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Cat Tales

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Esse livro foi elaborado e produzido pelo

TRADUÇÃO E EDIÇÃO Fabiano Flaminio


ILUSTRAÇÕES Isabel Muñoz
DESIGN Allie Oldfield
DIAGRAMAÇÃO Adriana Oshiro
REVISÃO Larissa Bernardi
COORDENAÇÃO Fabiano Flaminio

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Angélica Ilacqua - CRB-8/7057

Rich, Penelope
Contos de gatos : historias verdadeiras sobre felinos fantásticos / Penelope
Rich ; ilustrado por Isabel Muñoz ; tradução de Fabiano Flaminio. -- Brasil : Pé da
Letra, 2021.

ISBN: 978-65-5888-171-1
Título original : Cat Tales

1. Gatos - Literatura infantojuvenil I. Título II. Muñoz, Isabel III. Flaminio, Fabiano
21-1277 CDD 636.8

Índices para catálogo sistemático:


1. Gatos - Literatura infantojuvenil

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada
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autorais de todas as imagens e de outros materiais utilizados neste livro. Se, porventura, for
constatada a omissão involuntária na identificação de algum deles, dispomo-nos a efetuar,
futuramente, os possíveis acertos.
SUMÁRIO

Folha de rosto
Página de direitos autorais
Sumário
Nosso Relacionamento com os Gatos
CAPÍTULO 1
Gatos através da História
Tai Miuwette
Maneki-Neko
Trim
Sevastopol Tom
Gatos das Famílias Reais, Presidentes e Ordens Sagradas
Sião
Mačak
O flutuante Sam
Simon
Faith
CAPÍTULO 2
Gatos com Empregos
Félicette
Tama
Sentidos e Sensibilidades dos Gatos
Stubbs
Larry
Sr. No Ears
Leon, o advogado
Rusik
Towser
Pwditat
CAPÍTULO 3
Gatos Extraordinários
Felix
Holly
Kunkush
Gatos Heróis
Ryzhik
Gatubela
Masha
Tara
Toldo
All Ball
Didga
CAPÍTULO 4
Gatos Famosos
Grumpy Cat (Gata mal-humorada)
Snoopybabe
Felinos Famosos do Cinema
Gatos de Hemingway
Tommaso
Choupette
Kedi
Luigi
Bob
Cuidando de Gatos
Leitura Adicional
Agradecimentos
Nosso Relacionamento com os Gatos

Os gatos são os animais de estimação mais comumente


mantidos no mundo. A relação entre pessoas e gatos remonta
a milhares de anos, e quanto mais descobrimos sobre nosso
passado, mais vemos que os gatos têm vivido ao nosso lado
por mais tempo do que imaginamos.

E m 2004, uma equipe de pesquisadores franceses no Chipre


encontrou os restos mortais de uma pessoa e de um gato que
datam de mais de 9.000 anos atrás, enterrados lado a lado. Os gatos
não são populares em todas as culturas, ou com todas as pessoas.
Algumas pessoas não gostam ou desconfiam deles, mas muitos de nós
os amamos e os trazemos para nossas casas e nossas famílias. Nós lhes
damos comida, abrigo e cuidados em troca de companheirismo, afeto e
entretenimento. Um estudo recente concluiu que os gatos realmente
nos amam tanto quanto nós os amamos - com a maioria em busca de
interação humana por causa de comida ou brinquedos.
Há muitas raças de gatos, todas com aparência e
características distintas. Os siameses estão entre os mais
inteligentes, os ragdolls são os mais dóceis, os maine Coons são
grandes caçadores, e os sphynxes têm muita energia lúdica, mas
não têm pelo! Mesmo dentro de cada raça, os gatos têm sua
própria personalidade, mas todos eles compartilham
características comuns.
Tomemos seus sentidos, por exemplo. O olfato de um gato é 14
vezes melhor do que o nosso, e a visão deles é muito superior. O
formato dos olhos deles significa que eles têm visão panorâmica e
podem detectar o movimento muito mais rápido. Eles também têm
excelente visão noturna, e sua audição pode ser ainda melhor do que a
de um cão. Estes sentidos superiores são a outra razão pela qual as
pessoas do passado levaram gatos para suas casas - eles são excelentes
caçadores e livram as casas de roedores, ratos, lagartos e cobras. Como
as casas de hoje são mais seguras, valorizamos menos suas habilidades
de caça, mas apreciamos mais seu companheirismo.

Muitos gatos são vocais, e quase todos eles ronronam. Este


barulho de ronronar é poderoso. Ele acalma o gato, acalma seus
filhotes, e tranquiliza seus humanos. A combinação de seu
ronronar, seu pelo macio e a maneira como eles, muitas vezes,
parecem gostar de ser acariciados, faz as pessoas se sentirem
felizes, e é por isso que nós amamos nossos gatos.
Gatos ao longo da História

Qual é a diferença entre um gato de estimação e um leão?


Pouquíssima, segundo os cientistas que estudaram o DNA em
gatos que remontam a milhares de anos.

O s gatos de estimação são exatamente como versões em


miniatura de seus primos selvagens, e se comportam de
maneira muito semelhante. É difícil treinar um gato para fazer algo que
ele ainda não faz naturalmente, mas felizmente para eles, a maneira
como os pequenos gatos domésticos gostam de viver se encaixa muito
bem na maneira como os humanos vivem (e viceversa!). Ao contrário
dos cães, que foram criados por humanos para fazer coisas específicas,
tais como caçar, correr, nos proteger, ou nos fazer companhia, os gatos
parecem ter se unido mais aos humanos por conveniência.
É provável que os ancestrais do gato doméstico de hoje
tenham vindo tanto da Ásia como da África, povoando o Oriente
Médio e o Egito. Sabemos muito sobre o amor dos antigos egípcios
pelos gatos através dos túmulos e templos que ainda hoje estão de
pé.
Nossos ancestrais acolheram esses pequenos gatos dentro e ao
redor de suas casas porque as mantinham livres de roedores, ratos e
cobras, e era conveniente que os gatos ficassem para o alimento
gratuito, abrigo e carinho. Os romanos também mantinham os gatos,
como faziam outras civilizações antigas.
Quando as pessoas começaram a viajar em navios para
negociar, explorar ou fazer guerra, levaram os gatos junto para
proteger seus estoques de alimentos. Alguns gatos saltavam do
navio quando chegavam à terra, e assim povoavam o mundo da
mesma forma que os humanos o faziam.
Podemos não ter criado gatos para trabalhos específicos como
fizemos com os cães, mas os humanos criaram gatos seletivamente
pela sua aparência, que é como temos tantos tipos (ou raças) diferentes.
Os gatos de hoje são companheiros maravilhosos, porém, por mais
bonitos que sejam, todos eles ainda mantêm um pouco de gato
selvagem internamente.
Tai Miuwette

O gato ocupava uma posição exaltada no antigo Egito. Nas primeiras


dinastias, deuses e deusas eram representados em esculturas e
hieróglifos com cabeças de leões ou leopardos, mas nas dinastias
posteriores, estas representações mudaram para o gato doméstico. Milhares
de gatos mumificados foram encontrados, assim como estátuas, entalhes e
cemitérios de gatos. Esqueletos desses animais foram encontrados em
tumbas reais, ao lado de recipientes de leite e ratos para serem levados para
a vida após a morte.
O gato mais famoso dos antigos egípcios é o querido animal de
estimação do príncipe Tutmose, irmão do faraó Akhenaten, que governou o
Egito há mais de 3.000 anos. Às vezes chamada Tai Miuwette (Pequeno
Mewer), às vezes chamada Ta-Miaut (Ela Gata), sabemos o quanto era
importante para Thutmose porque ele mantinha uma caixa de pedra com
tampa, chamada sarcófago, feita para a gata quando ela morreu. Ela está
coberta de intrincados hieróglifos que a mostram ao lado dos deuses
funerários. Eram mensagens para os deuses pedindo-lhes que cuidassem
dela na vida após a morte.
As razões pelas quais os gatos eram tão reverenciados pelos antigos
egípcios são, provavelmente, as mesmas pelas quais outros os amaram e
cuidaram ao longo da história. Os gatos protegiam as lojas de alimentos de
ratos e roedores e matavam cobras perigosas, mas sua utilidade é apenas a
metade da história. Os gatos antigos, certamente, compartilharam os
mesmos atributos que hoje os tornam animais de estimação tão excelentes.
Eles são elegantes, divertidos e mantêm a si mesmos e suas casas limpas.
Sabemos pelas pinturas egípcias antigas que os gatos pareciam um pouco
mais selvagens do que os atuais. Pareciam mais diversificados, com pelo
curto, pernas longas e marcas leves, mas, além disso, Tai Miuwette teria
sido tão brincalhona e afetuosa quanto um gato moderno, de modo que um
jovem príncipe egípcio teria gostado de sua companhia.
Maneki-Neko

M aneki-Neko, o gato que acena, é uma figura japonesa comum de


um gato branco com uma pata levantada e uma moeda de ouro ao
redor de seu pescoço. Ele recebe visitantes, clientes e convidados em
empresas e casas em todo o Japão, e é um símbolo de sorte, fortuna e
felicidade.
Ninguém conhece a verdadeira origem de Maneki-Neko, mas a
história que tomou a imaginação popular é a lenda do Templo Gotokuji, em
um distrito dos tempos modernos de Tóquio. No século XVII, era um
templo degradado, mas tranquilo, cuidado por um padre muito pobre.
Um dia, um importante samurai e senhor de Hikone se abrigou sob
uma árvore no terreno do templo durante uma tempestade. Ele viu o gato
branco acenando para dentro do templo. Curioso, o samurai foi em direção
ao gato e, naquele momento, um raio atingiu a árvore e, certamente, teria
ferido ou até matado o samurai se ele ainda estivesse embaixo dela.
Agradecido pelo gato ter salvo sua vida, ele se tornou um patrono do
templo e deu terras ao sacerdote para apoiar sua manutenção. Dizia-se que
este samurai era o chefe da família Li, cujas impressionantes sepulturas
ainda podem ser vistas ali.
Com o tempo, a lenda da boa ação do gato se espalhou pela Ásia, e o
templo, atualmente, é uma atração turística popular. As pessoas compram
figuras de Maneki-Neko e as deixam no terreno do templo, esperando que
isso lhes traga sorte e boa fortuna. Se olharem com atenção suficiente,
podem encontrar um pequeno entalhe do gato que acena na bela estrutura
de madeira do templo, ainda trazendo prosperidade ao local.
Trim

T rim foi o leal companheiro do capitão Matthew Flinders, um oficial


da marinha britânica que escreveu uma sincera homenagem a seu
querido amigo. Trim nasceu a bordo do HMS Reliance, em 1799, em uma
viagem do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, até Botany Bay, no
leste da Austrália. Ele era popular entre a tripulação porque era inteligente e
afetuoso, mas sua energia, às vezes, o colocava em apuros. Uma noite, ele
caiu ao mar e só sobreviveu quando alguém jogou uma corda para que ele
subisse. A experiência o transformou no gato do navio ideal, capaz de
nadar, sem medo da água e hábil em escalada.
Quando Flinders retornou a Londres, ficou claro que Trim não se
adaptava a uma vida doméstica. As ações de Trim, frequentemente,
preocupavam aqueles que cuidavam dele porque ele não tinha medo de
alturas ou de estranhos. Ele enfurecia os outros porque lhe faltava a graça
de outros gatos da casa, que têm uma maneira de se mover sem quebrar as
coisas. Trim quebrou tudo quando estava em busca de um rato! Ninguém
poderia ficar zangado com ele por muito tempo, porque ele se esfregaria
contra eles, ronronando. Flinders levou Trim de volta ao mar, a bordo do
HMS Investigator, para navegar e mapear a linha costeira da Austrália. Em
sua viagem, eles ficaram naufragados na Grande Barreira de Corais por dois
meses, e Trim fez o melhor para manter a tripulação feliz.
Quando foram resgatados, Trim escolheu seguir Flinders em um navio
menor de volta à Inglaterra, ao invés de ir com o resto da tripulação para a
China. No entanto, eles só chegaram até as Ilhas Maurício modernas, onde
Flinders foi preso por espionagem. Trim ficou com ele, mas aventurou-se
cada vez mais, até que uma senhora francesa pediu para adotá-lo para sua
filha. Flinders concordou, mas o gato de cinco longos anos desapareceu. A
senhora ofereceu uma recompensa por seu retorno em segurança, mas Trim,
que era amado por tantos, nunca mais foi visto.
Sevastopol Tom

