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ITU 2021....... 19 Valores
ITU 2021....... 19 Valores
PROJECTO TECNOLÓGICO
INFECÇÃO URINÁRIA
Luanda/2021
Conhecimento, Atitude e Prática sobre a Infecção Urinária nos Estudantes da 12ª classe do
Instituto Técnico Privado de Saúde - Cristo Saúde de Janeiro à Março de 2021.
INTEGRANTES DO GRUPO Nº 8
Luanda/2021
FOLHA DE ROSTO
Conhecimento, Atitude e Prática sobre a Infecção Urinária nos Estudantes da 12ª classe do
Instituto Técnico Privado de Saúde - Cristo Saúde de Janeiro à Março de 2021.
BANCA EXAMINADORA
Presidente __________________________Assinatura___________________
Iº Vogal ____________________________Assinatura___________________
I
Luanda/2021
II
DEDICATÓRIA
Dedicamos o nosso trabalho aos nossos queridos pais que têm nos apoiado financeiramente e
emocionalmente;
Dedicamos aos nossos familiares, colegas e amigos que nos encorajaram e nos impediram de
desistir dos nossos sonhos;
III
AGRADECIMENTOS
A Direcção do ITPS- Cristo Saúde, em especial ao Promotor Nsimindele Diapanga André que
sabiamente soube nos orientar durante estes 4 anos de formação;
Ao nosso tutor e orientador Rodrigues José, por ter dedicado a nós o seu precioso tempo para
nos orientar;
Ao co-orientador Germano Nascimento, por ter dedicado a nós o seu tempo para nos orientar;
IV
EPIGRÁFE
V
RESUMO
O presente trabalho aborda sobre a Infecção Urinária que é definido como “um quadro
infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, ureteres,
bexiga e uretra. Tendo o objectivo de avaliar o conhecimento, atitude e prática dos estudantes
da 12ª classe do ITPS- Cristo Saúde sobre infecção urinária de Janeiro à Março de 2021; para
a obtenção dos resultados foi utilizado um estudo, observacional, descritivo e transversal com
abordagem quantitativa de 70 sujeitos, seleccionados com uma técnica de amostragem
aleatória simples; Para a recolha de dados utilizou-se um questionário contendo perguntas
fechadas que nos permitiu chegar aos seguintes resultados: verificou-se que a faixa-etária com
maior predomínio situa-se entre 17 - 21 anos de idade com 50%, maioritariamente do sexo
feminino com 69%, e 100% dos estudantes sabem o que é a infecção urinária. No que
concerne os factores de risco da infecção urinária, 47% dos estudantes alegam o contacto com
vários parceiros sexuais; lamentavelmente 66 % dos estudantes não sabem as causas da ITU;
no que tange ao quadro clínico, 46% referiram sensação de queimação ao urinar; das
complicações das ITU 27% afirmam os abortos de repetição; finalmente sobre a atitude a ter
quanto a pacientes com o diagnóstico da ITU, 33% disseram administrar medicamentos.
Depois da apresentação e interpretação destes resultados, pode-se concluir que os estudantes
de Enfermagem do ITPS- Cristo Saúde, têm conhecimento das ITUs, das suas complicações.
Embora tendo esse conhecimento, lamentavelmente não percebem as reais causas, isto
impossibilitará a tomada da atitude e a implementação da boa prática quando a cuidado de
enfermagem a aplicar a doentes.
