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HISTÓRIA

Da Escócia para o mundo


O Scottish Terrier descende, muito provavelmente, dos cães das ilhas escocesas
ocidentais, criados de forma seletiva em Aberdeen, durante o século XIX. Partilha o
mesmo passado dos outros terriers escoceses, designadamente do Skye Terrier, do
Cairna Terrier e do West Highland White Terrier. Estes cães foram, até ao final do século
XIX, considerados como uma só raça, conhecida como Aberdeen Terrier, cuja tarefa
consistia em caçar roedores.
No ano de 1879, o Scottish foi apresentado pela primeira vez como raça
independente numa exposição canina. Para o seu apuramento muito contribuiu a
criação do Capitão Gordon Murray.
Rapidamente, o Scottie, como lhe chamam os seus apaixonados, alcançou uma
grande popularidade, tornando-se no cão de alguns presidentes norte-americanos,
nomeadamente de Theodore Roosevelt (1901-1909), de Franklin Delano Roosevelt
(1933-1945), de Ronald Reagan (1981-1989) e de George Bush (2001-2009), bem como
de algumas estrelas de Hollywood, como Humphrey Bogart, Bette Davis, Julie Andrews
ou Liza Minnelli. Mas antes de todas as personalidades aqui elencadas, a Rainha Vitória
do Reino Unido (1819-1901), célebre amante e criadora de cães, havia já descoberto as
virtudes desta raça.
O Scottie tem sido sempre mais popular na América do Norte do que na própria
Grã-Bretanha.
TEMPERAMENTO
O destemido e devoto companheiro
Este terrier foi, em tempos, conhecido como “diehard”, cuja tradução poderá ser
“duro de roer”. A personalidade forte do Scottish Terrier, que representa bem a dos
terriers em geral, pode, por um lado, tornar o treino mais difícil, e, por outro, torná-lo
pouco sociável com outros cães. Sendo assim, é muito importante apostar-se numa
socialização desde cachorro.
Mas os exemplares desta raça são também conhecidos por serem calmos e
extremamente devotos ao seu dono, constituindo excelentes cães de apartamento.
Uma vez que têm muita energia e que gostam de ser desafiados, é fundamental que
pratiquem exercício físico e que participem em jogos que os estimulem mentalmente.
Os Scotties são reconhecidos como bons cães de alerta. A sua desconfiança para
com estranhos leva-os a avisar quando sentem a sua presença.
SAÚDE
Apesar de ser uma raça muito resistente, tem uma certa predisposição genética
para algumas doenças. A Paralisia do Scottish é dos problemas hereditários mais comuns
destes cães, aparecendo nas alturas em que são submetidos a esforços excessivos,
paralisando os seus músculos e podendo afetar a sua coluna cervical.
A doença de V. Williebrand, uma deficiência ao nível da coagulação sanguínea, o
hipotiroidismo, caracterizado pela baixa produção de hormônios da tiroide, levando à
perda anormal de pêlos, a alergias, à fadiga e, até, à infertilidade, a epilepsia e,
finalmente, a Osteopatia Craniomandibular (CMO), anomalia genética caracterizada
pelo crescimento anormal dos ossos da mandíbula, são os outros problemas
hereditários que mais afetam a raça.
Os cuidados com a pelagem do Scottie são elevados, precisando de ser escovado
regularmente para remover os pêlos mortos e de ser tosquiado quase todos os meses.

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