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HISTÓRIA

Uma raça ancestral


A pelagem inconfundível do Dálmata leva a que esta seja uma das raças mais
facilmente identificável. As suas origens são, contudo, incertas. No Antigo Egipto foram
encontrados baixos-relevos que mostram um cão semelhante ao Dálmata e, na Grécia
Antiga, foram encontrados frisos com cães que também apresentam semelhanças com
esta raça. Existem ainda alguns documentos históricos que apontam para que o Dálmata
tenha sido levado para a Grécia Antiga pelos mercadores indianos.
Ainda em relação à origem do Dálmata, houve, em tempos, quem defendesse que
esta raça foi criada pelo poeta esloveno Jurij Dalmatin, que versou sobre estes cães
durante o século XVI. Ao cruzar cães de origem turca, Dalmatin teria criado e batizado
esta raça. Porém, há provas concretas que aquilo que o poeta fez foi popularizar e não
criar o Dálmata. Também alguns estudiosos ingleses chegaram a reclamar a criação
desta raça, defendendo que no seu território existia há muito um cão semelhante ao
Dálmata, o Bengal Pointer.
O que é facto é que esta raça se espalhou e se desenvolveu na região da Dalmácia,
território maioritariamente croata, mas também bósnio e montenegrino. Por esta razão,
apesar de ser um tema muito discutível, acabou por se atribuir, em 1993, a origem desta
raça à Croácia.
Ao longo dos tempos, esta versátil raça exerceu diversas funções. Nas Idades
Média e Moderna, foi utilizado como cão de acompanhamento de carruagens, guiando
os cavalos e abrindo caminho nas zonas mais povoadas. Quando o dono se ausentava,
o Dálmata protegia os cavalos dos ladrões. Para além desta importante função, o
Dálmata era utilizado como cão de caça, apontando e cobrando a peça, bem como cão
pastor. E, por mais inacreditável que pareça, era também apreciado como actor de circo,
dada a sua inteligência e capacidade de aprendizagem.
Já no século XIX, os bombeiros americanos usaram o Dálmata para controlar os
cavalos que puxavam os dispositivos de incêndio. Com a introdução dos transportes
motorizados, esta raça passou a ser apreciada sobretudo como cão de companhia. A sua
popularidade atingiu o auge quando Walt Disney realizou o filme “Os 101 Dálmatas”,
baseado no livro da romancista britânica Dodie Smith.
TEMPERAMENTO
Um dócil atleta
Alegre e extremamente ativo, o Dálmata precisa de fazer muito exercício físico,
caso contrário poderá desenvolver problemas comportamentais. O dono de um Dálmata
terá que proporcionar ao seu cão a oportunidade de correr livremente, atividade
indispensável para o seu bem-estar. A sua energia quase inesgotável não o torna num
cão ideal para apartamento, exceto no caso de o seu dono ter o tempo suficiente para
lhe oferecer algumas horas de exercício físico diário.
Esta raça particularmente sensível demonstra uma grande inteligência, mas
também uma certa teimosia, exigindo um treino firme e consistente.
O facto de ser uma raça bastante dócil e afável, com uma grande sensibilidade, faz
com que seja um bom cão de família, tendo uma relação muito saudável com as
crianças.
SAÚDE
Em termos gerais, esta é uma raça saudável. Ainda assim, existem dois problemas
que a podem afetar particularmente. O primeiro relaciona-se com a surdez, o que deriva
do facto de os cães de pêlo branco terem uma maior predisposição para se tornarem
surdos. O segundo assenta no facto de esta ser a única raça que pode sofrer de pedras
nos rins, o que exige, dada a fragilidade do seu sistema urinário, que não fique
demasiado tempo em espaços onde não possa fazer as suas necessidades, sob o risco
de se aumentar a probabilidade deste problema ocorrer.
As alergias, a displasia da anca e os problemas relacionados com a tiroide são
outras doenças que poderão, eventualmente, surgir.
Esta não é uma raça que resista bem a baixas temperaturas, pelo que não deve
dormir no exterior nas noites mais frias.

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