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Dálmata (cão)

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Dálmata

Dálmata, fêmea adulta

Nome original Dalmatinac

Outros nomes Dálmata

País de origem Croácia

Características

Peso 15-32 kg

Altura do macho 56-62 cm na cernelha

Altura da fêmea 54-60 cm na cernelha

Pelagem curto

Cor sempre branco e com manchas pretas

Expectativa de 12-15 anos


vida
Classificação e padrões

Federação Cinológica Internacional

Grupo 6 - Sabujos Farejadores e Raças


Assemelhadas

Seção 3 - Raças semelhantes

Estalão #153 - 14 de abril de 1999

Dálmata (em croata: Dalmatinac) é uma raça canina antiga, oriunda do Leste
Europeu, da região da Dalmácia, e reconhecida por sua característica pelagem
manchada.[1] Cão muito utilizado para a caça de aves e, durante a Idade Média,
foi também utilizado para acompanhar as carruagens.[2] Demonstra aptidão para
o acompanhamento da caça e para guarda e foi tornado o mascote dos
bombeiros dos EUA por ter sido hábil nos resgates em incêndios utilizado tanto
pelos bombeiros quanto pela polícia estadunidense.

Origem e história da raça

Cão Dálmata, 1915

Sua história é longamente conhecida no ocidente europeu desde, pelo menos,


o século XVI,[3] embora, suas origens mais remotas sejam ainda difíceis de
identificar. Algumas inscrições encontradas em tumbas no Egito Antigo[4] e
inscrições rupestres na Grécia Antiga[3] sugerem já haver o conhecimento de
cães manchados e de porte longilíneo nessas regiões há alguns milhares de
anos, ainda que essas imagens não sejam suficientes para assegurarem se
tratar de ancestral direto do cão de hoje conhecido como dálmata, sua
semelhança estética sugere algum parentesco.
Ainda sobre sua origem, a associação que se tornou mais popular refere-se ao
nome oriundo da região da Dalmácia, região que abrange territórios das atuais
Croácia, Bósnia, Herzegovina e Montenegro, na costa leste do mar Adriático e
que consta do primeiro registro sobre a raça em 1780.[5] Ele também foi
conhecido como um cão turco,[4] mas foi na Inglaterra que ele tornou-se distinto
cão da nobreza que o utilizava para acompanhamento estilístico das
carruagens. Foi levado aos EUA ainda no século XVIII, quando, em 1787,
George Washington adquiriu uma fêmea acompanhante de carruagem como
presente para sua esposa.[6] O primeiro registro no Kennel Club estadunidense
da raça dálmata ocorreu em outubro de 1887, tratava-se de uma fêmea
chamada Bessie.[7]
Além desses usos estéticos da raça para acompanhar carruagens das
nobrezas europeia e estadunidense, o dálmata foi muito usado também como
cão de guarda de estábulos e cães de caça de aves na Inglaterra e outros
países europeus.[8][9] Graças à sua característica pelagem, os dálmatas
tornaram-se famosos e figuraram na literatura e no cinema. Seu primeiro
registro literário aparece em 1790 na publicação britânica de autoria de
Thomas Bewick.[10]
Em 1961, tem sua estreia no mundo do cinema na animação
da Disney intitulada One Hundred and One Dalmatians e sua versão para
cinema de 1996 os 101 Dálmatas.

Características físicas
Fisicamente, o padrão definido pelo Kennel club recomenda que os dálmatas
machos tenham a altura da cernelha entre 56 e 62 centímetros e as fêmeas
entre 54 e 60 centímetros.[11] O peso do dálmata adulto[12] pode variar, seu ideal
é mediano, não excessivamente magro, mas com contornos de cintura e tórax
marcados. Sua pelagem é curta, lisa, predominantemente branca com pintas
pretas ou chocolate, sempre bicolores (cães com mais de duas cores são
desclassificados[13]). Os dois principais problemas de saúde são perda
auditiva [14] e problemas renais. Outros problemas se tornaram preocupação
geral do mercado de cães de portes médios e grandes embora não haja
referência estatisticamente relevante de demais problemas de saúde nessa
raça que estejam registrados na literatura científica (ver a esse respeito as
referências bibliográficas a seguir). Sua personalidade é ativa, energética. Não
é um cão recomendado para espaços limitados ou tutores com pouca
disposição para atividades físicas e treinos.[9]

Temperamento
Criado para correr por muitos quilômetros, o dálmata tem uma empolgação
incansável. Ele é um companheiro divertido e impaciente, que precisa de muito
exercício em área segura para se comportar bem em casa. Ele ama correr e
poder perambular por aí. Geralmente se dá bem com outros animais da casa.
Ele pode ser teimoso. Devem ter socialização com pessoas e outros animais
desde filhotes.[15]

