Você está na página 1de 8

Quarta-feira, 27 de Outubro de 2004 I SÉRIE - Número 43

BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Código da Sisa


CAPiTULO I
AVISO
Incidência
Ao matéria a publicar no « Boletim da República ••
ARTIGO I
deve ser remetida em' cópia devidamente autentioada,
(Incidência real)
uma por cada assunto. donde conste, além, das indi·
cações necessárias para esse efeito, b averbamento 1. A Sisa incide sobre as transmissões, a título oneroso.
seguinte. assinado e autenticado: Para publicação no do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse
••Boletim da República .» direito, sobre bens imóveis:
2. Para efeitos de incidência deste imposto consideram-se
•••••••••••••••••••••••••••••••• bens imóveis. os 'prédios urbanos situados em territÓrio
nacional.
SUMÁRIO
3. Ficam, compreendidos no n.· I a compra e venda. a
Conselho de Ministros: dação em cumprimento. a renda perpétua. a renda vitalícia.
a arrematação. a adjudicação por acordo ou decisão judicial.
Dec:reto n.· 4612004: '
.a constituição de usufruto. uso ou habitação. a enfiteuse, a
Aprova o Código da Sisa. servidão e qualquer outro acto pelo qual se transmita a título
oneroso o direito de propriedade sobre prédios urbanos.
Decreto n,· 4712004:
4. O conceito de transmissão de prédios urbanos referido
Cria o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique. abre. nos números anteriores integra ainda:
viadamente designado por lIAM. e aprova o respectivo Estatuto
Orgânico. a) A promessa de aquisição e de alienação de prédios
urbanos Íogo que verificada a tradição para o pro-
•••••••••••••••••••••••••••••••• mitente adquirente ou quando este esteja a usufruir
CONSELHO DE MINiSTROS os referidos bens;
b) A promessa de aquisição e alienação de prédios
Decreto n.· 4612004 urbanos em que seja clausulado no contrato que
de 27 de Outubro o promitente adquirente pode ceder a sua posição
contratual a terceiro, ou consentida posteriormente
Tornando-se necessário proceder à aprovação do Código tal cessão de posição;
da Sisa. prevista na Lei n." 1512002. de 26 de Junho; Lei
c) A cessão de posição contratual pelos promitentes
de Bases do Sistema Tributário. no uso da competência
adquirentes de prédios urbanos seja no exercício
atribuída no n.· I do artigo 72 da mesma Lei. o Conselho
de direito conferido por contrato-promessa ou pos-
de Ministros. decreta:
teriormente à celebração deste. salvo se o contrato
Artigo I. É aprovado o Código da Sisa. anexo ao presente definitivo for celebrado com terceiro nomeado ou
decreto e que dele faz parte integrante. com sociedade em fase de constituição no mo-
Art, 2. Compete ao Ministro da área das Finanças aprovar mento em que o contrato-promessa é celebrado e
os modelos. os procedimentos e demais medidas que se que venha a adquirir o imóvel;
tornem necessários à execução das obrigações decorrentes d) A resolução.invalidade ou extinção. por mútuo con-
do Código ora aprovado. senso, do contrato dê compra e venda ou permuta
Art, 3. É revogada toda a legislação que contrarie o disposto de prédios urbanos e a do respectivo contrato-
neste Decreto. -promessa com tradição. em qualquer das situações
Art. 4. O presente Decreto entra em vigor no dia I de No- em que o vendedor. pennutante ou promitente
vembro de 2004. vendedor volte a ficar com o prédio urbano;
Aprovado pelo Conselho de Ministros. aos 14 de Setem- e) A aquisição de prédios urbanos por troca ou per-
bro de 2004. muta. por cada um dos perrnutantes, pela diferença
declarada de valores ou pela diferença entre os
Publique-se.
valores patrimoniais tributários consoante a que
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo. for maior;
442 ISéRIE - NÚMERO 43

fi O excesso da quota-parte que ao adquirente perten- imposto é devido pelo pcrmutante que receber os
cer. nos prédios urbanos. em acto de divisão ou bens dc maior valor. entendendo-se como de troca
partilhas. por meio de arrematação. licitação, ,;U permuta o contrato em que as prestações de
acordo. transacção ou encabeçamento por sorteio. ambos 'os permutantes compreendem prédios
bem como a alienação da herança ou quinhão urbanos. ainda que futuros;
hereditário;
(f) Nos contratos de promessa de troca ou permuta de
g) A outorga de procuração e o subestabelecimento prédios urbanos com tradição. apenas para um
de procuração. que confira poderes, de alienação
<los permutantes, o imposto serã desde logo devido
de prédio urbano. em que por renúncia ao direito
pelo adquirente dos bens. corno se de compra e
de revogação ou cláusula de natureza semelhante.
venda se tratasse. sem prejuízo da reforma da
o representado, deixe de poder revogar a pro-
liquidação ou da reversão do sujeito passivo.
curação:
conforme o que resultar do contrato definitivo.
Ir), O arrendamento com a cláusula de que os prédios
procedendo-se, em caso de reversão. à anulação
urbanos arrendados se tornam propriedade do
do, imposto liquidado ao perrnutante adquirente;
arrendatário depois de satisfeitas todas as rendas
acordadas; c) Nas divisões e partilhas, o imposto é devido pelo
i) O arrendamento ou subarrendamento de prédios urba- adquirente dos prédios urbanos cujo valor exceda
nos por um período superior a vinte anos cuja o da Sua quota nesses bens: '
duração seja estabelecida no início do contrato fi Nas situações previstas na alínea g) do n." 4 do
por acordo expresso dos interessados. artigo 1. o imposto é devido pelo procurador ou
5. São também sujeitas a Sisa. designadamente: por quem tiver sido substabelecido, não lhe sendo
a) A transmissão onerosa dó direito de propriedade aplicável qualquer isenção .ou redução de taxa.
sobre prédios .urbanos em que o adquirente reserve ARTIGO 4
o direito de nomear um terceiro que adquira os
(Facto garador)
direitos e assuma as' obrigações provenientes desse
contrato; J. A incidência da Sisa .regula-se pela legislação em vigor
b) Os actos da constituição de sociedade em que algum ao tempo em que se constituir a obrigação 'tributária.
dos sócios 'entrar para o capital social com prédios 2. A obrigação tributária constitui-se no momento em que
urbanos; ocorre a transmissão.
c) As transmissões de prédios urbanos por fusão ou 3. Nos contratos de troca <lu permuta de prédios, urbanos
.císão de sociedades;' presentes por prédios urbanos futuros. a transmissão ocorre
(f) A remissão de prédios urbanos nas execuções judi- logo que estes últimos estejam concluídos a não ser que. por
ciais e nas fiscais administrativas. força das disposições do presente Código. se tenha de con-
siderar verificada em data anterior.
ARTIGO 2

