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Contabilidade Geral

Capitulo I: OS MEIOS FINANCEIROS.

Meios Financeiros é o conjunto de meios monetários em caixa e os que se encontram


depositados em instituições bancárias.

São contas de Meios Financeiros, as seguintes:

1.1 CAIXA
1.2 BANCOS

A Conta 1.1 CAIXA

A Conta CAIXA compreende os valores em numerário e os cheques de terceiros que se


encontram no cofre da empresa.

Movimentação da Conta CAIXA

 Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos (recebimentos ou seja, entrada de


meios monetários)
 Credita-se pelas diminuições (pagamentos ou seja, saída de meios monetários}

N.B: Por natureza o Saldo da Conta CAIXA é sempre Devedor e representa o dinheiro
em cofre. O saldo da conta CAIXA também pode ser Nulo e nesta situação significa que
não existe nenhum valor monetário no cofre.

Contas Divisionárias ou Subcontas

Embora não esteja prevista no PGC a conta CAIXA pode subdividir-se em subcontas
destinadas a controlar mais eficazmente os meios monetários existentes.

Assim, por exemplo, se a empresa possui uma sede e várias sucursais ou filiais, a conta
Caixa pode ter a seguinte subdivisão:

1.1 CAIXA
1.1.1 Caixa A
1.1.2 Caixa B
1.1.3 Caixa C

...

1.1.8 Caixa Pequena

1.1.9 Transferência de Caixa

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Caixa Pequena (Fundo de Maneio)

Actualmente, a maioria das empresas efectuam os seus pagamentos por meio de cheque
ou ordem de transferência, só as pequenas despesas é que são pagas por Caixa. Para se
efectuar o pagamento dessas pequenas despesas, as empresas criam a chamada Caixa
Pequena ou Fundo de Maneio.

Fundo de Maneio é um valor entregue a uma pessoa ou a uma secção com a finalidade
de efectuar pagamentos de pequenas despesas.

A pessoa que manuseia e guarda os valores em Caixa chama-se Tesoureiro ou o Caixa.

Para um controlo eficaz da Conta Caixa, cada responsável dos fundos em caixa deve
preencher diariamente a respectiva Folha de Caixa onde deve registar as entradas
(recebimentos) e as saídas (pagamentos) de acordo com os respectivos documentos
comprovativos.

Empresas há, que para além do preenchimento da Folha de Caixa, exigem o


preenchimento de um outro documento, o Diário de Caixa.

Conferência do Saldo Registado na Folha de Caixa com o Valor em Caixa ou no


Cofre.

Na conferência do saldo de Caixa pode-se verificar um dos três casos:

1. Saldo registado na Folha de Caixa igual ao valor em caixa.

Esta é uma situação normal e neste caso, não se efectua nenhuma regularização.

2. Saldo registado na Folha de Caixa inferior ao valor em Caixa.

Neste caso deve-se efectuar regularização.

Regularização:

1.1 CAIXA
a 7.8 RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS
7.8.9 Outros rendimentos e ganhos financeiros
P/ diferença a mais em Caixa

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3. Saldo registado na folha de caixa superior ao valor em Caixa

Neste caso deve-se efectuar regularização.

Regularização:
6.9 GASTOS E PERDAS FINANCEIROS
6.9.8 Outros gastos e perdas financeiros
a 1.1 CAIXA
P/ diferença amenos em caixa

Se esta diferença for responsabilizada ao tesoureiro, efectua-se a seguinte regularização:

4.5 OUTROS DEVEDORES


4.5.1 Pessoal
Nome do tesoureiro
a 1.1 CAIXA
P/ diferença a menos em Caixa responsabilizada ao tesoureiro.

N.B: Geralmente estes lançamentos são efectuados no final de um determinado período.

A Folha de Caixa

Folha de Caixa é um documento contabilístico onde se regista diariamente as entradas


(recebimentos) e as saídas (pagamentos) de valores em caixa com a indicação dos
respectivos documentos comprovativos.

A folha de Caixa é geralmente preenchida pelo tesoureiro ou o Caixa.

Modelos ou Tipos de Folhas de Caixa.

 Folha de Caixa em dispositivo Bilateral


 Folha de Caixa com disposição ou modelo em escada
 Folha de Caixa em dispositivo vertical

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Folha de Caixa em dispositivo Bilateral

Data_____ /____ / _____ Folha de Caixa no_______

ENTRADAS SAÍDAS

Total Total

Executou Saldo do dia anterior...................

O Caixa Recebido ....................................

__________________ RESUMO Soma............................................

Conferiu Pago...........................................

A gerência Saldo para o dia seguinte………

____________________

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Folha de Caixa com disposição ou modelo em escada.

Neste tipo de folha todos os movimentos são registados na mesma coluna e o saldo de
Caixa calcula-se após cada operação. Este tipo de folha é mais usada para o registo de
operações efectuadas com caixa Pequena ou Fundo de Maneio.

Folha de Caixa com disposição ou modelo em escada

FOLHA DE CAIXA
Data Movimentos Valor

Saldo para o dia seguinte

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Folha de Caixa em dispositivo Vertical

Este tipo de folha apresenta a coluna de saldo e o mesmo é calculado após cada
operação. Para além da coluna de saldo, apresenta a coluna de entrada e saída.

Folha de Caixa em dispositivo Vertical

FOLHA DE CAIXA
Data Movimentos Entrada Saída Saldo

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O Diário de Caixa

Como já nos referimos anteriormente, para um controlo eficaz dos valores em Caixa,
usa-se a Folha de Caixa. Entretanto, empresas há, que para além do preenchimento da
Folha de Caixa, exigem o preenchimento de um outro documento, o Diário de Caixa.

Tal como a Folha de Caixa, o Diário de Caixa é também um documento importante no


controlo de valores em Caixa, e é geralmente preenchido pelo Tesoureiro ou o Caixa.

Diário de Caixa é um documento contabilístico onde se registam diariamente os


recebimentos e os pagamentos de valores em caixa, com a indicação dos documentos
comprovativos das operações realizadas e as contas contrapartidas.

Diário de Caixa

RECEBIMENTOS PAGAMENTOS
Data Operações Importância Contrapartida Data Operações Importância Contrapartida

Total Total

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Exercício de aplicação no 1 referente a análise de aspectos de tesouraria.

No dia 15 de Novembro do ano passado o tesoureiro do empresário Mandavir Gulamo


Grande foi entregue 10.000,00 para efectuar pagamento de pequenas despesas. Durante
o dia ele efectuou pagamento de 3 despesas tendo em sua posse 3 documentos (1 Recibo
e 2 V.Ds). Efectuado os cálculos ele notou que o valor total dos 3 documentos é
4.500,00.

a) Determine o saldo do final do dia 15 de Novembro. (apresentar fórmula e os


cálculos.)

b) Se o valor total dos 3 documentos fosse 10.000,00, qual seria o saldo no final do dia
15 de Novembro? (Antes da resposta apresentar fórmula e os cálculos).

Exercício de aplicação no 2 referente a análise de aspectos de tesouraria.

No dia 02 de Maio do corrente ano o tesoureiro da empresa ABC foi entregue 20.000,00
para efectuar pagamento de pequenas despesas. Durante o dia ele efectuou pagamento
de 4 despesas tendo em sua posse 4 documentos (1 Recibo e 3 V.Ds). No final do dia o
saldo em cofre era 12.000,00.

a) Determine o valor total dos 4 documentos (apresentar fórmula e os cálculos.)

b) Suponha que no final do dia o saldo em cofre era 0,00 e determine o valor dos 4
documentos. (apresentar fórmula e os cálculos).

Exercício de aplicação no 3 referente a análise de aspectos de tesouraria.

A empresa Solução Fácil para efectuar pagamento de pequenas despesas decidiu criar
fundo de maneio e em 05 de Fevereiro do corrente ano este fundo foi entregue a
tesoureira da empresa. Durante este dia a tesoureira desta empresa efectuou pagamento
de 5 despesas, tendo em sua posse 5 documento: 3 Recibos e 2 VDs. No final do dia a
tesoureira efectuou cálculos e concluiu que o valor total dos 5 documentos é 5.000,00.
Depois dos cálculos ela abriu o cofre e encontrou 20.000,00.

a) Determine o fundo de maneio criado pela empresa Solução Fácil e entregue a


tesoureira. (apresentar fórmula e os cálculos).

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Exercício de aplicação no 1 referente ao preenchimento de Folhas de Caixa e Diário


de Caixa.

A conta Caixa da empresa Nova Geração, Lda, que se dedica a venda de material de
construção, em 20 de Novembro de 2011 apresentava um Saldo de 30.000,00. Durante o
dia 21 do mesmo mês, efectuaram-se os seguintes movimentos com a conta Caixa:

 Recibo no 1044 referente ao pagamento de despesas de ajuda de


custos...……1.000,00.
 Recibo no 407 da Sociedade Transmontana relativo a aquisição de material de
escritório………….. 1.500,00.
 Cheque no 0422 S ̸ BIM relativo ao levantamento de 10.000,00.
 V.D no 704 da EDM, relativo ao pagamento do consumo de energia…… 500,00.

Pretende-se:

a) Preencher a Folha de Caixa no 20 em dispositivo Bilateral, relativa ao dia 21 de


Novembro de 2011 e o respectivo resumo.

b) Preencher a Folha de Caixa em disposição ou modelo em escada.

c) Preencher a Folha de Caixa em dispositivo vertical.

d) Preencher o Diário de caixa.

e) Lançamento resumo dos movimentos no Diário Geral.

Exercício de aplicação no 2 referente ao preenchimento de Folhas de Caixa e Diário


de Caixa.

A empresa ABC tem a sua sede na cidade de Chimoio e dedica-se a venda de produtos
alimentares. O Tesoureiro desta empresa forneceu a seguinte informação relativa aos
movimentos efectuados com a conta Caixa no dia 07 de Março de 2012.

Saldo do dia 06 de Março ……………………………. 350,00.

 Cheque no 324 S / BIM, relativo ao levantamento de 3.400,00.


 Recibo no 0420 referente ao pagamento da renda do escritório……. 1.100,00
 Talão de depósito no 4758 do BCI …………………………………. 2.500,00
 Recibo no 825 relativo a venda de 10 Sacos de trigo a 500,00 cada.
 Cheque no 0253 S / BCI, relativo ao levantamento de 1.500,00.
 Recibo no 754 da FIPAG…………………. 1.000,00.

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Pretende-se preencher:

1. a) Folha de Caixa em disposição ou modelo em escada.

b) Folha de Caixa em dispositivo vertical.

c) Folha de Caixa no 05 em dispositivo Bilateral, referente ao dia 07 de Março de 2012 e


o respectivo resumo.

d) Diário de caixa referente ao mesmo dia.

2. Efectuar Lançamento resumo dos movimentos no Diário Geral.

A Conta 1.2 BANCOS

A Conta 1.2 Bancos integra os meios monetários que se encontram depositados em


instituições bancárias.

Objectivos dos que fazem depósito de valores no Banco

Geralmente, os que fazem depósito dos seus valores em instituições bancárias tem os
seguintes objectivos:

 Evitar os riscos de furto ou perda de dinheiro


 Conseguir certa remuneração para os capitais que de contrário permaneceriam
improdutivos
 Beneficiar das facilidades de cobrança e de pagamento que os bancos concedem
aos depositantes.

Movimentação da Conta 1.2.Bancos

A Conta 1.2 Bancos;

 Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos (depósitos de moedas e cheques,


transferências bancárias efectuadas por terceiros, juros de depósitos bancários,
descontos de Letras, e empréstimos bancários obtidos).
 Credita-se pelas diminuições (Cheques emitidos, transferência para a conta de
terceiros, comissões de cobrança de Letras, etc).

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O Saldo da Conta 1.2 Bancos é geralmente Devedor na contabilidade do depositante, e


é Credor na contabilidade do Banco. Isto deve-se ao facto de a contabilidade da
empresa (depositante) funcionar inversamente á contabilidade do Banco, isto é:

 Um Débito na empresa (Depositante) corresponde a um Crédito no Banco, e


Um Crédito na empresa (Depositante) corresponde a Um Débito no Banco.

Tipos de Depósitos Bancários

Existem os seguintes tipos de depósitos:

 Depósito á Ordem
 Depósito Com Pré-Aviso
 Depósito a Prazo

Depósito á Ordem aquele em que o depositante tem o direito de levantar o valor


depositado a qualquer momento.

Este tipo de depósito permite pagamentos através de Cheques e consequentemente


simplifica os serviços de tesouraria.

Depósito Com Pré-Aviso aquele em que o depositante só pode levantar o valor


depositado após uma comunicação prévia ao Banco do valor a levantar.

Depósito a Prazo aquele em que o depositante só pode efectuar o levantamento do


valor depositado após a data pré fixada.

Este ultimo tipo de depósito permite ao depositante ter alguma remuneração do valor
depositado, ou seja, permite ao depositante beneficiar se de juros.

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Contas Divisionárias ou Contas Correntes.

Se a empresa estabelece relações comerciais com vários Bancos, ou seja, tem dinheiro
depositado em vários Bancos, deve-se criar Contas Divisionárias de acordo com o
número de Bancos.

Cada Banco deve ser representado por um Razão Auxiliar denominado Conta Corrente,
onde são registados os Débitos (Depósitos) e os Créditos (Levantamentos).

A divisão da conta Bancos em Contas Divisionárias ou Contas Correntes permite-nos


saber a cada momento qual o montante depositado em cada Banco.

Nesta divisão, o Saldo da Conta 1.2 Bancos é dado pelo somatório dos Saldos das
contas correntes.

Razão auxiliar ou Conta Corrente de Bancos

Banco: Conta no:

Data Operações Débito Crédito Saldo

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A Reconciliação Bancária

Periodicamente deverão ser conferidos os Saldos existentes em cada uma das Contas
Correntes e comparados com os Saldos indicados no Extracto Bancário fornecido pelo
Banco. Esta conferência de valores designa-se Reconciliação Bancária.

Entende-se por Reconciliação Bancária a conferência e comparação dos Saldos


evidenciados nas contas correntes de Bancos existentes na empresa com os dos
extractos Bancários emitidos pelos Bancos, corrigindo-se eventuais erros ou omissões
de registo.

A Reconciliação Bancária é um excelente instrumento de controlo interno para uma


empresa, e é feita normalmente em cada mês.

A reconciliação Bancária geralmente efectua-se partindo do Saldo do Razão e do


extracto Bancário, para chegar a um Saldo comum.

Procedimentos para Preparação e Realização de uma Reconciliação Bancária.

1o Obter do Banco o extracto Bancário correspondente ao período a reconciliar


(geralmente um período mensal)

2o Fazer comparação entre os lançamentos efectuados pela empresa com os efectuados


pelo Banco no extracto durante o mesmo período, sem se esquecer que a Contabilidade
da empresa funciona inversamente á contabilidade do Banco, isto é, Um Débito na
empresa corresponde a um Crédito no Banco, e um Crédito na empresa corresponde a
um Débito no Banco.

3o Verificar as divergências tendo em conta o seguinte:

 Débitos no Razão não correspondidos no extracto Bancário


 Créditos no Razão não correspondidos no extracto Bancário
 Débitos no extracto Bancário não correspondidos no Razão
 Créditos no extracto Bancário não correspondidos no Razão.

4o Reconciliar os Saldos e obter um Saldo comum.

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Durante o processo de Reconciliação Bancária elabora-se Mapa de Reconciliação


Bancária.

Mapa de Reconciliação Bancária

ESCRITA DA EMPRESA ESCRITA DO BANCO


Data Descrição Débito Crédito Débito Crédito

Exercício de aplicação no 01 referente ao preenchimento de Razões auxiliares ou


Conta Corrente de Bancos

O valor inicial da Conta de Depósitos á ordem da empresa Nova Visão, Lda, em 02 de


Novembro de 2011, era de 200.000,00, repartido da seguinte forma:

 BCI………………. 150.000,00. (Conta no.324356)


 BIM……………….....50.000,00. (Conta no.2545690)

Durante o mês de Novembro a empresa realizou as seguintes operações:

Dia 04 – Cheque no 0042 sobre BCI para reforço de caixa……………. 20.000,00

Dia 05 – Talão de depósito no 1012 do BIM, relativo ao depósito de 100.000,00.

Dia 06 – Cheque no 01540 sobre BIM para pagamento da renda do


escritório..……….40.000,00

Dia 13 - Talão de depósito no 6420 do BCI……………………. 80.000,00.

Dia 30 – Aviso de lançamento no 2012 do BIM, referente a transferência efectuada pelo


cliente Costa Armando………………. 110.000,00.

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Pretende-se:

a) Registar as operações verificadas durante o mês de Novembro nos Razoes Auxiliares


ou contas correntes de Bancos.

b) O Saldo da Conta 1.2 Bancos no final do mês de Novembro e a sua respectiva


distribuição.

Exercício de aplicação no 02 referente ao preenchimento de Razões auxiliares ou


Conta Corrente de Bancos.

Em 03 de Janeiro de 2012, o Saldo da Conta de Depósitos á ordem da empresa Solução


Fácil, Lda, era de 500.000,00, assim repartido:

 Barclays……………… 100.000,00. (Conta no 04474232)


 Standard Bank………...375.000.00. (Conta no 2345678)
 Banco Oportunidade……25.000,00. (Conta no 112233445)

Durante o mês de Janeiro verificaram-se os seguintes movimentos:

Dia 08 – Aviso do lançamento no 212 do Standard Bank, relativo ao pagamento de juros


do empréstimo Bancário………. 25.000,00

Dia 10 – Aviso do lançamento no 472 do Banco Oportunidade, referente ao desconto de


uma Letra, valor líquido lançado na conta……………. 10.000,00

Dia 15 – Talão de depósito no 2072 do Barclays……………… 12.000,00

Dia 20 – Transferência do cliente Mário Santana para a conta do Standard


Bank……….. 15.000,00

Dia 25- Transferência da conta do Standard Bank para a conta do fornecedor Armando
Carlos……………… 40.000,00

Dia 28 – Cheque no 0072 sobre Barclays……………………. 15.000,00

Pretende-se:
a) Lançamento das operações nos Razoes Auxiliares ou Contas Correntes de Bancos.
b) O valor que se encontrava depositado em cada um dos Bancos no final do mes de
Janeiro.
c) O Saldo da Conta 1.2 Bancos no final do mesmo mesmo.

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Exercício de aplicação no 01 relativo a Reconciliação Bancária.

O Extracto Bancário abaixo foi emitido pelo BIM e o Razão é da empresa Bom Gosto,
Lda, referente ao mês de Maio de 2012.

Bom Gosto, Lda Conta no 2234569

Data Operações Débito Crédito Saldo


2012
Maio 02 Saldo inicial ----------- 10.000,00 10.000,00
15 Cheque no 0025 5.000,00 ---------- 5.000,00
18 Depósito no 0728 ----------- 4.000,00 9.000,00
26 Transferência para um fornecedor ----------- 2.000,00 11.000,00
27 Transferência de um cliente ----------- 1.000,00 12.000,00
28 Cheque no 0026 2.000,00 ----------- 10.000,00
29 Transferência para BCI 4.000,00 ----------- 6.000,00

Banco: BIM Conta no 2234569

Data Operações Débito Crédito Saldo


2012
Maio 02 Saldo inicial 10.000,00 ---------- 10.000,00
14 Cheque no 0025 ---------- 3.000,00 5.000,00
18 Talão de depósito no 0728 4.000,00 ----------- 11.000,00
27 Transferência de um cliente 1.000,00 ----------- 12.000,00
28 Cheque no 0026 ----------- 2.000,00 10.000,00
29 Transferência para BCI ---------- 4.000,00 6.000,00
29 Cheque no 0027 ----------- 3.000,00 3.000,00

N.B: O valor correcto do Cheque no 0025 é 3.000,00.

Pretende-se:

Elaborar o Mapa de Reconciliação Bancária referente ao mês de Maio de 2012.

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Exercício de aplicação no 02 relativo a Reconciliação Bancária.

O contabilista da empresa Luís & Carlos, Lda, pretendendo fazer Reconciliação


Bancária, dirigiu-se ao BCI onde foi fornecido o Extracto Bancário abaixo, o qual
juntou ao Razão da empresa referente ao mês de Abril de 2010.

Luís & Carlos, Lda Conta no 245325

Data Operações Débito Crédito Saldo


2010
Abril 01 Saldo inicial ----------- 58.000,00 58.000,00
02 Cheque no 01538 8.000,00 ---------- 50.000,00
05 Depósito no 1012 ----------- 100.000,00 150.000,00
06 Cheque no 01540 40.000,00 ---------- 110.000,00
13 Transferência de Costa Armando ----------- 110.000,00 220.000,00
22 Cheque no 01541 ----------- 60.000,00 280.000,00
29 Pagamento do juro do empréstimo Ban. 50.000,00 ----------- 230.000,00

Banco: BCI Conta no 245325

Data Operações Débito Crédito Saldo


2010
Abril 01 Saldo inicial 50.000,00 ---------- 50.000,00
05 Talão de depósito no 1012 100.000,0 ---------- 150.000,00
05 Cheque no 01540 40.000,00 --------- 190.000,00
13 Transferência de Costa Armando 110.000,00 ---------- 300.000,00
22 Cheque no 01541 ----------- 70.000,00 230.000,00
30 Cheque no 01542 ----------- 30.000,00 200.000,00

N.B: O valor correcto do Cheque no 01541 é 70.000,00.

Pretende-se:

Ajudar o contabilista da empresa Luís & Carlos, Lda, a elaborar o Mapa de


Reconciliação Bancária referente ao mês de Abril de 2010.

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Capitulo II: AS CONTAS A RECEBER E CONTAS A PAGAR.

Designam-se Contas a receber aquelas em que se registam direitos, ou seja, dividas a


receber.

Ex: 4.1 Clientes; e 4.5 Outros devedores

Designam-se Contas a Pagar aquelas em que se registam obrigações, ou seja, dividas a


pagar.

Ex: 4.2 Fornecedores; 4.3 Empréstimos Obtidos; 4.4 Estado; 4.6 Outros Credores.

Relativamente a estas Contas (a receber e a pagar), o nosso estudo centrar-se-á nas


Contas 4.1 Clientes e 4.2 Fornecedores.

A conta 4.1 CLIENTES.

A conta 4.1 Clientes é utilizada para registar os movimentos relacionados com a venda
de produtos (mercadorias) ou serviços, que não seja efectuada a pronto pagamento.

Movimentação.

A Conta 4.1 Clientes sendo do activo, Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos; e
Credita-se pelas diminuições.

Controlo das dívidas de Clientes

Para o controlo das dívidas das entidades que adquirem produtos ou serviços sem que
tenham efectuado o seu pagamento imediato (Clientes), cria-se um ficheiro para cada
cliente o qual designa-se Ficha de Clientes ou Conta Corrente de Clientes ou Razão
Auxiliar de Clientes.

O no de fichas a serem cridas deve ser igual ao número de Clientes que a empresa
possui. Se por exemplo a empresa possui cinco clientes, então, devem ser criadas cinco
fichas de clientes.

Cada cliente deve ser representado na contabilidade por uma ficha, onde apenas se
registam as operações realizadas com o referido Cliente. O título da ficha é o nome do
Cliente.

As referidas fichas tem a estrutura de Razão Auxiliar e é por esta razão que também são
designadas Razão Auxiliar de Clientes.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 18


Contabilidade Geral

Para o controlo das Letras a receber, cria-se igualmente fichas onde se registam as
Letras emitidas e aceites pelo Cliente.

A utilização das fichas é importante porque permite a qualquer momento conhecer o


valor que cada cliente deveu, pagou, e deve numa determinada data, por simples
consulta da respectiva ficha.

N.B: O Saldo da conta 4.1 CLIENTES é dado pelo Somatório dos Saldos das Contas
Correntes de Clientes e das dividas a receber representadas por Letras a receber.

Razão Auxiliar de Clientes

Nome do Cliente:

Saldos
Data Operações Débito Crédito Devedor Credor

Contas Divisionárias ou Subcontas.

Relativamente a Conta 4.1 Clientes, há que destacar as seguintes Subcontas:

 4.1.1 Clientes c/c


 4.1.2 Clientes-Titulos a receber

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 19


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A Conta Divisionária ou Subconta 4.1.1 Clientes c/c

Ela integra dívidas de Clientes que se encontram representadas por facturas.

Movimentação.

Esta conta sendo do Activo, Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos; e Credita-se
pelas diminuições, ou seja:

 Debita-se pelas facturas emitidas, Notas de débito dos encargos não incluídos na
factura, e anulação de Letras anteriormente emitidas.
 Credita-se pelos recebimentos dos valores de Clientes, Saques de Letras, Notas
de Crédito dos descontos não incluídos na factura, Devolução de produtos
vendidos a prazo, e anulação da divida incobrável.

Registo Contabilístico no Diário Geral.

Pela venda de mercadorias a prazo (sem IVA), efectua-se o seguinte lançamento:

4.1 CLIENTES

4.1.1 Clientes c/c

Nome do Cliente

a 7.1 VENDAS

7.1.1 Mercadorias

P/ nossa factura no…..

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Exercício de aplicação no 01

Da consulta efectuada nos registos contabilísticos da Sociedade Duarte Lima, Lda,


obteve-se os seguintes dados relativos a Clientes em Novembro de 2011.

Dia 01: Clientes c/c…………………………………. 400,00, assim distribuído:

 João Malfez……………250,00
 Mário Santana…………150,00

Durante o mês de Novembro, verificaram-se as seguintes operações:

Dia 04 – Recibo no 258, relativo ao recebimento de 25% da divida de João Malfez.

Dia 08 – Factura no 753 S/ Mário Santa, referente a venda de 10 Caixas de Sardinha a


120,00 cada.

Dia 10 – Nota de Débito no 082 S/ Mário Santana relativa as despesas de transporte não
incluídas na Factura do dia 08……………… 100,00

Dia 28 - Recibo no 295, relativo ao recebimento de um Cheque de João Malfez em


relação ao valor da sua divida.

Pretende-se:

a) Registar as operações nas Contas Correntes ou Razoes Auxiliares de Clientes.

b) O valor que cada um dos clientes deve no final do mês de Novembro.

c) O Saldo da Conta 4.1 Clientes no final do mês de Novembro.

Exercício de aplicação no 02

Em 02 de Maio de 2012, a Conta Clientes c/c da empresa Longa Vida, S.A, que se
dedica a venda de calçados estava assim distribuído:

 Sociedade do Sul, Lda……………………. 40.000,00


 Tavares & dias, Lda………………………...10.000,00

Durante o mês de Maio a empresa realizou as seguintes operações:

Dia 03 – Factura no 253 S/ Tavares & Dias, Lda, relativa a venda de 20 pares de Sapatos
a 100,00 cada e 15 pares de Botas a 120,00 cada.

Dia 07 – Factura no 244 S/ Mário Amiel, relativa a venda de 30 pares de Sapatos a


100,00 cada.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 21


Contabilidade Geral

Dia 12 – Recibo no 256 referente a recepção do Cheque no 0034 da Sociedade do Sul,


Lda, relativo ao pagamento de 100% da sua divida.

Dia 15 – Nota de Crédito no 02 referente a devolução de 5 pares de sapatos vendidos ao


Mário Amiel no dia 07.

Dia 30 – Recibo no 260 referente a recepção do Cheque de Mário Amiel, para


pagamento antecipado de 1/4 da sua divida.

Pretende-se:

a) O Saldo da Conta 4.1 Clientes no dia 02 de Maio

b) Registar as operações nas Contas Correntes de clientes.

c) O valor que cada um dos Clientes deve no final do mês de Maio.

d) O Saldo da Conta 4.1 Clientes no final do mês de Maio e o Valor que a empresa
Longa Vida, S.A, tem a receber no final do mês em referência.

A Conta Divisionária ou Subconta 4.1.2 Clientes-Títulos a receber

As transacções relativas às vendas de mercadorias a prazo são documentadas


fundamentalmente pelas facturas que servem de base aos lançamentos a débito nas
contas de clientes. Em muitas situações quando se torna importante uma garantia
adicional que poderá, igualmente, servir de base para obtenção do crédito através do
desconto bancário é usual titular as transacções através de um título de crédito
denominado letra.

Letra é um título de crédito pelo qual a pessoa que emite (sacador) ordena a outra
(sacado) para lhe pagar a si, ou a sua ordem, uma determinada importância em divida
numa determinada data.

Portanto, no momento de emissão da Letra há dois intervenientes:

 O Sacador, que é a pessoa que emite a Letra.


 O Sacado, que é a pessoa que fica com a obrigação de pagar a Letra, na data do
seu vencimento.

Geralmente o Sacador da Letra é o Credor (Fornecedor) e o Sacado é o Devedor


(Cliente).

Portanto, a conta divisionária ou subconta 4.1.2 Clientes-Titulos a receber integra as


dívidas de Clientes que se encontram representadas por Letras a receber.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 22


Contabilidade Geral

Movimentação

 Debita-se pelo Saque ou emissão de Letras.


 Credita-se pelo recebimento do valor nominal da Letra, anulação da Letra, e pelo
desconto da mesma.

Pelo Saque de uma Letra.

Na emissão de uma Letra, transfere-se a divida registada na subconta 4.1.1 Clientes c/c
para a subconta 4.1.2 Clientes-Títulos a receber.

Nesta operação efectua-se o seguinte lançamento:

4.1 CLIENTES

4.1.2 Clientes-Titulos a receber

Nome do Cliente

a 4.1 CLIENTES

4.1.1 Clientes c/c

Nome do Cliente

P/ nosso Saque no…

A Conta 4.2 FORNECEDORES.

A Conta 4.2 Fornecedores é utilizada para registar os movimentos relacionados com a


compra de produtos que não seja efectuada a pronto pagamento.

Movimentação

Esta conta sendo do passivo, Debita-se pelas diminuições, e Credita-se pelo valor
inicial e pelos aumentos.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 23


Contabilidade Geral

Controlo das dívidas á Fornecedores

Para o controlo das dívidas com os fornecedores, cria-se um ficheiro para cada
fornecedor, o qual designa-se Ficha de Fornecedores ou Conta Corrente de
Fornecedores ou Razão Auxiliar de fornecedores.

Cada fornecedor é representado na contabilidade por uma ficha, onde apenas se


registam as operações realizadas com o referido fornecedor. O título da ficha é o nome
do fornecedor.

Para o controlo das Letras a pagar, criam-se fichas onde são registados os aceites.

N.B: O Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores é dado pelo somatório dos Saldos
das contas correntes de fornecedores e das dividas a pagar representadas por Letras a
pagar.

Razão Auxiliar de Fornecedores

Nome do Fornecedor:

Saldos
Data Operações Débito Crédito Devedor Credor

Contas Divisionárias ou Subcontas.

Relativamente a Conta 4.2 Fornecedores, há que destacar as seguintes Contas


Divisionárias ou Subcontas:

 4.2.1 Fornecedores c/c


 4.2.2 Fornecedores-Títulos a Pagar

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 24


Contabilidade Geral

A Conta Divisionária ou Subconta 4.2.1 Fornecedores c/c

Ela integra as dividas á Fornecedores que se encontram representadas por facturas.

Movimentação.

Esta Conta sendo do passivo, Debita-se pelas diminuições e Credita-se pelo valor inicial
e pelos aumentos, ou seja:

 Debita-se pelos Pagamentos á Fornecedores, Devolução de produtos comprados,


Aceites de Letra, e Notas de Crédito.
 Credita-se pelas Compras a prazo, Anulação de aceites, e Notas de Débito.

Registo Contabilístico no Diário Geral.

Pela aquisição de mercadorias a prazo (sem IVA) , efectua-se o seguinte lançamento:

2.1 COMPRAS

2.1.1 Mercadorias

a 4.2 FORNECEDORES

4.2.1 Fornecedores c/c

Nome do fornecedor

P/ sua factura no

Exercício de aplicação no 01

Da Consulta efectuada na contabilidade da empresa Cristóvão & Luís, Lda, com sede na
cidade de Nampula, obteve-se a seguinte informação referente á Fornecedores, em 02 de
Agosto de 2010:

 Sociedade do Sul S.A …………………… 120.000,00


 Monteiro & Molvi Lda……………..……...180.000,00

Durante o mês de Agosto registaram-se as seguintes operações:

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 25


Contabilidade Geral

Dia 05 – Recibo no1015 da Sociedade do Sul S.A, referente ao pagamento de 50% do


valor em divida.

Dia 08 - Factura no453 de Monteiro & Molvi Lda, relativa a aquisição de


mercadorias……… 40.000,00

Dia 20 – Factura no 10417 referente a aquisição de mercadorias a um prazo de 30 dias


no estabelecimento comercial da Sociedade do Sul S.A………. 35.000,00.

Dia 27 – Recibo no 2345 referente ao pagamento de 25% da divida da Factura no 453.

Pretende-se:

a) O Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores em 02 de Agosto de 2010.

b) Registar as operações nas contas correntes de fornecedores.

c) O valor que a empresa Cristóvão & Luís Lda, deve a cada um dos fornecedores no
final do mês de Agosto.

d) O Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores no final do mês de Agosto

Exercício de aplicação no 02

Da consulta efectuada no dia 03 de Janeiro de 2009 nas fichas de fornecedores da


Sociedade Ganha Pouco, S.A, com sede na cidade de Mocuba, constatou-se a divida ao
fornecedor Carlos & Martins, Lda, no valor de 45.500,00.

Durante o mês em referência, verificaram-se os seguintes movimentos com


fornecedores:

Dia 06 – Factura no 532 da Solução Fácil, S.A, referente a 50 Sacos de farinha de Trigo
a 200,00 cada e 40 Caixas de massa tomate a 100,00 cada.

Dia 10 – Recibo no 954, relativo ao pagamento de 1/4 da divida do fornecedor Carlos &
Martins, Lda..

Dia 10 – Factura no 7853 Sociedade Comercial Longa Vida Lda referente a compra de
30 Sacos de Farinha de milho a 80,00 cada .

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 26


Contabilidade Geral

Dia 12 – Nota de Crédito no 352 da Solução Fácil, S.A relativa a devolução de 10 Sacos
de Farinha de Trigo adquiridos no dia 06.

Dia 29 – Factura no 835 de Carlos & Martins, Lda, relativa a 10 Caixas de Panelas a
1200,00 cada, 15 Caixas de Copos de vidro a 240,00 cada, 60 Baldes Plásticos a 30,00
cada e 80 Bacias Plásticas a 25,00 cada.

Pretende-se:

a) Registar as operações nas contas correntes de fornecedores.

b) O valor que a Sociedade Ganha Pouco, S.A, deve a empresa Solução Fácil, S.A, no
final do mês de Janeiro.

A Conta Divisionária ou Subconta 4.2.2 Fornecedores-Títulos a Pagar

Esta integra as dividas á fornecedores que se encontram representadas por títulos de


Crédito a pagar (Letras).

Movimentação.

 Debita-se pelo pagamento de Letras e anulação de aceites.


 Credita-se pelo aceite de Letras.

Registo contabilístico de Letras a pagar

Aceite de uma Letra

O Sacado depois de aceitar em pagar a Letra passa a designar-se Aceitante. Pelo aceite,
o aceitante fica com a obrigação de pagar a Letra na data de vencimento.

O aceite de uma Letra não diminui a divida a pagar aos fornecedores, apenas faz-se
transferência da divida registada na Conta 4.2.1 Fornecedores c/c para a Conta 4.2.2
Fornecedores-Títulos a pagar.

Com esta transferência, o Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores mantêm-se


inalterável.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 27


Contabilidade Geral

Para efeitos de registo contabilístico, o Sacado (Aceitante) deve efectuar o seguinte


lançamento:

4.2 FORNECEDORES

4.2.1 Fornecedores c/c

Nome do fornecedor

a 4.2 FORNECEDORES

4.2.2 Fornecedores-Títulos a pagar

Nome do fornecedor

P/ aceite no…..

Pagamento de uma Letra.

Registo contabilístico.

4.2 FORNECEDORES

4.2.2 Fornecedores-Títulos a pagar

Nome do fornecedor

a 1.1 CAIXA / 1.2 BANCOS

1.2.1 Depósitos á ordem

P / …, referente ao pagamento do aceite no…

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 28


Contabilidade Geral

Capitulo III: AS CONTAS DE INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS.

Inventários são activos detidos para venda, ou em processo de produção para venda ou
ainda na forma de materiais para serem consumidos no processo de produção ou na
prestação de serviços.

Ex: mercadorias, produtos acabados, subprodutos, produtos em vias de fabrico,


matérias-primas.

Activos Biológicos é o conjunto de animais ou plantas vivos.

Objectivos do registo da movimentação de inventários

 Conhecer o valor dos inventários que a empresa possui


 Determinar o custo dos inventários vendidos ou consumidos em um determinado
período
 Apurar o resultado obtido com a transacção dos inventários

A Conta 2.1 COMPRAS.

Esta é a conta em que se regista o custo de aquisição de inventários destinados a venda


ou consumo.

N.B: o custo de aquisição inclui as despesas adicionais suportadas desde o local de


compra até ao de armazenamento.

Fórmula para determinação de Custo de aquisição.

Ca = Valor da mercadoria + Despesas de compra Ca = custo de aquisição

Despesas de compra são todas aquelas suportadas desde o local de aquisição até ao de
armazenamento da mercadoria.

Ex: Gastos com transporte, direitos aduaneiros, etc.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 29


Contabilidade Geral

Movimentação da conta 2.1 Compras

A conta 2.1 Compras Debita-se por contrapartida das contas 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos
(se a compra for a pronto pagamento) e por contrapartida da conta 4.2 Fornecedores (se
a compra for a prazo).

Credita-se pelas devoluções de compra, por contrapartida das contas 4.2 Fornecedores
ou 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos.

Credita-se ainda, no final do exercício económico por contrapartida das contas 2.2
Mercadorias ou 2.6 Matérias primas, auxiliares ou materiais,

N.B: Se a empresa usa o Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo a conta 2.1


Compras mantêm-se permanentemente saldada, ou seja, mantêm-se sempre com saldo
nulo.

Exercício de aplicação no 01

No dia 05 de Fevereiro do corrente ano a empresa Ganha Pouco adquiriu mercadorias e


o contabilista desta empresa forneceu a seguinte informação relativa a esta compra:

 Valor pago no local de aquisição ......................... 25.000,00


 Despesas de transporte: 5% do valor pago na aquisição da mercadoria .

a) Prtende-se determinar o custo de aquisição desta mercadoria

Exercício de aplicação no 02

No dia 15 de Abril de 2015 a empresa Nova Geração adquiriu 200 sacos de farinha de
trigo a 500,00 cada e no acto desta compra suportou o seguinte:

 Direitos aduaneiros: 5.000,00


 Despesas de transporte: 25% de direitos aduaneiros.
 Pagamento de trabalhadores sazonais para o descarregamento da mercadoria:
5,00 cada saco.

Pretende-se
a) Determinar o Custo de aquisição desta mercadoria.
b) Determinar o Custo de aquisição de cada saco de farinha de trigo
Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 30
Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 03

No dia 12 de Maio de 2015 a empresa Longa vida adquiriu mercadorias e o gestor desta
empresa forneceu a seguinte informação relativa a esta compra:

 Valor pago no local de aquisição ......................... 875.000,00


 Despesas de transporte: 3% de direitos aduaneiros.
 Direitos aduaneiros: 6% do valor pago na aquisição da mercadoria.
 Pagamento de trabalhadores sazonais para o descarregamento da mercadoria:
75% das despesas de transporte.

a) Prtende-se determinar o custo de aquisição desta mercadoria

A conta 2.2 MERCADORIAS

Mercadorias são bens adquiridos e destinados a venda sem que recaiam sobre eles
alguma transformação industrial.

Movimentação da Conta 2.2 Mercadorias.

A conta 2.2 Mercadorias pode ser movimentada segundo um dos seguintes sistemas de
inventário:

 Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente


 Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo.

Se a empresa usa o Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente a conta 2.2


Mercadorias só é movimentada no início e no fim do exercício económico.

Ela Debita-se no início do exercício económico pelo valor das existências iniciais e no
fim do exercício pelo valor das compras efectuadas durante o ano registadas na conta
2.1 Compras e ainda por contrapartida da conta 2.8 Regularização de Inventários ( se o
saldo desta última conta for devedor).

Credita-se no fim do ano por contrapartida da conta 6.1 Custo dos Inventários com a
subconta 6.1.1 Custo dos Inventários Vendidos ou Consumidos e da conta 2.8
Regularização de Inventários ( se o saldo desta última conta for Credor).

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 31


Contabilidade Geral

Se a empresa usa o Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo a conta 2.2


Mercadorias Debita-se ao longo do ano por contrapartida da conta 2.1 Compras, e
Credita-se também no decurso do ano, por contrapartida da conta 6.1 Custo dos
Inventários com a subconta 6.1.1 Custo dos Inventários Vendidos ou Consumidos.

Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente

Este é um sistema que tem as seguintes características:

 A movimentação da conta 2.2 Mercadorias só é feita no início e no fim de cada


exercício económico
 O valor das mercadorias em armazém só é conhecido por meio de inventário
físico, e só depois é que se determina o custo global das mercadorias vendidas
durante o exercício económico, transferindo-se o saldo da conta 2.1 Compras
para a conta 2.2 Mercadorias e recorrendo a fórmula seguinte para determinar o
custo das mercadorias vendidas durante o exercício económico: CMV= Ei +
Compras – Ef

N.B: Para efeitos de registo contabilístico neste sistema de inventário cada operação de
compra e/ou venda de mercadorias efectua-se um lançamento.

Este é o Sistema de Inventário mais utilizado pelas empresas.

Ex1: Compra a p.p de mercadorias sem IVA. (Recibo no 207)…….. 4.500,00

Contabilização

2.1 COMPRAS
2.1.1 Mercadorias…………….. 4.500,00
a 1.1 CAIXA ………………………………………4.500,00
P/ Recibo no 207

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 32


Contabilidade Geral

Ex2: Venda a prazo de mercadorias sem IVA. (Factura no 754)………….. 5.000,00

Contabilização

4.1 CLIENTES
4.1.1 Clientes c/c
Nome do cliente………………5.000,00
a 7.1 VENDAS
7.1.1 Mercadorias……………………………..5.000,00
P/ Factura no 754

Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo.

Este é um sistema que tem as seguintes características:

 Permite conhecer a todo momento o valor das existências em armazém


 Permite conhecer a todo momento o custo das mercadorias vendidas
 A conta 2.1 Compras mantêm-se permanentemente saldada, ou seja, encontra-se
sempre com saldo nulo

N.B: Para efeitos de registo contabilístico neste sistema de inventário cada operação de
compra e/ou venda de mercadorias efectuam-se dois lançamentos:

 Na operação de compra, primeiro efectua-se lançamento referente a compra, e


segundo efectua-se lançamento referente a entrada das mercadorias no
armazém, ambos lançamentos com o mesmo valor.
 Na operação de venda de mercadorias, primeiro efectua-se lançamento referente
a venda das mesmas com o valor da venda, e segundo efectua-se lançamento
referente a saída das mercadorias no armazém com o valor do custo das
mesmas.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 33


Contabilidade Geral

Ex1: Compra a p.p de mercadorias sem IVA. (Recibo no 207)…….. 4.500,00

Contabilização

1o. Lançamento referente a compra das mercadorias.


2.1 COMPRAS
2.1.1 Mercadorias…………………4.500,00
a 1.1 CAIXA……………………………………… 4.500,00
P/ Recibo no 207

2o. Lançamento referente a entrada das mercadorias no armazém.

2.2 MERCADORIAS……………………… 4.500,00


a 2.1 COMPRAS
2.1.1 Mercadorias…………………………………….. 4.500,00
P/ entrada das mercadorias no armazém
Ex2: Venda a prazo de mercadorias sem IVA no valor de 5.000,00 as quais haviam
custado 4,500,00. (Factura no 754).

Contabilização

1o. Lançamento referente a venda das mercadorias.

4.1 CLIENTES
4.1.1 Clientes c/c
Nome do cliente…………………….. 5.000,00
a 7.1 VENDAS
7.1.1 Mercadorias ……………………………………5.000,00
P/ Factura no 754

2o. Lançamento referente a saída das mercadorias no armazém.

6.1 CUSTO DOS INVENTÁRIOS


6.1.1 Custo dos inventários vendidos ou consumidos
6.1.1.2 De mercadorias ……………………………………..4.500,00
a 2.2 MERCADORIAS ……………………………………………………..4.500,00
P/ custo das mercadorias vendidas

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 34


Contabilidade Geral

Registo de compra e venda de mercadorias com IVA

A movimentação de mercadorias geralmente envolve o IVA (Imposto sobre o Valor


Acrescentado).

Relativamente a este imposto, é matéria que já foi tratada no capítulo 1. Entretanto,


dado a relevância deste imposto volta-se a falar do mesmo.

Noções Gerais do IVA (Imposto sobre Valor Acrescentado).

Grande parte das transacções comerciais que são realizadas pelas empresas são sujeitas
ao IVA, dai que é de extrema relevância fazer um estudo sobre este imposto.

A introdução do Imposto sobre Valor acrescentado (IVA) na legislação moçambicana,


tem o seu enquadramento na reforma geral tributária que se vem operando no país.

IVA é um imposto sobre o valor acrescentado, porque cada um dos agentes


económicos, desde o fornecedor de matérias ou/ e produtor ao retalhista, entregam ao
Estado o montante resultante da aplicação da taxa do imposto ao valor que
acrescentaram ao produto.

Taxa do IVA

De acordo com a legislação fiscal moçambicana a taxa do IVA é de 17%.


Incidência do IVA

A Lei no 03 / 98 estabelece que o IVA incide sobre o valor de transmissões de bens e


prestações de serviços realizados no território nacional, bem como as importações de
bens.

O IVA é basicamente suportado pelo consumidor final, sendo os agentes económicos


entidades encarregues de proceder a liquidação (registo), cobrança e entrega do Imposto
ao Estado.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 35


Contabilidade Geral

Funcionamento
Suponhamos que foram realizadas, relativamente a determinado produto, as transacções
seguintes:

Valor do
Intervenientes Compra Venda IVA liquidado IVA IVA a pagar
no circuito dedutível ao Estado
Produtor 1.000,00 1.000,00x17%= 170,00
170,00
Armazenista 1.000,00 2.000,00 2 000,00x17%= 1 000,00x17% 340-170=170
340,00 =170,00
Retalhista 2.000,00 3.000,00 3 000,00x17%= 2 000,00x17% 510-340=170
510,00 =340,00
TOTAL 510,00
Consumidor:
Compra ao retalhista por 3 000,00 Pagamento de IVA ao retalhista 3 000,00 x
17% = 510,00

N.B: Cada agente económico entrega ao Estado a diferença entre o montante do IVA
recebido do cliente (IVA liquidado) e o montante do IVA pago ao fornecedor (IVA
dedutivel).

Apuramento do IVA.

O apuramento do IVA faz-se através da diferença do IVA liquidado, ou seja, o IVA de


todas as vendas que a empresa efectuou durante o mês com o IVA dedutível, ou seja, o
IVA de todas as compras e despesas que a empresa suportou durante o mês.

O IVA liquidado obtê-se através da aplicação da taxa do IVA (17%) sobre o valor total
das vendas, enquanto que, o IVA dedutível obtê-se através da aplicação da mesma taxa
sobre o valor total das compras e despesas.

O IVA liquidado também pode-se obter através do somatório do IVA que consta em
todos documentos referentes a vendas efectuadas durante o mês. O IVA dedutível
também pode-se obter através do somatório do IVA que consta em todos documentos
referentes a compras e despesas efectuadas durante o mês.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 36


Contabilidade Geral

Se o IVA liquidado (IVA das vendas) for maior que o IVA dedutível (IVA das compras
e despesas), a Empresa tem IVA a pagar ao Estado, mas se o IVA liquidado (IVA das
vendas) for menor que IVA dedutível (IVA das compras e despesa), a empresa tem IVA
a recuperar, ou seja, tem um valor a receber do Estado.

Se o valor do IVA das vendas for igual ao valor do IVA das compras e despesas, a
empresa não tem IVA a pagar nem a recuperar.

Fórmula para apuramento do IVA

IVA Apurado = IVA liquidado – IVA dedutivel

N.B: Se os registos contabilísticos são feitos no diário geral, quando se pretende fazer o
apuramento do IVA, primeiro transfere-se o valor do IVA do diário geral para razões
esquemáticos e só depois é que se faz o apuramento propriamente dito.

Exercicios de aplicação relativos ao apuramento do IVA

Exercício de aplicação no 01

No dia 19 de Outubro de 2015 o empresário Salamugi Butana adquiriu mercadorias a


um prazo de 30 dias e neste acto foi entregue a Factura no 002368 assim escrito:
35.100,00. IVA incluido.

Pretende-se:

a) Determinar o valor da mercadoria sem IVA.

b) Determinar o valor do IVA constante na Factura no 002368.

Exercício de aplicação no 02

A Sociedade Segredo da Beleza durante o mês de Agosto do ano passado adquiriu


mercadorias avaliadas em 60.000,00 e durante o mesmo periodo as mecadorias vendidas
foram avaliadas em 80.000,00.

Com base nesta informação pretende-se:

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 37


Contabilidade Geral

a) Efectuar o apuramento do IVA, sem se esquecer de dizer se esta Sociedade durante


este mês em referência teve IVA a pagar ou a recuperar, o respectivo valor do IVA e
justificar a tua resposta.

Exercício de aplicação no 03

O Contabililista do comerciante Gulamo Ali pretendendo efectuar o apuramento do IVA


referente ao mês de Setembro de 2015, dirigiu-se no sector de contabilidade onde
encontrou os seguintes documentos:

Documentos das vendas efectuadas.

 Recibo no 03658 de Gulamo Ali: 1.500,00 + IVA a Taxa de 17%.


 Factura no 00365 de Gulamo Ali: 5.850,00 IVA incluido.
 Recibo no 03659 de Gulamo Ali: 7.020,00 IVA incluido

Documentos das compras efectuadas e despesas suportadas

 Factura no 3625 da Sociedade Longa Vida: 14.040,00 IVA incluido.


 Recibo no 3695 de Satar Sulemane: 7.000,00 + IVA a Taxa de 17%.

Pretende-se:

a) Ajudar o contabilista do comerciante Gulamo Ali a efectuar o apuramento do IVA,


sem se esquecer de dizer se este comerciante durante este mês em referência teve IVA
a pagar ou a recuperar, o respectivo valor do IVA e justificar a tua resposta.

A Conta 4.4 ESTADO.

Contabilisticamente o valor do IVA regista-se através da movimentação da conta 4.4


Estado.

Esta é a conta que regista as dívidas a pagar ao Estado resultantes de impostos e


contribuições obrigatórias para a Segurança Social.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 38


Contabilidade Geral

Movimentação da Conta 4.4 Estado

Esta conta é movimentada quando se compra e/ou vende-se mercadorias ou outros bens
e serviços sujeitos a IVA. É também movimentada nas situações relacionadas ao
pagamento de outros tipos de imposto e o pagamento de valores ao INSS ( Instituto
Nacional de Segurança Social ).

Quando se efectua aquisições, Debita-se a Conta 4.4 Estado com as Subcontas 4.4.3.2
IVA dedutível, 4.4.3.2.1 Inventários ( se for aquisição de Inventários ); ou 4.4.3.2.2
Activos Tangíveis e Intangíveis (se for aquisição de activos tangíveis e intangíveis ); ou
4.4.3.2.3 Outros bens e serviços ( se tratar-se de aquisição de outros bens ou serviços )

Quando se efectua venda, Credita-se a Conta 4.4 Estado com as Subcontas 4.4.3.3 IVA
liquidado e a 4.4.3.3.1 Operações gerais.

Quando se verifica devoluções ou descontos, movimenta-se para além da Conta 4.4


Estado, a Subconta 4.4.3.4 IVA Regularizações.

Apuramento do IVA apartir de registos efectuados no Livro do Diário Geral

Se os registos contabilísticos forem efectuados no diário geral, na fase de apuramento


do IVA primeiro transfere-se o valor do IVA registado no diário geral nas Subcontas
4.4.3.3 IVA liquidado, 4.4.3.2 IVA dedutível e 4.4.3.4 IVA Regularizações para razões
esquemáticos. De seguida abre-se um razão esquemático da Subconta 4.4.3.5 IVA
apuramento para onde devem ser transferidos os valores do IVA dedutível, IVA
liquidado e IVA regularizações:

 Transfere-se o valor do IVA registado na subconta 4.4.3.3 IVA liquidado para a


Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento. Para o efeito debita-se a Subconta 4.4.3.3
IVA liquidado e Credita-se a Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento.
 Transfere-se o valor do IVA registado na Subconta 4.4.3.2 IVA dedutível para a
Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento. Para o efeito debita-se a Subconta 4.4.3.5
IVA apuramento e credita-se a Subconta 4.4.3.2 IVA dedutível. Transfere-se
também o valor do IVA registado na Subconta 4.4.3.4 IVA Regularizações para
a Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 39


Contabilidade Geral

Depois destas transferências, as subcontas da conta 4.4 Estado ficam com saldo nulo,
excepto a subconta 4.4.3.5 IVA apuramento.

N.B: Se o Saldo da Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento for Credor, a empresa tem IVA a
pagar. Se o Saldo da Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento for Devedor, a empresa tem
IVA a recuperar.

Tomemos como exemplo o valor do IVA dedutível e do IVA liquidado registado no


diário geral. Aqui transferiu-se o IVA do diário geral para razões esquemáticos e fez-se
o apuramento do mesmo.

4.4 ESTADO 4.4 ESTADO 4.4 ESTADO

D 4.4.3.2 IVA dedutível H D4.4.3.5 IVA apuramento HD 4.4.3.3 IVA liquidado H

(1) 10,00 (3) 30,00

(2) 15,00 25,00 25,00 110,00 110,00 (4) 80,00

Sc 85,00

O Saldo da Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento é Credor. Nesta situação a empresa tem
IVA a pagar ao Estado no valor de 85,00.

Após esta conclusão, ou seja, depois de concluir-se que a empresa tem IVA a pagar ou a
recuperar efectuam-se os seguintes lançamentos no diário geral

Contabilização no diário geral do pagamento do IVA

Neste caso, efectuam-se dois lançamentos. O segundo lançamento efectua-se após o


pagamento do IVA.

1o 4.4 ESTADO
4.4.3.5 IVA apuramento ……………… 85,00
a 4.4 ESTADO
4.4.3.7 IVA a pagar……………………………… 85,00
P/ transferência do valor do IVA.
_____________________ / / ____________________

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 40


Contabilidade Geral

2o 4.4 ESTADO
4.4.3.7 IVA a pagar………….……… 85,00
a 1.1 CAIXA ou 1.2 BANCOS……………….…… 85,00
P/ pagamento do IVA

Contabilização no diário geral do pedido de reembolso do IVA a recuperar

Neste caso, efectuam-se três lançamentos. O terceiro lançamento efectua-se após o


recebimento do valor do IVA a recuperar.

1o 4.4 ESTADO
4.4.3.8 IVA a recuperar ………………(Valor do IVA a recuperar)
a 4.4 ESTADO
4.4.3.5 IVA apuramento ……………………………(Valor do IVA a recuperar)
P/ transferência do valor do IVA
_____________________ / / ____________________
2o 4.4 ESTADO
4.4.3.9 IVA reembolsos pedidos ………………(Valor do IVA a recuperar)
a 4.4 ESTADO
4.4.3.8 IVA a recuperar ……………………………(Valor do IVA a recuperar)
P/ transferência do valor do IVA
_____________________ / / ____________________
3o 1.1 CAIXA ou 1.2 BANCOS

a 4.4 ESTADO
4.4.3.9 IVA reembolsos pedidos

P/ recebimento do valor do IVA

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 41


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 01 referente ao apuramento do IVA apartir de registos


efectuados no Livro do Diário Geral.

Da consulta efectuada no diário geral da empresa Nova Visão, Lda com sede na cidade
de Lichinga, constatou-se a seguinte informação relativa a sua situação sobre IVA no
mês de Junho do ano passado.

4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.3 IVA liquidado


D 4.4.3.2.1 Inventários H D 4.4.3.3.1 Operações gerais H
(2) 85.000,00 (5) 10.000,00
(7) 15.000,00 (9) 60.000,00
(8) 6.000,00 (11) 90.000,00
(10) 4.000,00
Pretende-se:

a) Efectuar o apuramento do IVA

b) A empresa tem IVA a pagar ou a recuperar. Justifique a tua resposta. Qual é o Valor?

c) Se a empresa tem IVA a pagar, efectuar a contabilização do pagamento no diário


geral desta empresa tendo em conta que este foi feito por meio de Cheque no 00253
S/BIM. Se tem IVA a recuperar, efectue os lançamentos no diário geral referentes ao
pedido de reembolso.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 42


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 02 referente ao apuramento do IVA apartir de registos


efectuados no Livro do Diário Geral.

O contabilista da Sociedade Segredo da Beleza, Lda, com sede na cidade da Beira,


pretendendo apurar o IVA relativo ao mês de Maio de 2011, extraiu do diário geral da
empresa a seguinte informação:

4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.3 IVA liquidado

D 4.4.3.2.1 Inventários H D 4.4.3.3.1 Operações gerais H

(4) 8.500,00 (1) 3.500,00

(6) 3.300,00 (3) 1.000,00

(14) 800,00 (5) 4.500,00

(7) 1.200,00

(8) 800,00

(15)1.700,00

4.4.3.2 IVA dedutível

D 4.4.3.2.3 Outros bens e serviços H D 4.4.3.4 IVA regularizações H

(13) 700,00 (16) 100,00

(20) 300,00

a) Com base nesta informação ajude o contabilista da Sociedade Segredo da Beleza a


fazer o apuramento do IVA relativo ao mês de Maio de 2011.

b) A Sociedade tem IVA a pagar ou a recuperar? Justifique a tua resposta.

c) Qual é o valor do IVA a pagar ou a recuperar?

d) Efectue a contabilização no diário geral o IVA a pagar ou a recuperar ( de acordo


com a conclusão que tiver no processo de apuramento), e considere que foram
movimentados valores em numerário. Se a Sociedade tem IVA a recuperar, considere
que recebeu o valor e numerário.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 43


Contabilidade Geral

Registo Contabilístico de Compra de mercadorias com IVA.


Na compra de mercadorias com IVA, Debitam-se as Contas 2.1 Compras e 4.4 Estado
com as suas respectivas Subcontas, e Credita-se a Conta 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos ( se a
compra for a pronto pagamento em numerário ou em Cheque).

Se a compra for a prazo Credita-se a Conta 4.2 Fornecedores com a sua respectiva
Subconta.

Compra a pronto pagamento de mercadorias.

Contabilização

2.1 COMPRAS
2.1.1 Mercadorias ……………………..(valor da mercadoria sem IVA)
4.4 ESTADO
4.4.3.2 IVA dedutível
4.4.3.2.1 Inventários ………………….(valor do IVA)
a 1.1 CAIXA / 1.2 BANCOS…………………..……( valor da mercadoria + do IVA)
P/ Recibo no…….

Compra a prazo de mercadorias.

Contabilização

2.1 COMPRAS
2.1.1 Mercadorias ……………………..(valor da mercadoria sem IVA)
4.4 ESTADO
4.4.3.2 IVA dedutível
4.4.3.2.1 Inventários ………………….(valor do IVA)
a 4.2 FORNECEDORES
4.2.1 Fornecedores c/c
Nome do fornecedor………………………………(valor da mercadoria + do IVA)
P/ Factura no….

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 44


Contabilidade Geral

Ex: A empresa Nova Visão adquiriu mercadorias a pronto pagamento no valor de


48.000,00. +IVA a taxa de 17%. ( Recibo no 232 da Construa, Lda).

Contabilização

2.1 COMPRAS
2.1.1 Mercadorias …………………….48.000,00
4.4 ESTADO
4.4.3.2 IVA dedutível
4.4.3.2.1 Inventários……………….... 8.160,00
a 1.1 CAIXA………………………………………………56.160,00
P/ Recibo no 232
Durante o processo de aquisição de mercadorias geralmente ocorrem despesas de
compra e em alguns casos Descontos obtidos e Devoluções.

As despesas de compra e os descontos obtidos normalmente constam na factura emitida


pelo fornecedor.

Registo de Despesas de Compra

Quando as despesas de compra são assumidas pelo comprador e não serem incluídas na
factura, o fornecedor emite e envia uma Nota de Débito com a valor das despesas.

Se as despesas de compra constarem numa Nota de Débito enviada pelo fornecedor,


efectua-se o seguinte lançamento:
2.1 COMPRAS
2.1.1 Mercadorias ……………………..(valor da despesa de compra sem IVA).
4.4 ESTADO
4.4.3.2 IVA dedutível
4.4.3.2.3 Outros bens e serviços …….(valor do IVA da despesa de compra).
a 4.2 FORNECEDORES
4.2.1 Fornecedores c/c
Nome do fornecedor……………(valor da despesa de compra + do IVA).
P/ Nota de débito no…. Referente a despesas de compra.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 45


Contabilidade Geral

Descontos Obtidos.

Com intuito de atrair os clientes e consequentemente aumentar as suas vendas, durante o


processo de compra e venda de mercadorias os vendedores tem nalgumas vezes
efectuado desconto de natureza comercial e ou financeiro.

Contabilização de Descontos Comerciais Obtidos constantes numa Nota de


Crédito.

4.2 FORNECEDORES
4.2.1 Fornecedores c/c
Nome do fornecedor………… (valor do desconto + do IVA).
a 2.1 COMPRAS
2.1.8 Descontos e abatimentos em compras……… (valor do desconto sem IVA).
a 4.4 ESTADO
4.4.3.4 IVA regularizações……………….……. (valor do IVA do desconto).
P/ Nota de Crédito no…. Referente ao desconto obtido.

Contabilização de Descontos Financeiros Obtidos

4.2 FORNECEDORES
4.2.1 Fornecedores c/c
Nome do fornecedor………… (valor do desconto + do IVA).
a 7.8 RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS
7.8.5 Descontos de pronto pagamento obtidos…….(valor do desconto sem IVA).
a 4.4 ESTADO
4.4.3.4 IVA regularizações………………..…….(valor do IVA do desconto).
P/ descontos de pronto pagamento ou por antecipação de pagamento
obtidos

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 46


Contabilidade Geral

Devolução de Mercadorias Compradas a Prazo.

Quando as mercadorias chagam no armazém e não estão em conformidade com a


encomenda efectuada, tem-se desencadeado a devolução.

A devolução da mercadoria pode ser total ou parcial.

Para efeitos de contabilização da devolução de mercadorias, efectua-se um lançamento


inverso ao de compra.

Contabilização.

4.2 FORNECEDORES
4.2.1 Fornecedores c/c
Nome do fornecedor……………… (valor da mercadoria devolvida + do IVA)
a 2.1 COMPRAS
2.1.7 Devoluções de compras……… ( valor da mercadoria devolvida sem IVA)
a 4.4 ESTADO
4.4.3.4 IVA regularizações……………….( valor do IVA)
P/ devolução de mercadorias

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 47


Contabilidade Geral

Registo de Venda de Mercadorias com IVA.

Na venda de mercadorias com IVA Debita-se a Conta 1.1 Caixa / ou 1.2 Bancos ( se a
venda for em numerário ou por transferência bancária), e Creditam-se as Contas 7.1
Vendas e 4.4 Estado, com as suas respectivas Subcontas.

Se a Venda for a prazo Debita-se a Conta 4.1 Clientes com a sua respectiva Subconta.

Contabilização da Venda a pronto pagamento de mercadorias.

1.1 CAIXA / 1.2 BANCOS……………….. ( valor da mercadoria + do IVA )


a 7.1 VENDAS
7.1.1 Mercadorias……………………………( valor da mercadoria sem IVA)
a 4.4 ESTADO
4.4.3.3 IVA liquidado
4.4.3.3.1 Operações gerais……………………………. ( valor do IVA )
P/ Recibo no…..

Contabilização da Venda a Prazo de Mercadorias.

4.1 CLIETES.
4.1.1 Clientes c/c
Nome do cliente…………………………….(valor da mercadoria + do IVA )
a 7.1 VENDAS
7.1.1 Mercadorias………………………….……(valor da mercadoria sem IVA)
a 4.4 ESTADO
4.4.3.3 IVA liquidado
4.4.3.3.1 Operações gerais……………………………. (valor do IVA )
P/ Factura no…..

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 48


Contabilidade Geral

Ex: A Sociedade do Sul, S.A vendeu a prazo de 30 dias mercadorias no valor de


17.550,00 com IVA incluído a taxa de 17%, ao comerciante Mustafa Gafar. ( Factura
no789 ).

Contabilização

4.1 CLIETES
4.1.1 Clientes c/c
Mustafa Gafar 17.550,00
a 7.1 VENDAS
7.1.1 Mercadorias 15.000,00
a 4.4 ESTADO
4.4.3.3 IVA liquidado
4.4.3.3.1 Operações gerais 2.550,00
P/ Factura no 789

Contabilização de Despesas não Incluídas na Factura da Mercadoria Vendida.

Quando se verificam despesas pagas pelo fornecedor (vendedor) e as mesmas não


constarem na factura, o fornecedor emite uma Nota de Débito com o valor da despesa
por ele paga.

Contabilização

4.1 CLIETES.
4.1.1 Clientes c/c
Nome do cliente…………………( valor da despesa + do IVA )
a 7.1 VENDAS
7.1.1 Mercadorias………………………………………(valor da despesa sem IVA)
a 4.4 ESTADO
4.4.3.3 IVA liquidado
4.4.3.3.1 Operações gerais…………………… ( valor do IVA da despesa )
P/ nossa Nota de débito no ….., relativa as despesas não incluídas na Factura
no…..

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 49


Contabilidade Geral

Contabilização de Descontos Comerciais Concedidos.

7.1 VENDAS
7.1.7 Descontos e abatimentos…………. ( valor do desconto sem IVA)
4.4 ESTADO
4.4.3.4 IVA regularizações…………… ( valor do IVA do desconto )
a 4.1 CLIETES.
4.1.1 Clientes c/c
Nome do cliente……………………………….(valor do desconto + do IVA )
P/ descontos comerciais concedidos

Contabilização de Descontos Financeiros Concedidos.

6.9 GASTOS E PERDAS FINANCEIRAS


6.9.5 Descontos de pronto pagamento concedidos…( valor do desconto sem IVA )
4.4 ESTADO
4.4.3.4 IVA regularizações…………………………(valor do IVA do desconto)
a 4.1 CLIENTES
4.1.1 Clientes c/c
Nome do cliente…………………………………(valor do desconto + do IVA )
P/ descontos de pronto pagamento ou por antecipação de pagamento concedidos

Devolução de Mercadorias vendidas a Prazo.

Na devolução de mercadorias vendidas efectua-se um lançamento inverso ao de venda.

Contabilização

7.1 VENDAS
7.1.6 Devolução de vendas…………………( valor da mercadoria recebida sem IVA)
4.4 ESTADO
4.4.3.4 IVA regularizações ………………..( valor do IVA da mercadoria recebida )
a 4.1 CLIETES.
4.1.1 Clientes c/c
Nome do cliente…………………………….( valor da mercadoria + do IVA )
P/ mercadorias devolvidas

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 50


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 01

A empresa Longa Vida, Lda, tem a sua sede na cidade de Mocuba e dedica-se a venda
Computadores e Impressoras.

Durante o mês de Maio de 2010, a empresa realizou as seguintes operações relativas a


compra e venda de Computadores e Impressoras:

Dia 05 – Factura no 2005 refente a aquisição de 5 Computadores a 6.000,00 e 6


Impressoras a 3.000,00 cada no estabelecimento comercial de Amir & Arcanjo, Lda, a
um prazo de 30 dias. + IVA a taxa de 17%.

Dia 07 – Recibo no 254, relativo a venda a p.p de 4 Computadores a 8.500,00 cada.


+ IVA a taxa de 17%.

Dia 19 – Recibo no 999 da Sociedade Solução Fácil, S.A, referente a aquuisição de 10


Impressoras no valor de 33.930,00. IVA incluído. (Pagamento feito por meio de Cheque
no 0024 S/ BIM).

Dia 28 – Devolução de 1 Computador adquirido no dia 05 por não se encontrar em bom


estado. IVA a taxa de 17%.

Pretende-se:

a) Lançamento das operações no diário geral da empresa Longa Vida, Lda, tendo em
conta que ela usa o Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente na movimentação
das mercadorias.

b) Fazer apuramento do IVA referente ao mês de Maio de 2010.

c) A empresa tem IVA a pagar ou a recuperar? Justifique a tua resposta.

d) Qual é o valor do IVA a pagar ou a recuperar?

e) De acordo com a conclusão que tiver na alínea c) ( IVA a pagar ou a recuperar),


efectue os lançamentos referentes ao pagamento do IVA ou recepção do mesmo, tendo
em conta que movimentaram-se valores em cofre.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 51


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 02.

A Sociedade Castro & Melo Lda, tem a sua sede na cidade da Beira e dedica-se a
comercialização de material de construção.

Durante o mês de Agosto de 2015, realizou as seguintes operações relativas a compra e


venda de material de construção.

Dia 06 – Factura no 705 da Construa Lda, relativa a aquisição de 2.000 sacos de


cimento:

 Preço unitário…………… 250,00


 + IVA a taxa de 17%

Dia 08 – Nota de Crédito no 317 da Construa Lda, relativa ao desconto de


revenda……… 5.000,00. + IVA a taxa de 17%.

Dia 12 – Nota de débito no 402 da Construa Lda, relativa a despesa suportada e por
lapso nao registada na Factura no 705 referente a mercadoria do dia 06… 1.000,00. IVA
a taxa de 17%.

Dia 22 – Factura no 202, relativo a venda ao comerciante José João, de 1.500 sacos de
cimento no valor de 658.125,00. IVA incluído.

Dia 29 – Devolução de 10 Sacos de cimento efectuada pelo comerciante José João,


cimento vendido no dia 22. IVA a taxa de 17%.

Pretende-se:

a) Lançamento das operações no diário geral da Sociedade Castro & Melo, Lda, tendo
em conta que ela usa o Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente na
movimentação das mercadorias.

b) Fazer apuramento do IVA referente ao mês de Agosto de 2011.

c) A Sociedade tem IVA a pagar ou a recuperar? Justifique a tua resposta.

d) Qual é o valor do IVA a pagar ou a recuperar?

e) Se a Sociedade tem IVA a pagar ou a recuperar, registe no diário geral o pagamento /


ou o recebimento do valor em numerário.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 52


Contabilidade Geral

Métodos de Custeio de Saídas de Existências em Armazém ou Critérios


Valorimétricos

Geralmente as empresas compram mercadorias com preços diferentes e colocam no


armazém. Para permitir a atribuição do custo com que as mercadorias devem estar e sair
do armazém, elas adoptam métodos ou critérios.

Portanto, métodos de custeio ou critérios valorimétricos são aqueles utilizados para


permitir a atribuição do valor com que as mercadorias devem estar e sair do armazém.

Os métodos de custeio de saídas de existências em armazém são:

 Custo Médio Ponderado


 FIFO
 LIFO

Para o uso destes métodos, geralmente organiza-se Fichas de Armazém para cada
Artigo. Nestas fichas registam-se as entradas das mercadorias em função do custo de
aquisição e as saídas das mesmas em função do método que se utiliza no armazém para
a valorização das existências.

Custo Médio Ponderado.

Este é o método caracterizado pela determinação de um custo médio sempre que entram
no armazém novas mercadorias de valores diferentes.

O Custo médio determina-se através da Soma do valor da mercadoria que existia no


armazém e o valor que entra divido pela Soma da quantidade que existia e a quantidade
entrada.

Valor Existente + Valor Entrado

Custo Médio =

Quantidade Existente + Quantidade Entrada

Ou seja:

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 53


Contabilidade Geral

VT Onde: VT = Valor Total

Custo Médio = QT = Quantidade Total

QT

O Custo Médio Ponderado é o método ou critério mais utilizado pelas empresas.

FIFO (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair)

FIFO é uma abreviatura da palavra inglesa (First In First Out) que em língua
Portuguesa significa “Primeiro a entrar, Primeiro a Sair”.

Por este método, as primeiras mercadorias a entrarem no armazém são as primeiras a


saírem.

Assim, as existências em armazém são constituídas pelas mercadorias mais recentes.

LIFO (Ultimo a Entrar, Primeiro a Sair).

LIFO é uma abreviatura da palavra inglesa (Last In First Out) que em língua
portuguesa significa “Ultimo a Entrar Primeiro a Sair”.

Por este método, as Ultimas mercadorias a entrarem no armazém são as primeiras a


saírem.

Assim, as existências em armazém são constituídas pelas mercadorias mais antigas.

Cada um dos métodos (Custo Médio Ponderado, FIFO e LIFO) origina um valor
diferente para o custo das mercadorias a saída do armazém.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 54


Contabilidade Geral

Ficha de armazém

Artigo: Unidade: Critério:

Data Descrição Entradas Saídas Existências


Q. P.U Valor Q. P.U Valor Q. P.U Valor

Exercício de aplicação no 01

Em 01 de Março de 2011, nos armazéns da empresa Longa Vida, S.A, com sede na
cidade de Nampula e que se dedica a comercialização de arroz, havia 100 sacos de arroz
a 400,00 cada.

Durante o mês de Março verificou-se o seguinte movimento nos seus armazéns:

Dia 05 – Recibo no 405 referente a aquisição de 80 sacos de arroz a 380,00 cada.

 Despesas de transporte……….. 1.900,00

Dia 10 – Guia de saída no 06 relativa a 70 sacos de arroz.

Dia 15 – Factura no 08 referente a aquisição de 60 sacos de arroz a 370,00 cada.

Dia 27 – Guia de saída no 07 referente a 160 sacos de arroz.

Pretende-se:

Elaborar Fichas de Armazém utilizando os seguintes métodos de custeio:

a) Custo Médio

b) FIFO

c) LIFO

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 55


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 02

A empresa Nova Geração, Lda, tem a sua sede na cidade da Beira e dedica-se a
comercialização de bolachas. O fiel de armazém desta empresa forneceu a seguinte
informação relativa aos movimentos do armazém durante o mês de Agosto de 2010.

No dia 02 de Agosto havia nos armazéns 300 caixas de bolachas avaliados em


45.000,00.

Dia 07 – Factura no 666 referente a aquisição 400 caixas de bolachas a 160,00 cada

Dia 15 –. Guia de saída no 272 relativa a 200 caixas.

Dia 22 – Recibo no 254 relativo a aquisição de 300 caixas de bolachas a 170,00 cada.

Dia 28 – Recibo no 124 relativo a aquisição de 100 caixas de bolachas a 162,00 cada.

 Despesas de compra…………….. 800,00

Dia 29 – Guia de saída no 273 relativa a 700 caixas.

Pretende-se:

Fichas de Armazém utilizando os seguintes métodos de custeio:

a) Custo Médio

b) LIFO

c) FIFO

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 56


Contabilidade Geral

Capitulo IV: AS CONTAS DE INVESTIMENTOS DE CAPITAL.

Nos investimentos de Capital agrupam-se todos os bens da empresa que aí permaneçam


de uma forma durável e são indispensáveis à actividade que desenvolvem, bem como as
aplicações financeiras de carácter permanente.

Características dos Bens que Compõem os Investimentos de Capital.

 A posse: fazem parte do investimento de Capital de uma empresa os bens de que


é proprietária;
 A permanência: os investimentos de capital são utilizados de uma maneira
durável, na empresa;
 A indispensabilidade: o papel desempenhado pelos investimentos de capital é
determinante, pois sem adequado activo fixo, a empresa não conseguirá
funcionar em condições normais.

Os Activos Tangíveis

Activos tangíveis são os bens palpáveis, móveis e imóveis que a empresa utiliza na sua
actividade operacional os quais não se destinam a ser vendidos e que tem carácter de
permanência superior a um ano.

Ex: viaturas, edifícios, maquina, computadores, etc.

Contabilização de aquisição a pronto pagamento de Activos Tangíveis

3.2 ACTIVOS TANGÍVEIS


3.2… ……………………………..……(valor do bem sem IVA)
4.4 ESTADO
4.4.3.2 IVA dedutível
4.4.3.2.2 Activos tangíveis e intangíveis …. (valor do IVA)
a 1.1CAIXA/1.2 BANCOS
1.2.1 Depósitos a ordem …………… ……… (valor do bem + do IVA)
P/recibo nº …

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 57


Contabilidade Geral

Contabilização de aquisição a prazo de Activos Tangíveis.


3.2 ACTIVOS TANGÍVEIS.
3.2 ………………………………………(valor do bem sem IVA)
4.4 ESTADO
4.4.3.2 IVA dedutível
4.4.3.2.2 Activos tangíveis e intangíveis … (valor do IVA)
a 4.6 OUTROS CREDORES
4.6.1.1 Fornecedores de investimento de capital c/c
Nome do credor……………………………. (valor do bem+ do IVA)
p/ sua factura no…

A depreciação

Os activos tangíveis perdem valor ao longo da sua vida útil.

A perda de valor de um activo tangível chama-se Depreciação.

As causas que podem provocar a depreciação dos activos tangíveis são: o desgaste pelo
uso, acção do tempo, e obsolescência (provocada pela evolução tecnológica).

