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HISTÓRIA

Um viking sofisticado
Quando os vikings conquistaram amplos territórios na Europa, entre o século VIII
e o século XI, trouxeram consigo cães pastor de tipo spitz, que eram os antepassados do
Spitz Alemão. Estes cães foram pela primeira vez mencionados na literatura alemã em
1450.
O desenvolvimento desta raça originou cinco variedades diferentes, havendo
quem as separe em três raças distintas: o Keeshond (ou Spitz Lupo), a maior de todas as
variedades e considerada por alguns como uma raça autónoma; os Spitz Gigante, Médio
e Pequeno; e, finalmente, o Lulu da Pomerânia (ou Spitz Alemão Anão), a mais popular
de todas estas variedades e igualmente considerada por alguns como uma raça
autónoma.
Ao passo que o Lulu da Pomerânia, o Spitz Gigante e o Spitz Pequeno foram criados
como cães de companhia, o Spitz Padrão e o Keeshond assumiam funções utilitárias, o
primeiro como cão pastor e o segundo como cão de guarda, controlador de pequenos
predadores de aves domésticas e companheiro dos barqueiros.
Ao contrário das outras variedades, o Keeshond foi desenvolvido nos Países
Baixos, embora a Federação Cinológica Internacional (FCI) o classifique como parte
integrante da família dos Spitz Alemães. O nome desta variedade deriva do facto de ter
acompanhado Cornelis "Kees" de Gijselaar, líder dos rebeldes holandeses que, na
segunda metade do século XVIII, se revoltaram contra a Casa de Orange-Nassau.
De um lado, o Keeshond representava os revoltosos, do outro lado, o Pug
representava a Casa de Orange-Nassau. Com o regresso ao poder desta Casa, o
Keeshond, pela sua ligação aos rebeldes, ficou perto da extinção.
No que ao Lulu da Pomerânia diz respeito, foi, como o próprio nome indica, criado
na Pomerânia, região que ocupa uma parte do norte da Alemanha e da Polónia. A Rainha
Charlotte do Reino Unido, filha de príncipes alemães e mulher do Rei George III,
apresentou esta variedade aos britânicos. No entanto, seria a sua neta, a Rainha Vitória,
que a tornaria famosa. Durante umas férias em Florença, conheceu pela primeira vez
um Lulu da Pomerânia chamado Marco, apaixonando-se de imediato por este pequeno
Spitz e popularizando-o não só no Reino Unido, mas também em toda a Europa. O Lulu
conquistou um lugar de destaque em várias cortes e foi o companheiro de grandes
artistas, como foi o caso de Mozart, que tinha uma cadela chamada Pimperl, e de
Chopin, que dedicou a “Valse des Petits Chiens” à sua cadela.
No século XIX, a moda dos cães pequenos levou à miniaturização de várias raças.
O Lulu da Pomerânia foi uma delas e atingiu as dimensões que hoje conhecemos.
TEMPERAMENTO
Um companheiro inteligente e alerta
Qualquer uma das variedades do Spitz Alemão tem um temperamento alegre e
afável e uma postura alerta. São inteligentes, confiantes, muito dedicados aos seus
donos e desconfiados com estranhos, o que faz deles bons cães de guarda. Devem ser
educados para não ladrarem excessivamente, impedindo problemas com os vizinhos.
O Lulu da Pomerânia, ou Spitz Alemão Anão, é bastante fácil de treinar e, de entre
as raças mais pequenas, é uma das mais independentes, devido aos seus antepassados
nórdicos. O facto de serem pequenos, de demonstrarem sempre uma boa disposição e
de não necessitarem de muito exercício físico faz deles uma excelente escolha para
quem viva em apartamentos.
SAÚDE
Os Spitz Alemães são cães saudáveis, embora partilhem alguns problemas que os
podem afetar, nomeadamente a atrofia progressiva da retina, as alergias, o colapso na
traqueia, a luxação na patela, a síndrome de Legg-Calvé-Perthes, que afeta a região da
anca, e a cardiopatia congénita. Nenhuma das variedades destes cães se dá bem com
temperaturas elevadas, uma vez que foram criados para resistirem ao frio.
No que respeita particularmente ao Lulu da Pomerânia, deve-se ter cuidado com
os problemas dentários. Para os evitar, é importante, para além da escovagem dos
dentes, proporcionar uma dieta equilibrada, baseada numa ração seca, considerada a
mais adequada para prevenir o aparecimento de tártaro.
A pelagem dos Spitz Alemães deve ser escovada frequentemente, removendo-se
os pêlos mortos e reduzindo-se a probabilidade de surgirem problemas de pele.
Qualquer uma das cinco variedades precisa de fazer exercício físico,
principalmente o Keeshond.

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