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Perda de Carga
Perda de Carga
Experimentos 7
Perda de carga distribuída e localizada
Novembro de 2023
1) Objetivos
2) Montagem experimental
Uma placa de orifício, que foi utilizada tanto para a tubulação reta quanto para a
tubulação com os cotovelos;
Ao manômetro em forma de “U”, foi conectado uma placa de orifício no início da tubulação reta, e um
medidor de pressão, localizado no fim da tubulação, como indica as Figuras 1 e 2.
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Figura 2 – Manômetro em forma de “U”
No caso do experimento para a perda de carga localizada, a placa de orifício foi conectada no
início da tubulação, que contém os 8 cotovelos comerciais, e o medidor de pressão conectado no fim e
ambos foram ligados ao manômetro em “U”. A Figura 3 indica a tubulação com os cotovelos.
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3) Procedimento experimental
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4) Resultados
Tabela 1 – Diferenças de alturas no manômetro em “U” para placa de orifício (∆ℎ𝑝) e para a
tomada de pressão no tubo (∆ℎt).
∆ℎ𝑝 ± 0,1[𝑐𝑚] ∆ℎt ± 0,1[𝑐𝑚]
0,4 1,3
0,9 3,0
1,5 5,1
2,7 9,7
2,9 10,2
4,7 19,2
Fonte: Elaborado pelos autores.
Tabela 3 – Diferenças de alturas no manômetro em “U” para placa de orifício (∆ℎ𝑝) e para a tomada
de pressão (∆ℎ𝐿).
∆ℎ𝑝 ± 0,1[𝑐𝑚] ∆ℎ𝐿 ± 0,1[𝑐𝑚]
11,7 9,4
10,1 7,8
8,0 6,2
5,0 3,4
3,1 2,3
Fonte: Elaborado pelos autores.
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Tabela 4 – Comprimento e diâmetro do tubo com suas respectivas incertezas.
Comprimento [𝑚] Diâmetro [𝑚]
5,07 ± 0,01 0,0385 ± 0,0005
Fonte: Elaborado pelos autores.
Foi utilizada a Equação 4.1 para calcular a vazão mássica da placa orifício.
𝑚̇ = 𝐾𝐴𝑡√2∆𝑃𝜌𝑎𝑟 (4.1)
Na qual, K é o coeficiente dado pela curva dada pelo fabricante da placa de orifício (presente no
Apêndice A), At é área da entrada da placa de orifício, que equivale a 67% da área do tubo, 𝜌𝑎𝑟 é a
densidade do ar dada por 1,205 𝑘𝑔/𝑚3 , ∆𝑃 é a diferença de pressão entre as regiões a montante e a
jusante do orifício dada pela Equação 4.2.
∆𝑃 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎𝑔∆ℎ𝑝 (4.2)
Na qual, ∆ℎ𝑝 é a diferença de altura do manômetro vinda da Tabela 1, g é a gravidade dada por
9,81 𝑚/𝑠2 e 𝜌á𝑔𝑢𝑎 é a densidade da água dada por 998,2 𝑘𝑔/𝑚3. Assim, pode-se calcular a vazão do
escoamento dado pela Equação 4.3.
(4.3)
𝑚̇ = 𝐾𝐴𝑡√2. 𝜌𝑎𝑟. 𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎. ∆ℎ𝑝
Então foi calculada a incerteza de 𝑚̇ com a Equação 4.5, tendo como termos
independentes ∆ℎ𝑝 e 𝐴𝑡, estimando uma variação máxima para ∆ℎ𝑝 a partir da Equação 4.4 e
𝐴𝑡 tendo sua incerteza calculada no Apêndice B.
𝑎 2𝑚𝑚 (4.4)
𝑢(∆ℎ) = = = 1,15 𝑚𝑚 = 0,001 𝑚
√3 √3
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na qual, 𝐾 é o coeficiente de vazão da placa de orifício e 𝐴𝑡 área da placa de orifício.
Para calcular a vazão 𝑚̇ é necessário método iterativo da curva de calibração, então primeiro foi
utilizado um valor inicial de K=0,670 para que fosse calculada a vazão mássica, em seguida a
velocidade e por fim o número de Reynolds da curva, para obter um novo valor de K na curva de
calibração, resolvendo o problema iterativamente. Com isso obteve-se para iterações até convergir com
os valores de vazão mássica. Sendo que para o cálculo do número de Reynolds utilizou-se à
temperatura de 20°𝐶 a viscosidade cinemática de 𝜈 = 15,06.10−6𝑚2/
𝑠.
E para o cálculo de velocidade média, utilizou-se a Equação 4.7.
𝑚̇ = 𝜌𝑎𝑟 . 𝑉̅ . 𝐴 (4.6)
𝑚̇ (4.7)
𝑉̅ = 𝜌𝑎𝑟.𝐴
Os resultados de vazão mássica, velocidade média e números de Reynolds na placa de orifício estão
dispostos na Tabela 3.
1
37,4 ± 0,9 26,6 ± 0,7 6,8 ± 0,2
2
36,0 ± 0,9 25,5 ± 0,6 6,5 ± 0,2
3
30,3 ± 0,8 21,6 ± 0,6 5,5 ± 0,1
4
25,2 ± 0,7 18,0 ± 0,5 4,6 ± 0,1
5
22,2 ± 0,6 15,8 ± 0,4 4,1 ± 0,1
6 14 ± 0,4 9,9 ± 0,3 2,5 ± 0,1
Fonte: Elaborado pelo autor.