VI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
VII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Distribuição dos estudantes segundo a Idade.......................................................................27
Tabela 3- Distribuição dos s estudantes quando questionados se sabe o que é a infecção urinária.....29
Tabela 4- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre os factores da infecção urinária...30
Tabela 5- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre as causas da infecção urinária.....31
Tabela 6- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre o quadro clínico da infecção
urinária....................................................................................................................................................32
Tabela 8- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre o que podes fazer quando saberes
que o paciente é diagnosticado com a infecção urinária........................................................................34
VIII
SUMÁRIO
FOLHA DE ROSTO................................................................................................................I
DEDICATÓRIA.....................................................................................................................II
AGRADECIMENTOS..........................................................................................................III
EPIGRÁFE............................................................................................................................IV
RESUMO...............................................................................................................................V
LISTA DE TABELAS.........................................................................................................VII
CAPITULO 1- INTRODUÇÃO...............................................................................................10
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.....................................................................................12
JUSTIFICATIVA..................................................................................................................13
OBJECTIVO.........................................................................................................................14
Objectivo Geral..................................................................................................................14
Objectivos Específicos......................................................................................................14
2.2- Epidemiologia................................................................................................................16
2.6- Fisiopatologia.................................................................................................................20
CAPITULO 3- METODOLOGIA............................................................................................25
3.3-População em estudo.......................................................................................................25
3.4- Amostra..........................................................................................................................25
3.6-Procedimento ético:........................................................................................................26
3.9-Variáveis.........................................................................................................................26
CONCLUSÃO......................................................................................................................35
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................37
APENDÊCES
ANEXOS
X
CAPITULO 1- INTRODUÇÃO
As infecções do trato urinário são responsáveis por cerca de 7 milhões de consultas por ano, e
são o factor complicador em cerca de 1 milhão de internações por ano nos Estados Unidos, as
ITU são muito prevalentes no ser humano, ocupando o segundo lugar, logo a seguir às
infecções respiratórias (JOSÉ e DIAS, 2011, p. 123).
Cerca de 40 a 50% das mulheres experimentam uma infecção urinária durante sua vida adulta.
Devido a sua prevalência e potencial morbilidade deve ser plenamente conhecida pelos
médicos. O termo infecção do trato urinário (ITU) é bastante amplo e abriga desde a infecção
assintomática da urina até as infecções sintomáticas com invasão tecidual pelos
microrganismos e inflamação das estruturas do trato urinário (ALVES e AERTS, 2007).
O processo infeccioso pode envolver rins, pelve renal, ureteres, bexiga e uretra, bem como as
estruturas adjacentes, fáscia perinefrética, próstata e epidídimo. As bactérias são a causa mais
comum das infecções urinárias, porém fungos e vírus também podem estar envolvidos
(ARRAIS e CUNHA, 2017).
A ITU caracteriza-se pela presença de bacteriúria significativa definida pela presença de> 105
UFC/mL e que diferencia a colonização e a multiplicação de bactérias na urina, da
contaminação pelas bactérias presentes na uretra distal que pode ocorrer durante a colecta do
material. As infecções do trato urinário podem ser classificadas em baixas ou altas;
complicadas ou não complicadas (PFEFERMAN e SCHOR , 2003).
11
A urina é um meio de cultura que sofre grandes variações; sabe-se que concentrações altas de
ureia, pH baixo, hipertonicidade e presença de ácidos orgânicos são desfavoráveis ao
crescimento de bactérias. Os mecanismos de defesa incluem a dinâmica do fluxo urinário e as
propriedades antibacterianas do epitélio trato urinário. As infecções do trato urinário ocorrem
como resultado da interacçãoentre a virulência do microrganismo e factores biológicos e
comportamentais do hospedeiro em oposição a esses mecanismos de defesa. Há três possíveis
rotas por meio das quais os microrganismos podem invadir o trato urinário – via ascendente,
via hematológica e via linfática (ARAÚJO, FERREIRA, et al., 2007).
Via ascendente: o microrganismo poderá atingir através da uretra, a bexiga, uréteres e o rim.
Esta via é a mais frequente, principalmente em mulheres (pela menor extensão da uretra) e em
pacientes submetidos à instrumentação do trato urinário.
Via hematogénica: ocorre devido a intensa vascularização do rim podendo o mesmo ser
comprometido em qualquer infecção sistémica; é a via de eleição para ITU(s) por alguns
microrganismos como Staphylococcusaureus, Mycobacteriumtuberculosis, Histoplasmaspp.,
sendo também a principal via das ITU(s) em neonatos.
Via linfática: é rara embora haja a possibilidade de microrganismos alcançarem o rim pelas
conexões linfáticas entre o intestino e o rim e/ou entre o trato urinário inferior e superior
(JARBAS, SOARES e MIRANDA, 2016).
As infecções do trato urinário ocorrem geralmente por via ascendente. Os bacilos e outros
microrganismos que geralmente estão presentes no intestino grosso colonizam a uretra distal e
entram na bexiga de forma intermitente e se estabelecem quando as condições são favoráveis.
