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Sebenta Familia - Prom e Inconveniente
Sebenta Familia - Prom e Inconveniente
Sebenta Familia - Prom e Inconveniente
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Família: conceitos e abordagens disciplinares. A família provedora
de cuidados de saúde.
Conceito de família
“O conceito de família não pode ser limitado a laços de sangue, casamento, parceria sexual
ou adoção. A família é o grupo cujas relações sejam baseadas na confiança, suporte mútuo e
um destino comum.” OMS (1994)
“A família organiza-se através de uma estrutura de relações onde se definem papéis e funções
conformes as expectativas sociais” Relvas (2006, p.14)
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“A família é um contexto onde o indivíduo aprende a cultura, os papéis e a responsabilidade.”
Orem (1983)
“Família é um grupo de duas ou mais pessoas que criam ou mantêm uma cultura comum e
cujo objetivo é a continuidade. A família é composta por subsistemas. O sistema é ameaçado
quando se expõe a pressões que afetam a estabilidade e bem-estar.” Neuman (1983, p.241)
“A família é um sistema social que pretende transmitir cultura (padrões e valores) aos seus
membros e oferece segurança. Os elementos centrais são: Estabilidade; Crescimento;
Controlo e Espiritualidade.” Friedemann (1995, p.241)
“A família refere-se a dois ou mais indivíduos que dependem um do outro para dar apoio
emocional, físico e económico. Os membros da família são autodefinidos.” Hanson (2005, p.6)
“A família é quem os seus membros dizem que são.” Wright & Leahey (2012, p.68)
Função da família
“A família é um meio de intimidade e afetos facilitadores do desenvolvimento pessoal, da
autorrealização dos seus elementos como pessoas com direitos inquestionáveis, iguais em
dignidade e capazes de desenvolver potencialidades infindáveis”. (Gimeno, 2003, p.73)
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Saúde familiar
Integra a saúde de cada membro e a saúde da unidade familiar. Dimensão em que o todo e
as partes se influenciam mutuamente.
Unidades dotadas de energias com capacidade autoorganizativa. Em situações de transição,
pode este potencial energético das famílias ficar bloqueado e a família manifestar
dificuldades em se reorganizar.
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Ciclo de saúde e de doença da família
● Promoção da saúde familiar e redução do risco;
● Vulnerabilidade familiar e aparecimento da recaída
da doença;
● Avaliação da família sobre a doença;
● Resposta aguda da família;
● Adaptação à doença e recuperação.
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Cuidar da família
“O enfermeiro, sendo responsável pela humanização dos cuidados de enfermagem, assume
o dever de dar, quando presta cuidados, atenção à pessoa com uma totalidade única,
inserida numa família e numa comunidade.” Código deontológico de Enfermagem (artigo
110, alínea A)
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Políticas Internacionais Enfermagem de Família. Enfermagem de
Família. Níveis abordagem Enfermagem Familiar. Papéis do
Enfermeiro de Família.
Políticas Internacionais
A II Conferência Ministerial de Enfermagem, da OMS, na Declaração de Munique (Junho,
2000) reafirmou a necessidade de procurar oportunidades e suportar programas e serviços
centrados na família, incluindo a figura do enfermeiro de saúde familiar;
A «SAÚDE 21» (OMS), reafirma a saúde como um direito essencial da responsabilidade dos
indivíduos, famílias e comunidades nos seus processos de saúde e elege a figura do
enfermeiro de família enquanto promotor da saúde da família.
“Onde quer que a enfermagem trabalhe, o foco deve dirigir-se para a saúde da família com o
objetivo de ajudá-la a cuidar de si mesma e a contribuir para o desenvolvimento da
comunidade” (Presidente do C.I.E. da OMS, 2000, Conferência de Munique)
Meta 15 - ênfase forte nos cuidados de saúde primários e no centro deve estar o enfermeiro
de saúde familiar
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Declaração Munique (OMS, 2000)
A 2ª Conferência Ministerial da OMS em Enfermagem e Enfermagem Obstétrica na Europa
Estabelecer progrmas de
Garantir a participação dos Reforçar o papel dos
enfermagem comunitária e
enfermeiros na tomada de enfermeiros e das parteiras na
de enfermagem obstétrica
decisão a todos os níveis do saúde pública, na pomoção da
centrados na família,
desenvolvimento e definição saúde e no desenvolvimento
incluindo o enfermeiro de
das políticas de saúde comunitário
saude familiar
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O que é esperado pela OMS dos Enfermeiros que cuidam de famílias?
1. Ajudar os indivíduos e as famílias a adaptarem-se à doença e à incapacidade crónica ou
durante os períodos de stress;
2. Aconselhar relativamente aos estilos de vida e fatores de risco comportamentais;
3. Assistir as famílias em assuntos relativos à saúde;
4. Assegurar que os problemas de saúde das famílias sejam tratados em estádios iniciais,
através da deteção imediata;
5. Identificar os efeitos dos fatores socioeconómicos na saúde familiar e referenciá-los à
instituição adequada através do conhecimento da questões sociais, institucionais e de
saúde pública;
6. Facilitar a alta precoce do hospital, através da prestação de cuidados no domicílio;
7. Atuar como elo de ligação entre a família e o médico de saúde familiar, substituindo o
médico nas situações em que as necessidades identificadas são de natureza relevante
para a ação de enfermagem.
ICN 2002: Nurses always there for you - Caring for families
Em todos os contextos de intervenção das/os enfermeiras/os o foco de atenção é a família:
a sua saúde, capacidade de crescimento, os cuidados a si mesma e o seu contributo para a
comunidade. Objetivos:
● Promover a consciencialização sobre o papel do enfermeiro no cuidado à família e saúde
da família, inclusive como o principal ponto de entrada no sistema de prestação de
cuidados de saúde;
● Incentivar a participação da enfermagem no desenvolvimento e implementação de
políticas de saúde e sociais que sejam favoráveis à família;
● Chamar a atenção para a importância da família e do papel dos seus membros na sua
própria saúde, individualmente e como unidade familiar.
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Níveis de abordagem em enfermagem de família – 4
visões da família
● A família como Contexto
● A família como Cliente/Unidade
● A família como Sistema
● A família como Componente da Sociedade
Análise
“De que forma é que o seu diagnóstico de diabetes afetou a sua
família?” Contexto
“Será que a sua necessidade de tomar medicação à noite vai
constituir um problema para a sua família?” Contexto
Diga-me como tem passado a sua família e como é que toda a
família está lidar com esta doença genética, recentemente
diagnosticada, que também o afeta a si?” Cliente/Unidade
“O que mudou na sua relação com o seu marido desde que foi diagnosticado um mieloma ao
vosso filho de 7 anos?” Sistema
“De que forma é que o internamento da sua esposa, após o acidente de viação, afetou o
funcionamento e relacionamento entre os membros da vossa família?” Sistema
“De que forma é que o envolvimento da sua família com o Centro de Dia da paróquia local
tem contribuído para a melhoria de saúde da avó Maria?” Componente da Sociedade
Enfermeiro de família
De entre os profissionais de saúde que integram as equipas multiprofissionais, a OMS
considera que o enfermeiro é aquele que, pela formação específica que detém, está melhor
posicionado para avaliar globalmente as necessidades em cuidados de saúde das pessoas e
mobilizar os recursos (internos e externos), tendo em conta não só as expectativas dos
utentes, mas também a adequação e a rentabilização dos meios. (Ordem dos Enfermeiros ,
2010)
Promover a saúde e intervir na doença.
Atuar, junto dos membros da família, onde dará formação específica a quem, na sua ausência,
ficar responsável pela continuação de cuidados.
Ser elemento de referência da equipa de saúde no suporte qualificado às necessidades da
família.
Organizar e gerir recursos com vista à máxima autonomia daqueles a quem dirige a sua
intervenção.
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Papéis do enfermeiro de família
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Níveis de perícia da intervenção de enfermagem na família
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Cuidado de Enfermagem Centrado na Família: Uma tendência atual!
Filosofia de cuidados que coloca a família no centro dos cuidados de saúde e de todas as
decisões em saúde.
Parceria entre os profissionais de saúde e os membros da família na criação de um plano de
cuidados, no qual participam ativamente na sua atualização;
Envolvimento das famílias na prestação de cuidados aos seus dependentes. (Barbieri, 2011)
Esta perspetiva de cuidar, requer a criação de uma relação com características únicas entre
os profissionais de saúde e a família que tem por conceitos base:
● O respeito e a dignidade;
● A partilha de informação;
● A participação na tomada de decisão;
● E a colaboração com a instituição no cuidar
“A Enfermagem de cuidados de saúde à família está a evoluir à medida que a área temática
progride e as famílias vão mudando e crescendo dentro da sociedade, pelo que a resposta a
estas necessidades sociais exige mudanças na formação em Enfermagem, visando a aquisição
de competência para cuidar a família”. (Hanson, 2005, p. 33)
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A relação família e sociedade Políticas e Recursos sociais de apoio
às Famílias
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Processos de transformação das relações familiares
Família como unidade de produção económica (Século XIX)
Novos modos de divisão do trabalho social: trabalho assalariado
Família que gere os recursos dos seus membros (Século XX)
Sociedade do homem ganha-pão e mulher doméstica e seu declínio Sociedade do duplo
emprego
Cuidar na família
Perspectivas históricas
● Quando? (século, década…)
● Onde? (casa, conventos, hospitais….)
● Quem cuida? (família /”práticos”/profissionais/enfermeiras (os)/cuidadores informais)
● Porquê?
