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tail 2 Kishimoto, TRUKO Morcha, 2 jogo + x sincoresn infant ads a0 Penlo > Peoreine | 1998- JOGO, BRINQUEDO E Existemtermosque, BRINCADEIRA | msscasurezon ‘com significados diferen- tes, acabam se tornando mprecisos como o jogo, © brinquedo e a brinca- deira. A variedade de jo- gos conhecidos como faz-de-conta simbslicos, motores, sensrio-motores, inte- Jectuais ou cognitivos, de exterior, de interior, individuais ou coletivos, metaféricos, verbais, de palavras, politicos, de adultos, de animai, de sao e inimeros outros ‘mostra a multiplicidade de fenémenos incluidos na categoria jogo. A perplexida- de aumenta quando observamos diferentes situagSes receberem a mesma deno- minagao. Denominam-se jogo, situagdes como disputar uma partida de xadrez, um ‘gato que empurra uma bola de Ia, um tabuleiro com pides ¢ uma erianga que brinca com boneca. Na partida de xadrez, ha regras extemas que orientam as ages de cada jogador. Tais agdes dependem, também, da estralégia do adversério. Entretanto, ‘nunca se tema certeza do lance que serd dado em cada passo do jogo. Esse tipo de jogo serve para entreter amigos em momentos de lazer, situagio na qual predo- ‘mina prazer, a vontade de cada um participarlivremente da partida. Em disputa entre profissionais, dois parceiros nao jogam pelo prazer ou pela vontade de 0 fazer, mas slo, obrigados por circunstincias como o trabalho ou a competi¢ao cesportiva, Nesse caso, pode-se chamé-lo de jogo? "> i 2 0 000 €AEDUCAGAO INFANT iw $7 0 gato que rola uma bola tem o comportamento igual ao de uma crianga que brinca com a bola? Enquanto a crianga tem consciéncia de seus atos, escolhe deliberadamente brincar, ou nfo, no caso do gato nao seriam os intintos biolbgi- os do animal os estimulantes da. ago de rolar a bola’ Pode-seafirmar que 0 jogo do animal é semelhante ao jogo infantil? ‘Um tabuleiro com pies é um brinquedo quando usado para fins de brinca- ) [0 caratér “nio-sério” apontado por Huizinga no implica que a brincadeira infantil deixe de ser séria{ Quando a crianga brinca ela o faz de modo bastante ‘compenetrado, A pouca seriedade a que faz referéncia esté mais relacionada 20 ‘bmico, 20 riso, que acompanha, na maioria das vezes, 0 ato lidico, e se contra- _p6e ao trabalho, considerado atividade séria i, + {Ao postular a natureza livre do jogo, Huizingajo coloca como atividade volun do ser umano| Sena orbs, dea de jog. 86 ¢ jomo quando 4 ago voluntéria do ser humano esti presente. Quando brinea, a crianca esti tomando uma certa distancia da vida cotidiana, ests no mundo imaginatio” ~ ce Embora Huizinga ndo aprofunde essa questdo, ela mereceri a atengio de psicélogos que discutem o papel do jogo na construc da representagao mental eda realidade, {) ]existéncia de egras em todos os jogos ¢ uma caractritica marcante/ Hi regrasexplcitas como no xadrez ov amazelinhabem como regrasimplcitas como nabrincadeira de faz-de-conta, em que a menina se faz passr pela mie que cuida de sua filha. Nessa atividade sto regras intemas, ocultas, que ordenam ¢ condu- zema brincadei F) [Finalmente todo jogo tem suaexisténcia em um tempo e espago|FH4 no s6 ‘a questiio da localizagio hist6rica ¢ geogréfica, mas também uma seqiiéncia na propria brincadeira. Os lances dados numa partida de xadrez ndo podem ser in- Yes, et ores do jogo tery ——— °° Seguindo quase a mesma orienago dé Huizinga, Caillois (1967, pp.42-43)> aponta as seguintes caracteristias do jogo4aliberdade de agio do jogador, a separago do jogo em limites de espago e tempo, a incerteza que predomina, 0 carter improdutivo de niio criar nem bens nem riqueza e suas tegras] ‘Umnovo elemento introduzido pelo autor a natureza improdutiva do jog0) Entende-se que 0 jogo, por ser uma ago voluntaria da ct ‘um fim em si ‘mesmo, nao pode criar nada, ndo visa a um resultado fis jue img proceso em si de brincar que a crianga se imp3e) Quando ela brinca nao esta preocupada com a aquisigao de conhecimento ou desenvolvimento de qualquer 44060, BRINOUEDO E BAINCADE:RA 5 habilidade mental ou fisica, Essa andlise de Caillois receberd, em outro capitulo, novaiinterpretagdo, visando complementé-la, quando aescola se apropria do jogo para educar a crianga, Da mesma forma, a incerteza presente em toda conduta Iidica é outro ponto que merece destaque jNo jogo, nunca se tem o conhegimen- toprévio dos rumos da ago do jogador,/ incerteza esti sempre presente/A ago do jogador depended, sempre, de fatores internos, de motivagSes pessoais bem | como de estimulos extemos, conduta de outros parceiros. / Preocupado em explicaro jogo Henror (1989 acompania o raciocinio de Wittgenstein e identifica, dentro da multiplicidade de concepgSes sobre 0 jogo, 0 cixo.comum que as unem, odo e qualquer jogo se diferencia de outras condu- tas por uma atitude mental caracteizada pelo distanciamento da situago, pela incerteza dos resultados, pela auséncia de obrigago em seu engajamento Desta\ forma, 0 jogo supe uma situagdo concreta e um sujeito que age de acordo com cla. Portanto, para se ter i. dimensfo completa do jogo, & preciso analisar dois elementos: a situagdo concreta, observivel, compreendida como jogo e, aatitude * mental do sujeito, envolvido na atividade| Nem sempre, a conduta observada por tum pesquisador é jogo, uma vez que se pode manifestar um comportamento que, ‘extemamente, tem a semelhanga de jogo, mas nio est presente a motivago {interna para o lddicoE preciso, também, estar em perfeita simbiose com o joga- dr para identificar, em sua atitude, 0 envolvimento no jogo, “Muitas vezes, ao observar brincadeiras infantis, 0 pesquisador se depara com situagSes em que a crianga manifesta a mesma conduta e diz: “agora eu no estou brincando”, mas, logo em seguida, entra na brincadeira.{O que diferencia 6 primeico momento (ndo brincar) do segundo (brincar), €aintengao da crianga.) Esse fato mostra a grande diffculdade de realizar pesquisas empiticas sobre 0 jogo. — Mais recentemente, Christe (1991b, p. 4}rediscute as caractefstcas do {jogo infantil, apontando pesquisas atuais que o distinguem de outros tipos de ‘comportamentos. Utilizando estudos de Garvey, 1977; King, 1979; Rubin e ou- iros, 1983; Smith e Vollsted, 1985, a autora elabora os seguintes critérios para identifiar tragos que distinguem 0 jogo: 1 amiositeralidade —as situagdes de jogo caracterizam-se porum quadiro no ‘qual a realidade interna predomina sobre a externa. O sentido habitual E ignorado por um novo. So exemplos de situagdes em que o sentido nioé literal: 0 ursinho de pelicia servir como filhinho ea crianga imitar 0 imo que chora; 2. efeito positive — o jogo é normalmente caracterizado pelos signos do prazer ou da alegria, Entre os sinais que exteriorizam a presenca do jogo 6 (02000 A EOUCAGAO INFANT, esto os sortisos. Quando brinca livremente e se satisfaz, nessa agi crianga o demonstra por meio do sorriso. Esse processo traz intimeros efeitos postivos na dominfncia corporal, morale social da crianga; JP) 3.flexibilidade —as criangas esto mais dispostas a ensaiar novas combi- ~~ nagiies de idéias e de comportamentos em situagdes de jogo que em ou- ts atividadesnio-eereativas. Estudos como os de Bruner (1976) de- ‘monstram a importincia do jogo para a exploragao. A auséncia de pres- sf do ambiente cria um clima propicio para investigagdes necessérias & solugto de problemas. Assim, brncar leva acvianga a tomar-se mais fle- xivel e buscar altemnativas de ago; 4, prioridade do processo de brincar — enquanto a crianga brinca, sua atengiio esta concentrada na atividade em si e néio em seus resultados ou welts [Ojon 36 6 ogo qua a cng pena apie bnee]O \Gogo educativo uilizado em “sito ao dag dades; 11) 5. livre escotha —f jogo s6 pode ser jogo quando selecionado livre ¢ espon- taneamente pela crianga. Caso contrério, é trabalho ou ensino; 6 controle interno — no jogo, so os proprios jogadores que determinam © desenvolvimento dos acontecimentos. Quando o professor utiliza um {jogo educativo em sala de aula, de modo coercitivo, no permitindo li- berdade ao aluno, ni hi controle interno} Predomina, ness caso, 0 en- sino, a ditego do professor, / cconfidveis do jogo podem ser encontrados nas quatro primeiras caracteristic ~~ Rio-literalidade, o efeito posi ivo, a flexibilidade e a finalidade em si. Para: liar pesquisadores na tarefa de discriminar se os professores concebem ativi escolares como jogo ou trabalho, as dois diltimos so os mais indicados, [Se a atividade nao for de livre escolha e seu desenvolvimento no depender da propria crianga, ndo se tem jogo, mas trabalho)J4 existem estudos no Brasil, como 0 de ‘Costas (1991), que demonstram que as criangas coneebem como jogo somente aquelas atividades iniciadas e mantidas por elas} Para Fromberg (1987, p. 36), 0 jogo infantil inclui as seguintes