Você está na página 1de 59

Juvenal e o Paraíso

Juvenal e o Paraíso
Andréa Paiva

Ilustrações: Jean Marcelo


Revisão ortográfica: Profª. Marta Eugênia
Revisão científica: Prof. Dr. Alexandre Oliveira
Diagramação: Andréa Paiva

© 2022 por Andréa Paiva. Todos os direitos reservados.


© 2022 Ilustrações de Jean Marcelo
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida por fotocópia, microfilme, processo foto-
mecânico ou eletrônico sem permissão expressa da autora.
Juvenal e o Paraíso
Andréa Paiva
Agradecimentos
Ao desportista e Educador Físico, Robson Gomes, que após me relatar sobre o seu encon-
tro com um caranguejo, em um banheiro de uma lanchonete, incentivou-me a escrever este
livro. Ainda, por ter dado nome ao protagonista desta história, Juvenal.

Ao querido Jean Marcelo, que “deu vida” ao Juvenal.

À querida Marta Eugênia, por ter contribuído com as correções ortográficas dos textos deste
livro.

Ao amigo e colega de trabalho, Prof. Dr. Alexandre Oliveira, pelas correções técnicas sobre a
biologia e ecologia dos crustáceos.

À minha amiga, fotógrafa e estudante de Biologia Jucielly Soares, pelas valiosas sugestões
na diagramação deste livro.

Ao meu amigo, Dalmar Miranda, que “veio do mar” para acrescentar e contribuir com o meu
desenvolvimento intelectual e profissional.

Ao meu filho, Cauã Cantarelli, pela valiosa sugestão para dar as respostas da sessão “Saber
Mais”, aqui neste livro.
Apresentação

Fui criado em uma linda praia, onde os caranguejos eram comuns e os resíduos
sólidos raros, no litoral Norte da Bahia. Quando criança costumava observar es-
ses simpáticos crustáceos, que corriam para a proteção de suas tocas ao menor
sinal de perigo, nesse caso eu, uma curiosa criança! Certamente essa infância,
em meio à natureza, contribuiu para a minha escolha profissional.

Apresentar um livro infantil voltado à Educação Ambiental, escrito por uma queri-
da amiga e colega de trabalho é, além de uma grande alegria, uma enorme honra.
Informar e sensibilizar as futuras gerações sobre a conservação das principais
atividades econômicas do Nordeste, o turismo e a pesca, é além de estratégico,
prioritário.
O livro também ganha destaque, pois estamos vivendo a Década dos Oceanos,
uma ação da ONU onde, entre os ambiciosos objetivos, merecem destaque:
identificar e remover as fontes de poluição, além de conhecer, valorizar e divul-
gar um dos nossos maiores patrimônios, os oceanos.

Juvenal, nosso aventureiro caranguejo, certamente terá importante papel nessa


década. Como em sua busca pelo paraíso, bem relatada pela Professora An-
dréa Paiva e lindamente ilustrada pelo Jean Marcelo, Juvenal irá estimular uma
novíssima geração a refletir, valorizar e conservar não apenas as belíssimas
praias alagoanas, mas de todo Brasil.

Meu desejo é que nossas crianças continuem curiosas e atentas, desfrutando


assim, não apenas esse livro, mas os encantos das praias e do oceano.

Prof. Dr. Cláudio L. S. Sampaio


Laboratório de Ictiologia e Conservação (LIC)
Universidade Federal de Alagoas (UFAL - Penedo)
Juvenal e o Paraíso

Você vai conhecer a história do caranguejo Ju-


venal, que mora em uma toca escavada nas areias
branquinhas de uma linda praia de Alagoas.
Em um belo dia, Juvenal não se sentindo satisfei-
to com a sua casa e com a sua vida resolve ir embora
para o “paraíso”. Mas será que ele encontra mesmo
o paraíso? Vamos acompanhar o Juvenal nessa jor-
nada!

Boa leitura!
Era uma vez um caranguejo da espécie Ocypo-
de quadrata (maria-farinha) chamado Juvenal. Ele
morava em uma toca escavada nas areias bran-
quinhas da linda praia da Pajuçara, em Maceió.