A história do Sevastopol Tom remonta a 1855, quando a guerra entre a


Rússia e o Império Otomano, que acontecia na Crimeia, foi apoiada
pela França, Grã-Bretanha e Sardenha.
Sevastopol era, e ainda é, uma cidade grande e importante, e as tropas
russas a defendiam contra os exércitos francês e britânico. Centenas de
milhares de homens, cavalos e mulas foram mortos durante um ano de
cerco e os suprimentos de alimentos, remédios e equipamentos estavam
muito baixos em ambos os lados.
Quando os russos finalmente saíram, soldados franceses e britânicos
entraram na cidade destruída, e dos escombros e da devastação saiu um gato
amigável que se adiantou para cumprimentar o Tenente William Gair, que
fazia parte de um regimento encarregado de encontrar suprimentos. Gair o
chamou de Tom e o levou de volta para os aposentos de seus oficiais, onde
se tornou um companheiro popular das tropas cansadas da guerra.
Percebendo como Tom estava bem alimentado em comparação com aqueles
ao seu redor, ele se perguntou onde Tom estava encontrando comida, e
decidiu segui-lo em suas viagens pelas ruínas da cidade. Ele descobriu que
Tom era um bom caçador de ratos, mas, mais importante, ele sabia onde
havia comida escondida. Gair foi capaz de encontrar e distribuir esses
suprimentos, então, este pequeno gato ajudou a salvar muitas pessoas da
fome e, sem dúvida, ajudou a levantar seu espírito também.
Quando Gair foi enviado para casa, ele levou seu novo animal de
estimação junto. Eles viveram em paz e harmonia durante um ano, mas,
infelizmente, Tom morreu. Gair tinha gostado tanto dele que preservou seu
corpo, o que era uma coisa popular na Inglaterra vitoriana. Você pode ver
Tom agora (ou o que todos esperam e acreditam ser ele) no Museu do
Exército Nacional em Londres, saudando os visitantes e ainda parecendo
muito bem alimentado.
Gatos de Famílias Reais, Presidentes e Ordens
Sagradas

Existem histórias bem documentadas sobre os gatos dos


antigos faraós, rainhas, sultões e profetas, mostrando que o
gato ocupa um lugar especial ao lado dos humanos há
milhares de anos.

O s antigos egípcios, provavelmente, domesticaram os gatos há


cerca de 4.000 anos. Tai Miuwette, o gato do príncipe Tutmose,
foi apenas um exemplo de muitos gatos mumificados e esqueletos
encontrados em tumbas reais. No Japão do século X, os gatos eram tão
reverenciados que somente os nobres podiam mantê-los, e na China
também eram animais de estimação valiosos da dinastia Song.
Segundo a lenda islâmica, o profeta Maomé amava tanto seu gato
Muezza que cortou as mangas de seu manto de oração para não
perturbar o sono de Muezza. Hoje, de acordo com o islamismo, é
pecado prejudicar um gato.
Na Tailândia, é tradição ofertar um gato siamês a cada novo
monarca na coroação. Diz-se que o gato traz calor e sorte para o lar -
uma crença compartilhada por milhões de pessoas em todo o mundo.
Assim como aconteceu com Sião, o primeiro siamês nos Estados
Unidos, outros diplomatas tailandeses deram gatos siameses como
presentes à realeza e ricos, incluindo um chamado Kotka, dado a
Alexei, filho do czar russo Nicholas II, em 1914.
No século XVIII, a imperatriz russa Elizabeth recebeu cinco
gatos para controlar as pragas em seu Palácio de Inverno. Eles
eram animais de estimação mimados e tinham seus próprios
criados. O palácio agora faz parte do Museu de Arte do Hermitage
e muitos gatos ainda vivem por lá.

Em tempos mais recentes, Chelsea, o gato branco e preto dos


Clinton, era popular entre os fotógrafos, pois brincava no jardim da
Casa Branca, ou sentava-se nos ombros do Presidente Clinton, ou em
sua cadeira na Sala Oval. Mas, estes gatos, como todos os outros, não
parecem impressionados pela riqueza e poder. Tudo o que eles
precisam é de sua tigela de comida cheia, amor, carinho e um lugar
agradável e quente para dormir.
Sião

E m 1879, quando o cônsul americano em Bangkok, na Tailândia, leu


em um jornal que a esposa do presidente amava gatos, ele decidiu
enviar-lhe um presente - o melhor exemplo de um gato siamês que ele
poderia encontrar. Ele chamou a gata de Miss Pussy, e a enviou por navio
para Hong Kong e, depois, por transatlântico através do Oceano Pacífico
para São Francisco. Foi uma viagem muito longa, mas Miss Pussy foi bem
cuidada pelo carteiro do navio, que sabia quão preciosa ela era - a primeira
siamesa a colocar a pata nos Estados Unidos. Após dois meses de espera, a
primeira-dama, Lucy Rutherford, e seus filhos assistiram entusiasmados à
abertura do caixote, e uma linda gata real com pelo de mogno olhou para
eles. Eles nunca tinham visto uma gata como ela, nem provavelmente
tinham encontrado uma gata com um caráter tão incomum.
Segundo a lenda, os gatos siameses guardavam templos antigos e eram
os animais exclusivos da realeza de Sião (a Tailândia moderna). Mesmo os
gatos siameses de hoje, onde quer que vivam, parecem estar cientes de sua
criação real. Eles têm elegância, equilíbrio e inteligência, e são
naturalmente curiosos e brincalhões. Assim, logo após sua chegada, Fanny
Rutherford, de doze anos, renomeou Miss Pussy de “Sião”, para dar-lhe um
nome real apropriado.
Sião adaptou-se rapidamente ao seu novo lar e, embora os Rutherfords
tivessem dois cães, um bode e um pássaro mimo, ela se tornou a
companheira especial de Fanny. Ela era livre para ir aonde quisesse na Casa
Branca e, aparentemente, gostava de fazer grandes entradas quando havia
convidados.
Um ano depois, quando os Rutherfords estavam fora, em Ohio, Sião
adoeceu. O pessoal da Casa Branca deu-lhe pato, galinha, peixe e até ostras
para tentar reanimá-la, mas nada funcionou. Eles chamaram o médico do
presidente, que era um amante de gatos, e ele a levou para casa para cuidar
dela. Infelizmente, ela não sobreviveu, mas sua memória continua viva,
assim como a popularidade de sua raça.
Mačak

M ačak foi um gato que deu uma enorme contribuição à ciência. Ele
foi a razão pela qual seu amigo humano Nikola Tesla ficou
fascinado com a eletricidade e passou a construir uma das invenções mais
importantes da história moderna.
Nikola Tesla nasceu em 1856, na pequena cidade de Smilja, na época,
parte da Áustria, mas agora na Croácia moderna. Mačak era seu melhor
amigo e companheiro de brincadeira. Ele o chamou de “o melhor de todos
os gatos do mundo”. Onde quer que Tesla fosse, Mačak o seguia e era
ferozmente protetor. Quando uma pessoa ou um animal ameaçava Tesla,
Mačak inchava até o dobro de seu tamanho, arqueava as costas, levantava a
cauda como uma barra de ferro, e soltava um silvo até a ameaça recuar.
Tesla adorava seu pequeno gato preto e eles brincavam durante horas
juntos.
Numa noite fria e seca de inverno, quando Tesla tinha apenas três
anos, ele acariciou as costas de seu amigo e experimentou algo que o
surpreendeu. As costas de Mačak eram uma folha de luz e a mão de Tesla
produzia faíscas suficientemente altas para serem ouvidas por sua família.
Seu pai explicou que era “nada mais que eletricidade”, e sua mãe brincou
que ele deveria ter cuidado ou poderia iniciar um incêndio, fazendo com
que a mente de Tesla acelerasse. Mais tarde, quando estava escuro e as
velas estavam acesas, Tesla notou uma aura brilhante ao redor de seu gato.
Isto o fez pensar sobre a eletricidade, que o deixou perplexo até o dia de sua
morte, apesar de continuar a aproveitá-la em benefício da humanidade.
A mente brilhante de Tesla nunca parou de tentar descobrir o que era a
eletricidade, nem como ela poderia ser usada para criar um motor mais
eficiente. Após mudar-se para os Estados Unidos, ele acabou inventando o
motor de indução, que melhorou a produção de energia em todo o mundo.
Ele também desempenhou um papel na invenção do rádio. Portanto, sempre
que acender uma luz, um aparelho elétrico ou vir um carro elétrico,
agradeça ao jovem Tesla e seu querido gato Mačak.
O Flutuante Sam

O Flutuante Sam foi o apelido dado a um gato que sobreviveu ao


naufrágio de três navios de guerra durante a Segunda Guerra
Mundial. Sua história demonstra uma gentileza para com os gatos durante
uma época em que os seres humanos tinham a intenção de destruir uns aos
outros. Sam foi trazido a bordo do navio de guerra alemão, Bismarck, para
sua primeira missão em maio de 1941. Ele provavelmente foi alistado na
marinha alemã por suas habilidades de caça, mas, sem dúvida, foi também
um membro popular da tripulação.
Após uma batalha marítima destrutiva para ambos os lados, a marinha
britânica afundou o Bismarck, e dos 2.000 tripulantes, apenas cerca de 110
homens foram resgatados, e um pequeno gato preto e branco. A tripulação
britânica do HMS Cossack o avistou flutuando sobre alguns destroços e o
trouxe para bordo em segurança. Ele recebeu o nome de Oscar e,
rapidamente, se acostumou ao seu novo nome e arredores. Em outubro de
1941, o Cossack sofreu um golpe direto de um torpedo alemão. Oscar foi
resgatado com a tripulação sobrevivente. Foi neste ponto que os
marinheiros começaram a chamá-lo de Flutuante Sam, mas mais estava por
vir …
Sam foi colocado a bordo do porta-aviões HMS Ark Royal, que se
dizia ser um navio de sorte. Algumas semanas depois, ele também foi
atingido por um torpedo alemão. Sam e todos os tripulantes, exceto um,
foram resgatados antes de afundar. Talvez por causa da superstição, ou
talvez porque Sam já tivesse passado por muito, isto marcou o fim de sua
carreira naval. Ele viveu algum tempo com o governador de Gibraltar, antes
de ser levado para viver seus dias em Belfast, na Irlanda do Norte. Sam
tinha pelo menos 14 anos de idade quando morreu, quando três de suas
nove vidas foram consumidas em menos de um ano. Não está claro se cada
parte desta história é completamente verdadeira, mas Flutuante Sam era
famoso - e ele continua sendo, talvez, o mais sortudo dos gatos azarados.
Simon

E m 1949, o navio britânico HMS Amethyst partiu de Xangai para


Nanking, na China. A bordo estava uma tripulação completa,
incluindo Simon e Peggy, o gato e o cão do navio. Simon perambulava pelo
navio como se fosse seu, até mesmo dormindo nos aposentos do capitão e,
muitas vezes, desfrutando da vista da proa.
Em abril, em um dia de nevoeiro, eles entraram na foz do rio Yangtze
e ficaram sob ataque. Um bombardeio feroz de balas e explosivos matou 17
homens, incluindo o capitão, e danificou o navio. Simon foi encontrado
inconsciente e gravemente ferido. A tripulação o levou a um médico, que
removeu estilhaços de seu corpo e costurou os ferimentos. O navio e sua
tripulação ficaram presos no rio durante meses, em um navio danificado
entre dois exércitos em guerra. Eles repararam o navio, mas o exército
inimigo não os deixava se mover, querendo que eles se rendessem.
Enquanto a comida se tornava escassa e os ratos aumentavam.
Assim que Simon ficou bem, o novo capitão o chamou para se tornar o
“comedor chefe de ratos do navio”. Simon começou a trabalhar para livrar o
navio de seus ratos e roedores para proteger a comida e, ao fazê-lo,
impulsionou o moral da tripulação. Eles mantiveram um mapa de seus
sucessos e comemoravam seus esforços. Era a única coisa positiva que eles
tinham, sabendo que as armas apontavam para eles e que a comida estava
acabando. Numa noite escura, o capitão decidiu fazer uma fuga através das
águas mais seguras na descida do rio. O navio foi atacado, mas não foi
atingido e eles conseguiram chegar em segurança.
A história se espalhou pelo mundo e quando voltaram à Grã-Bretanha,
Simon recebeu telegramas, pacotes de comida para gatos e a Medalha
Dickin - concedida aos animais mais corajosos das forças armadas
britânicas - por salvar a comida da tripulação e aumentar o moral dos
homens. Ele é o único gato a ter recebido a medalha - um verdadeiro herói.
Faith