(Conceito de prédio l.\rbano) CAPÍTULO"

I. Para efeitos deste imposto e sem prejuízo do regime Isenções


de propriedade da terra, previsto na Lei de Terras. o
ARTIGOS
significado de prédio urbano é o constante do Código Civil.
(laençO~')
2. Considera-se que cada fracção autónoma. no regime de
propriedade horizontal ou em outras formas de condomínio. J. São isentos de Sisa os actos de transmissão do direito
constitui um prédio urbano. de propriedade ou figuras parcelares desse direito. sobre os
ARTIGO 3
prédios urbanos a favor:
(Incldlnela aublecuva) a) Do Estado;
A Sisa é devida pelas pessoas, singulares ou colectivas. b) Das autarquias locais;
a quem se transmitem os direitos sobre prédios urbanos, sem
prejuízo do disposto nas alíneas seguintes: cj Das associações ou federações de municípios quanto
aos prédios urbanos destinados. directa e ime-
a) Nos, contratos para pessoa a nomear. o imposto é
diatamente. à realizução dos seus fins;
devido pelo contraente originário. sem prejuízo de
os prédios urbanos se considerarem novamente tI) Das instituições de segurança SOCial e bem assim as
transmitidos para .a pessoa nomeada se esta não instituições de previdência social legalmente reconhe-
tiver sido identificada ou sempre que a transmissão cidas quanto aos prédios urbanos destinados. directa
para o contraente originário tenha beneficiado de e imediatamente. à realização dos seus fins;
isenção;
c) Das associações de utilidade pública a que se refere
b) Nas situações das alíneas b) e c) do n.· 4 do ar-
a Lei n° 8/91, dê 18 de Julho, devidamente reconhe-
tigo 1. o imposto é devido pelo primitivo' pro-
mitente adquirente e por cada um dos sucessivos cidas quanto aos prédios urbanos destinados, di-
promitentes adquirentes, não lhes sendo npllcãvcl recta e imediatamente, à realização 'dos seus fins
qualquer isenção ou redução de taxa; estatutários;
c) Nos contratos de troca ou permuta de prédios urbanos. j) Dos Estados estrangeiros pela aquisição de prédios
qualquer que seja o título por que se opere, o urbanos destinados exclusivamente ti sede da res-
::7 DE: OUTUBRO DE: 2004
443

pectiva missão diplomática ou-consular ou à resi- CAPiTULO 111


dência do chefe da missão ou do cônsul. desde que Determlnaçio da matéria colectével
haja reciprocidade de tratamento;
g) Das associações humanitárias e outras entidades ARTIGO?

legalmente reconhecidas que. sem intuito lucrativo. (Ilue TrIbutária)


prossigam no território 'nacional fins de assistência J. A Sisa incide sobre o montante declarado da transmissão
social. saúde pública. educação. investigação cien- ou do valor patrimonial do prédio urbano, consoante o valor
tífica. culto. cultura. desporto e recreação. caridade mais elevado, a não ser que este se afaste do preço normal
e beneficência. relativamente aos prédios urbanos de mercado,
afectos à realização desses fins; 2. Para a determinação do preço normal de mercado, o
ii) Dos museus. bibliotecas. escolas. instituições e Director da Área Fiscal da situação dos prédios urbanos
deverá promover as acções de comprovação e fiscalização,
associações de ensino ou educação, de cultura
considerando as operações realizadas entre compradores e
científica, literária ou artística e de caridade.
vendedores independentes, de prédios com características
assistência ou beneficência. quanto. aos prédios
semelhantes, tais como antiguidade, dimensões e localização.
urbanos destinados, directa ou indirectamente, ii
realização desses fins:
3. A correcção efectuada ao abrigo dos números anteriores
é automática e não implica a comprovação da existência de
i) Dos adquirentes de prédios urbanos para habitação transgressão ou crime fiscal. sendo notificada ao sujeito pas-
social construidos pelo Fundo 'para o Fomento sivo, podendo este reclamar ou' impugnar contenciosarnente
de Habitação, criado pelo Decreto n.· 24195. de 6 o valor fixado, nos termos admitidos pela 'lei fiscal.
de Junho. 4. O disposto neste artigo será complementado por regu-
2. Ficam ainda isentas: lamentação específica, que se mostrar necessária.

