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Testes de avaliação Palavra-chave, Português, 8.

° ano

Teste 5

Teste de avaliação de Português n.° 5


8.° ano
Nome: _______________________________________________________ N.º: ______ Turma: ______

Data: _________________________________ Classificação: _________________________________

Oralidade: _______________________________ Leitura: ___________________________ Educação

literária: ______________________ Gramática: ________________ Escrita: _____________________

Professor(a): __________________________ Encarregado(a) de Educação: ____________________

Grupo I – Oralidade
Lê, atentamente, as questões que te são colocadas. Para responderes aos itens que se seguem,
vais ouvir duas vezes uma notícia sobre um naufrágio nos Açores1.

1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que completa a afirmação, de acordo com o
sentido do texto.

1.1. O título da notícia informa que


A. houve quatro náufragos nos Açores devido a uma avaria num veleiro dinamarquês.
B. um veleiro sueco foi auxiliado nos Açores, tendo quatro náufragos a bordo.
C. um veleiro açoriano foi auxiliado por marinheiros suecos que se encontravam nos Açores.

1.2. No veleiro que foi auxiliado havia seis pessoas a bordo,


A. quatro delas supostos náufragos de origem africana.
B. quatro delas supostos náufragos de origem indiana.
C. quatro delas supostos náufragos de origem europeia.

1.3. Segundo o comunicado da Autoridade Marítima Nacional, os quatro náufragos tinham sido
alegadamente recolhidos de uma balsa onde estavam,
A. há duas semanas, a cerca de 700 milhas [1296 quilómetros] das ilhas Canárias.
B. há três semanas, a cerca de 700 milhas [1296 quilómetros] das ilhas Canárias.
C. há quatro semanas, a cerca de 700 milhas [1296 quilómetros] das ilhas Canárias.

1.4. O alerta da situação foi recebido,


A. pelas 07h30 (08h30 em Lisboa), através de dois náufragos senegaleses.
B. pelas 08h30 (09h30 em Lisboa), através do skipper do veleiro.
C. pelas 07h30 (08h30 em Lisboa), através do skipper do veleiro.

1.5. Rebocado o veleiro até ao fundeadouro do Porto das Velas, contactou-se


A. o Serviço de Socorro a Refugiados (SSR) porque os náufragos eram estrangeiros.
B. o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) porque os náufragos eram estrangeiros.
C. o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) porque os náufragos eram portugueses.

1
in https:observador.pt (consult. em 8-11-2021)
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Teste 5

