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Índice
1. Introdução..................................................................................................................1

1.1 Objetivos..................................................................................................................1

1.1.1 Geral..................................................................................................................1

1.1.2 Específicos........................................................................................................1

1.2 Metodologia.........................................................................................................2

2. Fundamentação Teórica..............................................................................................3

2.1 Teoria De Aprendizagem.........................................................................................3

2.1.1 Importância Das Teorias De Aprendizagem.........................................................4

2.2 Teoria Behaviorista..............................................................................................6

2.2.1 Teoria Do Estímulo-Resposta (S-R):.................................................................7

2.2.2 Teoria Cognitivista............................................................................................7

2.3 A Motivação.........................................................................................................8

2.4 Implicações Pedagógicas Destas Teorias.................................................................8

2.5 Teoria Sociocultural..........................................................................................10

2.5.1 Teoria Construtivista.......................................................................................10

2.5.2 Teoria Humanista............................................................................................11

2.5.3 Teoria Da Aprendizagem Situada (Inteligencia Multipla)..............................12

2.6 Características Das Teorias...............................................................................12

3. Conclusão.................................................................................................................15

4. Referencias Bibliográficas.......................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
As teorias de aprendizagem são estruturas conceituais que buscam explicar
como as pessoas adquirem conhecimento e habilidades ao longo de suas vidas. Essas
teorias desempenham um papel central na educação e na psicologia, fornecendo insights
sobre os processos cognitivos e comportamentais subjacentes à aprendizagem. Desde as
abordagens behavioristas, que enfatizam as respostas observáveis a estímulos externos,
até as teorias cognitivas, que se concentram nos processos internos de pensamento e
percepção, as teorias de aprendizagem oferecem diferentes perspectivas sobre como o
aprendizado ocorre.

Além disso, teorias humanistas destacam a motivação e o desenvolvimento


pessoal, enquanto teorias socioculturais enfatizam a importância do ambiente social e
cultural na aprendizagem. O construtivismo argumenta que a aprendizagem é um
processo ativo de construção de conhecimento, e abordagens situacionais ressaltam a
relevância do contexto na formação do conhecimento. À medida que avançamos no
século XXI, as teorias de aprendizagem também se adaptam para compreender melhor a
aprendizagem online e o impacto da tecnologia na educação, tornando-se um campo
dinâmico e essencial para aprimorar práticas de ensino e aprendizagem.

1.1 Objetivos

1.1.1 Geral

 Investigar e compreender as teorias de aprendizagem para aprimorar práticas


educacionais e promover uma educação mais eficaz.

1.1.2 Específicos

 Analisar as principais teorias de aprendizagem: Realizar uma revisão abrangente


das teorias de aprendizagem mais influentes, como o behaviorismo, o
construtivismo e a teoria cognitiva, para compreender suas contribuições e
limitações no contexto educacional atual.
 Identificar estratégias de ensino baseadas em teorias de aprendizagem: Explorar
como as teorias de aprendizagem podem ser aplicadas na prática educacional,
identificando estratégias de ensino que promovam um ambiente de
aprendizagem mais eficaz e engajador.
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 Avaliar o impacto das tecnologias na aprendizagem: Investigar como as


tecnologias educacionais e ambientes de aprendizagem online podem ser
integrados com base nas teorias de aprendizagem, visando a otimização da
experiência de aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades digitais dos
alunos.

1.2 Metodologia

A metodologia usada para a elaboração deste trabalho, baseou-se na revisão


bibliográfica de diversas obras ao alcance do grupo obedecendo todas Normas que
zelam para Produção e Publicação de Trabalhos Científicos na Universidade Púnguè.
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2. Fundamentação Teórica

2.1 Teoria de aprendizagem

Segundo Lefrançois (2008), Teorias de aprendizagem é uma estrutura conceitual ou


um conjunto de ideias que busca explicar como as pessoas adquirem conhecimento e
habilidades ao longo do tempo. Essas teorias são desenvolvidas com base em
observações, pesquisas e reflexões sobre o processo de aprendizagem humano. Elas
fornecem uma estrutura para entender os mecanismos subjacentes à aquisição de
conhecimento, comportamentos e competências.