Alguns factores favorecem a infecção por essa via, como o trauma uretral incluindo o que
ocorre nas mulheres durante a relação sexual. O uso de preservativos parece potencializar
esses efeitos, assim como o uso do diafragma associado à espermicida. Há um trabalho
publicado que sugere que o espermicida causa aumento da colonização vaginal por
uropatogénico por diminuir a colonização por Lactobacilos, permitindo um aumento da
colonização por Escherichia coli. O facto de a ITU ser mais comum em mulheres do que em
homens suporta a importância da rota ascendente, visto que a uretra feminina é mais curta e
está mais próxima a áreas densamente colonizadas, como a região perianal e vulvar
(ANVISA, 2004).
12
PROBLEMATICA
Constatar que as infecções do trato urinário são responsáveis por cerca de 7 milhões de
consultas por ano, e são casos muito prevalentes no ser humano, ocupando o segundo lugar,
logo a seguir às infecções respiratórias. Isso levou-nos a fazer a seguinte pergunta: Que
conhecimento, atitude e prática têm os estudantes da 12ª classe do ITPS- Cristo Saúde
sobre infecção urinária?
13
JUSTIFICATIVA
Para que nós como futuros técnicos possamos de qualquer forma contribuir no combate a
infecção urinária desde a prevenção até o tratamento adequado, de modo a reduzir o número
elevado de morbilidade da infecção urinária e também, servirá de instrumento de pesquisa
para as gerações vindouras.
14
OBJECTIVO
Objectivo Geral
Avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas dos estudantes da 12ª classe do ITPS- Cristo
Saúde sobre infecção urinária de Janeiro à Março 2021.
Objectivos Específicos
(1) Caracterizar a mostra quanto à idade, sexo;
(2) Descrever as causas e factores de riscos;
(3) Avaliar o conhecimento dos estudantes sobre o quadro clínico e as complicações da
infecção urinária.
15
CAPITULO 2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
16
A partir deste período, durante toda a infância e principalmente na fase pré-escolar, as
meninas são acometidas por ITU 10 a 20 vezes mais do que os meninos. Na vida adulta, a
incidência de ITU se eleva e o predomínio no sexo feminino se mantém, com picos de maior
acometimento no início ou relacionado à actividade sexual, durante a gestação ou na
menopausa, de forma que 48% das mulheres apresentam pelo menos um episódio de ITU ao
longo da vida. Na mulher, a susceptibilidade à ITU se deve à uretra mais curta e a maior
proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e uretra (PFEFERMAN, 2003).
No meio hospitalar são as mais frequentes entre as infecções nosocomiais em todo o mundo.
Do ponto de vista prático, por convenção, define-se como ITU tanto as infecções do trato
urinário baixo Cistites e como as do trato urinário alto Pielonefrite (ALMEIDA, SIMÕES e
RADDI, 2007).
2.2- Epidemiologia
17
De modo geral, cerca de 10% dos pacientes submetidos à cateterização das vias urinárias de
curta duração desenvolve infecção, o que resulta em 1,5 milhão de infecções do trato urinário
associadas a cateter nos Estados Unidos por ano. As infecções do trato urinário são a causa
mais frequente de sepse por gram-negativo nos pacientes internados; cerca de 50% das
infecções hospitalares se originam de infecções associadas à cateterização ou outros
procedimentos urológicos(ALVES, ASSIS, et al., 2010).
(BONTRAGER, 2015)
Estrutura de um
néfron
Fonte: (Tortora e
Derrickon, 2016, p. 1342)
18
O sistema urinário humano é responsável pela produção, transporte e eliminação da urina,
sendo constituído de dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Esse sistema
colabora para a manutenção da homeostasia, produzindo a urina, através da qual são
eliminados diversos resíduos do metabolismo e água, electrólitos e não electrólitos em
excesso no meio interno. A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é
lançada ao exterior pela uretra. O uréter percorre obliquamente a parede da bexiga, formando
uma válvula que evita o refluxo de urina aos rins. Esse mecanismo é eficaz para defender os
rins das infecções urinárias das vias inferiores. Além disso, a acidez da urina normal possui
algumas propriedades antimicrobianas, que durante a micção, tende a remover os
microorganismos potencialmente infecciosos. A mucosa também é formada por um epitélio
de transição e por lâmina própria de tecido conjuntivo que varia de frouxo ao denso
(PFEFERMAN, 2003).
