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Roberto Coelho - Contigo aprendi a intensidade e o valor da con-
sagração, Pr.
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APRESENTAÇÃO
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Estou certo de que você, caro leitor, está diante de um livro que
se faz grande pela grandiosidade das palavras nele escritas e pela
ousadia de se enfrentar a angústia de se declarar e apontar a nossa
influência.
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INTRODUÇÃO
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sobre as muralhas e treinar valentes para encarar os gigantes. Naque-
la manhã marcante, com mais de 250 jovens naquele lugar, cantamos
uma canção chamada “Enfrentarei”, da banda Quatro por um. Durante
esse intenso momento, ministramos sobre a restauração dos sonhos
e, sem dúvida, foi um divisor de águas para todos nós que estávamos
naquela chácara.
Início
Desde os nove anos de idade tive que lidar com muitas situações
que me entrincheiraram para um iminente desespero. Sou filho único,
e não conheci meu pai. Até aos 9 anos de idade, fui criado pela minha
mãe e meu avô, numa cidade bem pequena do interior do estado. Em
1992, meu avô faleceu e coube à minha mãe cumprir o papel de mãe
e de pai. Éramos de uma família bem simples. Meus tios já moravam
em Goiânia, e levávamos uma vida muito difícil, com inúmeras priva-
ções, sobrevivendo com um pouco mais que o básico.
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Havia naquela escola um grupo de jovens chamado Grupo Familiar
Estudantil vinculado, na época, à Comunidade Evangélica Sara Nossa
Terra, e alguns colegas da minha sala já participavam do grupo aos
sábados à noite. Nunca havia me interessado por aquilo; meus planos
em Goiânia eram outros completamente diferentes, até que, em um
sábado, depois de muita insistência de um amigo chamado Gilberto,
fui com meus primos ao tal grupo de jovens. Naquele momento do
trabalho, eram pouco mais de 20 jovens, mas o calor, o amor e a aten-
ção com que nos receberam foi algo fantástico; nunca me esquecerei
daquela noite. Deus estava ali e falou comigo dizendo, por detrás de
mim, quando passei pelo portão da escola: “Você achou o que estava
procurando”. Não sabia bem que voz era aquela, pois era completa-
mente desinteressado por um relacionamento com Deus.
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tâncias, de enfrentar os gigantes, de romper obstáculos da crise e
florescer no deserto, não quero dar a ideia de que o homem seja
capaz de alguma coisa tão poderosa, pois ele não é capaz de gerar
absolutamente nada por si. Contudo, a maravilhosa graça do Senhor
nos dá asas para alçar voos quando descemos do penhasco mais alto.
O Senhor simplesmente usa momentos assim para manifestar seu fa-
vor imerecido em nossas vidas. Digo mais, essas asas que nos fazem
alçar voos além das montanhas e nos levantam nos vales e nas rochas
escalpadas sãoa própria graça do Senhor Jesus. O que se espera de
cada um de nós é tornar essa graça cada vez mais real em nossas vi-
das. A graça pode e deve ser multiplicada em nossa experiência diária
para que as realidades secas que passamos sejam oportunidades do
céu para essa graça se manifestar abundantemente sobre nós.
Transformadores de realidades
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chegar do outro lado, atravessar o mar, derrubar gigantes, romper
barreiras, ver as montanhas se moverem, vencer as dificuldades e
prosperar na crise são mensagens que aquecem meu coração. E o
que dizer dos sonhos realizados em meio às crises? Eles ganham o
real sabor de conquista ao passarem por esse crivo de dificuldades.
Nossa! São inúmeras as oportunidades que temos de experimentar o
poder de Deus em circunstâncias agudas e espinhosas na carreira fé.
Isso precisa fazer parte de nós como se fosse conosco em todo lugar,
por exemplo: eu gosto muito de jogar futebole, quando jogo com os
amigos, gosto sempre de enfrentar times fortes. Nunca penso que
o outro time é “a panelinha” ou “a seleção”. Se o time é forte, preciso
correr e me desgastar mais. Quando saio do campo, ainda que tenha
perdido aquela partida, saio com a camisa molhada de suor e com a
sensação de que dei tudo de mim. Sempre penso que Deus extrai o
melhor de nós quando enfrentamos grandes desafios; sempre penso
que posso vencer todas as coisas em Deus.
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o prisma do céu, não vendo somente o que todos veem, mas vendo
o que ninguém mais vê.
Esse livro é um incentivo para que você não desistir das conquis-
tas que Deus tem para sua vida. Veja as dificuldades e os desafios
sob uma nova ótica, pois para termos grandes conquistas, as crises-
são, muitas vezes, essenciais. Incentivo você a não fugir delas, pois,
fazendo assim, pode estar se afastando dos sonhos extraordinários
que Deus reservou para você. Seu sucesso dependerá de como você
enfrentará seus desafios.
O que posso analisar é que muitos não sabem que as crises de sua
vida poderão ajudá-los a realizar seus sonhos. As lutas, as dificulda-
des, os desertos e as crises da vida não são inimigas, mas contribuem
para a realização dos mais profundos sonhos do nosso coração.
Meu desafio é para você ler cada uma dessas mensagens e inundar
seu peito de entusiasmo, fé, visão alargada e coragem. Se sinta desa-
fiado, encorajado e despertado para a grandeza. Vá brilhar! Vá ven-
cer! Derrube o velho inimigo chamado mediocridade. Isso pode até
parecer com o desejo de exaltar o favoritismo ou o mérito humano,
mas, pelo contrário, quero exaltar a graça de Deus que nos levanta
nos momentos mais improváveis e imerecidos de nossa história. Por
isso, lhe digo: não desista, pois desistir é muito fácil para qualquer
pessoa; tenha coragem de viver intensamente a vida que Deus es-
creveu para você. Como sabemos, o mundo sempre nos dará opor-
tunidades de desistir. Não se esqueça de que é somente no enten-
dimento do mundo que “desistir” se chamaráoportunidade. Portanto,
não desista até ver sua realidade trans-
formada. Lembre-se de que não chega- Nada nem
mos ao fim quando algo ou alguém diz
que é o fim, mas somente quando nós ninguém podem
mesmos dizemos que é o fim. Richard nos manter
Nixon disse: “Um homem não está aca-
bado quando sofre uma derrota, mas sim caídos a menos
quando desiste.” Assim, podemos con- que tomamos a
cluir que as circunstâncias não podem
formatar nossas vidas. Nada nem nin- decisão de não se
guém podem nos manter caídos a me- levantar mais.
nos que tomamos a decisão de não se
levantar mais.
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Um dos traços mais comuns nas pessoas bem sucedidas é o fato
de que elas venceram a tentação de desistir. Quantos valentes de
Deus se viram em pontos de crise nos desertos, nas cavernas, nas
prisões, nos vales, nas montanhas
em profunda solidão, empalidecidos, Um dos traços mais
perplexos em meio às perseguições
e, ainda assim, prevaleceram? Esse comuns nas pessoas
é o time em que jogamos, esse é o bem sucedidas é
exército em que fomos alistados para o fato de que elas
engrossarmos suas fileiras. Uma das
grandes formas de dar uma chance venceram a tentação
ao que você possui de melhor é se de desistir.
levantar quando for a nocaute.
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me firmou nas minhas alturas. Ele adestrou as minhas mãos
para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um
arco de bronze. Também me deste o escudo da tua salvação,
a tua direita me susteve, e a tua clemência me engrandeceu.
Alargaste sob meus passos o caminho, e os meus pés não va-
cilaram. Persegui os meus inimigos, e os alcancei, e só voltei
depois de haver dado cabo deles. Esmaguei-os a tal ponto,
que não puderam levantar-se; caíram sob meus pés”. Salmos
18:29-38
Nascemos para viver, e não para nos preparar para viver. Em que
lugar você estava há 15, 20 ou 25 anos atrás? Como você era? Quem
eram seus amigos? Quais eram seus sonhos e suas esperanças? Se
alguém lhe encontrasse e lhe fizesse a
seguinte pergunta: “Onde você deseja Nascemos para
estar nos próximos dez, quinze ou vinte viver, e não para
anos, o que teria respondido? Será que
você ocupa hoje o lugar que sonhava nos preparar para
ocupar naquela época?” Uma década viver.
passa muito rápido, não é mesmo?
Entretanto, mais importante que ter olhos para a janela dos anos
que se passaram, enxergando o que passou, é abrir os olhos diante
das janelas do que ainda virá. Nosso Deus tem pensamentos de paz a
nosso respeito. Vejamos o que está escrito em Jeremias 29:11
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melhor para mim? Como vou me posicionar de agora em diante? O
que é importante para mim nesse exato momento? O que será impor-
tante para mim a longo prazo? O que posso fazer hoje para moldar o
futuro que tanto anseio? Daqui a dez anos você certamente estará
lá. Mas, a questão mais importante é saber onde você vai estar, que
tipo de pessoa terá se tornado, como estará vivendo e qual será sua
contribuição para transformar o mundo. Esse é um momento propí-
cio para projetar esse futuro, e não depois que as coisas passarem.