● Como e onde se cuida em saúde?
○ De acordo com as teorias e conhecimentos médicos sobre corpo, saúde, doença,
tratamentos/terapias (ex: teorias miasmáticas, “revolução pasteuriana”, etc).
○ De acordo com a existência ou não de políticas assistenciais e públicas relativas à
saúde e à
família.
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● “Continua propagando-se por todo o país a epidemia de gripe infecciosa, nos distritos
do Porto, Portalegre, Beja e Évora principalmente sobem a milhares o número de
atacados. Em Lisboa, a epidemia está fazendo progressos rápidos, embora felizmente de
forma mais benigna.
A casa Borges & Irmãos ficou reduzida apenas a seis empregados, tendo que mandar vir
do Porto pessoal para substituir os atacados.
Na Casa Pia recolheram ontem à cama 105 alunos e alguns teatros têm dificuldade em
se manter abertos devido ao número de artistas e coristas doentes.
Devido ao desenvolvimento que a doença tem tomado na Escola de Guerra, deve hoje
este estabelecimento interromper o seu funcionamento.
Dois terços dos empregados dos Grandes Armazéns do Chiado encontram-se atacados
da mesma epidemia.
Nas repartições públicas faltaram hoje muitos funcionários pelo mesmo motivo.
No Limoeiro acham-se doentes alguns presos com a gripe infecciosa tendo-se tomado
todas as precauções para que a doença não se propague
O Sr. Dr. Ricardo Jorge, ilustre diretor geral da saúde, deve ler hoje na reunião do
Conselho Superior de Saúde um largo relatório sobre as medidas a adoptar.”
No escritório do sr. Carlos Gonçalves informador da Bolsa e dos câmbios adoeceram 9
dos seus 13 empregados”. (Diário de Notícias, 18 de Junho de 1918)
COVID-19
Confinamentos
● Trabalho/emprego
● Escola
● Família
● Saúde
‘Casa’ transforma-se
● Local de trabalho
● Escola
● Lugar de cuidados de saúde
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Reconhecimento da importância da família por instituições internacionais
ONU
● Foram desenvolvidos programas e politicas de apoio à família.
● Ano Internacional da Família (ONU, 1994)
● Foi instituído o ‘Dia Internacional da Família’ (15 de Maio).
OMS
● Foi reconhecida da importância fulcral dos enfermeiros (as) na assistência de cuidados
de saúde às famílias.
International Council of Nurses
“Trata-se da
"Ações legislação, dos Objetivos específicos
governamentais subsídios e dos para a vida familiar,
dirigidas Às famílias e programas delineados para os indivíduos nos
aos agregados e concebidos para seus papéis familiares
domésticos privados regular e apoiar os ou para o núcleo
(...) em tudo o que os indivíduos nos seus familiar no seu
gvernos fazem para papéis familiares e conjunto (Gauthier,
regular e apoiar a vid quotidianos e o núcleo 2000; Wall, 2010;
familiar" familiar no seu Wall, 2011)
conjunto” (Wall,
2011:340)
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Programas e projetos de apoio às famílias: Recursos de saúde e sociais que dão
resposta a algumas necessidades de saúde das famílias
Exemplos:
• Apoio às famílias na Parentalidade
• Recursos económicos (Exs: Rendimento Social de Inserção; SASE – Serviço de Ação Social
Escolar)
o Bolsas de estudo.
o “Complemento por dependência”
• Ação de Saúde para Crianças e Jovens em Risco (ASCJR) “Rede Nacional de Núcleos de
Apoio às Crianças e Jovens em Risco”
• Programas de apoio à segurança das famílias.
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Tipologias de famílias - Famílias vulneráveis em saúde
Factos Demográficos
• Até 2030, o número de pessoas com mais de 60 anos vai aumentar em 34%. A este ritmo,
em 2050, as pessoas idosas vão ser cerca de 2,1 biliões da população mundial;
• Pela primeira vez na história, em 2020, as pessoas idosas ultrapassaram o número de
crianças até aos 5 anos. Assim, em 2050, espera-se que as pessoas idosas irão ultrapassar
o número de crianças e jovens adultos até aos 25 anos;
• A maioria das pessoas idosas da população mundial reside nos países desenvolvidos,
sendo que cerca de um quarto destas vive na Europa e na América do Norte (EUA e
Canadá);
• As mulheres têm uma esperança média de vida superior à dos homens, com uma média
mundial em que a excedem em 3 anos;
* Dados de 2017
*Número de casamentos observados durante um determinado período de tempo,
normalmente um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente
expressa por número de casamentos por mil habitantes)
** Número de divórcios observados durante um determinado período de tempo,
normalmente um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente
expressa por número de divórcios por mil habitantes)
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Casais segundo o tipo de núcleo- Portugal 2001-2011
Famílias monoparentais
Alterações no perfil demográfico das famílias portuguesas no último meio século
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• Aumento do índice de envelhecimento;
• Diminuição da taxa de natalidade;
• Diminuição da taxa de nupcialidade;
• Diminuição do índice de juventude;
• Diminuição do rendimento médio das famílias;
• Aumento das famílias com ambos os cônjuges salariados;
• Diminuição da estabilidade laboral;
• Diminuição do abandono escolar precoce;
• Aumento da literacia, especialmente nas mulheres;
• Diminuição da duração média do casamento;
• Insustentabilidade do índice de renovação de gerações.
• Há uma "redução significativa" da dimensão das famílias que passaram de 3,8 pessoas em
1961 para 2,6 em 2011;
• Decréscimo das famílias numerosas (pelo menos três filhos), que eram, em 2011 de 4,8%
do total de famílias.
• O número de casais sem filhos aumentou, passando de 14,8 para 23,8%;
• As famílias complexas (aquelas em que, ao casal, se juntam outros parentes) caiu quase
para metade, passando de 15,4%, em 1961, para 8,7%, em 2011.
• Diminuiu o número de idosos a viverem em famílias complexas, que baixou de 19,6% para
15,8%, entre 2001 e 2011.
Tipos de Família
Classificadas:
• Quanto à composição
• Quanto à orientação sexual
• Quanto à conjugalidade
• Modo de residência/co-habitação
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Tipologias de Família – Censos
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As transformações dos perfis demográficos das famílias têm repercussões
• Na saúde dos seus membros;
• Na saúde da família;
• No país
1) É o que reúne mais apoio. A partilha igualitária é um ideal de família bastante apoiado pelos
portugueses/as, bem como a ideia de que é preciso que os homens participem mais nas
tarefas para que se concretize
2) A diferenciação de género tradicional na
parentalidade é pouco apoiada, mas são as
mulheres que têm as visões mais simétricas
3) A aceitação de que os homens são tão
competentes como as mulheres nos cuidados é
moderada. Os homens são os mais resistentes.
4) Apoio moderado. Mostra a permanência de
dilemas normativos decorrentes da articulação
entre a aceitação do trabalho feminino e da ideia de
que as crianças necessitam cuidados especiais e
intensivos que só podem ser dados pelas mães
5) Pouco apoiada, sendo as mulheres quem menos aceita o ideal de mulher doméstica
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Cuidados aos doentes no casal com e sem filhos, por sexo (%)
Mulheres
• Mais sobrecarregadas nos grupos sociais;
o Com escolaridade ao nível do 1º ciclo
• Menos sobrecarregadas nos grupos sociais
o Com escolaridade inferior ao 1º ciclo
o Com escolaridade ao nível do superior
Cuidados autónomos dos homens
• Com menor expressão nos grupos sociais com escolaridades ao nível do 2º e 3º ciclo
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Repercurssões das alterações do perfil demográfico das famílias na saúde dos seus
membros
• Início da vida laboral tardio com adiamento dos projetos pessoais.
• Adiamento do nascimento do 1º filho e limitação da prole.
• Aumento de esperança de vida, mas nem sempre com a qualidade de vida desejável.
• Aumento da morbilidade (ou comorbilidades) por doença crónica ou incapacitante.
• Aumento do número de pessoas dependentes nas AVD nas famílias.
• Aumento da dependência de fármacos e de despesas das famílias com a saúde.
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Os contextos dos cuidados dirigidos à Família. Ambiente e
segurança do agregado familiar
Focos de abordagem
• Recursos de saúde e sociais existentes
• Necessidades de saúde das famílias
“...os cuidados de enfermagem são centrados na unidade familiar, concebendo a família
como uma unidade em transformação, promovendo a sua capacitação face às exigências
decorrentes das transições que ocorrem ao longo do ciclo vital da família...”
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Contextos de cuidados dirigidos à Família
• Cuidados de saúde primários
• Internamento Hospitalar/Institucionalização
• Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Internamento Intra-Hospitalar/Institucionalização
• Centro hospitalar
• Hospital
• Serviço de internamento
• Institucionalização
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Programas de Saúde Prioritários – Metas de Saúde 2020
• Prevenção e Controlo do Tabagismo
• Promoção da Alimentação Saudável
• Promoção da Atividade Física
• Diabetes
• Doenças Cérebro-cardiovasculares
• Doenças Oncológicas
• Doenças Respiratórias
• Hepatites virais/Infeção VIH/Tuberculose
• Prevenção e controlo de infeções e resistências antimicrobianas
• Saúde Mental
• Outros: Saúde Reprodutiva; Promoção da Saúde em Crianças e Jovens; Promoção da
Saúde Oral; Saúde Escolar; Vacinação; Saúde das Pessoas Idosas; Luta contra a Dor.