Já a superfície luminal da bexiga é revestida por um epitélio estratificado denominado
urotélio, o qual constitui a primeira linha de defesa da bexiga e a interconexão entre os
microorganismos patogénicos e o mecanismo de defesa do hospedeiro. Além disso, apresenta
várias funções, podendo destacar o controlo da permeabilidade, respostas imunes, actua como
uma barreira que mantém a composição iónica e o soluto da urina e impede que patógenos e
metabólicos tóxicos penetrem a parede vesical (ARRAIS e CUNHA, 2017). Entretanto,
mesmo a bexiga apresentando vários mecanismos de defesa, é considerada o principal local
de infecção em cerca de 95% de todas as infecções do trato urinário.
19
A ITU, em paciente com ausência de qualquer evidência de anormalidade estrutural ou
funcional no trato urinário, se desenvolverá apenas quando a virulência bacteriana superar os
mecanismos normais de defesa dos hospedeiros. Ao transpor a defesa normal do sistema
imunológico e fisiológico do corpo os micro-organismos podem alcançar o trato urinário e
causar infecção através de três vias: a ascendente, a hematogênica devido à intensa
vascularização do rim, podendo o mesmo ser comprometido em qualquer infecção
sistêmicaavia linfática (KLEIN, 2016).
20
2.6- Fisiopatologia
21
O quadro clínico varia de bacteriúria assintomática ou irritação durante a micção podendo, em
determinadas situações, evoluir para choque séptico fatal. Uma infecção aguda do trato
urinário não complicada é definida como a presença de uropatógenos na parte inferior do trato
do urinário (cistite), causando sintomas em mulheres saudáveis e não grávidas sem alteração
anatómica conhecida ou anormalidades funcionais. Os sintomas típicos são disúria, urgência e
frequência urinária aumentada (ARRAIS e CUNHA, 2017).
Apielonefrite aguda (infecção urinária alta) é, na maioria das vezes, um problema mais grave,
identificada clinicamente pela febre, dor no flanco, náuseas, e às vezes vómito, e pode ocorrer
em mulheres e homens em qualquer faixa etária. A infecção urinária não complicada é rara
em homens, onde qualquer infecção no sistema génito-urinário é normalmente considerada
complicada (MARCONI e LAKATOS, 2003).
22
2.10- Tratamento dos pacientes com ITUs
O tratamento das ITUs, na maioria das vezes, é iniciado e até finalizado de maneira empírica
pelo facto de que um tratamento precoce pode diminuir as taxas de morbidade e mortalidade
(PFEFERMAN, 2003).
De acordo com a (SBU), 2004, o tratamento da ITU de vias baixas em mulheres adultas, com
duração de 3 dias é mais eficaz do que com dose única. É recomendado o uso de um dos
seguintes antimicrobianos: ácido pipemídico, ampicilinas, amoxacilinas, cefalosporinas,
fluorquinolonas, fosfomicinas, nitrofurantoína, quinolonas e sulfametoxazol+trimetoprima.
23
Alterações comportamentais a conduta na ITU recorrente devem começar com pesquisa e
correcção de factores de risco, já mencionados anteriormente, quando possível. Algumas
medidas preventivas são relevantes, visto que o uso de cateter é o principal factor relacionado
a ITU (ALVES, ASSIS, et al., 2010).
Inserir cateteres vesicais somente para indicações apropriadas, mantendo somente o tempo
necessário. Dar preferência à cateterização intermitente. Avaliar a possibilidade de métodos
alternativos para eliminação da urina, como: ◦ estímulo da eliminação urinária pelo som da
água corrente; aplicação de bolsa morna na região supra púbica; realização de pressão
delicada em região supra púbica; oferecer comadres e papagaios; utilizar fraldas, auxiliar e
supervisionar idas ao banheiro; utilizar condon (colector urinário externo) em homens
(ALVES e AERTS, 2007).
Garantir que a inserção, manutenção e retirada do dispositivo seja realizada por pessoa
treinada e qualificada, através de educação em serviço. A técnica para execução dos
procedimentos deve obedecer as rotinas ou normativas vigentes quanto a inserção,
manutenção, remoção (RAFAELLA OLIVEIRA, 2008).
24
tempo de internação dos pacientes, aumento do custo gerado pelas internações, potenciais
complicações e aumento da morbidade e mortalidade (ARRAIS e CUNHA, 2017).
