millZAr ,.,M ht#fão e de 1111,dlnto pt'llm,.to rwompen.uí.-lo,
eo,n um11 linda fe11u. P,,.,.,.J14 qtu ek(a) se}A limY deu,., vklo•
m11/d/to., , q,u o ti.IA ,,,. qtu ,14 e-ol«.011 ,ui h«.a pel11 prlme/m
"'
tHr. siefa amnldifoado por .E:al.
8 - Feita essa parte, devemos pegar a pc-ça de roupa ou a fronha
da pessoa e cortar em tiru, Para cuia tir.i cortada exclame:
"Em ,wnu de &li ZI Pi/J11tr11 q,u I dono tk todas as droga, e
Pomhagira M11rla Mulambo q11e III Senhor11 dA Yld11 E,.,,anl# e
todA q1111drllha d11 Ura d,urmhw q,ut (diur o nome da 11/tillla)
"""" da roda do r,/do. Não bebenl, fa11111nl 011 11MrJ q1111J,quer
tipo IU e11torpe.t#nh. Ffo1nl lo11ge do,folso., amigou to11111nl nojo
p.ln r,idA ,rmnh. ZI Pi//nm, , MarlA Mulnmbo ,ne eu11u111!
.EJ, 111 Mgrlm11s d, 11111(0) sofr,dor qtu /11/AP""" .u,/1111,. o tksti,u,
tk,w infolk. L,,,,ryl E,,#/"
9 - CoJoque a tampa na cabaça e com as tjros de roupa amarrc4s
bem fume.
10 -Vá para uma pnça, de prcferencia mal iluminada e leve rambém
as garrafas de bebida e o maç-o de cigarros que foi aberto,
11 - Ptoeurc um jardim ou algum lugar onde a cab aça possa ser
escondida, Se deS1ejar coloque� dentro de um saco de pio para
facilim a camuftagcm,
12 - Na mesma pnça, após pedir lkenç:a ao 'Povo da Praça' e jogar
Slete moedas de pequeno valor no chio, acenda as setevebs, dcn-.une
um pouco das bebidas no chão e deixe o maço de dgarros ao lado.
118
Peça com seu coração que o Povo esquo::ido lhe ajude resgatar a
pessoa amada do vício.
13 - Glorifique Zé Pilintra e l\1.tria Mulambo prometendo que
depois que esse filho for Hbeno, voJtará 3 mesma praça e coloca.r.í os
presentes como 3g:ntdccimen10.
14 - Vire-se e vá embora sem oUur para uís.
119
O �opto bn ©.uímbanba
,�,-
��-
-·'-:-...-tfi� ...
-;. "'.::
""
conceder-lhe a Libertação.
121
Muitos estudantes de QUlmbanda sabem que o 'Oku,a' é o
centro energétko d3S firmações e assentamentos, Okucl. também
conho::ido como Otd. é uma palavra de origem africana que designa
uma determjnada pedra que, ap6s passar por algumas ritualísdcas,
toma-se o pomo/fetiche inicial e principal para o assentamento de
uma deidade. Esse conhecimento foi agregado à Qtiambanda ar.m-és
do contato com outras cxptcssões rdigiosas de origem africana,
enmcamo, a forma de conduzir a s ritualísticas são bem diferentes,
Era cosrume dos andgos enviar seus adeptos iniciantes para denuo
da mata cm busca do primeiro e mais sagrado item que compõem os
assentamentos. A busca pdo 'Okutd'é uma peregrinação individual
122
onde o adepto receberá 3 em3lução da pedra e siberá que
aquela e nergi3 Lhe é harmoniosa. Q.tando o iniciante não tC\'C a
oponunidade de ritualh:3r dcss3 forma. os adeptos m3is cxpc.rkntcs
ou mesmo os s3cerdotcs costum3tn i.m3ntar as pedras para reavivar
certas c.nergW nelas, Ambos os rituais são vá.Mos, entrcunto, pua
aqudc.s que t&n a oponunjdadc. de. buscar essas pocl.r3S cm pontos
da turu«7.3 cscio mais conc,cudos com a ÍOJ'Çl individual.
123
Quando nos aprofundamos c:sotc:ricamc:ntc: no mfatério de: Exu e:
sua relação com as pedras, chegaremos à condUSlO que: as pedras
(gnms (magmáticas) são pc:rfeiras para desempenhar a função de:
,-6nkc-môr em um assentamento. pois o fogo é o demento mais
presente: na ressurreição de: um espírito. O fogo que: aHmc:nta.rá as
,·das d o novo 'corpo' energético, aquecendo a Terra fria que: compõe:
a alquimfa elos asscmamc:mos. Mas nio podemos esquecer do poder
d:.u ouuu pedras,
114
Acredito que a exposição tenha demonstrado a importlncia desse
fetiche. M.as o grande segtcdo da Qu.imbanda é revelado a pan.ir
desse ponto. Consideramos que uma firmação ou assenumento
é a rc.criação de um corpo (microcosmos) que. agirá como portal
contínuo e fortal«ido através das ritU3.l(sticu. Como todo corpo,
pro::isa de. um coração! QU31. é a função do coração no corpo
humano? É o dJnamo do corpo humano,. o 6�ão responsável pda
circulação de. enc,gialsrngue. Sob a La de Lúcifer comprttndemos
que. o 'Ok111d' é o coração do assentamento/firmação, Assim como
nos corpos humanos de que proporciona o dill3.ntismo energético,
pois tem poder ativo e reccpth'o. O momento da consagração dessa
pedra tUda mais é do que o ,-ctdadeiro pacto entrcvi,os e monos.
12>
Um 'Ok111d' é pcsido, denso, sem ntehaduras e quando o adepto tem
o encontro, sabe imediatamente que aquela pedra é o coração de
sua firmação. Os 'Okutds'nm chamam e muitas vezes nos g:Ulam até
des. Quando pegamos a pedra pela primeira vez. sentimos a energia
percorrer nosso corpo e temos certeza abllOluta que éa pedra correta.
12,
entrada, Também couumamos jogar sete moodas de pequeno '\'3.lor
ou sete búzios brancos.
7 • O adepto deverá olhar 6.xamcmc para as pedras ué que uma lhe
chamará atenção demasiadamente, Obcrvc as formas e se estiver
dentro do contexto deverá pegá-la.
8 - Imediatamente colocará junto ao coração e dei.xará a pedra
sentir e absorver a pulsaç ão. Permitirá que o objeto se equilibre ar.é
tornaMie uno e pulsar junto. Esse é o grande segredo, despertar o
Ohtrá" com o calor de nosso prôprio corpo. Oferte a Pedra ao Seu
Mestre Exu pessoal. Repita pardalmcmc o ritual se também buscar
o '0/Nrá' de sua Mestra Pombagira.
9 • Agntdcç:i ao Povo da Pra.ia/Rios, envolva o 'Okutã cm um pano
preto virgem previamente dcfunwlo com mirra e saia do leito.
1 O - Não deixe uma sujeira sequer na maro. Garrafus, fósforos, sacos
piá.Ricos, crc.
11 - Oirija-sie imediatamente para onde suas firmações pessoais
estão.
12 - Ao ch egar defronte às firmações, pegue uma pemba prrta e
desenhe o 'Ponto Riscado' de sieus mestres, Ative-o siegundo Nossa
Tradição.
13 • Coloque o 'Ok111á' e um algu.idar (lavado e defumado) e
cUsponha-o ao denr.ro do Pomo.
14 - Acenda uma vela fina da cor preta ou da cor vermelha e deixe
queimar enquanto prepara a segunda pane do ritual.
127
"Puhunos j1111tos, so11101 ,11,ifimd01 ro1110 Nm só romp'lO. Agom uni
rrreprJOO de meu Mtstrr (Mmm) p.1m q,sepowunos t1:oluirjuntos,
Co,uagro-!m romo Ptdm Comr,fo e que o Smhor (a) Exu (diur o 11ome
1W Mesrrr) auite meprtsmlrfartal«e,,do meus Íll(OI a11astmis, Laro)i
Exu,I"
4 - Ourante sete d.ias o adepto repetirá essa oração. Quando as vdas
findarem, o adepto pega.rãa pedra coração de dentro do alguidar e a
lavará com bebida desdlada (prcferenckdmeme cachaça). Deve lavar
t3mbém o alguidtr e forrá-lo com uma foJha de mamona fresca.
