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HISTÓRIA

Um trabalhador por excelência


Criado na região de Malines (de onde deriva o seu nome), situada na província de
Antuérpia, o Malinois é um dos quatro pastores belgas existentes, sendo os restantes o
Groenendael, o Laekenois e o Tervueren. A FCI (Fédération Cynologique Internationale)
considera estes quatro pastores idênticos em termos de morfologia e carácter,
diferenciando-os pelas diferentes pelagens, sendo que a do Malinois é curta e lisa.
Na segunda metade do século XIX, existiam no território belga vários cães
pastores, levando alguns cinófilos a procurar apurá-los e caracterizá-los. De entre estes
cinófilos, destacou-se Adolphe Reul, professor da Escola de Medicina Veterinária de
Cureghem. O papel fundamental que teve na criação do Malinois, o mais antigo dos
quatro pastores belgas e que serviu de referência para os avaliar, leva a que seja
considerado como o criador da raça.
Contudo, a História dos pastores belgas nunca foi pacífica, tendo sempre havido
grandes discussões acerca das suas variedades. Neste contexto, não existe uma
classificação consensual entre os principais clubes caninos – se, por um lado, a FCI, o
Canadian Kennel Club, o Kennel Union of Southern Africa, entre outros, consideram as
quatro variedades como pertencentes à mesma raça, por outro, o Australian National
Kennel Council, o Dogs New Zealand, entre outros, considera que as quatro variedades
correspondem a quatro raças diferentes.
A popularidade do Malinois rapidamente ultrapassou as fronteiras do seu país,
tendo sido em 1911 que os primeiros exemplares foram exportados para os EUA.
A coragem sem limites aliada a uma capacidade de trabalho irrepreensível, fazem
com que esta raça seja utilizada para diversas funções, desde o pastoreio até à busca de
estupefacientes, passando pelo patrulhamento. O Malinois é ainda um atleta de elite de
diversas provas, como o Mondioring e o RCI (Regulamento de Concurso Internacional).
TEMPERAMENTO
Laborioso e incansável
Proactivo, inteligente e vigilante, o Malinois é um cão que está sempre preparado
para entrar em ação, seja para guardar rebanhos ou propriedades, para cumprir
manobras policias ou militares, entre outras tarefas que possa assumir.
À semelhança do que acontece com a maioria dos cães pastores, o Malinois é,
como se costuma dizer, “um cão de um só dono”, adorando, acima de tudo, a sua
companhia. O facto ser um cão dotado de grandes capacidades não lhe permite ficar
parado muito tempo, não sendo, por isso, o cão ideal para pessoas sedentárias. Para
aqueles que têm tempo para estimular regularmente o seu cão física e mentalmente,
poderão ver o melhor lado desta raça, capaz de surpreender qualquer um pela sua
facilidade em aprender.
Muito atento ao estado emocional do seu dono, este cão necessita de um tutor
experiente, que consiga conciliar a confiança, tranquilidade e assertividade necessárias
para o educar.
Uma vez que é, por natureza, um cão alerta e desconfiado relativamente a
estranhos, pode tornar-se excessivamente barulhento e reativo. Para evitar esta
situação, é necessária uma socialização ativa e controlada desde tenra idade.
SAÚDE
Pela sua rusticidade, o Malinois é um cão saudável. Ainda assim, pode ser vítima
de algumas doenças, designadamente epilepsia, displasia coxofemoral e atrofia
progressiva da retina.
No que se refere aos cuidados com a pelagem, basta uma ou duas escovagens por
semana, sendo que, nas duas alturas do ano em que ocorre a mudança de pêlo, a
escovagem deve ser feita com maior regularidade. O pêlo curto e liso desta raça permiti-
lhe adaptar-se bem a climas quentes.
Para promover o equilíbrio físico e mental, o Malinois necessita de praticar
bastante exercício e de ser estimulado psicologicamente. Este não é, de todo, um cão
para ficar em casa durante o dia, precisando de donos com tempo e com uma vida ativa.

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