Fico sempre intrigado ao pensar que se eu pudesse fazer uma viagem
para o meu futuro, daqui a dez ou quinze anos, e contemplasse esse
futuro, será que ficaria satisfeito? E você, ficará satisfeito com o seu?
Seu futuro lhe trará deleite ou perturbação?
Por causa das situações difíceis que passei na infância, minha ado-
lescência, bem como parte de minha juventude, fui forçado a lidar
com decisões. Em muitas situações me senti só. Nem sempre contei
com um mentor vitorioso, e não tinha um referencial dentro de casa
que me treinasse para o sucesso. Sem contar que era um adolescen-
te confuso, tímido e sem objetivos definidos. Mesmo depois de me
tornar um filho de Deus, situações complicadas me entrincheiraram
para dias de densas trevas e, por isso, me encontrava muitas vezes
sem rumo. Todavia, em meio a essas crises existenciais, aprendi a
tomar decisões que trouxeram transformações radicais em minha
caminhada. Uma das mais importantes foi, sem dúvida, ter um com-
promisso sério com a Palavra de Deus, me separar em santidade para
minha esposa, selecionar que tipo de amigos queria ao meu redor.
Meu líder sempre dizia: “Se você quiser ser um leão, ande com leões; e
se quiser ser uma águia, voe com as águias”.
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vida passivamente e assistem a passagem das circunstâncias da vida
de braços cruzados. Deus não nos fez robôs, marionetes ou objetos
guiados por um controle remoto. Deus aguarda por nossas ações. O
Senhor nos deu o poder de tomar decisões e temos de tomá-las da
melhor forma possível.
Tudo o que acontece em nossas vidas, seja aquilo que nos emo-
ciona ou que nos desafia, começa com uma decisão. Acredito que é
nos momentos de decisão que nosso destino é moldado. As decisões
que você está tomando hoje, nesse instante, todos os dias, moldarão
como se sente agora, e também quem será nos anos seguintes.
Mais que qualquer outra coisa, acredito que são nossas decisões,
e não as condições de nossa vida, que determinam nosso futuro.
Todos nós sabemos que há pessoas que nascem com vantagens,
sejam: genéticas, financeiras, ambientais, familiares ou de relacio-
namentos. Todavia, conhecemos pessoalmente, bem como lemos a
respeito ou ouvimos falar de pessoas que, contra todas possibilida-
des, se projetaram além dos limites de suas condições ao tomarem
novas decisões sobre o que fazer com suas vidas. Essas pessoas se
tornaram exemplos desse poder dado por Deus ao homem, tomar
decisões. Precisamos assumir o controle de nossa mente e vontade,
induzindo-as a pensar e tomar decisões, pois asrealidades são trans-
formadas mediante nossas decisões, e são as decisões em tempos
difíceis nos projetam a ser modelos inspiradores de pessoas que mu-
dam épocas e tempos.
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desses modelos inspiradores. Mas, como? Tomando decisões com sa-
bedoria. Decisões que nos projetarão para uma realidade emergente,
o futuro poderoso que tanto desejamos. Se você não tomar decisões
sobre como vai viver, responder a Deus, então já tomou uma deci-
são, concorda? Se assim for, já se decidiu ser dirigido pelo ambiente,
em vez de moldar sua própria realidade. Pode ser que, no meio de
um turbilhão de problemas, você tome a decisão mais importante
de sua vida; uma decisão que irá afetar toda sua história. Por isso,
precisamos estar atentos à voz de Deus, pois nesses momentos de
grandes decisões recebemos poderosas revelações do Pai. Se você se
recordar, foi na prisão em Filipos que Paulo e Silas tomaram a decisão
de louvar ao Senhor à meia noite. Eles estavam presos em uma con-
dição extremamente desfavorável; uma realidade escura e indigesta.
A decisão deles poderia ser a de murmurar e esbravejar que estavam
fazendo a obra e se achavam naquela condição. Mas eles não fizeram
isso, a história registra que: “de repente sobreveio um terremoto, os ali-
cerces do cárcere se moveram e as portas se abriram e foram soltas as
prisões de todos”. Atos16:26
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ou pequena — começa com uma decisão. São as escolhas e não a
sorte que determinam o seu futuro. Existem inúmeras pessoas que
passam pela vida sem saber o que querem. Existem momentos em
que precisamos escolher com firmeza o curso que seguiremos, ou os
incansáveis ventos das circunstâncias tomarão as decisões em nosso
lugar.
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A apatia e a procrastinção são males que o ser humano enfrenta e
atitudes que possuem automaticamente, nem sequer caem em ten-
tação. Não há tentação para a procrastinação.
Josué nos encoraja “Escolham hoje a quem irão servir [...]” (Js
24:15). Não deixe para decidir amanhã o que precisa ser decidido
hoje. Nada é tão extenuante e fútil quanto a indecisão. Não o que
temos, mas o que usamos; não o que vemos, mas o que escolhemos.
Essas são as realidades que frustram ou abençoam a felicidade hu-
mana. Lembre-se de que você não é o tipo de pessoa que está sem-
pre em cima do muro ou no meio da estrada, porque ficar no meio
da estrada é a pior maneira de se avançar. Decida-se hoje a favor de
seu sonho. Infelizmente, a maioria das pessoas não faz isso por estar
demasiadamente ocupada a inventar desculpas.
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Transformar as ou o que aconteceu no passado que
determina o que você se tornará. Ao
realidades significa contrário, são suas decisões sobre
que, se não houver o que será seu foco, qual o real va-
um caminho lor das coisas e o que fará em meio
às circunstâncias que determinarão
definido, Deus criará aonde vai chegar. Transformar as re-
um para você passar alidades significa que, se não houver
e chegar do outro um caminho definido, Deus criará um
para você passar e chegar do outro
lado. lado.
Existe algo para você começar que está destinado para você
terminar
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Os desertos, os vales, as montanhas, as tempestades, a aridez, a
sequidão, a esterilidade, as muralhas, as barreiras, as fortalezas e os
gigantes são termos que a Bíblia usa para mostrar as realidades que
se opõem ao plano de Deus para seus filhos. Contudo, todas elas
podem e devem ser mudadas e, se você crer, serão mudadas. A crise,
a recessão, o desequilíbrio, o desemprego, a instabilidade emocional,
a contenção drástica de despesas, a falta de perspectiva, os sonhos
entulhados nos poços profundos da incredulidade ou enterrados no
deserto escaldante são situações que serão completamente trans-
formadas em nossas vidas se crermos. Ufa! Mesmo diante das águas
turvas de oposições, onde não vemos saídas naturais, estaremos
triunfantes se posicionarmos em fé diante de Deus.
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perança, sentir o cheiro da batalha, ouvir a voz do estímulo e desejar
entrar imediatamente em ação. Quando o problema bate à sua porta,
qual pergunta você faz ao Pai: Por quê? Ou, para que?
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nosso destino; pode ser apenas o nosso caminho para algo maior. O
que fazer quando na hora em que você se vê encurralado pela crise?
Infelizmente, alguns ficam petrificados, assistindo passivos à doloro-
sa marcha da crise, aceitando inertemente a decretação da derrota.
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coração. Pode parecer absurdo e até contraditório, mas assim como
uma pilha precisa de um polo positivo e outro negativo para produzir
energia, podemos dizer que as vitórias são o nosso polo positivo e
as crises são o polo negativo que produzem a energia da nossa vida.
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“O deserto se alegrará, e crescerão flores nas terras secas;
cheio de flores, o deserto cantará de alegria... Então os cegos
verão, e os surdos ouvidos; os aleijados pularão e dançarão, e
os mudos cantarão de alegria. Pois fontes brotarão no deser-
to, e rios correrão pelas terras secas. Os lugares onde agora
vivem os animais do deserto virarão brejos onde crescerão ta-
bocas e juncos”. Isaías 35:1-2, 5-7
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Muitos não reagem mais diante das adversidades. São pessoas
anestesiadas, com a esperança morta e sonhos sepultados na cova
das impossibilidades. Em um momento ou noutro da vida cruzamos
os vales escuros e perigosos. Uns sucumbem, outros triunfam diante
das mesmas circunstâncias. Talvez você esteja atravessando um pe-
ríodo de crise, seja financeira, familiar, ministerial, na liderança, ou
mesmo na área dos sentimentos. Como você tem reagido diante des-
sas crises?A crise é uma encruzilhada, uma bifurcação na rota da vida.
Podemos fazer dela uma porta para os horizontes largos do triunfo
ou podemos descer através dela aos vales mais sombrios do fracasso.
A crise pode ser a porta da esperança ou o calabouço do desespero.
A história está crivada de exemplos de homens que plantaram no
deserto, enfrentaram a crise e triunfaram em tempos de adversidade.
Esses improváveis enxergaram oportunidades inéditas para semear
num solo batido. Quando estamos no deserto das impossibilidades,
precisamos nos tornar especialistas em derrotar crises. A grandeza de
um homem está no fato de que, quando todos estão colocando o pé
na estrada do fracasso, ele vislumbra o chão do progresso. O vence-
dor é um visionário. Não podemos olhar para aquilo que o deserto é,
mas par aquilo que ele pode transformar-se. Desafie-se a ver a vida
pelas lentes do otimismo. O futuro não é filho do acaso; é criado por
homens de visão. O vencedor, que transforma realidades consegue
contemplar o que ninguém mais vê.