As teorias de aprendizagem exploram questões como:

1. Como o conhecimento é adquirido?


2. Quais são os processos mentais envolvidos na aprendizagem?
3. Como a motivação afeta o processo de aprendizagem?
4. Qual é o papel do ambiente e das interações sociais na aprendizagem?
5. Como os fatores individuais influenciam a maneira como as pessoas aprendem?

Existem várias teorias de aprendizagem, cada uma com suas próprias perspectivas e
enfoques. Algumas das teorias de aprendizagem mais conhecidas incluem o
behaviorismo, o construtivismo, a teoria cognitiva, a teoria humanista e a teoria
sociocultural, entre outras.

Cada uma dessas teorias oferece uma visão diferente sobre como o aprendizado
acontece e fornece orientações para práticas educacionais, abordagens de ensino e
design de currículo. A escolha de uma teoria de aprendizagem específica pode depender
dos objetivos educacionais, do contexto e das características dos aprendizes, (Lefrançois
2008).

Segundo Hilgard (1973), A teoria de aprendizagem foca na compreensão dos


processos, mecanismos e fatores que influenciam a aquisição de conhecimento,
habilidades, comportamentos e competências por parte dos indivíduos. Ela explora
diversas áreas de interesse relacionadas ao aprendizado, incluindo:

1. Processos de Aprendizagem: Investigar como as informações são adquiridas,


processadas, armazenadas e recuperadas pelo cérebro humano. Isso envolve a
análise de processos cognitivos, como percepção, memória, raciocínio, solução
de problemas e pensamento crítico.
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2. Motivação e Engajamento: Compreender como a motivação, o interesse e o


envolvimento do aluno afetam o processo de aprendizagem. Isso inclui
investigar fatores intrínsecos e extrínsecos que influenciam o desejo de aprender
e persistir na obtenção de conhecimento.
3. Interações Sociais: Explorar o impacto das interações com outras pessoas e o
ambiente social no processo de aprendizagem. Isso abrange a teoria
sociocultural, que destaca a importância do contexto cultural e das relações
interpessoais na construção do conhecimento.
4. Desenvolvimento Cognitivo: Investigar como as habilidades cognitivas e
intelectuais dos indivíduos se desenvolvem ao longo do tempo, incluindo a
identificação de estágios de desenvolvimento, como os propostos por Jean
Piaget.
5. Ambiente de Aprendizagem: Analisar como o ambiente de aprendizagem,
incluindo recursos educacionais, tecnologia, currículo e métodos de ensino,
influencia a eficácia do aprendizado.
6. Abordagens de Ensino e Estratégias Pedagógicas: Desenvolver métodos de
ensino e estratégias pedagógicas com base em teorias de aprendizagem para
otimizar a transferência de conhecimento dos professores para os alunos. Isso
inclui a concepção de atividades de aprendizado, materiais didáticos e
avaliações.
7. Individualidade e Diversidade de Aprendizes: Reconhecer que cada indivíduo é
único e que a aprendizagem pode ser influenciada por fatores como estilo de
aprendizagem, necessidades especiais, experiências prévias e interesses pessoais.
8. Aprendizagem ao Longo da Vida: Considerar que a aprendizagem não é um
processo limitado ao ambiente escolar, mas um aspecto contínuo da vida de um
indivíduo. Isso inclui o desenvolvimento de habilidades de aprendizado
autônomo e autorregulado.

As teorias de aprendizagem focalizam a investigação e a compreensão dos diversos


elementos que afetam como as pessoas aprendem, proporcionando insights que podem
ser aplicados para melhorar as práticas de ensino e aprendizagem em diferentes
contextos educacionais e ao longo da vida.
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2.1.1 Importância das Teorias de Aprendizagem


O estudo das teorias de aprendizagem é de fundamental importância por várias
razões:

1. Melhor Compreensão do Processo de Aprendizagem: As teorias de


aprendizagem ajudam a esclarecer como as pessoas aprendem, permitindo que
educadores, psicólogos e pesquisadores entendam os mecanismos subjacentes ao
desenvolvimento de habilidades e ao acúmulo de conhecimento.
2. Otimização das Práticas Educacionais: Com base em teorias de
aprendizagem, os educadores podem desenvolver estratégias de ensino mais
eficazes, alinhadas com as necessidades e características dos alunos. Isso leva a
uma educação mais eficiente e de maior qualidade.
3. Adaptação às Diferenças Individuais: As teorias de aprendizagem reconhecem
a diversidade de estilos de aprendizagem e ritmos individuais. Isso ajuda a
personalizar o ensino para atender às necessidades específicas de cada aluno,
promovendo o sucesso acadêmico.
4. Desenvolvimento de Ambientes de Aprendizagem Inovadores: A
compreensão das teorias de aprendizagem é essencial para projetar ambientes de
aprendizagem inovadores, incluindo o uso de tecnologias educacionais,
ambientes online e abordagens de aprendizagem ativa.
5. Aprimoramento da Avaliação Educacional: As teorias de aprendizagem
auxiliam na criação de métodos de avaliação mais justos e abrangentes, que
medem não apenas o conhecimento adquirido, mas também as habilidades
cognitivas e a aplicação prática do aprendizado.
6. Desenvolvimento de Novos Modelos Educacionais: Teorias de aprendizagem
podem inspirar a criação de modelos educacionais inovadores, como a
aprendizagem baseada em projetos, a aprendizagem online e a educação
inclusiva.
7. Promoção da Educação ao Longo da Vida: O entendimento das teorias de
aprendizagem incentiva a ideia de que a aprendizagem não está restrita à sala de
aula e que os indivíduos podem continuar a adquirir conhecimento e habilidades
ao longo de toda a vida.
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8. Base para Pesquisa e Desenvolvimento: As teorias de aprendizagem fornecem


um quadro teórico para pesquisadores investigarem a eficácia de diferentes
abordagens educacionais e desenvolverem novas teorias e práticas.
9. Melhoria na Resolução de Problemas: A compreensão das teorias de
aprendizagem pode ser aplicada fora do contexto educacional, auxiliando na
resolução de problemas complexos em diversas áreas, como negócios, saúde e
tecnologia.
10. Capacitação de Profissionais: Profissionais de diversas áreas, como
treinamento empresarial, saúde e desenvolvimento pessoal, podem se beneficiar
do conhecimento das teorias de aprendizagem para projetar programas de
formação mais eficazes.

O estudo das teorias de aprendizagem desempenha um papel crucial na melhoria da


educação, na promoção da aprendizagem ao longo da vida e no desenvolvimento de
abordagens educacionais mais eficazes e inclusivas em uma variedade de contextos. É
uma base sólida para o progresso educacional e o desenvolvimento humano.

2.2 Teoria Behaviorista

O behavorismo, ou teoria comportamental, foi desenvolvido nos Estados


Unidos da AméricaJohn Watson (1878-1958) e na Rússia por Ivan Petrovich Pavlov
(1849-1936). Embora as bases desta teoria tenham sido desenvolvidas por estes
pesquisadores, foi Burrhus Frederic Skiiner (1904-1990) que a popularizou, através de
experimentos com ratos. Em seus experimentos, os ratos eram condicionados a
determinadas ações, com recompensas boas ou ruins pelos seus atos. Assim, se moldava
o comportamento destes a partir de um sistema de estímulo, resposta e recompensa.
Nesta teoria, o comportamento deve ser estudado e sistematizado para que se
possa modificá-lo. De acordo com esta teoria, a maneira como o indivíduo aprende é
uma grandeza possível de ser mensurada tal e qual um fenômeno físico. Nesta teoria, a
aprendizagem, independente da pessoa, deverá seguir as seguintes etapas:
– Identificação do problema
– Questionamentos acerca dos problemas
– Hipóteses
– Escolha das hipóteses
– Verificação
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– Generalização. O cérebro a utilizará ao identificar problemas futuros semelhantes


Teoria do Condicionamento Clássico (Ivan Pavlov): Pavlov é conhecido por
seus experimentos com condicionamento clássico, em que demonstrou como os animais
podem aprender a associar estímulos neutros a respostas reflexas. Ele argumentou que o
aprendizado ocorre por meio da associação de estímulos e respostas.