a) A remissão nas execuções judiciais e nas' fiscais ARTIGO 8

administrativas. de prédios urbanos, quando feitas (Regras especiais)


pelo próprio executado; . ' 1. O disposto no artigo anterior entende-se, porém. sem
b) As transmissões de prédios urbanos por fusão ou prejuízo das seguintes regras:
cisão de sociedades comerciais. a) Quando qualquer dos co-proprietãrios ou quinhoeiros
alienar o seu direito, O imposto é liquidado pela
ARTIGO 6 parte do valor patrimonial tributário que lhe Cor-
(Reconhecimento das Isenç6es) responder ou pelo valor .constante do acto ou do
contrato, consoante o que for maior;
I. As isenções previstas nas alíneas a) e b) do n.· 1 e
b) Nas permutas de prédios urbanos, toma-se para base
alínea a) do n.· 2 do artigo 5 são de reconhecimento auto- da liquidação a' diferença declarada de valores,
mático. competindo. ii entidade que intervier na celebração quando superior ii diferença entre os valores patri-
do acto ou do contrato a sua verificação e declaração. moniais tributários;
2. As isenções previstas nas alíneas c) a i) do n.· 1 e c) Nas transmissões por meio de doação em cumpri-
alínea b) do n.· 2 do artigo 5 são reconhecidas pela adminis- mento, o imposto é calculado sobre o seu valor
tração tributária, a requerimento dos sujeitos passivos que o patrimonial tributário, ou sobre a importância da
devem apresentar, antes do acto ou contrato que originou a dívida que for paga com os prédios urbanos
transmissão, junto dos serviços competentes para a decisão, transmitidos. se for superior:
mas sempre antes da liquidação que seria de efectuar. cl) Quando a transmissão se efectuar por meio de renún-
3. O pedido, a que se refere o número anterior, deve conter cia ou cedência, o imposto é calculado sobre o
a identificação e descrição dos prédios urbanos, bem como o valor patrimonial tributário dos respectivos prédios
fim a que se destinam, e ser acompanhado dos documentos urbanos, ou sobre o valor constante do acto ou
do contrato, se for superior;
para demonstrar os pressupostos da isenção, designadamente:
e) Se a propriedade for transmitida separadamente do
a) No caso a que se referem as alíneas c), cl), e), g), ii), e i) usufruto, uso ou habitação. o imposto é calculado
do n.· 1 do artigo 5, de documento comprovativo sobre o valor da nua propriedade, ou sobre o valor
da qualidade do adquirente, de certidão ou cópia constante do acto ou do contrato, se for superior;
autenticada da deliberação sobre a aquisição one-
j) Quando se constituir usufruto, uso ou habitação, bem
rosa dos prédios urbanos e do destino dos mesmos;
como quando se renunciar a qualquer desses direi-
b) No caso a que se refere a alíneaj) do n," 1 do artigo 5, tos ou o usufruto for transmitido separadamente
de documento emitido pelo Organismo competente da propriedade, o imposto é liquidado pelo valor
do Ministério dos Negócios Estrangeiros compro- actual do usufruto, uso ou habitação, ou pelo valor
vativo do destino dos prédios urbanos e do regime constante do acto ou do contrato. se for superior;
de reciprocidade; g) Nos arrendamentos e nas sublocações a longo prazo,
c) No caso a que se refere a alínea b) do n.· 2 do artigo 5, o imposto incide sobre o valor de vinte vezes a renda
comprovativo da fusão ou cisão das sociedades anual, quando seja igualou superior ao valor
comerciais. patrimonial tributário do respectivo prédio, e incide
sobre a diferença entre o valor patrimonial que os
4. Sempre que se julgar necessário. para além dos docu- bens tinham na data do arrendamento e o da data da
mentos referidos no número anterior, a administração tributária aquisição ou sobre o valor declarado se for superior,
pode solicitar aos interessados outra documentação. caso o arrendatário venha a adquiriro 'prédio;
444 I SÉRIE-NÚMERO 43