Ele enxerga por sobre os ombros de Crises preparam
gigantes. Todos estão mergulhados pessoas improváveis
no problema, ele está contemplando
a solução. Crises preparam pessoas para feitos
improváveis para feitos extraordiná- extraordinários.
rios.
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perimentá-lo. Fique sempre muito atento à sua imaginação. O que
nos consola é o fato de as coisas visíveis serem temporais, e as invi-
síveis serem eternas. A mente cria leões em nosso caminho, e de um
modo muito fácil! E como sofremos, caso não nos façamos de surdo
às suas tolices e sugestões?
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mais pessoas que se preocupam com o futuro do que as pessoas que
se preparam para ele. A preocupação é um fino córrego a escoar pela
mente. Se a alimentarmos, ela acabará rompendo em um canal atra-
vés do qual todos os outros pensamentos serão drenados. Qualquer
um de nós pode perfeitamente ficar nervoso, mas devemos nos con-
trolar. O medo é sempre gerado em sua mente.
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que fará, já estabeleceu um limite para o que pode fazer. Nunca diga
a um jovem que algo não pode feito.
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“Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de
uma terra seca...” Isaías 53.2
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de fome e seca. Nessa fase, temos a oportunidade de fincar nos-
sas raízes em lugares mais profundos em Deus. Desfrutar das fontes
inesgotáveis do Eterno. Dos lugares mais fundos captamos essa água
sustentadora e, assim, transformamos a realidade de sequidão e es-
cassez que nos assola. Em tempos assim, nosso Pai de amor deseja
desligar nossa tomada das fontes naturais e plugar-nos à fonte ines-
gotável do céu.
Mas, viver a partir “de uma terra seca” significa algo mais. Signifi-
ca que nada meramente circunstancial pode destruir-nos. Nenhuma
seca pode mirrar as delicadas plantas de Deus. Em meio a condições
infrutíferas, a até hostis, Seus filhos são chamados para ser “mais que
vencedores” (Rm 8:37). A vida deles é o próprio Cristo. Os filhos de
Deus fazem do lugar ceco, um lugar de florescimento e frutificação.
Por que? Porque desfrutam de sua verdadeira fonte de vida e recur-
sos.
Nós também somos como essa raiz de uma terra seca que cresce e
se mantém no meio do deserto árido. Essa planta só pode prevalecer
porque, certamente, suas raízes se alimentam da água mais profunda,
de um lençol mais profundo, não visto por olhos humanos. Essa plan-
ta não é sustentada por nada externo e circunstancial, mas por águas
profundas. Uma fonte segura e profunda está sustentando aquela ár-
vore. Qual é a fonte da nossa vida? De onde nossas raízes se alimen-
tam? Quando enfrentamos situações adversas, é fundamental que
nossas raízes estejam fincadas no solo firme do amor de Deus e que
elas sejam alimentadas pelo rio de Deus, abaixo da superfície. Esse
lugar mais profundo é além daquilo que nosso olhar natural alcança.
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muitos, frente às adversidades da vida abdicam do chamado, sepul-
tam seus sonhos e sucumbem em meio ao deserto. Nesse capítulo
quero enfatizar a questão crucial para transformadores de realidades:
o relacionamento com o Pai, a fonte de nossa vida.
Cada vez que passava por momentos adversos, ele tendia a retro-
ceder, fugir. Faltava o dinheiro, então ele sumia. Era tentado, desapa-
recia das reuniões. Diante disso, ele deixou de acreditar que tinha um
chamado de Deus. Esse foi o ponto chave de nossa conversa. Disse a
ele: você não está sabendo prevalecer em meio aos problemas. Sem-
pre que a crise vem, você cai.
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nós vivemos pontos de crise em que não sabemos se prosseguimos,
se vamos para a direita, para esquerda ou retrocedemos. Em muitos
momentos da vida cristã, o ar fica poluído por uma densa nuvem de
descrença. A mídia despeja todos os dias no porão da nossa mente
cansada uma enxurrada de informações arrancadas dos abismos mais
profundos das tragédias humanas. A trombeta do caos ecoa em nos-
sos ouvidos, nessa hora desacreditamos do chamado de Deus, per-
demos a esperança, descremos da unção e um dia nos foi transferida
pelos servos do Senhor que nos lideram.
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ouvir a voz de Deus. Entretanto, muitos de nós, quando os recursos
se esgotam, deixamos a busca pela presença de Deus sempre para
depois. Ao invés de ouvimos a voz de Deus em meio a tantas vozes,
somos impedidos de entender claramente o que Deus deseja de nós.
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Não entre em pânico
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verdade do que isto. Embora seja natural fazermos perguntas como
estas, ficar obcecado por elas acaba com a nossa vontade de confiar
em Deus. Tudo isso está intimamente ligado à natureza de Deus, pre-
cisamos responder em alto e bom tom bíblico. Não entre em pânico,
se veja em Cristo, justificado pelo Seu sangue precioso. Medite no
que a palavra do Senhor diz sobre Sua fidelidade em tempos difíceis.
Jesus disse que jamais estaríamos só. É normal ficarmos perplexos,
mas é destrutivo nos sentirmos desamparados.Diante de tantas in-
quietações, tantas perguntas perturbadoras e tantos exemplos de
fracassos à sua volta, somente a voz e as promessas de Deus po-
dem trazer alento para você. Invariavelmente todas as vozes da terra
anunciam a falência dos seus sonhos. Você precisa se alimentar das
promessas de Deus, beber do leite genuíno da verdade que jorra dos
mananciais do Senhor. Isaque experimentou a presença consoladora
do Senhor com ele. Deus disse a ele: “Permaneça nesta terra e eu es-
tarei com você” (Gn 26:3). Quando a crise bate à porta da nossa vida,
a primeira coisa que perdemos é a consciência da presença de Deus.
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separá-lo d’Ele. Permita que o invencível amor de Deus expulse para
longe todo o seu medo.
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coração (Dt 8:2). O deserto diagnostica os desígnios do coração e as
motivações profundas da alma. Confiar em tempos de prosperidade
é fácil. Somos chamados a crer em tempos de crise. Você e eu somos
convocados a crer mesmo que o cenário à nossa volta esteja parda-
cento como um deserto.
Eu amo o salmo 27, faço desse texto sempre uma fonte poderosa
de meditação e confissão em tempos de adversidades. Davi diz:
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No verso 5, ele diz: “Pois, no dia da adversidade, ele me ocultará no
seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me á
sobre uma rocha”.
E ainda no verso 14: “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifi-
que-se o teu coração; espera pois pelo Senhor”.
Em segundo lugar, ele não teme o calor e sua folha fica verde. Esse
é o retrato fiel de alguém que floresce em meio ao deserto. Essa sem
dúvida é a experiência da vida de ressurreição, pois nossa vida é o
Senhor.
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Bíblia dizer que o calor vem, bem como o ano de sequidão. Sim, esse
dia chega. O ano da sequidão chega para todos os filhos de Deus.
Mas, para aquele que tem sua provisão e suprimento no Senhor, seu
coração não se atemoriza. Essa é a minha experiência, é a sua experi-
ência. Quando esse ano de sequidão chega, parece que esquecemos
dos recursos que já possuímos em Cristo. Precisamos nessa fase da
vida, onde as circunstâncias buscam com todo ímpeto nos formatar
as condições de derrota, fazermos uso das riquezas insondáveis do
nosso Senhor.
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uma fonte para renovar nossa força e confiança no Senhor. Ela não
depende de situações ou de fatos externos para ser eficaz. Nestas
condições, muitos servos de Deus se tornam raquíticos na fé porque
deixam de se alimentar da Palavra. Não meditam, não confessam, não
a proclamam. Sendo assim, não é de se estranhar que esses irmãos
sucumbam ante as pressões da vida. Em Isaías 58:11, encontramos o
seguinte:
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Não é uma questão toda sabedoria para colocarmos tudo
na perspectiva correta.
de confissão
positiva, é uma No meditar e ruminar da Palavra de
questão de colisão Deus, o poder criativo do céu é libe-
da realidade do céu rado sobre nós. A palavra que trans-
forma, que cria a realidade, que muda,
com a realidade da que gera, que chama a existência e di-
terra. vide a história.
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Em meio às circunstâncias de pressões violentas, Deus nos supre
através do coração e braços de irmãos que são verdadeiras gotas de
esperança em nossas vidas. A Bíblia nos diz:
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cabeça, os pés, o peito, e a cintura; Ele também nos deu um escudo
e uma espada. Interessante notar que todas as proteções dizem res-
peito a parte da frente, nenhuma parte da armadura é para proteger
as costas.
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tar com a presença e conforto do Espírito Santo. Ele é o consolador
enviado por Jesus, e sua amizade é fundamental nesses tempos de
grande tribulação. O Espírito Santo é o Deus vivo caminhando co-
nosco nos momentos mais árduos de nossa jornada de fé. Ele cuida
e zela de seus amados, habitando em nossos corações, nos fazendo
seus a cada instante. Quanto mais percebermos sua presença e força
em nós, mais conseguiremos superar os tempos sombrios e as dificul-
dades postas em nosso caminho.
