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59PRT DM 003SedaoeAnalgesiaemPediatriaverso2
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TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PRT.DM.003 - Página 1/15
PROTOCOLO CLÍNICO
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Título do SEDAÇÃO E ANALGESIA EM PEDIATRIA Emissão: 30/11/2021 Próxima revisão:
Documento Versão: 2 30/11/2023
SUMÁRIO
1. SIGLAS E CONCEITOS...................................................................................................................1
2. OBJETIVOS...................................................................................................................................1
3. PÚBLICO ALVO.............................................................................................................................1
4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO...................................................................................1
5. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES................................................................1
6. DEFINIÇÕES..................................................................................................................................1
7. SEDAÇÃO E ANALGESIA................................................................................................................2
8. TRATAMENTO..............................................................................................................................6
9. PRINCÍPIOS DO MANEJO DE DOR EM PEDIATRIA.......................................................................12
10. REFERÊNCIAS..............................................................................................................................13
11. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO......................................................................................14
1. SIGLAS E CONCEITOS
AINES - Anti-Inflamatórios Não-Hormonais
BNM - Bloqueadores Neuromusculares
DM – Divisão Médica
EV/IV – Endovenoso/Intravenoso
HC-UFTM – Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
IM – Intramuscular
IN – Intranasal
NIPS - Neonatal Infant Pain Scale
OMS - Organização Mundial de Saúde
PIC – Pressão Intracraniana
PRT – Protocolo
RN - Recém-Nascido
SC - Subcutâneo
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
VM - Ventilação Mecânica
VO – Via Oral
2. OBJETIVOS
Orientar os profissionais do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro (HC-UFTM) para o uso adequado de sedação/analgesia do paciente pediátrico com a
finalidade de evitar a síndrome de abstinência.
3. PÚBLICO ALVO
Profissionais que atuam diretamente no cuidado dos pacientes pediátricos.
6. DEFINIÇÕES
Dor: experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesões reais ou potenciais.
No entanto, cada vez mais tem se caracterizado a dor como tudo aquilo que o paciente refere como
dor.
Sedação: estado de depressão do nível de consciência induzido por drogas, em diferentes
níveis de intensidade. De acordo com as doses administradas e respostas individuais, o resultado
varia desde a consciência com leve tranquilidade até à inconsciência.
Sedação mínima: estado induzido por drogas durante o qual o paciente responde
normalmente ao comando verbal, porém com algum comprometimento na coordenação e funções
cognitivas, mantendo preservadas as funções cardiovasculares e respiratórias.
Sedação moderada (“sedação consciente”): estado induzido por drogas no qual o paciente
responde ao comando verbal com ou sem leve estímulo táctil. A via aérea está preservada bem
como a ventilação espontânea. A função cardiovascular está normalmente mantida.
Sedação profunda: estado de inconsciência induzido por drogas no qual o paciente não
apresenta resposta ao comando verbal e perde os reflexos protetores. Só há resposta a estímulos
dolorosos profundos. As funções cardiovasculares estão geralmente mantidas, enquanto que o
suporte respiratório é necessário.
Anestesia: é um estado induzido por drogas em que há perda total da consciência. Ocorre
depressão respiratória e ausência de atividade neuromuscular, sendo mandatório suporte
respiratório. As funções cardiovasculares podem estar comprometidas.
7. SEDAÇÃO E ANALGESIA
A sedação reduz o estado de consciência, enquanto a analgesia reduz ou elimina a
percepção da dor. Muitos analgésicos têm algum efeito sedativo, porém poucos sedativos detêm a
propriedade da analgesia.
Um dos aspectos importantes do alívio da dor em pediatria implica o entendimento
dos métodos de avaliação da dor e de seu uso. A dor pode ser avaliada em crianças com uso de
parâmetros fisiológicos, observação comportamental e auto relato. O paciente com dor apresenta
taquicardia, dilatação pupilar, sudorese e vasoconstricção periférica. Nenhuma avaliação da dor
deve ser baseada apenas nesses parâmetros, aliam-se a escalas validadas para sua adequada
mensuração. As escalas de avaliação de dor foram validadas para o uso na pediatria, levam em conta
a fase de desenvolvimento da criança (idade verbal ou pré-verbal) e sua capacidade cognitiva de
relatar a dor.
Quando utilizar:
Crianças graves (Nível A de Recomendação);
Ventilação mecânica (VM) / intubação orotraqueal;
Alteração do padrão de sono associada à desorientação, distúrbios psicológicos e fadiga;
Procedimentos invasivos (cateterização vesical/punção lombar/punção de acessos venosos);
Pós-cirúrgico;
Hipertensão intracraniana;
Hipertensão pulmonar.