Colcq ue o 'Okutd' novamente no algUld:u,
5 - O 'O!Nrd'está consigntdo e apto a receber novos sacriílcios. Deve
se deixa-lo ao lado da firmC'Jll de Exu até que o adepto encont.te um
sacctdote sério para rcafü:a.r seu ritual de assentamento.
Oln.: Muitos dNnlhes dtJrritos ume riU/d tsfdo 110 livro "Qlimba.11da
-O Cldro da Ch.1,,,.., Vume/ha e PrrtaN1W mmno autor.
118
conecta tanto 30S átomos de ferro quanto aos dc oxig&ljo, Portanto,
o ferro é o principal moth'O do srngue sier vermelho.
129
tenha s,e espalhado pelo mundo através dos rios e mares, afinal,
po r sc:rem lacradas e fluruantes, suas sc:mc:mc:s estão protegidas, Ao
encontrarem solo favorá,-cl gcrmjnavam, Por tal motivo arqueólogos
já encontraram artefiu:os feitos cm cabaçru cm cUvc.rsas culturas
espalhadas pdo mundo.
"º
tomam banho de se.mente de cabaç:i para engravidar.
"EJN q11ebrn a eabafa� tspalha a semmte, afasra todo mal q,u ronda
agr111d"
Mated.al nec:eWloe
"'
Sete pimentas malagueras
1O mi de Óleo de d ende
Ai.ougue/Mercúrio (03 capsuJas)
Foto e nome da vf6ma,
Modo de íuer:
132
O i'tíbmte ou 6atfo be (!):u e 'f>ombagíra
,
-2�
,~,e-.
�
'Ogmfo á,Eruiftrm•
A ,np4 de EJru ,,u rodela... ••
Exu sem g,trfo (tridente) é um.a viW quasie imposdvel aos adeptos
da Quimbanda Brasileira, Essa arma ou instrumento de poder está
tio c:nuanhacb na massa formadora de "Exu-Cadço" que muitos
dcsconhoccm a plenitude de suas finalidades, o que repn:senro.m, raio
de ação e polaridade, Nosso Templo acrtd.ita que todos os adeptos
dc\-em compreender alguns mfatérios para não serem ludibriadm
por teorias ,'31.ias e dcixarc.m de lado a escalada c-.•olucionista que o
'Culto de Exu• ofcrtt aos lcgftjmos buscadores,
'"
criou a imagem poética de Satanás e SU3S hostes.
A) Atredoodado B)�drado
'"
A) Arredondado: Os garfos ancdond� são vistos como as
amw empunhadas pd:u Senhoras Pomb1giras. E$t a6rmafü-a
nio está errada., mas incompleta Os espfriros po$UC.m suas
polaridades naturais (masiculino +,feminino -), mas devem sc.r em
conjunto com o campo enc.rgérko que. desenvoJvc.m suas funções.
Dessa forma., os Exus que trabalham cm Reinos tcttptivos usrun
C.$3.S armas por domjnarem a esstnci3 da mesma. Suas formas
arredondadas mostram-nos d o poder urc:rino, ncgativo, femjnino,
lunar e: niceprivo. Portanto, os garfos arttdondados são usidos por
Exus e. Pombagims de: naru.n:za nc:gafü-a EXll3. a criaç:io de. poderosos
vórtices atrativos. Quando um Exu ou uma Pombagira aponta um
garfo dessa qual:adade para um alvo, a vftjma pede. sc.r c.sgorada
c.nergcticamenrc: até sucumbi.t São instrumc.ntos \'3lllpfrkos e:
sua manipuJação é perigosa., pois os di.-itos de. drenagem podem
se. expandir de acordo com a intensio do portador. Po$ui fortes
Hgaçócs com os elemcmos terra e. ágU3.
'"
q Garfo em "V'': Essies garfm qU3.Se nio são mais vistos dentro
do Cu.Iro da Quimbanda, mas sua simbologia é muito fone. Exus e
Pombagiras pcx:lem usar e�e g,ufo para imo biliur fones oponentes.
Geralmente o Exu imobiJh:a enquanto a Pombagira drc:na. Nos
ataques mentais sio muito incish-os e causam a completa desm.llçio
de p.uimrtros.
"'
Em primeiro l ugar devemos co mpreender que:
t:ma ,.,..
flg.01 flg.02
"'
flg.03 Flg.04
fli;.os flg.o6
Na figura 03 encontramos pequenos drculos na bue do tridente,
Segundo algunsarmci.ros,csscsdrculosc:ram conuapesos necessários
para dar cqulUbrio no manuseio dessas armas. Esotcricunemc o
doculo (ou esfera) representa o ciclo vital, a vida, morte e a prôpria
Terra. É uma marcação de começo e fim cnc�ético. Os Exus e
Pomb agiras que demonsmm cm sieus 'Pomos Riscados' g,ufos
portando drculos cm SU3S bases agem de maneira muito enérgica
lUS intervenções no plano material.
Na figura 04 cncontmmos pequenas lin.Jus que crUl.3.tn o corpo
dm garfos. Essas Hnhas demonstram que as intervenções enérgicas
também são eucut:tdas no plano .ut.ral. Apesar de não ser uma
regra, quando existem essas duas mrucações nos 'Pontos Riscados'
de Exus e Pombagiru ttrtamcntc os mesmos governam Legiões, ou
seja, no m(n.imo são 'Mcst.tes'.
Na figura OS encontramos uma marcação que noua Tradição
chama de ..Chave". Essa marcação é muito mais esotérica do que a
grande maioria dos s eguklorcs e adeptos pcGSatn imaginar, pofa da
'"
demonsua a plenitude da força e a pol:.uicbde da ação. A �ição
da clm-c indica se o g,ufo age de forma horária (força centrifuga,
polo irradiador, força de proteção que fecha o corpo a.mal) e de
forma and-horária (fo tÇl centrípcta que mantém aberto o corpo
astral, extremamente scnslvel e intu.itiva, poder de captação).
Isso é ext.temamcntc importante e fundamental para tcxlos que
trabalham com as ÍOtÇlS de Exu, pois dessa o adepto conhece as
intc.nsõcs das grali:u sagrad:.u. Um c.spfrito mal intencionado pode.
sie r 'dcsmucantdo' com tal conhecimento. Um suposto 't.clado�.
formado com fugmc.nros de ensinamentos corrompidos e. que não
buscou a 'tabadnga' do conhecimento para tapar as rachaduras de.
sua formação também pode submeter ao erro centc.n:.u ou mU.h.trcs
de pessoas. Figura 06. A 'Chave And-hociria' não costuma aparecer
nos garfos quadrados, sendo mais usual nos g,ufos arredondados,
entretanto, os mesmos (Arredondados) podem aparecer com
'Cha,-cs Horárias', principalmente se manipuJados por Exus,
"'
guerrt-.ue submeter tcx:lo tipo de energia,
,,.
Por aemplo, o fu das Setr Cadtoânu HIO!lm em Jt'II 'Ponto Riscado'
q11eageâdkm1m11r emanando t absort•mdoptsndas rmgas t't1t,gitimsl
t!itrir11J. ÍJJo porqut fl«l 1111t11rt:U1 tstd ron«wla à qutda díígw e toda
tktriridrldegmula a p.utirde nuiio, St'IIponto lnmblm nos mostm qw
tsSt Exu eitd rot)«fatÍo a a/,gllHlllfonna de Cruuiro 11,uÁguas, A.uim
tt:mos a rompremido qw mep011to rismdo podt JtT IISlldo p.1m esgotar
011 mtTgiza,; prinâp.1/menre atnwls do rampo �nriH1tntat (tlguas),
,m,a pmo.1 qw nrrmiu de a/inhammto e t'f"illbrio mrrgitiro,
Obviammu, wt Ponro tamlxm n'Ol'a Ofl im'Om a prtse,l(fl time Exu.
,.,
Ritual do Tridente
Ol>jetho do Rltu,J
Mated.als nec:es.sádos
Modo de fazer
OI.a da Semana= Segunda-feira
Lua aproprlada: Crescente
'"
Horário: Depois das 20h
142
"Luz e TtYttm, Snng,t# , E,cu,./dlÍI.J, Vlá11 , Mor"-, Pode,. ,
Amblfáo! Lnroyi F:r«, Senhor do., mnu ,mn/nhof., M11,ho ,
Fêm,A, Flor , E,pb,bo.,, .Evol•fáo q11e ,u tscolbl. /ltnnhu, dlllJul
ntJ o lnforno P""" que Maloml d# Todo., o, Diabos 11H11f«•m#
MnAhorn!"
9 - Coloque a cabeça no chão e peça que a Terra que lleu corpo fisico
esteja equHlbr.tdo o suficiente para receber as forç as vindouras, Peça
que as lembranças doloridas onde cx..isra o fua.$0 sejam drenadas
pdos abismos e sirvam de alimento para as fer.u disformes,
10- Exclame:
"E:al Mneho , FhMn, e-Is aqui o filho d, VOJsoJ de.e/01, t11fa
##Olha ,Sl'II d, neordo eo,11 ff,s,o., ,a,IUIÚXIJ , qu pn.t-/.ta d#
forfASpara mio ,nvergar rom osfardos. &u IMoj11btl! Conr•da
a mim afo"fa de VOJsofeP'l'tlfo"fado no, ""'' d#fogo do biferno!"
11 - Pegue o Garfo/tridente de Exu d.inimko com a mio direita e
e,ga acima da cabeça excb.mando:
"ForfA fU# düso/11e as ro<ha, INl111lg11.t,fo'fa que quebm 1101so
próprio rYjk.ro. ,,go-1# ao alto para lfU# ndentf'# "11 minha IIÍIRII
, eort'a �lo me11 ,1111,gu!"
12 - Pegue o Garfo/tridente de Exu rcceprjvo com a mão esquerda,
encoste as ponras no chão exclamando:
"ForfA q11e eoagubt m ene,:/.m l1dmlgas,fo,rA quefor1H11 m_JH>fAS
de ,1a11g11e, roloeo nur.t pon/As ,ui Úr'Ya para lfU# dr,n, mlnhtis
fr"lfu«At e ad,ntre eo,1111/0,rA de fu '1n me11 corpo e sangu,!"
13 - Cruz.e os braçm com os tridentes na mão e exclame:
"Snng,u , Ferro! Ogarfofapar"- da m/11/.Jt, euhK-la ocultn!"
14 - Lave os tridentes na mfatum de er.'3S e em scgu.ida, besuntc-m
com o 61eo de dendt repousado com pimenta,
15 - Com uma lâmina bem amolada efetue um pequeno corte no
centro de amOOS as mãos, Pegue novamente os tridentes e deixe o
sangue se mesclar com a mistur.t de ervas e o 6lco de dendt, Sinta os
el ementos guerrt-.ando para a� lll." harmonizarem e lll." unirem cm
ato m&gico. Visual.iz.c as palmas das mãos rugando e Saindo delas
grandes tridentes de ferro. Exclame:
"&NASlee ,,,, ,ninha ,,#,Ida m/11hti.t v-,n/add,.111 armas. &11
parte d, Voua M11jts1Ade M11loml , u,,ngo as nrmm lfU#
me /JIHrtaráo! Sou aH11f,011do #te wu, e _pono abeHf""" ,
a,1111ldlfOA" tudo qu ,IUIWm ,Nio.t toeart.m!"
,.,
16 • Enrole as peles de cobra nas mãos sangn.ndo e exclame:
,.m
"&lo meupneto rom o, trlMnh.t de .E»I! Me11 rorpofisiro, Mtml
,sul eomunhtio eo111 o '11.forno!"
17 • Mcxlcle com argifa uma bola, Implante os dois garfos e as pdes
de cobra dentro dessa l113Ssa. Nada deve apruc:cct. Afüe a massa com
a mjstura de crws e o 61oo de dendt.
18 • AJguns adeptos gosum de decorar essa bola de argUa com
búzios e sementes. Isso fica ao enc.\l};O de ada adepto. O fato é que
apé6 pronta, essa bola de argila deve repousar ao lado das firmações
até estar bem dura. Depois de 07 meses o adepto deve quebrar essa
bola e colocar os tridentes dentro de suas firmações,
19 • A mistura de ervas restante deve ser usada como um poderoso
banho. O óleo dedendtdeve ser guardado para as magias e fei tiçarias
de Exu, O prato pode ser lavado e ser usido para oferendas &'t"l'SlS.
144
A capa de Exu é um ancfato muito conhccido dentro do Culto da
Quimbanda, mas nem sempre os adeptos sabem qual é o significtdo
e os usos desse instrumento, As explicações que cx.istcm sobre o
assunto sio dcveros superficiais e até obvias e foi justamente por isso
que se Eu. nccessário esdarcccrcenos pontos sobre o assunto.
,.,
motivo associam o uso das capas com ajustiça Qulu:s, promotores e
advogados). polícia e inquisidores.
Nenhum Exu go.çta que os adeptos fitem-no nos olhos, Isso potque
os olhos (gíria de Exu - Jandas) W uansmissorcs poderosos
enquanto ocorre a incorporação, Aua,-és dos olhos do adepto
(médium) os Exus car� e dcscariegam energi.as e por taJ motjvo
não gostam que interrompam a-nos processos. Por isso é normal
\\"tmos Exus e Pombagi.ras com capas de gorro ou de chapéus. No
começo das incorporações os Exus costumam vir de olhos fechado
ou semfabcnos justamente pdo adepto ainda não conhecer e ter
controle sob sua mente, Um olhar direto de Exu pode transtornar a
"'
energia de uma pesllOa.
Sco adepto deseja usar uma capa cm iieus ritos partkuJares nio existe
problema algum, mas um cspfrito procisadcmonstrarcontrolc sobte
3lgumu corrc.ntes, pois. quando um Exu de capa nos abraça.. troca
energias conosco de forma harmoniosa e mUlras vezes descarrega
nosso cotpo físico e asrraL
147
"'
"Qu,.m 11áo_potl#eom 1111111nd/11ga. lllio <Arnga pll/UII! (DhAtlo
pop•lar),
'"
sabendo que eram temidm aré pelm Senhores de Fazenda, f.u.cndo
suas orações cUárias e retirando do tal patuá as J'C7.3S imaginavam que
aqueles neg«:6 eram podcrt"Gos fciticc.iros e o siegn:do de sua magia
estava no saquinho. Outro aspecto é que m negros muJçumanm
alimenta'\':lm esses saqu.inhm com siementcs e ervas (possivdmente
um herança ancestral absorvida) e m negros na sen1.3la entendiam
que o patuá deve.ria ser alimentado para dar forças e fumettr Eworcs
espirituais aos tais negros.
O negro da senzala que sonhava com a fuga sabia que para ter
exito de-,-cria passar pda guarda dm Mand.ingas, Para isso remavam
reproduzir m patuás cun:gados pelos mesmos. Muitos fundamc.ntm
e.mm absorvidos pelo contato visual e aos poucos absor.-cm.m certm
funda.me.mos. Porém, o que eles nio emencUam é que o patuá
tratava-se de um anjffcio para que o Negro MancUnga pudcssie
cartt'g.tr seus textos siem ser imponunado pelas autoridades,
149
Basicamente rodos os puuás são feitos (montados) dentro de
pequenos saqUlnhos de to::ido, couro tmr:ldo ou n'tscico. O couro
rústico é mais apro::iado, mas nem sempre. temos meios de conS1eguir.
Mododef«ur.
1,0
pcd.idm de proteção e invisibiHdadc ao Exu ao qual está destinando
esse ancfato,
8 • Depois de pronto, o patuá deve pcrmano::er nas firmações de
Exu pelo prazo mínimo de sete d.ias. Após esse csr.i apto para ser
usado.
Vamos reproduzir duas orações ÍOJ'Çl para protcçio que podem ser
usadas dentro do patuá descrito.
"'
mundo levando a mjnha oração que é um chamado do Filho da
FotÇa para as Tropas de Guerra,
Os Cruu:iros estão abertos pact a manjfc.staçâo dessa força, pois
enchctci o mundo com espfritos rebeldes e perversos!
Eu levanto a cruz 30 AJto e a inveno mostrando 30 Inimigo que seu
clnttr nio habita cm meu corpo!