E sta é outra história sobre uma gata corajosa durante a Segunda


Guerra Mundial. Faith era o nome dado a uma gata desgarrada que
buscava refúgio nas igrejas de St. Augustine e St. Faith, na cidade de
Londres. Ela se tornou um membro muito amado da congregação e, em
troca de comida, abrigo e carinho, manteve os ratos à distância. Em agosto,
o padre notou que ela estava ficando mais gorda e, em uma manhã, quando
ela não apareceu para o café da manhã, Padre Ross encontrou-a enrolada
em sua cesta com um gatinho. Ele era branco com orelhas e cauda pretas, e
por causa de suas marcas, o pequeno gatinho se chamava Panda.
Em 6 de setembro, Faith suplicou ao padre Ross que a deixasse sair de
seu escritório. Ela pegou Panda pelo pescoço e o levou para um canto frio
no porão. Duas vezes, Padre Ross levou Panda, gentilmente, de volta ao
calor da cesta, mas, cada vez, Faith levava seu gatinho de volta para baixo.
Percebendo que Faith sentia que Panda estava em algum tipo de perigo,
Padre Ross puxou a cesta para baixo e os deixou aconchegados. Três dias
depois, Padre Ross estava voltando para casa quando soou a sirene de
ataque aéreo. Ele passou à noite em um abrigo, e acordou com a notícia de
que muitos edifícios haviam sido destruídos. St Augustine havia sofrido um
golpe direto e, um oficial de bombeiros lhe disse que ninguém poderia ter
sobrevivido, nem mesmo um gato. Arriscando sua própria vida, Padre Ross
procurou nos escombros por Faith até que ouviu um miau abafado. Ela
estava empoeirada, mas sem ferimentos, e por baixo dela estava Panda, são
e salvo. Pouco tempo depois, o teto da igreja desmoronou.
A história da devoção de Faith a seu gatinho se espalhou. Ela foi
proposta para uma Medalha Dickin, mas como esta só era concedida a
animais das forças armadas, Faith recebeu uma medalha de prata especial
em seu lugar - um evento que foi noticiado em jornais de todo o mundo.
Padre Ross mandou tirar sua foto e sua dedicatória a ela começou: "Faith …
a gata mais corajosa do mundo".
Gatos com Empregos

É estranho pensar em gatos de trabalho. Todos os gatos são


criaturas independentes e livres, que são difíceis de treinar.
Não é porque eles são menos inteligentes que os cães, mas,
talvez, seja porque não estão dispostos a aprender e não
sentem a necessidade de agradar tanto aos humanos quanto
os cães. Eles realmente não se importam se são um “bom
menino”.

N este capítulo, no entanto, encontramos oito gatos com


empregos. Há aqueles que têm o trabalho mais comum para um
gato, proteger edifícios de trabalho e lojas de alimentos de ratos e
roedores. Towser foi um campeão mundial de caça a ratos, empregado
em uma destilaria para manter os ratos e roedores longe. Ao redor do
mundo existem abrigos para animais que realojam gatos selvagens para
pessoas que precisam de ajuda no controle de pragas.
Larry não era um gato feroz antes de ser empregado como
chefe de caçadores de ratos na residência do primeiro-ministro do
Reino Unido. Os gatos selvagens são muito melhores na captura de
pragas do que os gatos domésticos, e Larry não era muito bom em
seu trabalho. Ele teve que ser transferido para um departamento
diferente e passou a ser um embaixador bem-sucedido, o que é
outro trabalho comum para um gato.

Assim como os humanos, alguns gatos têm a sorte de estar no


lugar certo, na hora certa para conseguir um bom emprego. Veja o
prefeito Stubbs, no Alasca, Leon, o advogado no Brasil, e Tama, o
chefe da estação. Eles não têm deveres formais, mas se encontram e
cumprimentam os visitantes e mantêm as pessoas felizes.

Há também os gatos fotogênicos que se tornam modelos ou


estrelas da mídia social, os gatos que se apresentam no palco ou na
tela, e os gatos empregados por seus supersentidos ou por seu
temperamento perfeito.
Há também os gatos heróis não famosos em todo o mundo, como
Pwditat, no País de Gales, que ajuda a confortar e elevar o espírito dos
outros. Este é o “trabalho” mais comum que os gatos têm. Você tem
um em sua casa?
Félicette

E sta é a história de Félicette, uma astronauta treinada e a primeira gata


no espaço. Em 1963, quando a União Soviética e os Estados Unidos
competiam para ser os primeiros a chegar à Lua, a França estava
desenvolvendo seu próprio foguete. Eles começaram seus testes com ratos,
mas queriam tentar algo maior, então, recrutaram 14 gatos e os colocaram
em um regime de treinamento rigoroso. Parte do treinamento era o mesmo
para os gatos e para os astronautas humanos, incluindo a centrífuga da força
G, onde eles eram amarrados em uma máquina e rodavam em alta
velocidade.
Durante cada exercício, eles monitoravam os cérebros dos gatos, e
havia um que permanecia muito mais calmo do que os outros – a C341,
mais tarde chamada de Félicette. Eles davam números aos gatos em vez de
nomes para que não ficassem muito apegados a eles. Félicette foi colocada
no nariz de um foguete, conectada a equipamentos de monitoramento e
microfones para verificar como seu corpo e cérebro reagiam ao voo
espacial. O foguete foi lançado às 8:09 da manhã do dia 18 de outubro de
1963 e o voo durou 13 minutos.
Félicette atingiu uma altura de 152 km e experimentou gravidade zero,
e embora ela estivesse presa, deve ter sido muito estranho para uma gata
sem nenhuma ideia do que estava acontecendo. O cone do nariz, então, se
soltou do foguete, e Félicette retornou à Terra de paraquedas. Ela recebeu
uma grande tigela de comida deliciosa por seus feitos.
Infelizmente, todo o monitoramento a fez sofrer uma lesão cerebral
alguns dias depois e ela foi colocada para dormir. Em 2019, uma estátua
memorial dela foi revelada na Universidade Espacial Internacional. Ela está
empoleirada no topo da Terra, olhando para o céu, um memorial adequado a
uma verdadeira pioneira espacial.
Tama

S e você mora no Japão, provavelmente, conhece Tama, a famosa gata


da estação. Ela pode até tê-lo saudado quando você desceu do trem
em Kishi, porque isso era o trabalho de Tama - e ela usava o chapéu e o
crachá do chefe da estação para provar isso.
Como gatinha, Tama fazia parte de um grupo de vagabundos que
viviam perto da estação. Os gatos são considerados sortudos no Japão, por
isso, os passageiros do trem os alimentavam e se preocupavam com eles,
mas Tama desenvolveu uma amizade especial com Toshiko Koyama, o
gerente informal da estação na época.
A companhia ferroviária responsável pela condução da linha de trem
estava perdendo dinheiro, portanto, ia fechar a estação de Kishi. Quando os
habitantes locais protestaram, a empresa concordou em mantê-la aberta,
mas não podia pagar às pessoas para trabalhar lá. Em vez disso, Toshiko fez
de Tama a chefe da estação, e a empresa concordou em pagá-la em comida
para gatos.
A notícia espalhou-se rapidamente e, mais e mais pessoas chegaram
em Kishi para conhecer a adorável nova chefe da estação. De fato, Tama se
mostrou tão popular que, nos anos seguintes, a empresa fez para ela um
chapéu especial, promoveu-a, nomeou duas assistentes (a mãe e a irmã de
Tama) e construiu-lhe uma bilheteria com caixa de lixo embutida. Ela
certamente parecia estar trazendo sorte para a empresa e para a comunidade
em geral.
Em 2010, um trem da Tama, completo com bigodes e desenhos de
Tama, estava trazendo pessoas para uma estação recém-construída. Tama
havia se tornado uma celebridade!
Quando ela morreu, com 16 anos, a companhia de trem lhe deu um
funeral especial, com a presença de 3.000 pessoas. Assim, se você for à
estação Kishi, conhecerá Nitama (que significa “segunda Tama”) ou um dos
jovens estagiários que se orgulharão de usar o chapéu de chefe de estação.
Sentidos e Sensibilidades dos Gatos

Os gatos são inteligentes e ágeis, e quatro de seus sentidos são tão


superiores aos nossos que os gatos podem ser úteis de muitas
maneiras aos humanos, assim como os cães de serviço são. Os
sensores olfativos deles são muito mais poderosos do que os
nossos.
Alguns pesquisadores até acreditam que o olfato de um gato é
melhor que o de um cão, e isso certamente foi verdade para Rusik,
que se tornou tão bom em encontrar peixe roubado em veículos
que lhe foi dado o trabalho de detetive chefe de animais de
estimação ao invés de um cão farejador.

A audição de um gato também é superior à nossa, e ainda melhor


que a de um cão em alturas elevadas. Esta foi a chave para um
projeto especial chamado Acoustic Kitty (Gatinho Acústico) lançado
pela Central Intelligence Agency (CIA) nos EUA, para usar gatos
como espiões. A teoria era que os gatos podiam ir e vir sem que
ninguém percebesse, então, se um gato se aproximasse o suficiente, a
CIA poderia ouvir uma conversa. Eles treinavam os gatos para
responder aos comandos de voz dados a eles através de implantes nos
ouvidos dos animais, mas o que funcionava em um laboratório não
funcionava na realidade, pois os gatos não se comportavam como
requerido.

Os gatos são muito sensíveis ao toque e seus bigodes atuam


como radares e receptores de toque. Pwditat usou estes atributos
para agir como um “olho” para um cão cego. Ela se esfregou
contra ele e ronronou para tranquilizá-lo, então, ela usou seus
receptores e agilidade para guiá-lo e abrir portas para ele.
Talvez, um sexto sentido também entre em jogo, tornando alguns
gatos bons em seus trabalhos. O policial Snickers era um gato policial
muito amado na Nova Zelândia. Seu trabalho era receber e, muitas
vezes, acalmar as vítimas do crime que vinham à delegacia de polícia.
Lemon era um gato da polícia japonesa que ia com os policiais
para visitar as vítimas de golpes. Elas eram, muitas vezes, pessoas
vulneráveis que achavam Lemon uma presença calmante. Isto os
ajudava a se lembrar mais claramente dos detalhes do crime.
Assim, por mais difícil que seja treinar gatos, há muitos por aí
fazendo seu trabalho, usando seus sentidos e sensibilidades para
fazer a diferença.
Stubbs

S tubbs viveu uma vida longa e cheia de eventos. Quando era jovem,
foi atingido por uma arma de chumbinho e caiu em uma fritadeira de
óleo (não quente, felizmente!). Mais tarde, ele foi eleito prefeito de sua
cidade. Na sua velhice, foi atacado por um cachorro e apresentado para se
tornar um senador dos EUA. Ele morreu com a grande velhice de 20 anos,
uma vida muito bem vivida para um pequeno gato.
A ascensão de Stubbs à fama veio quando o povo da pequena cidade
de Talkeetna, no Alasca, escreveu seu nome no boletim de voto para
prefeito. Ele era um membro popular da comunidade porque vivia na Loja
Geral de Nagley, no coração da cidade, e se diz que as pessoas o achavam
mais merecedor do que os candidatos humanos.
O gerente geral da loja havia escolhido Stubbs de uma caixa cheia de
gatinhos porque Stubbs era incomum - ele não tinha uma cauda, e era um
personagem e tanto. Todas as tardes ele visitava um dos restaurantes da
cidade para tomar um copo de catnip, servido em uma taça de vinho.
A história do prefeito de gatos era uma grande publicidade para a
cidade. As pessoas que visitavam Denali (às vezes, conhecida como Monte
McKinley), a montanha mais alta dos Estados Unidos, paravam na loja
Talkeetna para visitar o prefeito. Ele tinha muitas fotos tiradas por turistas,
que depois compartilhavam a história com seus amigos. Stubbs gostou da
atenção, até que entrou em uma discussão com um cachorro, que o
machucou bastante.
Depois disso, Stubbs se tornou o rosto de uma nova campanha política
- não que ele soubesse alguma coisa sobre isso. Desta vez, ele foi proposto
como candidato na corrida para o Senado dos EUA, no Alasca. A ideia de
um gato sentado em uma cadeira no Senado é engraçada, e quem quer que
estivesse por trás disso estava defendendo um ponto político, mas Stubbs
estava feliz em sua cesta confortável na bancada da Nagley’s, vivendo sua
melhor vida de gato.
Larry