John B. Watson: Watson é considerado o fundador do behaviorismo. Ele


acreditava que o comportamento humano era moldado principalmente por estímulos do
ambiente, e que o aprendizado era o resultado da associação entre estímulos e respostas
observáveis.

Teoria do Condicionamento Operante Burrhus Frederic Skinner: Skinner


desenvolveu a teoria do condicionamento operante, que enfatiza a importância das
consequências do comportamento na aprendizagem. Ele introduziu o conceito de
reforço e punição como mecanismos-chave de controle do comportamento.

2.2.1 Teoria do Estímulo-Resposta (S-R):

Citação: "Os estímulos externos provocam respostas comportamentais


observáveis."

A teoria do Estímulo-Resposta sugere que os estímulos ambientais diretos


desencadeiam respostas comportamentais específicas. Essa teoria enfatiza a relação
direta entre estímulos e respostas sem considerar processos cognitivos internos.

Essas teorias behavioristas focam na observação de comportamentos


mensuráveis e não consideram os processos mentais internos. Elas têm sido aplicadas
em áreas como terapia comportamental, treinamento de animais e educação. No entanto,
é importante notar que, ao longo do tempo, outras abordagens de aprendizagem, como
as cognitivas e construtivistas, também ganharam reconhecimento e influenciaram a
teoria e a prática da educação e da psicologia da aprendizagem.

2.2.2 Teoria Cognitivista

A abordagem cognitivista da aprendizagem diverge da visão comportamentalista


pelo facto de sublinhar a complexidade imanente a este processo e de se centrar nos
processos mentais que ocorrem para que a aprendizagem tenha lugar.
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Segundo Ostermann (2010), Para os cognitivistas a aprendizagem é concebida


como um processo de aquisição de esquemas de resposta e de adaptações sucessivas ao
meio. Para que possamos falar de aprendizagem terá de ocorrer uma mudança da
estrutura cognitiva do sujeito, na forma como ele percebe, selecciona e organiza os
objectos e os acontecimentos e nos significados que lhes atribui. A capacidade de
aprender novos conceitos depende do conhecimento prévio e das estruturas cognitivas já
existentes no indivíduo e as novas informações que o indivíduo recebe são relacionadas
umas com as outras e provocam alterações cognitivas na estrutura já existente.

2.3 A MOTIVAÇÃO

Segundo Hilgard (1973), Na concepção cognitivista a motivação é um elemento de


grande importância no processo de aprendizagem. O que leva um indivíduo a aprender
são sobretudo as suas necessidades internas, a sua curiosidade e as suas expectativas. A
motivação é um fenómeno intrínseco, interno ao sujeito, e voluntário, sendo possível
estimular o desejo de aprender através do apelo à curiosidade, à autonomia.

Atendendo à complexidade dos processos cognitivos, foram vários os teóricos que


desenvolveram contributos, não havendo por essa razão uma teoria acabada mas antes
concepções diferentes dentro das teorias cognitivistas. Eis alguns dos teóricos e
respectivas concepções.

2.4 IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS DESTAS TEORIAS

O tutor que adopte estratégias enquadradas nas teorias cognitivistas deverá ter em
atenção os seguintes aspectos:

Segundo Ausubel:

o fazer introduções no início de cada nova etapa da FCT;


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o procurar a ancoragem do novo conhecimento: recorrer a problemas


concretos, usar uma linguagem adequada e compreensível para o
formando, sinónimos, citar exemplos, explicar de maneiras diferentes
(por exemplo, usar termos como "isto é", "ou seja") e usar uma
argumentação lógica.
o recorrer à diferenciação progressiva, isto é, apresentar primeiro as ideias
mais gerais e, progressivamente, deverá diferenciá-las com detalhe e
especificidade;
o utilizar a reconciliação integradora, isto é, no final de cada etapa da FCT
o tutor deverá apresentar as relações entre essa etapa/tarefa e o processo
global da aprendizagem na FCT.

