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GRUPOS DE RAÇAS
Introdução
Aqueles que sustentam a tese segundo a qual o atual cachorro doméstico descende
de uma única espécie primitiva, apontam como causa da diversificação as mutações
naturais, a ação de fatores ambientais, climáticos e reprodutivos, assim como a
domesticação, isto é, a intervenção do homem que, através dos tempos trabalhou
para obter a fixação das diferentes características físicas e psíquicas, apropriadas
para satisfazer distintos interesses de trabalho ou esportivos.
Todas estas causas atuando juntas ou separadas, teriam contribuindo para explicar
o polimorfismo dos cachorros e também se descendem, como outros sugerem, de
vários progenitores.
Com o passar do tempo, os cachorros assumiram papéis cada vez mais específicos
na vida do homem: especializaram-se em diversos sistemas de caça, guarda e
pastoreio de rebanhos, tração de trenós, e ainda em atividades de combate contra
outros animais. Podemos considerar que há nos dias de hoje, cerca de trezentas
diferentes raças de cachorros que são reconhecidas internacionalmente, além de
outras tantas raças de cães mais novas, que já obtiveram um registro provisório nas
associações cinófilas. As raças de cachorros estão divididas em 11 grupos caninos.
Grupo de raças
Neste segundo grupo das raças caninas, estão reunidas aquelas raças que
cumprem tradicionalmente as funções de cão de guarda e defesa desde tempos
distantes, e também as chamadas raças de utilidade, isto é, os cães trabalhadores,
que exercem com boa aptidão diversas atividades que auxiliam o homem. As raças
de cães pertencentes a esse grupo são: cães Pinschers, Schnauzers, Molossóides,
Boiadeiros e Montanheses suíços e raças assemelhadas.
O termo terrier provém da palavra latina "terra" que define os cães destinados a
caçar em terra, ou seja, na toca. Por serem pequenos, resistentes e, portanto, fáceis
de se manter, além de serem úteis nas diversas atividades de caça de toca, os cães
Terriers eram, em tempos não tão distantes, criados principalmente por pessoas de
poucos recursos. Os Terriers modernos são às vezes muito diferentes dos seus
rústicos antepassados. São eles pertencentes ao grupo: o Fox Terrier, o Cairn
Terrier, o Terrier Brasileiro e o Yorkshire Terrier.
Grupo 4 (Cães Dachshunds):
Os cães do quinto grupo das classificações das raças são em geral muito dóceis,
sociáveis e não gostam de viver sozinhos, preferindo sempre a vida em matilha.
Apesar de inteligentes, são cães considerados independentes e por vezes um pouco
teimosos, mais indicados para proprietários experientes.
Mais do que qualquer outro cão, os sabujos conservaram o instinto para o trabalho
coletivo, isto é, em matilha, típico, ainda hoje de muitos canídeos selvagens.
Enquanto outras raças acentuaram a individualidade, muitas vezes em prejuízo de
seus instintos gregários, os sabujos e farejadores manifestaram específicas
condições psíquicas que lhes tornam mais fácil a convivência entre os seus
semelhantes. Embora estes cães farejadores sejam considerados ainda hoje
especializados nas funções de caça, muitas das raças deste grupo tornaram-se ao
longo do tempo capazes de desempenhar outras funções. O Bloodhound por
exemplo é utilizado com sucesso como cão policial, enquanto outras raças deste
grupo como: o Beagle e o Basset Hound são considerados maravilhosos cães de
companhia.
O cão apontador pode ser definido como aquele que é capaz de mostrar ao caçador
quando adverte a presença da presa, isto depois de haver explorado atentamente o
terreno, seja muito extenso ou pouco vasto. Percebendo a presença da presa, este
tipo de cão permanece imóvel como uma estátua, tensionando cada músculo do
corpo, demonstrando sua total atenção, com a cauda vibrante e apontando com o
focinho em direção a presa. Raças que compõem esse grupo são os: Pointer Inglês,
o Setter Inglês, o Setter Irlandês, o Braco Alemão.
Algumas destas raças enfrentam facilmente qualquer tipo de terreno, como por
exemplo a maioria dos Spaniels. Outras tornaram-se especialmente aptas a
realizarem trabalhos na água, como o Cão D'água Português, o Barbet, entre outras.
Criadas para desempenhar diversas funções nos trabalhos de caça, ao longo do
tempo estes cães também tornaram-se conhecidos por serem capazes de trabalhar
em outras atividades com maestria.
Fazem parte desse grupo todas as raças de cães de companhia como: o Bichon
Frisé, o Chihuahua, o Shih Tzu e o Cristado chinês.
O nome Lebrél deriva de "lebre", e foi atribuído a este tipo de cão, talvez por serem
grandes velocistas. As raças deste grupo sempre representaram a aristocracia das
raças caninas. Durante séculos, os cães Lebreis, também chamados de Galgos,
foram companheiros de príncipes e soberanos. Com aparência elegante, focinho
comprido e afilado, patas longas, peito estreito e profundo, músculos fortes, além de
excepcional visão, os lebréis são verdadeiras máquinas de corrida. Algumas raças
deste grupo continuem sendo utilizadas para funções de caça, corrida e ainda outras
atividades esportivas. Fazem parte desse grupo as raças: Whippet, o Saluki,
o Afghan Hound, entre outras.
Estas são as raças de cães que não são reconhecidas internacionalmente (Sistema
FCI), mas podem obter o registro no Brasil. São os: American Pit Bull Terrier,
Bulldog Campeiro e outros.
Referências Bibliográficas