P or quase 100 anos, o cargo de chefe caçador de ratos do gabinete tem


sido um papel importante para o governo do Reino Unido. No
passado, os ratos e roedores eram um problema real nas casas das pessoas.
Eles se metiam em suprimentos alimentares e traziam doenças e pulgas para
dentro de casa. Até mesmo as grandes casas tinham o mesmo problema,
então, as pessoas mantinham gatos para manter os ratos e roedores longe.
Isso incluía os números 10 e 11 da Downing Street, onde viviam os
ministros mais importantes do governo do Reino Unido.
No passado, a única exigência era que o gato fosse “eficiente”, mas
em 2011, quando o primeiro-ministro David Cameron levou sua família a
um abrigo para animais para encontrar seu próprio chefe caçador de ratos,
eles estavam procurando um animal de estimação para seus filhos também.
Eles escolheram um belo gato tabby chamado Larry.
A mídia britânica adorava Larry, e havia muitas fotos dele nos jornais
e na internet. Larry recebeu os visitantes, incluindo os presidentes Obama e
Trump. O perfil de Larry no site do governo dizia: “Larry passa seus dias
saudando os hóspedes da casa, testando móveis antigos para a qualidade da
soneca… e contemplando uma solução para a ocupação da casa pelos
ratos”. O que isto realmente significa é que Larry era ruim em seu trabalho -
ele nunca pegou nenhum rato!
Então, um verdadeiro ratinho se mudou para a casa ao lado. Em 2016,
o chanceler do número 11 adotou um gato preto e branco chamado
Palmerston. Larry e Palmerston não gostavam um do outro, mas depois de
algumas brigas eles chegaram a um entendimento: Palmerston assumiu o
papel de chefe caçador de gatos, e Larry saudava os visitantes e
proporcionava oportunidades de fotos para a mídia. Apesar da mudança das
pessoas que viviam lá, Larry e Palmerston trabalharam juntos em Downing
Street até a aposentadoria de Palmerston, em 2020.
Sr. No Ears

O Sr. No Ears era um gato que você não podia perder. Ele era
completamente branco, com um olho só, sem orelhas e com muita
personalidade. Ele fazia parte de uma comunidade desgarrada que vivia ao
lado de uma praia ensolarada, em uma área turística popular, perto de
Albufiera, Portugal. As pessoas que visitavam a área para desfrutar do sol
português, belas praias, comida fabulosa e acolhimento caloroso, também
gostavam de conhecer esta colônia de gatos amigáveis. Os gatos também
adoravam os turistas porque eles os alimentavam e os acariciavam e, de
repente, o Sr. No Ears, o mais distinto de todos, tinha seguidores no
Facebook.
Sua página no Facebook era dirigida pela instituição de caridade que
cuidava dos gatos. Eles os levavam ao veterinário, se precisassem de ajuda,
e os alimentavam no inverno, quando todos os turistas tinham ido para casa.
O Sr. No Ears tornou-se o garoto-propaganda e mascote da instituição
porque era muito distinto.
Então, um dia, algumas pessoas raptaram o Sr. No Ears. Disseram que
era porque estavam preocupados e queriam tomar conta dele, mas a
caridade disse que era porque era famoso e o casal só queria ganhar
dinheiro. Houve uma batalha legal por causa dele, mas antes que pudesse
ser devolvido à sua família felina, o pobre Sr. No Ears morreu.
Mas, esta triste história tem um final feliz. A caridade ganhou muitos
apoiadores, e esses apoiadores doaram uma enorme quantia de dinheiro
para a instituição. Isto ajudou a caridade a continuar cuidando dos outros
gatos, então, o Sr. No Ears fez uma diferença real na vida de sua família
felina, e ele continua a fazer isso até hoje.
Leon, o Advogado

D urante uma forte chuva, um gatinho siamês decidiu refugiar-se em


um prédio de escritórios em Brasília, a capital do Brasil. O escritório
era a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma instituição
importante e muito séria. Seus membros não costumavam receber animais
através de suas portas.
O dilema para o pessoal era que este gatinho claramente não tinha uma
família e não tinha para onde ir. O que eles deveriam fazer? Eles poderiam
tê-lo empacotado e levado para um abrigo de animais, mas decidiram deixar
o gatinho ficar, pelo menos até que as chuvas passassem. Eles lhe deram
uma caixa e o alimentaram.
Infelizmente, eles começaram a receber reclamações sobre ter um gato
perdido em sua área de recepção. Isto lhes causou um problema. Receber
reclamações de seus visitantes não era bom para a organização, então,
fizeram uma coisa surpreendente - deram a ele um trabalho oficial como
recepcionista. Quando isto foi recebido com entusiasmo por seus
funcionários e membros da sociedade, decidiram promovê-lo e o gatinho se
tornou o Dr. Leon Advogato. Eles lhe deram seu próprio crachá e uma
gravata muito inteligente, para que ele pudesse cumprimentar os visitantes e
participar das reuniões.
Leon se tornou uma sensação do Instagram. Agora, ele é um gato
adulto muito bonito, com milhares de seguidores nas mídias sociais. Mas, a
OAB deu mais um passo adiante. Eles criaram um fundo beneficente para
apoiar as organizações que protegem os gatos de rua da região. Chama-se
Instituto Dr. Leon, encabeçado pelo próprio gato. Um de seus primeiros
projetos foi a criação de estações de alimentação para gatos de rua.
Quando Leon não está ocupado com seu trabalho beneficente, ele
ainda anda pelo prédio, encontrando e cumprimentando pessoas, e se
divertindo com brinquedos no escritório do diretor. Ele é um embaixador
incrível para a organização e para os gatos que trabalham em todos os
lugares.
Rusik

O s cães farejadores são uma visão comum nos aeroportos, e são


membros-chave da polícia e das forças de fronteira em todos os
lugares. Eles são treinados para usar seu olfato superior para farejar coisas
ilegais que as pessoas tentam contrabandear através das fronteiras. Mas,
você já ouviu falar de um gato farejador? Bem, esta é a história do Rusik, o
melhor detetive de peixes da Rússia.
Quando Rusik era um gatinho, em 2002, ele entrou em um posto de
controle da polícia em busca de comida. O posto estava em uma área da
Rússia que faz fronteira com o Mar Cáspio. Ele estava lá para impedir o
roubo ilegal de esturjão, um peixe ameaçado de extinção e altamente
apreciado. Os ovos de esturjão também são conhecidos como caviar, que é
uma iguaria cara e é vendido por enormes somas a restaurantes de alto nível
em todo o mundo.
A polícia do posto de controle adotou Rusik e o alimentou com restos
de peixe que haviam sido apreendidos de ladrões. Como Rusik cresceu
comendo esturjão, ele sabia exatamente como era o cheiro. Um dia, ele
saltou para a traseira de um carro e encontrou alguns peixes roubados.
Depois disso, ele se tornou a arma secreta da força policial porque era capaz
de farejar o esturjão, por mais bem escondido que estivesse. Na verdade, ele
até assumiu o trabalho do cão farejador.
A morte de Rusik, um ano depois, ainda é inexplicável. Alguns
acreditam que ele foi atropelado de propósito, por ser bom demais em seu
trabalho. Talvez, alguns dos ladrões e contrabandistas quisessem se livrar
dele. No entanto, Rusik mostrou à polícia que os gatos são parceiros ideais
na luta contra este comércio ilegal, que ameaça aniquilar toda a população
de esturjão do Mar Cáspio. Não é comum que um gato seja amigo de um
peixe, mas, talvez, seja hora de uma nova equipe de gatos farejadores
assumir a luta para salvá-los.
Towser

T owser era uma linda gata fofinha que vivia e trabalhava na destilaria
Glenturret, a destilaria de uísque mais antiga da Escócia, datada de
1775, e Towser foi sua principal caçadora de ratos entre 1963 e 1987.
O uísque é uma bebida alcoólica feita de grãos, cujos estoques eram
lugares atraentes para ratos e aves famintas. As destilarias precisavam de
gatos para manter os ratos à distância, e nenhum deles era melhor em seu
trabalho do que Towser. Ela levava seu trabalho muito a sério, livrando a
destilaria de 28.899 ratos em seus longos 24 anos de trabalho. Isto era uma
média de três ratos por dia. Diz-se que ela trouxe cada um de volta ao
zelador, a pessoa cujo trabalho era cuidar dos grandes alambiques de metal
dentro dos quais o uísque era feito. O que será que o zelador fazia com
todos esses ratos!
A extraordinária conquista de Towser lhe valeu um lugar no Livro dos
Recordes do Guinness, e até agora nenhum gato superou seu feito.
Após a morte de Towser, a destilaria encomendou uma bela estátua de
bronze para ficar na entrada, para que ninguém a esquecesse. Trinta anos
depois, eles também deram o nome Towser a um uísque.
Embora Towser não tivesse outro a sua altura, a tradição dos gatos de
destilaria continuou e Glenturret tem mantido um gato desde então, assim
como muitas destilarias ao redor do mundo. Eles não são mais necessários
para manter os ratos fora do grão, mas cumprimentam o pessoal pela
manhã, recebem os visitantes e são embaixadores adoráveis para as
empresas.
Pwditat

C ães e gatos não são conhecidos por serem os melhores amigos, mas
esta história do País de Gales é sobre uma relação improvável e
tocante entre um gato de rua e um cão deprimido, com visão ruim.
Terfel era um labrador cor de chocolate que foi dado a Judy Godfrey-
Brown por um homem que não podia mais ficar com ele. Depois de algum
tempo, Judy notou que a visão de Terfel estava piorando, então ela o levou
ao veterinário e ele foi diagnosticado com cataratas, uma condição ocular
comum que faz com que as lentes naturais dos olhos fiquem turvadas. À
medida que suas cataratas pioravam, Terfel não conseguia se acostumar a
este novo mundo nebuloso. Ele se tornou reservado e passou a maior parte
do tempo enrolado no sofá ou em sua cesta, sem vontade de se aventurar
porque não podia mais ver para onde estava indo. Ele era um cão muito
triste, até que um dia uma gata perdida apareceu na casa, como se ela
tivesse acabado de decidir que a casa de Judy seria seu novo lar. Ela entrou,
deu uma olhada em Terfel e parecia saber que ele precisava de ajuda. Foi o
início de uma reviravolta milagrosa na vida de Terfel. A gata começou a
guiá-lo, usando as patas para abrir-lhe as portas. Judy chamou a gata de
Pwditat, pronunciado “Puddy-Tat” e, com o tempo, a confiança entre gato e
cão foi se fortalecendo. Terfel seguia Pwditat para o jardim e eles até se
enrolavam juntos para dormir.
Quando Judy ficou muito velha para cuidar deles, um amigo e dono de
um gatil os levou. Ele ficou espantado com a amizade dos animais,
especialmente porque Pwditat era um pouco rude com os outros gatos, mas
para Terfel, Pwditat era a melhor amiga que um cão poderia ter.
Gatos Extraordinários

Os gatos costumam fazer coisas inesperadas. Eles têm


respostas de luta e voo bem ajustadas, o que significa que a
maioria deles, exceto os mais dóceis, fogem quando ouvem
algo que os assusta, ou assobiam ou chicoteiam quando se
sentem ameaçados.

