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Pid yA PERFORMANCE MOTORA CN ECO RCC | PALAVRAS-CHAVE A )) Erro absoluto (EA) ) Ero constante (EC) | Erro constante absoluto (EC) Erro variavel (EV) Habilidade lidade aberta lidade continua Habilidade discreta Habilidade fechada Habilidade seriada Raiz quadrada do erro ‘quadratico médio (RMSE) Rastreamento PERFIL DO CAPITULO Por que estudar as habilidades motoras? ‘A ciéncia da aprendizagem e performance motora Definigao de habilidades Componentes das habilidades Classificacao das habilidades Compreensio de performance e aprendizagem Resumo OBJETIVOS DO CAPITULO © Capitulo 1 fornece uma visdo geral da pesquisa em habilidades motoras humanas com referéngs 20 seu estudo na aprendizagem e na performance motora. Este capitulo iré ajudé-lo a compreender > ométodo cientifico na pesquisa sobre habilidades, > diferentes taxonomias usadas para classificar habilidades, > variaveis comuns usadas para medir performance motora e > fundamento para o desenvolvimento de um modelo conceitual de performance motora. Em 2012, uma menina americana de nome Gabrielle (“Gabby”) Douglas conquistou o mundo dos esportes com seus feitos na gindstica nos Jogos Olimpicos de Londres e, quase instantaneamente, tornou-se um modelo para muitas meninas que su- bitamente queriam aprender gindstica. O “esquilo voador”, como era carinhosamente conhecida por suas colegas de equipe, ganhou a medalha de ouro na competicao individual geral — sem duivida o maior titulo da gindstica feminina. Nos anos de 1980, Jim Knaub que havia perdido o movimen- to de suas peras em um acidente ganhou varias maratonas importantes na diviséo em cadeira de rodas, conquistando o mais profundo respeito, A partir de 1970 até a década de 1990, David Kiley recebeu o titulo de “Rei dos esportes em cadeira de rodas” por (a) ganhar cinco medalhas de ouro nos Jogos Paraolimpicos de 1976 no Canad; (b) escalar a montanha mais alta do " tenis, raquete ¢ esqui. E, desde ¢ fa. val de isle do Woodstock em 1000 ae » que é (de acordo com o segundo auter me tr am san oni ncaa $28 outros inane i 's versateis, Es- habilidades sao parte ote Beifieee ia hi tumana. Como ag Pessoas conseguem atingir um desempenho de tao alto nfvel, como essas habil | dades sao desenvolvidas e como as pessoas conse | guem desenvolver parte delas, nos seus filhos, seus alunos ou nelas mesmas — todas essas qu tées geram fascinagao, incentivando mais apren zagem sobre o movimento humano. Uma descrigao do estudo da perfor aprendizagem motora comega aqui. A visa0: apresentada neste capitulo introduz 0 conceitode habilidade e discute varias caracteristicas de si definigao. O capitulo adiante fornece exem de esquemas de classificagao de habilidades' portantes para aplicagdes posteriores. 2 para ajudé-lo a compreender as habilidades de neira eficaz usando este livro, a légica por # Sua organizagao 6 descrita: primeiro, 0s puncill © processos subjacentes a performance habil seguidos da maneira como essas potencialit® podem ser desenvolvidas com a pratica: A notével capacidade humana de habilidades é uma caracteristica de nossa existéncia. E quase que excl te humana, embora varios animais avangados na escala evolutiva possa™ § nados para produzir o que podemos comportamentos habilidosos (p. eX» ©4°5 fazerem cambalhotas, ursos pedalarem Sem a capacidade para a per! nao poderfamos digitar a néaina que &! iusiv parando ag para os Manos envolvidos em educagao fisica e cinesio jogia, treinamento, fisioterapia (ou fonoaudiologia terapia ocupacional), quiropraxia, medicina ou fatores humanos e ergonémicos, aqui esté a opor unidade para aprender sobre os fundamentos je uma ampla variedade de esportes e esforgos stIéticos, misica e acées diérias simplesmente ‘omuns que sao téo fortemente fascinantes e em polgantes. As habilidades humanas tomam varias formas, obviamente — desde aquelas que enfati zam 0 controle e a coordenagao de nossos grupos musculares maiores em atividades que empregam um uso relativamente maior de forga como fute- bol ow acrobacias, até aquelas em que os menores grupos musculares devem ser sintonizados de ma- neira precisa, como na digitacdo ou no conserto de um relégio. Esse texto concentra-se em geral no amplo espectro