Coloco minha mão na Terra e que todos os Exus e Pombagiru
conectados com Maioral me escutem: Se uma flecha cm mjnha
di�âo for lançada, um mU.hio de flechas neg:ns ,-oltarão cm seu
lug.ul
Que mshn #fa e1111111me tio Dmgtio NegroMalom/e 11,shll •nl!'�
'"
tomo umi, um patuá
Paruás são andinos individuais e siecretos. Não pcx:lcmos emprestar
ou deixar as pessoas toca-lo. É um instrumento para sier usado em
um bolso, cotdio, cancira ou até escondido no sucii das muJhcrcs.
Se 6carguardado cm uma bolsa não ocorrerá a troca COCl};ética.
Não permita que sieu paruácnucc m contato com o sol ou com a água
salgada, Isso dcsmagneti?aní sua csiiencia, Procure usar seu patuá no
momento de SU3S orações para fortalcc.t-lo constante.mente,
'"
Jl função bos punhais e aba!Jll!l no culto be (!xu
��
..,.. � ;,.,-;. ,._:::
Dentro da Tntd.içâo da Quimbanda Brasileira é muito comum o uso
dos punhais e adagas nas firmações de Exu e Pombagira. AJcga-sc
que seu wio começa no terceiro mUtnjo antes de Cristo. cnt.n:f3.Jlto,
essa afirmativa caro::c d e documentação.
Apesar dos punhais por \'CUS sierem pucddos com as adag.ls. não
são a mesma arma, Tntdicionalmentc os punh.tis são menores, mais
finos e possuem u.ma espécie de cruz que protege a mão. As ad3g3S
são como pequcnas espadas, entretanto não possuem proteção para
as mios, A diferença não está limitada apcnas n a distancia de goJpcar
e sim no tipo de ferimento causado e lU função durante a bualha,
'"
para assar carne. As adagas se distinguem pela fotÇa de suas làmjnas.
MUlros as C'lU('rg,lm como facas de guerra, mas na \'C'tdade as facas
são ext.tcmamcnrc &ágeis cm rel:tção às adagas. Também \'C'mos
adag3.s com proteção para as mãos (assim como os punhais) e isso
faz pane das f.tOC.lS culturais ao longo dos séculos cm que as guernlS
ocorreram,
'"
Exu uSl os punhais tanto para carregar dt: podt::r ígneo quanto para
consumir t: esgotar, Por isllO é comum vermos punhais espetados cm
'Pontos dt: Força', afinal. é um instrumento bélico capaz dt: nutrir
com forç.u ígneas criando uma atmosfera de controle t: vitória, Sob
um oJhar 'qUlmbandt::i.10' o punhal é a pcrsoni6C1Çáo da própria
'Carra do Diabo'.
,,.
; • Após seca, besunte-O com 6Jco de dcndt sagrado (feito com
pimenta da costa).
6 • Com um pano limpo (preferencialmente que nunca tenha sido
usado) limpe a lâmina.
7 • Acenda ut:s velas \\"mtelhac ptt"ta na forma de uiangulo posith'O
(ponta para cima).
8 • Ao ttntro dessas \\"las, coloq ue um carvão cm brasa dentro de
um r«ipicntc apropriado para defumar e ministre uma pequena
porção de raspa de chifre de boi, raspa de chiftt" de bode e cn.xoftt"
para queimar,
9 • Passe vagarosamente o punhal pda fumaça e pelas velas enquanto
r«ira:
�go, ó tlemmto sagmdo, Mlilo de lfli MaiomJ, abm os poros doferro
t 1W aro pam mep,mhat ronsag-arl Carregue-os tom afor('l de S1ta11ás
t tom a Luz M Uâfrr, trnmforme ma arma 110falo th fu (diur
o 110111t de sN Mestre} pam que esse gfqrioso tspirito possa domi11ar,
abri,; ftrha,; atmir e rri"'lsar as «N'ft1l1ll t11trgérims roefóm1t mi11h.1
11«tsSklndt e a Suprema ¼,,tade do Império/".
10 • Quando sentir que a lâmina está devidamente carrcg.tda o
adepto colocará a ponta d a làtnina no centro de sua mão esquerda
forçando até que ex:ista uma pequena dor. Exclame:
'1ilra dt ponta, i"''lhat dtspt'f'fo, jamail 1ml ponra, lá111i11a ou rabo
romrn 111i111!Meurorpoéfarm&, «nt1 aseiramMdn. Gm11deStrpt11k.
Qwnro aos mt'NI i11imitps, jamais txbtinl rontrolt ou pitdn.dt/".
11 • O adepto irá segurar o punhaJ deitado cm suas duas mãos e
ofcrcttr.í a seu Exu como um instrumento de proteção enquanto
r«ita a CC7.3 füul:
"'Exu (di:u,-o no111t), meu Mesnr t Gtiardkio da 111i11ha tvolll(do, a
ti diJpo11ho me pu11h<IIp.1m st'f' 11m i11sm111u1110 dt a,oq,u t dtfoa.
Q,u 11ossa rtlapio mio se rorte e 11tm pe,fure, mfll que nOJ.Jos i11i111i:§>s
sinm111 um gilido mtdo q111111do tn1tarrm 110s atacar. Amo t,1t,'t'l1t11ar
"" atirnr ma am,a, posso ft11ta•la tm â111.1 dos mNS inimiga,, pow
dominar os tspiriros, dtsde 'l"e a b.1la11ra tsttja ali11h.1da. O rhtiro do
sa11fJU dos i11im.ig:ll atmird Slllt /àmli1a ali '{"e O mbo mio pm11ita mais
q,u aprtf,mdt em seus rorpa,. Exu a<rite mais uma arma e mais um
ilutnmumo 'l"e resg,iardanl 1Nfilho (a). LaroJ-ê Exu!Exu é Mojllbá!"
12 • O adepto pode fincar esse punhal cm cima de um toco de
madeira ou pedaço de caixão ao lado da firmação ou guarda-la na
'"
b.ianha para ser usada quando necessário. Lembramos que se optar
em finca-la no toco de madeira ou no cai.tio, a làmjna deve estar
\'Oltada para a porta,
13 - Costumamos dcixar pedras vulcànjc.u cm \'Olta do punhal
fincado.
"'
&mo consagra& umaJlbaga parn o tulto bt �
P.ira consagrarmos qualquer obj eto a serviço do Culto de Exu
devemos Limp:i-lo antes de qualquer aro. Toda atividade deve ser
inkiada cm uma tcrça-fei.ra ap6s as 2 Ih,
14 - La,'3lllos a Adaga cm água cortt"nrc;
15 - Ptcparamos uma misrura de um copo de água (200m.l) e sete
piradas de sal de cozinha,
16 -Com a ponta dos dedos rcspinguc c�a água na làmina enquanto
rocita:
"Sat r dg,ia, d!Jlll r sal p11rifira aformaflska� p11rijim a forma Mtml/"
17 - Deixe a làmina socar naruralmentc
18 - Após s«a. bcsunt�a com 61co de dende sagrado (feito com
pimenta da costa),
19 - Separe uma raça com vinho tinto. Lave a lâmina com vinho
enquanto recita:
"Sangur, sa,lf!}'e. sa,lgl«, tu senis mftl/Wm dme dnne,110, Forte e
,nortifrm sm;inl ao fu (diur o nome) nn rodas as s11<1Sg11mns, StnJinl
parn o ritodesarrifidor nas mdosdmefilho (a) da Quimlxmdajamais
folhanl!'.
20 - Com um pano Limpo (preferencialmente que nunca tenha sido
usado) limpe a lâmina,
21 - Acenda trb velas vermelha e preta na forma de t.riangulo
pmitivo (ponta para cin13).
22 • Ao cc:nuo dessas vdas, coloque um a.rvão cm brasa dentro de
um rocipicmc apropriado para defumar e ministre uma pequena
porção de raspa de chJfre dc boi, erva do fogo e mamona seca para
queimar.
23 • Passie vagarosamente a acbga pela fumaça e pdas velas enquanto
roeira:
�go ea,; ar efogo, earrtgo de mergias me i11s1r11111mtode morre. Que
asJi1n eomo 11a Terrn pode 11,ara,; 110 Asrmt ,mi os mmnospodmu!"
24 • Quando sientir que a lâmina está devidamente carregada o
adepto passará a mesma no seu corpo ( siem corta-O enquanto recita:
'Paea de p011ta, adafll dqMa:, jamais lrnl ponta, /àmli,a ou eabo
eo11trn mim."'