li) Nas partilhas judiciais ou extrajudiciais, o valor do conformidade com o disposto na Lei n." 5191. de
excesso de prédios urbanos sobre a quota-parte 9 de Jarletro, o imposto incide sobre o valor deter-
do adquirente, nos termos da alínea' j) do n." 4 do minado nos termos do Decreto n." 2191, de '16 de
artigo I, é calculado em face do valor patrimonial Janeiro, não sendo aplicável" disposto, no artigo 7.
tributário desses bens adicionado do valor atri 2. Para efeitos dos números anteriores, considera-se, desig-
buído aos prédios urbanos não sujeitos a inscrição nadamente, valor constante 110 acto ou do contrato, isolado ou
matricial ou, caso' seja superior. em face do valor cumulativamente:
que tiver servido de base à partilha; a) A importância em dinheiro paga a título de preço pelo
i) Quando a transmissão se operar por meio de. tornas adquirente;
havidas nas partilhas, quer judiciais, quer extra- b) O valor actual das rendas vitalícias;
judiciais, ainda que as mesmas tornas nasçam de c) O valor das rendas perpétuas;
igualação das partilhas, conforme os artigos 210 I (I) A irnportâncía de rendas que o adquirente tiver pago
e seguintes, do Código Ci vil, será liquidada a adiantadamente, enquanto arrendatãrio, e que não-
contribuição de registo a título oneroso sobre a sejam abatidas ao preço;
importância das tornas,' quando a partilha se com- e) A importância das rendas acordadas, no caso da alí-
ponha todade bens imobiliários e mobiliários. nea li) do n," 4 do artigo 1;
sobre a parte em que as tornas excederam os valor
j) Em geral, quaisquer encargos a que o comprador
dos bens mobiliários;
ficar legal ou contratualmente obrigado.
]) Nos actos previstos na alínea b) do n," 5 do artigo I, o
ARTIGO 9
valor dos' prédios urbanos é o valor patrimonial
(Valor rap,aaantado em moeda eetrangelra)
tributário ou aquele por que os mesmos entrarem
para o activo das sociedades, consoante o que for I. Sempre que os elementos necessãrlos à determinação
maior; do valor tributável sejam expressos em moeda diferente da
moeda nacional, as taxas de câmbio a utilizar são as taxas
k) Na fusão ou na cisão de sociedades a que se refere a
médias de venda, publicadas pelo Banco de Moçambique, na
alínea e) do \l." 5.do artigo I, o imposto incide sobre
data da constituição da obrigação tributária.
o valor patrimonial tributário de todos os prédios
urbanos das sociedades fusíonadas ou cindidas' que 2. Não existindo câmbio na data referida no número ante-
rior aplicar-se-é o da c1ltima cotação anterior, publicada a
se transfírarn para o activo das sociedades que
essa data.
resultarem da fusão ou cisão, ou sobre o valor por
que esses bens entrarem para o activo das sociedades, CAPiTULO IV
se for superior; Taxas
I) O valor dos prédios .urbanos adquiridos pelo locatá-
ARTIGO 10
rio, através de contrato de compra e venda, no termo
da vigência do contrato de locação financeira e nas (Taxa)
condições nele estabelecidas, será o valor residual I. A taxa da Sisa é de 2% e aplica-se sobre o valor deter.
determinado ou determinável, nos termos do minado nos termos do Capítulo II!
respectivo contrato; 2. Nos casos em que o adquirente ou os sócios do adqui-
m) O valor dos prédios urbanos adquiridos ao Estado ou rente tenham a residência em territóno sujeira a ~m regime
às autarquias' locais, bem como o dos adquiridos fiscal. claramente mais favorável, tal como definido no Código
mediante arrematação judicial ou administrativa, é o do IRPC, a taxa é sempre de 10%, não se aplicando qual-
preço constante do acto ou do contrato; quer isenção ou redução.
ARTIGO ti
II) O valor dos prédios urbanos expropriados por utili-
dade pública, é o montante da indemnização, salvo (Apllcaçlo temporal da. taxa.)
se esta for estabelecida por acordo ou transacção, O imposto será liquidado pelas taxas em vigor ao tempo
caso em que se aplica o disposto no. artigo anterior; da transmissão dos prédios urbanos,
o) Nas situações previstas nas alíneas b) e c) do n." 4 eAPíTuLOV
do artigo I, o imposto incide apenas sobre a parte
Liquidação
do preço paga pelo promitente adquirente ao pro-
mitente alienante ou pelo cessionário ao cedente; ARTIGO 12
p) Quando a transmissão se efectuar por meio de coris- (Inlclauva da IIquld.çll!l)
tituição de enfiteuse, o imposto é calculado sobre o
valor do prédio nestas condições, não podendo este I. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a liqui-
valor ser inferior ao produto de vinte anuidades, dação da Sisa é de iniciativa dos sujeitos passivos, para cujo
adicionado com as entradas, havendo-as; efeito devem apresentar uma declaração, de modelo oficial,
devidamente preenchida,
q) N. situação prevista na a línea b) do n." 5 do artigo 1,
2. A liquidação é promovida oflclosamente pelos serviços
tratando-se de sociedades civis sem personalidade
da administração tributária nos casos previstos no artigo 14
jurídica o imposto recai somente na parte em que
n,'" 3 e 4. e sempre que os sujeitos passivos não tomem
outros sócios adquirem comunhão nesses bens;
a iniciativn de u fazer dentro dos prazos legais. bem como
r) Tratando-se de prédios urbanos de propriedade do quando houver lugar a qualquer liquidação adicional, sem
Estado ou fracções autonõrnas desses prédios. prejuízo dos juros compensaténos a que haja lugar e du
alienados a favor dos respectivos inquilinos em penalidade que ao caso couber.