caracteristi- cas: simbolismo, ao representar a realidade e atitudes; significago, uma vez que ‘permite relacionar ou expressar experi tividade, ao permitir que a crian- ‘ga faga coisas; voluntario ou intrinsecamente motivado, ao incorporar seus motivos ¢ interesses; regrado, de modo implicito ou explicito; e episédico, ca- racterizado por metas desenvolvidas espontaneamente. ‘Gegundo Christie (1991b, p. 5}Dos indicadores mais ites e relativamente 4060, BRINQUEDO E BRINCADEIRA . Em sintese, excetuando os jogos dos animais que apresentam peculiarida- des que no foram analisadas, 05 autores assinalam pontos comuns como ele- ‘mentos que interligam a grande familia dos jogos: liberdade de aglo do jogador ~ (00 0 cariter voluntirio epis6dico da agdo lidicao pe (2, © ‘ “sni-éri0" ou 0 efeito postivoy/as regras (implicitas ou expliitas);hrelevnc do processo de brincar (0 carter improdutivo), a incerteza de nfo lteralidade ou arepresentagio da realidade, aimaginagao ga contextualizaga0 no tempo ¢ no espago, Sto tas caractefstcas que permitem identificar os fend- ‘menos que pertencem 3 grande famitia dos jogos. 2 SIGNIFICADOS USUAIS DOS TERMOS: JOGO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA (O que oferece dificuldade para a conceituacio de jogo é 0 emprego de vi- tios termos como sinénimos, Jogo, brinquedo e brincadeira tém sido utilizados com 0 mesmo significado No Brasil, estudos {le Bomempo, lussein e Zamberlain (1986), Oliveira (1984) e fRosamitha (1979)apontam para a indiferenciagdo no emprego de tais ‘termos. Segundo o diciondrio Aurélio (Holanda, 1983, p. 228), termo brinque- do pode significar indistintamente objeto que serve para as criangas brincar; {jogo de criangas e brincadeiras. O sentido usual permite que a ingua portugue- ‘sa referende os trés termos como sindnimos. Essa situagdo reflete o pouco avan- go dos estudos na rea. ~— Darn evar ess indfereciago neste tablhoornguedder entenido ) (/ sempre como objeto, suporte de brineadeirabrincadeiraycomo a descrigho | deuma conduta estruturada, com regrasé jogo infantiljpara designar tanto \, 0 objeto e as regras do jogo da crianca. (brinquedo e brincadeiras). = —“ ‘Dar-se-4 preferéncia ao emprego do termo jogo, quando se referir a uma descrigo de uma ago Iidica envolvendo situagGes estruturadas pelo préprio tipo de material como no xadrez, tritha e dominé, Os brinquedos podem ser utilizados de diferentes maneiras pela prépria crianga, mas jogos como o xadrez (tabuleiros, pegas) trazem regras estruturadas extemas que definem a situago Iddica. ‘Segundo a definigdo de Beart (apucl Campagne, 1989, p. 28),0 o bringueda)) 60 suporte da brincadeira, quer seja concreto ou ideolégico, coneebido simplesmente utilizado como tal ou mesmo puramente fortuito. __— ‘Essa definico, bastante completa, incorpora nfio s6 brinquedos criados pelo ‘mundo adulto, concebidos especialmente para brincadeiras infantis, como os que 8 (04060 € A EDUCAGAO INFANT. |aprépria crianca produza partir de qualquer material ou invested sentido lio. No iim caso, colheres, pratos e panelas tém servido como suporte de brinca- | deira, adquirindo 0 sentido lidico, representando, por exemplo, instrumentos ‘musicais, pente, entre outros. Brougére (1981), em trabalho denominado Le jowet ou la production de Venfance, mostra que brinquedos construidos especialmente para a crianga s6 snezeadquirem o sentido lidico quando funcionam como suporte de brincadeira. Caso J, Contrrio, nfo passam de objetos/E a fungao lidica| que atribui o estatuto de ‘=! brinqued a9 objeto fabricado pela indstria de brinquedo ou a qualquer outro | objeto Se uma casa de boneca é objeto decorativo em sala de jantar, disposta em leas propria de una nsttvigo infant, fnciona como objeto sible, estimulante de brincadeira para criangas, especialmente de 3 a 4 anos. E possivel entender o brinquedo em outra dimensio, como objeto cultu- ral. Segundo Jaulin (1979, p. 5), 0 brinquedo nio pode ser isolado da sociedade 1] que 0 criou e reveste-se de elementos culturais e eenol6gicos do contexto hist6- rico social. Estudos como o de Oliveira (1986) mostram o brinquedo nessa pers- pectiva. utra vertente que explora o brinquedo provém de estudos histsricos. O ineresse em conhecer a origem ea evolugio de brinquedos jogos antigos como 4 boneca, a pipa ou o pido merecem alguns esclarecimentos. Granje (in Jaulin, 1979, pp. 224-276) mostra a impossibilidade