Visita domiciliária
“Os cuidados de saúde domiciliários são a componente de um continuado cuidado de saúde
global em que os serviços de saúde são prestados aos indivíduos e famílias nos seus locais
de residência com a finalidade de promover, manter ou recuperar a saúde, ou de maximizar
o nível de independência enquanto se minimiza os efeitos da deficiência e doença incluindo
a doença terminal.”
Cuidados no domicílio
“Cuidado holístico prestado ao cliente no seu próprio ambiente, para diversos problemas de
saúde; utilizando uma abordagem multidisciplinar que envolve o doente, a família e os
prestadores de cuidados, transferindo aptidões para maximizar aquilo que as pessoas
podem fazer por si próprias, mas proporcionando aconselhamento, monitorização e apoio
ao cliente e aos prestadores de cuidados”
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Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados / Internamento
Cuidados Continuados:
• Garantir a continuidade entre as acções de saúde e sociais preventivas, terapêuticas e
corretivas.
• Plano individual de cuidados para cada utilizador
Proposta da RNCCI
• Recuperar
• Reabilitar
• Readaptar
• Reintegrar
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Internamento – Objetivos
Unidades de Convalescença:
• Promover a reabilitação e a independência dos utentes;
• Contribuir para a gestão das altas dos hospitais de agudos;
• Evitar a permanência desnecessária nos serviços dos hospitais de agudos;
• Otimizar a utilização de unidades de internamento de média e longa duração.
Unidade de Média Duração e Reabilitação:
• Evitar permanências desnecessárias em hospitais de agudos;
• Contribuir para a gestão das altas dos hospitais de agudos;
• Reduzir a utilização desnecessária de unidades de internamento de convalescença e de
longa duração;
• Promover a reabilitação e a independência dos utentes.
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Finalidade Duração do Critérios de Admissão
Internamento
Unidades de Estabilização clínica e funcional, Até 30 dias - Doentes dependentes e a necessitar de
Convalescença a avaliação e reabilitação consecutivos. componente de reabilitação intensiva.
integral da pessoa com perda - Doentes oriundos de serviços de Medicina
transitória de autonomia Interna, de Oncologia, de Cirurgia, de Ortopedia
potencialmente recuperável e / Traumatologia, de Neurologia.
que não necessita de cuidados
hospitalares de agudos.
Unidades de Estabilização clínica, a avaliação Superior a 30 - Doentes que careçam de cuidados integrados
Média Duração e a reabilitação integral da dias e inferior em regime de internamento, mas não de
e Reabilitação pessoa que se encontre na a 90 dias cuidados tecnologicamente diferenciados.
situação prevista consecutivos, - Pessoas em situação de dependência, cujas
anteriormente por cada condições clínicas e sócio-familiares lhes
admissão permitem a permanência no domicílio, mediante
a prestação de cuidados em regime de dia.
Unidades de Proporcionar cuidados que Superior a 90 - Necessidade de apoio para a satisfação das
Longa Duração previnam e retardem o dias necessidades básicas;
e Manutenção agravamento da situação de consecutivos - Necessidade de cuidados de manutenção de
dependência, favorecendo o aptidões;
conforto e a qualidade de vida - Impossibilidade de inserção na comunidade,
Situações temporárias, por ausência de recursos sóciofamiliares;
decorrentes de dificuldades de - Necessidade de descanso de familiares ou de
apoio familiar ou necessidade outros cuidadores informais.
de descanso do principal
cuidador, até 90 dias por ano
Unidades de Localizada num hospital, para acompanhamento, tratamento e supervisão clínica a doentes em
Cuidados situação clínica complexa e de sofrimento decorrentes de doença severa e/ou avançada, incurável
Paliativos e progressiva, nos termos do consignado no Programa Nacional de Cuidados Paliativos do Plano
Nacional de Saúde
´
RNCC – Circuito de Admissão
1. Através do Hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS)
Equipa de Gestão de Altas (EGA) do hospital -> RNCCI -> Equipa Coordenadora Local (ECL)
[sedeada no centro de saúde da respetiva área de residência]
Nota: EGA - Equipa multidisciplinar - com o objetivo de preparar e gerir a alta hospitalar em
articulação com outros serviços, para os doentes que requerem seguimento dos seus
problemas de saúde e sociais.
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2. Através do Domicílio/Casa
Contactar o centro de saúde através do: Médico de família; Enfermeiro; Técnico do Serviço
social. -> RNCCI -> Equipa Coordenador a Local (ECL) [sedeada no centro de saúde da respetiva
área de residência]
Contexto de Internamento
Devemos estar atentos no internamento à pessoa doente/família e à admissão (Compreende
o internamento de uma pessoa por um período nunca inferior a 24 horas).
Motivo de Internamento:
• Situação de doença crítica
• Cirurgia de diagnóstico/Intervenção Terapêutica
• Recuperação de doença crónica/Pós cirúrgica
• Controle de sintomas/Qualidade de vida
• Outros…
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Primeiro Internamento? Experiências Anteriores?
Devemos considerar:
• Desconhecimento:
o Do contexto de internamento;
o Das normas e rotinas.
• Experiências anteriores negativas:
o Pela perceção dos cuidados;
o Pelo resultado alcançado.
• Experiências anteriores positivas:
o Satisfação com os cuidados;
o Resposta institucional às suas necessidades;
o Resolução ou encaminhamento da situação de doença.
A família deseja…
• Permanecer, sempre que possível, junto do seu familiar, sendo importante a flexibilidade
e extensão do horário de visitas
• Constatar que é garantido o alívio do sofrimento do seu familiar
• Obter informação sobre o seu familiar
• Ser acolhida pela equipa de cuidados
• Encontrar suporte interno e externo.
Os enfermeiros devem responder às necessidades da família.
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Nos contextos dos cuidados dirigidos à família
Devemos ter em atenção ao familiar cuidador.
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Segurança do espaço físico da casa, prevenção de lesões de acordo com as idades dos
habitantes da casa.
• Conceito de Segurança - Estar seguro, livre de perigo, risco ou lesão.
o Acidentes domésticos;
o Violência doméstica.
• Avaliação do ambiente da casa:
o Aspetos gerais da casa
o Cozinha
o Casa de banho
o Quarto
• Violência – Comportamento agressivo: demonstração enérgica de ações ou do uso desleal
de força ou poder com a finalidade de ferir, causar dano, maus tratos ou atacar: violentas,
prejudiciais, ilegais ou culturalmente proibidas para com os outros; estado de luta ou
conflito pelo poder.
• Violência doméstica – Violência ocorre dentro da família ou conjunto de pessoas que
vivem na mesma casa, pode ser física, sexual, psicológica, emocional, financial e violenta.
Violência
• Crianças
• Jovens
• Parceiros íntimos
• Idosos
A violência sexual afeta toda a gente:
• Homens e Rapazes;
• Mulheres e Raparigas;
• Os mais velos e os mais novos;
• Pessoas com deficiências.
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Intervenção de Enfermagem
• Comunicação
• Ajudar a família a gerir o stress
• Orientação para estruturas comunitárias
• Trabalhar com o prestador de cuidados
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Considerações na Habitação
Pavimentos: É a zona de maior desgaste da habitação devendo o pavimento ser resistente e
antiderrapante.
Escadas: Quando a habitação se desenvolve em mais do que um piso, é importante
salvaguardar os seguintes aspetos relacionados com a segurança dos utilizadores:
• A largura mínima da escada deve ter entre 80 e 90 cm;
• Os degraus devem ter uma profundidade de 25 cm e uma altura de 19 cm;
• A escada deve ter corrimão;
• É aconselhável que o cobertor do degrau seja antiderrapante.
Lavatórios: Para uma maior segurança nas entradas e saídas do banho, é recomendável a
fixação à parede de apoios para as mãos.
Varandas e terraços:
• Para usufruir da vista não é aconselhável que as proteções das varandas — guarda de
varanda — sejam totalmente opacas.
• Em termos de segurança, esta solução tem ainda o inconveniente de ser um convite à
curiosidade das crianças, sendo responsável por inúmeros acidentes.
• Quando as proteções das varandas são executadas com elementos metálicos, é exigido
que cumpram os seguintes regulamentos:
o O intervalo máximo entre elementos verticais não deve ser superior a 11 cm, sendo
o recomendável 10 cm;
o A altura da guarda da varanda deve estar situado entre 90 cm e 1 m;
o Devem ser evitados elementos horizontais nas guardas que auxiliem a escalada das
crianças.
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O processo de cuidar das famílias. Políticas de Apoio à Família.
O Modelo de Calgary de Avaliação e Intervenção Familiar (MCAIF).
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Em Portugal
Combinação de modelos (1, 3 e 5). Reconhecimento institucional da família e das famílias
vulneráveis, pró-natalista, serviços em crescimento, apoio económico baixo…
- Pró-tradicional (Estado Novo)
- Pró- Igualitária (Pós 25 de abril – sob tutela da política social)
- Atualmente consubstancia-se em :
- Apoio económico (Abono de família; RSI, subsídio de desemprego, Complemento solidário
para idosos; prestação social para inclusão…)
- Apoio legislativo (Proteção da parentalidade; conciliação trabalho/família)
- Apoio em serviços (creches, lares, cuidadores informais)
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Programa para a conciliação da vida profissional, pessoal e familiar
• Criação de mecanismos de conciliação que acompanhem os/as trabalhadores/as nas
diferentes fases da sua vida.