Grupo II

Texto A – Leitura

Esta é a ilha de sonho em Portugal


que praticamente ninguém conhece
Rui Peres | 02.09.2020
É difícil encontrar um lugar português onde os faróis dos carros não alumiem. Nesse
sentido, a ilha do Farol é uma tentativa de equilibrar mais o mundo. Não é possível subir
nem descer passeios altos, porque não os há. O que é bom para as rótulas. Não dá para
buzinar o volante dos automóveis, porque não os há. O que é bom para os brônquios.
5 Quando se chega, de barco, a partir de Olhão ou de Faro, antes de mais, observa-se.
Instalados próximos da margem, numa espécie de cais, estão os barcos, sem ordem
específica, girando sobre si próprios. A quantidade de barcos é insignificante para a
quantidade de mar. Não é preciso procurá-lo. Porque nunca se está de costas para ele. A
ilha tem a sua ordem. E é importante tentar absorvê-la. As casas, apesar de não se
10 confundirem com flores, partem todas de um princípio expressivo: são azuis, cores-de-
rosa, verdes ou amarelas. As ruas são poucas e curtas, a vegetação é rasteira, há poucos
serviços e muito repouso. É um bom lugar para adormecer. Faltam algumas peças, mas o
essencial vence. Um pão, que se encomenda no dia anterior, a fruta, os legumes, e outros
consumos alimentares básicos, o sol que enxuga as toalhas, a água que se acumula nos
15 reservatórios dos telhados das casas, as conversas retomadas que ficaram paradas nos
anos anteriores, a gentileza na mistura dos diálogos, o ar leve que abraseia os corpos e o
céu normalmente limpo. Há rituais nas cores indecisas do entardecer: as ruas são
povoadas pelas luzes dos candeeiros, as pessoas juntam-se em cima dos terraços,
crentes de que o sol se deitará, mais coisa menos coisa, sempre no mesmo sítio, e tomará
20 conta da luz que os contorna; além disso, quando a maré baixa, as pessoas, de joelhos na
areia, ou de cócoras, apanham conquilhas 1 durante muito tempo, como se estivessem a
nidificar2. De madrugada, de calção e camisa desfraldada, com o peito e os pés a
descoberto, passeia-se a ilha pelo lado da ria. Um pescador fuma, de forma aplicada. E
nem a convulsão de um peixe, quando capturado, lhe saca o cigarro da boca. Durante a
25 caminhada, os ruídos são poucos e vêm das brasas das casas junto à ria, onde se assa o
peixe fresco. Na volta, e já do lado do mar, desde os famosos bolos no centro da ilha da
Culatra até ao Farol de Santa Maria – que parece um telescópio gigante pousado na terra
– os pés vão andando e, quando tocam um no outro, é para aplaudir a areia branca, fina,
passada a ferro pelas línguas de água mansa que chegam do Mediterrâneo. Este trajeto
30 convida ao mergulho e nega o jogo do nosso recuo para com a água. Em relação ao
isolamento, que nos tem vendado, dá-nos uma leitura: não estamos preparados para estar
separados temporariamente. Mas as ilhas estão sempre assim, vivem assim, separadas
pelo mar. Temos algo a aprender com elas.
Rui Peres, in Volta ao Mundo. www.voltaaomundo.pt/2020/09/02/esta-e-a-ilha-de-sonho-em-portugal-que-praticamente-
ninguem-conhece/viajantes/865695/ (consult. em 6-11-2021)
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Teste 5

Vocabulário:
1. conquilhas: moluscos bivalves comestíveis. 2. nidificar: fazer o ninho.

1. Para cada item (1.1. a 1.3.), seleciona a opção que completa a afirmação, de acordo com o
sentido do texto.

1.1. O início do texto pretende captar a atenção do leitor, apresentando, de forma incomum,
a ilha do Farol. A mesma é descrita como uma ilha
A. que contribui para o desequilíbrio do mundo.
B. onde não se encontram automóveis.
C. onde não se pode subir aos passeios por causa dos carros mal estacionados.
D. onde o ar é irrespirável.

1.2. À medida que se alcança a ilha do Farol, veem-se barcos instalados numa espécie de
cais e que baloiçam sobre as águas,
A. contrastando com a imensidão do mar.
B. ocupando toda a imensidão do mar.
C. impedindo o acesso à ilha.
D. poluindo o mar que banha a ilha.

1.3. A afirmação que encerra o texto (“Mas as ilhas estão sempre assim, vivem assim,
separadas pelo mar. Temos algo a aprender com elas.”) significa que
A. os ilhéus não conseguem viver separados pelo mar.
B. os ilhéus estão habituados a viver isolados.
C. todos nós somos como ilhas, que vivem separadas entre si.
D. todos nós estamos preparados para viver isolados permanentemente.

2. Ordena as características da ilha do Farol, de acordo com a ordem pela qual surgem no texto.
A. Serviços reduzidos ao essencial
B. Poucas ruas
C. Gentileza dos habitantes
D. Areia branca e fina
E. Casas coloridas
F. Vegetação baixa
G. Clima ameno

3. O autor recorre à palavra “rituais” para descrever certos hábitos que se podem observar na ilha
ao cair da noite. Seleciona todas as frases que, de acordo com o texto, constituem esses “rituais”.
A. As pessoas assam peixe acabado de pescar.
B. Os candeeiros iluminam as ruas.
C. As pessoas fazem passeios e dão longos mergulhos.
D. As pessoas reúnem-se nos terraços das casas para verem o pôr do sol.
E. As pessoas apanham conquilhas na praia quando a maré vaza.
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Texto B – Educação literária