25 • O adepto irá siegurar a acbga dcirada em suas duas mãos e
oferecc:r.í a seu Exu como um instrumento de proteção e recitará a
.,.
reza 6ml:
"Exu (diur o 11ome), meu Meitre e Guardião da mi11h.1 n,'OlllfdO, a
ti disponho wa adafll parn 111i11ha prottfdO, Q,u 11ossa rtlafdo l'Jdo
se cork e ne111 pnfarr, mas 'fllt' 110J.Jos i11i111igos Jinram pavor e 111cdo
q111mdo ma arma os atnmr. Posso mllt't1mar Ofl atimr ma arma, posso
/foca-la c111 dma dos 111n1S i11i111i:§>s e o aroma dosa,'!"" dOI i11i111igos
dirtdonard ma Ld111i11a. . Exu aaik maiJ M111,.1 arma e maiJ M111
i11smm1e11ro 1110,rat 'fllC mgwrdard teu filho (a). laroJ-ê fu! ExM i
MojNbd!"'
26 • O adt:pto pcx:lc fincar essa adaga cm cima de um toco de
maddra ou pedaço dt: cai.tio ao lado da firmação ou guarda•la na
lxunha para ser usada quando necessário. I..cmbramos que se optar
em finca•la no toco de maddra ou no caixão. a làmjna deve estar
,-oluda para a porta.
"''
'Morte' é um dos maioies exemplos d.isso. Carregado para um fim
e uma vfrjma espedfica essa arma não deve ser misturada com as
demais.
'Term tios MortoJ, aqlli a paz r o sümdo ri, os tlt'UI q,u arabnam os
viws, mM pam os morros me i 11111 ra mpo de proMfâO r g,urrn. Em
110111edo rri rda Rai11h.1 da Ka/1111ga� ao Gmndioso bp«troda Mngia
Ntgm, mwo me p1111h.1Uadafll ,,a �pNl111rnl«Ml a11ti:§l pm que s1111
lá 111i11a stja carregada rom a g,urm, im, lágrimas r dor que os vii'OS
11áo podem "'" 0111mlirr (crave a faca- inclusive o cabo e faç a uma
marcação para que não a pc:ica).
Sete dias depois desse ato, vá bus.::ar sua arma negra. Ao retirá-la da
terra bata com a ponta r.rt:s vczcs no solo para agradeccr e enrole-a
,.,
em um pano preto ptt'Yiamente defumado com Mirra.
l\ítmtl 2
Outra forma de amaldi ço ar uma làJnjna é fincan�a dentro de um
peixe (bag:rc - Eja-Kika, Cascudo ou Bruacu) que será enterrado
no cemitério cm uma cova nova Faça os procedimentos de praxe
e dirccione-llC': até uma llepultura / cova. Oi.ante do Mono n:cém
chcgado ao Campo Sagrado, direcione uma onçâo ao mesmo e peça
que de (a) carregue a lâmina com todas a s suas raivas e frustaçôcs
enqU3.0t0 o pciu- deteriora. Jogue trb moedas dentro do buraco
onde entcrracl o peixe.
,.,
Uma indagação constame dem.rcosadeptos Was fomwquepodcm
ser usad:u para fortalo:c.r o víncuJo com seusMestres Exus. Sabemos
que não é uma tarefa fácil edificar uma refação energética com os
Monos, mas existe uma série de técnkas que podem corroborar
com esse ptottsso.
1<3
para atrações futuras. Segundo Alben Einstein: "/11,agit,a[âo i
Uldo, ia prévia das atmfMfatlll'TlS�, Para estimular essa imaginação
podemm usar alguns ro::ursos, tais como som ambiente. perfumes,
ôlcos, defumações, enfim, aquilo que agrada nossm sientidm e
perm.it�nos expandir os pensamentm.
Essa rirua.líscica deve ser feita para que o adepto possa dominar
e apaziguar sieus pensamentos, ou seja, 'desligado' ou a.fustado há
pelo menos duas horas da rotina diária inicia suas práticas, Por isso
rccomendamm m horárim noturnos.
() Ritual lnícíal
Em uma noite de lua crescente ou cheia, o adepto deverá ban.Jur
sieu corpo com uma mistura feita com um litro de água, lOg:sálvia,
IOg: manjericão, IOg: arruda e IOg hortelã, Apê6 maceradas as ervas
"''
o adepto derrama esse do pescoço para baixo.
,.,
A rotina da vida muitas vttes nos enfraquece e nos distancia da
chama sagr.tda que portamos. Por m.:ias fone que um ser humano
possa sier, chega um momento cm que nulo fica anuviado, diffciJ e os
pensimentos já nio 6ucm como antes, Uma vontade incontrolável
de recomcç:u toma nossas mentes e não temos um ponto de pardda
para 00\'3S jornadas, Falta-nos força e energia para continuar
guerreando.
,.,
nossos objeci\•os.
Material oecU$Ó.rlo:
Modo de fuer.
1 - O adepto deve se dirigir até o local. Chegando ao mesmo.
marque um drcuJo com a corda de sisai,
2 - Com o barbante amarte as velas cm g rupos de sete separados
por cor.
3 - Disponha as vdas cm quadrante intercalando as cores.
,.,
4 - Abra a bebida ako6Lica e derrame em sienddo anti-horário por
cima da cotda de sisai.
; - Também derrame a água mineral cm sienrjdo horário por cima
da corda.
6 -Ao accnder as velas ex.clame:
'1.aruyê Povo da Mata� Salt.� fu Panum Negra.' C'.obá kgi.io! Oferto
a água pam 11uinr a sede do meu tspírito, oferto a bebíd.1 pam saciar a
irn de fu, oferto ofogo parn ÜMmi11ar mi11h.1 Hlt11lr, mNI ea mi11hos
t11,eu d�fino/"
7 - O adepto coJocará o pedaço de folha de bananeira no centro do
drculo. Por cima ofertará a carne crua Derramará o 61eo de dendt
na carne enquanto a.clama:
';,J «U"1témeueorpovtlho, otpôé meusa,�. Na. Tmn<kim111i11h.u
angustiai e efrimenrostrmow-111tdefo'f41 e sabtrwrias!"
8 - Ap6s e$e ato, sientará dentro do drcuJo, acenderá o charuto
e baforará em di.n:ção a terra, ao céu, afrente, amú. a direita e a
esquerda,
9 - CoJocará o charuto ao lado da carne e iniciará a sieguinte «7.X.
"RzitMdeda Mata:
Q,u ao abrir 111t11S o/luu, assim 'l"" a bola dtfogo nlÍír (l()J <ius, eu
t.Jlrja pronto parn mniJ 11m âdo.
Qut 11Ji11h.1 /a.11fll t.Jlrja forte parn a rara tque O t.'t'tlt1IO de 111i11h,u
Jkdnu 11,iofalhem mu batalhas,
Qut minha earn uja s11fidmteparn toda, tl.J 11mssidrvla e q11e t'II Jtja
dignodetknrunarosa11g11t11a urm 11tgrn!
E ao longo d.1 11,a11hâ, assim eomooFogo a11111tNftl oen/or, fOJSª 111111
eorpo tstar prrparndo p.1m q11e minhas ptrmu 11do falhem fjllll11do na
mata eu eilivtr ptr1t'f}lit1do, pois q111mdoa Bola de Fogo 110 pilw t.Jtivtr
dtstjo t1tar !illbortrmdoa mr,,e dn minh.1 rara,
Q,u a 11atlll't%1l mt nbrig,u don:' (Jlltquei11,a aptle e q,u N sempre
«ht /«ais de repouso J<glll'O e «>m dgwz «>rrr11u.
Q1111 ndo a &la de Fogo eo11,eçnr 1e rtrolhn; '{"t N wllr vitorioso e
tenha Nm l«atde guarida, pois os olhOJ prrâsamfrehar, a ab11n prtâsa
tneo111mr os anttpasst,dos t ukbmr nasfog,uirns do ollh'O 1t11111do. O
g,urrrirodesm,ua pam eitar apto parn a lxua/h.1.
,..
