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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE

MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA

TEMA
FLORA MICROBIANA DO HOMEM
PATOGENECIDADE E INFECÇÃO
FACTORES DETERMINANTES DA VIRULÊNCIA
EXPRESSÃO PATOGÉNICA

TARDE 1
1º ANO
CURSO: ENFERMAGEM GERAL

O DOCENTE
_______________________________
ADOLFO FÉLIX

BENGUELA/NOVEMBRO 2023
1
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE

MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA

TEMA
FLORA MICROBIANA DO HOMEM
PATOGENECIDADE E INFECÇÃO
FACTORES DETERMINANTES DA VIRULÊNCIA
EXPRESSÃO PATOGÉNICA

TARDE 1
1º ANO
CURSO: ENFERMAGEM GERAL

Elaborado por:
 ADELINO TCHAVALA LONGA
 ALBANO KAVAYA
 ALFREDO PIASSA
 ANA AURÉLIO
 ANA CATUMBELA
 ANA DE CARVALHO
 ANTÓNIA DOMINGOS
 AUGUSTA FERNANDO
 BELCHIOR SAHOSSI
 DOMINGOS KATIVA

BENGUELA/NOVEMBRO 2023

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ÍNDICE
Introdução........................................................................................................ 4

Flora Microbiana.............................................................................................. 5

Conceito...........................................................................................................5

Patogenecidade e infecção..............................................................................8

Patogenicidade................................................................................................ 8

Virulência......................................................................................................... 8

Classificação dos patógenos...........................................................................8

Infecção........................................................................................................... 9

Exemplos de doenças infecciosas.................................................................10

Factores determinantes de virulência.............................................................11

Expressão patogênica....................................................................................13

Conclusão......................................................................................................14

Referências Bibliográficas..............................................................................15

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Introdução
A maior parte das pessoas provavelmente se espantará ao saber que a
maioria das células presentes em nosso organismo não é humana. Essa maioria não
humana é encontrada nas comunidades microbianas riquíssimas que habitam nosso
corpo. A existência dessas comunidades é conhecida desde que o holandês Antonie
van Leeuwenhoek (1632-1723) observou, em um de seus microscópios, um raspado
da superfície de seus dentes e descobriu um grande número de minúsculos seres
vivos, com as mais variadas formas.

Nas últimas décadas, o estudo dos microrganismos que hospedamos cresceu


vertiginosamente, dando origem a um novo campo da microbiologia. Desde então,
essa comunidade amigável de minúsculos seres vem sendo chamada de microbiota
(ou ainda flora, microflora e microbioma, entre outros nomes). Embora não a
enxerguemos a olho nu, a microbiota é parte importante de nosso organismo.
Estima-se, por exemplo, que mais da metade do material das fezes seja composto
por células microbianas.

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Flora Microbiana
Conceito
Os micróbios, ou microrganismos, são organismos vivos, invisíveis a olho nu.
Essenciais à vida na terra, podem ser benéficos para os seres humanos, mas
também podem ser perigosos, causando doenças infeciosas ou intoxicações
alimentares.

Calcula-se que, no corpo de um adulto, exista cerca de 1 kg de micróbios. O papel


importante desses seres microscópicos fica ainda mais evidente quando
comparamos o número de células humanas e microbianas no nosso corpo.
Estimativas dizem que há 10 vezes mais micróbios em nossos corpos do que nossas
próprias células. Em outras palavras, quanto ao número de células, somos 90%
micróbios e apenas 10% humanos.

Se calcularmos o número de genes microbianos presentes em nosso corpo,


chegamos à impressionante conclusão de que abrigamos 100 vezes mais genes
microbianos do que humanos

Mas a coisa não para por aí. Assim como os humanos, esses microrganismos
também têm seus genes, que determinam como eles vivem e interagem com outros
organismos. Se calcularmos o número de genes microbianos presentes em nosso
corpo, chegamos à impressionante conclusão de que abrigamos 100 vezes mais
genes microbianos do que humanos. Assim, em termos de número de genes, somos
99% micróbios e apenas 1% humanos.