--~- ----------
27-DE OUTUBRO DE 2004 445

ARTIGO 13 e a' alínea a) do, n..~ 5 do artigo I, que já tenha pago parte
(Conteúdo da decjaraçlQl ou a totalidade do imposto, só há lugar a liquidação adicional
quando o valor, que competir ii transmissão definitiva, for
I. 'A declaração a que se faz referência no n," I do artigo 12
superior ao que serviu, de base à liquidação anterior:
deve conter. entre outros, o~ seguintes elementos:
4. No caso ,de prédios ui~tios futuros. a que se refere o n." 3
a)A identificação do sujeito passivo;
do artigo '4, o imposto é 'liquidado' e pago no prazo de trinta
b) A identificação do imóvel e o valor da transmissão; dias a contar da data da' celebração do contrato.
c) A forma de transmissão, juntando cópia do respectivo 5. Não se realizando dentro de dois anos o acto ou facto
documento nos casos previstos nas 'alíneas bt e c) translativo por que se .pagou a Sisa, fica sem efeito, a
do n," 4 do artigo I; liquidação.
ti) Os demais esclarecimentos indispensáveis ii liqui- ARTIGO 16
dação do imposto. (Liquidações com base em documentos ollclals)
2. Nos contratos de permuta de prédios urbanos presentes Nas transmissões operadas por divisão. partilha. arremata-
por prédios. urbanos futuros em que estes já se encontrem de- ção, venda judicial ou administrativa. adjudicação. transacção
terminados com base em projecto de construção aprovado. deve ou conciliação, servem de 'base à liquidação os çorresponcentes
o sujeito passivo juntar ii declaração referida no artigo anterior instrumentos legais.
cópia da planta de arquitectura devidamente autenticada.
ARTIGO 17
3: Quando se tratar de alienação de herança ou de quinhões (Direito de preferência)
hereditários, devem declarar-se todos os prédios urbanos e
indicar-se a quota-parte que o alienante tem na herança. I. Se, por. exercício judicial de direito de preferência.
4. Em caso de transmissão parcial de prédios urbanos ins-
houver substituição de adquirentes, só se liquidará imposto
ao preferente. Se o quelhe competir for diverso do liquidado ao
critos em matrizes prediais. devem declarar-se as parcelas
preferido. arrecadando-se ou anulando-se a diferença.
compreendidas na respectiva fracção do prédio,
2. Se o preferente beneficiar de isenção, procede-se ii anu-
ARTIGO 14
lação do imposto liquidado ao preferidó,bem como aos corres-
(Competência para a IIquldaçlio), pondentes averbamentos.
I. A Sisa é liquidada pelos serviços competentes da admi- ARTIGO I~
nistração tributária, com base na declaração do sujeito passivo (Contratos para pesaoa a nomear)
ou oficiosamente. considerando-se. para todos os efeitos legais.
o acto tributário praticado no serviço de finanças da área da I. Nos contratos para pessoa a nomear, o contraente origi-
nário, seu representante ou gestor de negócios pode apresentar
situação dos prédios urbanos.
no serviço competente da administração tributária que pro-
2. Para efeitos de liquidação da Sisa. a declaração referida .cedeu.à liquidação d o imposto. para os efeitos previstos na
no n." I do artigo 12 deve ser apresentada nos serviços cornpe- alínea a) do n:" 5 do artigo I, até cinco dias .apõs a cele-
tentes da administração tributária da área fiscal onde se encon- bração do contrato, declaração, por escrito, contendo todos os
tram situados os prédios urbanos. elementos necessários para a completa identificação do ter-
3. Nas alienações de herança ou de quinhão hereditário, ceiro para quem contratou, ainda que se trate de pessoa colec-
bem como no caso de transmissões per partilha judicial ou tiva em constituição, desde que seja indicada a sua denominação
extrajudicial, a liquidação da Sisa é sempre promovida pelo social ou designação e o nome dos respectivos fundadores
serviço competente da administração tributária, no processo de ou organizadores,
liquidação e cobrança dll Imposto sobre Sucessões e Doações. 2. Uma vez feita a declaração, antes ou depois da celebração
4. Sempre que o sujeito passivo não promova a liquidação da do contrato. não é possível identificar pessoa diferente.
Sisa nos prazos legais, a liquidação da Sisa é promovida pelos 3. Se, vier a ser nomeada a pessoa identificada na decla-
serviços da administração tributária onde estiverem situados os ração. averba-se a sua identidade na declaração para efeitos
prédios urbanos, e se estes ficarem situados. na área de mais de de liquidação de Sisa e procede-se à anulação. desta se a
um serviço, por aquele a que pertencerem os de maior valor. pessoa nomeada beneficiar de isenção.
ARTIGÓ 15 ARTIGO 19
(Momento daliquldaçlo) (Alienações de qulnhio heradllárlo)
I. A liquidação da Sisa precede o acto ou facto da transmis- I. Nas alienações de quinhão hereditário. quando não se,
são dos prédios urbanos. ainda que amesma esteja subordinada conheça a quota do cc-herdeiro alienante. a Sisa é calculada
a condição suspensiva. haja reserva de propriedade, bem como sobre o valor constante do contrato em relação aos prédios
nos casos de contrato para pessoa a nomear. urbanos, devendo proceder-se à correcção da liquidação logo
2. Sem prejuízo do disposto no número seguinte. nas trans- que se determine a quota-parte dos prédios urbanos respei-
missões previstas nas alíneas a). "), c) e g) do n," 4 e a o tantes ao CQ- herdeiro.
alínea a) do n.· 5 do artigo J, o imposto é liquidado, antes da:-
2. A partilha não pode efectuar-se sem que. sendo caso
a) celebração do contrato-promessa; disso, a liquidação esteja corrigida.
b) cessão da posição contratual;
ARTIGO 20
c) outorga notarial da procuração. ou antes. de ser lavrado (Transmissão <lefracção de prédio)
o instrumento de subestabelecimento;
Se se 'transmitir parte de prédio ou fracção, o imposto é
ti) celebração do contrato para pessoa a nomear.
liquidado sobre o valor constante do acto ou do contrato,
3. Sempre que o contrato definitivo seja celebrado com um procedendo-se, seguidamente. sempre que for necessãrio Para
dos contrnentes previstos nas alíneas a), b), c) e g) do n," 4 se apurar o valor correspondente à parte transmitida, à dis-