Segundo Gagné:

o Definir os resultados de aprendizagem desejados (quando os resultados


forem muito complexos, deverá subdividi-los em resultados mais
simples);
o Estabelecer uma hierarquia de resultados;
o Identificar as condições internas do indivíduo requeridas (nível de
conhecimentos, motivação, interesse,...);
o Identificar as condições externas ao formando requeridas (métodos,
técnicas, abordagens e estratégias pedagógicas, meios e recursos de
ensino);
o Planear os meios de aprendizagem em função do contexto de
aprendizagem e das características do grupo de formandos;
o Concretizar o processo de ensino-aprendizagem;
o Avaliar.

No ensino baseado na perspectiva cognitivista o tutor motivar o formando para a


aprendizagem através da análise das suas necessidades pessoais e os objectivos da
própria aprendizagem. Reconhece-se que a estrutura cognitiva do formando depende da
sua visão do mundo e da sua experiência, a qual deve ser vista como uma mais valia no
processo de aprendizagem.
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Assim, após identificadas as necessidades, o tutor deve definir com rigor as


tarefas e subtarefas de aprendizagem que os formandos devem executar para construir
novos conhecimentos, dando indicações sobre as tarefas propostas, informando a
relação de cada uma com o todo.

Esta teoria defende que, a capacidade do aluno em aprender coisas novas


depende diretamente dos conhecimentos prévios que ele possui. Para estes teóricos, é
necessário investigar quais os saberes do aluno acerca do assunto que será ensinado.
Depois, deve-se auxiliar o aluno para que ele consiga sistematizar e organizar os novos
conhecimentos, através de associações com o seu conhecimento prévio.
Jean Piaget: Piaget é conhecido por sua teoria do desenvolvimento cognitivo,
que descreve estágios de desenvolvimento mental que as crianças atravessam à medida
que constroem seu conhecimento sobre o mundo. Ele enfatizou a importância da
interação ativa do indivíduo com seu ambiente.

A teoria cognitivista de Piaget se concentra no desenvolvimento cognitivo e na


construção do conhecimento, enfatizando a importância da perspectiva individual na
aprendizagem.

2.5 Teoria Sociocultural

Lev Vygotsky: Vygotsky desenvolveu a teoria sociocultural da aprendizagem,


destacando o papel fundamental da interação social no desenvolvimento cognitivo. Ele
introduziu o conceito de "zona proximal de desenvolvimento", que se refere à diferença
entre o que um aluno pode fazer independentemente e o que pode fazer com ajuda.

Albert Bandura: Bandura é uma figura central na teoria da aprendizagem


social, que enfatiza a aprendizagem por meio da observação de modelos e da influência
do ambiente social. Ele introduziu o conceito de autorregulação e autoeficácia,
destacando a capacidade das pessoas de controlar seu próprio comportamento.

A teoria da aprendizagem social de Bandura destaca a influência do ambiente


social, a observação de modelos e a autoeficácia na aprendizagem.

2.5.1 Teoria Construtivista


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De acordo com Roger, defende a necessidade da aprendizagem ser significativa,


o que, segundo ele, acontece mais facilmente quando as situações são percebidas como
problemáticas. Portanto, pode-se dizer que só se aprende aquilo que é necessário, não se
pode ensinar diretamente a nenhuma pessoa.

Carl Rogers (1902-1987): Rogers é outro nome central na teoria humanista. Ele
desenvolveu a abordagem da "Terapia Centrada no Cliente", que enfatiza a importância
do relacionamento terapêutico e da empatia na promoção do crescimento pessoal.
Rogers também aplicou seus princípios à educação, promovendo uma abordagem
centrada no aluno, em que o professor atua como facilitador do aprendizado e cria um
ambiente de apoio e aceitação.