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pírito ao deserto, e ali também foi consolado e ajudado pelo mesmo
Espírito. Ele sabe suportar o deserto pelo qual passamos e, ao mesmo
tempo entende perfeita e completamente qual é a vontade de Deus
e de que maneira devemos orar.
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presença de Deus! Afinal de contas, um filho amado de Deus nunca
será separado d´Ele. Pelo contrário, mais do que nunca a presença de
Deus é o nosso lugar seguro no deserto. Lembre-se, um dos nossos
principais recursos no deserto é o conforto do Espírito Santo. Deus
está sempre conosco, nada nos separará do seu amor que está em
Cristo Jesus. No grande vazio do deserto podemos, na verdade, che-
gar a conhecer a Sua presença em dimensões novas e maiores.
Meu Deus, que promessa maravilhosa! Como pode ser isso? Como
pode o tempo mais vulnerável ser o tempo de maior proteção e so-
lidez? Exatamente porque “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro
bem presente nas tribulações” (Sl 46:1). A realidade dessa estação seca,
árida e infrutífera chamada deserto só pode ser alterada se fizermos
do Senhor a nossa fonte a jorrar e fortaleza a nos guardar. Em Salmos
84: 5-6 está escrito:
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transformadas à sua volta. Deus determinou que Sua presença es-
taria no meio do seu povo no meio do deserto. Ele estabeleceu sua
presença pessoal e permanente com Israel. Os hebreus celebravam a
festa dos Tabernáculos como um sinal dessa dádiva divina, a habita-
ção de Deus no meio deles.
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sânimo, por mais desanimado que se sinta, desperte-se para busca-
-Lo. Envolva-se no Seu amor e se apegue à Sua verdade. Não se trata
de fazer uma longa oração repetindo coisas vazias e sem sentido, mas
de ficar quieto na presença do Pai, mesmo que gemendo, o importan-
te é ouvi-lo. Saiba que você está completamente escondido em uma
fortaleza divina onde os elementos cru-
éis e demoníacos não podem penetrar.
O deserto é um
O deserto é um lugar inóspito, o tem- lugar inóspito,
po mais difícil para a alma humana. Toda- o tempo mais
via, ele pode se tornar a fonte do maior difícil para a alma
galardão espiritual. Quando observamos
a história de Israel, mesmo o momento humana.
que nosso Senhor esteve no deserto, foram tempos de grande pro-
visão do Pai. Deus mesmo abriu fontes inesgotáveis de águas e o
suprimento foi abundante. Na sabedoria de Deus, a vida surge da
morte, a glória do sofrimento e os mananciais do deserto. Tudo isso
acontece unicamente para que o Senhor seja glorificado. O Pai dese-
ja afastar de nossa vida qualquer possibilidade de vida que não seja
por meio do sobrenatural. Aquele que se atreve a ser moldado nos
lugares áridos terá tudo de Deus, a partir do momento que entregar
tudo a Ele. Em Isaías 41:18-20 podemos ver uma grande promessa
aos que passam por desertos:
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glória de Deus em nós, e nos faz canais humanos da vida divina. Veja
o que está posto em II Coríntios 4:7-11:
Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como po-
tes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence
a Deus e não a nós. Muitas vezes ficamos aflitos, mas não so-
mos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nun-
ca ficamos desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca
nos falta um amigo. Às vezes somos gravemente feridos, mas
não somos destruídos. Levamos sempre no nosso corpo mortal
a morte de Jesus para que também a vida dele seja vista no
nosso corpo. Durante a vida inteira estamos sempre em perigo
de morte por causa de Jesus, para que a vida dele seja vista
neste nosso corpo mortal. 2Coríntios 4:7-11
- 63 -
Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a
eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; é ele quem
muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis;
ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.
Daniel 2:21
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assim, gosto de aproveitar, ao máximo, todo o tempo para crescer.
Sempre oro pedindo a Deus a sabedoria para discernir onde estou,
como estou e para onde devo ir. Para crescermos, devemos ter a dis-
posição de aprender. O aprendizado é essencial para a vida humana,
pois ele nos tira de uma posição de inércia. Aquele que não aprende,
não cresce, fica estagnado para sempre às sombras de outros e à
mercê de qualquer um.
- 68 -
...mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido debaixo de lei. Gálatas 4:4
- 69 -
tempo certo. Nada se compara a caminhar com os olhos abertos, ou-
vidos desobstruídos e a percepção dos tempos de Deus bem aguça-
da em nosso coração. Se desejarmos romper com os condicionamen-
tos das realidades limitantes que nos cercam, precisamos discernir os
tempos de Deus.
- 70 -
sabemos, agua é boa, mas parada, dá dengue. Precisamos passar para
uma nova fase. Precisamos esquecer o passado e mirar no futuro.
Deus não deseja que sejamos objetos de observação arqueológica,
mas que sejamos relevantes no tempo que se chama hoje. A terra
está conectada com o céu, o que acontece aqui não é fruto do acaso,
nada ocorre em nossas vidas fora do que o céu determina. Tudo o
que precisamos fazer é nos sincronizar com o relógio celestial.
- 71 -
momento de nos visitar, mas se estivermos ocupados demais, não
experimentaremos essa visitação. É óbvio que já somos habitação de
Deus, somos templo do Espírito Santo, somos a casa de Deus. Toda-
via, é evidente que Deus deseja manifestar poderosamente sua glória
de forma prática no dia a dia de cada um de nós.
- 72 -
abrir as janelas para o próximo ciclo de Deus para nós. Deus apareceu
a Gideão e o tirou de um tempo de roubo, de destruição, de incre-
dulidade, de falta de visões, de falta de direção. Maravilhoso é o fato
de o Senhor assegurar a Gideão que estaria com ele durante todo
o processo de sua transformação de realidade. Essa maneira que o
Senhor se revela serviu para acalmar Gideão. Era Deus fazendo Gi-
deão inteiro de paz e segurança. Deus estava se confiando a Gideão,
rompendo os muros que os inimigos haviam colocado em seu povo
e consequentemente em sua própria fé. Em Juízes 6:11, está escrito:
- 73 -
Deus não se sujeita à realidade, mas O filho de Deus
cria a realidade. Esse é um tempo de
dividir as águas, deixar que o óleo de
não se sujeita à
alegria do céu venha e nos faça sonhar realidade, mas cria a
novamente. Deus se revela nos tem- realidade.
pos que vivemos, por isso os tempos
são importantes para as nossas experiências com o Senhor. É tempo
de quebrar a concordância com o deserto em nossas vidas. Passamos
por ele, mas não é nosso lugar!
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para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio
da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus.
- 75 -
po para isso. Seja um construtor de seu futuro! Envolva-se com algo
maior do que você. Deus ainda não teve ninguém qualificado traba-
lhando para Ele. Sejamos a mente por meio da qual Cristo pensa, o
coração por meio do qual ele ama, a voz pela qual ele fala, e as mãos
pelas quais Cristo ajuda.
Comece com o que você já tem e não com que ainda não tem. A
oportunidade está sempre onde você está, e nunca onde estava an-
tes. Para chegar a qualquer lugar você precisa partir de algum lugar
ou não chegará a lugar nenhum. Mas, exatamente nesse ponto de
crise eles deram uma resposta, do ponto que estavam e com aquilo
- 76 -
que já tinham. Ficamos estupefatos diante da missão que recebemos
porque aparentemente não temos os recursos, não temos pessoas,
não temos ferramentas, influência, acesso, treinamento adequado,
mas o nosso Deus providencia o que precisamos a partir do que já
temos.
A verdade é que você não pode saber do que é capaz até que ex-
perimente. O mais importante catalisador para tornar o seu sonho re-
alidade é começar de onde você está. Gosto de uma máxima que diz:
“Não posso fazer tudo; no entanto posso fazer alguma coisa; e, porque
- 77 -
não posso fazer tudo, não me recusarei a fazer a alguma coisa que posso.”
Compreender a plenitude do tempo de Deus é discernir o que tenho
hoje nas mãos e aonde estou. Entrar no tempo da oportunidade do
céu para nós, tem tudo a ver com extrair o melhor do tempo que se
chama hoje. O ontem está no túmulo, o amanhã está no ventre, mas
o agora está diante de nós como um presente a ser desembrulhado.
A plenitude do tempo para nós se chama hoje. Esse não é somente
um novo tempo, mas o melhor tempo. Que Deus nos abra os olhos
para abraçar as oportunidades do agora e definir em que realidade
espiritual iremos entrar amanhã. Gente que muda eras, realidades, e
faz história, usa o melhor que tem em seu alcance agora. Gostei do
que alguém certa vez disse: “Noé não esperou que um navio aparecesse
– ele construiu sua própria embarcação.” Milagres ocorrem à sua volta
todos os dias. Hoje já foi, um dia, o futuro em relação ao qual você
tanto nutria expectativas no passado. Hoje é o momento ideal para
se realizar. A sabedoria diz que precisamos, com toda gratidão, usu-
fruir o bem que encontramos no melhor do aqui e agora. Não permita
que o que está ao seu alcance hoje se perca por completo, porque a
sua atenção está voltada somente para o futuro e o passado o deixou
completamente abatido. Fazer o melhor neste momento o coloca no
melhor lugar para o momento seguinte.