-_.,,---------------
446 ISÉRIE'-NÚMER043

criminação do valor patrimonial trib'utilrio de todo o prédio. 4. O imposto deve ser pago no prazo de trinta dias a
segundo o critério do preço normal de mercado. corrlgindo-se contar da notificação nos cases .previsros no artigo 22 e do
a liquidação. sendo caso disso. trânsito em julgado da sentença no caso do artigo 17.
AllTlOO 21 5. Nas partilhas judiciais eextrajudiclais, o imposto deve
(Mudanva noa poaauldorel da prédloa urbanoa) ser pago nos trinta 'dias posteriores à notificação.
6. Se a Sisa for liquidada conjuntamente com o Imposto
I. Sempre Que ocorra mudança nos possuidores de prédios
sobre Sucessões e 'Doações, o' seu pagamento deve ser feito
urbanos. sem que tenha sido paga a respectiva Sisa. são noti-
no prazo de pagamento deste imposto.
ficados os novos possuidores para apresentarem. dentro de
trinta dias. os titulas da sua posse. 7. No caso de' prédios urbanos futuros, a que se refere o
2. Conclulndo-se desses títulos que se operou a transmissão n," 3 do artigo 4. o imposto. deve. ser p~go nó prazo de
trinta dias a contar da data da celebração ·do -contratc.
de prédios urbanos a título oneroso. o Director da área fiscal
. liquida imediatamente o imposto se lhe competir ou comuni- ARTloo25
cará o facto ao serviço de finanças competente, sem prejuízo (~ocal da pagainanw)
das sanções que ao caso couberem.
I. A Sisu é paga' nas Direcções das Áreas Fiscais ou em
3. Se os novos possuidores não apresentarem os títulos da qualquer outra entidade autóri~da nos termo. da lei. mediante
sua posse. presume-se, salvo prova em contrário. que os refe- documento de cobrança de modelo' oficial.
'ridos prédios urbanos foram adquiridos a título gratuito,
liquidando-se o correspondente Imposto sobre Sucessões e 2. A prova do pagamento da Sisa é-feita ÍO!'diante a apre-
Doações. sentação da-declaração referida no artigo 12. acompanhada do
comprovativo da cobrança,
ARTtOOn
(~Iquldaçlo Idlclonal) ARTldo2.6
(Conaequ6ncl" do nlo p'lIamanto).
I. O serviço compete'!te da administração tributária deve
proceder a liquidação adicional. quando: I. Se o 'imposto não for pagp antes do acto ou facto trans-
a) Para além do previsto no artigo 7· deste Decreto, se lativo, ou a sua liquidação não for pedida, devendo-o ser.
verifique a omissão dos prédios sujeitos a tributa- dentro dos prazos fixados para <i 'pag~nienlo no artigo 24,
ção, bem como no caso de ter sido practicados ou o director da área fiscal promove a sua liquidação oficiosa
celebrados actos ou contratos com o objectivo de e notifica o sujeito passivo para pagar no- prazo de trinta dias,
diminuir a s1lvida de imposto ou obter outras van- sem prejuízo dos juros compensatórios. e da' sanção que ao
tagens indevidas; caso couber.
b) Se verificar que nas liquidações se cometeram .errcs 2. Sendo a liquidação requerida pelo sujeito passivo depois
de facto ou de direito. de que resultou prejuízo do acto ou facto translativo oude decorridos os prazos pre-
para o Estado. vistos no artigo 24. o imposto deve ser pago 'no próprio dia,
2. Não haverá lugar a IiquiMção adicional se. decorridos sem pl'ejulzo dos juros compensatórios' e da sanção que ao
cinco anos. contados a partir 'da data da ·liquidaçilo a corrigir. caso couber.
3. A Iiq.uidação adicional' deve ser notificada ao sujeito 3. Quando o imposto. depois de liquidado, não for pago até.
passivo nos termos previstos na lei, a fim de efectuar o ao termo dos prazos a que referem os ri." I, e 2, começarão. a
pagamento e, sendo caso disso. poder utilizar os meios de contar-se juros de mora e será extraída pelos serviços compe-
defesa aí previstos. tentes certidão de dívida para cobrança coerciva.
ARTIGO 23 ARTIGO27
(~lmll8í mlnlmoa) . (J~roa éompan •• tórlo.)
Não se efectuará, qualquer liquidação •.ainda que adjcicnal, I. Sempre que. por' facto imputável ao sujeito passivo. for
quando dela resulte importância inferior a 100 0<l0.00 MT retardada a Iíquldação oú o pagamento de' parte ou da totáli-
por cada documento de cobrança a processar.
dade do imposto devido, acrescerão ao montante do imposta
CAP!'FULO VI juros compensatórios. de harmonia com o artigo 76 do Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.
Pegemento
2. 'Os juros referidos no' número anterior serão contados
ARTIoo24, dia-a-dia. a partir do dia imediato ao termo 'do prazo' para a
(PruoI pa", pallamanto) entrega do imposto ou. tratandc-se de' retardamento da liqui-
I. A Sisa deve ser paga no próprio dia da liquidaçllo ou dação, a partir do dia em que o mesmo .se tniclou, até à
no 1.. dia útil seguinte. sob pena de esta ficar sem efeito. sem data em que for regularizada pu supri.da· a faltn.
prejulzo do disposto nos números seguintes.
CAPíTULO VII
2. Se a transmissão se operar por acto ou contrato ceie.
brado no estrangeiro, o pagamento do Imposto deve efectuar-se I':lecallza9io e •• nç6es
no prazo de noventa (lias posteriores a realização do acto.
AR'rIGO'~8
3. Se os prédios urbanos se transmitirem por arrematação
e venda judicial Ou administrativa, adjudicação. transacção e (Enllllaaaa lI.callzacioral)
conciliação, o imposto será -pago dentro de trinta dias con- I. o cumprimento das obrigações impostas por este Decreto
tados. da assinatura do respectivo auto ou da sentença que é fiscalizado pelos órgãos centrais é locais da administração
homologar a transacção. tributária.