• Promove a conciliação em famílias com filhos (horários flexíveis, teletrabalho, partilha de
licenças, aumento de vagas em creches e infantários)
• Cuidadores de pessoas com dependência ou deficiência (via alargamento da rede de
serviços e equipamentos sociais para essas pessoas
Família e Conciliação
Apoios Sociais para famílias com crianças:
• Creches e Amas
• Pré-escolar (taxa 90,1%)
• Atividades de Enriquecimento Curricular (CATL e OTL 85,7%)
Respostas Sociais para Idosos:
• Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Serviços de Apoio Domiciliário e Centros de
Dia/Noite (taxa de cobertura 12,6%)
• Regime de Licenças parentais
• Licença Parental Inicial (120-150 dias)
• Licença Parental Inicial com partilha (150-180 dias) (adesão Î)
• Licença Parental Alargada (9 em 10 são mães)
• Licença Exclusiva do Pai (adesão Î)
Fiscalidade e família
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Teorias de abordagem à família
• Teoria dos Sistemas Familiares (Bowen & Von Bertalanffy,1984)
• Teoria de Stress (Hill, 1965; Neuman, 1985)
• Teoria do Desenvolvimento (Duvall & Miller, 1985)
• Teoria da Mudança (Maturana & Varela, 2005)
• Teoria da Comunicação (Watzlawick, 1967)
• Teoria do Interacionismo Simbólico (Blumer, 1969)
• Teoria das Transições (Meleis, 2000)
• Teoria da Terapia familiar e dos Modelos Psicodinâmicos (Relvas, 1999; Sampaio &
Gameiro, 2002)
Síntese das teorias que influenciam a enfermagem de família
• Teorias da Terapia Familiar/Psicologia
• Teorias das ciências sociais
• Teorias e Modelos de enfermagem
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Estrutura Concetual de Enfermagem de Família - Interação Sistémica
5 Princípios:
1. Um sistema familiar é parte de um suprassistema mais amplo, composto de muitos
subsistemas;
2. A família como um todo é maior do que a soma das partes;
3. Uma mudança em um membro da família afeta todos os seus membros;
4. A família é capaz de criar um equilíbrio entre a mudança e a estabilidade;
5. Os comportamentos dos membros são melhor compreendidos de um ponto de vista de
causalidade circular em vez de linear.
Recursos da comunidade
• Educação
• Recreação
• Segurança
• Sistema Político e Jurídico
• Sociocultural e Religião
• Saúde
• Comunicação e Transportes
• Economia
A família é um sistema aberto e permeável a trocas de sinergias com os recursos da
comunidade
3 Questões à Família
Relação com os outros sistemas:
1. Quem faz parte deste sistema familiar?
2. Quais são os subsistemas presentes neste sistema familiar?
3. Quais os suprassistemas, dos quais a família faz parte, que são significativos para esta
família?
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O que é o Ambiente familiar?
Nesta trama as famílias constroem a rede social que constitui um papel importante, como o
apoio emocional e material, a prestação de cuidados, a orientação e aconselhamento social
e o acesso a novos contactos (Sluzki, 1996).
Constituído por elementos humanos, físicos, políticos, culturais e organizacionais que se
influenciam e evoluem num padrão de reciprocidade e recursividade
Ambiente ecológico que envolve as famílias é composto por estruturas concêntricas
chamadas de micro, meso, exo, macro e cronosistema.
A transição ecológica ocorre quando acontecem mudanças na posição que indivíduo / família
ocupa no seu ambiente ecológico decorrente de mudança de papeis, status social ou da
combinação de vários fatores.
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Que desafios para o enfermeiro que trabalha com famílias em diferentes contextos?
1º Apreciar e/ou Avaliar
2º Diagnosticar
3º Intervir e reavaliar
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Conclusão
A apreciação familiar surge como uma “verdade em perspetiva” da família num determinado
ponto no tempo.
O enfermeiro deve reconhecer ao avaliar uma família, que esta avaliação sofre influência das
suas crenças, experiências de vida pessoais/ profissionais e da relação que estabelece com a
própria família.
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Avaliação Familiar (MCAF)
Diagrama do MCAF
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Dimensão Funcional
• Instrumental: Atividades de Vida Diária
• Expressiva:
o Comunicação emocional, verbal, não-verbal e circular
o Solução de problemas
o Papéis
o Influência e poder
o Crenças
o Alianças e uniões
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Desenvolvimento
Vínculos afetivos
O tipo de vínculos vai evoluindo ao longo do desenvolvimento familiar.
Exemplo: A família começa por desenvolver laços emocionais entre os cônjuges, mas um deles
pode ter dificuldade em separar-se dos vínculos da família de orientação, ou da mãe viúva,
ou da fratria. Com o nascimento do 1º filho inicia-se uma nova triangulação de afetos.
A passagem da díade à tríade
Funcionamento Familiar
A forma como os membros da família interagem no aqui e agora da vida quotidiana
Funcionamento Instrumental: Atividades desempenhadas pela família no sentido de
promover nos seus elementos as condições e aptidões necessárias a uma boa integração
social e cultural e ao desenrolar quotidiano das atividades familiares
• Subcategorias:
o Definição de papéis
o Desempenho de atividades de vida diária
o Exemplos: tarefas domésticas, cuidados a dependentes, preparação de refeições,
transportes e a rotina da vida quotidiana familiar
Funcionamento Expressivo: Compreende os estilos de comunicação, padrões de
comunicação habilidades para resolver problemas, os papeis, as regras, as crenças, as
estratégias de influência e as alianças. O funcionamento expressivo depende em parte do
funcionamento instrumental. Se não houver uma boa adaptação às questões instrumentais,
poderá haver dificuldades ao nível do funcionamento expressivo. Contudo, uma família pode
lidar bem com as questões instrumentais e ter dificuldades emocionais ou expressivas.
• Subcategorias
o Alianças e uniões
o Comunicação emocional
o Comunicação verbal
o Comunicação não verbal
o Comunicação circular
o Solução de problemas
o Papéis
o Influência e poder
o Crenças
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Papeis Parentais
• Padrões estabelecidos de comportamento dos membros da família
• Comportamento constante numa situação específica
• Os papéis não são estáticos e desenvolvem-se mediante a interação com os outros
indivíduos
• É importante que a enfermeira saiba como os papéis na família evoluíram, qual o seu
impacto no funcionamento da família, e quais as possibilidades da família acreditar na sua
própria evolução. Ex: desde que a minha mãe ficou doente, passei a ocupar-me mais da
casa e das compras e a cuidar do meu irmão (exemplo de filha que assume o papel de
responsabilidade nas tarefas domésticas)
• O papel parental e o papel de prestador de cuidados podem ser integrados,
respetivamente, na dimensão de desenvolvimento e dimensão funcional instrumental.
• Consideraram-se os papéis familiares que maior impacto tem na interação, nas funções e
na estrutura do sistema familiar:
▪ Papel de provedor
▪ Papel de gestão financeira
▪ Papel de cuidado doméstico
▪ Papel recreativo
▪ Papel de parente
Comunicação Circular
•
• Interações repetidas estáveis e autoreguladas entre 2 membros da família
• Os comportamentos dos dois familiares influenciam-se mutuamente derivados de
domínios cognitivos e afetivos próprios.
• Padrão de Comunicação Circular na família
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Funções da Família (OMS)
Funções Socioculturais
• Socialização e Transmissão de: Valores, Tradições, Religião, Atitudes, Linguagem,
Comportamento
Funções Biológicas
• Reprodução, Cuidar, Alimentar Manutenção da saúde e lazer
Funções Educacionais
• Desempenhar tarefas
• Atitudes aceites culturalmente
• Conhecimento relativo com outras funções
Funções Económicas
• Recursos suficientes às necessidades
• Gestão do orçamento familiar
• Assegurar a estabilidade financeira
Funções Psicológicas
• Promoção do ambiente saudável ao desenvolvimento da personalidade
• Proteção psicológica
• Promover capacidade de relacionamento
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Instrumentos na Avaliação Familiar
Estrutura
• Interna: Composição familiar, género, ordem de nascimentos, subsistemas e limites-
Genograma
• Externa: Família extensa e sistemas mais amplos - Mapa de Rede Social e Ecomapa
• Contexto: Etnia, religião e espiritualidade. Classe social e ambiente familiar - Índice de
Graffar
Desenvolvimento
• Estadios: Ciclo de Vida da Família , Linha de vida de Medalie
• Tarefas: Tarefas do Ciclo de Vida da Família
• Vínculos : Psicofigura de Mitchell
Funcional
• Instrumental: Atividades de vida diária - Índice de Lawton, Katz e/ou Barthel,
Escala de Zarit
• Expressiva: Comunicação (Verbal, não verbal, emocional e circular), Solução de
problemas, Papéis, Influencia e poder, Crenças, Alianças, coligações e uniões -
APGAR familiar
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Instrumentos de Avaliação Familiar
Genograma Familiar
• Representação gráfica da família
• Permite conhecer a estrutura familiar
• Fornece dados sobre a história de doenças familiares
• Possui informação sobre os membros da família e as
suas relações
O que é um Genograma ?
• Nome e Idade
• Data de Nascimento, falecimentos, casamentos, divórcios e novas uniões.
• Profissão
• Antecedentes de saúde
• Causa de morte
• Nível de Instrução
• Delimitar
o 1- Estrutura familiar: conjugal, nuclear, alargada, recomposta, monoparental e
múltipla
o 2- Grupo de Fratrias, ordem de nascimento, sexo, idade das crianças.