Determinação da taxa de depreciação

Para a determinação da taxa de depreciação utiliza-se frequentemente o método linear,


que consiste na aplicação de uma taxa constante durante o tempo da vida útil estimada
para o bem.

Para determinar-se a taxa de depreciação divide-se 100% pelo nº de anos de vida útil do
bem.

100% onde:
t= n = no de anos de vida útil do bem
n

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 58


Contabilidade Geral

Ex: uma viatura tem uma vida útil de 5 anos.

Qual é a taxa anual de depreciação?

100%
t=
n
100% R: A taxa anual de depreciação da viatura é 20%.
t= = 20% a.a
5

A Amortização

Amortização ou seja, a perda de valor de um activo tangível deve ser contabilizada.

Amortização ou reintegração é a expressão contabilística utilizada para designar a


depreciação dos activos tangíveis e intangíveis.

Determinação da quota anual de amortização

Chama-se quota anual de amortização, a parcela de depreciação sofrida pelo activo


tangível em cada ano, ou seja, o valor que o activo tangivel perde em cada ano.

Para a determinação da quota anual de amortização, existem os seguintes métodos:

 Método ou critério de quotas constantes;


 Método ou critério de quotas variáveis em progressão aritmética decrescente;
 Método ou critério de quotas variáveis em progressão geométrica;
 Método ou critério de desgaste funcional;
 Método ou critério de base dupla;

N.B: Em regra, a determinação da quota anual de amortização é feita pelo método ou


critério de quotas constantes.

Para além deste método ou critério, também usa-se com relativa frequência o método
ou critério de desgaste funcional.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 59


Contabilidade Geral

Método ou Critério de Quotas Constantes.

Este método pressupõe que o desgaste do bem é directamente proporcional a sua vida
útil e o valor das quotas a amortizar é constante ao longo da vida útil do bem.

Por este método, a quota de amortização pode ser obtida:

1. Conhecendo o valor de aquisição e a taxa de amortização.

Assim, Q = Va × t Onde: Q = Quota de amortização;

Va= valor de aquisição do bem

t = taxa de amortização

2. Conhecendo o valor de aquisição e o nº de anos de vida útil do bem.

Va Onde: Q = Quota de amortização;

Assim, Q= Va= valor de aquisição do bem

n n = no de anos de vida útil do bem

3. Conhecendo o valor de aquisição, o valor residual, o nº de anos de vida útil e a


taxa de amortização do bem.

Va - Vr Onde: Q = Quota de amortização;

Assim , Q= Va= valor de aquisição do bem

n n = no de anos de vida útil do bem

Vr = valor residual

OU

Q = ( Va – Vr ) × t

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 60


Contabilidade Geral

Designa-se valor residual, ao valor que se espera que venha a ser atribuído ao activo
tangível, no fim da sua vida útil.

Designa-se vida útil do bem, ao número de anos que se pressupõe que o bem esteja em
condições normais para o seu funcionamento ou utilização.

Calculada a quota anual de amortização, elabora-se o quadro ou mapa de amortização


de cada bem.

Quadro de Amortizações

Anos Amortizações Valor


Anuais Acumuladas Contabilístico

Métodos de contabilização das amortizações

As amortizações podem registar-se utilizando dois métodos:

 Método directo;
 Método indirecto.

Método directo

Este método consiste em creditar a quota de amortização do activo tangível relativa a


cada exercício económico na respectiva conta do activo tangível.

Por este método, o saldo da conta 3.2 Activos tangíveis evidencia o valor líquido
contabilístico do activo tangível.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 61


Contabilidade Geral

Contabilização no Diário Geral

6.5 AMORTIZAÇÕES DO PERÍODO

6.5.1 Activos tangíveis …………… (valor da amortização anual)

a 3.2 ACTIVOS TANGÍVEIS

3.2 ………………………………………………. (valor da amortização anual)

P/registo da quota anual de amortização.

Método indirecto

Este método consiste em creditar a quota anual de amortização na conta 3.8


Amortizações Acumuladas.

Por este método, o saldo da conta 3.2 Activos Tangíveis revela sempre o custo de
aquisição dos activos tangíveis.

O valor líquido do Activo tangível, determina-se subtraindo o valor bruto do activo


tangível (valor de aquisição), as suas respectivas amortizações.

VL = Va – Amortizações Onde: VL = valor liquido.

Va = valor de aquisição.

N.B: Este é o método recomendável e o mais usado para o registo das amortizações de
activos tangíveis e intangíveis.

Contabilização no Diário Geral

6.5 AMORTIZAÇÕES DO PERÍODO

6.5.1 Activos tangíveis ………………………. (valor da amortização anual)

a 3.8 AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

3.8.2 Activos tangíveis ……………………… (valor da amortização anual)

P/registo da quota anual de amortização.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 62


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação nº 01

A sociedade Boa vida, SA, adquiriu em Fevereiro de 2005 uma máquina no valor de
3.000,00. Para esta máquina prevê-se uma vida útil de 5 anos.

A empresa utiliza o método ou critério de quotas constantes na amortização da máquina.

Pretende-se:

a) Determinar a taxa de depreciação ou amortização da máquina.


b) Calcular a quota anual de amortização.
c) Registar no diário geral a quota de amortização, utilizando o método indirecto.
d) Elaborar o quadro ou mapa de amortizações da máquina.

Exercício de aplicação nº 02

A Sociedade Segredo da Beleza Lda adquiriu em Fevereiro de 2009 uma impressora no


valor de 4.000,00. A vida útil desta impressora é estimada em 4 anos. Esta Sociedade
usa o método de quotas constantes para amortização dos activos tangíveis e a
impressora é amortizada a uma taxa anual de 25%.

Pretende-se:

a) Determinar a quota anual de amortização desta impressora.

b) Registar a quota anual de amortização pelo método recomendável para o registo de


amortizações de activos tangíveis.

c) Elaborar quadro de amortizações da impressora

d) Se a Sociedade Segredo da Beleza Lda, tivesse vendido a impressora no final de 2010


a 2.500,00, teria ganho ou perda? Justifique a tua resposta sem se esquecer de
referenciar o valor do ganho ou da perda.

e) Se esta sociedade tivesse vendido a impressora no final de 2011 a 800,00, teria ganho
ou perda? Justifique a tua resposta sem se esquecer de referenciar o valor do ganho ou
da perda.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 63


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação nº 03

3.1 A empresa NOVA visão, Lda, adquiriu em Janeiro de 2007, uma viatura marca
Toyota no valor de 100.000,00.

Para esta viatura prevê-se uma vida útil de 4 anos. A empresa usa o método de quotas
constantes e a taxa de amortização da viatura é 25%

Pretende-se:

a) Determinar a quota anual de amortização desta viatura.


b) Registar no diário geral da Nova visão, Lda a quota de amortização utilizando o
método recomendável para o registo de amortizações de activos tangíveis.
c) Registar no diário geral a quota de amortização utilizando o outro método que
estudaste.
d) Elaborar o quadro de amortização da viatura.

3.2 Suponha que a viatura adquirida o valor residual previsto é 10.000,00.

a) Determine a quota anual de amortização.


b) Elabore o quadro de amortização da viatura.

Capitulo V: TRABALHO DO INÍCIO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA.

Abertura de Escrita.

Abertura de escrita é um processo contabilístico que consiste no registo de elementos


patrimoniais com que uma entidade inicia a sua actividade económica.

A abertura de escrita efectua-se no momento em que a empresa inicia a sua actividade


económica. Durante o processo de abertura de escrita efectuam-se lançamentos os quais
são designados Lançamentos de abertura de escrita.

Nestes lançamentos são registados os elementos patrimoniais representados em contas e


o Capital com que a empresa inicia a sua actividade económica.

Terminados os lançamentos, geralmente elabora-se um Balanço designado Balanço


inicial, onde ficam registados os elementos patrimoniais representados em contas e o
capital com que a empresa inicia a sua actividade económica.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 64


Contabilidade Geral

O capital de uma empresa corresponde a diferença entre os elementos patrimoniais do


Activo e os do Passivo.

Os principais componentes do capital próprio de uma empresa são:

 As entradas iniciais do capital;


 A retenção de lucros sob a forma de reservas ou resultados transitados.

1. Abertura de Escrita das empresas singulares ou do Comerciante em nome


individual ou Singular.

A abertura de escrita das empresas singulares ou do comerciante em nome individual ou


singular obedece uma fase.

Esta fase consiste em Debitar as contas em que estão registados elementos patrimoniais
do activo (contas do activo) e Creditar as contas em que estão registados elementos
patrimoniais do passivo (contas do passivo) com que a empresa ou o comerciante inicia
a sua actividade comercial e creditar também a conta 5.1 CAPITAL.

O valor da Conta 5.1 CAPITAL é a diferença entre os elementos patrimoniais do Activo


e os do Passivo.

Terminado o lançamento de abertura de escrita, geralmente elabora-se o Balanço inicial

Exercício de aplicação no 1.

O empresário Gulamo Agi, iniciou a sua actividade comercial em 02 de Janeiro de 2009


na cidade de Quelimane, com os seguintes elementos patrimoniais:

 Uma viatura marca Nissan……………………. 40.000,00


 Empréstimo contraído no BCI, a reembolsar num prazo de 6 anos…70.000,00
 Um edifício comercial……………………………………. 30.000,00
 Diversos bens adquiridos e destinados a venda……………………… 15.000,00
 Numerário em cofre…………………………………….5.000,00

Pretende-se:

a) Lançamento de abertura de escrita no diário geral do empresário Gulamo Agi.

b) Elaborar o Balaço inicial (Balanço analítico).

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 65


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 02.

O comerciante Armando Santana, iniciou a sua actividade comercial em 05 de Maio de


2008 na cidade de Chimoio, para a comercialização de produtos alimentares. Ele iniciou
com os seguintes elementos patrimoniais:

 80 Caixas de leite a 200,00 cada.


 Empréstimo contraído no BIM, a reembolsar num prazo de um ano…10.000,00.
 Um edifício comercial …………………………..……………………32.000,00.
 Um computador…………………………………………………………8.000,00.
 Dinheiro no cofre ………………………………………………….…. 6.000,00.
 Dinheiro depositado no BCI……………………………………………3.000,00.
 Dívida a Manuel do Rosário, pela compra a prazo de caixas de leite.. 15.000,00.
 10 Sacos de trigo a 400,00 cada.
 Débito a Mário Matos, pela compra de computador…………………. 1.000,00.

Pretende-se:

a) Lançamento de abertura de escrita no diário geral do comerciante Armando Santana.

b) Elaborar o Balanço inicial deste comerciante (Balanço analítico).

2. Abertura de Escrita das Sociedades

Sociedades são unidades económicas ou empresas cujo proprietário é mais de uma


pessoa.

Tipos de Sociedades

Existem os seguintes tipos de sociedades:

 Sociedades por quotas,


 Sociedades em nome colectivo,
 Sociedades Anónimas,
 Sociedades em comandita,
 Sociedades de capital e indústria

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 66


Contabilidade Geral

2.1Abertura de Escrita das Sociedades por Quotas

Sociedades por quotas são aquelas cujo capital se encontra dividido em quotas e a
responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor da sua quota.

Designa-se quota, a parcela do capital ou uma parte do capital das sociedades por
quotas.

Neste tipo de sociedades, o termo final da firma é: Lda.

Durante o processo de constituição deste tipo de sociedade, faz-se abertura de escrita, e


esta obedece duas fases:

1ª Subscrição do capital.

2ª Realização do capital

 Subscrição do capital – esta é a fase em que os sócios assumem o compromisso


de entrar para a sociedade com determinados valores.

Para o registo contabilístico desta fase, Debita-se a conta 4.5 OUTROS DEVEDORES
com a subconta “4.5.2 Subscritores de capital” e Credita-se a conta 5.1 CAPITAL.

Nesta fase, devem ser registados os nomes dos sócios e os respectivos valores por eles
subscritos.

 Realização do capital – esta é a fase em que os sócios entregam os valores


subscritos.

Nesta fase, o registo contabilístico é feito em função do elemento ou elementos


patrimonial ou patrimoniais que cada sócio entrega a sociedade.

Debitam-se as contas em que estão registados elementos patrimoniais do activo (contas


do activo) e Creditam-se as contas em que estão registados elementos patrimoniais do
passivo (contas do passivo), e também Credita-se a conta 4.5 OUTROS DEVEDORES
com a subconta”4.5.2 subscritores de capital”.

Nesta fase de realização, sócios há que por vezes entregam valores a mais em relação ao
valor que haviam subscrito. Este valor a mais designa-se suprimento ou prestação
suplementar. Nesta situação considera-se que a sociedade tem uma divida a pagar ao

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 67


Contabilidade Geral

sócio que entregou valor a mais e este valor credita-se na conta 4.6 OUTROS
CREDORES com a subconta 4.6.7 Credores- Sócios, Accionistas ou proprietários.

A constituição de uma sociedade origina despesas (gastos de instalação). Estes gastos


são considerados Activos Intangíveis.

Para o registo contabilístico destas despesas, Debita-se a conta 3.3 ACTIVOS


INTANGÍVEIS com a subconta 3.3.4 Encargos de constituição ou de expansão, e
Credita-se a conta 1.1 CAIXA, se o pagamento for efectuado em numerário ou Credita-
se a conta 1.2 BANCOS, se o pagamento for efectuado por meio de cheque ou por
transferência bancária.

Exercício de aplicação nº 01/3

Em 02 de Janeiro de 2007 constituiu-se no cartório Notarial de Maputo, a Sociedade


Pires, Silva & Soares, Lda, com um capital de 4.000,00 subscrito da seguinte forma:

 Augusto Pires………………………….2.050,00
 Bernardo Silva………………………... 500,00
 Fernando Soares……………………….1.450,00

No dia 07 de Janeiro do mesmo ano o sócio Bernardo Silva realizou a totalidade da sua
quota de 500,00 em numerário.

Fernando Soares realizou parte da sua quota no dia 08, entregando a sociedade uma
viatura marca Toyota avaliada em 1.400,00.

No dia 10, Augusto Pires realizou a sua quota entregando a sociedade os seguintes
elementos patrimoniais afectos a sua actividade comercial:

 Dinheiro depositado no BIM………….…………………………… 350,00


 Diversos bens adquiridos e destinados a venda…………………….750,00
 Um computador…………………………………. ………………… 2.000,00
 Dinheiro emprestado no BIM, a reembolsar num prazo de um ano…. 900,00

N.B: As despesas de constituição da sociedade foram avaliadas em 200,00 e foram


pagas em numerário no dia 10 de Janeiro do mesmo ano.

Pretende-se:

a) Lançamentos de abertura de escrita no diário geral desta Sociedade.

b) Elaborar o Balanço inicial (Balanço analítico).

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 68


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação nº 02/4

O comerciante Ali Satar que se dedica a comercialização de televisores na cidade de


Quelimane, possuía em 30 de Maio de 2009, o seguinte património:

 Um edifício comercial …………………………………………. 35.000,00


 12 Televisores a 1.500,00 cada.
 Dinheiro depositado no BCI ……………………………………. 2.000,00.
 Divida a sociedade do sul, SA, pelo fornecimento de televisores ……16.000,00.
 Divida contraída no Barclays, reembolsável num prazo de 5 anos …….9.000,00.

Desejando ampliar a sua actividade comercial, associou-se ao comerciante Artur


Muanaco Uabure e em 05 de Junho de 2009 constituíram no cartório notarial de
Quelimane, uma sociedade por quotas com a firma Satar & Muanaco, Lda.

O capital, no montante de 60.000,00 foi subscrito em partes iguais pelos dois sócios, os
quais realizaram da seguinte forma:

No dia 07 de Junho do mesmo ano, Ali Satar transferiu o património que possuía em 30
de Maio de 2009, para a nova sociedade.