do comportamento habilidoso porque € titil compreender que muitas caracterf ticas comuns esto subjacentes & performance de habilidades associadas a situagGes industriais e militares, esportes, reaquisicao das capacidades de movimento perdidas devido a lesdes ou AVC ohony winter, melhor guitarista do mundo de acrdo com o segundos hablidedes motoras. Motora 3 Aprendizagem e Performa ou simplesmente as atividades diérias da maioria das pessoa! A maioria dos humanos nasce com a capacida- pilidades e 6 necessdrio somente um pouco de maturagao e expel de de produzir muitas hi éncia para produzi-las de maneira quase completa Como exemplos, podemos citar caminhar ¢ correr, mastigar, equilibrar-se, e evitar estimulos doloro- sos desses comportamentos relativamente inatos. Mas imagine que criaturas simples ¢ desinteres- rias fos- sem tudo o que podemos fazer sempre. Todos os organismos biol6gicos tém a facilidade notavel de aprender com suas experiéncias, detectar caracte mbientais importantes (¢ ignorar outras) rte santes serfamos se essas ages heredi risticas a e produzir comportamentos que nao eram p: de suas capacidades originais. Os humanos pare- cem ter a maior flexibilidade de todas, 0 que pos- sibilita alcancar proficiéncia em profissées como quimicos ou programadores de computador, para competicao em musica ou atletismo ou simples- mente para conduzir as vidas didrias de maneira mais eficiente. Assim, produzir comportamen- tos habilidosos e a aprendizagem que leva ao seu wutor deste livro), demonstrando suas 4 Richard A. Schmidt e Timothy D. Lee desenvolvimento estio firmemente interligados na experiéncia humana, Este livro ¢ sobre ambos e ses aspectos das habilidades — performance huma: na habilidosa e aprendizagem humana. Este livro ndo 6 sobre habilidades em que o grau de sucesso 6 determinado pela decisao de quais de muitas acdes jé aprendidas a pessoa deve desempenhar. Quando o rato de laboratério apre de a apertar uma barra a apresentagao de um som, ele nao esta aprendendo como pressionar a barra; © animal esté, sim, aprendendo quando executar essa acdo jé aprendida de pressionar a barra Outro exemplo, no jogo de poquer, nao importa de que maneira as varias cartas sao jogadas (ou seja, mo- vidas). O que importa € a tomada de decisio cog- nitiva sobre que carta jogar e quando fazer isso. Oestudo desses tipos de processos de tomada de decisao entra principalmente em campos como a psicologia experimental e a neurociéncia cogniti- va, e esses processos foram deliberadamente nao inclufdos aqui POR QUE ESTUDAR AS HABILIDADES MOTORAS? Pelo fato de as habilidades comporem grande parte da vida humana, cientistas e educadores tentaram durante séculos compreender os determinantes de habilidades e o5 fatores que afetam sua per- formance. O conhecimento adquirido 6 aplicével em intimeros aspectos da vida, Pontos importan- tes aplicam-se a instrugao de habilidades, em que métodos para o ensino eficiente e a transferéncia efetiva para situagdes da vida séo preocupages primarias. Hé também considerével aplicabi para melhorar as performances de alto nivel, como esportes, musica e habilidades cirtirgicas. Eviden- temente, muito do que os treinadores e professores de mtisica e educacao fisica fazem durante suas atividades profissionais envolve, de uma maneira ou de outra, instrugao de habilidades. Os profis- sionais que compreendem esses processos relacio- nados com habilidades de maneira mais efetiva sem diivida tém uma vantagem quando seus “in. dividuos” comecam suas atividades para as quais foram treinados. Outras areas de aplicacao também pode nftizadas. Existom muitas aplicagoas omy ust Pamento de habilidades para a indistria, em que habilidades profissionais efotivas podem signif. terminantes importantes de sa © trabalho como com habilidades ocupacior ira mais eficaz e determinar quais de um grande mimero de in. dividuos sao mais adequados para determinadas profiss6es, sto situacdes comuns em que o conhe- cimento sobre habilidades pode ser titil na indis. tria. Em geral, essas aplicagdes séo consideradas dentro de fatores humanos (ergonomia). Os prin- cipios também se aplicam a situagdes de fisiotera- pia e terapia ocupacional em que a preocupagao 6 com (re)aprendizagem e produgao de movimentos que foram perdidos devido a traumatismo crania- no ou lesdo medular, AVC, defeitos congénitos ou algo semelhante. Embora todas essas éreas possam ser diferentes e as capacidades fisicas dos apren- dizes possam variar muito, os principios que le- vam a aplicagao bem-sucedida geralmente sao os anto com vida em geral. Ensinar man A CIENCIA DA APRENDIZAGEM E PERFORMANCE MOTORA ‘Nao 6 incomum que & medida em que uma drea de interesse cresce, o estudo sistemstico dos prin- cipios envolvidos também se desenvolva. Com a aprendizagem motora ¢ a performance nao é di- ferente, pois surgiu uma ciéncia que possibilita a formalizacao dos termos e conceitos para outros usarem, Quando usamos a palavra “ciéncia”, o que queremos dizer? O conceito de ciéncia implica varias coisas: (a) uso ativo da teoria e teste de hipsteses para aperfeicoar nosso conhecimento; (b) determinada “infraestrutura” que envolve livros periddicos, organizagoes cientificas que lidam tanto com a: Pectos fundamentais da ciéncia e maneiras de apli- car 0 conhecimento em situagdes do mundo real e rgaos de fomento para fornecer fundos para pes- Guisa; e, evidentemente, (c) a existéncia de cursos de estudo da area em universidades e faculdades. Teorias ¢ hipsteses Certamente o coragao de toda ciéncia sao as teorias ue pretendem explicar como as coisas funcio- nam. Uma teoria é uma estrutura feita pelo homem Cujo propésito 6 explicar como varios fendme- nos ocorrem. © tedrico evaca o que chamamos de construtos nérios, que interagem de varias maneiras 1 O tedrico em seguida descreve quais os construtos hipotéticos interagem uns (5 outros para explicar algum fenémeno emp: Em seguida, usando dedugao légica, os cientistas determinam certas previsdes que a teoria faz em sua forma atual. Essas previsdes formam a base da hipstese que pode ser testada normalmente no |i borat6rio. Essas hipdteses tomam a forma de ck Claragses como “se eu pedir aos aprendizes para praticar sob a condigao x, entéo a aprendizagem deve ser melhorada. As teorias so normalmente testadas por meio de experimentos, que determinam se a hipd- tese prevé ou nao 0 que ;potéticos ~ elementos ou pegas imagi- teoria s maneiras pelas pom. contece. No campo da ___PESQUISA 1.1 Franklin M. Henry, Antes da Segunda Guerra Mundial e durante os anos de 1950 e 1960, quan- do grande esforgo era direcionado para as habilidades militares, como pilotar um aviao, grande parte da pesquisa em comportamento do movimento e apre1 dizagem era feita por psicdlogos experi- mentais com uso das habilidades moto- ras relativamente finas. Pouco esforgo era dedicado as habilidades motoras amplas que seriam aplicdveis a muitos esportes. Franklin M. Henry, treinado em psico- logia experimental, mas que trabalhava no Departamento de Educagao Fisica, na Universidade da California, em Berkeley, estava preenchendo essa lacuna com uma nova tradic¢ao de experimentagao laboratorial que iniciou um novo direcio- namento importante na pesquisa sobre as. habilidades de movimento, Ele estudou, prin Aprendizagem e Performance Motora__5 aprendizagem @ performance motora, esses expe- rimentos tomam a forma de ter pelo menos dois grupos de individuos aleatoriamente atribuidos a tratamentos experimentais, com um grupo execu- a sob a condigao x (como no exem- plo mencionado), outro grupo executando sob outras condigées que sejam razoavelmente bem compreendidas (algumas vezes chamada de “con- dicao controle”). Se, nesse exemplo, o grupo que pratica sob a condigao x supera 0 grupo na condi- iio controlada, entao dizemos que a hipétese tem sustentagao, Entretanto, uma determinada teoria pode prever um desfecho que faria sentido para varias teorias diferentes, portanto, um experimen- to que sustenta uma hipétese nem sempre 6 0 tipo mais forte de evidéncia. O que em geral ¢ muito tando uma tare pai da pesquisa de comportamento motor Franklin M. Henry (1904 ~ 1993) ipalmente, as habilidades motoras am- plas, com performances intencionalmente representativas dos tipos de tarefas vistas em campos de jogos e em gindsios. Mas ele usou tarefas de Laboratorio — que possibili- tavam o estudo rigoroso dessas hal idades empregando métodos andlogos aos usados em psicologia experimental. Ele examinou alguns t6picos de pesquisa, como as dife- rengas entre as pessoas, programagio da prética, as formas matematicas das curvas de performance. A\influéncia de Henry nos campos da educagao fisica e einesiologia foi disseminada’ por volta dos anos de 1970 ¢ 1980. 