Saber Mais!
- Em qual parte da praia ficam as tocas do caranguejo Ocypode
quadrata?
- Você conhece e chama esse caranguejinho de maria-farinha?
Qual outro nome você conhece para ele?
Certo dia, Juvenal saiu de sua toca para
se alimentar, e ao atravessar a areia da praia,
percebeu que do outro lado da pista havia uma
placa com o nome escrito: Lanchonete Paraí-
so.
Logo, ele pensou:
- O paraíso! Lá deve ser muito melhor
que aqui onde eu vivo! Deve ter comida fá-
cil. Aqui, tenho que passar horas procurando
peixes mortos, outros crustáceos, moluscos e
insetos para me alimentar.

Saber Mais!
- Você sabe o que são crustáceos? Como eles são?
- Quais outros tipos de crustáceos você conhece?
- Lá também deve ser mais divertido!
Aqui todos os dias são iguais, sempre faço
as mesmas coisas! Trabalho o dia todo: na
preamar a minha toca fica cheia de água e
de areia, e durante a baixa-mar, tenho que
limpar tudo de novo! Estou cansado dessa
vida, vou embora para o paraíso!

Saber Mais!
- Você sabe o que é preamar? E baixa-mar?
Depois que descobrir, quando for à praia não deixe
de contemplar esse maravilhoso evento da natureza!
Mas, para chegar no “paraíso”, Juve-
nal tinha que percorrer um caminho muito
perigoso, cheio de obstáculos! Tão logo saiu
da areia da praia e chegou no calçadão, qua-
se foi pisado pelas pessoas que caminhavam
ou corriam, quase foi esmagado pelo pneu de
uma bicicleta!
Juvenal ficou muito assustado, mas não
desistia do seu sonho de chegar no paraíso.
Para atravessar a avenida foi outra odis-
seia, eram muitos carros passando de um lado
para o outro. Porém, percebeu que havia um
momento que uma luzinha ficava vermelha,
então os carros paravam e as pessoas pas-
savam.
Então, Juvenal refletiu:
- Tenho que aproveitar para passar da
próxima vez que a luzinha ficar vermelha!
O caminho é tão longo! Tenho dez patinhas,
mas tão pequenas! Será que vou conseguir?
Quando os carros pararem, vou me esforçar
e correr o mais rápido que puder!

Saber Mais! Curiosidade!


- Muitos crustáceos possuem dez patas, por isso Você sabia que, na Austrália, caranguejos
são chamados decápodes, mas existem crustáceos vermelhos saem de diversos pontos da Ilha
com mais patas, como os isópodes, alguns conhe- Christmas em direção ao mar para acasalar e
cidos como baratinhas-do-mar. desovar? Eles têm pontes construídas especifi-
camente para o trajeto, e funcionários ajudam
a evitar atropelamentos.
E assim, o pequeno caranguejo fez, e do
outro lado da avenida por pouco não foi atro-
pelado por uma motocicleta.
Finalmente, quando chegou ao tão sonhado
paraíso, Juvenal abriu um grande sorriso!
- Que maravilha! Aqui viverei na boa vida:
não precisarei limpar a minha toca duas ve-
zes ao dia, não necessitarei sair diariamente
à procura de alimentos... Aqui serei feliz para
sempre!
Mas, quando Juvenal ficou com fome e
foi procurar o seu alimento, só haviam restos
de comida que não serviam para ele: migalhas
de pão mofado, pedaços de folhas de alface e
tomates apodrecidos.

Saber Mais!
- Você sabe de que se alimenta o caranguejo
Ocypode quadrata, em seu ambiente natural?
- Qual é o hábito alimentar desse caranguejo?
No “paraíso” não havia casa para Ju-
venal morar, o chão era duro, não tinha como
escavar uma toca. Então ele pensou:
- Posso me abrigar nessas coisas que
estão aqui no chão.
Ele tentava entrar pelas brechas dos re-
síduos sólidos (latas e garrafas) que encon-
trava jogados pelo chão. Não conseguia!

Saber Mais!
- Você sabe o que são resíduos sólidos?
- Quais resíduos sólidos você conhece?
O pequeno caranguejo acabou entrando
dentro de um saco plástico, onde as suas pa-
tinhas ficaram enganchadas em algo. Foi um
sufoco para conseguir se livrar!

Saber Mais!
- O que acontece quando os resíduos sólidos
não são colocados em local adequado?
- Você sabe o que é reciclagem?
Juvenal precisava de água. Ouviu o ba-
rulho da descarga do banheiro.
- Ali tem água! É para lá que eu vou!