Após a tempestade, vem a bonança1


GONZALO: – Rainha e rei de Nápoles os dois.
Que sítio aterrador! Deus nos acuda! Quando a perdestes vós?
PRÓSPERO: – 40 PRÓSPERO: –
Tendes perante vós o injuriado Na tempestade.
5 Duque de Milão, Próspero. Estou vivo Há muito que contar, mas não agora.
Como podeis sentir pelo meu abraço. Entrai nesta cabana: é meu palácio.
(Abraça o rei) Quero oferecer-vos algo de valor
A todos vós eu dou as boas-vindas. 45 Para retribuir o meu ducado;
(Para Gonzalo) Ou pelo menos vereis a maravilha
10 Vem a meus braços, nobre e velho amigo. Que há de deixar-vos tão feliz quanto eu.
(À parte para Sebastian e António) Próspero mostra Ferdinand e Miranda, que
Vós dois, meus senhorecos, bem podia estão a jogar xadrez.
denunciar-vos já a sua Alteza. 50 MIRANDA: –
Mas, por enquanto, nada lhe direi.
Estás a fazer batota, meu amor.
15 (Para António)
Quanto a ti, celerado2, se te desse FERDINAND: –
Nome de irmão, a boca infetaria. Jamais! Ainda que o prémio fosse o mundo!
Mas eu perdoo-te as piores ofensas. ALONSO: –
Devolve-me o ducado3, assim o ordeno. 55 Se não passar de mais uma visão,
20 Não podes fazer nada contra isso. Duas vezes terei perdido o filho.
ALONSO: – SEBASTIAN: –
Realmente, pareceis de carne e osso. É um milagre lindo de se ver!
Que alívio sinto ao ver-vos. Renuncio
Ao meu poder sobre o ducado e peço FERDINAND (vendo Alonso e os outros): –
25 Perdão pelo que fiz. Mas contai como 60 Mar, amaldiçoei-te sem razão!
A salvo vos achais sobre esta ilha Ameaças, mas sabes ter piedade!
Em cuja costa há pouco naufragámos (Ajoelha)
E eu perdi o meu filho bem-amado. ALONSO: –
PRÓSPERO: – Recebe a bênção deste pai feliz.
30 Lamento muito. Eu conheci desgosto 65 Como vieste aqui parar? Levanta-te.
Bem semelhante. MIRANDA: –
ALONSO: – Oh, que encanto! Pessoas tão bonitas!
Oh! Quem? E tantas! Como é bela a raça humana!
Que admirável mundo novo onde há
PRÓSPERO: – 70 Gente como esta.
35 A minha filha.
PRÓSPERO: –
ALONSO: – É novo para ti.
Ó Céus! Que pena tenho que não sejam
Hélia Correia, A Ilha Encantada. Relógio D’Água, 2008 (pp. 118-121)

Vocabulário:
1. bonança: calma, tranquilidade. 2. celerado: malvado, criminoso. 3. ducado: território sob o domínio de um duque.
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4. Próspero revela a sua identidade diante de algumas personagens.


4.1. Indica quem ele é e por que motivo essa revelação é inesperada.
4.2. Que desgosto têm em comum Próspero e Alonso?

5. Indica a “maravilha” que Próspero apresenta a Alonso.

6. O excerto transcrito apresenta uma série de reencontros.


6.1. Identifica dois deles.
6.2. Explica de que forma esses reencontros são indicadores de que a ação se aproxima do
desenlace.

7. Na tua opinião, qual o sentido da fala com que Próspero encerra o excerto: concordância ou
aviso? Justifica a tua resposta.