Símbolos do Genograma
• Conjunto de códigos de
interpretação. ´
• Uniformização da linguagem entre
os profissionais
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Tipos de Genograma
• Genograma Simples sem definição de fronteiras e relações
• Genograma com definição de fronteiras e relações
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• Ajuda material e de serviços: Auxilio em áreas especificas do funcionamento familiar
• Acesso a novos contatos: Ligação com outras pessoas e criação de novas redes
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Ecomapa
Permite a compreensão da estrutura relacional da família.
Representação gráfica dos contactos dos membros da família com os outros sistemas sociais,
incluindo a rede de suporte social e de saúde.
Os membros da família (nome e idade) ficam no centro do círculo, os círculos externos são os
contactos da família com membros da comunidade ou com pessoas ou grupos significativos
• O Ecomapa pode incluir: Família alargada, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, escola,
serviços de saúde, serviço social, clube, serviço religioso, etc…
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• É um método facilitador da comunicação e/ou clarificador de aspetos relacionais,
nomeadamente em crianças.
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APGAR Familiar
Os membros da família percecionam o respetivo funcionamento familiar e podem
manifestar o seu grau de satisfação por avaliação de parâmetros básicos das funções
familiares.
• A - Adaptação (Adaptation)
• P - Participação (Participation)
• G - Crescimento (Growth)
• A - Afeição (Affection)
• R – Resolução (Resolution)
Cotação do APGAR Familiar
O score varia de 0 a 10 e as famílias poderão ser caracterizadas como: Família funcional (7-
10) ou Família disfuncional (< 6) A Família disfuncional ainda pode ser classificada em:
• Disfuncional leve (> 4 e < 6)
• Disfuncional grave (≤ 3)
Índice de Graffar
Método de avaliação da estratificação social
O nível socioeconómico é determinado utilizando 5 critérios:
1. Profissão de nível mais elevado
2. Nível de instrução mais elevado
3. Fonte e regularidade do salário
4. Condições da residência
5. Aspeto do bairro
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Para cada critério, o modelo descreve cinco itens, com uma pontuação que varia de [1-5].
Os estratos sociais:
• Classe I – famílias cuja soma de pontos vai de 5 a 9
• Classe II – famílias cuja soma de pontos vai de 10 a 13
• Classe III – famílias cuja soma de pontos vai de 14 a 17
• Classe IV – famílias cuja soma de pontos vai de 18 a 21
• Classe V – famílias cuja soma de pontos vai de 22 a 25
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Escala Holmes & Rahe
• O Estresse produzido por importantes "mudanças de vida" é um fator de previsão de
futuras doenças.
• Índice de 43 mudanças possíveis, atribuindo a cada uma um valor quanto à capacidade
de provocar. Estresse numa escala de 1 a 100.
• As pontuações são atribuídas aos acontecimentos que tenham sido experimentados ao
longo do último ano da família.
• Total superior a 150 dá 50% de probabilidades de ter um problema de saúde num futuro
próximo;
• Se o total ultrapassar os 300, as probabilidades referidas serão de 90% de ter problemas
de saúde.
• A escala resulta de uma pesquisa na década de 70, realizada pelos especialistas em
Estresse da Universidade de Washington, Holmes & Rahe. Esta escala permite que pela
consciencialização se tomem medidas eficazes contra o stress.
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Escala de Zarit
• Destinada a avaliar a sobrecarga dos cuidadores familiares de doentes paliativos em
contexto domiciliário.
• Burden Interview Scale (Zarit) Escala de Zarit: O questionário na versão portuguesa,
deriva da Burden Interview Scale (versão original constituída por 29 questões, tendo
sido reduzida para 22), avalia a sobrecarga dos cuidadores.
• Permite analisar a sobrecarga objetiva e subjetiva do cuidador informal, o que inclui
informações sobre saúde, vida social, vida pessoal, situação financeira, situações
emocionais e tipo de relacionamento
21 Ausência de Sobrecarga
21-40 Sobrecarga moderada
41-60 Sobrecarga moderada a severa
61 Sobrecarga
61
Questões Escala de Zarit
1. Sente que o seu familiar lhe pede mais ajuda do que aquela que precisa?
2. Sente que devido ao tempo que passa com o seu familiar não dispõe de tempo suficiente
para si próprio/a?
3. Sente-se enervado quando tenta conciliar os cuidados ao seu familiar com outras tarefas
relacionadas com a sua família ou com a sua profissão?
4. Sente-se incomodado/a pelo modo como o seu familiar se comporta?
5. Sente-se irritado quando está com o seu familiar?
6. Sente que o seu familiar afeta as suas relações com outros membros da família ou com
amigos, de forma negativa?
7. Tem receio sobre o que pode acontecer ao seu familiar no futuro?
8. Sente que o seu familiar está dependente de si?
9. Sente-se constrangido quando está ao pé do seu familiar?
10. Sente que a sua saúde está a sofrer por causa do seu envolvimento com o seu familiar?
11. Sente que não dispõe de tanta privacidade como gostaria de ter por causa do seu
familiar?
12. Sente que a sua vida social foi afetada pelo facto de estar a cuidar do seu familiar?
13. Sente-se pouco à vontade para convidar os seus amigos a virem a sua causa por causa
do seu familiar?
14. Sente que o seu familiar parece esperar que cuide dele/a como se fosse a única pessoa
de quem ele pode depender?
15. Sente que não tem dinheiro suficiente para cuidar do seu familiar enquanto suporta ao
mesmo tempo as suas restantes despesas?
16. Sente que não pode continuar a cuidar do seu familiar por muito mais tempo?
17. Sente que perdeu o controlo da sua vida desde que o seu familiar adoeceu?
18. Gostaria de poder transferir o trabalho que tem com o seu familiar para outra pessoa?
19. Sente-se inseguro sobre o que fazer quanto ao seu familiar?
20. Sente que poderia fazer mais pelo seu familiar?
21. Pensa que poderia cuidar melhor do seu familiar?
22. Finalmente, sente-se muito sobrecarregado por cuidar do seu familiar?
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Escalas específicas para avaliação do cuidador familiar
CASI Careres’ Assessment of Satisfaction Index: É um índice de avaliação da
satisfação/bemestar do cuidador, composto por 30 questões.
CADI Careres’ Assessment of Difficulties Index: É um índice de avaliação das dificuldades do
cuidador composto por 30 questões
CAMI Careres’ Assessment of Managing Index: É um índice de avaliação de como os
prestadores de cuidados enfrentam as dificuldades. Os cuidadores utilizam ou não
estratégias e qual a sua eficácia. Tem 38 questões.
63
Intervenção Familiar (MCIF)
Conversas terapêuticas
• Determinar o domínio de funcionamento familiar que requer mudança
• Reciprocidade entre as crenças da família e da enfermeira
• Família e enfermeiro desenvolvem em conjunto a mudança
• Permite descobrir a intervenção adequada e ajustada à família
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O que é uma Conferência Familiar?
• Reunião formal entre profissionais de saúde (enfermeiros e médicos) e o doente e/ou
família.
• Transmissão de informação sobre a situação atual de doença e procurar consenso sobre
objetivos terapêuticos e plano de cuidados.
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Níveis de funcionamento da Família Intervenção de Enfermagem
Questões Terapêuticas
1. Como vos podemos ajudar durante a hospitalização de ente querido/preparação para a
alta?
2. No passado, o que foi mais facilitador e mais difícil de superar neste tipo de situação?
3. Quem na vossa família está a sofrer mais com esta situação?
4. Qual é a questão que gostaria de ver respondida nesta reunião?
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Tipo de Questões
• Lineares: Quando detetaram alterações no padrão alimentar da vossa filha?
• Estratégicas: Quem na família está a sofrer mais com a situação de anorexia da Susana?
• Circulares: Quando a Susana se recusa a comer como é que os restantes membros da
família reagem?
• Reflexivas: O que podem fazer para ajudar a vossa filha a alimentar-se adequadamente?
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Diagnóstico de Enfermagem (Taxonomia CIPE)
Dimensão da Estrutura familiar
• Interação social prejudicada
• Rendimento familiares reduzido Dimensão de Desenvolvimento Familiar
• Parentalidade prejudicada
• Processos familiares disfuncionais, (por comportamentos aditivos, alcoolismo presente
nos filhos, ou por alteração do estado de saúde de um membro da família)
Dimensão de Funcionamento Familiar
• Papel de cuidador não demonstrado (o cuidador não é capaz de cuidar do familiar)
• Comunicação verbal da família prejudicada (comunicação emocional ausente)
• Relação dinâmica disfuncional (coligações entre pais e filhos/subsistema fraternal)
• Coping familiar não eficaz
• Manutenção do lar prejudicado (por falha no papel de provedor)
• Enfrentamento familiar inadequado
• Risco para infeção elevado (por falta de higiene da habitação)
• Risco para infestação manifestadas (presença de pulgas nos animais domésticos)
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Os Jovens Adultos Independentes (Etapa I)
69
Quando surge o casal?
O casal surge quando dois indivíduos se comprometem numa relação que pretendem se
prolongue no tempo (Relvas, 2006 p.51)
Conceito de conjugalidade entendido enquanto conceito sistémico, processo e relação social
diferente de relação jurídica.
• Desejo de viverem juntos De criarem “ um lar”
• De construírem um modelo relacional próprio
• Existe um sentimento de pertença a um novo grupo sem que haja desvinculação do grupo
anterior
Tipos de conjugalidade
• Poderemos falar em conjugalidades ?
• Porquê?
• Haverá mais do que um tipo?