Saber Mais!
- Você sabe se os caranguejos bebem água?
- Como os caranguejos respiram?
E, assim que entrou no banheiro, perce-
beu que havia uma enorme pedra branca, lisa
demais para ele escalar.
Nesse momento, entrou um homem e lhe
chutou para fora.
O pequeno caranguejo saiu caminhando
próximo aos pés das pessoas que estavam
lanchando. Neste momento, um pouco de molho
de mostarda cai sobre o seu cefalotórax.

Saber Mais!
- Você conhece as partes de um caranguejo?
- Você sabe o que é cefalotórax?
Juvenal ficou bastante decepcionado por-
que aquele lugar não tem nada de paraíso
para um caranguejo! Então, decide voltar pelo
mesmo caminho. Ao chegar no calçadão, ainda
leva uma “borrifada” do cano de escape de
um carro, que lhe deixa sufocado e todo cin-
zento.

Saber Mais!
- Você sabia que os veículos automotores são um
dos principais emissores de gases poluentes?
- Quais são os gases poluentes que saem pelo cano
de escape desses veículos?
Juvenal vai até o mar, toma um banho e
retorna para o seu verdadeiro lar: as areias
branquinhas da praia, onde estão todos os
seus parentes e amigos.

Saber Mais!
- Você sabe quais animais vivem nas
areias das praias?
- E quais moram em tocas?
Mesmo tendo que limpar a sua toca duas
vezes por dia e passar horas procurando por
alimentos, ali é o melhor lugar do mundo para
o pequeno caranguejo Juvenal.
A praia é o seu lar e precisa ser con-
servada, para que muitos caranguejos e ou-
tros animais, sobrevivam e sejam felizes para
sempre, vivendo em seu habitat natural, livre
de quaisquer tipos de poluição!

Saber Mais!
- Você sabe o que é Conservação Ambiental?
- Você sabe o que é habitat?
Saber Mais!
- Em qual parte da praia ficam as tocas do caranguejo Ocypode
quadrata?
- Você conhece e chama esse caranguejinho de maria-farinha?
Qual outro nome você conhece para ele?

O caranguejo Ocypode quadrata (Crustacea, Decapoda), conhecido popularmente como maria-farinha,


habita praias arenosas e constrói tocas em quase toda a extensão da região entremarés e suprali-
toral. Os indivíduos jovens dessa espécie ocorrem principalmente na zona mediana da entremarés,
enquanto os adultos constroem tocas predominantemente no supralitoral.

Os caranguejos do gênero Ocypode, po-


pularmente conhecidos como “carangue-
jo-fantasma” ou “maria-farinha”, são
organismos macrobentônicos, muito bem
representados em praias arenosas tropi-
cais e subtropicais do mundo todo.

Foto: Andréa Paiva


Saber Mais!
- Você sabe o que são crustáceos? Como eles são?
- Quais outros tipos de crustáceos você conhece?

Os crustáceos são animais invertebrados, do grupo dos artrópo-


des, que apresentam exoesqueleto, geralmente rígido, com apên-
dices articulados. São encontrados em ambientes aquáticos (ma-
rinho e de água doce) e em ambiente terrestre. Estima-se que
existam, aproximadamente 68 mil espécies de crustáceos conhecidos.

Foto: Andréa Paiva Foto: Andréa Paiva


Saber Mais!
- Você sabe o que é preamar? E baixa-mar?
Depois que descobrir, quando for à praia não deixe
de contemplar esse maravilhoso evento da natureza!

Chama-se preamar o pico mais alto das marés e baixa-mar, o pico mais baixo. Esse “efeito” é pro-
vocado pelo ciclo da maré, que está associado à força de atração gravitacional entre a Lua e a Terra.
A rotação da Terra e o movimento de translação da Lua (movimento da Lua ao redor da Terra), além
da força gravitacional, colaboram para a formação das marés.

Foto: Andréa Paiva


Saber Mais!
- Muitos crustáceos possuem dez patas, por isso
são chamados decápodes, mas existem crustáceos
com mais patas, como os isópodes, alguns conhe-
cidos como baratinhas-do-mar.