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nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria”.
- 79 -
sintonizado com a agenda do céu hoje.
- 80 -
sabe sentar e esperar. Muitos sentam e sonham com o futuro, sem
notar que um pouco dele chega a cada instante. Todo dia carrega
consigo os seus próprios presentes. Desembrulhe-os.
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Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a pala-
vra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; e viu dois
barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo
desembarcado, lavavam as redes. Entrando em um dos bar-
cos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco
da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões.
Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e
lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão:
Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos,
mas sob a tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apa-
nharam grande quantidade de peixes; e rompiam –se -lhes as
redes. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro bar-
co, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos
os barcos, a ponto de quase irem a pique. Vendo isto, Simão
Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te
de mim, porque sou pecador. Pois, à vista da pesca que fize-
ram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus com-
panheiros, bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que
eram seus sócios. Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante
- 85 -
serás pescador de homens. E, arrastando eles os barcos sobre
a praia, deixando tudo, o seguiram. Lucas 5:1-11
Não podemos nos engajar em algo que não requeira de nós fé.
Não assuma algo que não lhe desafie a pedir as bênçãos dos céus.
Quanto à fé a grande questão não é o tamanho dela, mas em quem
a depositamos. Nosso sucesso não depende do que temos, mas de
quem temos. E, digo mais: depende de quais mãos nos sustentam.
Agarre essa aqui: Deus é por mim; Deus está comigo; e Deus está em
mim e Ele me ama incondicionalmente. Saiba que Deus é com você,
é por você e está em você. Acolha apenas aqueles pensamentos que
contribuem para que você seja bem-sucedido, aqueles que estão de
acordo com a Palavra de Deus e com a sua vontade para a sua vida.
Aqueles que ousam, fazem. Deus fez o mundo redondo, para que
não pudéssemos ver até onde vai a estrada. Quem não ousa realizar
nada não pode esperar receber nada. Algumas vezes é preciso avan-
çar apesar do medo, que, em nossa cabeça diz: “Dê meia volta”. Ao
mantermos Deus do lado de fora, confirmamos que alguma coisa está
errada do lado de dentro. O Senhor nunca permitirá que tenha que
- 86 -
enfrentar algo de que você e ele juntos não possam dar conta. Confie
em Deus e faça alguma coisa! Com que frequência você pergunta a
Deus: “O que o Senhor planeja fazer hoje? Posso participar disso?”
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fazer com ele, isso aqui é totalmente proposital. O ensinamento não
requer águas profundas; mas, depois vem a prática do ensinamento,
para a qual é necessário ir pro meio do lago, onde a água é mais pro-
funda.
- 88 -
vencemos ou aprendemos. Creio que no desenrolar desse processo
Deus nos dá: Desafios que exigem mudança de perspectiva, onde se
requer nossa disposição à obediência que nos levará a experiência.
Desafios
Os desafios que Deus nos faz sempre nos levam a crises que exi-
gem fé e ação.
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confiança que Ele está presente e agindo. Sua ação é proposital e visa
nos levar ao lugar mais profundo de experiência com sua glória.
Sua fé é aquilo que você crê e não aquilo que você sabe. É a fé, não
a razão, o que impulsiona o homem à ação. A inteligência se satisfaz
em apontar a estrada, mas nunca se dirige por ela. A fé é um guia
mais seguro do que a razão. A razão pode chegar até um certo ponto,
a fé não tem limites. A fé aciona o milagre. Ela é o instrumento para
a intervenção do céu em nossas vidas. A fé atrai Deus para nossa re-
- 90 -
alidade. A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que
não vemos, declara Hebreus 11:1
Mudança de perspectiva
- 91 -
podemos dizer que a perspectiva de Simão mudou, pois ele se moveu
sob a ordem de Jesus: “mas sob a tua palavra lançarei as redes”.
Mudança. Espero que essa palavra não o assuste; que, em vez dis-
so, o inspire. Um ser vivo se distingue de um morto pela multiplici-
dade de mudanças que ocorrem a todo instante com ele. A mudan-
ça é uma prova de vida. Nada pode se desenvolver sem mudanças.
Aqueles que não podem mudar de opinião não podem mudar nada.
A verdade é que a vida está sempre em algum ponto crítico, pronta
para enfrentar mudanças.
- 92 -
Para respondermos aos desafios de Deus, precisamos mudar nossa
maneira de enxergar as coisas. Não podemos vencê-los se os vemos
como ameaças. Deus os dá como oportunidades para irmos além de
nós mesmos e experimentar o que não experimentamos antes da
parte dEle. Como você enxerga os desafios da vida? Certamente, ao
dar aquela palavra a Pedro, Jesus estava trabalhando em sua vida, lhe
dando um novo ânimo, uma nova motivação, uma nova esperança e
uma nova perspectiva de que, por mais que a noite foi ruim, a manhã
traria consigo motivos de sobra para se alegrar.
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derá aos ajustes que faremos em nossa forma de pensar e agir. Você
não poderá ficar onde está e, ao mesmo tempo, ir para frente com
Deus. O trabalho de Deus é nos ajustar a Ele, sobretudo, em nossa
forma de ver as coisas. Jesus, ao dizer a Pedro “faze-te ao largo”, es-
tava trabalhando em sua visão e vendo a profundidade da obra que
realizaria nele e através dele. Decida mudar sua perspectiva hoje, saia
da praia onde sua visão está ofuscada pelo fracasso e derrota, vá com
Jesus para o mar profundo. Pense diferente e se mova diferente!
Jesus pediu a Simão que lançasse as redes para pescar. Ele de-
monstrou cansaço e indisposição, mas disse: ”Sobre a tua a palavra,
lançarei a rede”. Na língua original, há bastante ênfase neste ponto:
“Mestre, só vou fazê-lo porque é o Senhor que está mandando”.
Será por que Jesus pediu a Pedro para ir para o lugar mais profun-
do? Certamente era Deus o levando a um lugar onde não havia outra
possibilidade, senão o sobrenatural. Por que Jesus nos leva às águas
profundas para ensinar-nos obediência? Porque é um lugar de onde
não podemos voltar. Esse lugar era para o discípulo que recebeu o
desafio; mudou a perspectiva e agora estava diante dele: a hora da
verdadeera momento de obedecer.
- 94 -
chance, seremos tentados a voltar atrás. Por isso, Ele nos conduz a
lugares em nossa vida de onde não teremos saída, para que apren-
damos as lições práticas. A lição prática é a obediência. Nesse lugar
não restará outra alternativa, a não ser fazer o que Ele nos mandou,
mas também não terá como não experimentar do que Ele prometeu.
Muitos pensam que a obediência é cara, sim, ela custa muito para
você e aqueles que estão ao seu redor, mas, mais caro que isso é a
desobediência, esse preço nunca vale a pena pagar. Em quais áreas
da sua vida você percebe o Senhor hoje, falando contigo, dando-lhe
direção? Mova-se, obedeça-O naquilo que Ele tem lhe mandado para
esse novo tempo. Se Ele está dizendo: vamos ao lugar mais fundo,
ouse crer, vá, e entre na experiência.
- 95 -
Deus quer realizar no local onde estamos é mais importante do que
lhe dizer o que queremos fazer para Ele.
Pedro era pescador experiente, dedicava sua vida a isso. Mas na-
quele dia o Senhor dos céus e da terra, o que fez os mares e criou os
peixes entrou no seu barco. Penso que o milagre da grande pescaria
foi parte desse processo do chamado de Pedro para ser um pescador
de homens. Jesus deu um desafio a Pedro, mudou sua perspectiva,
instigou sua obediência e lhe deu uma experiência. Se quisermos en-
trar na experiência do profundo, nesse ano, temos que passar por
esse processo.
- 96 -
E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra
de Canaã. Estas são as gerações de Jacó. Sendo José de de-
zessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; sendo
ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de
Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia más notícias deles
a seu pai. E Israel amava a José mais do que a todos os seus
filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de
várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava
mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com
ele pacificamente.
- 99 -
sonho é este que tiveste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e
teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra? Seus irmãos,
pois, o invejavam; seu pai porém guardava este negócio no
seu coração. E seus irmãos foram apascentar o rebanho de
seu pai, junto de Siquém. Disse, pois, Israel a José: Não apas-
centam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-te-ei a
eles. E ele respondeu: Eis-me aqui. E ele lhe disse: Ora vai, vê
como estão teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me
resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom, e foi a Siquém.
E achou-o um homem, porque eis que andava errante pelo
campo, e perguntou-lhe o homem, dizendo: Que procuras? E
ele disse: Procuro meus irmãos; dize-me, peço-te, onde eles
apascentam. E disse aquele homem: Foram-se daqui; porque
ouvi-os dizer: Vamos a Dotã. José, pois, seguiu atrás de seus
irmãos, e achou-os em Dotã. E viram-no de longe e, antes
que chegasse a eles, conspiraram contra ele para o matarem.