No mesmo dia Artur Muanaco Uabure transferiu para a nova sociedade os seguintes
elementos patrimoniais:

 Dinheiro no cofre ………………………………………1.000,00.


 Dinheiro depositado no BCI …………………………. 4.000,00.
 Uma viatura ……………………………………………. 34.000,00.

N.B: As despesas de constituição da sociedade foram avaliadas em 1.500,00 e foram


pagas no dia 07 de Junho por meio de cheque nº 475 S/BCI.

Pretende-se:

a) Lançamentos de abertura de escrita no diário geral da sociedade.

b) Elaborar o Balanço inicial (Balanço analítico).

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 69


Contabilidade Geral

2.2 Abertura de Escrita das Sociedades Anónimas.

Sociedades Anónimas são aquelas cujo capital se encontra representado e dividido em


acções e a responsabilidade de cada sócio (accionista) é limitada ao valor das suas
acções.

Neste tipo de sociedades o termo final da firma é S.A.

Acções são títulos de crédito representativos de uma parte do capital das sociedades
anónimas.

Ao constituir-se uma sociedade anónima, faz-se abertura de escrita.

No momento da constituição de uma sociedade anónima, há a considerar três


momentos:

 Emissão de acções;
 Subscrição das acções;
 Realização do capital

1. Emissão de acções – este é o momento em que se emitem as acções ficando estas em


poder dos sócios fundadores ou colocadas a disposição do público.

2. Subscrição das acções – este é o momento em que os sócios assumem o


compromisso de entrarem para a sociedade com um determinado número de acções.

3. Realização do Capital – este é o momento em que os sócios (accionistas) pagam as


acções subscritas.

No momento de emissão das acções para serem colocadas em poder do público, há a


considerar o valor com que a acção é emitida (valor de emissão) e o valor nominal da
mesma (valor que se encontra escrito no título de crédito). Por tanto;

 Valor de Emissão é o valor com que as acções são emitidas e colocadas em


poder do público.
 Valor Nominal é o valor que se encontra escrito no próprio título de crédito.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 70


Contabilidade Geral

Da comparação destes valores podem resultar três situações, nomeadamente:

 Acções ao Par – quando o valor de emissão é igual ao valor nominal.


 Acções acima do Par – quando o valor de emissão é superior ao valor nominal.
 Acções abaixo do Par – quando o valor de emissão é inferior ao valor nominal.

N.B: A diferença entre o valor de emissão e o valor nominal designa-se Prémio de


emissão.

Em regra geral, não se pode emitir acções abaixo do par, porque isto significaria que é
um projecto á partida sem sucesso.

Formas de subscrição das acções

A subscrição das acções pode ser:

 Particular ou Privada – quando todas acções são integralmente subscritas e


realizadas pelos sócios (accionistas) fundadores.
 Pública – aquela em que qualquer pessoa pode subscrever uma ou mais acções.

Quando o número das acções subscritas for inferior ao número das acções emitidas, os
sócios fundadores devem requerer o cancelamento provisório do registo da sociedade ou
podem desistir da constituição da mesma.

Para efeitos de abertura de escrita, na fase de emissão e de subscrição de acções


efectua-se único lançamento:

4.5 OUTROS DEVEDORES

4.5.2 Subscritores de capital

Nome dos subscritores

a 5.1 CAPITAL

P/ emissão e subscrição de … acções de … cada para a constituição da sociedade …

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 71


Contabilidade Geral

No caso de o valor de subscrição ser superior em relação ao valor nominal das acções,
efectua-se o seguinte lançamento:

4.5 OUTROS DEVEDORES

4.5.2 Subscritores de capital …………………….(Valor de emissão + Prémio de emissão)

Nome dos subscritores

a 5.1 CAPITAL………………………………………………………..….(Valor nominal)

a 5.4 PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES OU QUOTAS…………. ( Prémio de emissão)

P/ emissão e subscrição de … acções de … cada para a constituição da sociedade …

Os lançamentos referentes a fase de realização efectuam-se em função dos elementos


patrimoniais que cada sócio (accionista) entrega para aquisição das acções.

Geralmente neste tipo de sociedades, os que entregam elementos patrimoniais Activos e


Passivos são os sócios (accionistas) fundadores. Os outros sócios (accionistas) nesta
fase de realização adquirem as acções por meio de valores monetários e esta aquisição é
feita numa instituição bancária ou numa bolsa de valores.

N.B: Nesta fase de realização, Debitam-se as contas em que estão registados elementos
patrimoniais do activo (contas do activo) e Creditam-se as contas em que estão
registados elementos patrimoniais do passivo (contas do passivo), e também Credita-se
a conta 4.5 OUTROS DEVEDORES com a subconta 4.5.2 subscritores de capital.

Para os sócios (accionistas) que adquirem as acções via banco e bolsa de valores,
Debita-se a conta 1.2 BANCOS e a sua respectiva subconta, e Credita-se a conta 4.5
OUTROS DEVEDORES com a subconta 4.5.2 subscritores de capital.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 72


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 01/5

Em 15 de Janeiro de 2010 constituiu-se no cartório notarial da Beira uma sociedade


anónima com a designação Sociedade do Centro, S.A com um capital de 100.000,00,
subdividido em 1000 acções de valor nominal de 100,00.

Todas as acções foram assim subscritas pelos sócios (Accionistas) fundadores:

 Marito Mário………. 100 Acções.


 Alaiz Marcelino.…….200 Acções.
 Edrisse Jafar………...300 Acções.
 Tânia Simão ………. 400 Acções.

Para a liberação das suas acções, em 25 de Janeiro do mesmo ano os sócios Marito
Mário e Alaiz Marcelino entregaram valores em numerário.

No mesmo dia, os sócios Edrisse Jafar e Tânia Simão realizaram as suas acções por
meio de transferência Bancária para o BIM.

As despesas de constituição da sociedade foram avaliadas em 2.500,00 e o pagamento


foi feito no dia 26 de Janeiro por meio de cheque no 0001 S/BIM.

Pretende-se:

Lançamentos de abertura de escrita no diário geral desta sociedade.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 73


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 02/6

Foi constituída no dia 7 de Agosto de 2009 por escritura pública no cartório notarial da
cidade de Lichinga, a sociedade anónima com a firma Electrodomésticos Comercial SA,
com um capital de 15.000.000,00 representado por 15.000 acções de igual valor.

Os sócios fundadores Artur João e Mauro Marinho subscreveram 3.000 acções e 2.500
acções respectivamente segundo o seu valor nominal.

No dia 12 do mesmo mês, as restantes Acções foram colocadas em poder do público e


estas foram subscritas a 1.100,00 cada, pelos seguintes sócios:

 Lucas Luciano…………. 25% das Acções.


 Fernando Pires……………...60% das Acções.
 Carlos Silva……………. As restantes Acções.

No dia 15 d Agosto do mesmo ano, o sócio Artur João para liberar o valor subscrito
transferiu os seguintes elementos patrimoniais para a sociedade:

 Um edifício Comercial……………………………………………. 200.000,00


 Empréstimo contraído no BCI a reembolsar num prazo de 3 anos … 30.000,00
 Quatro viaturas avaliadas em …………………………………....….800.000,00
 60 Congeladores a 5.000,00 cada.
 Dinheiro depositado no BIM………………………………………..1.750.000,00

No dia seguinte, o sócio Mauro Marinho entregou os elementos patrimoniais abaixo:

 Numerário em cofre………75% do valor das acções por ele subscrito.


 Numerário depositado no BIM…… O restante valor das suas acções subscritas.

Os restantes sócios pagaram as suas acções subscritas no dia 20 de Agosto, por meio de
transferência bancária para o BIM.

No dia 21 do mesmo mês foram pagas as despesas de constituição da sociedade


avaliadas em 7.250,00, por meio de uma transferência bancária.

Pretende-se:

Lançamentos de abertura de escrita no diário geral desta sociedade.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 74


Contabilidade Geral

Capitulo VI: TRABALHO DO FIM DO EXERCÍCIO ECONÓMICO.

Chama-se Trabalho do Fim de Exercício, ao conjunto de actividades ou operações


constituídas por (elaboração do balancete de verificação do mês de Dezembro,
inventario do património, regularização das contas, elaboração do balancete rectificado,
apuramento de resultados, elaboração do balancete e do balanço final, do mapa de
demonstração de resultados e encerramento de contas) realizadas no final do exercício
ou período económico.

Objectivo do trabalho do fim do exercício

O objectivo do trabalho do fim do exercício é apuramento do resultado final duma


empresa.

O resultado duma empresa é a diferença entre rendimentos e gastos.

O resultado pode ser:

 Positivo (lucro), quando os rendimentos são superiores aos gastos.


 Negativo (prejuízo), quando os rendimentos são inferiores aos gastos.
 Nulo, quando os rendimentos são iguais aos gastos.

N.B: Este último é raro de ocorrer, na medida em que dificilmente os rendimentos duma
empresa podem ser iguais aos gastos.

Fases do trabalho do fim do exercício

O Trabalho do fim do exercício obedece nove fases, nomeadamente:

1ª Elaboração do balancete de verificação do mês de Dezembro;

2ª Inventariação do património;

3ª Regularização de contas;

4ª Elaboração do balancete rectificado;

5ª Apuramento de resultados;

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 75


Contabilidade Geral

6ª Elaboração do balancete final;

7ª Elaboração do balanço final;

8ª Elaboração do mapa de demonstração de resultados;

9ª Enceramento de contas;

1ª Fase: Elaboração do balancete de verificação do mês de Dezembro.

Este balancete obtêm-se apartir dos registos efectuados nos livros contabilísticos da
empresa.

2ª Fase: Inventário do património.

Para certificar se o valor contabilístico das contas coincide com o valor real dos bens,
direitos e obrigações, é necessário efectuar-se um inventário geral.

Na prática, um inventário geral é formado por vários inventários parciais,


nomeadamente: inventario dos meios financeiros (valores em caixas e em contas
bancárias), inventario das existências, dos débitos, dos créditos, dos activos tangíveis e
intangíveis.

Todos estes inventários parciais têm por objectivo verificar se o saldo contabilístico
coincide com a realidade de cada elemento patrimonial.

3ª Fase: Regularização das contas.

No final do exercício económico, verifica-se a não coincidência do saldo de algumas


contas com os dados do inventário. Quando isso se notar, é necessário efectuar-se a
regularização.

A regularização das contas tem por objectivos adequar os saldos das contas a sua
realidade.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 76


Contabilidade Geral

Para a regularização das contas efectuam-se lançamentos designados Lançamentos de


regularização.

Os lançamentos de regularização mais frequentes são os resultantes de:

 Ocorrência de valores a menos ou a mais em caixas;


 Quebras de inventários ou sobras das mesmas;
 Registo de amortizações;
 Registo de constituição de provisões;
 Registo de despesas de consumo de agua, energia e outras respeitantes ao
exercício económico em curso mas que ainda não foram pagas.

Durante o processo de regularização de contas, movimenta-se com frequência a conta


4.9 Acréscimos e Diferimentos.

A conta 4.9 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS, destina-se a registar os gastos e os


rendimentos nos respectivos períodos a que dizem respeito.

No final do exercício económico, geralmente verifica-se o seguinte:

1.Gastos respeitantes ao exercício económico, cujo pagamento e contabilização se


efectua no exercício económico seguinte (acréscimos de gastos).

Designam-se Acréscimos de Gastos, os gastos relativos ao período em curso, os quais


serão pagos e contabilizados nos períodos seguintes.

Ex: Consumo de água, energia, etc., no fim do exercício económico em curso a serem
pagos no ano seguinte.

Assim, na fase de regularização de contas, Debita-se a respectiva conta de gastos e


perdas, e Credita-se a conta 4.9 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTO, com a subconta 4.9.1
acréscimo de gastos.

2. Gastos pagos e registados no exercício económico em curso, mas que os mesmos não
dizem respeito a este exercício (gastos diferidos).

Designam-se Gastos Diferidos, os gastos pagos e contabilizados no período em curso,


mas que dizem respeito a períodos seguintes.

Ex: Pagamento de renda do mês de Janeiro do ano seguinte, etc.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 77


Contabilidade Geral

Assim, durante o processo de regularização de contas, Debita-se a conta


4.9ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS, com a subconta 4.9.4 Gastos diferidos, e Credita-
se a respectiva conta de gastos e perdas em que os mesmos haviam sido registados.

3. Verifica-se rendimentos respeitantes ao exercício económico em curso, mas que os


mesmos serão recebidos no exercício económico seguinte (acréscimos de rendimentos).

Designam-se Acréscimos de Rendimentos, os rendimentos que dizem respeito ao


período em curso, mas que apenas irão ser recebidos e contabilizados nos períodos
seguintes.

Ex: Renda de um imóvel referente ao mês de Dezembro, a ser recebida no ano seguinte,
etc.

Na fase de regularização de contas, Debita-se a conta 4.9 ACRÉSCIMOS


EDIFERIMENTOS, com a subconta 4.9.3 Acréscimos de rendimentos, e Credita-se a
respectiva conta de rendimentos e ganhos.

4. Rendimentos recebidos e contabilizados no exercício económico em curso, mas que


os mesmos dizem respeito ao exercício seguinte (rendimentos diferidos).

Designam-se Rendimentos Diferidos, os rendimentos recebidos e contabilizados no


período em curso, mas que dizem respeito a períodos seguintes.

Ex: Renda de um imóvel referente ao ano seguinte, recebida no exercício económico em


curso, etc.

Na fase de regularização de contas, Debita-se a respectiva conta de proveitos e Credita-


se a conta 4.9 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS com a subconta 4.9.2 rendimentos
diferidos.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 78


Contabilidade Geral

4ª Fase: Balancete Rectificado

Após a regularização das contas, elabora-se um balancete para verificar se os registos


foram devidamente efectuados. Este balancete chama-se Balancete rectificado ou do
inventario. Este Balancete é designado Balancete de inventário porque os valores que
constam neste balancete coincidem com os valores do inventário.

Este balancete é elaborado com base nos dados do balancete de verificação do mês de
Dezembro e nos dados obtidos na fase de regularização de contas.

5ª Fase: Apuramento do Resultado.

Nesta fase, faz-se transferência do saldo das contas da classe 6 (Gastos e Perdas) e da
classe 7 (Rendimentos e Ganhos), para as contas da classe 8 (Contas de Resultados). A
transferência é feita por meio de lançamentos designados lançamentos de apuramento
de resultados.

Nos lançamentos de apuramento de resultados, as contas da classe 6 (gastos e perdas)


são Creditadas com os seus respectivos saldos, em contrapartida de contas da classe 8
(contas de resultados). As contas da classe 7 (rendimentos e ganhos) são Debitadas com
os seus respectivos saldos, em contrapartida de contas da classe 8 (contas de resultados).

O Apuramento de resultados é feito em fases:

1ª Apuram-se os resultados operacionais;

2ª Apuram-se os resultados financeiros;

3ª Apuram-se os resultados correntes;

4ª Apura-se o resultado líquido do período;

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 79


Contabilidade Geral

1. Lançamentos referentes ao apuramento dos resultados operacionais

8.1 RESULTADOS OPERACIONAIS

a 6.1 CUSTO DOS INVENTÁRIOS

a 6.2 GASTOS COM O PESSOAL

a 6.3 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS

a 6.8 OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS

P/ transferência dos gastos e perdas operacionais

7.1 VENDAS

7.2 PRESTAÇAO DE SERVIÇOS

7.6 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS

a 8.1 RESULTADOS OPERACIONAIS

P/ transferência dos rendimentos e ganhos operacionais

___________________ _______________________

2. Lançamentos referentes ao apuramento dos resultados financeiros.

8.2 RESULTADOS FINANCEIROS

a 6.9 GASTOS E PERDAS FINANCEIROS

P/ transferência dos gastos e perdas financeiros

7.8 RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS

a 8.2 RESULTADOS FINANCEIROS

P/ transferência dos rendimentos e ganhos financeiros

3. Apuramento dos resultados correntes

Para o apuramento dos resultados correntes, transferem-se os saldos das contas 8.1
RESULTADOS OPERACIONAIS e 8.2 RESULTADOS FINANCEIROS para a conta
8.3 RESULTADOS CORRENTES.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 80


Contabilidade Geral

4. Apuramento do resultado líquido do período

Para o apuramento do resultado liquido do período, transferem-se os saldos das contas


8.3 RESULTADOS CORRENTES E 8.5 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO para
a conta 8.8 RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO.