de escrever |\a historia do bri {focalizando a pesquisa sobre um objeto ou todos os “Objetos pertencentes a essa categoria, estudando circunstincias e variagdes se- gundo o tempo ¢ o lugar. A semelhanga do jogo, o brinquedo nao pertence a uma ‘categoria nica de objetos, Com varias manifestagées,existéncia efémera, como fazer séries histéricas de milénios de brinquedos confeccionados com matetiais pereciveis, esquecidos, como raminhos, seixos raizes, vegetas,castanhas e espi- ‘81s? Essa historia deveria incorporar também objetos do mundo doméstico que passam a ter o sentido de brinquedo quando a fungio idica sobre eles incide. A ‘caneta enquanto preenche sua fungdo usual €apenas um objeto, Passa a ser brin- quedo quando a crianga a utiliza com outro significado (colher, pene). Apesar da dificuldade de estudos de natureza hist6rica, destacam-se pesqui- sas sobre a boneca, por sua caracteristica antropombrfiea. Os vaios registros encontrados ein diversas culturastém se consttuido em material para andlise de lum grupo intemacional de pesquisadores Para Grane (in Julin, 1979, p. 268), bringquedo conota erianga{O brin- ‘quedo tem sempre como referéncia a crianga e nao se confunde com a mirfade de Significados que o termo jogo assume) A histéria do brinquedo s6 pode ser » em eset liga com a hstria da crang. (avango de pesquisas acerca da 060, BRINOUEDO E BRINCADEIRA 9 imagem da crianga em diferentes culturas mostra como os historiadores esto ampliando seu objeto de estudo atingindo a crianga, seus brinquedos ¢ jogos. Se, «em tempos passados, os historiadores ndo se detinham nas descrigGes de brinca- deiras infantis, hoje a situaglo se alterou com a multiplicago de pesquisadores interessados no tema. Divergindo do brinquedo e da brincadeira, como jé foi visto o jogo por sua’) amplitude 86 se explicita dentro do contexto em que é utilizado. Neste trabalho i) foco de atengao privilegiaréo jogo infantil Por ser uma categoria, com propriedades amplas que assumem significados dlistintos, o jogo foi estudado pochistoriadores Huizinga, Caillois, Aris, Margolin, Manson, Jobe), ésatas( Arsttees, Plato, Schiller, Dgwey),lingstas( Cazden, Vygotski, Weir) antsopSlogos( Bateson, Schwartzmai, Sutton-Smith, Henriot,, Brougtre), psiclogos (Bruner, Jolly e Sylva, Fein, Freud, Piaget) e edueadores (Chateau, Vial, Alain) Entre as vitias perspectivas de andlse do jogo, no campo da Histéria, a iconografigde tempos passados mostra muito mais a metéfora do que a represen- Tacio do real. Pintores do passado retratam a imagem de fragilidade propiciada plas brincadeiras com bolhas de sabiio que se espatifam no ar pela ago das ¢riangas ou a vaidade estampada em cenas de criangas portando seus brinquedos. utras apontam o carter de pouca seriedade riiculaizando figuras politicas da €poca por meio de bonecos. ¢——Apoiando-se sobre uma imagem negativa da crianga, os jogos eram utiliza- dos pelos adultos nas caricaturas poiticas,divulgando a imagem de frivolidade e ridiculo, Mais raras sio as gravuras como a de Bruegel, que mostram em toda sua | variedade os jogos tradicionais infantis presentes nos tempos passados. Atwalmente, especialmente no campo da educagio infantil, a perspectiva ue predomina é a evolutiva, Psic6logos tém dado grande atengo a0 papel do | -jogo na constituicio das representarSes mentais ¢ seus efeitos no desenvolvi- | to da crianca, especialmente da faixa de 0a 6 anos de idadé)Muitos estudos de natureza metafGrica explicitam, também, jogos para criangas de outras faixas etdrias. Por envolver relagdes abstratas, analogias, jogos matemiticos e fisicos ue fazem comparagdes metaféricas sio adequados, geralmente, para criangas com mais idade. Por exemplo, é possivel ensinar cetas equagées mateméticas como a=b; 2a=2b, X= por meio de uma balanga com objetos com 0 mesmo peso, Assim, pode-se dizer que objetos diferentes mas com 0 mesmo peso sto ‘guais e, quando se aumenta umm deles, ¢ necessério aumentar 0 outro. O jogo permite visualizar concretamente a equacio matemitica em que se postula que X € igual a ¥, ou que A ¢ igual a B. Desta forma, pela brincadeira com balangas, a a feicidade terrestre, considerada ~~ legttima, nfo exige a mortficagao do Corpo, mas seu desenvolvimento, Desta > Si« forma, a pats do momento em que o jogo dena de ser objeto de eprovagio “py oficial, incorpora-se no cotidiano de jovens, nao como diversio, mas comoten- | s