_ .._----------
27 DE OUTUBRO DE 2004 447
2. Os órgãos centrais e locais da administração tributária ARnGo32.
devem verificar os.doçumemos que. nos termos deste Código (ObrtgaÇ'Oes dos serviços do Ministério dos. Negócios
ou de outras disposições legais. lhes forem enviados por . Estrangéll'!lá)
quaisquer entidades, promovendo as liquidações ou reforma
J. Os serviços competentes QO Ministério que superintende
das mesmas a que houver lugar. íncluindo.as.motívadas por
a área dos Negócios' Estrangeiros .não podem legalizar
reconhecimento indevido de isenções ou quaisquer benefícios
nenhum documento comprovativo de transmissão de prédios'
fiscais. sem prejuízo da responsabilidade que For de imputar
situados em Moçambique. operada no estrangeiro. sem que
ao autor do acto ..
lhe seja apresentado o documento de cobrança da Sisa.
ARTIGO 29 quando devida. devendo averbar-se no mencionado docu-
(Obrigações de cooperaçio dos tribunais) mento. o número. a data e a tesouraria onde o pagamento
foi efectuado.
1. Os tribunais não podem ordenar entrega de prédios
urbanos a preferentes sem estes apresentarem documento 2. Os serviços referidos no número anterior devem remeter
comprovativo de estar paga. ou não ser devida, diferença de à administração tributária. em Janeiro e Julho de cada ano.
Sisa. uma relação referente aos actos ou contratos celebrados no
estrangeiro e legalizados no semestre anterior.
ARTIGO 30
3. A relação referida no número anterior deve indicar o
(Obrigações de cooperàçlo dos .notárlos tipo de acto ou contrato. a data da legalização. o serviço de
e de eutras enlldades)
finanças em que a Sisa foi liquidada. o número. data e im-
I. Quando for devida Sisa. os notários e outros funcioná- portância do respectivo documento' de cobrança. nomes dos
rios ou entidades que desempenhem funções notariais não outorgantes, artigos matriciais ou menção dos prédios
podem Iavrar as escrituras. quaisquer outros instrumentos omissos.
notariais ou documentos particulares que operem transmis-
ARTIGO 33
sões de prédios urbanos •. nem. proceder ao reconhecimento
de assinaturas nos contratos previstos nas alíneas b) e c) do (Não atendimento da documenlos ou 111010$
respeltanlas
BIransmlss6e$)
n," 4 do artigo 1. sem que lhe seja apresentada a declaração
referida no artigo '12 acompanhada do correspondente Salvo disposição de lei. em contrário. não podem ser
comprovativo de cobrança' da Sisa. que arquivarão. disso atendidos em juízo. nem perante qualquer autoridade admi-
fazendo menção no' documento a que respeitam. sempre que nistrativa nacional. autárquica ou local. nomeadamente •.
a liquidação deva. preceder a transmissão. repartições públicas e pessoas colectivas de utilidade pública.
2. Caso se alegue extravio. os referidos documentos podem os documentos ou títulos respeitantes a' transmissões pelas
ser substituídos. conforme 'os casos. por certidão ou fotocópia quais se devesse ter pagá Sisa. sem a prova de que o paga-
autenticada. passada pelos serviços emitentes dos documentos mento foi feito ou tie que dele estão isentas.
originais. ARTIGO 34
3. Havendo lugar a isenção automática ou dependente de (Enlregas da prédIos urbBnos por parta dos testamentelros
reconhecimento prévio, as entidades referidas no n," 1 devem e cabeças-de-casel)
verificar e averbar a isenção ou 'exigir o documento compro- Os testarnenteiros e cabeças-de-casal não devem fazer
vativo desse reconhecimento, que arquivarão. entrega de quaisquer legados ou quinhões de heranças cons-
4. Os notários 'devem enviar mensalmente aos serviços tituídos por prédios urbanos, sem que a Sisa tenha sido
competentes da administração tributária. _sem·pre que possível paga pelo contribuinte ou contribuintes. ficando solidaria-
em suporte informático, os seguintes elementos: mente responsáveis com eles se o fizerem.
a) Uma relação dos actos ou contratos sujeitos a Sisa. ARTIGO 35
ou dele isentos. exarados nos livros de notas no (Sanções)
mês antecedente. contendo; relativamente a cada
As transgressões ao disposto neste Código constituem
um desses actos, o número, data e importância
infracções tributárias puníveis pela Lei n." 1512002. de 26
dos documentos de cobrança ou os motivos da
de Junho, pelo Regime Geral das Infracções Tributárias.
isenção. nomes dos contratantes. artigos matriciais
aprovado pelo Decreto n.· 4612002. de 26 de Dezembro e
e respectiva localização. ou menção dos- prédios
omissos; -pela demais legislação aplicável.

b) Cópia das procurações que confiram poderes de alie- CAPiTULO VIII


nação de prédios urbanos em que por renúncia ao
Garantias
direito de-revogação ou cláusula de natureza seme-
lhante o representado deixe de poder revogar a ARTIGO 36
procuração. bem como dos respectivos subesta- (lei aplicável)
belecimentos, referentes ao mês anterior;
Às garantias dos contribuintes. aplica-se a. Lei n." 151
c) Cópia das escrituras de divisões de coisa comum e 12002. de 26 <te Junho e demais legislação pertinente.
dó. partilhas de que façam parte prédios urbanos.
ARTIGO 37'
AltJlGo3J
(Revlsao oficIosa de IIquldeçao)
(Actos relativos a prédios urbanos suJeitos- a registo)
1. O acto de liquidação é objecto de revisão pela entidade
Nenhum facto. acto ou negócio jurídico relativo a prédios que o praticou.. por iniciativa sua ou por ordem do superior
urbanos sujeitos a registo pode ser definitivamente registado hierárquico. com fundamento no' errado apuramento da situa-
sem que se mostre paga a· Sisa que for devida. ção tributária do sujeito passivo.
-148 I SÉRIE-NOMEIW 43

2. Se a revisão for a favor da administração tributária. a CAPITULO IX


revisão sé Ilode ocorrer com base em novos elementos não DIsposlçõu dlvefllll
considerados na liquidação.
ARTIo042
3. Se a revisão for a favor do sujeito passivo. a revisão
tem como fundamento erro imputável aos serviços. (DIreito de prafarincl. de organlsmca públloos)