6 Richard A, Schmidt e Timothy D-bee io sitados vierem ao comtnars ferdncia légica de que @ ilitando-nos Te- nai orto 60 os result fo isso lova a da previsto; isso lev ch ae rte ater incor, possbiitando-nes r= jeitar uma das teorias possiveis. Is Deere ito re uma teoria nfo pode “sobreviver” Por Ni i i 40 0c0! ' go provisto a partir dela na tempo se algo previs ir dela ndo oe David a on diferonga na poténcia das manne do testadas, 0% entistas las quais as hipsteses sto ‘ 5 ret Quatpuscar provisdes de uma teoria que at6rio, deria nao se manter se testada no laborat6ri Quais os tipos de habilidades tém sido estudadas? ‘A ciéncia da aprendizagem e performance moto- ra tem sido usada para estudar muitas variedades de habilidades. Logo no inicio (pesquisa ¢ escri- tos realizados no inicio de 1900 ou talvez um antes), dois tipos de investigagbes podem ser identificadas: (a) investigagbes de habilida- des de alto nivel, relativamente complexas, como telegrafia e digitacdo (p. ex., Bryan & Harter, 1897, 1899) e (b) estudos por bidlogos € fisiolo- gistas relativos aos mecanismos fundamentais do controle neural do miisculo, produgao de forca muscular (Fullerton & Cattell, 1892) e 0 estudo dos nervos e sistema nervoso (Fritsch & Hitzig, 1870; Sherrington, 1906). DEFINIGAO DE HABILIDADES em Como as habilidades sio amplamente representa- das ¢ diversas, 6 dificil defini-las de maneira a. Se aplique a todos os casos. Guthrie (1952) fore. con um definigéo que captura grande parte deg principais caracteristicas iz Brit le cas que enfatizamos aqui consistem em movimentos porque quem o, Guta poderia néo atingir uma meta ambien, fazer polo menos um movimento, jim segundo lugar, ser habilidoso atingir ossa meta de performance, este “rogue: do final”, com maximo de certeza. Por exempiy, onquanto joga dardos o arremessador acorta yt centro do alvo. Mas isso nfo garante que ele ¢ yn arremessador de dardos habilidoso porque esse resultado foi atingido sem muita certeza, Tal dey. fecho poderia ter sido resultado de uma jogada de sorte no meio de centenas de outras que nao foram tao sortudas, Para ser considerado “habilidoso" preciso que a pessoa produza a habilidade de ma. neira confidvel, ao ser solicitada, sem a sorte como fator determinante. Essa é uma razdo pela qual as pessoas valorizam tanto o atleta campedo que, com apenas uma chance e apenas segundos restantes no final de um jogo, faz o gol que leva o time a vitéria. Em terceiro lugar, uma caracterfstica importan- te em muitas habilidades 6 a minimizagao, e assim a conservagio da energia necessdria para a perfor mance. Para algumas habilidades, isso claramente nao 6 a meta, como no arremesso de peso, em quea tinica meta é arremessar a uma distancia maxima. Mas para muitas outras habilidades, a minimiza- Gao do gasto de energia é crucial, possibilitando ao corredor de maratonas manter um ritmo eficien- te ou possibilitar ao lutador poupar forga para os ultimos minutos da disputa. Evoluimos até andar como 0 fazemos, em parte, porque nosso estilo de caminhada minimiza o gasto de energia ao andar uma determinada distancia. Essa nogao de energi¢ minima aplica-se nao apenas aos custos de energi® fisiologica, mas também a energia psicolégica, 0 mental, necesséria para a performance. Muitas he bilidades foram aprendidas tao bem que os realiza- dores nao tém de prestar atengao nelas, liberand? Seus processos cognitivos para outras caracteristi- cas da atividade, como estratégia em basquetebol St expressividade na danga, Um grande colaba"® ai is efclencia de performance hebilidoss Sar, ements, et sendo que a aprendizaser) Som potent Levam a performances polation A tamente repat So tdo admiradas em pes es idosas, 5 having outra eseaieeatice as cionte atingis pare © executante em Mul ‘as habilidades tom isso come tmica mela, 2° bunaiprovainnee m isso como unica Mele Tg o tempo pode ai Ne ontante a Meractrie le interagir com outras cara 8 exe. ‘al sem, implica Aprendizagem e Performance Motora__7. Il