Mas se Na 11oiu Pa11trm fwrln 1air parn r11,11r, q,u os olhos ,ri, se
n,gnne,n, q,u a mpimfâo seja si/t11(iosa, 'l"e o solo não estale, pois
urr11rri a prtsa tk ratfom,a q11e qua11do o bo«for t.ln&,, senl romo o
da Sf'f'ft11/r ,ugm/
Q,u a ÚJa me pro«fa e tk,mme SIIIU Ugi,nas e,n 111e11 ro,po e 'file
as peks ndo me fallr,n p.1m proteger•111t dos tlt1JI01 gthdos, Q,u os
inimig,s ndo me vej,w1 romo 11m ho,ne,n, ma, 1111,a grmdepantem 'file
lhes c11J1sa patw e 111tdo.
Q,u o próxi,no rk/Q 1tj11 mais fano e mais glorioso que md Etnld
Pa11um Ntgm, A1111td Povo da Mam� Laroyi Exu das Matas!".
Materiais �rios:
110
Uma abóbora dpo 'moranga' (pequena);
l00g de carne de soJ (carne seca) desfiada;
1 copo de 6Jco de Dende;
Uma cebola roxa;
Sete pimentas dedo de moç.t.
Um pedaço de fumo de corda desfiado (ou um pouco de fumo
Arapirac,);
l/2k de farinha de mandioca gro�a;
Uma garrafa de marafo (pin&3);
Um charuto (de qU3lqucr qU3lid:tdc).
Modo de preparo
171
espiriru.ais sejam absorvidas.
Que cu tenha a coragem e a forç a do ja,.'ali, a vdoddadc do cervo.
os sentidos de uma sctpentc e a liberdade das grandes aves. Que
meu corpo seja como o de uma onça.. meu veneno como o de um
escorpião e meus olhos como os do Carcará
Iit,ul,Fku
Nas encruzilhadas da mata nunca hei de temer., pois Exu das Matas
sempre. lú de me guiu Com o Po\'O da Mata nunca ,.'OU me pctdcr
e minha caminhada sempre. estará segura, pois no brilho do sol ou
n a luz da lua, os la bi.rintoo scmprc. c.stario no mesmo lugar,
Flechas não me perfuram, machados não quebram mrus ossos.
lanç.u não me aJcança.m e espinhos não furam meus pés descaJços.
pois Exu está comigo •
. EuuJ,
.Etell4
E na clareira da mata, Exu Curador faz seu unguc.nto, o mesmo
,.-cnc.no que mata me sah-a e Exu Cobra corre a gira e trás a cura
dentro da cabaça de mirongas, O laço que foi armado para prender
minha caminhada foi desfeito por Arranca Toco e o bote que me
esperava diante do Cruzeiro, Sete. Montanhas l("V()u para longe,
.Eu.uJ, .Etell4
Na escura mata noturna Pantera Negra vem me gubr., me ensina
a magia da Lua e me lc.va ao rio pra me banhar, Exu dos Rios me
ensina o pcder do sangue da Terra e Exu Lobo me dá o poder das
almas da guerra.
.EuuJ, .Etell4
Salve o Povo d a Mara. pra entrar e Sair sempre. hci de. lembrar, que
grande. é po'o'O de Exu. mas todos se tornam 96 um Rei que deve.mos
lou,.'3.rl L aroyt Exu Rei d3s Matas, não desampare. os 6.lhos de fé, a
Quimbanda me ensina pescar., mas o Senhor que me mantém de
pé!".
172
9 • Acenda o charuto e bafore sete vcus cm cima do Pomo. Para m
que sentem dificuldade cm baforar, attncb o charuto e cm scnfü:lo
and-horário, circule o Ponto lletc vttcs enquanto chama pela
presença da Legião de Exu Pantera Negra.
1O • Coloque a Moranga rc,chcada em cima d o Ponto.
11 - Pegue a vda vermelha e preta e acenda aos seus Exus (Exu e
Pombagira) dizendo as scgUlntcs palavras:
'Pero lia11ra (l()J met1S Mestrrs p.1m �roir nq11tk que abrird meus
eu1i11hos. Q,,u todamergi.'lflw tm harmonia em 110,nede V.S Maiomt!
&-1m1d Exu (D� o Nome 1W Exu)! Snmml Pombagim (d� o nome da
Pomb.1gim}, &-1mul Ex11 Pantmi Ntgm!"
12 - Acenda a vela ,-ctdc e ofereça ao Exu Pantera Neg ra. �a a
abenura dos Caminhm para tudo que desejar, Sinta o poder da
oferenda e confortavelmente injcic uma meditação livre,
��
� - ,..,.
�:�>i=T- . -�...::i""
�•.-
174
Transcrt'\-ctemm algumas rezas e feidços que faze.mos na •sena-feira
Santa� para dh-cnos fins.
Modo de 6rur.
'"
Sara Nds tstalNl gargnlhamh
0/hmlM ofana.nu srmgmr
Nâo morrr fâofácil b.vtardo
O infamo b1ttiro rui ro11u:111omrl
Sa/omi, S1/o111é
Danra "º Sangue de Nazaré
Salomi, S1/o111é
Danra "º Sa,1g11e de Nazaré!
ChomMaria,
Chom aos pis da Coa
DNs de 1,-erdnde ,,iiomorre
Por'f"" iftilo de Fogo t Úlz/
Sa/omi, S1/o111é
Danra "º Sa,1g11e de Nazaré
Salomi, S1/o111é
Danra 110 Sa,� de Nazartr
176
07 punhais
01 tabo1 de madeira cortada c:m drcuJo (aprox..imadamentc:
30cm de: dilmc:uo)
01 vda vermelha e: preta de: 03 dias (caso nio tenha pode: ser
su bstkulda por uma de: 07 d.ias)
07 pimentas da costa
01 dosc:dc:Gim
01 pcmba prrta ou carvão
IOg de p6 de feno
03 mi de 61c:o de dc.ndt
Modo de fazer.
tn
nossa casa sendo ttrcada d e facas, cspad:.u e punhais, tornando um
locaJ inacess(vd aos inünigos, Pedimos a proteção de Exu Lúcifer e
de todas as Legiões a Ele aliadas. Quando scnfümos o fogo percorrer
nosso corpo sopramos cm cima da tábua,
o;• O óJco de dendt é para besuntara'"''ª·
06 • Pcg,amos o p6 de ferro com a mio direita e sopramm na vela,
de modo que grude no 61co. Attndcmos, ofertamos o Fogo ao Exu
Lúcifer e coJocamos a vela cm cima da tábua
07 • Essi tábua dC\'t': permanecer ao lado das firmações de Exu pelo
pcóodo das festividades de Páscoa,
08 • Depois da Páscoa cssi tábua pode ser desmontada ou continuar
como proteção.
178
5 • Amar.e o coração de boi com barbante fone. Enrole.o máximo
pmsh-cl.
6 • Vá a uma encruzilhada em "T"' por volta das 22h, pague a
encruzilhada, glorifique a Pombagira Rainha das St:te Encruzilhadas
e no pomo de força de Maria P.tdilha inkic seus ritm.
7 • Comece colocando o coração no chio. Em ,-olta acenda sete
cigarros e colcque sete garrafas de espumante to5e abertas. Dentro
de cada cspumantecoJoque Ult\3 0053. vermdha aberta sc.m espinhm,
8 • Chame pela Pombagira l\i.aria PadUha. Peça a Ela força para esse
trabalho de separação e peça proteção ao Po-.·o da Encruzilhada.
9 • Pegue um lTl3.nC.lo e comece batc.r em cima do coração c.nquanto
a.clama:
�e 111111ft/q i S111111ds q,u q11ebrn as fo!fas divilw, que falat1a e
fala.110 r«t'bam aq11i/q q,ufoi prometido. Gllt"ml e deJtnlipio tsrarrio
m, JnlS dtstü101 e em sete dias eada 11m uguinl 11111 mmi11ho."
10. A imagem dentro do coração irá quebrar, Quando senfücs a
quebra da itn3gCm, agradeça ao Povo de Exu, à luinha e a Maria
1'3düha.
11 • De sete passm para trás, vire.se e,';\ c.mbora, Nesse feitiço não
se.rio colocadas: ,-elas. As velas serio ofc.rtadas: a Maria Padilha assim
que o casal se separar,
Materlals neces.sádos:
.,.
rua - IOg)
Pó de Ocstruiçio (IOg)
OI alguidar méd..io
Fd de galo (se possívcl, o mclhor seria com fcl bovino)
O l frango preto
Nome completo e foto da vfti.ma (sie posdvd, algum item
pessoal)
Modo de fuer.