4. Sem prejulzo do disposto no .artigo seguinte, a revisão. I. Se. J10r indicação jnexacta do preço. ou simulúção deste.
a que se referem os números anteriores, pode ler lugar o imposto tiver sido liquidado por valor inferior ao devido, o
dentro do. prazo' de caducidade. Estado. as autarquias e demais pessoas colectivas de direito
público, representados pelo Ministério Publico. poderão prefe-
5. O vícíç de erro imputável aos serviços compreende os
rir na venda. desde que assim o requeiram perante os tribunais
erros materiais e formais, incluindo os aritmétlcos, e exclui as
comuns e provem que valor por'que a Sisa deverie ter sido
formalidades procedimentais estabeíecidas na Lei n.· 15/2002.
ó

liquidado excede em 30% o valor sobre que incidiu.


de 26 de Junho. e noutra legislação tributária. nomeadamente.
a audiência do sujeito passivo e a· fundamentação dos actos. 2. A acção deve ser, prop.osta em nome -do organismo que
primeiro se dirigir ao magistrado do Ministério Público junto
6. O regime Previsto neste artigo aplica-se às liquidações
do tribunal competente. e dentro do prazo de seis meses a conter
efectuadas pelos sujeitos passivos.
da data do acto 'ou contrato, quando a liquidação do imposto
ARTIGO 38 tiver precedldo -a transmissão. ou da data da liquidação .• no
(legltlmldada para raclama. ou Imp~lInar) caso contrário.
"J. Os sujeitos passivos e' as pessoas solidária ou subsi- 3. O Ministério Público .deve·requisi.lar ao serviço de flnan-
diariamente responsáveis pelo pagamento do imposto podem ças que liquidou o imposto os elementos de que. ele já disponha
reclamar contra a respectiva ·liquidação. ou impugnã-la, com ou posse obter para comprovar os factos illegados pelo autor.
os fundamentos e nos termos estabelecidos na lei.
4, Os prédios urbanos são entregues ao preferente médi.ame
2. Quando se invocar, como prova de um dos fundamentos depósito do preço-inexactamente indicado ou símulado e do
alegados. documento ou sentença superveniente, os prazos imposto liquidado ao preferido.
contam-se desde a data em que se tornar p.osslv,el obter o
5. Com vista a permitir o exercício elo direito de pre-
documento ou do trânsito é!" juljado da sentença.
ferência das autarquias previsto no· presente artigo. os notários
ARrlGÓ39 devem -remerer ao conselho municipal ou a adrninlstraçãa
(Anula9'0 por acto ou faoto qua nlo aa realizou) da localidade da área do imóvel •. até ao dia 15 de cada
1. A anulação' da Iiquidaç~ó de ímposto pilgo por acto ou mês. cõpias das escrituras lavradas 'no mês nnterior,
facto translativo •. que não chegou a concretizar-se. pode ser
pedida, até ao limite de um ano após o termo do prazo
de validade previsto no n." 5 do artigo IS. em processo de
reclamação ou de impugna,iio judicial.
2. Quando tiver havido tradição dos prédios urbanos para
o reclamante ·ou impugnante ou este os tiver usufruído. o
imposto será anulado em importância equivalente .ao produto
da sua oitava parte. -pelo número de anos completos que
faltarem' para oito, de acordo com a data-em que o mesmo Deoreto n.· 47120Q4
'abandonou a. posse. de 27 da Outubro
ARTIGO 40 "A necessidade de lntegração dos esforços de pesquisa.
(Anutaç.o próporc,lon.l) desenvolvimento e disseminação ele tecnologias agrárias
1. Se, antes de decorridos oito anos sobre a transmissão. implica a racionalização de recursos e a complernenteridade
vier a verificar-sea condição resolutlva ou se der a resolução das acções dos diversos' institutos de investigação agrária.
do contrato, pode obter. se. J10r meio de reclamação ou de Nestes termos. e ao .abrigo do disposto' na .alfnee e) do
impugnação judicial. a anulação proporcional da Sisa. n." 1 do artigo 153 da Constituiçlio da República. o Conselho
2. Os. prazos para deduzir a reclamação ou a Impugnação de Ministros decreta:
coin tais fundamentos contam-se a partir da - ocorrência do Artigo 1. É criado o .Insti"tuto de Investigação Àgráriil. de
facto. Moçambique. abrevladameme designadç por lIAM. é aprovado
3. O imposto é anulado em 'importância equivalente ao o Estatuto Orgânico em anexo. que constitui parte 'integrante
produto da sua oitava parte pelo número 'de anos completos do presente decreto.
que faítarern para oito. Art, 2. O Instituto de lnvestiga.çilo Agrária de Moçambique
ARTIGO 41 é uma instituição subordinada ao Ministério da Agricultura e
Desenvolvimento Rural (MADER). dotada de personettdade
(lll"mbolao do lmP4ato)
jurídica e autonomia administrativa e éíentffica, em confor-
I. Anulnda à liquidação. quer oficiosamente. quer por midade com o' disposto no 'artigo 5' da. Lei n.· '912002. de
decisão da entidade administrativa ou (lo tribunal. competente. 12 de Fevereiro.
com trânsito em julgado. efectua-se o respectivo reembolso. Art. 3. Silo atribuições,d<:),.lnstituto .de. Investigaçilo Agrária
~. Nilo há lugár a anulação sempre que o montante de de Moçambique:
imposto li anular seja .inferior li 100 OOQ,ooMT. a) O apoio 'cientllico. técnico e .admínístrutívc ao. MA.
3. São dévidtís juros indemnlzatóríos nos termos <la lei. DER e demais órgiios e institlliçOes da ac;lminlstraçt\ll

- ._-------------

Você também pode gostar