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As equações utilizadas para o cálculo das incertezas de velocidade e número de Reynolds
estão dispostas no Apêndice B.
Sabendo que para perda de carga distribuída temos as Equações 4.7 e 4.8, pode-se combina-
las para obtenção da Equação 4.9.
∆𝑝 (4.7)
= ℎ𝑙
𝜌
𝐿 𝑉̅ 2 (4.8)
ℎ𝑙 = 𝑓. .
𝐷 2
∆𝑝 𝐿 𝑉̅ 2 (4.9)
= 𝑓. .
𝜌 𝐷 2
sendo f o fator de atrito (fator de atrito de Darcy, FOX, 2004), L e D o comprimento e diâmetro do tubo
respectivamente. Dessa forma é isolado o fator de atrito e substituído o valor de ∆𝑝 pela Equação 4.2 e
obtida a Equação 4.10.
Pode-se também calcular a incerteza combinada do fator de atrito tendo como valores
independentes ∆ℎ𝐷 , D, L e 𝑉̅ , logo obteve-se a Equação 4.11.
𝖥
2 . 𝐷. á𝜌𝑔𝑢𝑎 . 𝑔 2 4. 𝐷. 𝜌á𝑔𝑢𝑎 . 𝑔. ∆ℎ𝐷 2
( ) . 𝑢(∆ℎ𝐷 )2 + (− ) . 𝑢(𝑉̅ )2
̅ 2
𝐿. 𝑉 . 𝜌𝑎𝑟 ̅ 3
𝐿. 𝑉 . 𝜌𝑎𝑟
𝑢 ( 𝑓) = 2
2. 𝐷. 𝜌á𝑔𝑢𝑎. 𝑔. ∆ℎ𝐷 2. 𝜌á𝑔𝑢𝑎. 𝑔. ∆ℎ𝐷 2 (4.11)
+ (− ( )2
) .𝑢 𝐿 +( ) . 𝑢(𝐷)2
√ 𝐿2 . 𝑉̅ 2 . 𝜌𝑎𝑟 𝐿. 𝑉̅ . 𝜌𝑎𝑟
2
Com isso foram calculados os fatores de atrito para cada vazão e em seguida fez-se a Tabela 4
com valores de f e números de Reynolds.
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Tabela 4 – Fatores de atrito e números de Reynolds para cada vazão.
Vazão 𝑓. 104 𝑅𝑒. 104
1 84,067 ± 0,006 6,8 ± 0,2
2
82,334 ± 0,006 6,5 ± 0,2
3
85,120 ± 0,006 5,5 ± 0,1
4
88,759 ± 0,007 4,6 ± 0,1
5
89,140 ± 0,008 4,1 ± 0,1
6 101,63 ± 0,02 2,5 ± 0,1
Fonte: Elaborado pelo autor.
Figura 4 – Gráfico do fator de atrito pelo número de Reynolds para tubo liso.
Da mesma forma em que se calculou a vazão para a perda de carga distribuída, será feito para
localizada através dos métodos iterativos de vazão mássica, com isso utilizou-se os
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dados da Tabela 3. Com isso resultou nos valores de vazão mássica, velocidade e Reynolds, todos listados
na Tabela 5.
Discussões e conclusões
A partir da prática para perda de carga distribuída foi possível obter valores para fator de atrito
em função dos números de Reynolds para cada configuração de vazão. Com isso fez o gráfico da
Figura 4, que apesar de descrever o fenômeno aproximado do esperado, ou seja, uma curva
decrescente, houve diferença muito grande dos valores teóricos do diagrama de Moody. Contudo pode-
se perceber a natureza de como os comprimentos de tubulações agem sobre o fluido que é escoado,
causando sua perda de carga distribuída.
E sabe-se também que para perdas localizadas os valores seriam ainda maior devido aos desvios
efetuados pelos 8 cotovelos comerciais, tendo em vista que para equipamento e desvio no caminho há
uma relação de comprimentos equivalentes a tubos de seção retas, que assim pode-se estimar como
seria essa tubulação caso ela fosse reta.
Referências Bibliográficas
[1] - R. W. Fox, A. T. McDonald and P. J. Pritchard, “Introduction to Fluid Mecha- nics,” 6th
Edition, John Wiley and Sons, Inc., New York, 2004, pp.
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APÊNDICE A
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APÊNDICE B
Incerteza do tipo A:
𝑆 (B.1)
𝑢𝐴 =
√𝑛
𝑎 (B.2)
𝑢𝐵 =
√3
sendo a um valor estimado com base nos conhecimentos do realizador e/ou manuais dos instrumentos
utilizados.
Incerteza combinada, equação geral:
𝑛
𝜕𝑓 2
𝑢(𝑓) = √∑ ( ) (B.3)
𝑢(𝑥)2
𝜕𝑥𝑖
𝑖=1
2
𝑢(𝑉̅ ) = √( 1 ) . 𝑢(𝑚̇ (B.4)
)2
𝜌𝑎𝑟. 𝐴
Incerteza de Re:
𝑢(𝑅𝑒) = √𝐷( 2 )
𝑢(𝑉̅ )2 (B.5)
𝑢𝐴𝑟
2.0,45. 𝜋. 𝐷 2 (B.6)
( ) √
𝑢 𝐴𝑡 = ( ) . 𝑢(𝐷)2
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