prinefpios de Rousseau, Pestalozzi € Foc Ma sa 2 0 jog, vie entendido como objeto eagao de brincar,caractedo pela iberdadee es y? neidade, passa a fazer parte dahist6ria da educ /Manipulandve brin- 4 cando com materiais como se cilindros, montando e desmontando cubos, a ‘ crianga estabelece relagées matemidticas ¢ adquire conhecimentos de Fisica e (4°. Metafisica, além de desenvolver nogées estéticas. Embora Froebel, em sua teo- 5 fia, enfatize 0 jogo livre como importante parao desenvolvimento infantil, mes- 4 moassim introduz.a idéia de materiais educativos, os dons, como recursos auxi- Y liars necessiros & aquisgSo de conhecimento, como meio de instruclo,) (0,060 € A EDUCAGAO INFANTIL ‘0000 NA EDUCAGAD 7 ‘Com a expansio dos novos ideais de ensino, crescem experiéncias que in- ‘troduzem o jogo com vistas a facilitar tarefas de ensino. Paralelamente, o desen- ‘volvimento da ciéncia e da técnica constitui fonte propulsora de jogos cientificos ‘¢ meciinicos [Surgem jogos magnéticos para ensinar Hist6ria, Geografia e Gra- ‘méticaAs fabulas de La Fontaine ¢ os contos de Perraut inspiram “puzzles” brinquedos de cubos] A expansio dos meios de comunicagao bem como 0 avan- ‘go do comércio estimulam o ensino de linguas vivas, ocasionando o aparecimen- tode jogos como o Bazar alfabético, destinado ao aprendizado de vocabulirio, ¢ o poligiota, para ensinar at cinco linguas ao mesmo tempo. [A expansio dos jogos na rea da educagio dar-se-4 no inicio deste século estimuladas pelo crescimento da rede de ensino infantil e pela discussio sobre as relagGes entre 0 jogo ¢ a educagio, Revistas como L'Education Enfantine divul- {gam tis idéias. Editores como «i Nathan estabelecem uma linha de “brinquedos educativos”, usando slogans como “instruir divertindo”. Além de melhorar a qualidade de seus produtos, os fabricantes de jogos educativos procuram melho- raras normas de seguranga dos brinquedos e introduzem, nos folhetos, informa- (gOes que orientam a ago de brincar ¢ aprender, adequagiio de brinquedos para as faixas etéirias. surge no século XVI, c conbccimentos ¢ conquista ne Brougere (1987, pp. 83-88) reproduz o debate ocorrido entre inspetores da = escola maternal francesa acerca da introdugio do jogo educativo, entendido oral. jogo livre, ora como jogo oricntado, Certamente, desde tempos passados, alguns estudos apontam uma ligagio entre 0 jogo ea aprendi: as predomina.aidéia do ogo associndo &reerea- ‘G0, a situagées que se contrapSem ao trabalho escolar. E essa orientago que flui 10s priménios das sala de aslo francesas. Segundo ainspetora Pape-Carpantir, em 1849 (apud Brougére, 1987, p. 83), “0 jogo ndo pode ocupar o lugar de libes morais e ndo deve absorver o tempo) de estud, embora ninguém no mundo poss fcar sempre escutando nem esti- | idarud, Z practoy nasa ade sobranuda, dangay, corel dollar, movers por | seu proprio ela.) Seo jog no forma diretamenteo expr, leo recreia"._) ‘Para a inspetora francesa, o jogo nio se presta para a formactio moral, nem ‘mesmo colabora para o desenvolvimento cognitivo. Admite-se como recreagio, uma espécie de distragdo e descanso do érduo trabalho, Influenciada pela experiéncia froebeliana dos jardins-de-infaincia, Kergomard adota a idéia do jogo livre e espontineo como o eixo da educagio infantil: 18 (0000 € A EDUCAGAD INFANTIL “A escola maternal é uma familia grande, a diretora é wna mde de um grande niimero de criangas. Ora, que fazem criancas de 2.44 anos em sua familia? Elas rivalicam com os pdssaras as atividades incessantes e algazarras ininterruptas las nao fazem nada de preciso, no tomam ligdes mas fazem o que devem fazer para seu desenvolvimento fisico, intelectual e moral” (i, ibid, p. 83) idéia de uma escola infantil sem a interferéncia do professor cria um debate na 6poca. Discute-se a adequacio do jogo livre proposto por Froebel. “1 (As interpretagbes apontam para a necessidade de um jogo controlado como ‘suporte da ago docente, Assim, nasce(@ jogo educativo> mistura de jogo e de ensino Kergomard (1906, p. 161) apéia-se na idéia da incompatibilidade Iégica centre 0 jogo e a educagio e ponders | “Sei muito bem que a primeira vista estas duas palavras — a pedagogia pelos jogos — colocadas juntas, facem um efeito de certas unides infelizes, caracte- ~ ‘rizadas sobretudo pela incompatibilidade de caréter dos cénjuges; mas esta impressio cessa no momento em que se reflete, porque se