A idade avançada, sexo feminino, disfunções anatómicas e doenças subjacentes severas estão
entre os principais factores de risco associados às ITU. Mas, sem dúvida, a grande maioria
destas infecções, cerca de 80%, está associada ao cateterismo do trato urinário, sua duração,
manipulação, posicionamento e garantia de fluxo. Nesse sentido, a prevenção da infecção se
coloca como essencial na qualidade da assistência à saúde desta população. Uma maneira de
prevenção é por meio da avaliação da qualidade das práticas assistenciais pela formulação de
indicadores clínicos (ALMEIDA, SIMÕES e RADDI, 2007).
As principais orientações que o profissional enfermeiro deve realizar à gestante com infecção
urinária são: manter uma ingestão hídrica de no mínimo 2 litros por dia, isso aumenta a
quantidade de urina e impede que as bactérias se fixem na parede da bexiga causando
infecção; urinar frequentemente (no mínimo a cada 2 horas), pois isso ajuda na limpeza da
bexiga e uretra dificultando a infecção; urinar antes de dormir e após as relações sexuais para
a diminuição da entrada de bactérias na bexiga. Também devem ser evitados irritantes
urinários como chá, bebidas alcoólicas, café e refrigerantes do tipo cola; evitar banhos de
espuma ou aditivos químicos na água para que não haja variação do pH vaginal; realizar
higiene íntima 2 vezes ao dia. Forçar a saída de toda a urina da bexiga evitando a êxtase
urinária; urinar sentado e após urinar limpar a genitália de frente para trás evitando a
contaminação por bactérias vindas do trato intestinal. A importância da assistência de
enfermagem é para implementação de intervenções para reduzir o risco de infecções urinária e
o acompanhamento adequado. O enfermeiro tem papel fundamental nessa prática, já que o
mesmo é responsável pelo cuidado dos pacientes (KLEIN, 2016).
25
CAPITULO 3- METODOLOGIA
O estudo foi realizado no ITPS- Cristo Saúde, distrito urbano 11 de Novembro. Localizado
em Luanda no município de Cazenga, cujos pontos de referência são:
A norte faz fronteira com a 14ª Esquadra Policial;
A este faz fronteira com Empresa Lion;
A sul com o Supermercado Mel;
A oeste, com o mercado dos Kwanzas.
3.3-População em estudo
População é um grupo de seres que tem pelo menos uma característica em comum
(MARCONI e LAKATOS, 2003).
Neste contexto, a população alvo da nossa pesquisa foi constituída por 150 estudantes da 12ª
classe do ITPS- Cristo Saúde, sem distinção do sexo.
3.4- Amostra
Marconi e Lakatos, (2003), definem amostra como “uma parte seleccionada do universo,
população ou é um subconjunto de um universo”.
A nossa mostra é constituída por 70 estudantes que frequentam a 12ª classe no ITPS- Cristo
Saúde.
26
3.5-Critério de inclusão e exclusão
Foram incluídos todos estudantes maiores de 17 anos de idade, que frequentavam a 12ª classe
no ITPS- Cristo Saúde, que se disponibilizaram no momento oportuno do estudo. Sendo
assim, excluídos da pesquisa os estudantes do ITPS- Cristo Saúde que não frequentavam a 12ª
classe.
Após aprovação do pré-projecto, á Direcção da Escola, elaborou uma carta. Foi entregue uma
carta de consentimento livre esclarecido a cada estabelecimento que aceitou a nossa pesquisa.
Considerando o objectivo geral do estudo, achamos por bem, aplicar o método de inquérito, a
báse de um questionário com perguntas fechadas, elaborado pelos pesquisadores.
3.9- Variáveis.
27
CAPITULO 4- APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
De acordo a tabela nº 1, verificou-se que a faixa-etária com maior predomínio situa-se entre
17 - 21 anos de idade com 50%; seguido a faixa-etária de 22 - 26 anos de idade com 37%; em
terceiro lugar dos 27 - 31 anos com 7%;quarto 32 – 36 anos com 3% e por ultimo ≥ 37 anos
com 3%.
28
Tabela 2- Distribuição dos estudantes segundo o Sexo.
Sexo Frequência %
Masculino 22 31
Feminino 48 69
Total 70 100
Fonte: Fichas de inquérito.