Além dos crustáceos decápodes, que possuem dez patas, existem outros grupos, como os crustáceos
isópodes, que inclui um grande número de espécies que vivem em água doce, salgada e em ambiente
terrestre. Os copépodes (microcrustáceos), são encontrados, geralmente, no plâncton. Os crustáceos
que apreresentam uma carapaça formada por carbonato de cálcio, e são frequentemente encontrados
aderidos em rochas, barcos e outros substratos, são as cracas. “Mergulhe” no mundo dos crustá-
ceos, eles são incríveis!

Saber Mais!
- Você sabe de que se alimenta o caranguejo
Ocypode quadrata, em seu ambiente natural?
- Qual é o hábito alimentar desse caranguejo?

O caranguejo Ocypode quadrata possui hábito alimentar onívoro, ou


seja, ingere diversos tipos de alimentos, como: moluscos, crustáce-
os, poliquetas, insetos, material vegetal e detritos orgânicos.
Saber Mais!
- Você sabe o que são resíduos sólidos?
- Quais resíduos sólidos você conhece?

Resíduos sólidos são materiais provenientes das atividades diárias dos seres humanos, tendo di-
versas origens: domiciliar, comercial, industrial, agrícola, hospitalar, construção civil, etc. São
exemplos de resíduos sólidos: restos de alimentos, embalagens diversas, garrafas pet, garrafas de
vidro, papéis, tampas de garrafa, bitucas de cigarro, resíduos contaminados (papel higiênico, fral-
das descartáveis, lixo hospitalar), etc.

Saber Mais!
- O que acontece quando os resíduos sólidos
não são colocados em local adequado?
- Você sabe o que é reciclagem?

A Reciclagem tem como finalidade o reaprovei-


O descarte dos resíduos tem se tornado um tamento de materiais, utilizados como matéria-
problema mundial quanto ao prejuízo e poluição -prima para a produção de um novo produto.
do meio ambiente, caso estes sejam descartados Portanto, a reciclagem é a finalização de vários
sem nenhum tratamento ou em local inadequa- processos pelos quais passam os materiais que
do, pode prejudicar o solo, a água e/ou o ar. seriam descartados. Muitos materiais podem ser
reciclados, como papel, vidro, metal e plástico,
Saber Mais!
- Você sabe se os caranguejos bebem água?
- Como os caranguejos respiram?

Foto: Andréa Paiva

Os caranguejos não bebem água, porém Assim, os caranguejos respiram, absor-


eles necessitam da água para a realização vendo o oxigênio (O2) que está dissolvido
das trocas gasosas, através das brân- na água e liberando gás carbônico (CO2),
quias, através das brânquias.
Saber Mais!
- Você conhece as partes de um caranguejo?
- Você sabe o que é cefalotórax?

Cefalotórax

Patas ambulatórias
Externamente, podemos observar as se-
guintes partes em um caranguejo: ce-
falotórax; patas, sendo oito ambula-
tórias, que servem para locomoção, e
duas quelas, utilizadas para defesa e
alimentação; e abdômen.

Quelas O cefalotórax resulta da fusão dos


segmentos cefálicos e torácicos dos ca-
ranguejos.
Foto: Andréa Paiva

Abdômen
Saber Mais!
- Você sabia que os veículos automotores são um
dos principais emissores de gases poluentes?
- Quais são os gases poluentes que saem pelo cano
de escape desses veículos?

A poluição atmosférica gerada pelos veículos automotores, principalmente nos grandes centros ur-
banos, é provocada pela queima incompleta do combustível, produzindo o monóxido de carbono (CO).
Este gás, inodoro e incolor, é extremamente perigoso, pois é um asfixiante químico que pode levar
à intoxicação, e, dependendo do tempo de exposição e da quantidade inalada, pode levar à morte.
Saber Mais!
- Você sabe quais animais vivem nas
areias das praias?
- E quais moram em tocas?

Os organismos aquáticos estão classifica-


dos em planctônicos, nectônicos e bentônicos.
Os diversos animais que vivem nas areias
das praias, em contato direto com o subs-
trato, são bentônicos. Aqueles que estão so-
bre o substrato, constituem a epifauna; os
que ficam enterrados, podendo fazer tocas,
representam a endofauna.