Saúde
• Principais Preocupações: perda auditiva[16] e problemas renais[17][18][19]
• Preocupações Menores: hipotireoidismo,[20][21] demodicose[22][23][24][25]
• Vistos Ocasionalmente: CHD, vWD, epilepsia[26]
• Exames Sugeridos: teste de audição (BAER) e de displasia
coxofemoral (exclusivamente por se tratar de raça de porte médio
porque não há evidência estatística relevante desse problema na
raça[27])
• Expectativa de vida: 12-15 anos[28]
• Observações: Uma deficiência comum no dálmata é a sua
incapacidade de metabolizar ácido úrico em alantoína, o que gera a
tendência a formar
cálculos urinários (pedras renais).[29][30]

Referências
1. ↑ SHUE, Hellen W. (1996). Dalmatians: a new owner's guide to Dalmatians. USA:
T.F.H. p. 8
2. ↑ TRIMBLE, H., KEELEK, C. Preference of Dalmatian Dogs for Particular Positions
in Coach Running, and Inheritance of this Character. Nature 144, 671–672
(1939). https://doi.org/10.1038/144671b0
3. ↑ Ir para:a b SHUE, Helen W. (1996) Dalmatians: a new owner's guide to Dalmatians.
T.F.H Publications, Inc. One TFG Plaza. NJ: United States. Pág. 8-19.
4. ↑ Ir para:a b CAMP, Frances. (2012). Ancient Beginnings. In: Dalmatian: a
Comprehensive Guide to Owning and Caring for Your Dog. Lumina Media;Kennel
Club Books, LLC.
5. ↑ SHUE, Helen W. (1996) Dalmatians: a new owner's guide to Dalmatians. T.F.H
Publications, Inc. One TFG Plaza. NJ: United States. Pág. 16
6. ↑ SHUE, Helen W. (1996) Dalmatians: a new owner's guide to Dalmatians. T.F.H
Publications, Inc. One TFG Plaza. NJ: United States. Pág. 16.
7. ↑ SHUE, Helen W. (1996) Dalmatians: a new owner's guide to Dalmatians. T.F.H
Publications, Inc. One TFG Plaza. NJ: United States. Pág. 13.
8. ↑ Fogle (2009), pág 210
9. ↑ Ir para:a b Dog Times. «Cães-DÁLMATA». Dogtimes.com.br. Consultado em 22 de
abril de 2010
10. ↑ SHUE, Helen W. (1996) Dalmatians: a new owner's guide to Dalmatians. T.F.H
Publications, Inc. One TFG Plaza. NJ: United States. Pág. 18.
11. ↑ CBKC (2014) Julgando o Dálmata. Pág. 3 Disponível
em: https://cbkc.org/application/views/imagens/noticias/pdf-noticias_16.pdf
12. ↑ CBKC (2014) Julgando o Dálmata. Pág. 2. Disponível
em: https://cbkc.org/application/views/imagens/noticias/pdf-noticias_16.pdf
13. ↑ CBKC (2014) Julgando o Dálmata. Pág. 17. Disponível
em: https://cbkc.org/application/views/imagens/noticias/pdf-noticias_16.pdf
14. ↑ MAIR, I.W.S. Hereditary deafness in the Dalmatian dog. Arch Otorhinolaryngol
212, 1–14 (1976).
15. ↑ «Temperamento do Dálmata»
16. ↑ Vasiliadis, Danae; Metzger, Julia; Distl, Ottmar (26 de março de
2020). «Demographic assessment of the Dalmatian dog – effective population size,
linkage disequilibrium and inbreeding coefficients». Canine Medicine and
Genetics (1). 3 páginas. ISSN 2662-9380. PMC 7371805
. PMID 32835229. doi:10.1186/s40575-020-00082-y. Consultado em 8 de
fevereiro de 2021
17. ↑ SCHAILBLE, Robert H. Genetic Predisposition to Purine Uroliths in Dalmatian
Dogs. Elsevier. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice. Volume
16, Issue 1, January 1986, Pages 127-131
18. ↑ BANNASCH, Danika; SAFRA, Noa et alii. Mutations in the SLC2A9 Gene Cause
Hyperuricosuria and Hyperuricemia in the Dog PLoS Genetics. Vol. 4, Issue 11.
November, 2008.
19. ↑ BARTGES, Joseph W. OSBORNE, Carl A. et alii. Canine Urate Urolithiasis:
Etiopathogenesis, Diagnosis, and Management. 1999 W.B. Saunders Company.
Published by Elsevier Inc. All rights reserved.
20. ↑ «Dalmatians Are Ranked Among Breeds Susceptible to
Hypothyroidism». www.purinaproclub.com (em inglês). Consultado em 8 de
fevereiro de 2021
21. ↑ «The Dalmatian Club of America Information on Thyroid
Disorders». www.thedca.org. Consultado em 8 de fevereiro de 2021
22. ↑ DIDIER-NOËL, C. Anamnese. In: Diagnóstico dermatológico: avaliação clínica e
exames imediatos. São Paulo: Roca, 2004. p. 4.
23. ↑ FOIL, C. S. A pele. In: HOSKINS, J. D. Pediatria veterinária: cães e gatos do
nascimento aos seis meses. Rio de Janeiro: Interlivros, 1997. p. 205-253.
24. ↑ GUERETZ, Juliano Santos. Prevalência Pontual de Demodex Canis e de
Demodicosa em Parcela da População Canina, na Cidade de Guarapuava -
Paraná. (Pág. 9). Dissertação de Mestrado. Curitiba: UFPR, 2005.
25. ↑ TOLEDO, Flavia Gusi. Demociose canina. São Paulo: UniFMU - Faculdades
Metropolitanas Unidas: 2009. Pág. 27
26. ↑ Hülsmeyer, Velia-Isabel; Fischer, Andrea; Mandigers, Paul J.J.; DeRisio, Luisa;
Berendt, Mette; Rusbridge, Clare; Bhatti, Sofie F.M.; Pakozdy, Akos; Patterson,
Edward E. (28 de agosto de 2015). «International Veterinary Epilepsy Task Force's
current understanding of idiopathic epilepsy of genetic or suspected genetic origin
in purebred dogs». BMC Veterinary Research. ISSN 1746-6148. PMC 4552344
. PMID 26316206. doi:10.1186/s12917-015-0463-0. Consultado em 8 de
fevereiro de 2021
27. ↑ VASILIADIS, D., METZGER, J. & DISTL, O. Demographic assessment of the
Dalmatian dog – effective population size, linkage disequilibrium and inbreeding
coefficients. Canine Genet Epidemiol 7, 3 (2020).
28. ↑ CAMP, Frances. Your Senior Dalmatian. In: (2012) Dalmatian: a Comprehensive
Guide to Owning and Caring for Your Dog. Lumina Media;Kennel Club Books, LLC.
29. ↑ BANNASCH, Danika; SAFRA, Noa et alii. Mutations in the SLC2A9 Gene Cause
Hyperuricosuria and Hyperuricemia in the Dog. PLoS Genetics, Vol. 4, Issue 11.
November, 2008.
30. ↑ «Saúde do Dálmata»

Galeria


Coração de Dálmata. Em exposição no MAV/USP.

Ver também
• Outras raças

Bibliografia
• CAMP, Frances. (2012) Dalmatian: a Comprehensive Guide to
Owning and Caring for Your Dog. Lumina Media;Kennel Club Books,
LLC. ISBN 9781593782252
• FOGLE, Bruce (2009). Cães. 1ª ed. Brasil: Jorge
Zahar. ISBN 9788537801338
• MAIR, I.W.S. Hereditary deafness in the Dalmatian dog. Arch
Otorhinolaryngol 212, 1–14 (1976).
https://doi.org/10.1007/BF00456358
• PALUMBO, M.I.P.; RESENDE, L.A.L.; MAYHEW,
I.G.J. and BORGES, A.S.. Brainstem auditory evoked potential
testing in Dalmatian dogs in Brazil. Arq. Bras. Med. Vet.
Zootec. 2014, vol.66, n.2, pp.433-438. ISSN 0102-
0935. https://doi.org/10.1590/1678-41625984.
• SHUE, Helen W. (1996) Dalmatians: a new owner's guide to
Dalmatians. T.F.H Publications, Inc. One TFG Plaza. NJ: United
States. ISBN 079382754X
• TRIMBLE, H., KEELEK, C. Preference of Dalmatian Dogs for
Particular Positions in Coach Running, and Inheritance of this
Character. Nature 144, 671–672 (1939).
https://doi.org/10.1038/144671b0
• VASILIADIS, D., METZGER, J. & DISTL, O. Demographic
assessment of the Dalmatian dog – effective population size, linkage
disequilibrium and inbreeding coefficients. Canine Genet Epidemiol 7,
3 (2020). https://doi.org/10.1186/s40575-020-00082-y
Ligações externas

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Dálmata (cão)

• «Confederação Brasileira de Cinofilia». www.cbkc.org


• «Clube Português de Canicultura». www.cpc.pt
• «Fédération Cynologique Internationale» (em espanhol). www.fci.be
• «Utilidades gerais - DogTimes». www.dogtimes.com.br
• «Dicionário de Cinologia» (em português do Brasil)

Nota linguística: Na busca pela padronização de uma nomenclatura ^ e para adequar a grafia

da Wikipédia às normas do português, os nomes das raças - alguns mantidos no original (Fogle (2009))
- estão grafados em iniciais minúsculas, como também visto em dicionário de Cinologia. Todavia, as
entidades cinófilas - CBKC do Brasil, CPC de Portugal e FCI - possuem o padrão adotado em maiúsculas,
assim como a Enciclopédia Conhecer (vol. II, p. 414).

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FCI: Grupo 6 sabujos farejadores e raças assemelhadas

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