A lgumas vezes, porém, há gatos que fazem as coisas mais


extraordinárias. Alguns, como Holly, neste capítulo, mostram
uma resistência surpreendente e um instinto místico de busca. A
viagem de Holly para casa foi de 320 km, mas isto não é nada
comparado a uma gata chamada Jessie, na Austrália, que teria viajado
3.200 km de volta para sua antiga casa. Seus donos haviam se mudado
e a levaram junto, deixando para trás seus outros dois gatos. Como
Jessie conseguiu voltar é um mistério.
Existem histórias notáveis de gatos com instintos de
sobrevivência tão fortes que fazem você acreditar que um gato
realmente tem nove vidas. Assim como o Flutuante Sam, no primeiro
capítulo deste livro. Neste capítulo, encontramos Ryzhik, que teve que
amputar suas patas, mas conseguiu se adaptar a quatro novas patas de
titânio.
E, depois, há os incríveis gatos parentais, aqueles que
protegem as crianças e outros animais do mal, como Masha, Tara e
Gatubela. Estas histórias são tão emocionantes que nos fazem
pensar na inteligência de um gato, e se eles têm uma espécie de
sexto sentido que os leva a fazer coisas tão surpreendentes e
maravilhosas. E Toldo, também, mostrou uma lealdade
excepcional depois que seu amado dono morreu.
Cada gato tem sua própria personalidade e, alguns,
provavelmente, fazem coisas notáveis que passam despercebidas.
Outros podem demonstrar uma consciência ou compreensão que as
pessoas dispensam porque não podem acreditar que um gato seria
capaz de tal coisa. Afinal, o que realmente sabemos sobre a vida
secreta dos gatos?
Felix

E m 1988, a história de Felix, a gata clandestina, fez os jornais quando


ela voou 288.100 km por todo o mundo, escondida no porão de um
avião da Pan-Am.
Felix, de alguma forma, conseguiu escapar de sua jaula em um voo de
Frankfurt, na Alemanha, para Los Angeles, nos Estados Unidos. Ela tinha
ido para casa com seus proprietários, a família Kubecki, que estava
morando em uma base da Força Aérea dos EUA na Alemanha. Quando sua
jaula chegou vazia, eles alertaram a companhia aérea, que foi em busca da
gata calico de dois anos, mas ela havia desaparecido. Os Kubeckis
pensavam o pior - ou Felix estava morta ou tinha sido roubada, mas, na
verdade, a pequena Felix estava jogando um jogo muito bom de esconde-
esconde.
Durante os 29 dias seguintes o avião continuou voando de Los
Angeles para a América do Sul, para vários países da Europa, e de volta aos
Estados Unidos. No total, Felix fez 64 voos, sobrevivendo lambendo a
condensação das paredes do avião, mas nenhum fio do pelo dela foi visto.
Então, na noite de Ano Novo, um bagageiro em Londres viu a cauda
de um animal quando a porta do porão estava se fechando para a
decolagem. Quando o voo retornou a Londres, no dia seguinte, a tripulação
conseguiu persuadir Felix a sair, magra, fraca e com muita fome. Um
membro da tripulação se ofereceu para tomar conta dela até que pudesse
voltar para casa. Eles encontraram os dados de contato dos Kubeckis a
partir de seu pedido de bagagem perdida.
Felix passou as semanas seguintes em quarentena para verificar que
ela não tinha nenhuma doença. Seu último voo foi muito diferente dos
outros 64. Ela retornou a Los Angeles em primeira classe, dormindo o
caminho todo após uma refeição de atum fresco. Seus donos estavam lá
para cumprimentá-la, assim como muitos fotógrafos que queriam uma foto
desta incrível gata exploradora do mundo.
Holly

A história de Holly seria notável para um cão, mas para uma pequena
gata tortoiseshell, não é nada menos do que milagrosa. Ela
mistificou seus donos e especialistas em animais desde 2013, quando ela
voltou à sua cidade natal depois de ter se perdido a 320 km de distância.
A história começou quando Jacob e Bonnie Richter foram de férias de
sua casa, em West Palm Beach, na Flórida, para um rali em Daytona. Eles
estavam em seu motorhome e levaram Holly junto porque ela era uma gata
doméstica, bastante acostumada a ficar lá dentro. Na última noite do rali
houve uma exibição de fogos de artifício que assustou tanto a Holly que ela
escapou pela porta e fugiu.
Com o coração pesado, os Richters acabaram voltando para casa, mas
eles nunca perderam a esperança. Holly tinha um microchip contendo os
detalhes de contato de sua família, e eles esperavam que alguém em
Daytona pudesse encontrá-la e entrar em contato. No entanto, as semanas
passaram sem uma chamada, e os Richters ficaram cada vez mais tristes.
Dois meses depois, Barb Mazzola viu uma magra gata tortoisehell se
abrigando atrás de sua casa. Parecia doente, então, ela deixou comida para
fora, acabando por criar confiança suficiente para persuadir a gata a entrar.
Barb levou a gata ao veterinário para ser examinada e o chip disse-lhes que
seus donos moravam a um quilômetro de distância. É claro que Barb e o
veterinário não tinham ideia de que a gata tinha realmente desaparecido tão
longe.
Ninguém jamais saberá como Holly conseguiu voltar para West Palm
Beach, mas ela tinha as patas inchadas, em carne viva, e suas garras
estavam gastas. Ela, provavelmente, havia caminhado por uma estrada em
vez de andar pelos campos. Pode ser que ela tenha seguido uma rodovia
movimentada que percorre toda a costa da Flórida, mas como ela sabia onde
isso levava é desconcertante. Os Richters ficaram encantados em tê-la em
sua casa, e ela rapidamente se recuperou de sua incrível viagem.
Kunkush

E m 2016, enquanto a guerra civil destruía o Iraque, muitos cidadãos


iraquianos fugiram de sua pátria para encontrar segurança em outros
países. Muitos fugiram apenas com as coisas que podiam carregar - as
coisas de que mais precisavam e as coisas que mais valorizavam. Para uma
mãe e seus cinco filhos, esse era seu gato, Kunkush, um lindo gato branco
de pelo longo.
A família viajou por terra e, depois, arriscou suas vidas atravessando o
trecho de água que separa a ilha de Lesbos, na Grécia, da Turquia
continental. Quando seu pequeno bote foi puxado para cima em uma praia
de desembarque, as pessoas desesperadas saíram do barco. No caos, a
gaiola de Kunkush quebrou e o gato aterrorizado fugiu.
As crianças e sua mãe haviam passado por tanta coisa, fugindo de sua
casa e de seu país, indo tão longe para alcançar a segurança, e ficaram
incrivelmente chateadas ao perder Kunkush. Após uma busca fracassada, a
família teve que continuar sua jornada para um novo lar. Outros países
estavam ajudando a Grécia a lidar com os milhares de refugiados que lá
chegavam, e foi oferecido à família um lar na Noruega. Eles estavam felizes
por estarem indo para um lugar seguro, mas com o coração partido por
terem que deixar Kunkush para trás.
Trabalhadores humanitários que sabiam de Kunkush o encontraram
alguns dias depois em um vilarejo próximo. Seu pelo estava sujo e fosco, e
os vadios locais o intimidavam. Sabendo o quanto sua família o amava, os
trabalhadores humanitários usaram as mídias sociais para tentar encontrá-
los. Uma comunidade mundial de amantes de gatos se reuniu e uma senhora
alemã se ofereceu para cuidar de Kunkush porque achavam que a família
tinha sido acolhida lá. Após vários meses de busca, eles finalmente
encontraram a família na Noruega, e Kunkush fez mais uma viagem até sua
nova casa. A reunião chorosa foi transmitida pela televisão ao redor do
mundo, pois a história de Kunkush havia tocado tantos corações - um final
feliz para uma família que havia passado por tanta dificuldade.
Gatos Heróis

As histórias de gatos fazendo coisas heroicas são raras, o que


as torna ainda mais espantosas. Ter provas em vídeo desses
feitos as torna irrefutáveis, como o vídeo de Tara, que lutou
contra o cão atacando o filho autista de quatro anos de idade
de sua família. Ela voou para o cão sem hesitar e com pouca
preocupação com sua própria segurança. Ela resgatou o
menino de mais danos e voltou para ver se ele estava bem.

S ammy fez uma coisa semelhante em Ohio, nos Estados Unidos,


em 2014. Ao ouvir os gritos de Izzy, seu amigo cão, ele correu
para a frente da casa e viu o pequeno terrier sendo atacado por um cão
grande e agressivo. Sammy arrepiou seu pelo e assobiou para o cão o
suficiente para distraí-lo, depois, correu com o cão grande em
perseguição. Deu à família tempo suficiente para recolher e resgatar o
pobrezinho Izzy, enquanto Sammy correu para cima de uma árvore em
segurança.
Outro gato foi saudado como herói quando resgatou seus cinco
filhotes em um incêndio, ficando tão gravemente queimada que
quase não se safou. Scarlett continuou voltando ao fogo para pegar
seus filhotes um a um. Ela tocou em cada um deles no nariz para
verificar se estavam todos lá e vivos. Ela não conseguia vê-los -
seus olhos estavam tão empolados - mas ela conseguiu encontrar
todos e trazê-los para um lugar seguro.
Algumas pessoas relataram que seus gatos salvaram suas vidas.
Uma gata chamada Cleo tornou-se o Herói Gato do Ano de uma
instituição de caridade do Reino Unido em 2014. Sua dona ficou
alarmada quando Cleo estava se comportando ansiosamente e, então,
encontrou seu marido tendo um ataque cardíaco. Cleo ficou com ele
enquanto os paramédicos o tratavam, apesar do fato de que ela,
geralmente, tinha medo de estranhos. Quando o homem voltou do
hospital, Cleo permaneceu ao seu lado até que se recuperasse.

Estas histórias demonstram que alguns gatos podem ser tão


protetores que fazem coisas heroicas, arriscando sua própria
segurança. As pessoas que experimentaram isso em primeira mão
são gratas e temerosas com seus gatos. Qualquer um que leia suas
histórias também acha fantásticas.
Ryzhik

A Sibéria é um lugar frio para se viver durante todo o ano. Há neve no


chão durante seis meses do ano, e as temperaturas caem para bem
abaixo de zero no inverno. É um lugar duro para as pessoas viverem e mais
difícil ainda para os gatos sobreviverem. Alguns sucumbem à geada e
precisam ser abatidos para cessar o sofrimento.
As chances de sobrevivência de Ryzhik eram pequenas quando ele foi
encontrado em Tomsk, a temperaturas abaixo de 40 graus negativos. Ele
tinha queimaduras de frio nas quatro patas, e a gangrena se instalava, mas
felizmente para Ryzhik, as pessoas que o encontraram queriam dar-lhe uma
chance de vida. Eles o levaram a um hábil veterinário chamado Sergey
Gorshkov, que concordou que não era a hora de Ryzhik morrer. Em vez
disso, ele criou quatro novas patas de titânio para ele e as implantou da
mesma forma que os implantes dentários são fixados na mandíbula. Ryzhik
se tornou o primeiro gato a ter quatro patas biônicas.
Quando Ryzhik acordou da operação, ele teve que aprender a andar
novamente. Não foi fácil. Ele não tinha flexibilidade em suas novas patas,
então, não podia pular, mas podia andar e subir escadas com uma pequena
ajuda, e encontrar um local ensolarado para dormir.
A clínica tornou-se a nova casa de Ryzhik e, mais tarde naquele ano,
em julho de 2019, Gorshkov realizou a mesma operação em uma gata
chamada Dymka, que tinha queimaduras de frio nas patas, na cauda e
orelhas. Desta vez, Gorshkov teve alguma ajuda. Cientistas da Universidade
Politécnica Tomsk usaram uma impressora 3D para criar os novos membros
para Dymka. Quando Dymka veio da cirurgia, ela também teve que
aprender a andar novamente, e ela teve Ryzhik para lhe mostrar como fazer.
Dymka agora vive com uma senhora que envia vídeos a Gorshkov
sobre como ela se move bem. Ela pode correr, pular e jogar, e está levando
uma boa vida, graças à habilidade e gentileza de algumas pessoas
extraordinárias.
Gatubela