Foto: Andréa Paiva

Entre os animais da endofauna bentônica, que escavam, fazem tocas


ou se enterram nas areias, podemos encontrar: crustáceos, molus-
cos, poliquetas, nemátodas, tardígrados, entre outros grupos.
Saber Mais!
- Você sabe o que é Conservação Ambiental?
- Você sabe o que é habitat?

Conservação Ambiental é a proteção racional da na- Habitat é o local onde uma espécie vive.
tureza, através do manejo sustentável. Permite a Cada espécie está adaptada para viver em
presença do homem na natureza, porém de maneira determinado lugar, sendo esse o ambiente
harmônica, aliado ao seu uso racional e manejo cri- ideal para que ocorra a sua alimentação,
terioso. reprodução e, consequente perpetuação.

Foto: Andréa Paiva


Andréa Paiva
Mestre e Doutora em Oceanografia, Professora da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL-Penedo), Fotógrafa e Cineasta, desde cedo se preocupa com questões ambien-
tais. Em 1997 realizou o primeiro curso de fotografia, e desde então, vem criando regis-
tros fotográficos de animais silvestres e paisagens naturais em diversos ecossistemas
da América do Sul, e no Brasil, em praias, restingas e manguezais. Durante o Mestrado,
estudou bioecologia dos crustáceos decápodes, grupo taxonômico que está inserido o
personagem Juvenal, deste livro, Juvenal e o Paraíso. No Doutorado analisou a conecti-
vidade dos peixes entre os ecossistemas estuarinos e recifais. Atualmente, desenvolve
pesquisas sobre alimentação e reprodução de peixes, além de realizar atividades de
extensão com ênfase na gestão dos resíduos sólidos. A partir de 2017, iniciou a capa-
citação em audiovisual, tendo realizado diversos cursos na área de produção de docu-
mentário, roteiro, direção de fotografia e edição. Desde 2020 vem realizando diversas
produções como diretora e roteirista, com abordagens sociais e ambientais.
Foto: Andréa Paiva

Jean Marcelo
Artista visual, desde criança, por meio da literatura, via a possibilidade de fluir a imagi-
nação, que reverberava em seus desenhos. Natural de Arapiraca (AL), cidade na qual
reside e realiza Exposições, Oficinas, Mediações Educativas e Culturais, e festivais. Re-
alizou seis exposições individuais, resultando em Mediações nos locais das exposições,
e oficinas com estudantes de escolas e universidades públicas, além de três trabalhos
de Mediação e oficinas promovidas pelo SESC Arapiraca. Participou de um festival de
arte, Festival Senhor Carranca, na cidade de Arapiraca. Suas influências transitam por
Kathe Kollwittz, Lasar Segall, Henri Matisse, Tarsila do Amaral, Pablo Picasso, Salvador
Dali, Max Ernst e Dimitry Varsin.
Fonte:http://petronioalvescoelho.blogs-
pot.com/2011/12/petronio-alves-coelho.

Dedico este livro ao Prof. Dr. Petrônio Alves Coelho (in memoriam), renomado carcinó-
logo, reconhecido internacionalmente pelos seus estudos sobre crustáceos, estuários e
manguezais: meu primeiro orientador, que me acolheu carinhosamente durante quase
uma década em seu Laboratório de Carcinologia, na Universidade Federal de Pernam-
buco (UFPE). A primeira pessoa que me trouxe conhecimentos sobre os crustáceos,
especialmente os decápodes, além de tantos outros conhecimentos relevantes durante
o Mestrado, os quais guardarei para sempre, afinal, conhecimento é a única coisa que
nunca ninguém pode tirar de você! Gratidão ao Universo por ter colocado Prof. Petrônio
(Dr. Petrus) em minha vida acadêmica e profissional.
Sinopse
Insatisfeito com a sua vida, Juvenal, um caranguejo da espécie Ocypode quadrata (ma-
ria-farinha) vai em busca do “paraíso” para viver a “boa vida”. No decorrer de sua tra-
jetória, são abordadas questões relativas à conservação da natureza e problemas am-
bientais, como resíduos sólidos e poluição atmosférica, além de biologia e ecologia dos
caranguejos. A sessão “Saber Mais” estimula a curiosidade das crianças, incentivan-
do-as a buscar mais informações sobre biologia e ecologia dos crustáceos, sobre ecos-
sistemas marinhos e sobre resíduos sólidos.

Você também pode gostar