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Conjugalidade e Individualização
“Existe uma enorme diferença entre estabelecer um relacionamento íntimo com outro ou
usar um relacionamento de casal para completar o EU e melhorar a autoestima”
- “Eu tenho valor porque tu me amas”
- “Eu não tenho valor porque tu já não me amas”
Nas duas situações acima existe necessidade dos parceiros se validarem a si próprios
constantemente através do relacionamento, definindo através dele o próprio valor individual
(Prioridade no EU e no TU)
• Preserva as diferenças
• Os projetos individuais
• Os espaços e tempos
• As identidades
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Tarefas de desenvolvimento do casal
• Ser capaz de gerir pressões (internas e externas)
• Definir normas e níveis de poder na relação
• Aceitar o espaço de cada um
• Definir o espaço do casal face aos sistemas que o rodeiam Relvas
Papéis de género
• Diferentes de acordo com a cultura, religião e sociedade
• Influenciadas por diferentes fatores (etnia, classe social, condição e situação das
mulheres)
• Caraterizadas por serem dinâmicas e estarem no centro das relações sociais
• Distinguirem-se ainda pela sua desigualdade
Considerações Gerais
• Ainda fortes desigualdades sociais e de género na família e rede de parentesco
• Tendência de maior paridade mas ainda assimetrias (divisão das tarefas domésticas)
• Discursos modernos coexistem com práticas mais estereotipadas
• Divisão do trabalho pago e não pago com consequências e impacto na saúde das mulheres
(dupla carga)
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Operacionalização da dimensão da satisfação conjugal
• Relação dinâmica do casal
• Partilha de responsabilidades, sentimentos e emoções e divisão de papéis
• Comunicação do casal
• Comportamentos relacionais (diálogo, padrão de comunicação)
• Interação sexual
• Atributos relacionais na expressão da sexualidade (conhecimentos e padrão relacional)
• Função sexual
• Existência (ou não) de problemas/disfunções sexuais e conhecimento sobre formas de
resolução
73
A Saúde sexual e Reprodutiva nas Etapas de desenvolvimento I e II
Saúde Sexual e Reprodutiva
Implica que as pessoas possam ter uma vida sexual satisfatória e segura e que tenham a
capacidade de se reproduzir e decidir se, quando e com que frequência o fazem. (Programa
de Ação da Conferência Internacional sobre população e desenvolvimento – Cairo 1994)
Pressupõe: o direito a ser informado e a ter acesso a métodos de controlo da fecundidade,
com base numa escolha livre e informada - o acesso a cuidados de saúde materna adequados
Abrange também o direito à saúde sexual, entendida como potenciadora da vida e das
relações interpessoais.
Saúde Sexual
É a integração dos aspetos somáticos, intelectuais e sociais do ser sexuado e uma dimensão
importante da saúde física e emocional
Implica:
- Uma abordagem positiva sobre a sexualidade
- Respeito pelos Direitos Humanos de todas as pessoas
- Satisfação e gratificação
- Sexo seguro e livre de abuso
Funções da Sexualidade
• Comunicação
• Reprodução
• Prazer
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O apego e a Sexualidade
• Apego Vínculos afetivos que estabelecemos com outros significativos
• Modelos familiares e Estilos de vinculação (Segura, Ansiosa, Evitante)
• Contactos/Interações Informais, Constantes, Frequentes
75
Problemas VS Disfunções Sexuais
Qualquer problema que interfira no ciclo de RSH e que cause sofrimento Pessoal e/ou
interpessoal
• DESEJO
• EXCITAÇÃO
• ORGASMO
Problemas mais frequentes: Perturbações do desejo, da ereção, da ejaculação, do orgasmo,
problemas relacionados com a dor
• Indivíduos em idade fértil (mulheres até aos 54 anos; homens sem limite de idade)
• Adolescentes (alvo prioritário)
Importante criar condições que facilitem a adesão dos homens
Eixo dos cuidados em Saúde Sexual e Reprodutiva (CSP)
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Objetivos
Intervenções
• Esclarecer sobre as vantagens de regular a fecundidade
• Informar sobre as vantagens do espaçamento adequado das gravidezes
• Elucidar sobre as consequências da gravidez não desejada
• Informar sobre a anatomia e fisiologia da reprodução
• Facultar informação sobre métodos contracetivos
• Proceder ao acompanhamento clínico
• Fornecer gratuitamente os contracetivos
• Reconhecer e orientar os casais com desajustes sexuais
• Prestar cuidados pré concecionais
• Identificar e orientar os casais com problemas de infertilidade
• Efetuar, diagnóstico e tratamento das I.S.T.
• Efetuar o rastreio do cancro do colo do útero e da mama
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A Família em Expansão e a Parentalidade
Transições na Etapa IV
• O casal move-se para abertura ao exterior – permeabilização das fronteiras.
• Aceitação da independência dos filhos
• Nesta etapa as dinâmicas familiares transformam-se e as mudanças processam-se de
forma mais ou menos conflituosa.
• A adolescência é o ponto de desenvolvimento máximo da socialização e da
individualização e os grupos de pares são essenciais nesta tarefa, favorecendo a
descentralização emocional/relacional do adolescente com o sistema familiar.
78
Tarefas na Etapa IV
• Modificação nos relacionamentos pais-filho
• (Re)enfoque nas questões inerentes à vida conjugal e profissional
o Reabertura ao exterior
o Redefinição de papéis
o Relações entre o casal
• Necessidade de cuidados à família de origem
o Os avós envelhecem e começam a necessitar de cuidados
o Muitas vezes é uma fase de dupla tarefa, associada aos papéis tradicionais de género.
Sobrecarga no feminino
• Mudança no relacionamento de dependência com o filho.
• Lidar com a adolescência dos filhos é uma das fases críticas do ciclo vital familiar.
Nas etapas III e IV as famílias estão sobretudo focadas no Cuidado às crianças e no
desenvolvimento das competências parentais.
Parentalidade
Enquanto foco de atenção de enfermagem, implica:
• Pais biológicos
• Pais adotivos
• Tutores
• Padrinhos civis
• Instituições de Saúde ou Educação
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Do ponto de vista social e afetivo:
Modelo de Parentalidade
80
Atividades Parentais - Cuidados
Cuidados Físicos
• Garantia de alimentos
• Proteção
• Vestuário
• Higiene
• Hábitos de sono
• Precaução de acidentes
• Prevenção da doença
• Resolução de problemas
Cuidados Emocionais
• Comportamentos que asseguram o respeito pela criança.
• Transmitem a perceção de ser amado
• Oferece oportunidades para gerir riscos e fazer escolhas
• Permite vinculação segura e interação positiva, consistente e estável.
Cuidados Sociais
• Garante a socialização da criança
• Impede o isolamento
• Ajuda a criança a tornar-se socialmente competente.
81
Tipos de Disciplina
• Argumentar
• Admoestar (envergonhar ou criticar)
• Reforço positivo e negativo (Recompensar; Ignorar)
• Consequências (Natural; Lógico; Não Relacionadas).
• Time-out
• Castigos Corporais.
82
Áreas Funcionais - Saúde Mental
Engloba todos os aspetos relacionados com os pensamentos e sentimentos das crianças e
tendências de comportamento, entre si própria e os outros. Inclui situações clínicas (e.g.
ansiedade e distúrbios de comportamento), para além de outros problemas graves de saúde
mental.
Fatores de risco
• Configuração familiar: separação dos pais, violência, alcoolismo, conflitualidade, doença
de um dos pais…
• Condições Socioambientais: pobreza, fragilidade socioeconómica, desemprego,
habitação sobrelotada, isolamento relacional, internamento institucional…
• Relacionados com a criança: prematuridade, sofrimento neonatal, défices cognitivos,
deficiência separações maternas precoces…
Fatores Protetores
Vinculação e cuidado
• Como é que os pais respondem ao comportamento da criança
• Comportamentos de estimulação e brincadeira
• Comportamentos de cuidado
• Os pais elogiam a criança e reconhecem as suas capacidades.
Resiliência Parental
• Identificam as suas forças e estratégias de coping
• Quais as forças parentais
• Stressores precipitados por crises.
• Impacto do stress na parentalidade.
• Capacidade para prosseguir com os seus objetivos pessoais.
83
Rede social de suporte
• Os pais possuem uma rede social de suporte? Amigos, família, membros de grupos de
apoio.
• Os pais têm capacidades sociais para fazer novas amizades e manter os amigos.
• Quais as necessidades que podem ser atendidas com ligações sociais (casas de respiro,
modelos de papel, escuta empática…)
84
Questões Orientadoras
• Quais as estratégias que podem ser planeadas para ajudar os pais na transição para a
parentalidade durante o primeiro ano de vida?
• Qual será a componente essencial para o desempenho ótimo da parentalidade?
• O papel dos avós no suporte aos pais é um recurso ou invasão de espaços?
• Qual a idade mais adequada para usar o time-out como disciplina?
• Quais os princípios para dizer à criança que ela é adotada?
• Quais são os fatores que mais influenciam a competência dos pais no primeiro ano de
vida?
85
Promoção da Saúde nas Famílias com Crianças e Adolescentes
86
Prioridades
• A deteção e o apoio às crianças que apresentam necessidades especiais, em situação de
risco ou especialmente vulneráveis.
• A redução das desigualdades no acesso aos serviços de saúde.
• O reconhecimento e a capacitação dos pais e outros adultos de referência, enquanto
primeiros prestadores de cuidados.