Q uando Diana Lorena Álvarez encontrou seu filho bebê, Samuel,


rastejando pelo chão na sala de estar de seu apartamento em
Bogotá, Columbia, ela se perguntou como no mundo ele havia saído de seu
berço. Mais tarde, quando ela olhou para o bebê para ver como ele havia
feito isso, ela não podia acreditar em seus olhos. O que a espantou não foi
como Samuel havia escalado, mas como seu gato siamês o salvara de
ferimentos graves.
Gatubela estava no sofá, de olho em Samuel enquanto ele saía do
berço. Samuel, então, rastejou até ela para brincar, falando com ela em sua
própria linguazinha. Depois de um tempo, ele perdeu o interesse e decidiu
investigar o resto da sala. Samuel foi direto para a porta, talvez para
encontrar sua mãe. Ela havia deixado a porta aberta depois de sair da sala,
pensando que ele estava seguro em seu berço, mas havia uma escada muito
íngreme do lado de fora da sala.
Quando Samuel se aproximou da porta, Gatubela pulou em ação.
Rápida como um flash, ela correu até ele e saltou de costas, empurrando-o
até que ele parou em seu caminho. Ela, então, se posicionou entre Samuel e
a porta, como se estivesse se certificando de que ele não tentaria uma saída
novamente. Samuel sentou-se e conversou um pouco mais com a gata, que
estava abanando sua cauda. Ela, então, seduziu Samuel para longe do
perigo. Se a gata não tivesse agido a tempo, Samuel poderia ter caído das
escadas e se machucado muito antes de sua mãe voltar.
Os gatos siameses são conhecidos por sua inteligência, e as ações de
Gatubela indicam que eles também poderiam ter premonição. Era como se
ela soubesse o que aconteceria se não fizesse nada. Gatubela significa
“Mulher Gato” em espanhol e os pais de Samuel pensam que ela é uma
verdadeira super-heroína por sua intervenção naquele dia.
Masha

N uma noite fria de inverno em janeiro de 2015, Irina Lavrova ouviu o


que pensava ser um gato ferido nas escadas de seu bloco de
apartamentos na cidade de Obninsk, na Rússia. Irina correu pelas escadas
para investigar, preocupada com Masha, a gata comunitária que vivia numa
caixa de papelão no fundo da escadaria. Ela estava certa em estar
preocupada. O som vinha da caixa da Masha, mas mesmo que a gata
estivesse lá, não era Masha fazendo o barulho - era um bebê humano.
Irina ficou chocada. O que um bebê estava fazendo na caixa de um
gato em uma escadaria? O bebê estava bem-vestido, e ela encontrou um
saco de coisas de que o bebê precisava, então, Irina, uma enfermeira
aposentada, chegou à triste conclusão de que a mãe do bebê o havia
abandonado. Ela ligou para os serviços de emergência.
Quando os paramédicos chegaram, eles creditaram a Masha, uma gata
grande e incrivelmente fofa, por manter o bebê vivo. Parece que Masha
entrou na caixa com o bebê adormecido e o manteve aquecido por horas. Se
Masha não tivesse feito isso, as temperaturas abaixo de zero poderiam ter
causado hipotermia, o que é muito perigoso para os bebês.
Os paramédicos colocaram o bebê na ambulância e ficaram surpresos
ao ver que Masha queria ficar com ele. Ela até seguiu a ambulância
enquanto ela se afastava. Após os testes, ficou claro que o bebê estava bem,
e a equipe médica elogiou Masha como a verdadeira heroína daquela noite.
A história se tornou global, e tanto o bebê quanto Masha receberam
uma enxurrada de ofertas de alimentos, brinquedos e muito mais de pessoas
preocupadas com o bem-estar. Masha, no entanto, provavelmente, estava
apenas feliz por sua comunidade ter lhe mostrado um pouco mais de amor.
Tara

O que realmente entendemos sobre a ligação entre um gato de


estimação e sua família humana? Muitos pensam que é amor no
armário, ou seja, nos amam porque há comida no armário. Talvez um gato
apenas ame o lar quente e confortável e o carinho ocasional. Mas, a ligação
de Tara com seu amigo Jeremy, de quatro anos, foi um passo adiante
quando, em 2014, ela lutou contra um cão, salvando-o de um ataque
terrível.
Jeremy estava em sua garagem, brincando em sua bicicleta de
equilíbrio. Sua mãe também estava lá, mas não notou que o cão do lado
tinha conseguido escapar do portão. O pequeno cão viu algo se movendo
por baixo do carro, e seus instintos territoriais entraram em ação. Ele correu
ao redor do carro, agarrou a perna de Jeremy e o arrastou para longe de sua
bicicleta.
Antes mesmo da mãe de Jeremy entender o que estava acontecendo,
Tara, a gata, apareceu do nada e saltou para o cachorro, batendo nele com as
garras estendidas. O cão não tinha ideia do que o tinha atingido, e o choque
foi suficiente para que ele soltasse o menino. Tara, então, o afugentou,
assobiando e levantando o pelo, parecendo realmente muito assustadora!
Quando o cão fugiu, Tara correu imediatamente de volta para Jeremy, o que
mostra o quanto ela se sentia protetora em relação a ele.
Jeremy tinha uma mordida na perna, que precisava de alguns pontos,
mas, fora isso, ele estava bem. Todo o incidente foi gravado na câmera de
segurança da família e o pai de Jeremy o carregou no YouTube porque
achava que as ações de Tara eram extraordinárias. Mais de 25 milhões de
pessoas concordaram. Elas assistiram, compartilharam e as estações de TV,
de repente, quiseram conhecer Tara. Ela se tornou uma celebridade por um
tempo, não apenas em sua cidade natal Bakersfield, na Califórnia, mas em
todo os Estados Unidos.
A família será sempre grata a Tara pelo que ela fez naquele dia, e a
ligação entre Jeremy e sua heroica amiga se tornou mais forte do que nunca.
Toldo

É verdade que os gatos, às vezes, se comportam de maneiras estranhas,


mas ocasionalmente um gato faz algo tão fora do comum que tudo o
que você pode fazer é abanar a cabeça e se perguntar. Em 2011, em uma
pequena vila na região da Toscana, na Itália, um gato chamado Toldo fez
exatamente isso. Ele levou pequenos presentes para o túmulo de seu dono
todos os dias durante dois meses após sua morte.
A relação de Toldo com Renzo Iozzelli começou quando a família o
adotou de uma casa de adoção, três anos antes. Toldo cresceu e tornou-se
um gato bonito, que sempre foi afetuoso, especialmente com Renzo.
Frequentemente, a família encontrava presentes para eles na porta dos
fundos - não os presentes habituais de pequenos animais peludos, mas
galhos, palitos, palitos de dente e copos de plástico. Eles sabiam que era
Toldo porque o viram fazendo isso.
Infelizmente, Renzo morreu. No dia de seu funeral, Toldo farejou
todas as flores e, depois, seguiu o caixão até o cemitério da aldeia. No dia
seguinte, sua esposa e filha visitaram o túmulo e viram um pequeno ramo
de acácia em cima dele. A esposa de Renzo sabia que era de Toldo, mas sua
filha rejeitou a ideia, presumindo que fosse apenas um sinal do pesar de sua
mãe. Os gatos simplesmente não se comportam dessa maneira, não é
mesmo?
Naquela noite, o filho de Renzo visitou a cova e encontrou Toldo
sentado em cima dela. Durante dias depois, os visitantes do cemitério
veriam Toldo lá. Alguns o perseguiam acreditando que os animais não
pertenciam a um cemitério, mas Toldo continuava voltando, às vezes,
trazendo pequenos presentes a Renzo, como ele havia feito quando Renzo
era vivo. Talvez, a ligação entre um gato e seu humano seja mais forte do
que alguns pensam. Este é, certamente, o caso de Toldo e seu melhor amigo
humano.
All Ball

N inguém sabe por que a mãe de All Ball o rejeitou quando ele era um
gatinho de quatro semanas, mas ele teve a sorte de ter duas mães
adotivas muito incomuns. Uma era uma terrier, que cuidou dele por pouco
tempo, e a outra era uma enorme gorila das terras baixas chamada Koko.
Koko nasceu no Zoológico de São Francisco, nos Estados Unidos, em
1971. Ela passou a maior parte de sua vida sendo cuidada por Penny
Patterson, que a estudou e ensinou-lhe inglês e linguagem gestual. Diz-se
que a habilidade linguística de Koko era a mesma de uma criança de três
anos de idade, portanto, ela era capaz de se comunicar e se expressar.
Koko adorou as histórias do Gato de Botas e Os Três Pequenos
Gatinhos, e ela sinalizou que queria um gato. Eles lhe deram um brinquedo
realista para brincar, mas Koko se recusou a brincar com ele e sinalizou
“triste” repetidamente. Então, no seu décimo terceiro aniversário, eles a
apresentaram ao All Ball, ainda apenas um gatinho fofinho. Eles se deram
logo bem. Koko lhe deu seu nome, provavelmente porque ela adorava rimar
e ele parecia uma bola peluda.
Koko cuidou de All Ball como se ele fosse seu bebê, e All Ball
adorava se aconchegar nos grandes braços peludos de Koko. Uma foto
deles apareceu na capa da revista National Geographic e, imediatamente, o
mundo inteiro ficou admirado com eles - dois animais que nunca teriam se
encontrado na natureza, mostrando um ao outro tal carinho.
À medida que o All Ball foi ficando mais velho, ele começou a se
tornar mais independente, e se libertava dos abraços de Koko. Infelizmente,
um dia, ele escapou e correu para uma estrada movimentada.
Quando disseram a Koko que All Ball havia sido morto, seus
cuidadores disseram que demorou dez minutos para que a informação fosse
assimilada, então, Koko choramingou e sinalizou: “Triste”. Koko teve mais
gatinhos depois de All Ball, incluindo um relacionamento de longo prazo
com Smoky, que gostava de se empoleirar na cabeça de Koko, para seu
deleite.
Didga

V ocê provavelmente já viu cães fazendo truques incríveis, mas você


já viu um gato de skate? Bem, nem as pessoas do Guinness World
Records, até que conheceram Didga, em 2016.
Eles tiveram que viajar para a casa de Robert Dollwet, na Costa
Dourada da Austrália, para conhecê-la, mas valeu a pena a viagem. Robert e
Didga (abreviação de didgeridoo) fizeram um show tal que lhes deram o
título de recordistas mundiais de “Os truques mais feitos por um gato em
um minuto”. Didga realizou 20 truques, desde sentar-se, saltar até um giro.
O mais impressionante de todos foi saltar para as palmas das mãos
estendidas de Robert, duas patas de um lado e duas patas do outro, e depois
pular em um skate. Robert empurrou o skate pela sala e Didga pulou por
cima de uma pequena cerca, pousando de volta no skate em movimento.
Então, como Didga aprendeu tais truques? Devagar, de acordo com
Robert. Levou-lhe muito tempo e dedicação. Quando Robert resgatou
Didga de um abrigo, ele podia dizer que ela era inteligente e que faria
qualquer coisa por alguma carne crua de canguru, então Robert decidiu
treiná-la da mesma forma que um cão é treinado para fazer truques. Didga
recebia uma recompensa toda vez que fazia algo que Robert lhe pedia para
fazer, e isto era reforçado uma e outra vez. Ele lhe dava guloseimas no
skate, e o movia um pouco, o que acabou levando-a a gostar do skate, e a
ficar a bordo.
Robert disse que se ela não quisesse treinar, ele desistia e tentava
novamente outro dia, porque não se pode obrigar um gato a fazer nada que
ele não queira fazer. A segunda melhor coisa para Didga (depois do skate) é
sentar-se ao lado de Robert no sofá e ser acariciada quando ela precisa de
uma pausa em sua vida de superestrela.
Gatos Famosos

Se você perguntar a qualquer pessoa quem ela acha que é o


gato mais famoso de todos, você receberá respostas diferentes
de pessoas diferentes, dependendo da idade e do lugar onde
ela vive no mundo. Crianças e adolescentes podem dizer que
é um gato do Instagram ou uma estrela do YouTube, como a
Gata Mal-humorada, a Maru ou o gato que tiver mais
seguidores na época.

H á tantas estrelas da mídia social, todas com seu próprio visual


ou talento único. Uma pessoa mais velha pode conhecer o gato
modelo do estilista Karl Largerfeld, Choupette, ou os três gatos
celebridades pertencentes a Taylor Swift. Outros podem dizer Bob, o
gato que apareceu no livro e no filme Um gato de rua chamado Bob,
ou podem ter ouvido as histórias do astronauta Félicette ou do
milionário Tommaso.