compreende, entdo, ‘que a pedagogia, em vez de estarlimitada dinstrugdo, abraca acultura comple- \ tado ser”. se comaque comesa a predominar, Girard (1908, p. 199) e muitos outros tentarm conciliar a tarefa de educar com a necessidade iresistivel de brincar. Nessa jun- «40, surge o jogo educativo, um meio de instrugzo, um recurso de ensino para 0 professor e, a0 mesmo tempo, um fim em si mesmo para a crianga que s6 quer brincar. Esse é 0 sentido captado pela inspetora Girard nos debates que acompa- nnham a reformulago da escola maternal: 0 jogo é para a crianga um fim em si mesmo, ele deve ser para nés um meio (de educar), de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na linguagem da pedagogia maternal” (Girard, 1908, p. 199). ( jogo educativo, metade jogo e metade educagio, toma o espago da escola matemal francesa a tal ponto que Chamboredon e Prévot (1986) chegam a dizer {que esta se transforma em um grande “brinquedo educativo” (0,00 nA EDUCAgKO 19 O SIGNIFICADO ATUAL DO JOGO NA EDUCACAO As divergéncias em tomo do jogo educativo estio relacionadas & presenga concomitante de duas fungées: quando escolhido voluntariamente, ¢ 2. fungao educativa —o jogo ensina qualquer coisa que complete o indivi- «duo em seu saber, seus conhecimentose sua apreensio do mundo (Campagne, 1989, p. 112) i 1. fungio lidica — o jogo propicia a diversi, o prazer e até 0 desprazer nado a auxiliar na discriminag3o das mesmas, mas as criangas utilizam as cartas “+> do jogo para fazer pequenas construgses, a func lidica predomina e absorve 0 aspecto educativo definido pelo professor: discriminar frutas. Da mesma forma, — certos jogos perdem répido sua dimensdo Iidica quando empregados inadequa- damente.(O uso de quebra-cabecas e jogos de encaixes como modalidades de favaliagao constrangee elimina a ago Iidica|Se perde sua fungio de propiciar ‘prazer em proveito da aprendizagem, o brinquedo se torna instrumento de traba- lor{@ “brinquedo” jd ndo ¢ brinquedo, é material peda ‘Alguns fildsofos e tedricos quando tratam da utilizagdo do jogo pela educa- 20, apontam 0 que denominam paradoxo do jogo educati “a Croatica vs fe cucaeshcronte ng dices ‘considerados istinto®) o jogo & 4 educagio. O jogo, dotado de natureza livre, ‘parece incompatilizar-se coma buscade resultados, ipica de processos educativos. Embora autores como Bally, (1959), Caillois, (1967), Huizinga (1951), Alain (1957), Henriot (1983), Rabeca-Maillard, (1969), Sutton-Smith, (1971), entre cutros, destaquem|a liberdade come educagio.procura-se Concil fi a dos jogos, Som a orientagao propria dos processos educativos) Em outros termos, elimina-se o paradoxo =f: Pai peta ose preseiaaierdade de iar darian Dee que Wo entre em conflito com a ago voluntéria da crianca, a agio pedagSgica inten- bral i pulses re te organizagio do espago, na selegio dos |*. Ns, Clonal do professor deve refleti. ‘inguedos e na interagio com as criangas 20 (0.060 € AEDUCAGAO INFANT. Cresceonimero de autres que adotam o jogo na escola asumindoosign- ficado usual: incorporando a fungéo lia ea edueaiva, Ente eles destacase Campagne (1989, p. 113), que suger eritérios para una adequada escolha de ‘ringuedos, de US escolar, de modo a garantr a essEncia do jogo. So eles: wer : : 1) valor experimental — permitir a exploragao e a manipulagio; 1... | 2.@-valor da estraturagio — dar suport constusao da personalidad Pd infantil; “x 34). 3, ovalor de elaco—colocaracriangaemcontato com sus paes¢ adultos, qw~* J com objec com o ambiente em geal para propciaro estabelecimento w M7) derelagiese “) + 4, ovalor hidico—avaliarse os objetos possuem as qualidades que estimulam. to da aco iia. yi © apareciment hols tas crits so aerescidos questionamentos relativos 8 dade, preferéa- cias| capaci pos deca casas ‘uma constante verificagao da pre- do prazere dos eeitos postivos do 088) Fla que se considerar ainda que 0 2 | jogo no €inato, mas uma aqui ial) Desta forma, 9 educador tem que *© | estar atento pura aux ‘ensiné-la utiliza obringuedo. S6 depos ela _estard apta a uma exploragao livre.) ‘A organizagio de espagos adequados para estimular brincadeiras constitu we hhoje uma das preocupagdes da maioria de edueadorese profssionais de institui- es infants if Ce ‘Nessa organizagao do espago, Campagne (1989, p. 116) alerta para a neces- A sed aaa sompoene cone: a disponibilidade de materias,o nivel de 0 entre aulins e rings aspects educativos