Linhas Mestras
• Calendarização das consultas para idades-chave
o Idades Chave da Vigilância
▪ Primeiro Ano de Vida: 1.ª semana de vida; 1 mês; 2 meses (M); 4 M; 6 M; 9 M
▪ 1 – 3 Anos: 12 M; 15 M; 18 M; 2 anos (A); 3 A
▪ 4 – 9 Anos: 4 A; 5 A – Exame global de saúde (com o objetivo de avaliar a
existência de competências para o inicio da aprendizagem); 6 ou 7 A (final 1º
ano de escolaridade- para deteção precoce de dificuldades especificas de
aprendizagem); 8 A
▪ 10 – 18 Anos: 10 A (início do 2º ciclo do ensino básico); 12 /13 A – Exame global
de saúde (para preparar o início da puberdade e entrada no 5º ano); 15 /18 A
o Exames de Saúde Oportunistas
▪ As idades referidas não são rígidas: se uma criança ou jovem se deslocar à
consulta por outros motivos, pouco antes ou pouco depois da idade-chave,
deverá, se a situação clínica o permitir, ser efetuado o exame indicado para essa
idade.
▪ Com este tipo de atuação – exames de saúde oportunistas – reduz-se o número
de deslocações e alarga-se o número de crianças cuja saúde é vigiada com
regularidade.
▪ A periodicidade recomendada deverá adequar-se a casos particulares, podendo
ser introduzidas, ou eliminadas, algumas consultas em momentos especiais do
ciclo de vida das famílias, como, por exemplo, em situações de doença grave,
luto, separações ou aumento da fratria. (DGS, 2013, 11)
• Harmonização das consultas de SIJ com o PNV
87
• Valorização dos cuidados antecipatórios
o Orientação Antecipatória: Abordagem baseada na capacitação e no desenvolvimento
Processo através do qual os profissionais de saúde identificam os assuntos que a
criança e família enfrentam e orientam de forma consistente baseados no
desenvolvimento das crianças.
o Deve ser: Oportuno, Apropriado, Relevante
• (Re)incentivo ao cumprimento do PNV
• Prevenção das Perturbações emocionais e comportamento
• Deteção precoce, acompanhamento e encaminhamento
• Apoio à responsabilização progressiva e à autodeterminação em questões de saúde das
crianças e dos jovens
• Trabalho em equipa
• Articulação efetiva
88
Conteúdos dos Exames de Saúde
Atividades designadas e pautadas pelas orientações da DGS que constam no PNSIJ e pelas
particularidades relativas a cada idade, criança/jovem e
família
Em todas as consultas deve avaliar-se:
• Preocupações dos pais, ou do próprio, no que diz
respeito à saúde;
• Intercorrências desde a consulta anterior, frequência de
outras consultas e medicação em curso;
• Frequência e adaptação ao infantário, ama, ATL e escola;
• Hábitos alimentares, prática de atividades desportivas
ou culturais e ocupação de tempos livres;
• Dinâmica do crescimento e desenvolvimento, comentando a evolução das curvas de
crescimento e os aspetos do desenvolvimento psicossocial;
• Cumprimento do calendário vacinal, de acordo com o PNV.
Ver exemplo de Conteúdos do exames de saúde propostos para os 5 anos (um exemplo) –
Slide 20 a 39
89
PNSIJ – As Perturbações Emocionais e do Comportamento
A Consulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil tem vindo a ser destacada como uma
oportunidade privilegiada na atuação de triagem, avaliação, intervenção e orientação de
situações psicopatológicas e de risco.
É imprescindível a articulação entre os Cuidados de Saúde Primários e as equipas de Saúde
Mental da Infância.
90
PNSIJ – As Perturbações Emocionais e do Comportamento
Avaliação em Saúde Mental Infantil e Juvenil
Avaliar o funcionamento nas seguintes áreas:
• Escola: aproveitamento, absentismo, adaptação;
• Sintomas funcionais: motores, sono, alimentares, controle de esfíncteres;
• Atenção/controle de impulsos/nível de atividade;
• Comportamento: agressividade, intolerância à frustração, comportamentos antissociais;
• Emocional: sintomas de ansiedade (ex: preocupações e medos excessivos), humor
depressivo ou irritável;
• Social: relação com pares, capacidade de comunicação, atividades
Na observação do estado mental da criança/adolescente estar atento a:
• Forma como a criança se relaciona com o observador: evitamento, proximidade excessiva,
mantém ou não contacto pelo olhar.
• Aparência geral: estado de nutrição, vestuário adequado, sinais de negligência física.
• Tipo de humor: ansioso, triste, zangado, eufórico.
• Linguagem: adequada ou não à idade, compreende ou não o que lhe é dito; organização
do discurso, capacidade de associação entre as ideias; linguagem peculiar, tom calmo ou
desafiador.
• Nível de atividade: calmo, lentificado, agitado.
• Capacidade de manter a atenção/ impulsividade: completa ou não uma tarefa, passa
rapidamente de uma atividade para outra.
91
• Pensamento (evidenciado pelo tipo de discurso): organizado e coerente ou desorganizado
e difícil de compreender, ideias bizarras.
• Movimentos anormais/ tiques/ vocalizações bizarras.
• Ideação suicida.
A interação pais-criança (particularmente nos primeiros anos de vida):
• Forma como os pais se envolvem com a criança: excessivamente permissivos, demasiado
intrusivos, “frustradores”, hostis, pouco envolvidos, afetuosos.
• Estratégias que usam para lidar com a criança: firmeza, calma no pedido, exigência
extrema, coerção física, desinvestimento/ distanciamento, indiferença.
• Como responde a criança e como se adaptam os pais às suas respostas: tentam mudar de
estratégia se esta não funciona ou há ausência de flexibilidade e de capacidade adaptativa
dos pais.
Vinculação
As interações precoces da figura de vinculação (FV) com o bebé são mutuamente
compensadoras, permitem que o bebé se desenvolva a nível cognitivo, emocional e relacional
e que cresça com:
• um sentimento de segurança interna
• confiança na relação com os outros
• curiosidade e desejo de explorar o mundo os comportamentos de sinalização do bebé
favorecem a proximidade com a pessoa que dele cuida.
• o choro, o sorriso, o olhar vão conduzir a FV a entrar em relação com ele.
92
Referenciação à Consulta de Saúde Mental Infantil e Juvenil
SINAIS DE ALERTA
Na Primeira Infância
• Dificuldades na relação mãe-bebé.
• Dificuldade do bebé em se autorregular e mostrar interesse no mundo.
• Dificuldade do bebé em envolver-se na relação com o outro e em estabelecer relações
diferenciadas.
• Ausência de reciprocidade interativa e de capacidade de iniciar interação.
• Perturbações alimentares graves com cruzamento de percentis e sem causa orgânica
aparente.
• Insónia grave.
93
Na Idade Escolar
• Dificuldades de aprendizagem sem défice cognitivo e na ausência de fatores pedagógicos
adversos.
• Recusa escolar.
• Hiperatividade / agitação (excessiva ou para além da idade normal).
• Ansiedade, preocupações ou medos excessivos.
• Dificuldades em adormecer, pesadelos muito frequentes.
• Agressividade, violência, oposição persistentes, birras inexplicáveis e desadequadas para
a idade.
• Dificuldades na socialização, com isolamento ou relacionamento desadequado com pares
ou adultos.
• Somatizações múltiplas ou persistentes.
Na Adolescência
• Incapacidade para lidar com problemas e atividades quotidianas.
• Somatizações múltiplas ou persistentes.
• Humor depressivo, ideação suicida, tentativas de suicídio, isolamento relacional.
• Ansiedade excessiva.
• Alterações do pensamento e da perceção.
• Sintomatologia obsessivo-compulsiva.
• Insónia grave, persistente.
• Restrição alimentar, preocupação com o peso, comportamentos purgativos.
• Passagens ao ato impulsivas (agressivas ou sexuais), comportamentos autoagressivos,
fugas.
• Comportamentos antissociais repetidos.
Situações Particulares
As situações de negligência, maus-tratos, abuso sexual ou outras que exijam uma proteção
imediata da criança/adolescente devem ser referenciadas com a maior brevidade possível ao
Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NACJR) do Centro de Saúde, à Comissão de
Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da área ou diretamente ao Tribunal de Menores.
94
Parentalidade como Foco de Atenção de Enfermagem
Exercício Parental
O desenvolvimento da criança não se faz de forma linear, pelo que os pais estão em constante
adaptação … cada etapa despoleta novas necessidades o que representa uma janela de
oportunidade para educação parental.
Processo de transição que pode levar a uma crise. Nós focamo-nos nas respostas aos
processos de transição, para conseguirem fazer uma transição saudável.
Estes processos de transição afetam a criança
Diagnósticos Relacionados
Domínio 7 - Relações de Papel
Definição – Ligações positivas e negativas entre pessoas ou grupos de pessoas e a forma como
essas relações são demonstradas.
Classe Diagnósticos
Papel de Cuidador Potencial para melhorar a
parentalidade Parentalidade
Comprometida
Risco de Parentalidade
Comprometida
Relações Familiares Risco de vinculação comprometida
Desempenho do papel Conflito no papel parental
Desempenho de papel ineficaz
95
Potencial para melhorar a parentalidade
Definição: Disposição para melhorar o papel parental
Características Definidoras
• A criança expressa desejo para melhorar o ambiente de casa.
• Os pais expressam desejo de melhorar a parentalidade
• Os pais expressam o desejo para aumentar o suporte emocional.
• Os pais expressam o desejo de aumentar o suporte emocional de outras pessoas
dependentes
96
Parentalidade Comprometida
Definição: Incapacidade para criar, manter ou recuperar um ambiente que promova o ótimo
crescimento e desenvolvimento da criança.
