1) O Boerboel desenvolveu-se na África do Sul através do cruzamento de cães de guarda europeus com cães nativos africanos ao longo dos séculos.
2) É uma raça inteligente e brincalhona com a família, mas pronto a protegê-la, necessitando de espaço para exercício devido ao seu porte.
3) Embora resistente, pode sofrer de problemas como displasia da anca ou ectrópio, requerendo cuidados regulares com a pelagem.
1) O Boerboel desenvolveu-se na África do Sul através do cruzamento de cães de guarda europeus com cães nativos africanos ao longo dos séculos.
2) É uma raça inteligente e brincalhona com a família, mas pronto a protegê-la, necessitando de espaço para exercício devido ao seu porte.
3) Embora resistente, pode sofrer de problemas como displasia da anca ou ectrópio, requerendo cuidados regulares com a pelagem.
1) O Boerboel desenvolveu-se na África do Sul através do cruzamento de cães de guarda europeus com cães nativos africanos ao longo dos séculos.
2) É uma raça inteligente e brincalhona com a família, mas pronto a protegê-la, necessitando de espaço para exercício devido ao seu porte.
3) Embora resistente, pode sofrer de problemas como displasia da anca ou ectrópio, requerendo cuidados regulares com a pelagem.
Durante o século XVII, mais propriamente a partir de 1652, com a chegada do administrador colonial holandês, Jan van Riebeeck, muitos colonos europeus, nomeadamente holandeses, britânicos, dinamarqueses e franceses, assentaram a sua vida no território que hoje designamos por África do Sul. Estes colonos trouxeram consigo cães de tipo molosso, caracterizados pelo seu grande porte, força e tenacidade, essenciais para combater as tribos nativas hostis e os animais selvagens daquele território, como leopardos e hienas. O próprio Jan van Riebeeck trouxe consigo um Bullenbeisser, uma raça alemã extinta, também conhecida como Bulldog Alemão, que era utilizada para a caça grossa e para o Bull-baiting (combate entre cães e touros). Estes cães trazidos da Europa foram sendo cruzados com cães nativos africanos, como, por exemplo, o Cão Africanis. Já no século XIX, houve um crescimento do número de colonos na África do Sul, principalmente britânicos e franceses, que trouxeram algumas raças, como o Bulldog e o Dogue Alemão, cruzando-as com os cães que já estavam estabelecidos naquele território. No século XX, a importação de Bullmastiffs para guardarem as minas de exploração de diamantes veio contribuir para o enriquecimento do cruzamento entre cães de origem europeia e africana. A história do Boerboel é indissociável da história dos bôers, nome dado aos referidos colonos europeus que criaram raízes em território sul-africano e namibiano e que partilhavam o protestantismo entre si. O idioma falado pelos bôers é o africâner (ou afrikaans), que deriva do holandês e, embora de uma forma relativamente limitada, de idiomas indígenas africanos. A palavra “boêr” significa, em africâner, “proprietário de uma herdade” ou “fazendeiro”. Já a palavra “boel” é uma adaptação da palavra inglesa “bull”, utilizada para batizar várias raças, a começar pelo Bulldog. Desta forma, boerboel significa, entre outras possíveis traduções, “cão de quinta”. Os séculos de seleção natural num habitat difícil, com temperaturas altas e grandes predadores, onde só os mais fortes e resistentes sobrevivem, tiveram um papel determinante no apuramento da raça. Uma vez que a sua criação se desenrolava em quintas, muitas das quais com uma grande distância entre si, os exemplares de cada região tinham as suas particularidades, fator que ainda hoje é observável. Apenas em 1993, foi criada uma associação para definir um estalão para o Boerboel, batizada como SABBS (South African Boerboel Breeders Society). A partir daqui os criadores puderam seguir um conjunto de atributos que distinguem o Boerboel e que a tornam na única raça desenvolvida na África do Sul com a finalidade de guardar propriedades. TEMPERAMENTO Sempre pronto para a brincadeira A inteligência e a capacidade de trabalho do Boerboel fazem com que tenha uma grande facilidade de aprendizagem, o que não significa que seja uma raça indicada para qualquer pessoa, uma vez que o seu porte físico aliado a uma personalidade forte exige que o seu dono tenha experiência ao nível da educação e do treino canino. É importante que desde cachorros aprendam a respeitar as regras traçadas pelos seus donos e socializem com outros cães, por forma a não se tornarem desconfiados e agressivos. São excecionais cães de guarda, sendo capazes de proteger grandes propriedades. Esta capacidade tornou o Boerboel no principal cão de guarda da África do Sul e tem levado a que seja cada vez mais procurado nos quatro cantos do mundo. O facto de ter sido criado como cão de guarda, não invalida que seja muito carinhoso e brincalhão com a sua família, inclusivamente com as crianças, com quem cria laços fortes, apesar de esta relação dever ser, como acontece com qualquer cão, supervisionada. O instinto protetor do Boerboel vem ao de cima quando se trata de proteger a sua família, com quem gosta sempre de estar, não tolerando ficar longe desta por muito tempo. Caso fique muitas horas sozinho, poderá desenvolver problemas comportamentais. Esta raça é bastante ativa, precisando, por consequência, de praticar exercício físico regularmente. Este facto, conjuntamente com o seu grande porte, faz com que não seja a raça certa para viver num apartamento, exceto se for um apartamento de dimensões consideráveis e/ou com um grande terraço. O ideal será viver numa quinta (ou num quintal) e ter a possibilidade de dormir dentro de casa, por forma a poder ficar mais perto dos seus donos. SAÚDE A seleção natural a que foi sujeito durante séculos faz com que o Boerboel seja, em termos gerais, uma raça saudável. No entanto, à semelhança do que acontece com outras raças de grande porte, pode ser afetado pela displasia da anca ou do cotovelo, bem como pela torção do estômago. Outros problemas que podem surgir relacionam-se com distúrbios oftalmológicos, nomeadamente o entrópio, uma doença em que a pálpebra se dobra para dentro, e o ectrópio, uma doença em que a pálpebra se dobra para fora. As fêmeas podem ainda sofrer de hiperplasia ou prolapso vaginal, problemas que se desenvolvem durante as alterações endócrinas, uterinas e ovarianas que ocorrem durante o ciclo estral, particularmente durante o proestro e o estro, este último geralmente conhecido como cio. Quanto aos cuidados com a pelagem, basta uma escovagem regular para remover os pêlos mortos, já que esta raça larga bastante pêlo. Os banhos devem também ser dados.