8. Indica duas características que te permitam classificar este texto como pertencente ao género
dramático.

Grupo III – Gramática

1. Reescreve as frases, substituindo as expressões sublinhadas pelos pronomes pessoais


correspondentes.
A. “A todos vós eu dou as boas-vindas.” (l. 8)
B. “Mas eu perdoo-te as piores ofensas.” (l. 18)
C. “Para retribuir o meu ducado” (l. 45)
D. “Recebe a bênção deste pai feliz.” (l. 64)

2. Indica o modo em que se encontram as formas verbais sublinhadas nos excertos.


A. “Tendes perante vós o injuriado.” (l. 4)
B. “Como podeis sentir pelo meu abraço.” (l. 6)
C. “se te desse/Nome de irmão, a boca infetaria.” (ll. 16-17)
D. “Entrai nesta cabana” (l. 43)

3. Faz corresponder as palavras sublinhadas na coluna A à respetiva classe e subclasse na


coluna B.

Coluna A Coluna B

A. “A todos vós eu dou as boas-vindas.” 1. Locução conjuncional subordinativa


B. “há de deixar-vos tão feliz quanto eu” concessiva
C. “Ferdinand e Miranda, que estão a jogar 2. Advérbio interrogativo
xadrez” 3. Verbo transitivo indireto
D. “Ainda que o prémio fosse o mundo!” 4. Conjunção subordinativa comparativa
E. “Entrai nesta cabana” 5. Pronome relativo
F. “Como vieste aqui parar?” 6. Quantificador universal
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4. Atenta nas seguintes frases e identifica as formas linguísticas usadas para assumir
compromissos.
A. “Mas, por enquanto, nada lhe direi.” (l. 14)
B. “Ou pelo menos vereis a maravilha/Que há de deixar-vos tão feliz quanto eu.” (ll. 46-47)

5. Indica o processo de formação das palavras seguintes.


A. “boas-vindas” (l. 8)
B. “senhorecos” (l. 12)
C. “alívio” (l. 23)
D. “desgosto” (l. 30)

Grupo IV – Escrita

1. Miranda foi criada por Próspero, seu pai, numa ilha isolada, e, até ao momento em que surgem
novas pessoas nessa ilha, a jovem não vira nem convivera com outros seres humanos.

1.1. Elabora um comentário à última fala de Miranda, referindo se a reação da jovem pode ser
considerada idêntica (ou não) à dos exploradores europeus quando contactaram pela
primeira vez, por exemplo, com os povos indígenas que, até então, desconheciam. O teu
texto deve ter entre 120 e 180 palavras.

Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única
palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial de até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 50 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
I 10
2 2 2 2 2
1.1. 1.2. 1.3. 2. 3. 4.1. 4.2. 5. 6.1. 6.2. 7. 8.
II 45
3 3 3 4 4 2 2 4 4 6 6 4
1. 2. 3. 4. 5.
III 20
4 4 6 2 4
IV Item único 25
Total 100
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Teste 5 – Sugestão de resolução