Os microrganismos que vivem no corpo humano colonizam virtualmente todas as


superfícies expostas ao ambiente externo. A microbiota está presente na boca, no
estômago, no intestino, nos tratos genitourinário e respiratório, nos olhos, na pele
etc. Embora esta se distribua por todas as áreas de contato com o exterior, a maior
parte da colonização (cerca de 70%) ocorre no trato gastrointestinal.

Isso se deve em grande parte ao fato de a área das paredes intestinais de um adulto
ser equivalente à de uma quadra de tênis – é, portanto, um imenso espaço para
interações entre o tecido humano e os micróbios.

Essa associação começa cedo. No instante em que nasce, por parto normal, o bebê
é colonizado por bactérias do canal vaginal da mãe. Já bebês que nascem por

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cesariana têm uma microbiota diferente, composta principalmente por micróbios da
pele da mãe e dos profissionais de saúde envolvidos no parto. Após a colonização
inicial, a comunidade microbiana do bebê é simples e instável. Entretanto, após o
primeiro ano de vida, a composição desta se estabiliza e se torna semelhante à de
um adulto. A partir daí, a microbiota continua evoluindo, mas de forma mais estável.

Além dessa variação no tempo, o conjunto de microrganismos também exibe


grandes diferenças espaciais. No trato gastrointestinal, por exemplo, cada segmento
do tubo digestivo tem micróbios relativamente específicos.

No estômago, são comuns bactérias dos gêneros Lactobacillus, Veillonella e


Helicobacter. No intestino delgado, predominam estreptococos, actinobactérias e
corinebactérias. No intestino grosso, algumas das bactérias mais abundantes são os
gêneros Bacteroides e Clostridium.

A composição microbiana no intestino também varia de acordo com a distância de


cada microambiente em relação às paredes do tubo intestinal. A superfície do
epitélio intestinal é, com poucas exceções, não colonizada. Já a camada de muco
que recobre esse epitélio abriga bactérias características, como as dos gêneros
Clostridium, Lactobacillus e Enterococcus. O espaço interno (lúmen) do trato
gastrointestinal, por sua vez, é rico em outros gêneros (Bacteroides,
Bifidobacterium), além de enterobactérias em geral. Esses padrões de colonização
são influenciados por muitos aspectos, entre eles a distribuição de nutrientes e
oxigênio, os níveis de acidez ou alcalinidade e a presença ou ausência de sítios
específicos de ligação.

Papéis fundamentais

Todas essas observações deixam claro que as bactérias que colonizam o corpo
humano devem exercer funções muito importantes. De fato, dezenas de estudos têm
demonstrado que elas são fundamentais para a saúde. Grande parte desses
estudos usou animais de laboratório, nos quais a microbiota foi de algum modo
manipulada.

De início, camundongos eram tratados com antibióticos, que reduziam a níveis


mínimos a população microbiana em seu intestino, e os efeitos desse tratamento

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eram registrados e investigados. Em seguida, foram desenvolvidos métodos mais
sofisticados para o estudo da microbiota.

Estudos com animais livres de germes levaram à identificação de papéis


fundamentais da comunidade microbiana na saúde animal (e, por extensão, na
saúde humana)

Camundongos paridos por cirurgia cesariana eram mantidos em condições


totalmente assépticas, na ausência de qualquer tipo de microrganismo. Esses
animais eram chamados de germ-free (livres de germes). Durante seu crescimento,
em laboratório, diversos aspectos fisiológicos eram monitorados. Estudos como
estes levaram à identificação de papéis fundamentais da comunidade microbiana na
saúde dos animais (e, por extensão, na saúde humana).

Um exemplo é a função crítica da microbiota na proteção de seus hospedeiros


contra a invasão por microrganismos causadores de doenças. Já era bem conhecida
a maior incidência de infecções intestinais em indivíduos tratados com antibióticos.
Um dos principais agentes dessas infecções é a bactéria Clostridium difficile, que
causa a colite pseudomembranosa (inflamação do cólon que leva a diarreia e pode
ser fatal). O surgimento dessa colite está associada ao uso de antibióticos de amplo
espectro.

C. difficile pode ser encontrada na microbiota intestinal humana, e em geral não


causa qualquer dano ao hospedeiro. No entanto, quando um antibiótico é usado
para tratar uma infecção, esse conjunto de microrganismos é severamente alterado,
o que propicia a expansão de C. difficile no intestino do hospedeiro. Como essa
bactéria produz fatores de virulência, inclusive toxinas, o aumento de sua população
desencadeia a colite pseudomembranosa.