29
Tabela 3- Distribuição dos estudantes quando questionados se sabem o que é a infecção
urinária.
Sim 70 100
Total 70 100
Fonte: Fichas de inquérito.
Como podemos observar nas Tabela nº 03, o 100% que constitui a nossa amostra
responderam sim sabem o que é a infecção urinária.
30
Tabela 4- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre os factores de riscos da
infecção urinária.
31
Tabela 5- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre as causas da infecção
urinária.
Nesta tabela nº 05, 66% dos estudantes não sabem não sabem as causas da ITU; em seguida
Escherichia Coli com 14%; Enterobacteria com 9%; Pseudomonas aeruginosa e
Staphylococcus saprophyticus ambos com 4%; Vírus de HPVcom 3%.
32
Tabela 6- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre o quadro clínico da
infecção urinária.
De acordo com a tabela nº 6, observa-se que 46% referiram sensação de queimação ao urinar;
40% disseram dor na região pélvica; 10% disseram febre; 3% desconhecem o quadro clínico e
1% disseram náuseas e vómito.
33
Tabela 7- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre as complicações da
infecção urinária.
Como podemos observar na tabela nº 7; das complicações das ITU 27% disseram aborto por
repetição; 24% disseram infertilidade feminina; 23% disseram infecção renal; 16% disseram
insuficiência renal; por fim 10% referiram que não sabem.
34
Tabela 8- Distribuição dos estudantes quando questionados sobre o que se pode fazer quando
saberes que o paciente é diagnosticado com a infecção urinária.
De acordo com a tabela nº 8; sobre o que se pode fazer quando saberes que o paciente é
diagnosticado com a infecção urinária, 33% disseram administrar medicamentos; 24%
disseram encaminhar para uma unidade hospital; 23% disseram dar orientação; 16% disseram
ouvir o paciente atentamente; e 3% disseram não sabem.
35
CONCLUSÃO
No que concerne os factores de risco da infecção urinária, 47% dos estudantes alegam o
contacto com vários parceiros sexuais; lamentavelmente 66 % dos estudantes não sabem as
causas da ITU; no que tange ao quadro clínico, 46% referiram sensação de queimação ao
urinar; das complicações das ITU 27% afirmam os abortos de repetição;
Finalmente sobre a atitude a ter quanto a pacientes com diagnóstico da ITU, 33% disseram
administrar medicamentos.
Por esta razão, é imperioso que a direcção desta instituição reveja a grade curricular interna,
nas cadeiras de EPMC, Saúde colectiva e FDC, a fim de aprofundarem mais sobre os
patogénos das diversas infecções.
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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39
APÊNDICES
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO/SAÚDE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE - CRISTO SAÚDE
FICHA DE INQUÉRITO
Título: Conhecimento, Atitude e Prática sobre a Infecção Urinária nos Estudantes da
12ª Classe do ITPS- Cristo Saúde de Janeiro á Março 2021.
INQUÉRITO
O presente inquérito é anónimo e confidencial, visa recolher informações sobre
Conhecimento, Atitude e Prática sobre a Infecção Urinária nos Estudantes da 12ª Classe do
ITPS- Cristo Saúde de Janeiro á Março 2021.
Agradecemos que marque apenas com um (x) dentro dos quadrados a resposta que achares
correcta.
1- Faixa Etária
a) 17 - 21 anos______;
b) 22 - 26 anos______;
c) 27 - 31 anos______;
d) 32 - 36 anos______;
e) ≥ 37anos______;
2- Sexo
a) Masculino______;
b) Feminino ______;
a) Febre______;
b) Sensação de queimação ao urinar______;
c) Dor na região pélvica______;
d) Náuseas e vómitos______;
e) Não sei______;
7- Quais são as complicações da infecção urinária?
a) Infecção renal______;
b) Aborto______;
c) Hematúria______;
d) Insuficiência renal______;
e) Não sei______;
8- O que podes fazer quando saberes que o paciente é diagnosticado com a infecção
urinária?
a) Ouvir ao paciente atentamente______;
b) Dar orientação
c) Encaminhar para uma unidade hospitalar______;
d) Administrar medicamentos______;
e) Não sei______;
O Inquiridor O Participante
_________________________ ___________________
ANEXO