O anel mágico um pedido e obrigaram o irmão a executá-lo
na frente deles. Acabaram descobrindo
Há muito tempo atrás, nas terras do
Oriente, havia um rei muito justo e poderoso.
Ele tinha três filhos moços e precisava
decidir a quem deixaria o trono e todas as
suas riquezas.
Certa vez, o velho rei teve um sonho
estranho que se repetiu três vezes.
Intrigado, o rei preparou uma caravana com
vinte soldados e, acompanhado pelos seus
três filhos, seguiu para o lugar indicado pela
voz de seus sonhos, o monte Tauros.
Chegando ao portal indicado, os soldados
cavaram a terra e encontraram uma grande
escadaria. O rei desceu sozinho e,
passando por galerias e corredores, chegou
a numa sala maravilhosa com a estátua de
uma linda mulher bem no centro do
aposento.
Como por encanto, a estátua abriu
os olhos, retirou o anel do dedo e,
entregando ao rei, mandou que o colocasse
no chão. A estátua fechou os olhos e
desapareceu. O rei colocou o anel no chão
e no mesmo instante apareceu um gênio
que lhe disse:
__Por ser um homem bom e justo, a
estátua o recompensou com este anel. Para
chamar-me, deverá sempre colocá-lo no
chão. Para ficar invisível, precisará colocar
o anel dentro da boca. E para derrotar
qualquer inimigo, deverá usá-lo no dedo
diariamente.
O gênio desapareceu. Ao subir a
escadaria de volta, ele colocou o anel na
boca e, invisível, ouviu a conversa dos
filhos. O mais novo chorava, mas os outros
dois só estavam preocupados com a riqueza
que iriam encontrar. Então o rei tirou o anel
da boca e saiu do túnel dizendo aos filhos
que não tinha encontrado nada.
Chegando ao palácio pediu ao
gênio, em segredo, que transferisse toda a
riqueza daquele lugar para uma torre do
palácio.
O tempo foi passando e o rei, já bem
idoso, ficou doente. Antes de morrer
entregou o trono ao filho mais velho e a
herança para o filho do meio.
Noutro momento, o filho mais novo
recebeu o anel mágico e, após explicar seus
usos e que deveria guardar o segredo, o rei
morreu.
O tempo passou e a vida voltou ao
normal. Casim ajudava os dois irmãos mais
velhos como podia mas, numa dessas
vezes, despertou a cobiça dos irmãos que
para descobrirem seu segredo, fizeram uma
armadilha. No meio de um banquete fizeram
sobre o anel mágico.
Bem no momento que tramavam
para roubar Casim, uma serva ouviu e
avisou ao príncipe que decepcionado, pediu
ao gênio para levá-lo para bem longe.
Ao amanhecer, o jovem já estava
numa praça de um reino bem distante e,
com a ajuda do gênio, logo arrumou um
palacete para morar.
Um dia, ao passear pelo jardim de
seu palácio, viu e serva chorando e,
compadecido, quis ajudá-la. A mulher
explicou que seu filho havia sido
assassinado por uma princesa muito bonita
mais perversa só porque queria se casar
com ela.
O jovem horrorizado com a
crueldade da moça quis dar-lhe uma bela
lição. Foi até o pai desta princesa para pedi-
la em casamento. O califa mandou avisar a
filha que apareceu de arco e flechas. Queria
acabar com o príncipe sozinha. O príncipe
aceitou o desafio e foram todos para a
arena. Com a ajuda do gênio, o jovem
venceu a princesa que chorava de raiva.
Após o casamento, Casin herdou do sogro o
trono daquele país e tornou-se rei.
Enquanto isso, a princesa planejava
uma maneira de matar o marido. Alertado
por uma escrava, Casin mandou prender a
esposa para sempre num dos aposentos do
castelo, e acabou casando com a criada,
com quem teve muitos filhos, e foi muito
feliz.
( Adaptado do texto de Eunice Braido da
Coleção 1001 Noites – Editora FTD)
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· Vocabulário:
a) cobiça - Desejo desmedido pelo poder,
dinheiro, bens materiais, glórias
etc. Ambição.
b) califa – Califa era o título que se atribuía
ao chefe supremo do Império Árabe.
Possuía vários poderes relacionados à
justiça, economia, ações militares e ações
religiosas.
c) arena - espaço circular, coberto de areia
e fechado, onde se realizavam combates,
touradas e outros espetáculos.
d) Oriente - lado do horizonte onde nasce
o sol. Lado do planeta Terra onde se
encontram os países do continente
asiático.
e) caravana: grupo de veículos,
mercadores ou viajantes que viajam
juntos.
f) intrigado: curioso, desconfiado.