Aplicar a escala a cada 6 horas ou de acordo com as condições clínicas do paciente;
Cópia Eletrônica não Controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
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Escalas faciais
Em crianças menores, as escalas faciais baseadas em figuras são de fácil uso por não
necessitarem de conhecimento numérico ou de certas palavras (Imagem 4).
8. TRATAMENTO
1 - Sedativos
Droga Dose Pediátrica Início Duração Observação
Hidrato de cloral Via Oral (VO): 25-75 VO: 10-20 VO: 4 a 8 Efeitos não confiáveis se
mg/kg minutos (min) horas idade > 3 anos
Após 30 min, pode-se Não interfere no
repetir de 25-50 mg/ kg eletroencefalograma
Dose máxima (máx):
1g (lactentes) e 2g
(crianças) ou 120 mg/ kg
Dose máx. diária: 2 g
Diazepam EV: dose inicial 0,04 a 0,3 EV: 1 a 3 min EV: 15 a 30 Sedação, controle
mg/ kg a cada 2-4 horas min motor, redução de
Dose máxima ansiedade, sem efeito
0,6mg/kg/8horas analgésico.
Maior depressão
respiratória quando
usado com combinação
com outros
neurodrepressores.
Lorazepam VO: 0,05 mg/kg/dose a VO: 60 min VO: 8 a 12 - Meia vida longa, usado
cada 4 a 8 horas (0,02 a horas para o tratamento de
0,1 mg/kg/dose) abstinência;
Dose máxima: 2 mg - Apresentação
endovenosa até o
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2 - Analgésicos
Os principais objetivos do tratamento da dor pediátrica são reduzir, controlar e
prevenir a dor. O manejo varia de acordo com o tipo, fonte, gravidade e duração da dor:
Dor leve - a dor leve geralmente pode ser tratada adequadamente com analgésico comum e
anti-inflamatórios não-hormonais (AINES).
Dor moderada a intensa - A dor moderada a intensa geralmente é tratada com agentes
opioides, geralmente em combinação com analgésicos não opioides.
3 - Drogas Dissociativas
Droga Dose Pediátrica Início Duração Observação
Ketamina EV: 0,5 a 2 mg/kg EV: 30 seg Dissociação - Agende dissociativo com
Infusão: 5 a 20 IM: 3 a 4 min EV: 5 a 10 min propriedades analgésicas e
mcg/kg/min IM 12 a 25 min sedativas;
Titular para o efeito Recuperação - Sonhos desagradáveis ou
desejado EV: 1 a 2 horas alucinações raras em
IM: 3 a 7 mg/ kg IM: 3 a 4 horas crianças;
- Frequentemente
administrado com atropina
ou glicopirolato para
controlar hipersalivação;
- Aumenta a PIC;
- Pode melhorar o
broncoespasmo.
Infusão:5- cardiovascul
15mcg/kg/h ares
Cisatracúrio Não Bolo inicial: 3-4 30 Não Sem efeitos
despolarizante 0,15 metabolizad cardiovasculares
Infusão: o em fígado
1,5mcg/kg/h e rim
O segundo degrau é utilizado para o tratamento de dores leves a moderadas e inclui a adição
de um opioide fraco, quando falhou a prescrição anterior. Para as crianças é indicado o tramadol.
O terceiro degrau substitui o opioide fraco por um forte que, no Brasil, inclui a morfina,
recomendado para o controle de dores moderadas a graves que não são aliviadas com a prescrição
do segundo degrau.
10. REFERÊNCIAS
1. LAGO, Patrícia M. et al. Analgesia e sedação em situações de emergência e unidades de
tratamento intensivo pediátrico. J Pediatr (Rio J) 79:S223-S230, 2003.
2. HARRIS J et al. Clinical recommendations for pain, sedation, withdrawal and delirium
assessment in critically ill infants and children: an ESPNIC position statement for healthcare
professionals. Intensive Care Med , 42:972–986, 2016.
3. BARTOLOME, Santiago Mencía; CID, Jesús López-Herce; FREDDI, Norberto. Sedação e
analgesia em crianças: uma abordagem prática para as situações mais frequentes. J Pediatr;
83(2):S71-82, 2007.
4. PIVA E CELINY. Medicina Intensiva em Pediatria. 2ª EDIÇÃO. REVINTER. 2014.
5. SILVA, Yerkes Pereira e et al. Sedação e analgesia em neonatologia. Rev. Bras. Anestesiol,
57:5, p. 575-587, 2007.
6. Ramalho CE, Bretas PM, Schvartsman C, Reis AG. Sedation and analgesia for procedures in the
pediatric emergency room. J Pediatr (Rio J). 2017;93:2---18
7. WHO Guidelines on the Pharmacological Treatment of Persisting Pain in Children with
Medical Illnesses. World Health Organization, 2012.
11.HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO