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Planos de aula / História / 9º ano / Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946

Direitos humanos e combate à homofobia


Por: Isis Fernanda Ferrari / 07 de Abril de 2019

Código: HIS9_26UND03

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola

Professor: Isis Ferrari

Mentor: Fernando Menezes

Especialista: Sherol dos Santos

Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso

Ano: 9º ano do Ensino Fundamental.

Unidade temática: Modernização, Ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.

Objeto(s) de conhecimento: Os protagonismos da sociedade civil e as alterações da sociedade brasileira. A questão da violência contra populações
marginalizadas.

Habilidade(s) da BNCC: (EF09HI26) Discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas (negros, indígenas, mulheres,
homossexuais, camponeses, pobres etc.) com vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz, empatia e respeito às pessoas.

Palavras-chave: Homofobia, direitos humanos.

Materiais complementares

Documento
Violência LGBTFóbicas no Brasil
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nJpRP44CVkC5ammTWSsNcnrECu5dr3z4DDZ3UK5ty7dfqBFkxK37js9Daufp/violencia-
lgbtfobicas-no-brasil.pdf

Documento
Preconceito, Discriminação, Fobia
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HK43KmuAvmMq2M32GX5gkbYwHhQ7az65jjFYJzfvYuvcDAWFXKR2ZaYPbnWe/preconceito-
discriminacao-fobia.pdf

Documento
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Dcbqqu3uuUfMWbRxnCunqTpmCpUZhqz3CtjPwP4RbKcRkpMKGTsjZnYTkRD2/constituicao-
da-republica-federativa-do-brasil-de-1988.pdf

Documento
Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ahTyZBekHKekznKBKEhQC7vqDxdqAX5pHHPykg2YAxCZP2YqjQpmtWSh4m54/pacto-
nacional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica.pdf

Documento
Conselho de Direitos Humanos da ONU
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EZXMGhjTeyV9uuG5YuTs5vXmJUXRqYAbrkJRUfzhGzDDB4MkAQa8AvW8EUpB/conselho-de-
direitos-humanos-da-onu.pdf

Documento
Reflexão
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/eKrkpMBfK6aw8aQ4GnsGeXX7ZtKBvUwjht8zsKcV3HzDXfZtBfHFpDTQXMPT/reflexao.pdf

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Plano de aula

Direitos humanos e combate à homofobia

Slide 1 Sobre este plano


Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos (troque 50 por 100 se este plano for de 1º ou 2º anos). Serão abordados
aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF09HI26, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao
longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas
subsequentes.
Materiais necessários: Cópias impressas do texto e da imagem e/ou projetor (se tiver disponível).
Contexto:
Link do gráfico: Violência LGBTFóbicas no Brasil
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nJpRP44CVkC5ammTWSsNcnrECu5dr3z4DDZ3UK5ty7dfqBFkxK37js9Daufp/violencia-
lgbtfobicas-no-brasil.pdf
Link: Preconceito, discriminação, fobia
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HK43KmuAvmMq2M32GX5gkbYwHhQ7az65jjFYJzfvYuvcDAWFXKR2ZaYPbnWe/preconceito-
discriminacao-fobia.pdf
Problematização:
Link Texto 1 - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Dcbqqu3uuUfMWbRxnCunqTpmCpUZhqz3CtjPwP4RbKcRkpMKGTsjZnYTkRD2/constituicao-
da-republica-federativa-do-brasil-de-1988.pdf
Link Texto 2 - Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ahTyZBekHKekznKBKEhQC7vqDxdqAX5pHHPykg2YAxCZP2YqjQpmtWSh4m54/pacto-
nacional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica.pdf
Para você saber mais:
Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/elaboração de Marcos
Vinícius Moura Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018, 79 p. Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-brasil-dados-da-violencia Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
O Ministério Público e a igualdade de direitos para LGBTI : Conceitos e legislação/Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Ministério Público do
Estado do Ceará. – 2. ed., rev. e atual. – Brasília : MPF, 2017. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-
publicacoes/o-ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017 Acesso em: 17 de janeiro de 2019.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988:
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica:
Disponível em: http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-
lgbtfobica/view Acesso em: 15 de janeiro de 2019.

Slide 2 Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações: Escreva no quadro ou projete o objetivo da aula e leia em voz alta para os alunos. Esta ação é importante para apresentar o tema ou
conteúdo da aula aos alunos.
Para você saber mais:
Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/elaboração de Marcos
Vinícius Moura Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018, 79 p. Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-brasil-dados-da-violencia Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
O Ministério Público e a igualdade de direitos para LGBTI : Conceitos e Legislação/Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Ministério Público
do Estado do Ceará. – 2. ed., rev. e atual. – Brasília : MPF, 2017. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-
publicacoes/o-ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017 Acesso em: 17 de janeiro de 2019.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988:
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica:
Disponível em: http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-
lgbtfobica/view Acesso em: 15 de janeiro de 2019.

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Plano de aula

Direitos humanos e combate à homofobia

Slide 3 Contexto
Tempo sugerido: 12 minutos.
Orientações: Este primeiro momento da aula tem a função de preparar o aluno para o tema. Para isso imprima ou projete o gráfico do Ministério dos
Direitos Humanos. Solicite aos alunos que observem o gráfico e que escrevam no caderno suas interpretações e hipóteses. Oriente os alunos para que
observem as linhas azul e vermelha do gráfico. A linha azul apresenta o número de denúncias nos anos de 2011 a 2016. A linha vermelha representa o
número de violações que ferem os direitos humanos. O objetivo é refletir sobre a quantidade de denúncias e sua relação com a violação dos direitos
humanos, que neste caso passa por preconceito, discriminação e violência relacionados à homofobia. Peça para um dos alunos apresentar suas
hipóteses e interpretações. Se for necessário corrija possíveis equívocos e complete com outras informações que possam auxiliar na atividade sobre o
tema. Controle o tempo, para que esta etapa não ultrapasse os 10 minutos sugeridos.
Gráfico:
O gráfico demonstra o quantitativo de denúncias de violações de direitos humanos contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e
transgêneros registradas nos últimos sete anos. Ao observar o gráfico oriente os alunos na comparação entre as linhas vermelha e azul.
A linha vermelha corresponde a violações que ferem os direitos humanos e a Constituição brasileira, seus números são superiores à sua denúncia
(linha azul).
Peça a sala que levantem hipóteses e selecione um aluno para apresentá-las.
Neste momento pode ser feito um breve debate sobre intolerância e preconceito em relação à orientação sexual e sua diversidade.
Se necessário apresente o conceito de homofobia e preconceito.
A linha azul do gráfico representa a quantia de denúncias feitas ao Disque 100 (canal de comunicação para verificação e combate a violação dos
direitos humanos e dos cidadãos).
Oriente os alunos para que percebam a relação entre o aumento das violações e das denúncias (quanto maior a quantidade de violação maiores são as
denúncias ao Disque 100).
Observação:
O primeiro link apresenta o gráfico deste slide com as explicações sobre sua construção e sua importância. Este texto é de uso exclusivo do professor
para auxiliar no desenvolvimento da atividade.
O segundo link apresenta os conceitos de homofobia e preconceito publicados pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e pelo Ministério
Público do Estado do Ceará. O objetivo deste texto é ser um parâmetro para repertoriar o professor nesta atividade.
Link do gráfico: Violência LGBTFóbicas no Brasil
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nJpRP44CVkC5ammTWSsNcnrECu5dr3z4DDZ3UK5ty7dfqBFkxK37js9Daufp/violencia-
lgbtfobicas-no-brasil.pdf
Link: Preconceito, discriminação, fobia
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/HK43KmuAvmMq2M32GX5gkbYwHhQ7az65jjFYJzfvYuvcDAWFXKR2ZaYPbnWe/preconceito-
discriminacao-fobia.pdf
Para você saber mais:
Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/elaboração de Marcos
Vinícius Moura Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018, 79 p. Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-brasil-dados-da-violencia Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
O Ministério Público e a igualdade de direitos para LGBTI : Conceitos e Legislação/Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Ministério Público
do Estado do Ceará. – 2. ed., rev. e atual. – Brasília : MPF, 2017. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-
publicacoes/o-ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017 Acesso em: 17 de janeiro de 2019.

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Plano de aula

Direitos humanos e combate à homofobia

Slide 4 Problematização

Tempo sugerido: 25 minutos.


Orientações: Divida os alunos em grupos de quatro a cinco integrantes cada. Distribua os textos impressos para os grupos. Há dois trechos de
documentos que foram divididos como Texto 1 (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988), Texto 2 (Pacto Nacional de Enfrentamento
à Violência LGBTfóbica) Texto 3 (Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia/Publicado em 29/9/2014.)
Projete ou escreva no quadro as orientações da atividade e leia para a classe. Apresente sinteticamente o conceito de um cartaz (a intenção não é
ministrar uma aula sobre cartaz, mas lembrar os alunos que o Cartaz é uma forma de linguagem que apresenta características informativas que pode
ser produzido com frases, dados estatísticos, imagens, desenhos etc.). O objetivo desta etapa da aula é relacionar os documentos (Constituição,
Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica e o artigo Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da
homofobia seguindo as orientações do slide) ao combate a LGBTfobia. Proporcionar a construção da habilidade de relacionar os direitos humanos e a
luta contra homofobia no Brasil. A produção de um cartaz é uma atividade que auxilia na construção da autonomia e protagonismo dos alunos.
Assim, esta etapa da aula prevê a produção do cartaz com base na análise dos documentos e gráficos sobre a violação dos direitos humanos,
preconceito e homofobia. Para isso peça para que os alunos interpretem os textos da Constituição, Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência
LGBTfóbica e o artigo Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia seguindo as orientações do slide. Pode ser
que haja dúvidas principalmente sobre os textos que servirão de base para a construção dos cartazes. Peça para os alunos estabelecerem relações com
o que aprenderam na aula e o que sabem sobre preconceito e homofobia. Neste slide há três perguntas para reflexão, este momento pode auxiliar os
alunos a entender a gravidade da homofobia e a necessidade de leis que garantem o bem-estar da população sem preconceito ou discriminação de
origem, raça, sexo, cor, idade etc. A criatividade na produção do cartaz é essencial. Enquanto os alunos desenvolvem a atividade circule entre os
grupos. Se possível deixe disponível lápis de cores diversas. Controle o tempo.
Link Texto 1 - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Dcbqqu3uuUfMWbRxnCunqTpmCpUZhqz3CtjPwP4RbKcRkpMKGTsjZnYTkRD2/constituicao-
da-republica-federativa-do-brasil-de-1988.pdf
Link Texto 2 - Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ahTyZBekHKekznKBKEhQC7vqDxdqAX5pHHPykg2YAxCZP2YqjQpmtWSh4m54/pacto-
nacional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica.pdf
Link Texto 3: Conselho de Direitos Humanos da ONU
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/EZXMGhjTeyV9uuG5YuTs5vXmJUXRqYAbrkJRUfzhGzDDB4MkAQa8AvW8EUpB/conselho-de-
direitos-humanos-da-onu.pdf
Observação: Foram construídos parâmetros de respostas com o objetivo de nortear o trabalho do professor no momento da reflexão para a
construção do cartaz contra a homofobia. Estes parâmetros podem ser acessados por meio do link abaixo:
Link para os parâmetros de respostas da Reflexão:
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/eKrkpMBfK6aw8aQ4GnsGeXX7ZtKBvUwjht8zsKcV3HzDXfZtBfHFpDTQXMPT/reflexao.pdf
Para você saber mais:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988:
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica:
Disponível em: http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-
lgbtfobica/view Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia:
Disponível em: https://nacoesunidas.org/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-adota-resolucao-pedindo-fim-da-homofobia/ Acesso em: 9
de fevereiro de 2019.
O que são os direitos humanos?:
Disponível em: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019
Conheça a Lei para Homofobia:
Disponível em: https://new.safernet.org.br/content/conhe%C3%A7a-lei-para-homofobia Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.

Slide 5 Sistematização

Tempo sugerido: 10 minutos.


Orientações: Nesta etapa da aula o objetivo é sistematizar o conhecimento construído pelos alunos. Para isto, selecione dois grupos para apresentar
seu cartaz para a classe. Nesta apresentação verifique se o cartaz apresenta minimamente os debates feitos em aula, os textos que deixam claro a
importância de garantir em lei uma sociedade sem preconceito e discriminação; e a importância do pacto LGBTFóbico para o Brasil. Finalize o tema
ressaltando a importância de garantir direitos a todos cidadãos respeitando nossa Constituição e a Declaração dos Direitos Humanos. Se possível
cole os cartazes pela escola é uma forma de valorizar o trabalho dos alunos e apresentar as informações sobre preconceito e homofobia.
Para você saber mais:
Conselho de Direitos Humanos da ONU adota resolução pedindo fim da homofobia:
Disponível em: https://nacoesunidas.org/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-adota-resolucao-pedindo-fim-da-homofobia/ Acesso em: 9
de fevereiro de 2019.
O que são os direitos humanos?:
Disponível em https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.

Apoiador Técnico

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Dados do Poder Público Federal:

(...)
No ano de 2011 o Disque Denúncia Nacional, o Disque 100, continua com gestão
chamada tripartite (sistema de partida e contrapartida a partir do cumprimento
de condicionalidades) que consiste na divisão de responsabilidades de três
instâncias: uma governamental, a SDH, uma empresarial, a Petróleo Brasileiro
S.A- Petrobrás e uma organizada pela sociedade civil, portanto, não
governamental (ONG). Desta maneira o Disque 100 se torna o principal centro
nacional de recebimentos de denúncias de violação de direitos humanos contra
a população LGBT. Os dados do Disque Direitos Humanos - Disque 100 indicam
um cenário de abusos cotidianos dos mais variados tipos contra essa população
no Brasil. Este órgão não é o único que produz informação acerca deste grupo,
entretanto é o que possui a série histórica com o maior número de variáveis, o
que torna a sua base de dados indicada para pautar políticas públicas. Além de
deixar claro o fluxo da informação desde o recebimento da denúncia até a
produção da estatística final. O gráfico abaixo apresenta o total de
denúncias/violações recebidas pelo Disque 100 relacionadas à população LGBT.

O gráfico acima apresenta a série histórica de denúncias e violações contra LGBT


recebidas pelo Disque 100 ao longo período de 2011 a 2016. Desde que o
serviço foi criado, o número de denúncias teve um pico no ano posterior a sua
criação e depois constante queda até 2014, apresentando, em 2015, um
aumento de 821 denúncias em relação ao ano anterior e em 2016 uma queda
de 107 denúncias.
Se no período inicial o atendimento era voltado somente para a população
jovem, em 2010 o leque de proteção se ampliou, passando a contemplar
também demandas de minorias que se sentiam desprotegidas, com
necessidade de um canal de comunicação e resolução de conflito, tais como
LGBT, população em situação de rua, população negra, pessoa idosa e pessoas
com deficiência.

Ministério dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de Cidadania. Violência


LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência/ elaboração de Marcos Vinícius Moura
Silva – Documento eletrônico – Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018,
79 p. p. 13 e 14. Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-bra
sil-dados-da-violencia​ Acesso em: 15 de janeiro de 2019.
“II - Preconceito, discriminação, fobia

O uso adequado das palavras é importante para definir o tipo de atuação


jurídica apropriada em cada caso.
Por “preconceito” entende-se um conjunto de ideias preconcebidas (anteriores,
portanto, à própria experiência individual), a respeito de certos assuntos,
pessoas ou grupos.
Tais ideias podem permanecer na esfera íntima do pensamento, mas podem
também ser exteriorizadas na forma de manifestações verbais ou escritas, ou
mesmo na forma de violência física.
O preconceito exteriorizado na forma de ofensas, agressões, ações ou omissões
discriminatórias com relação ao igual exercício dos direitos fundamentais nas
esferas pública e privada constitui um fato juridicamente ilícito que deve ser
sancionado pelas leis civis, administrativas e eventualmente penais (se,
evidentemente, constituírem um crime).
Segundo o documento internacional “Princípios de Yogyakarta” (2006), a
discriminação com base na orientação sexual ou na identidade de gênero inclui
qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na orientação
sexual ou identidade de gênero que tenha o objetivo ou efeito de anular ou
prejudicar a igualdade perante a lei ou proteção igual da lei, ou ainda o
reconhecimento, gozo ou
exercício, em base igualitária, de todos os direitos humanos e das liberdades
fundamentais.
A discriminação baseada na orientação sexual ou identidade de gênero pode
ser, e comumente é, agravada por discriminação decorrente de outras
circunstâncias, inclusive aquelas relacionadas ao gênero, raça, idade, religião,
necessidades especiais, situação de saúde e status econômico.
Assim, por exemplo, quando alguém agride um casal homossexual na rua pelo
simples fato de serem homossexuais, está ilicitamente impedindo a utilização
igualitária do espaço público, motivado por opiniões discriminatórias e
preconceituosas a respeito da sexualidade alheia. Da mesma forma, quando os
gestores de uma escola se omitem na proteção de uma criança contra o bullying
homofóbico, estão contribuindo para que o direito à educação dessa criança
seja afetado de forma discriminatória. Ou quando uma travesti tem seu direito
de acesso ao mercado de trabalho negado, pelo simples fato de não usar
vestimentas correspondentes ao seu sexo biológico.
Como distúrbios psicológicos associados ao pavor, desprezo, antipatia, aversão
ou ódio irracional contra homossexuais, bissexuais ou transgêneros, a
homofobia e a transfobia não pertencem, propriamente, ao campo de saberes
jurídicos.
Os termos homofobia e transfobia, porém, vêm sendo utilizados, de forma
geral, para se referir a manifestações de preconceito e discriminação em razão
de orientação sexual e contra transgêneros.”

O Ministério Público e a Igualdade de Direitos para LGBTI: Conceitos e


Legislação/Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, Ministério Público do
Estado do Ceará. – 2. ed., rev. e atual. – Brasília : MPF, 2017. Disponível em:
http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/pfdc/midiateca/nossas-publicacoes/o-
ministerio-publico-e-a-igualdade-de-direitos-para-lgbti-2017 Acesso em: 17 de
janeiro de 2019.
Texto 1

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar,
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
(...)
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
(...)
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
(...)

Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em:
15 de janeiro de 2019.
Texto 2

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 202, DE 10 DE MAIO DE 2018
Institui o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica.

O MINISTRO DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS, no uso das atribuições que


lhe foram conferidas pelo art. 87, parágrafo único, incisos I e IV, da Constituição,
e considerando o disposto no Decreto nº 9.122, de 9 de agosto de 2017; e
CONSIDERANDO a necessidade de fortalecimento das políticas públicas de
enfrentamento à violência LGBTfóbica em todas as esferas de governo;
CONSIDERANDO o caráter descentralizado da execução da prevenção e do
combate à violência LGBTfóbica, a necessidade de articulação e colaboração
federativa e o papel estratégico dos estados e do Distrito Federal;
CONSIDERANDO as recomendações do Conselho dos Direitos Humanos das
Nações Unidas, de 2017, contidas na Revisão Periódica Universal, no tocante às
Recomendações 136.39, 136.40, 136.41, 136.42, 136.43, 136.44, 136.45, 136.66,
136.67, 136.90 e 136.196; CONSIDERANDO o constante no Objetivo Estratégico
V, da Diretriz 10 - Garantia da Igualdade na Diversidade, do Programa Nacional
de Direitos Humanos 3, instituído pelo Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de
2009; e CONSIDERANDO os conteúdos constantes nos documentos
internacionais aos quais o Brasil ratificou a saber:
a) Declaração Universal dos Direitos Humanos;
b) Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos,
c) Resoluções da Organização dos Estados Americanos sobre direitos humanos,
orientação sexual e identidade de gênero: i) 2435/2008; ii) 2504/2009; iii)
2600/2010; iv) 2653/2011; v)
2721/2012; 2807/2013; e d) Declaração da ONU condenando violações dos
direitos humanos com base na orientação sexual e identidade de gênero -
A/63/635, de 22 de dezembro de 2008, resolve:

Art. 1º Instituir o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica.

Art. 2º O Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica tem por


objetivo promover a articulação entre a União, Estados e Distrito Federal nas
ações de prevenção e combate à LGBTfobia.
Parágrafo único. A coordenação do pacto será realizada pela Secretaria Nacional
de Cidadania do Ministério dos Direitos Humanos.

Disponível em:
http://www.mdh.gov.br/biblioteca/lgbt/portaria-no-202-2018-institui-o-pacto-nac
ional-de-enfrentamento-a-violencia-lgbtfobica/view​ Acesso em: 15 de janeiro de
2019.
Disponível em:
https://nacoesunidas.org/conselho-de-direitos-humanos-da-onu-adota-resoluca
o-pedindo-fim-da-homofobia/​ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.

“Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos,


independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião
ou qualquer outra condição. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/​ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.
Estes parâmetros de respostas têm o objetivo de nortear o trabalho do
professor no momento da reflexão para a construção do cartaz contra a
homofobia.

Nossa Constituição garante o bem-estar de todos brasileiros sem preconceitos de


origem, raça, sexo, cor, idade?
O 3º artigo da Constituição explicita os objetivos fundamentais de nossa República.
O inciso IV deixa claro o que o Estado deve promover:
“TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
(...)
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
(...)
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.”
(Disponível em: ​http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Acesso em: 15 de janeiro de 2019.)

Qual a necessidade de criar uma lei que garante o enfrentamento à violência


LGBTfóbica?
O gráfico (debatido no contexto desta aula) é um ótimo parâmetro para apresentar o
cenário de abusos cotidianos contra a população LGBT no Brasil.
Os abusos são diversos, o que demonstra a quantidade de violações dos direitos
humanos que este grupo sofre.
Assim, o gráfico deixa claro que mesmo que nossa Constituição promova o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação (3º artigo inciso IV), o poder público, ainda, precisa criar outros
mecanismos legais, que garantam a proteção destas minorias políticas (Pacto Nacional
de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica)​.
O que nos faz concluir, por meio dos dados apresentados pelo gráfico, que o Brasil é
um país que apresenta altos índices de preconceito e homofobia.

Qual a importância do Conselho de Direitos Humanos da ONU no combate à


violência LGBTfóbica?
O Conselho de Direitos Humanos da ONU tem a função de garantir os Direitos
Humanos em todo território global. Um ótimo parâmetro para esta pergunta é a
definição que a ONU Brasil traz de direitos humanos: “Os direitos humanos são direitos
inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade,
etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.” (Disponível em
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/​ Acesso em: 9 de fevereiro de 2019.)

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