corpora par et- tla ba ‘Ossuporte material deve incluir locais apropriados, dotados de estantes para ve ‘comportar diferentes tipos de brinquedos, dispostos de modo acessivel as crian- {68 € espagos para o seu uso] A verbalizacio do professor deve incidir sobre a vvalorizagdo de caraceristicas e possibilidades dos bringuedos e posstveis estraté- gas de exploragio. Enfim, o professor deve oferecer informagies sobre diferen- 5+ tes formas utilizagio dos brinquedos, conitibuindo para aampliagao do referencial infanil., [A dimensio corporal nao citam-se 0 corpo ¢ 0s sentidos [0 educadorleve,lambém, brinear e participar da * ere zé-lo mas estimulando as crian- is agbes Tinalmente, 0 cardter educativo coloca o jogo na ordem de tar ausente] Na relactio. com abjetos,spli- (0,080 NA EOUEAGAO 2 eos e recursos que consieram deseos,necessidades de expresso ours] valores exigidos para a implementacdo de um projeto educativo. ~ Alain (1957, p. 19) defende o emprego do jogo na escola. Sua jutificativa 64a de que|o jogo favorece o aprendizado pelo eno e'estimula a exploragio ea solugdo de probl Jogo, por ser livre de presses € avaliagdes, cria um clima adequado para a investigagao e a busca de solugdes. O beneficio do jogo estnessa possibilidade de estimulara exploragdo em busca de respostas, em nijo constranger quando se erra. O autor vé dois momentos na situacio escolar! fot trabalho pedagdgico de aquisicd sstemdtica do saber o jog que, escapando & severa lei do trabalho, caminha em diregZo a um “ndo-sério”, sem se submeter & ordem, criando um espago de liberdade de agdo para a crianga. Por tas razses, ‘Alain coloca-se do lado daqueles que valorizam o uso do jogo na educagio,] np eee upg vaca uo meet livre permite # expressiio do eu. Visto como meio ou, como diz, tendo “fins artficiais”, na verdade, o jogo & um instrumento do adulto para formar acrian- .¢2{0 papel pedagsgico do jogo s6 pode ser entendido dentro do dominio do jogo Eaqfanfo mo, enquanto um “fn artificial”) Provavelmente Chateau fa efe- réncia aos fins naturais, considerando aspectos biolégicos do ser humano, Mas no se pode esquecer, também, 0s fatores sociais. /A formagao social inclui os “ins artfciis”, os valores expresso, ntencionalmente, porcada sistema educalivo, para educar seus membros. (Chateau valoriza 0 jogo por seu potencial part aprendizado mora se da crianga no grupo socal e como meio para aquisigio \Considera que hablidades ¢ conhecimentos adquiridos no Jogo preparam para o desempenho 20 €, para o ator uma espécie de "vestibulo do trabalho”, wma Porta aberta que prepara nfo para uma profissio em especial, mas para a vida, adulta/Embora estabeleca um estreto vinculo entre 0 ogo o trabalho escolar, indica que aeducacio deve, em certos momentos, separar-se do comportamento lidico. Nao se pode pensar em uma educagfo exclusivamente baseada no jogo, uma vez que essa postura isolara o homem da vida, fazendo-o viver num mundo ilus6rio. Chateau considera que a escola tem uma natureza propria distinta do ‘jogo e do trabalho. Entretanto, ao incorporar algumas caracteristicas tanto do trabalho como do jogo, fiescola cra 1a modalidade do jogo educativo destinada a estimular a moralidade, 0 interesse a descoberta ea rellexio, Da mesma forma, Vial (1981) considera importante a cola adotaro jogo pelos efeitos que proporciona. > © autor observa uma variante no emprego dos jogos na educagio: 0 jogo] didético como modalidade destinada exclusivamente & aquisigio de contetdos, | ‘iferenciando-o do jogo educativo. O primeiro, mais dinimico, envolve agdes | a 2 0.y0G0 AEDUCAGAO INFANT ativas das criangas, permite exploragao e tem multiplos efeitos na esfera corpo- ral, cognitiva, afetivae social. O segundo, mais restrito, pela sua natureza atrela- dda ao ensino de contedidos, torma-se, no seu entender, inadequado parao desen- ‘volvimento infantil, por limitaro prazer ea livre iniciativa da crianga e tomar- ‘se muitas vezes mondtono e cansaivo. Mialarete Vial (1981, p.204) entendem que a crianga, que brinca livemen- \ e+ Passa por um processo educativo espontineo e aprende sem constrangimento |, de adultos, em interagio com seu ambiente.