,.,
"Exu Mambô, Laro;-H Ncsa bom a IWgm(tl é ehmtwla, mas 11tio
eiqwu:mos a balat1fa.' & i vida, é vida por vida e saNfJUpor sa,lglH.
&u t,'tUI eh.1marti o 11omedn. minh.1 vitima pam q11eo Po,v:, do trilho
ddxe mefriufoperronrr o dldor (dizer o nome da v(tima 7x)
11 • Colocamos o alg:Uldar c.m cima do trilho do trem e ft'.tttndemos
a vela, O frango também é coJocado no trilho. porém, do outro lado
do trilho.
12. Devemos ag:uucl.tr no local até que o ucm passe e possamos ver
a oferenda ser dizimada nos t.riJhos. Assim que acont«er, gritamos o
nome da vfrima sete vezes.
13 • Agradecemos os trilhos e ao Senhor exu Marabó, da.mos sete
passos para tris e parfamos,
14 • Na nossa casa dC\-cmos tomar um banho de arruda. Logo em
seguida. um banho de cachaça om me.laço.
..,
Modo de faur.
Peque o frasco de tinta (procure usar dnra látex. pois soca rápido) e
misture sete pitru.'W de terra de cc.mhério, sete pregos c.nferrujados,
poeira de uma cncruzUhada fechada e uma pirada de enxofre:.
Attnda um duruto, cigarro ou cachimbo e sopre a fumaça dentro
dcssi 6nra enquanto nicira a scgUlntc reza:
182
3 •Com a 6nra ainda fresca polvUhc p6 de enxofre. Deixe iiecu:.
4 •Colcquc os sete bifes circularmente intcfC.llados com os pedaços
de carvão. Regue tudo com óleo de dendt e cachaça (ou Cim).
; • Pegue a foto de seus inimigos e os olhe fixamente, Amaldiçoe
os cm vcn. bruxa de todas as formas possíveis, Na pane de trás da
foto, escmra o nome dele (a) sete vttes (uma por cima da outra) na
vcrtkal e na horizontal escreva por cima (formando uma cruz) as
palavras 'desgraça/ morte' umbém sete vttes uma por cima da outra,
6 • O U.'lO do fio de cobre tem um segredo, Se usarmos o fio
dJmamcntc. o mesmo não emana t:nCl}:ia plena. pois é ro::obcrto de
esmalte isolante. Para obtermos a máxima ação, devemos queimar
.is dU3S pontas do fio, Feito esse procedimento, pegamos .a foto,
cnrolam�la no gancho do c.tdCldo e por cima da foro enrolamos
o fio de cobre aré que as duas po nras queimadas possam ser u nidas
(to«:idas), (&iie ato garante que toda eletricidade emanada pelo
inimigo esteja cm uma espécie de circuito fechado).
'"
"Sttr i-tlas pretM auNIW Na i111tt1µio de lhe ugar. Seu ehmnas negras
fjlldmanio seus olhos e amaldiçoanio UJa bom todas as t.'tZll q,uproferir
meu 110,ne º"pensarem mim. St1eehagas 1uurtrno nn teu eorpose 1/âo
1111/dar teuspmsa,nmto e i11te11Jôa e e,n sete t.'tlórios h.1 depbareehomr
sen.-iofiumo q11eeu 111a11doe111110111ede ExuTm1'm Tudo!Mambá
Tmnm Tudo é Vi11gador!'
184
l'>fbíôo ôe 1�cote{llo ftíto com 10ela
Modo de liner.
..,
oodl:u ao stgUkhr($ do erro/
Q,u nossas mãos stjam se« gamu 'I""arrn 11m111 os fO((JI eq11e,uwospis
foram 1"111tTa term toda.' Quenossosdmusstjam iglllliJ(l()Jdapammt.
, tUJJJII.S 1111'1.v ro1110 as dn. ronlja. Q,u pos:a 111os ter a sobritdatk das
d,wm r orquillbriodosparques, 'I""asondasdo 111arseja111 ro11troladas
,111111i11has wituell.S rom1t1111Up,ssam sairdemi11h.1 bomq1111ndofor
11«mdrio, Que tup,ssa tnmmr r desrm.11mr, g:n-erNar 111NI ilutint(JI e
ser ilnpemdordomtu "Eu".
Qw os morros me r«o11Jxra.m , mxe,gw111 mtu esfoqo. St não me
ajlldart'tn q11e 11,io se roloq11em em mNS raminhos, poil a bi11fâo do
Senhor do A!fa,,je rrrai sob osfilha, da Quimba11da.
Encerroeua �no, t1,'()(lltllÍo o 71 ro 77 illfl11iloque1r 11,auifotaptlos
49, Saltv Maioml, a Gmmk Santidade dn. Quimb.111da, Impemdor
derodos (J/ Exus, Po111b.1ginis! SaJ1,,e 1IN'IIS Mmm! LAroyJ Exu! Exu é
Moj,d,,I!'.
187
t'rnbalho com Cf.1.11 &ama .lDínheí,o
no bía 31 be .lDe;emb,o
��
� - ,..,.
�:�>i=T- . -�...::i""
�•.-
188
dentro do CuJro de Exu Chama Dinheiro, Exu do Ouro, Pombagira
f,.1.aria Pad.ilha rum e Pombagi.ra da Fonuna.
l">ttplitllnbo o 1\ítmú
Os Exus e Pombagi.ras que exercem seus pontos de força em
campos financeiros pertencem ao Povo da Lira. A Lira em•olve todo
comércio, estudo,. música., shows. prostiruição. bares, ou seja. é um
Reino amplo e que domjna grande pane da átca urbana. O adepto
deverá sair nas noites. que antecedem a data em questão e pcg,tr um
pouco da ene,gia desses Reinos., 1'3.ra isso recolherá uma porção de
terra cm sete locais que lu;a grande movilTIC':ntaç:io financeira (portas
de: banco, grandes comércios, empresas, inscitui�ôes financeiros).
O procedimento de retirar terra é especffi.co e individual para ada
Reino e passaremos a forma correta de retir.u terra da Lira
O pote com tampa será o l ugar onde a terra será armazenada Antes
de usá-lo deverá ser lavado convcnciotulmeme, descarregado de
energias nod\'3S e 'programado' para servir como receptáculo. A�
a limpeza COO\-cncional, dC'\-cmos faz.cr uma mistura de um copo de
água mineral e sete pitadas de sal rc6nado, Com o dedo indicador
da mão direita mechemos 21 ,-cus essa mistura em sentido anti-
...
horário enquanto diumos: •&,1 e .ígua, dg,u, , SAI, p•rifi,a a
for111a flúca1 purljic-11 a forma mtrtú!". Feito C':$C': procedimento,
lavamos o pote: com a 3.gua salgada e: deinmos secar. O terceiro
passo é carregar esse: pote para que o mesmo po$a sier usado como
rc:cc:pcit:ulo c:n�ético. O adepto deverá pega.r sietc: palitos de fósforo
e risd-los unidm. No mesmo instante cm que ocorrer a combustão
devem ser jogados dentro do pote: enquanto o adepto fala: "PóÜJom
qw tal efogo qu., '1111'"1 opoder ,s/lÍ IIIJU/i fiea aq•J, ; prdAdo
aqui,p,,r11U11«.C4' "IJUI!'� O pote deverá sier fcchado.
07 velas amarelas;
07 velas p�cas;
07 velas vermelhas;
07 moc:das correntes;
07 moc:das antigas;
07 búzios brancos (gema média) abertos;
Um imã pequeno;
190
OI vda cm formato de cifrio;
01 ped aço de: 60 de cobre (aprox..imadamente ½ m);
01 canolina branca;
01 pemba preta;
01 garrafa de mdaço;
OI garrafa de Óleo de de.nele;
04 now de dinheiro de diversos valores; (Pode sier quantas
notas dc.siejar e d e quantas nacionalidades fr.-cr);
01 pedra pirita pequena (opcional).
OI pedaço depa.no preto (lm)
Modo de fuur.
191
No drcuJo central negro coJocamos o imã. Por cima desse
dep ositamos a Terra compntda aré cobrirmos o círculo cenua.L
192
realizamos a seguinte ieza:
"Opovo nu pelo diNIHlro, mAS dinheiro eu tenho, o pooo ,u.a
pela h,mllfA, 111111 ÍH1'1111f11 '" u1,ho, o poPo ru.ap.dintlo njutln,
""" 11Jud11 eN u1,ho., o po"° nu nn "'"'"'" llng,un e multm
IÍ11f"III eu Nnbo.