Teste de avaliação de Português n.° 5 5. Próspero revela-lhe Miranda, a sua filha, e Ferdinand,
o filho de Alonso, a jogar xadrez.
Grupo I – Oralidade 6.1. Por exemplo, Alonso reencontra Próspero e
Transcrição do texto ouvido: reconhece-o como o Duque de Milão e Ferdinand,
reencontra o filho que considerava perdido.
Veleiro sueco com avaria no motor e quatro 6.2. Os reencontros são, na sua maioria, uma
náufragos a bordo auxiliado nos Açores consequência do desenrolar da ação que se aproxima
A bordo da embarcação estavam dois tripulantes do do fim, revelando-se, assim, a identidade de
veleiro e quatro náufragos “que alegadamente haviam personagens ou reaproximando essas mesmas
sido recolhidos de uma balsa onde seguiam há três personagens.
semanas”. 7. A meu ver, a fala consiste num aviso, pois Próspero
Um veleiro de bandeira sueca, com seis pessoas a tem muita experiência de vida e o grupo de pessoas que
bordo, quatro delas alegados náufragos de origem apareceu na ilha, para ele, nada tem de novo, nem de
africana, foi esta quinta-feira auxiliado ao largo da ilha tão admirável.
de São Jorge, nos Açores, pela Autoridade Marítima 8. O nome das personagens que surge antes da
depois de reportar uma avaria num motor. De acordo respetiva fala e a presença de didascálias, tais como
com o comunicado da Autoridade Marítima Nacional, a “Próspero mostra Ferdinand e Miranda, que estão a
bordo da embarcação estavam “os dois tripulantes do jogar xadrez.” (ll. 48-49).
veleiro e quatro náufragos que alegadamente haviam
sido recolhidos de uma balsa onde seguiam há três Grupo III – Gramática
semanas, a cerca de 700 milhas [1296 quilómetros] das
1. A. Eu dou-vos as boas-vindas. B. Mas eu perdoo-tas.
ilhas Canárias”. C. Para o retribuir. D. Recebe-a deste pai feliz.
O alerta foi recebido pela autoridade portuária do
2. A. e B. Indicativo. C. Conjuntivo, condicional.
Porto das Velas, na ilha de São Jorge, pelas 07h30
D. Imperativo.
(08h30 em Lisboa), através do skipper do veleiro, a
informar que “precisava de apoio devido a uma avaria 3. A. – 6.; B. – 4.; C. – 5.; D. – 1.; E. – 3.; F. – 2.
no motor e a referir que tinha a bordo quatro náufragos, 4. A. Verbo no futuro do indicativo (“direi”). B. Verbo no
dois de nacionalidade senegalesa, um de nacionalidade futuro do indicativo (“vereis”), complexo verbal com valor
cabo-verdiana e um de nacionalidade guineense”. de futuro (“há de deixar-vos”).
O comando local da Polícia Marítima da Horta 5. A. Composição (palavra + palavra). B. Derivação por
deslocou-se para o local, a par de uma embarcação da sufixação. C. Derivação não afixal. D. Derivação por
autoridade portuária que rebocou o veleiro até ao prefixação.
fundeadouro do Porto das Velas.
Segundo a Autoridade Marítima Nacional, foi Grupo IV – Escrita
contactado o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras 1.1. Sugestão de resposta:
(SEF), por se tratarem de cidadãos estrangeiros, e uma
A última fala de Miranda revela uma grande
equipa médica, que avaliou o seu estado de saúde e
capacidade de espanto e maravilhamento perante os
efetuou um teste de rastreio à covid-19 às seis pessoas.
seres humanos que a jovem vê pela primeira vez.
in https://observador.pt/2021/03/18/veleiro-sueco-com-avaria-no-motor-
e-quatro-naufragos-a-bordo-auxiliado-nos-acores/ A expressão “admirável mundo novo” condensa
(adaptado, consult. em 8-11-2021) essa alegria que resulta do contacto com rostos novos e
1.1. B. 1.2. A. 1.3. B. 1.4. C. 1.5. B. que antevê um mundo novo cheio de promessas.
Porém, o aviso de seu pai, que conheceu o lado mais vil
Grupo II da Humanidade, deixa adivinhar que esse mundo novo
Texto A – Leitura pode não ser assim tão admirável.
A reação de Miranda é compreensível, pois tudo
1.1. B. 1.2. A. 1.3. B.
aquilo que é novo causa espanto e admiração. Talvez
2. E., B., F., A., C., G., D. tenha sido esta, também, a reação dos exploradores
3. B., D., E. europeus ao contactarem, por exemplo, com povos com
características diferentes das suas. As diferenças, talvez
Texto B – Educação literária tenham provocado temor e desconfiança, mas terão
4.1. Próspero revela ser o duque de Milão, algo de que originado, sem dúvida, surpresa e admiração.
ninguém estava à espera uma vez que todos pensavam Concluindo, a resposta de Miranda às novas
que ele estava morto. pessoas que surgem na sua vida é compreensível,
4.2. Ambos perderam filhos: Alonso, o seu filho “bem- revelando uma grande tolerância e um grande interesse
-amado”, e Próspero, a sua filha. relativamente ao que é novo e desconhecido.
[157 palavras]

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