Características Definidoras
Lactente ou criança
Alterações de comportamento (e.g. Deficit História de abuso e trauma (e.g. funcionamento,
de Atenção, posição desafiante). psicológico, sexual).
Atraso desenvolvimento cognitivo. Funcionamento social comprometido
Ansiedade da separação diminuída. Comportamento de ligação/vinculação
Acidentes frequentes. insuficiente
Mau desempenho escolar
Fugas
Pais
Abandono Cuidados inconsistentes
Capacidade diminuída para cuidar da criança Rigidez na resposta às necessidades da criança
Diminuição de afeto/carinho Incapacidade percebida para responder às
Interação pais-criança alterada necessidades da criança
Frustração com a criança Perceção de inadequação no papel
História de abuso na infância Punição
Hostilidade Rejeição da criança
Cuidados inadequados á criança Falar negativamente sobre a criança
Habilidades para cuidar inadequadas Ambiente doméstico inseguro
Condições para o cuidado infantil
inadequadas.
Estimulação inadequada
Comportamento inconsistente
97
Instrumentos para o Diagnóstico
Exemplo:
• Avaliação dos conhecimentos e habilidades dos pais (gravidez e até 6 meses de vida do
latente)
• Diagnóstico das necessidades de aprendizagem
• Quais os tipos de vinculação? – Ver tabela na aula de instrumentos de avaliação familiar
• Como se observam os comportamentos?
Intervenção de Enfermagem
Os pais como recurso para otimizar a saúde dos filhos
Exemplos:
• Orientação Antecipatória
• Promoção do papel parental
• Promoção da vinculação
• Promoção da integridade familiar
• Proteção contra abusos
• Apoio ao cuidador.
Orientação antecipatória
Definição: Preparação do cliente para uma crise futura de desenvolvimento e/ou
circunstância.
Classe: Ajuda para o enfrentamento (coping)
Abordagem baseada na capacitação e no desenvolvimento
Processo através do qual os profissionais de saúde identificam os assuntos que a criança e
família enfrentam e orientam de forma consistente baseados no desenvolvimento das
crianças.
Deve ser: Oportuna , Apropriada , Relevante
98
Princípios
1. Valorize e compreenda a relação que estabelece com os pais
2. Reconheça o que traz para a interação
3. Focalize-se na relação pais-criança
4. Utilize o comportamento da criança como a sua linguagem
5. Procure oportunidades para apoiar a mestria
6. Valorize a paixão onde quer que a encontre
7. Esteja disponível para discutir assuntos que vão para além do seu papel tradicional
8. Valorize a desorganização e a vulnerabilidade como uma oportunidade
Considerações Gerais
• Suporte ao desenvolvimento emocional e comportamento infantil
• Oportunidades de intervenção com a criança
• Respostas parentais aos Touchpoints
99
Touchpoints Previsíveis
• Gravidez
• Recém-nascido: (1ª sem; 3ª sem)
• 6-8 semanas
• 4 Meses
• 7 Meses
• 9 Meses
• 12 Meses
• 15 Meses
• 18 Meses
• 2 anos
• 3 anos
100
Princípios mobilizados na orientação
• Valorize e compreenda a relação que estabelece com os pais.
• Reconheça o que traz para a interação.
• Focalize na relação pais-criança.
• Utilize o comportamento da criança como a sua linguagem.
• Procure oportunidades para apoiar a mestria.
• Valorize a paixão onde quer que a encontre.
• Esteja disponível para discutir assuntos que vão para além do seu papel tradicional.
• Valorize a desorganização e a vulnerabilidade como uma oportunidade.
Conhecimento da família
O que conhece sobre esta família?
O que o interpela nesta situação? Fatos positivos e negativos
O que sabe acerca deste tipo de família?
O que o interpela nesta situação? Fatos positivos e negativos
Como é que este conhecimento afeta a sua interação com a família?
Evidência
• Qual é o desenvolvimento típico da criança neste touchpoint?
• Como avalia a desorganização da criança?
• Quais foram os temas típicos para os pais neste touchpoint?
• Quais foram as respostas parentais à desorganização e qual é a sua interpretação?
Observação da Interação
• O que observou na interação dos pais com a criança?
• O que observou no comportamento da criança?
o Qual é o sentido que atribui a estes comportamentos?
101
Etapa V: Encaminhamento dos filhos e saída de casa
Funcionalidade
• Assunção de papeis
• Redefinição de papeis
• Dividir responsabilidade
• Tomada de decisão
• Gestão de Recursos
102
Tarefa 1 - RENEGOCIAÇÃO DO SISTEMA CONJUGAL COMO DÍADE
• Dispõem pela primeira vez de recursos económicos para gastar apenas consigo
• Possibilidade de empreender novas atividades e concretizar projetos
• Síndrome de “ninho vazio”
• Pais dependentes no autocuidado dos filhos que assumem o papel do cuidador familiar
• Filhos dependem economicamente dos pais- vivencia em conjunto reduz gastos
• Famílias em sistema de porta giratória
103
Considerações Gerais
• Partilha Passiva/Ativa
• Construção Interativa
• Aprendizagem Colaborativa
• Suporte Partilhado
• Estratégias co construídas
Famílias em “Sanduíche”
São constituídas por:
• Trabalhadores no ativo
• Cuidadores dos filhos
• Cuidadores dos pais
104
Aprender a ser avós
Existem várias formas de ser avós (Oliveira (2012))- três tipos de avós:
• Cuidadores
• Companheiros ´
• Distantes
105
Limitação no exercício do autocuidado
• Alimentar
• Auto Elevar-se
• Cuidar da Higiene
• Arranjar-se
• Tomar Banho
• Usar os Sanitários
• Vestir ou Despir-se
• Divertir-se
• Transferir-se
• Virar-se
Desafios da enfermagem
Enfermeiro Parceiro das Famílias
106
Etapa VI – Última fase da vida familiar
Principais Eventos:
• Cônjuges idosos
• Lidar com a reforma
• Lidar com doença incapacitante
• Rutura com a família através da morte
• Necessidade de mudar ou ajustar a residência
107
Tarefa 2 - Exploração das novas opções de papéis familiares e sociais
• Ser avós
• Ser sogros
• Mudança de status dos membros idosos da família
• Independência versus dependência
Considerações Gerais
• Viuvez e suas consequências
• Necessidade de preparar a própria morte
• Cuidar de assuntos inacabados
• Fazer a revisão de vida e dar sentido à sua vida
• Transmitir informações às gerações sucessoras
108
• Família prestador de cuidados
• (Re)internamento hospitalares
• Doenças agudas e/ou crónicas, agudização de doenças crónicas, doença incapacitante
(dependência no autocuidado)
• Doença Prolongada, sofrimento e morte
Luto
“Processo de luto experienciado pela família após a perda de um ente querido ou de algum
bem material ou imaterial, com manifestação de sofrimento acompanhado por sintomas
físicos e emocionais em mais do que um membro da família, ambiente familiar de luto e
sofrimento, tristeza partilhada e desorganização temporária das rotinas familiares.”
Luto Familiar
109
Comportamentos após a perda
• Distúrbios do sono (insónias ou hipersónia)
• Distúrbios do apetite
• Comportamentos de distração ("andar aéreo")
• Isolamento social
• Sonhos com a pessoa falecida
• Evitar lembranças da pessoa falecida
• Procurar e chamar pelo ente perdido
• Suspirar e chorar
• Hiperatividade / agitação
• Visitar sítios ou transportar objetos que lembrem a pessoa perdida
• Guardar objetos que pertenciam ao falecido
Luto Antecipatório
“Processo pelo qual os sobreviventes vão assumindo o papel de enlutados e começam (ou
não) a elaborar as mudanças emocionais associadas à morte previsível do seu familiar”
Mais frequente em doenças de evolução prolongada
Luto pós-morte
Processo socialmente mais visível e expresso pelo vestir de luto. No luto pós-morte estamos
centrados numa perda do passado, no antecipatório estamos centrados numa perda que está
à frente
Transversal a todas as situações de morte
110
Processo de elaboração do luto
No processo de luto, os familiares adaptam-se à perda por etapas, Worden (1998) refere que:
• 1ª etapa: Aceitar a realidade da perda
• 2ª etapa: Experimentar a dor da perda
• 3ª etapa: Adaptação ao meio em que a pessoa faleceu
• 4ª etapa: A capacidade da pessoa em reposicionar em termos emocionais a pessoa que
faleceu.
111
Tipologias de elaboração do Luto
• Integrado
• Psicopatológico
• Complicado
O objetivo é a integração do luto
112
Critérios clínicos do Luto complicado
Influenciado por
• Rede familiar e social
• Contexto sociopolítico e histórico da perda
• Contexto soxiocultural da morte
• Situação de Perda
• Altura da perda no ciclo de vida da família
113
Necessidades das famílias com membros em fim de vida
Sete necessidades fundamentais nos familiares dos doentes em fase terminal hospitalizados:
• Acompanhar e ajudar o familiar moribundo;
• Ser informado quanto ao estado de saúde do doente;
• Ser informado quando o doente está prestes a morrer;
• Saber que o doente está o mais confortável possível;
• Expressar livremente as emoções;
• Ser apoiado pelos outros membros da família;
• Ser compreendido e apoiado pelos profissionais de saúde.
Desafios da Enfermagem
• Enfermeiro Parceiro das Famílias
• Manter a funcionalidade familiar
• Restaurar e manter a saúde familiar
• Cuidar na morte e luto
• Ajudar os familiares cuidadores
• Evitar ou reduzir o efeito da doença crónica e hospitalizações
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