Além dessas observações clínicas, estudos de laboratório, nas décadas de 1950 e


1960, confirmaram que o uso de antibióticos pode aumentar a sensibilidade a
infecções intestinais. Camundongos tratados com estreptomicina, que apresentaram
alterações drásticas na composição da microbiota intestinal, foram então infectados
com a bactéria Salmonella, que causa gastroenterite em humanos, e os cientistas

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verificaram que os distúrbios na comunidade microbiana tornaram os animais muito
mais suscetíveis à infecção por essa bactéria, assim como no caso de C. difficile.

Patogenecidade e infecção
Denominamos de patógenos, organismos que são capazes de causar doença em
um hospedeiro. Algumas bactérias, por exemplo, podem causar doenças em seres
humanos, sendo essas, portanto, um patógeno. Além de bactérias, podemos citar
como patógenos: fungos, protozoários e vírus

Patogenicidade
A capacidade de um patógeno provocar alterações nos organismos hospedeiros
infectados é denominado de patogenicidade. Existem organismos com grande
patogenicidade, ou seja, que produzem sintomas em praticamente todos os
infectados. Esse é o caso do sarampo. Vale destacar, no entanto, que existem
organismos com baixa patogenicidade, ou seja, que causam sintomas graves em
poucos infectados.

Virulência

A virulência, por sua vez, é a capacidade do patógeno de produzir danos no


organismo hospedeiro, ou seja, virulência refere-se à intensidade e à gravidade das
doenças causadas pelos patógenos. Um patógeno com alta virulência é responsável
por causar a morte de vários doentes, como ocorre com a raiva, por exemplo. Já o
de baixa virulência geralmente produz sinais e sintomas pouco preocupantes.

Um patógeno de alta virulência apresenta diversas estratégias que garantem


sucesso no processo infeccioso. A presença de cápsulas, resistência a
antimicrobianos e a capacidade de causar mudanças estruturais e bioquímicas nas
células hospedeiras são exemplos de fatores importantes relacionados com a
virulência de algumas espécies de bactérias.

Classificação dos patógenos

Os patógenos podem ser classificados em dois grupos:

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Patógeno primário: É aquele que causará doença no organismo, mesmo que o
indivíduo esteja saudável. Como exemplo de micro-organismo patogênico primário
podemos citar a bactéria Mycobacterium tuberculosis, que causa tuberculose, e os
vírus da hepatite e gripe.

Patógeno oportunista: É aquele que pode ser encontrado normalmente no


organismo, porém não causa nenhum dano em indivíduos saudáveis. O organismo
só será infectado e terá a doença quando ocorrerem baixas nas defesas
imunológicas. Como exemplo de micro-organismos patogênicos oportunistas
podemos citar o Staphylococcus aureus que pode causar pneumonia, furúnculo e
septicemia (infecção geral grave que envolve risco de vida).

Infecção
Infecção é a “penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente
infeccioso no organismo do homem ou de outro animal”, de acordo com a definição
do Ministério da Saúde. A infecção pode desencadear algumas manifestações
clínicas, sendo, nesse caso, denominada de doença infecciosa.

Apenas uma minoria das pessoas expostas a agentes infecciosos desenvolvem


doenças infecciosas. Isso se deve ao fato de que, na maioria das vezes, nosso
corpo é capaz de barrar a infecção. Entre as defesas do organismo contra infecções,
podemos citar a pele, que é uma barreira mecânica; células de defesa e os famosos
anticorpos. Outro ponto importante a ser destacado é que, muitas vezes, o homem
consegue transmitir agentes infecciosos de um indivíduo para outro, sendo o
homem, portanto, uma fonte de infecção.

Os agentes infecciosos são organismos capazes de desencadear doenças


infecciosas ou infecções. Esses agentes são sobretudo micro-organismos,
entretanto, podem ser também outros organismos, como os helmintos
(popularmente chamados de vermes). Entre os principais agentes infecciosos,
podemos citar: vírus, bactérias, fungos e protozoários.