|Ensretanto, em qualquer ambiente, doméstico, escolar ou piblico como as ruas ¢ calgadas,\a liberdade da crianga & jv |» limitada por contingéncias do proprio contexto histérico cultural. { liberdade & \" sempre relativi>Se em qualquer um desses ambientes for planejada uma organi- raga do espago que privilegie materiais adequados, tas stuagSes maximizam a potencialidade do jogo. Sao tais pressupostos que estimulam o aparecimento de propostas em insttuigdes infantis, que Valorizam a organizago do espago para estimular brincadeira, Em sintese, a polémica em tomo da utilizagdo pedagégica do jogo, deixa de : existr quando se respeita sua natureza. O significado usual da pritica educativa cos estudos de natureza psicol6gica referendam sua adogao na educagio infantil. ? (Qualquer jogo empregado pela escola aparece sempre como um recurso para a realizago das finalidades educativas e, 20 mesmo tempo, um elemento indispen- sGvel a0 desenvolvimento infantil. (Se a crianga age livremente no jogo de faz- de-conta dentro de uma sala de educagdo infantil, expressando relagdes que . observa no seu cotidiano, (a fungao pedagégica serd garantida pela organizagio do espaco, pela disponibilidade de materiais e muitas vezes pela propria parceria, ! do professor nas brincadeiras:) Ao permitir a manifestagio do imaginéio infan- til, por meio de objetos simbslicos dispostos intencionalmente, a fungdo pedagé- gica subsidia 0 desenvolvimento integral da crianga. [Nesse sentido, qualquer [jogo empregado pela escola, desde que respeite a natureza do ato lidico, apre- 2 | senta cariter educativo e pode receber também a denominago geral de jogo educativo,| (0 jogo educativo aparece, entdo, com dois sentidos: {sentido amplo: como material ou situagio que permite a livre explora ‘em recintos organizados pelo professor, visando ao desenvolvimento ge- ral da crianga e ido restrito: como material ou situagio que exige ages orientadas com vistas a aquisigao ou treino de contetidos especificos ou de habili- dades intelectuais. No segundo caso recebe, também, 0 nome de jogo di- ditico, 2, (0000 na EDUCAGO 23 Embora a distingo entre 0s dois tipos de jogos esteja presente na pritica usual dos professors, |pode-se dizer que todo jogo & educativo em suaesséncia, smpre se educa, or an — abe eq’ O JOGO NA EDUCAGAO INFANTIL A relevancia do jogo vem de longa data, Fil6sofos como Platio, Arist6teles ¢, posteriormente, Quintliano, Montaigne, Rousseau, destacam 0 papel do jogo na educagiio. Entreanto, é com Froebel,fo criador do jardim-de-infaincia, que 0 jogo passa. fazer parte do centro do curricilo de educagao infantil| Pela primeira vez a crianga brinca na escola, manipula brinquedos para aprender conceitos e desenvolver habilidades. Jogos, miisica, arte ¢ atividades extemas integram o/ ‘programa didrio composto pelos dons e ocupagées froebelianas, - ‘Embora Froebel conceba o jogo como auto-atividads) expressfio das capaci- dades da crianga!a organizagio dos dons e ocupagies diverge dessa orientagio, prevalecendo uma forma de estruturago das atividades infantis. ‘com contetido predeterminado, Essa ambigtiidade nas Conicepgdes do fildsofo, 4que viveu em perfodo de extrema repressdo na Alemanha, pode explicar a pre- senga de orientagdes contradit6rias. ‘A orientagio mistica ¢ romantica de Froebel dominou a educagao infantil por 50anos, até .advento do progressivism, Dewey modificaa tradigofroebeliana, colocando a experiéncia direta com os elementos do ambiente e os interesses da crianga como novos eixos. Criangas so vistas como seres sociis ea aprendiza- gem infantil far-se-d de modo espontineo, por meio do jogo, nas situagées do Cotidiano como preparar alimentos para olanche, representar pegas para as fami- lias, brincar de faz-de-conta com temas familiares Dewey concebe 0 jogo como atividade livre, como forma de apreensio dos problemas-da.cotidiano, ~aralélamente, na Europa, escolanovistas como Montessori divulgam aim- portincia de materiais pedag6gicos explorados livremente e Decroly expande ‘4 nogio de jogos educativos./A ambigtiidade das concepgdes froebelianas dO alicerce para a estruturagio GT Moco de jogo educaivo, uma mistura da =| lidica ¢ a orientagdo do professor visando a objetivos como a aquisigao de con- Aetidos ¢ o desenvolvimento de habilidades e, 40 mesmo tempo, 6 desénvolvi- ‘mento integral da crianga,/ a ‘O jogo continua presente nas propostas de educagio infantil com o advento do freudismo, como mecanismo de defesa de impulsos no satisfeitos.| freudianos, especialmente 9, Winnicot e outros, enfocam a importanerdo See ee ee : Ae to

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