E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor! Vinde,
pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas,
e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus
sonhos. E ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos, e disse:
Não lhe tiremos a vida. Também lhes disse Rúben: Não der-
rameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e
não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles
e para torná-lo a seu pai. E aconteceu que, chegando José a
seus irmãos, tiraram de José a sua túnica, a túnica de várias
cores, que trazia. E tomaram-no, e lançaram-no na cova; po-
rém a cova estava vazia, não havia água nela. Depois assen-
taram-se a comer pão; e levantaram os seus olhos, e olharam,
e eis que uma companhia de ismaelitas vinha de Gileade; e
seus camelos traziam especiarias e bálsamo e mirra, e iam
levá-los ao Egito. Então Judá disse aos seus irmãos: Que pro-
veito haverá que matemos a nosso irmão e escondamos o seu
sangue? Vinde e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja
nossa mão sobre ele; porque ele é nosso irmão, nossa carne. E
seus irmãos obedeceram. Passando, pois, os mercadores mi-
dianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José
por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram
José ao Egito. Voltando, pois, Rúben à cova, eis que José não
- 100 -
estava na cova; então rasgou as suas vestes. E voltou a seus
irmãos e disse: O menino não está; e eu aonde irei?
Ele era um dos filhos mais moços de uma família de doze irmãos. O
nome José significa “aquele que acrescenta”. Nasceu no velho oriente,
há cerca de 3600 anos, na cidade de Padã Harã, e seus pais eram Jacó
e Raquel. A plataforma da fama de José foi o Egito, lugar onde passou
toda sua vida até sua morte aos 110 anos de idade.
Podemos admitir que José era um filho “preferido” do pai. Jacó era
um próspero fazendeiro naquela altura, e seus filhos viviam de forma
semelhante aos jovens da boa sociedade daquela época. Nesse tem-
- 101 -
po, José começou a viver uma aventura incrível em sua vida.
Seus irmãos, que já tinham certa bronca com ele, ficaram muito
irritados na ocasião, a ponto de quase bateram em José nesse dia e
disseram:
Tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas
se inclinavam perante mim. Gênesis 37:9
Seus irmãos ficaram furiosos, pois isto era uma referência direta
ao fato de que o pai, a mãe e os onze irmãos se submeteriam a ele.
Desta vez, o seu pai reagiu repreendendo-o, mas por outro lado pen-
sou consigo que José poderia estar falando a verdade, pois se tratava
de um sonho profético.
Fundamentos de José
José tinha pelo menos dois alicerces bem sólidos na vida: o amor
que recebia dos seus pais e os valores que aprendera em sua família.
Dentre esses valores recebidos, José aprendeu logo cedo a reconhe-
- 102 -
cer a existência de Deus e a importância de se ter um relacionamento
com o Senhor. Isto proporcionava muita firmeza em sua vida e lhe
dava algumas convicções fortes a respeito do futuro. Realizadores,
desbravadores e transformadores de realidades precisam de uma
base sólida para seus empreendimentos na vida.
- 103 -
anos, pois o trabalho era muito pesado. Que coisa terrível! Que reali-
dade foi essa que se apresentou no caminho desse jovem sonhador?
Pouco tempo atrás, José havia sonhado que seria maior que toda
sua família, mas, de fato, tinha se tornado um escravo. Isto era depri-
mente e humilhante. Enquanto José seguia para o Egito, seus irmãos
seguiam para casa e alegariam para seu pai que José,provavelmente,
teria sido morto por um animal selvagem. Um abismo chama outro
abismo. Um erro chama outro erro. Após terem vendido o irmão, era
preciso inventar uma mentira para o pai, para encobrir seu erro. Con-
taram a mentira e o pai chorou profunda e amargamente, prometen-
do lamentar a perda de José pelo resto de sua vida.
Depois de uma longa viagem, José chegou ao Egito. Sem ter a mí-
nima noção do que ocorreria com ele ali, permaneceu firme em suas
bases. José confiava em Deus e acreditava nos sonhos que estavam
em seu coração. Ele não podia nem enfraquecer nem duvidar do Se-
nhor, pois se assim o fizesse, tudo realmente estaria completamen-
te acabado. Nosso sonhador não estava crendo em Deus por falta
de alternativas, mas porque desejava ser fiel e firme e sua fé. Deus
estava no total controle da situação na vida de José, tanto que ele
não foi trabalhar nas pirâmides, mas na casa de um homem poderoso
chamado Potifar.
- 104 -
conduta irrepreensível. Um tempo depois, Potifar entregou sua casa
para ser administrada por José.Em nenhum momento José perdeu
de vista seus valores e muito menos os ocultou diante de tamanho
vislumbre de oportunidades num
lugar em que seria os EUA de sua Transformadores de
época. A influência de José cresceu
enquanto o tempo foi passando. realidades captam as
Agora, seis anos depois, já aos 23 ações e soluções de
anos administrava a casa de Potifar Deus para um tempo
com confiança e coisas boas jorra-
vam dia após dia em sua vida. de crise.
A reviravolta
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cadeias que seus filhos são submetidos neste mundo. Foi assim na
história de Paulo e Silas na prisão em Filipos.
O sentimento de José era que ele estava mais forte do que nunca,
apesar de tudo do lado de fora estar contra ele. A prova disso era que,
mesmo na prisão, ele prosperava e era abençoado. Logo, José se tor-
nou chefe dos prisioneiros, com a estima do carcereiro e a aprovação
das autoridades. A vida daqueles homens começou a ser afeada pela
retidão e firmeza do coração de José. As oportunidades surgiram inu-
sitadamente e ele mostrou suas convicções. José transformou mo-
mentos de maldição em benção transbordante. José, desde o começo
de sua saga, foi afetado pelos “pesares”, ou seja, pelos “mas”que Deus
coloca na história daqueles que depositam sua confiança em seu po-
der. Apesar de tudo estar contra ele naquele momento, José se sentia
forte como nunca e ainda não havia deixado os sonhos que Deus
plantara em seu coração se desvanecer diante de seus olhos.
José recebeu as chaves das celas e passou a tomar conta dos pre-
sos. O padeiro e o copeiro do faraóeram companheiros na cela com
José e, certa noite, tiveram sonhos, cada qual com a sua significação,
como nos diz a Bíblia. José deu a cada um deles a interpretação de
seus sonhos, que se cumpriram rigorosamente conforme Ele havia
- 106 -
dito. O padeiro morreu e o copeiro foi elevado a uma posição de des-
taque no reino. José pediu que ele se lembrasse e o ajudasse quando
saísse da prisão, mas o copeiro esqueceu-se de José. Nosso herói
ficou esquecido na prisão por cerca de dois anos.
Sonhos e dores
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que a realização dos sonhos que Deus foi plantada em seu coração e
que as dores caminharam de mãos dadas a esse sonho. Ele foi traído
e odiado pelos irmãos, vendido como escravo, caluniado pela mulher
interesseira de seu patrão, além de sofrer dor e prisão. Em momento
algum nessa jornada, a firmeza de José se desfez. O cativeiro de José
durou dos 17 aos 30 anos de idade e, durante esse tempo, ele foi
acometido por situações incríveis.
Todos nós passamos por isto. Além de que essas situações são cí-
clicas e se repetem muitas vezes em nossas vidas. Verdade é que não
suportamos uma viagem inteira de turbulência, mas tais situações
- 108 -
não acontecerão uma vez só em nossa caminhada.
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humana do que as crises provocam em nossa vida e das possibili-
dades humanas de reação quando as dificuldades nos sobrevêm. A
dor e as realizações andam de mãos dadas na estrada dos sonhos de
Deus para nós. Nossas forças sucumbem ou podem ser poderosa-
mente renovadas em Deus ao vencermos as crises.
- 110 -
dias. Foi inevitável que as emoções se mostrassem naquele instante
quando José viu seus irmãos depois de quase vinte anos. Apesar de
eles o terem vendido como escravo, ele notou que seu coração não
estava carregado de ódio por eles. Certamente um filme passou na
mente de José, mas foi início da compreensão de que os sonhos de
Deus para sua vida estavam se cumprindo.
Coragem
- 111 -
Ao responder nossa oração, o Senhor nos colocará em ação. A re-
alidade de José foi transformada, agora ele transformaria a realidade
de sua família.
- 112 -
com poucos empregados. Mas toda esta coragem foi produzida pelo
sofrimento. Foi o sofrimento que tornou José um valente.
Perdão
Após vários encontros com seus irmãos, sem que eles o reconhe-
cessem e sem que José se desse a conhecer, ele não suportou mais e
se revelou a eles num momento de forte emoção. Imaginemos o que
se passou na mente dos irmãos de José. Agora ele era o governador
do Egito, único lugar em toda região onde havia comida, ele tinha o
poder de mandar até matar quem ele quisesse e ainda conhecia toda
a trama de traição que eles haviam preparado, primeiro para mata-lo
e depois para vendê-lo como escravo. Mesmo o mais inocente de
seus irmãos poderia ter pensado naquele momento que todos fos-
sem morrer pelas mãos de José.