Se o Saldo da conta 8.8 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODOfor Devedor, significa


que a empresa tem prejuízo e se o Saldo for Credor, a empresa tem lucro.

O saldo da conta 8.8 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO é Devedor, ou seja, a


empresa tem Prejuízo quando os Gastos e Perdas são superiores aos Rendimentos e
Ganhos.

O saldo da conta 8.8 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO é Credor, ou seja, a


empresa tem Lucro quando os Gastos e Perdas são inferiores aos Rendimentos e
Ganhos.

N.B: Ao se efectuar transferência do saldo de uma conta de resultados para outra, se o


saldo é devedor, regista-se a débito noutra conta e se o saldo é credor, regista-se a
crédito.

6ª Fase: Balancete final

Após os lançamentos de apuramento de resultados, elabora-se um novo balancete


(Balancete final), onde todas as contas da classe 6 (Gastos e Perdas), da classe 7
(Rendimentos e Ganhos) e as contas de resultados “excepto a conta 8.8 RESULTADO
LIQUIDO DO PERÍODO” aparecem saldadas, ou seja, aparecem com saldo nulo.

O Balancete final elabora-se com base nos dados do balancete rectificado e nos dados
obtidos nos lançamentos de apuramento de resultados.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 81


Contabilidade Geral

7ª Fase: Balanço Final

Este balanço elabora-se apartir das contas que apresentam saldo no Balancete final

8ª Fase: Mapa de Demonstração de Resultados

O Mapa de demonstração de resultados é um documento contabilístico que mostra a


formação do resultado obtido pela empresa.

No mapa de demonstração de resultados são apenas registadas as contas da classe 6


(Gastos e Perdas), as da classe 7 (Rendimentos e Ganhos) e as de Resultados.

Geralmente Mapa de Demonstração de Resultados elabora-se com base nos dados


obtidos nos lançamentos de apuramento de resultados.

9ª Fase: Encerramento de Contas

O encerramento das contas é feito apartir das contas que figuram no Balanço Final,
através de um lançamento da 4ª formula onde são Debitadas todas as contas do Passivo
e as de Capital Próprio; e são Creditadas todas as contas do Activo pelos respectivos
valores.

Para iniciar-se os registos contabilísticos no exercício económico seguinte, faz-se a


reabertura de contas e aplicação de resultados.

Reabertura de Contas

A reabertura de contas é um processo inverso ao de encerramento e é feito no inicio do


exercício económico.

Para o efeito, são Debitadas todas as contas que no encerramento apresentavam saldo
devedor (Contas do Activo), são Creditadas todas contas que no encerramento
apresentavam saldo credor (Contas do Passivo e de Capital Próprio).

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 82


Contabilidade Geral

Aplicação de Resultados

A aplicação de resultados é normalmente feita no inicio do exercício económico, de


acordo com a deliberação da assembleia geral de sócios (no caso de sociedades) ou da
decisão do proprietário (em caso de empresas singulares).

A Parte do resultado líquido do período que não for aplicado, é transferido para a conta
5.9 RESULTADOS TRANSITADOS.

Exercício de aplicação no 01

A empresa Nova Visão tem a sua sede na cidade de Tete e dedica-se a comercialização
de vestuário. Da consulta efectuada na sua contabilidade no final do mês de Dezembro
de 2013, obteve-se a seguinte informação.

Balancete de verificação da empresa Nova Visão, em 30 de Dezembro de 2013.

Código Contas Débito Crédito Saldos


das Devedor Credor
Contas
1.1 CAIXA 22.500,00 5.700,00 16.800,00 ….
1.2 BANCOS 90.000,00 8.220,00 81.780,00 ….
2.1 COMPRAS 12.000,00 …. 12.000,00 ….
2.2 MERCADORIAS 10.000,00 …. 10.000,00 ….
3.2 ACTIVOS TANGIVEIS 40.000,00 …. 40.000,00 ….
4.1 CLIENTES 10.000,00 2.500,00 7.500,00 ….
4.2 FORNECEDORES 8.520,00 13.800,00 …. 5.280,00
4.3 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS …. 84.200,00 …. 84.200,00
4.4 ESTADO 1.000,00 1.000,00 …. ….
5.1 CAPITAL …. 63.000,00 …. 63.000,00
6.2 GASTOS COM O PESSOAL 4.000,00 …. 4.000,00 ….
6.3 FORNEC. E S. DE TERCEIR 400,00 …. 400,00 ….
7.1 VENDAS …. 20.000,00 …. 20.000,00
TOTAL 198.420,00 198.420,00 172.480,00 172. 480,00

O inventário efectuado no fim do mês de Dezembro forneceu a seguinte informação:

 Da contagem efectuada ao valor em cofre foi encontrado 16.500,00 e a diferença


verificada não foi responsabilizada ao tesoureiro.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 83


Contabilidade Geral

 As mercadorias em armazém foram avaliadas em 10.300,00. A empresa usa o


sistema de inventário intermitente na valorização das suas existências.
 Os juros de depósito bancário do exercício económico ainda por receber estão
avaliados em 8.000,00.
 A renda do armazém no valor de 300,00 já foi paga e é referente a 01 de
Dezembro de 2013 a 28 de Fevereiro de 2014.

Pretende-se:

Trabalho do fim de exercício económico, tendo em conta:

a) Regularização das contas no diário geral e passagem dos lançamentos para razões
esquemáticos.

b) Balancete Rectificado.

c) Lançamentos de apuramento de resultados no diário geral e passagem para razões


esquemáticos.

d) A empresa tem lucro ou prejuízo? Justifique a tua resposta, sem se esquecer de


referenciar o valor do lucro ou do prejuízo.

e) Balancete final.

f) Balanço final.

g) Mapa de demonstração de resultados.

h) Encerramento das contas.

N.B: Antes dos lançamentos de regularização no diário geral, o último lançamento foi
no 20. Se a sociedade tem lucro considere que o imposto previsto é de 32%.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 84


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 02

A empresa Gama, Lda, tem a sua sede na cidade de Mocuba e dedica-se a


comercialização de electrodomésticos.

Em 30 de Dezembro de 2011, extraiu-se na sua contabilidade a seguinte informação:

Balancete de verificação da empresa Gama, Lda, em 30 de Dezembro de 2011

Código Contas Débito Crédito Saldos


das Devedor Credor
Contas
1.1 CAIXA 734.200,00 694.000,00 40.200,00 -
1.2 BANCOS 823.871,00 247.471,00 576.400,00 -
2.1 COMPRAS 551.240,00 - 551.240,00 -
2.2 MERCADORIAS 619.000,00 - 619.000,00 -
3.2 ACTIVOS TANGÍVEIS 1.100.000,00 - 1.100.000,00 -
3.3 ACTIVOS INTANGIVEIS 210.000,00 - 210.000,00 -
3.8 AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS - 509.000,00 - 509.000,00
4.1 CLIENTES 310.000,00 160.000,00 150.000,00 -
4.2 FORNECEDORES 168.000,00 278.000,00 - 110.000,00
4.3 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS - 200.000,00 - 200.000,00
4.4 ESTADO 25.090,00 45.890,00 - 20.800,00
4.5 OUTROS DEVEDORES 122.000,00 82.000,00 40.000,00 -
5.1 CAPITAL - 1.000.000,00 - 1.000.000,00
5.9 RESULTADOS TRANSITADOS - 262.040,00 - 262.040,00
6.2 GASTOS COM O PESSOAL 251.400,00 - 251.400,00 -
6.3 FORNECIMENTOS. E SERV. DE TERCEIR 175.000,00 - 175.000,00 -
6.8 OUTROS GAST. E PERD. OPERACIO. 98.600,00 - 98.600,00 -
6.9 GASTOS E PERDAS FINANCEIROS 105.000,00 - 105.000,00 -
7.1 VENDAS - 928.000,00 - 928.000,00
7.2 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - 322.000,00 - 322.000,00
7.6 OUTROS RENDIM. E GANH. OPERACION - 280.000,00 - 280.000,00
7.8 RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIR. - 285.000,00 - 285.000,00
TOTAL 5.293.401,00 5.293.401,00 3.916.840,00 3.916.840,00

O inventário efectuado no fim do exercício económico forneceu os seguintes dados:

1. Em Caixa existem 35.200,00. A diferença verificada não foi responsabilizada ao


tesoureiro.

2. A mercadoria existente no armazém está avaliada em 470.240,00. Na movimentação


de mercadorias a empresa usa o sistema de inventário periódico.

3. Os Activos tangíveis são amortizados a taxa de 10% e os Activos intangíveis a taxa


de 20%.

4. Os juros de depósitos respeitantes ao ano, ainda por receber, são no valor de


33.000,00.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 85


Contabilidade Geral

N.B: As amortizações acumuladas que constam no Balancete de verificação são de


Activos Tangíveis. O imposto previsto e que incide sobre o rendimento é de 32%.

Pretende-se:

Trabalho do fim de exercício, tendo em conta:

a) Regularização das contas no diário geral e passagem dos lançamentos para razão
esquemático.

b) Balancete Rectificado.

c) Lançamentos de apuramento de resultados no diário geral e passagem para razão


esquemático.

d) A empresa tem lucro ou prejuízo? Justifique a tua resposta, sem se esquecer de


referenciar o valor do lucro ou do prejuízo.

e) Balancete final.

f) Balanço final.

g) Mapa de demonstração de resultados.

h) Encerramento das contas.

N.B: Antes dos lançamentos de regularização no diário geral, o último lançamento foi
no 60. Se a sociedade tem lucro considere que o imposto previsto é de 32%.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 86


Contabilidade Geral

Exercício de aplicação no 03

A Sociedade Lopes & Morais, Lda, tem a sua sede na cidade da Beira, e dedica-se a
comercialização de material de construção.

Da consulta efectuada na sua contabilidade no final do mês de Dezembro, obteve-se a


informação abaixo.

Balancete de verificação da Sociedade Lopes & Morais, Lda, em 31 de Dezembro de


2010

Código Contas Debito Crédito Saldos


das Devedor Credor
Contas
1.1 CAIXA 5.200.000,00 5.070.000,00 130.000,00 -
1.2 BANCOS 10.600.000,00 10.200.000,00 400.000,00 -
2.1 COMPRAS 62.000.000,00 2.000.000,00 60.000.000,00 -
2.2 MERCADORIAS 7.500.000,00 - 7.500.000,00 -
3.2 ACTIVOS TANGÍVEIS 2.000.000,00 - 2.000.000,00 -
3.8 AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS - 500.000,00 - 500.000,00
4.1 CLIENTES 6.570.000,00 4.000.000,00 2.570.000,00 -
4.2 FORNECEDORES 9.800.000,00 12.400.000,00 - 2.600.000,00
4.3 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS - 1.500.000,00 - 1.500.000,00
4.4 ESTADO 100.000,00 350.000,00 - 250.000,00
5.1 CAPITAL - 6.000.000,00 - 6.000.000,00
5.5 RESERVAS - 400.000,00 - 400.000,00
6.2 GASTOS COM O PESSOAL 5.500.000,00 - 5.500.000,00 -
6.3 FORNECIMENTOS. E SERV. DE TERC 4.800.000,00 200.000,00 4.600.000,00 -
6.8 OUTROS GAST. E PERD. OPERACION. 20.000,00 - 20.000,00 -
6.9 GASTOS E PERDAS FINANCEIROS 800.000,00 - 800.000,00 -
7.1 VENDAS 1.000.000,00 73.000.000,00 - 72.000.000,00
7.6 OUTROS RENDIM. E GANH. OPERACI - 70.000,00 - 70.000,00
7.8 RENDIMENTOS E GANHOS FINANC - 200.000,00 - 200.000,00
TOTAL 115.890.000,00 115.890.000,00 83.520.000,00 83.520.000,00

O inventário efectuado no final do exercício económico forneceu a seguinte informação:

1. Após a contagem do valor em caixa, constatou-se que havia 135.000,00.

2. Por lapso encontra-se por registar a compra a prazo de um computador no


estabelecimento comercial da Sociedade do Norte, S.A, no valor de 1.000.000,00
(Factura no 472 da Sociedade do Norte, S.A).

3. Ficou por pagar e contabilizar o consumo de água do mês de Dezembro, no valor de


10.000,00.

4. Os juros suportados por causa do financiamento no valor de 600.000,00 já foram


contabilizados e referem-se ao período de 01 de Dezembro de 2010 á 30 de Novembro
de 2011.

5. A empresa resolveu constituir uma provisão para dívidas de cobrança duvidosa no


valor de 100.000,00.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 87


Contabilidade Geral

6. Os activos tangíveis deverão ser amortizados de acordo com a seguinte informação:

Activos Tangíveis Valor de aquisição Taxa de Amortização


Equipamento básico 1.000.000,00 20%
Equipamento de transporte 2.000.000,00 25%

7. Na movimentação de mercadorias a Sociedade Lopes & Morais, Lda, usa o sistema


de inventário periódico ou intermitente e pelo inventário efectuado as mercadorias
foram avaliadas em 6.000.000,00.

8. O saldo de 60.000.000,00 da conta 2.1 Compras revela o montante gasto na aquisição


de mercadorias.

Pretende-se:

Trabalho do fim de exercício, tendo em conta:

a) Regularização das contas no diário geral desta Sociedade, tendo em conta que o
último lançamento efectuado no seu diário geral é no 25, e passagem dos lançamentos
para razão esquemático.

b) Balancete Rectificado.

c) Lançamentos de apuramento de resultados no diário geral e passagem para razão


esquemático.

d) A empresa tem lucro ou prejuízo? Justifique a tua resposta, sem se esquecer de


referenciar o valor do lucro ou do prejuízo.

e) Balancete final.

f) Balanço final.

g) Mapa de demonstração de resultados.

h) Encerramento das contas.

N.B: Antes dos lançamentos de regularização no diário geral, o último lançamento foi
no 25. Se a sociedade tem lucro considere que o imposto previsto é de 32%.

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 88


Contabilidade Geral

FIM do 2º Semestre

Bibliografia Recomendada.

 BORGES, António; RODRIGUES, Azevedo e RODRIGUES, Rogério.


Elementos de Contabilidade Geral. 17a Edição. Lisboa. 2000.

 DA SILVA, Hélder Viegas & MATOS, Maria Adelaide. Técnicas de


organização empresarial. Lisboa. 1997.

 LOUSÃ, Aires; PEREIRA, Paula Aires; LAMBERT, Raul; LOUSÃ, Mário


Dias; Contabilidade geral e analítica, Nível 3, Porto, Porto editora, 2010

 LOUSÃ, Aires; PEREIRA, Paula Aires e LAMBERT, Raul. Técnicas de


Organização empresarial. 2a Edição, Lisboa 2009.

 PGC (Plano Geral de Contabilidade). Sistema de Contabilidade para o sector


empresarial em Moçambique. S/Ed. 2009

Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 89

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