Os agentes infecciosos podem adentrar o organismo pela pele, via respiratória,


circulatória e mucosas, por exemplo. A transmissão também pode se dar de
diferentes formas, podendo ser de maneira direta ou indireta.

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A transmissão direta é aquela que ocorre de um organismo para o outro, sem
necessidade de um veículo para o agente infeccioso. A transmissão direta pode
acontecer, por exemplo, por contato físico direto, ou ainda por contato com secreção
de outro indivíduo.

Já a transmissão indireta desses agentes infecciosos decorre mediante veículos de


transmissão. Nesse tipo de transmissão, o agente pode ser transmitido por meio de
objetos e materiais contaminados ou ainda por meio de um vetor."

Exemplos de doenças infecciosas

As doenças infecciosas são aquelas desencadeadas por agentes infecciosos, ou


seja, que são resultado de uma infecção. O agente infeccioso, ao adentrar o
organismo humano, pode não causar nenhuma manifestação, sendo, nesse caso,
observado um quadro de uma infecção assintomática.

Outras vezes, no entanto, podem desencadear manifestações clínicas, o que


caracterizam uma doença infecciosa. O período compreendido desde a infecção até
o início dos sintomas é chamado de período de incubação.

São exemplos de doenças infecciosas:

 Caxumba

 Cólera

 Dengue

 Esquistossomose

 Febre amarela

 Gripe

 Leptospirose

 Malária

 Sarampo

 Tétano

 Varicela

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Infecção hospitalar

A infecção hospitalar é aquela que se dá após a internação de um paciente e é


manifestada enquanto esse paciente está no ambiente hospitalar ou após sua alta,
caso seja possível a confirmação da origem da infecção.

As infecções hospitalares comumente ocorrem devido aos micro-organismos que


geralmente não causariam doença no hospedeiro, entretanto, por causa de uma
baixa resistência desses indivíduos há o desenvolvimento da infecção. Na maioria
dos casos, manifesta-se como uma complicação naqueles pacientes que estão
muito debilitados.

Para evitar infecções hospitalares, é fundamental que se tenha um ambiente limpo e


com cuidados que evitem contaminação. Entre as principais e mais básicas medidas
para evitar as infecções hospitalares, podemos destacar:

 Lavar adequadamente as mãos;


 Usar equipamentos de proteção individual;
 Descontaminar objetos e superfícies.
 Diferença entre infecção e inflamação

É comum observamos confusão quando o assunto é infecção e inflamação. Apesar


de muitas vezes os termos serem usados como sinônimos, a infecção e a
inflamação envolvem situações diferentes.

Quando falamos em infecção, estamos falando do desenvolvimento ou multiplicação


de um agente infeccioso no organismo. Já a inflamação refere-se à reação do
organismo à ação de um agente físico, químico ou biológico na tentativa de evitar e
reparar danos causados por esses agentes."

Factores determinantes de virulência


Os fatores de virulência auxiliam patógenos na invasão e na resistência das defesas
do hospedeiro; estes fatores incluem

 Cápsula
 Enzimas
 Toxinas

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Cápsula

Alguns microrganismos (p. ex., certas cepas de pneumococo, meningococo,


Haemophilus influenzae tipo b) têm uma cápsula que bloqueia a fagocitose,
tornando esses organismos mais virulentos do que as cepas não encapsuladas. Mas
os anticorpos opsônicos específicos contra a cápsula podem ligar-se à cápsula
bacteriana e facilitar a fagocitose.

Enzimas

Proteínas bacterianas com atividade enzimática (p. ex., protease, hialuronidase,


neuraminidase, elastase, colagenase) facilitam a disseminação no tecido local.
Microrganismos invasivos (p. ex., Shigella flexneri, Yersinia enterocolitica) podem
penetrar e percorrer células eucarióticas intactas, facilitando a entrada através de
superfícies mucosas

Algumas bactérias (p. ex., Neisseria gonorrhoeae, N. meningitidis, H. influenzae,


Proteus mirabilis, espécies clostridiais, Streptococcus pneumoniae) produzem
proteases IgA-específicas que clivam e inativam a IgA secretora nas superfícies
mucosas.