- 113 -
subordinados matar ou mesmo castigar seus irmãos, se o quisesse,
mas ele não fez isso. Mas José aguardou o momento certo, deixou o
assunto amadurecer em seu coração para o tempo exato do reencon-
tro. Segundo, quando e revelou a seus irmãos, ele chorou, e fez isso
tão alto que seu choro foi ouvido à distância. Terceiro, quando José
se revelou aos seus irmãos, de imediato, ele quebrou o medo deles
dizendo: “Não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para
cá, pois foi para a conservação da vida que Deus me enviou adiante de
vocês. Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos
não haverá cultivo nem colheita. Mas Deus me enviou à frente de vocês
para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes a vida
com grande livramento”.
- 114 -
O perdão nos liberta da amargura e dá foca em nossa energia na
realização dos sonhos. Foi isso que permitiu José abençoar sua fa-
mília e literalmente salvá-la. Realidades dentro e fora de José foram
mudadas.
- 115 -
O deserto e o lugar solitário se alegrarão disto; e o ermo exul-
tará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá, e
também jubilará de alegria e cantará; a glória do Líbano se
lhe deu, a excelência do Carmelo e Sarom; eles verão a gló-
ria do Senhor, o esplendor do nosso Deus. Fortalecei as mãos
fracas, e firmai os joelhos trementes. Dizei aos turbados de
coração: Sede fortes, não temais; eis que o vosso Deus virá
com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salva-
rá. Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos
surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a
língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no de-
serto e ribeiros no ermo. E a terra seca se tornará em lagos, e
a terra sedenta em mananciais de águas; e nas habitações em
que jaziam os chacais haverá erva com canas e juncos. E ali
haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho
santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles;
os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão. Ali não
haverá leão, nem animal feroz subirá a ele, nem se achará
nele; porém só os remidos andarão por ele. E os resgatados
do Senhor voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna
haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e
deles fugirá a tristeza e o gemido. Isaías 35:1-10
- 119 -
Nesse texto maravilhoso da Palavra de Deus, podemos observar
uma mudança de fase em nossas vidas. Outrora, era comum no meio
evangélico o jargão, “sair do deserto”. Creio que crescemos e o convi-
te de Deus para nós não é mais que sair do deserto, mas transformar
o deserto à nossa volta, enchendo-o de vida.
- 120 -
Vemos na Bíblia inúmeras coisas improváveis brotando no meio
das trevas, aparecendo em momentos áridos e críticos da história
para fazer história. Moisés emergiu da sarça ardente para dizer ao
faraó: “deixa meu povo ir”. Era a voz de Deus ecoando na boca de um
improvável. Elias, o tesbita, aparece do nada e lidera Israel para um
avivamento no monte Carmelo. Gideão ganhou notoriedade quando
um anjo lhe aparece enquanto se escondia com medo dos midiani-
tas. Agora o deserto frio amedronta, atormenta e intimida você, mas
Deus fará surgir de seu interior um grande general que liderará as
tropas dos exércitos do Senhor nas grandes batalhas.
A porta aberta que João viu em Apocalipse 4:1, nos convida a en-
trar em uma dimensão celestial em que o governo de Deus agirá na
terra veementemente. Essa porta é uma transição da transformação
de uma realidade para outra. Deus deseja manifestar algo em nossas
vidas hoje, Ele mesmo orquestrou circunstâncias e arranjos sobrena-
turais para fazer realidades mudarem, sejam elas quais forem.
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Há inimigos e muitas oposições trabalhando contra nós. Todavia,
Precisamos estar prontos para a contrariedade. Podemos dizer que a
qualidade da nossa vida pode ser medida pela qualidade dos inimi-
gos que possuímos. Quanto mais cientes da unção que possuimos
para lidar com uma força espiritual dominante, maiores conquistas
obteremos. Inimigos, sim, é a maneira de Deus nos dizer que somos
perigosos no inferno. Tomara sejamos procurados naquele lugar. Os
crentes dos nossos dias pouco aceitam oposição, mas lembre-se de
que estamos marchando e militando em território inimigo.
Daniel teve a sua cova dos leões, a propósito, não foi comido por
que não tinha cheiro de carne. Elias teve a sua Jezabel e Davi teve
que se desviar das lanças de Saul. Deus está lhe fazendo mais forte
que seus inimigos. Os testes e desafios de Deus são como aquela
águia mãe que solta seus filhotes lá de cima do penhasco. Aquele
filhote desce um voo rasante, aparentemente para se chocar e se es-
borrachar na primeira rocha, mas a grande asa da águia mãe vem so-
bre ele e o apanha, levando-o de volta ao ninho em segurança. Esse
treinamento dura dias, mas um dia, o filhote sai e voa livremente pelo
céu e, lá de longe, ele avista uma cobra. Ele desce com força e con-
fiança, toma a presa em suas garras e a destroça para se alimentar.
Talvez você está encontrando seus limites agora, mas Deus sem-
pre tem a prática de nos esticar, afinal, Ele está mais comprometi-
do com nosso crescimento que com o nosso conforto. Nossas lutas
são um campo de treinamento. A fé não é medida somente pelo que
realizamos, mas pelo que suportamos! O céu nos dá o suporte que
precisamos para avançar para novos territórios. João Batista não se
dobrou no deserto, mas dobrou o deserto.
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que veremos daqui a pouco, pois somos reparadores de brechas, res-
tauradores de veredas, edificadores de antigas ruínas para que o país
se torne habitável. Você não é um termômetro, mas um termostato.
Não medimos a temperatura, mas a alteramos!
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messas podemos nos apropriar hoje e ver a glória de Deus mudando
a nossa realidade. Deus levará você para os mais altos montes para
contemplar e tocar nessas benditas promessas. O que Ele fará?
Dificuldades são meios pelos quais Deus nos conduz a vitórias re-
tumbantes. O deserto não era o destino do povo de Israel, mas sim
a terra prometida. Essa erra é a vida abundante no Espírito, onde as
águas torrenciais da presença de Deus fluem em nosso interior. Deus
tem essa terra abundante para nós, permita que isso tome cor diante
de seus olhos. Por pior que pareça a situação, por mais amarga que
seja a caminhada, por mais duro que seja o chão que você pisa, seu
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deserto florescerá. Não desista de esperar. Não pare de sonhar. Não
deixe de semear suas lágrimas e seu clamor em meio ao deserto, in-
vista no seu deserto pela fé. Deus fará água jorrar no ermo. Ponha
seus em Deus, seu coração nos princípios eternos da Palavra, seus
pés na estrada da obediência, e o milagre da multiplicação no deserto
se repetirá em sua vida. Escaldante, abrasador, árido e desanimador,
mas transponível pela vontade, misericórdia e fidelidade de Deus. Se
abra para conhecer esse maravilhoso milagre da graça de Deus.
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Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias
o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito, porque
não sabes que mal haverá sobre a terra. Estando as nuvens
cheias, derramam aguaceiro sobre a terra, e caindo a árvo-
re para o sul ou para o norte, no lugar em que cair, aí fica-
rá. Quem somente observa o vento, nunca semeará, e o que
olha para as nuvens nunca segará. Assim como tu não sabes
qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no
ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras
de Deus, que faz todas as coisas. Semeia pela manhã a tua
semente, e à tarde não repouses a mão, porque tu não sabes
qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas igualmente
serão boas. Eclesiastes 11:1-6
Lança o teu pão na superfície das águas, embora não seja provável
encontra-lo de novo, contudo, coisas estranhas realmente sucedem
pelo que avança em ser generoso.
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fato, improvável. Como encontrar um pão dias depois de tê-lo lança-
do nas águas? Da mesma maneira que não sabemos como se forma a
chuva nas nuvens e os ossos no ventre da mulher grávida, não nos é
possível saber como encontrar um pão depois de lança-lo nas águas.
Essas são obras extraordinárias de Deus. Há uma necessidade ur-
gente de lidarmos com nossas sementes de forma adequadamente
espiritual. Se confiarmos plenamente que Deus pode e quer realizar
para nós um futuro maravilhoso, então, depositemos no Senhor nos-
sa confiança, mesmo diante de uma realidade improvável.
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o anticristo. Realmente não faço a mínima ideia de quem seria esse
homem, mas sei que há muitos candidatos para sê-lo. Entretanto,
nosso Deus é quem mexe as peças no tabuleiro; Ele é quem governa.
Muitos vivem com medo de maldições e citam nomes infinitos de
entidades demoníacas. Todavia, devemos estar certos de que não é
o diabo odigno de abrir o livro nem de desatar os seus selos. Não é
Zeus, nem Nosferatus, nem Diana, nem Júpter, nem qualquer outra
divindade pagã; a verdade é que nem mesmo o diabo possui a chave
e o livro da história; é o Cordeiro quem os tem nas mãos. Nosso Deus
levará a história ao seu clímax como Ele mesmo determinou. Nosso
Deus reina. A agenda de Deus quer se manifestar no agora. Somos
agentes do reino de Deus para cumprir essa agenda. A agenda não
é do inimigo. Não estamos aqui em função do plano de destruição
do diabo, não estamos aguardando o governo do anticristo, mesmo
sabendo que é inevitável seu aparecimento. Como crentes na obra
redentora da cruz, o que aguardamos, de fato, é o reino milenar de
nosso Senhor Jesus Cristo sobre a terra.