Muitos gatos têm direito à fama - alguns têm uma medalha


por heroísmo, outros têm um recorde mundial ou um prêmio por
atuação. As pessoas concedem tudo isso e muito mais aos gatos
porque eles ocupam um lugar tão especial em nossos corações. Eles
têm um encanto ao qual muitos de nós não resistem.
Como acontece com as pessoas, a fama é fugaz, e amanhã pode
aparecer uma nova superestrela ou herói felino que leva o mundo por
uma tempestade. Podemos ver um gato ganhar um programa de TV de
talentos por tocar piano, ou um gato herói aparecendo nas manchetes
ao redor do mundo. Pode haver um gato espião de sucesso ou um gato
com uma história tão surpreendente que se torna o tema de um sucesso
de bilheteria de Hollywood, que bate recordes de bilheteria.
Por mais improvável que estes eventos soem, os gatos nunca
deixam de nos surpreender, entreter e divertir, por isso, não
sabemos o que vai acontecer no futuro. Veja este espaço para o
próximo gato famoso.
Grumpy Cat (Gata Mal-humorada)

A popularidade dos gatos em todo o mundo nunca foi maior do que


agora. Mesmo as pessoas sem gatos parecem amá-los e as coisas
bobas que fazem. É por isso que existem tantos vídeos de gatos na internet,
criando celebridades e “petfluencers”, animais que ajudam a vender
produtos on-line. E tudo começou com Grumpy Cat.
A gata mal-humorada, ou Tard, como sua família a chamava, era a
raquítica da ninhada. Ela era muito pequena e tinha problemas na
mandíbula, o que lhe causou uma boca abatida e uma expressão miserável.
Se Tard era uma gata feliz, simplesmente não parecia. A ascensão de Tard
ao estrelato da internet começou quando o irmão de seu dono publicou uma
foto dela na internet, em 2012, quando ela tinha cinco meses de idade.
Pessoas criativas que a viram transformaram a foto em gifs e memes,
acrescentando palavras que tornaram a foto ainda mais engraçada. Como
emojis, estes gifs de Tard ajudaram as pessoas a expressar emoções, tais
como desagrado, aborrecimento, irritação e todas as coisas mal-humoradas.
Seus proprietários viram como eles eram engraçados e criaram um
perfil online para Tard, dando-lhe o nome de Grumpy Cat. O resto é
história.
Grumpy Cat reuniu mais de 8 milhões de seguidores no Facebook, e
Tard apareceu na TV e em um filme. Tinha um trabalho de cera feito com
ela na famosa Madame Tussauds de Londres, e tinha uma gama de
mercadorias desde camisetas a brinquedos. Ela ficou ainda mais rica
quando foi ao tribunal para lutar contra uma empresa de café que usava seu
nome e semelhança em uma bebida de café chamada “Grumppuccino”. Ela
saiu de lá com 750.000 dólares em seu porta-gatos.
Tard ou Tardar Sauce para lhe dar seu nome completo, morreu aos sete
anos de idade, em sua casa, em Phoenix, Arizona, acariciada por seu dono.
Entre aqueles que a homenagearam estava Lil Bub e seus outros amigos
felinos famosos.
Snoopybabe

E m 2013, Snoopybabe tornou-se candidato ao título de gato mais


bonito da internet. Muito popular em sua terra natal, a China, com
centenas de milhares de seguidores em Weibo, o adorável rosto de
Snoopybabe logo atraiu a atenção da mídia mundial. Como o gato
rabugento, ele tinha uma boca abatida, mas em vez de parecer miserável, o
rosto redondo e fofo de Snoopybabe, os grandes olhos castanhos e a cauda
de tigre peludo fizeram com que ele parecesse um gatinho perdido que
precisava de algum amor. A comunidade online enviou-lhe muito amor na
forma de mensagens e compartilhando suas fotos.
O dono do Snoopybabe ficou surpreso com a rapidez com que sua
popularidade cresceu. Ele tinha carregado as primeiras fotos porque
Snoopybabe era um gato de exposição. Seus pais lhe deram sua boa
aparência - um era um gato americano, de pelo curto, e o outro era um
persa, dando-lhe seus grandes olhos. Mas, o que também contribuiu para a
popularidade de Snoopybabe foi o fato de que ele gostava de se vestir,
então, suas fotos o mostravam em muitas roupas bonitas. Ele,
provavelmente, estava apenas olhando para a câmera se perguntando por
que os humanos estão sempre tão ocupados e questionando por que eles não
se enroscavam e tiravam uma longa soneca agradável.
Mas, mesmo no auge de sua fama, Snoopybabe não conseguia superar
um gato japonês chamado Maru no posto de gato mais vigiado da internet.
A singularidade de Maru não era sua aparência, mas seu carinho por saltar
em pequenas caixas de papelão. Seus vídeos haviam sido vistos mais de 325
milhões de vezes em 2016, quando ele recebeu um Recorde Mundial do
Guinness. Mesmo quando lhe foi dado o certificado, ele parecia
decididamente pouco impressionado. Como Snoopybabe, ele
provavelmente se perguntava sobre o que era todo aquele alvoroço.
Felinos Famosos do Cinema

Provavelmente, um dos atores gatos mais impressionantes foi


Syn, um gato siamês que participou de dois filmes da Disney,
The Incredible Journey, em 1963, e O Diabólico Agente, dois
anos mais tarde. Syn co-estrelou com dois cães, um urso e um
lince.

O primeiro ator de gatos apareceu em um pequeno filme em preto


e branco chamado A Little Hero, em 1913. O gato é o vilão,
tentando entrar em uma gaiola, e o herói é um cão que afasta o gato
com a ajuda de alguns amigos cachorrinhos. O gato era Pepper, uma
estrela de cinema acidental que nasceu debaixo do assoalho de um
cenário de Hollywood. Quando ele levantou sua cabeça durante as
filmagens, o diretor o achou tão atraente que o adotou e o transformou
em uma estrela.
Um lindo gato persa chamado Solomon foi apresentado no filme
de James Bond, 007 só se vive duas vezes, como o adorado animal de
estimação do vilão Blofeld. No set, este pobre gato ficou tão assustado
com as explosões que tentou escapar e molhou todo o ator. Ele estava
ileso e, após um curto período, voltou a fazer acrobacias.
Dois gatos persas brancos, Foster e Fritz, foram usados para
fazer o papel do malvado Sr. Tickles no filme Como Cães e Gatos.
Eles protagonizavam ao lado de 31 outros gatos e 27 cães. Hoje, o
bem-estar animal é levado muito a sério, e a animação em
computação gráfica é usada em vez de submeter os gatos a
explosões ou fazê-los fazer acrobacias.
O 5º Festival de Cinema de Gatos de Taiwan aconteceu em 2020,
celebrando os gatos por seus papéis no cinema. E na França, a Palme
de Whiskers é um prêmio dado para a Melhor Performance Felina no
famoso Festival de Cinema de Cannes. É um prêmio irônico, mas que
chama a atenção para todos aqueles gatos glamourosos da grande tela.
Os gatos de Hemingway

E rnest Hemingway é um dos escritores mais famosos do século XX, e


um conhecido amante de gatos. Certa vez, ele escreveu: “Um gato
tem absoluta honestidade emocional: os seres humanos, por uma razão ou
outra, podem esconder seus sentimentos, mas um gato não esconde”.
Durante algum tempo, ele viveu em uma bela casa em Key West, Flórida,
rodeado por seus filhos e muitos gatos. Estas “fábricas de ronronar”, como
ele os chamava, o divertiam e lhe davam conforto.
A casa agora é o Museu Ernest Hemingway. Eles afirmam em seu site
que Hemingway recebeu um gato de seis dedos, chamado Branca de Neve,
do capitão de um navio quando Hemingway admirava as patas incomuns do
gato. Outros relatos chamam o gato de Bola de Neve, mas seja qual for seu
nome, parece que ele foi pai de vários gatinhos, pois agora existem mais de
40 gatos de seis dedos vivendo no museu, provavelmente, todos
descendentes dele.
Os gatos geralmente têm cinco dedos nas patas da frente e quatro nas
de trás, mas os gatos polidáctilos, ou gatos mitten, como são
carinhosamente chamados, têm seis dedos nas patas. Esta adaptação
genética torna suas patas maiores que as patas de outros gatos. Parece que
eles têm polegares. Diz-se que eles fazem bons gatos de navio, pois podem
agarrar melhor o convés quando perseguem ratos.
Quando Hemingway se mudou para Cuba, sua coleção de gatos
cresceu. Ele escreveu em uma carta que não notou realmente quantos gatos
tinha até que todos se mudaram, como uma migração em massa na hora da
alimentação. Mas, havia um gato especial na vida de Hemingway naquela
época. Boise era um companheiro constante, que passeava com ele ao
amanhecer, fazia-lhe companhia quando ele escrevia, e jantava com ele
todas as noites, às vezes, comendo de seu prato. Hemingway amava tanto
seu amigo felino que lhe dedicou 35 páginas em seu romance Ilhas na
Corrente (Islands in the Stream).
Tommaso

E m alguns países, um gato preto tem sorte. Em outros, azar. Mas, na


Itália, em 2011, um gato negro impressionante chamado Tommaso se
tornou o gato mais sortudo do mundo. Ele herdou 10 milhões de euros de
sua dona, tornando-se um dos gatos mais ricos de todos os tempos. Ele não
só herdou dinheiro, mas também casas, apartamentos e terrenos por toda a
Itália.
Tommaso tinha apenas quatro anos de idade quando sua dona morreu.
Ela tinha 94 anos, então, ele tinha entrado na vida dela tarde, mas ele
claramente lhe deu muito amor e prazer. A senhora havia herdado sua
riqueza de seu pai, que era um construtor bem-sucedido, e havia perdido
seu marido quando ela era bastante jovem. Ela sofria de solidão, por isso,
adotou Tommaso, que vivia nas ruas de Roma, e ele se tornou seu
companheiro de vida mais próximo. Em um testamento escrito à mão e
enviado a seus advogados, ela deixou sua fortuna para Tommaso, pedindo-
lhes que encontrassem uma instituição de caridade para cuidar dele. Eles
não conseguiram encontrar uma que desse à senhora a garantia que ela
queria. Entretanto, ela conheceu no parque uma mulher mais jovem que
também era amante de gatos. Stefania começou a levar seu próprio gato em
encontros de brincadeiras para a casa da senhora idosa, e eles estabeleceram
uma amizade. Stefania era enfermeira e começou a cuidar da senhora idosa,
ajudando-a a se lavar, dando-lhe refeições e ajudando-a a se locomover.
Quando a senhora morreu, Stefania disse: “Eu prometi a ela que
cuidaria do gato quando ela não estivesse mais por perto”. Ela queria ter
certeza de que Tommaso seria amado e acariciado. Mas, eu nunca imaginei
que ela tivesse esse tipo de riqueza”. Apesar de sua fortuna, Tommaso não é
o número um na lista dos animais ricos. Esse posto é de Gunther IV, um
alsaciano que vale cerca de US$ 375 milhões. Também na lista está o
Grumpy Cat, o gato de Taylor Swift, e um urso milionário autodidata
chamado Bart.
Choupette

C elebridade, modelo, estrela de Instagram, e herdeira - Choupette


viveu uma vida com a qual a maioria de nós só pode sonhar. A bela
gata Birman voou ao redor do mundo em jatos particulares, comeu caviar e
teve pessoas para cuidar de todas as suas necessidades.
A ascensão de Choupette à fama e à fortuna começou quando, como
uma gatinha, ela foi ficar com Karl Lagerfeld, um estilista muito famoso,
em seu apartamento em Paris. Seu proprietário, um modelo, teve que ir ao
exterior, então, ele pediu a Karl para cuidar dela. No início, Karl não estava
entusiasmado por causa de toda a pelagem em seu apartamento, mas
concordou porque sabia que os gatos, basicamente, cuidavam de si mesmos.
Entretanto, quando o amigo voltou e levou Choupette para casa, Karl ficou
tão chateado que não quis falar com ele. Seu amigo percebeu que Karl
havia se apaixonado por ela, então, ele devolveu Choupette a Karl. Ele
ficou muito comovido com isto, dizendo: “Ninguém poderia me dar um
presente mais bonito”, disse ele. “Ela trouxe sol à minha vida”.
Karl levou Choupette a todos os lugares com ele, e até projetou um
portador exclusivo para ela. Ela comeu caviar de pratos de prata, e sobre a
mesa, nunca no chão. Ela apareceu em revistas de moda, e a coleção de
moda de Karl em 2012 incluía um tom de azul que foi inspirado nos olhos
azuis penetrantes de Choupette.
Choupette se tornou uma milionária, com sua própria conta bancária.
Ela tinha uma gama de maquiagem com o seu nome, um livro e uma linha
de mercadorias. Ela foi até mesmo nomeada como embaixadora de um
fabricante de automóveis.
Quando Karl morreu, em 2019, ele deixou parte de sua fortuna para
Choupette para que ela pudesse ter a vida a que estava acostumada. Ela foi
morar com a governanta de Karl, que amava Choupette, mas ninguém
jamais poderia amá-la mais do que Karl.
Kedi