2.5.2 Teoria Humanista

A teoria humanista, também conhecida como abordagem humanista da


aprendizagem, enfatiza o crescimento pessoal, a autorrealização e o desenvolvimento do
potencial humano. Ela se distingue por sua ênfase na pessoa como um ser ativo,
autônomo e motivado intrinsecamente para aprender e melhorar. Os principais atores e
teóricos associados à teoria humanista incluem:

Abraham Maslow (1908-1970): Maslow é um dos proponentes mais


conhecidos da psicologia humanista e é conhecido por sua "Hierarquia das
Necessidades". Ele argumentava que as pessoas têm uma série de necessidades, desde as
mais básicas, como comida e abrigo, até as mais elevadas, como autorrealização e
autoestima. Ele acreditava que, à medida que as necessidades básicas são atendidas, as
pessoas podem se dedicar à busca de seu pleno potencial.

Kurt Lewin (1890-1947): Lewin, embora tenha começado sua carreira como
psicólogo social, desempenhou um papel significativo na formação da psicologia
humanista. Ele introduziu a ideia de "aprendizado experencial", que enfatiza a
importância da experimentação e da experiência direta na aprendizagem.

Carl Jung (1875-1961): Jung, embora seja mais conhecido por suas
contribuições à psicologia analítica e à teoria dos tipos psicológicos, também
influenciou a abordagem humanista. Ele explorou ideias de individuação e a jornada
interior do desenvolvimento pessoal.
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Abraham H. Maslow (1918-2001): Este é um segundo autor chamado


Abraham, não confundir com Abraham Maslow mencionado anteriormente. Abraham
H. Maslow desenvolveu a "Teoria da Motivação Humana" e fez contribuições
significativas para a psicologia humanista, focando na autorrealização, nas necessidades
humanas e no potencial de crescimento.

2.5.3 Teoria da Aprendizagem Situada (Inteligencia Multipla)

Jean Lave e Etienne Wenger: Eles desenvolveram a teoria da aprendizagem


situada, que argumenta que o aprendizado é inerentemente ligado ao contexto em que
ocorre. Eles introduziram o conceito de "comunidades de prática", grupos de pessoas
que compartilham interesses e objetivos de aprendizagem e aprendem uns com os outros
por meio de interações sociais.

Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP):

Howard S. Barrows: Barrows é um defensor da ABP, que envolve a


aprendizagem ativa dos alunos por meio da resolução de problemas do mundo real. Essa
abordagem enfatiza o pensamento crítico, a colaboração e a aplicação prática do
conhecimento.

Aprendizagem Conectivista:

George Siemens e Stephen Downes: Eles propuseram a teoria da aprendizagem


conectivista, que se concentra na aprendizagem em redes e ambientes digitais. Essa
teoria destaca a importância das conexões entre pessoas, tecnologias e recursos de
informação na construção do conhecimento. A teoria da aprendizagem situada
argumenta que o conhecimento é construído em contextos sociais e práticos específicos.

2.6 Características das Teorias

Teorias de Aprendizagem Características

Epistemologia Genética de Ponto central: estrutura cognitiva do sujeito. As


Piaget estruturas cognitivas mudam através dos processos de
adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação
envolve a interpretação de eventos em termos de
estruturas cognitivas existentes, enquanto que a
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acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva


para compreender o meio. Níveis diferentes de
desenvolvimento cognitivo.

O aprendizado é um processo ativo, baseado em seus


conhecimentos prévios e os que estão sendo estudados.
Teoria Construtivista de O aprendiz filtra e transforma a nova informação, infere
Bruner hipóteses e toma decisões. Aprendiz é participante ativo
no processo de aquisição de conhecimento. Instrução
relacionada a contextos e experiências pessoais.

Desenvolvimento cognitivo é limitado a um determinado


potencial para cada intervalo de idade (ZPD); oindivíduo
deve estar inserido em um grupo social e aprende o que
Teoria Sócio-Cultural de
seu grupo produz; o conhecimento surge primeiro no
Vygotsky
grupo, para só depois ser interiorizado. A aprendizagem
ocorre no relacionamento do aluno com o professor e
com outros alunos.

Aprendizagem se inicia com um problema a ser


Aprendizagem baseada em
resolvido. Aprendizado baseado em tecnologia. As
Problemas/ Instrução
atividades de aprendizado e ensino devem ser criadas em
ancorada
torno de uma "âncora", que deve ser algum tipo de
(John Bransford & the
estudo de um caso ou uma situação envolvendo um
CTGV)
problema.