Pego o qu I se 11, aqui, a«>úl, � o 1/11#; #lipar11 me ajudll,-,
&u eshÍ Ili/ui ,,suí a«>úl, &u tnú pra ,nl», o h'IIUt de úl.
C,,ng,u de fo,vm ,neN to«> , minhti mlrol1fll 11111 rko fie-011
pob,.p11r11 "'" ouro ,ne d11r.
Últngn 1nltÚJ11 �"" rom forfA e mlrongn, mAh 11111 rko foou
pob,.p11r11fort11n111M Mr.
Últngo meu nltAr eom forfll e mlrongn, &. do Ouro ,wl 1IU
ajutl11r, '1IIÚS 11n, rkofirou pobre e SNAfortuNA me de11, mlnhn
HIA; dow11d11 eue ouro l ,n,11.
Últngo 1M11 al.t11r eom forfA , mlrongn e 11111/1 11111 rko fie-011
pot,,. parn ,teN dJIÚHlro 1IU d11r, &u ChlllNII DlniHlro ,shÍ 1IU
ajudando e todo dinhdro 1/IMprulso Ele me trlÍ-s!".
,.,
t'tabalho ôt Jnottt aos lnímígos Ocultos
com o <$i11 Gí,a-Jnunôo
��·
....�:��- •.:J.,i:...·
�-); -: .,
-r .,-:
Em algumas ocasiões somos vítimas de pessoas que dcsconhcttmos.
Não temos informações sobie quem ou o que está nos atacando
cspiritU3lmentc, Muitas vttcs esses ataques são feitos por pessoas
que estio ao nosso l:ulo, abraçand�nos e declarando amizade e
6ddicbdc e isso torna prarkamentc im�s(vd (cm um primeiro
momento) detectarmos. A Quimbanda é uma rcligiãoextremamcmc
comprometida cm nos forncttr rcspostllS e nos vingar de situações
adversas, principalmente nos casos cm que nio moth':Ullos os ataques
e os inimigos se ocultam nas bnuruu cb 00\-'3.IWa para akançar seus
inrcmos (o que nio é cmdo).
194
um animal ex..igc LimpC'Za me mal e preparo cmociotul, pois qualquer
toç,o de pio:lade ou compaixão pode acarretar um influxo encrgérko
que causará enormes danos psíquicos e espirituais, principalmente
no 'Escudo Energétjco'. Outra coisa: Não é porque o adepto matou
um animal em um ritual de Magia Negra que lhe concede o Oi.reiro
de SACRIFICAR para Exu. O Sacrificio cm-oh-e desenvoJvimento,
gnolles, compreensão e Tnu:lição na Qlllmbanda Um.a pessoa lll."m o
preparo de seu Obé (faca de sacrificio), ao sacrificar para Exu estará
atraindo suas faces mais predar6ri.as e assassinas e não a serenidade e
luz luciférica deslles &pfritos, Uma faca n.a mio de um despreparado
s6 pode ser usada cm rituais de 6d.io e isso dt:'Vc ser comedido ao
curemo, pois essi energia vida e entorpecem sentidos.
,.,
foco desse texto é o Trabalho com o Exu Cira Mundo.
Matedals ne«ssárlos:
Um Punhal Maldito;
Uma vela fina branca;
Nove vdas de sebo;
Enxofre cm pô;
Dois pedaços de Car1--ão Vcgeta.J;
Uma madeira redonda lixada (sem verniz) dc aproximMamcntc
30 cm de diàmcuo;
Um lápis;
Uma garrafu de bebida destiJada;
Um charuto;
Uma taça;
Um coelho ou um pombo preto.
Modo de PnpaN><
19'
4-Acendaavda fina comum na ponta centnldo Tridente dinamico.
5 - Misture um pouco de bebida com enxofre e jogue cm cima do
Ponto.
6 - Inicie e e\'ocaçâo:
"'Poderoso Exu Gim Mundo, nessa bom profana e dts,gnzfada� me
filho de Maiomt de Todos OI b,ftr1101, q11e i,as respeita <0H10 GnzW
Mmreda Qlimlxmda, dama p.1m q11e11111fau mais 1111uabm se vire
comm HUW i11imigos (l('#hO/ e d«lamdos. Mambd Exu Gim-Mundo,
portador das pa.wgms it1fm1,1U, fofa com que as Alm,u famintas e
desupemdaJ conrun pt/0/ qwtro qumttos pam achar mts i11im.i:§>s e
com fllaS espadaJ d«apilt-0/ dia11,e à colNlmin ff"efoum comig:,, Todo
11"V<JJ0 e anpstia ff"e tstOII passaudo será trn,uftrido empoucosgolpes
em cima de fnl Po,110, maJ 11/io i�1 esse ato como uma afronra, pois
o 'l"e mail desejo é �r uw ódio co111m a'{"tlts q11e destjam t-'t'I" minh.1
queda' Laroyi Pm'tno ff"e Gim e mcomm tudo, Laro;i Malig,10 qlH
usará a úi co111m 111NS itlimig,s! Laro;i fu Gim Mundo/"
7 - Pegue o coelho e diga:
';uimalpodnOJo, UJ f{lleesmpa do botedasm'tsdempli,a eprOCTia ,,as
,ocas esrondklas será sacrifimdo pam achar e dt'f'nlbar HlnlS il1it11ig01.
Que rw fagulha t.1pirituat seja drt11,1da pelo Poduoso Exu Gim
M1111do.1'
Se for com o Pombo Preto diga:
';uimat poderoso, UJ ff"e voa m'"f/1,;do pmgas r ainda sitn faz os
huHlll1IOS lhe am,'lrt'ln sml sa,:rijimdo pam achar t derrubar meus
197
tilimig,s, Q,u 1111t fagulha tspiri11111I uja d«11ada ptlo Podtroso Exu
Gim-Mundo/"
8 - Coloque um pedaço de carvão vegetal embaixo de cada pé.
9 - Coloque a cabeç:i do animal do centro do Ponto e dt uma
punhalada sem piedade na cabeça dele. Se for necessário apunhale
,.'3.J'ias ._,:us, mas o fundamental é prender a cabeça do animal na
tábua com o punh31 fincado. O animal deve orar bem 9eguro para
não cscapararé our morto.
10 - O sangue que ocorrer deve lll."r iecolhido no copo com cachaça.
Se a posoa tem a firmação do Exu Cira-Mundo em sua casa
lletvc-o com essa mistura, callO contrário, guarde osc copo para ser
dcsp,dudo.
11 - Com o animal morto e preso no ponto riscado na tábua,
acendo-lle o charuto e bafora para cima, Para cada bafontda pede-se
que Exu Gira-Mundo corra atrás de todm os inimigt'6,
12 - No momo dia saia de casa levando a tábua com o animal
fincado, as ._,:las de llebo, a garrafa de bebida e o testante do charuto.
Col oque os dois carv6o (que ficaram embaixo dos pés) dentro do
copo com bebida e sangue.
13 - Procure um local isolado e que tenha arbustos para esconder
Olle feitiço. Chegando no local, glorifique o po,..o (os opfritos)
daquele ponto de forçi e antes de comcç:ir jogue uts moedas no
chão. Coloq ue a tábua com o anill131 fincado e circularmente acenda
as vcbs de llebo. Derrame a garrafa de bebida circularmente por
fora das vdas acoas, Deixe o charuto e o copo de bebida cm cima
da tábua, 0-fctcça ao Exu Gira-Mundo e pcç:i novamente que lleus
inimigos ocultm e declarados sejam dizimados pelas podc�as
legiões de Exu.
14 - Levantc-s� de sete passm para trás e vi.n:-lle. Não oJhc para o
feitiço no-.'3.tnentd
15 - Chegando à sua roidfnda banhe-se com a 9eguncb pane do
preparado de ervas, Não seque o corpo, porém, coloque a roupa
limpa. Defume a casa com SáJvia para purificar o ambiente e pela
manhã do dia seguinte limpe a casa com uma mistura de água (li) e
lletc pitadas de sal (marinho).
198
ASSIS, Angclo Adriano Faria de, Fcirkei.ros da Colónia, Magia e
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