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O Mestre Verde

Autoria de Angela Gomes


& ilustrações de Agueda Horn
Teatro Ebanx Regina Vogue e Fundação Cultural de Curitiba apresentam:

O Mestre Verde
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Gomes, Angela
O Mestre Verde / Angela Gomes; [ilustração Agueda
Horn]. -- Curitiba: Ed. da Autora, 2021.
Autoria de Angela Gomes
ISBN 978-65-00-18640-6
& ilustrações de Agueda Horn
1. Literatura infantojuvenil 2. Meio ambiente -
Preservação - Literatura infantojuvenil 3. Oceanos -
Literatura infantojuvenil I. Horn, Agueda.
II. Título.

21-58928 CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático:


1. Literatura infantil 028.5
2. Literatura infantojuvenil 028.5

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Diagramação e Composição:
Larissa Kassumi

Revisão:
Rafael Patrik Procopiuk Walter

Edição:
Grazi Calazans

Impressão:
Gráfica Capital
Pairava um grande sono sobre a terra.

Mas, havia um mestre que despertara um sonho:

Um grande amor oceânico!

A paixão do mestre era tão grande

Que se espalhou aos sete mares

E portais surgiram em alguns lugares...

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Num riacho muito claro,

Onde fadas e duendes dançavam

Entre as cores da vida,

Algumas crianças brincavam descontraídas

E barcos de papel inventaram.

Quando colocaram os barcos para flutuar

As crianças perceberam-se dentro deles.

Uma maravilhosa aventura estava para começar!

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Sem que soubessem, entraram em um portal.

E eis que de repente, navegavam em um atol!

As crianças ficaram surpresas, parecia um sonho.

Mas ao se beliscarem não acordaram,

E nem os seus barcos de papeis coloridos

Nestas águas azuis e profundas se desmancharam.

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O mar estava calmo

E puderam perceber peixes de todos os tipos...

E até mesmo as baleias e os golfinhos

Tinham este lugar como abrigo.

Todos adoraram poder estar no mar,

Admirando-se por haver tanta beleza em um só lugar.

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Rapidamente, em meio à calmaria,

Aparece algo diferente!

Envolto às ondas brancas que formava,

Surge um pequeno submarino amarelo!

E da escotilha aberta saiu um homem

Alegre e de rosto singelo.

Havia uma bandeira verde em sua mão.

Era um ecologista e, do mar o guardião!

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- Que maravilha encontrar crianças neste lugar!

- Porém, como com barcos de papel

vocês conseguiram chegar aqui no mar?

A história foi contada.

No entanto, como e porque tudo aconteceu

Ninguém sabia explicar.

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- Ora, não se preocupem.

Já que estão aqui vamos aproveitar!

- Que tal uma volta de submarino, pra variar?

Foi realmente uma viagem fascinante!

Um verdadeiro tesouro existia sob as águas.

E fadas vestidas de peixes,

Nadavam coloridas e salgadas...

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- Quanta vida diferente existe no planeta!

Exclamaram as crianças.

E disse o Ecologista:

- É realmente necessário manter esta beleza como herança!

Por isso me tornei um ecologista e para o mar me mudei.

Os ecologistas devem estar em todos os lugares.

E as crianças podem ajudar fazendo a sua parte!

Na verdade, todas as pessoas podem ajudar...

É só respeitar a natureza, como sendo a nossa mãe;

E o planeta, como sendo a nossa casa!

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Foi então, que surgiu nos seus olhos, um discreto “mar”...

Todavia, amargo e triste.

Ele estava entre amigos, podia chorar...

E contou que na sua profissão,

Às vezes nem um homem grande resiste

Quando se está sozinho para defender

Tanta vida que no mar existe.

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Contou também, que se aproximavam dali

Três navios muito grandes, pesqueiros de baleias.

- É proibido pescar baleias! Disseram as crianças.

- Contudo, algumas pessoas não respeitam esta lei.

- Acham que tem o direito de lhes lançar o arpão.

Respondeu o Ecologista,

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- É uma covardia!...

De doer o coração!

Exclamaram as crianças.

- Os navios chegarão pela manhã e eu terei que lhes enfrentar.

Disse o Ecologista.

- Jogarei jatos d’água nos arpões para os desviar.

As crianças prontamente decidiram e gritaram:

- Já que estamos aqui iremos ajudar!

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Pela manhã,

As baleias fugiram assustadas procurando escapar

Dos arpões que eram lançados dos navios!

- Eles perderam seus corações.

O que dirão para os seus filhos!?

Houve uma batalha no mar...

E os navios partiram em retirada!

Pois, de repente,

Surgiram tantos barcos de papel

Repletos de tanta criançada,

Que eles devem ter se envergonhado.


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Eram muitas crianças!

Vindas de muitos lugares!

Toda a vida do mar e do planeta

Brilhavam em seus olhares!

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Houve uma grande comemoração!

E os seus sorrisos refletiam a paz...

Iriam voltar para suas casas,

Entretanto, esta emoção não lhes abandonará jamais!

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Por estarem em sintonia com a natureza

Poderiam atravessar por portais

Quando desejassem

Ou, quando alguma vida estivesse em perigo.

O Mestre Verde, o ecologista,

Descobrira inúmeros amigos!

E as baleias e os golfinhos, além do mar,

Ganharam muitos corações como abrigo!

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Angela Gomes nasceu em Curitiba. Gosta de escrever histórias
e poesias. Aos nove anos ganhou um livro de poemas chamado “A
manhã é uma criança”, escrito por Joan Walsh Anglund, que guarda
como um tesouro. Já escreveu uma peça de teatro infantil e foi muito
bom vê-la encenada.

O Mestre Verde é sua primeira publicação. Uma singela homenagem


a um ecologista chamado Paul Watson, que se dedicou a proteger
muitas baleias e a vida marinha. Também é um agradecimento a
todos que ajudam a preservar a vida no nosso planeta e, às crianças,
por tornarem o mundo feliz. Na foto está com a Bruma, companheira
arisca e querida.

Agueda Horn nasceu em uma cidade pequena e cheia de morros em


Santa Catarina chamada Luzerna mas hoje mora em Curitiba. Desde
pequena amava ler e desenhar. A brincadeira virou trabalho e hoje já
ilustrou para grandes editoras brasileiras e para Folha de São Paulo.

Suas ilustrações são feitas em colagem com tesoura, cola e muitos


papéis coloridos.

Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba e da
Prefeitura Municipal de Curitiba. Todas as informações constantes nesta obra são de responsabilidade exclusiva
do autor.

Incentivo:

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