Trata da transferência do conhecimento e das


Teoria da Flexibilidade habilidades. É especialmente formulada para dar suporte
Cognitiva (R. Spiro, P. ao uso da tecnologia interativa. As atividades de
Feltovitch & R. Coulson) aprendizado precisam fornecer diferentes representações
de conteúdo.

Aprendizado Situado (J. Aprendizagem ocorre em função da atividade, contexto e


Lave) cultura e ambiente social na qual está inserida. O
aprendizado é fortemente relacionado com a prática e
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não pode ser dissociado dela.

Enfatiza a percepção ao invés da resposta. A resposta é


considerada como o sinal de que a aprendizagem ocorreu
e não como parte integral do processo. Não enfatiza a
Gestaltismo seqüência estímulo-resposta, mas o contexto ou campo
no qual o estímulo ocorre e o insight tem origem,
quando a relação entre estímulo e o campo é percebida
pelo aprendiz.

O fator mais importante de aprendizagem é o que o


aluno já sabe. Para ocorrer a aprendizagem, conceitos
Teoria da Inclusão (D. relevantes e inclusivos devem estar claros e disponíveis
Ausubel) na estrutura cognitiva do indivíduo. A aprendizagem
ocorre quando uma nova informação ancora-se em
conceitos ou proposições relevantes preexistentes.

Deve-se buscar sempre o aprendizado experimental, pois


as pessoas aprendem melhor aquilo que é necessário. O
interesse e a motivação são essenciais para o
Aprendizado Experimental
aprendizado bem sucedido. Enfatiza a importância do
(C. Rogers)
aspecto interacional do aprendizado. O professor e o
aluno aparecem como os co-responsáveis pela
aprendizagem.

No processo de ensino, deve-se procurar identificar as


Inteligências múltiplas inteligências mais marcantes em cada aprendiz e tentar
(Gardner) explorá-las para atingir o objetivo final, que é o
aprendizado de determinado conteúdo.
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3. Conclusão
Em conclusão, as teorias de aprendizagem desempenham um papel fundamental
no entendimento e na prática da educação. Elas fornecem quadros conceituais que
explicam como as pessoas adquirem conhecimento, habilidades e competências, e
influenciam diretamente a forma como o ensino é projetado e conduzido. Cada teoria
oferece uma perspectiva única sobre o processo de aprendizagem, enfatizando
diferentes fatores, como o papel da interação social, do ambiente, dos processos
cognitivos ou do comportamento observável.

O estudo e a aplicação das teorias de aprendizagem são essenciais para o


desenvolvimento de uma educação de qualidade e para o empoderamento de indivíduos
ao longo de suas vidas. Elas nos lembram que a aprendizagem é um processo complexo
e multifacetado, e que a compreensão desses processos é fundamental para promover
uma sociedade mais educada e adaptável às demandas em constante evolução do mundo
contemporâneo.
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4. Referencias Bibliográficas
1. Lefrançois, Guy R. (2008), Teorias da aprendizagem. SP, Editora Cengage
Learning.
2. Hilgard, E. R.(1973), Teorias da aprendizagem. SP, Ed EDUSP.
3. Ostermann, F; Cavalcanti, C. J. H. (2010), Teorias de Aprendizagem, texto
introdutório, RGS, UFRJ - Universidade Federal do Rio Grande Do Sul –
Instituto de Física, 2010 PDF.
4. Piaget, J. (1999), Seis Estudos de Psicologia RJ, Forense-Universitária.
5. Skiner, B. F. (1994), Ciência e Comportamento Humano. SP, Martins Fontes.
6. Vigotsky, Lev S. (2004), Teoria e método em psicologia. SP, Martins Fontes.

7. Eysenck, M. W, Keane, M. T. (1994), Cognitive psychology: a student's


handbook.United Kingdom: British Library Cataloguing.
8. Pozo, J. I. (1998), Teorias Cognitivas da aprendizagem. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed.
9. Stenberg, R. J. (2000), Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed.

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