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luia! Há pessoas com uma sina de anticristo, gente que adora estudar
as coisas profundas de Satanás. Fomos criados para manifestar a au-
toridade de Jesus sobre a terra, subjugando as obras do diabo.
Materializando a história
Isso sugere que a vontade de Deus, por vezes, não está sendo fei-
ta. Não somos meros fantoches, não somos robôs, mas somos res-
ponsáveis por esse clamor. Quando o povo de Deus se posiciona, traz
a agenda de Deus, aí, a vontade de Deus é cumprida.
Abraão, quando chamado por Deus, saiu sem saber para onde
estava indo, mas sabia quem o havia enviado. Ele saiu com a visão
de uma cidade cujo arquiteto e fundamentador é Deus. Tudo o que
Abraão possuía era uma visão de destino. José viu seu futuro por
meio dos sonhos que Deus plantou em seu coração, mas ele não viu
o percurso. Ele não tinha um mapa, não possuía os detalhes. Às vezes,
Deus nos dá uma fotografia do futuro, mas não nos dá os detalhes de
como chegaremos lá. Imagine se Deus tivesse mostrado a José como
seria sua trajetória em minúcias até o topo do governo do Egito? Não,
Deus não fez assim. Ele deu um retrato do que aconteceria, mas não
deu detalhes do que iria acontecer até lá.
Deus mostrou para Abraão uma cidade que era o seu destino. Ele
viu a cidade que Deus mesmo era o arquiteto. O Senhor foi guiando
Abraão passo a passo, de obediência em obediência, de caminho em
caminho. Quando Abraão chegou ao lugar para onde fora chamado,
imediatamente soube que ali era seu destino. A fé é como uma via-
gem à noite, há uma visibilidade de cem metros à sua frente, você
mantém a condução andando continuamente a cada nova fase, mas
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não se pode ver com clareza nem nitidez antecipadamente. A cada
novo cem metros você vai enxergando mais cem metros. A fé é desse
jeito. Você não consegue ver todo o caminho, senão uma parte do
caminho, por vezes um pedaço bem pequeno do percurso. Muitas
vezes você sabe conhece somente o próximo passo a ser dado. Não
conhecemos todos os passos, isso é viver pela fé.
Quem já dirigiu à noite sabe que não podemos ver além dos faróis.
Andamos a uma certa velocidade à noite, porque confiamos no cami-
nho que está sendo iluminado diante dos nossos olhos. Nosso cha-
mado é para o movimento, para entrarmos em ação, para pôr o pé na
estrada. Você sabe, Abraão saiu da terra dele, e é o pai dos hebreus.
Hebreu é povo que anda para frente. A palavra “hebreu” significa cru-
zamento, ou passagem de fronteira, ou ainda travessia. Nós temos
uma travessia para fazer nesse tempo. Um hebreu é um andarilho,
sempre em progresso! Ele vive em estado permanente de acampa-
mento, sempre está em movimento. Somos chamados para o estado
permanente de transformação, de crescimento e de desenvolvimen-
to. Se você não avança, você retrocede; se você para, simplesmente
fica para trás; se você não se atualiza, você vira notícia velha e um
mero objeto de observação. Estamos num mundo em constante mo-
vimento.
Isso é algo além das suas forças, além dos seus recursos, além do
seu extrato de conta bancária, além do seu poder de fogo. Servir a
Deus é entrar em uma zona de risco onde você não ficará seguro
por si só, onde você simplesmente não irá sobreviver sem uma in-
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tervenção de Deus. Isso é viver pela fé. Há pessoas que constroem
uma fortaleza natural para lhes dar segurança, estabilidade e con-
forto; ali habitam a vida toda. Esse é um lugar onde nada acontece.
A igreja, muitas vezes, empreende coisas que não se necessita do
Espírito Santo para que aconteçam. Há muitos trabalhos e realiza-
ções que não se movem na direção do vento de Deus. Há coisas que
o homem consegue fazer por si só, sem o auxílio de Deus. A vida de
muitas pessoas não possui mais ambições, não há mais riscos, não há
aventura, simplesmente passamos pela vida e deixamos a vida passar.
Muitas pessoas servem a Deus religiosamente, frequentam reuniões,
prestam algum tipo de serviço espiritual, até mesmo dão lá o seu
dinheiro, mas param por aí. Levam um cristianismo que não envolve
nenhum tipo de ousadia grande.
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não são aquelas que batem de frente, que chocam, que colidem com
o mundo. Um exemplo disso é a carnalidade. Quando falamos de
carnalidade pensamos logo em algo imoral e pecaminoso, mas, por
vezes, carnal é alguém que absorve a forma das coisas mundanas,
transmitindo-as através de sua personalidade. Ele acaba sendo uma
cópia idêntica da maneira como as pessoas andam lá fora.
Talvez você esteja na entressafra, mas pode ser que, também, não
haja safra nenhuma, e, por isso, tem vivido numa inércia total, vendo
a vida passar. “Se sentou no meio fio, abriu a sua boca, escancarou a sua
boca e esperou a morte chegar.” Isso dizia um certo poeta, muito ruim
por sinal. As coisas não são mágicas nem mesmo automáticas. Você
precisa começar a andar na obediência e colher os frutos da obediên-
cia em sua colheita. Precisamos caminhar, andar e olhar para frente.
Precisamos crer que Deus está fazendo uma obra em nós e através
de nós. Há algo acontecendo e o chamado para nós é a continuidade.
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meia pela manhã a tua semente, e à tarde não repouses a
mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela,
ou se ambas igualmente serão boas. Eclesiastes 11:5-6
As velas são nossas atitudes diante dos problemas; elas são a nos-
sa interpretação da realidade, ou seja, o foco ou o modo como ve-
mos as coisas. Somos como barcos flutuando por esse mar chamado
vida. Em qual porto você deseja chegar? Em qual porto você atracou?
Salomão diz: “Você não conhece o caminho do vento, mas você pode
ajustar suas velas”. Vamos semear nossas sementes para os que ainda
não chegaram, vamos semear nossas sementes para os que ainda não
nasceram!
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O projeto de Deus para sua vida não envolve somente você, mas as
próximas gerações que virão depois de você. Há uma conexão en-
tre as gerações. Carregamos dentro de nós o futuro de nossos filhos
naturais e espirituais. Deus é um Deus de gerações. Ele é o Deus
de Abraão, de Isaque e de Jacó. O destino de Jacó começou com
Abraão, seu avô. Nossos filhos colherão as bênçãos decorrentes das
decisões que tomamos hoje.
Nosso Deus em sua soberana grandeza e graça nos deu algo maior
que nós para transportarmos para o futuro. Há vidas, há almas e mi-
lhares de vidas unidas ao seu destino. Mas, como podemos saber
os caminhos que o Céu quer que tomamos para vivermos de modo
plausível à realização de cada um dos planos divinos para nós?
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alinha seus planos aos planos de Deus, o futuro fantástico que o Se-
nhor tem para você começa a aparecer à sua frente. Isso simples-
mente explode em seu coração. Uma vez que isso explode em seu
coração, a realidade brilhará diante dos seus olhos.
O contexto que você precisa para aplicar a sua vida vai aparecer
diante de você. O que é contexto? Um aparelho celular não funciona
sem uma bateria, nem mesmo sem um carregador. Um computador
não tem nenhuma utilidade sem um sistema. Isso é contexto. Você
deseja ver as realidades do céu acontecendo diante de você, então,
você precisa que os contextos apareçam. Eles aparecerão. Deus
pode, quer e fará com que eles sejam gerados em sua vida. À medida
que você andar pelo caminho, vai encontrar os contextos, uma fase
após a outra; tudo aquilo que necessita. Você precisa orar então, da
seguinte maneira: “Deus libere os contextos.”
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Lutaremos contra inimigos que não lutamos antes; Deus nos trei-
nará através dos enfrentamentos que tivermos. É tempo de desbra-
varmos horizontes, fincar estacas em novas fronteiras. É tempo de
quebrar as barreiras dos odres velhos para que o vinho novo venha.
Se não nos renovarmos, o vinho se perde. Deus deseja fazer algo
novo, mas precisamos nos colocar na estrada. É tempo de liberar a
palavra profética da transformação. Essa palavra é a sentença que
pavimenta o caminho dos nossos sonhos.
Nós andamos por fé, e não por aquilo que vemos. Quando está
escuro, somos menos aptos a andar pelo que vemos, pois temos mo-
vimentos limitados quando naturalmente não vemos nada. A fé vê o
invisível e o invisível é tudo aquilo que está no escuro, que nós não
conseguimos enxergar ainda. Deus possui uma agenda do seu agir
sobre a terra, e somos seu futuro que deseja manifestar agora. O
Senhor quer levantar um povo forte e ativo, uma família numerosíssi-
ma. Esse é um povo que faz proezas, uma geração que está surgindo
como a luz da aurora, uma estirpe de gente que não pode ser doma-
da, domesticada pela manipulação política, religiosa ou financeira.
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BIOGRAFIA