I stambul é uma cidade na Turquia onde a Europa encontra a Ásia. Os


comerciantes visitam há milhares de anos navios que transportam ouro,
sedas e especiarias. Alguns dos gatos do navio saltariam para a costa, e hoje
há todo tipo de gato imaginável vivendo nas ruas.
Sete desses desgarrados são as estrelas de um filme documentário,
Kedi, que é gato em turco. Dois dos gatos, Sari e Bengü, são mães devotas.
Sari é uma fêmea gengibre e branco que passeia pelos cafés e barracas de
mercado procurando comida para seus filhotes. Bengü encanta os
pescadores robustos para alimentá-la e cuidar dela. O diretor montou uma
câmera em um carrinho de brinquedo para seguir os gatos ao longo das ruas
e voltar para seus filhotes. Ali estão os gatos chefes, Psikopat e Gamsiz.
Psikopat é uma ladra de peixe, que intimida sua companheira e aterroriza os
outros gatos e cães locais. Gamsiz é um gato que vai aonde gosta e faz o
que lhe agrada. Ele entra nas casas das pessoas e as incomoda até que elas
lhe deem comida.
Lá estão os gatos do restaurante, Aslan e Duman. Aslan é um gato
lindo que, um dia, apareceu em um restaurante à beira-mar e começou a
livrar a área de ratos em troca de comida. “Nós não lhe dissemos para caçar
os ratos. Ele apenas o assumiu como seu dever”. Duman é um gato grande,
com gostos refinados e boas maneiras. Ele não incomoda os comensais e
nunca entra no restaurante, mesmo que a porta esteja aberta. Ele
simplesmente se levanta e pega na janela sua carne defumada e seu queijo.
Deniz é um jovem macho que vive no mercado e é amigo de todos os
gatos e humanos. Ele é malicioso e os comerciantes do mercado o amam.
O filme capturou os corações das pessoas ao redor do mundo,
ganhando mais de US$ 2,7 milhões somente nos EUA. A diretora, Ceyda
Toran, chama-lhe sua carta de amor para a cidade e seus gatos, sem os quais
Istambul perderia parte de sua alma.
Luigi

L uigi, o gato, e seu melhor amigo, Bandito, o pug, atraíram muita


atenção on-line quando seus donos os levaram em uma viagem por
toda a Espanha, e fizeram o upload de fotos pelo caminho. Segundo os
proprietários Sebastian (Seb) Smetham e Finn Paus, foi Luigi quem
primeiro decidiu saltar em uma mochila, e se empoleirar ali como uma
coruja. E o que quer que Luigi fizesse, Bandito queria fazer o mesmo, então
ele também pulou! Eles passaram 46 dias juntos, percorrendo o Caminho de
Santiago, uma rede de antigas trilhas de peregrinos pelo norte da Espanha.
O cão e o gato, às vezes, caminhavam, às vezes, se acalmavam no seu
carrinho de estimação. Os quatro, então, continuaram a viagem pela
Espanha, sentindo-se seguros e felizes na companhia uns dos outros.
Em um vídeo, Seb disse que o “bromance” entre o cão e o gato tinha
começado em seu apartamento em Barcelona, com o Bandito dando banho
de amor e lambidas no Luigi, e Luigi respondendo com brincadeiras de luta
e diversão. Seb e Finn decidiram fazer uma grande viagem, mas eles não
queriam deixar os animais para trás, então, eles os acostumaram com a
barraca e o buggy, instalando-os no apartamento. Primeiro, eles os levaram
em viagens de um dia antes de enfrentar o Caminho de Santiago.
Instalaram-se novamente em Marbella, no sul da Espanha, e foi aqui que
Bandito ficou indisposto. Sua respiração mudou, então, eles o levaram ao
veterinário e tomaram muitos remédios, mas infelizmente Bandito não
conseguiu passar daquela noite. Luigi tinha perdido seu melhor amigo e,
segundo Seb, parecia mostrar sua tristeza.
Dois dias depois, souberam que um abrigo para animais estava
procurando um lar para dois gatinhos de cinco semanas que haviam sido
abandonados. Parecia o destino. Eles trouxeram os gatinhos para casa, e não
demorou muito até que Luigi os banhasse com o amor e a diversão que
Bandito tanto apreciara. “Em cerca de uma semana”, disse Seb, “eles
estavam dormindo juntos. Nascia uma nova amizade”.
Bob

B ob é conhecido mundialmente como o tema do popular livro e filme


O gato de rua chamado Bob. Quando o ginger tomcat decidiu
compartilhar sua vida com um sem-teto, James Bowen, a lealdade e o amor
entre eles não foi apenas extraordinário, mas mudou tanto suas vidas quanto
sua sorte para sempre.
James nasceu no Reino Unido, mas mudou-se para a Austrália quando
seus pais se divorciaram. Ele foi intimidado na escola e se tornou um pouco
“excluído”, então, aos 18 anos, voltou para a Inglaterra e começou a dormir
nas ruas de Londres. Dez anos depois, foi oferecido a James um lugar
temporário para ficar. Todos os dias ele ia de ônibus e começou a vender
The Big Issue, uma revista que permite que seus vendedores sem-teto
ganhem dinheiro. Uma noite, James encontrou um gato ferido na escadaria.
James perguntou por aí, mas ninguém conhecia o gato, então, ele juntou o
dinheiro que tinha e o levou ao veterinário. O gato recebeu um remédio,
então, James decidiu cuidar dele até que estivesse melhor, e então ele o
deixaria ir.
Chegou o dia, e James saiu de novo com seu violão, mas quando
chegou à parada do ônibus, viu que o gato o havia seguido. Então, o gato
saltou para o ônibus. James achou que ele queria ir junto, então o levou para
seu ponto de ônibus em Covent Garden e, depois, para casa em seus
ombros. No dia seguinte, James comprou-lhe um cachecol e um lenço de
malha, e deu-lhe o nome de Bob. Os dias se passaram e esta dupla
improvável conseguiu muitos admiradores. Os habitantes locais compraram
a revista e os turistas carregaram fotos e vídeos para as mídias sociais.
Logo, um agente literário os viu e embarcaram juntos em uma
carreira. Em 2019, cada um deles encontrou um novo tipo de amor. James
conheceu Monika e Bob conheceu sua gata tortoiseshell Pom, e como em
todas as boas histórias, eles viveram felizes para sempre até que Bob
morreu tristemente em 2020. James credita a Bob a mudança em sua vida.
Cuidando de Gatos e Gatinhos
Os gatos são criaturas independentes que não precisam ou
querem muito de seus humanos, mas há algumas coisas muito
importantes que você deve fazer como um bom dono de animais
de estimação.

Faça seu gatinho se sentir seguro


É importante proporcionar um espaço seguro para dormir - idealmente
uma cama macia, longe de ruídos e correntes de ar. Seu gatinho pode
ou não dormir lá, mas ele precisa de algum lugar para ir se estiver
assustado.

Treinamento
Assim que você trouxer um gato ou gatinho para casa, mostre-lhe sua
caixa de areia. Os gatos são animais limpos e gostam de cobrir seu
cocô, por isso aprenderão rapidamente a usá-la. Você deve trocar a
areia regularmente.
Alimento
O alimento especial para gatinhos tem os nutrientes de que eles
precisam para se transformarem em gatos saudáveis. Os gatinhos
preferem refeições pequenas ao longo do dia, mas os gatos podem
fazer apenas uma ou duas refeições maiores.

Exercício
Os gatos precisam de muitos brinquedos para mantê-los ativos. Gire os
brinquedos e use diferentes itens para garantir que eles não fiquem
entediados.

Raspar postes
É natural para um gato raspar. Ele aguça suas garras e exercita seus
músculos. Se você não quer seus móveis arranhados, certifique-se de
ter um poste de arranhar!

Asseio
Os gatos adoram ser escovados e isso também é bom para eles. Eles
passam um terço do tempo em que estão acordados, geralmente,
engolindo cabelos soltos. Isto leva a bolas de pelo na garganta, e pode
levar a problemas digestivos.

Vacinas
Vacinas previnem que seu gato adoeça, portanto, certifique-se de levá-
lo ao veterinário para suas injeções.
Pulgas
Pulgas adoram gatos. Elas se escondem em seu pelo e se alimentam de
seu sangue. O uso regular de tratamento contra pulgas significa que
você não terá pulgas em sua casa e elas não irritarão seu gato.

Amor
Os gatos decidem quando querem afeto e quando não querem. Quando
não querem, é melhor deixá-los em paz, pois eles podem arranhar ou
morder você. Mas, quando o fazem, é a melhor sensação - acariciar seu
amigo peludo.

Não se esqueça, há muitos gatos em casas de resgate à procura de


alguém especial para cuidar deles.
Leitura adicional

Saiba mais sobre os gatos neste livro:


Trim, the Cartographer’s Cat de Matthew Flinders
Este relato em primeira mão foi escrito pelo Capitão Flinders sobre seu corajoso gato
marinho.
The Animal Victoria Cross: A Dickin Medal de Peter Hawthorne
Um livro dos ganhadores da Medalha Dickin, com Simon, o único gato a receber a
medalha.
https://historycollection.com/improbable-tale-unsinkable-sam-ships-cats-history/
Com fotografias do Flutuante Sam e outros gatos que navegaram no alto mar.
www.kedifilm.com
Para assistir ao maravilhoso documentário sobre os gatos de rua de Istambul.
A Street Cat Named Bob de James Bowen
A comovente história de como Bob mudou a vida de um sem-teto e o ajudou a se
curar.
www.presidentialpetmuseum.com
O site do Museu Presidencial de Animais de Estimação, dedicado aos animais de
estimação que viveram na Casa Branca, incluindo Sião.
www.pbs.org/tesla/ll/story_youth.html
O próprio relato de Nikola Tesla de como seu gato Mačak despertou sua imaginação
infantil e o levou a se tornar um brilhante cientista.
www.hemingwayhome.com/cats/
O site da casa e museu Ernest Hemingway mostrando fotos de seus gatos polidáctilos.
Lost and Found Cat de Doug Kuntz e Amy Shrodes
Um livro ilustrado sobre a incrível jornada de Kunkush.
Guinness World Records
Veja Didga executando seus truques de quebrar recordes em seu canal no YouTube.

Agradecimentos
Com agradecimentos a: thegreatcat.org • The Moscow Times • Daily Mail • The Telegraph • The New
York Times (Holly) • The Los Angeles Times (Felix) • The Guardian/BBC/Buzzfeed (Kunkush) • BBC
(Rusik) • algarvedailynew.com (Mr No Ears) • Instagram @dr_leon_advogato (Leon) • Metro/Diana
Lorena Álvarez (Gatubela) • Kokoflix, Youtube (All Ball) • Nagley’s Store (Stubbs) •
Scotchwhisky.com (Towser) • The Washington Post/Animal Planet/My Cat from Hell (Tara) • The
Guardian/Ruptly/University Fox (Masha) • La Nazione/Huffington Post/ italymagazine.com (Toldo)
• NatGeoWild/Wales Online/Huffington Post/Dogtime.com (Pwditat) • The Dodo, YouTube (Luigi) •
Instagram @realgrumpycat (Grumpy Cat) • Daily Mail (Snoopybabe) • The Guardian (Tommaso) •
Mirror (Ryzhik) • Harpers Bazaar/BBC (Choupette).

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