Toxinas

Microrganismos podem liberar toxinas (denominadas exotoxinas), que são proteínas


moleculares capazes de causar doença (p. ex., difteria, cólera, tétano, botulismo,
enterocolite por clostrídios) ou aumentar sua gravidade. A maioria das toxinas liga-se
a receptores específicos de células-alvo. Com exceção de toxinas pré-formadas
responsáveis por algumas doenças alimentares (p. ex., botulismo, intoxicação
alimentar por estafilococos ou Bacillus cereus), as toxinas são produzidas pelos
microrganismos na evolução da infecção.

A endotoxina é um lipopolissacarídio produzido por bactérias Gram-negativas, sendo


parte da membrana externa desses organismos. A endotoxina desencadeia
mecanismos humorais enzimáticos envolvendo as vias do complemento, da
coagulação, fibrinolítica e das cininas, sendo responsável, em grande parte, pela
morbidade da sepse por bactérias Gram-negativas.

Outros fatores

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Alguns microrganismos são mais virulentos porque eles fazem o seguinte:

 Prejudicam a produção de anticorpos


 Destroem anticorpos protetores
 Resistem aos efeitos líticos do complemento sérico
 Resistem às etapas oxidativas na fagocitose
 Produzem superantígenos

Muitos microrganismos têm mecanismos que prejudicam a produção de anticorpos


induzindo células supressoras, bloqueando o processamento de antígenos e inibindo
a mitogênese dos linfócitos.

Muitos patógenos das mucosas, como Neisseria gonorrhoeae, N. meningitidis, S.


pneumoniae e H. pneumoniae, produzem proteases que clivam a imunoglobulina A
(IgA). IgA é a classe predominante de imunoglobulina produzida nas superfícies
mucosas.

A resistência aos efeitos líticos do complemento sérico confere virulência.

Alguns microrganismos resistem às etapas oxidativas na fagocitose. Por exemplo,


Legionella e Listeria não provocam nem suprimem ativamente a etapa oxidativa, ao
passo que outros microrganismos produzem enzimas (p. ex., catalase, glutationa
redutase, superóxido dismutase) que liberam os produtos da oxidação.

Alguns vírus e bactérias produzem superantígenos que contornam o sistema


imunitário, causam ativação inespecífica de um número excessivo de células T naive
e, assim, provocam inflamação excessiva e potencialmente destrutiva mediada pela
liberação maciça de citocinas pró-inflamatórias (p. ex., síndrome do choque tóxico
por estafilococos e estreptococos).

Expressão patogênica

As bactérias que causam doenças aos seres humanos são chamadas de


patogênicas. Entre os exemplos, a Mycobacterium tuberculosis causa a tuberculose
e a Escherichia coli causa cistite (infecção urinária). Elas fazem parte do grupo das
“bactérias ruins”

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Conclusão
Concluímos que a flora microbiana, também conhecida como microbiota,
refere-se ao conjunto de microrganismos, como bactérias, vírus, fungos e outros
micro-organismos, que habitam o corpo humano e outros organismos. Essa
comunidade microbiana é um componente natural e essencial do corpo,
desempenhando diversos papéis importantes na saúde e no funcionamento do
organismo.

Ela desempenha papéis vitais na proteção, na digestão, na regulação do


sistema imunológico e na manutenção do equilíbrio no organismo. Compreender a
importância da microbiota é fundamental para a pesquisa em saúde e o
desenvolvimento de terapias que visam melhorar a qualidade de vida e prevenir
doenças.

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Referências Bibliográficas
Amaral, F. A. et al. (2008). Commensal microbiota is fundamental for the
development of inflammatory pain. Proc Natl Acad Sci U S A, 105, pp. 2193-2197.

Atarashi, K. et al. (2011). Induction of colonic regulatory T cells by indigenous


Clostridium species. Science, 331, pp. 337-341.

Avila, M. et al. (2009). Ojcius DM, Yilmaz O. The oral microbiota: living with a
permanent guest. DNA Cell Biol.,28(8), pp. 405-411.

Chan, Y. K. et al. (2013). Consecuencias clínicas de la disbiosis inducida por la dieta.


Ann Nutr Metab.,63(suppl), pp. 28-40.

Chardin, H. et al. (2006). Microbiologie en odonto-stomatologie. Maloine, pp. 141-


164.

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