A habilidade implica em uma pessoa produzir um resultado final com um elevado grau de certeza. Por exemplo, um jogador de dardos pode con: cas de habilidades mencionadas. Os cirurgides que conduzem cirurgia invasiva precisam traba~ Ihar rapidamente para minimizar a oportunidade de adquirir infecgdes. Contudo, evidentemente precisam trabalhar com cuidado, Acelerar a per- formance frequentemente resulta em movimentos imprecisos que carregam menos certeza em ter~ mos de atingir suas metas ambientais. Além disso, © aumento da velocidade gera movimentos para 08 quais os custos de energia, algumas vezes, so mais altos. Assim, compreender as habilidades envolve otimizar e equilibrar varios aspectos que sao importantes para diferentes extensdes em di- ferentes situagoes. Em resumo, as habilidades ge- ralmente envolvem atingir alguma meta ambiental bem-definida por meio de: > maximizagao da certeza do alcance do ob- jetivo, > minimizagao dos custos fisicos ¢ mentais da performance e, » minimizagao do tempo utilizado, rentemente lancar o dardo perto do seu alvo. COMPONENTES DAS HABILIDADES ‘A performance elegante do dangarino habilidoso ¢ os talentos artisticos de um escultor experiente podem parecer simples, mas as metas de perfor- mance na verdade foram realizadas por meio de uma combinagio complexa de processos mentais e motores interativos. Por exemplo, muitas habili- dades envolvem énfase considerével em fatores sens6rio-perceptivos, como a deteccao de que um adversario no ténis defenderé um saque no seu lado esquerdo ou que vocé esté se aproximando rapidamente de um carro que parou de repente na estrada a sua frente, Frequentemente, os fatores sensoriais requerem uma anélise em décimos de segundos dos padres de impulso sensorial, como discernir quais movimentos combinados de uma equipe inteira de futebol americano indicam que © jogo ¢ de corrida para o lado esquerdo. Esses even- tos perceptivos levam a decisdes sobre o que, como 8 _ Richard A. Schmidt e Timothy D. Lee e quando fazer. Essas decisdes frequentemente io principal determinante de sucesso. Por fim, evi dentemente, as habilidades em geral dependem da qualidade do movimento gerado como resultado dessas decisées. Mesmo se a situagio for percebida de maneira correta e as decisdes de resposta forem adequadas, 0 realizador nao seré eficaz em atingir ameta ambiental caso execute as agdes de maneira precéria, Esses trés elementos sao cruciais para quase toda habilidade: > perceber as caracteristicas ambientais rele- vantes, > decidir 0 que fazer, onde e quando fazer para atingir a meta, > produzir atividade muscular organizada para gerar movimentos que atinjam a meta. Os movimentos tm vérias partes reconhe- iveis. Os componentes posturais sustentam as ages; por exemplo, os bragos e as maos de um ci- rurgido precisam ser sustentados por uma “plata- forma” estavel para ter um desempenho preciso. Qs componentes do transporte corporal, ou de lo- comogao, movem o corpo em dire¢do ao ponto em que a habilidade ocorreré, como ao carregar uma. caixa com telhas escada acima para colocar no te- Thado de uma casa. £ interessante, mas talvez lamentavel, que cada um desses componentes de habilidades pare- ce ser reconhecido e estudado isolado dos outros. Por exemplo, os fatores sensoriais na percepgao sio estudados por psicélogos cognitivos, cientistas interessados nas (entre outras coisas) atividades complexas de processamento da informagao en- volvidas em enxergar, ouvir e sentir, Alguns des- ses fatores fazem parte da psicofisica, 0 ramo da psicologia que examina a relaco entre estimulos fisicos objetivos (p. ex., intensidade da vibragao) © sensages subjetivas que esses estimulos criam quando percebidos (altura). Fatores no controle do movimento em si sio geralmente estudados Por cientistas em neurociéncias, psicologia cog- nitiva, biomecanica e fisiologia, A aprendizagem da habilidade ¢ estudada por ainda outro grupo de cientistas em cinesiologia e educagao fisica, em psicologia experimental ou educacional ou no campo dos fatores humanos e ergonomia, Um pro. blema importante para o estudo das habilidades, Portanto, é 0 fato de que varios componentes de habilidades sdo estudados por grupos amplamente diferentes de cientistas, com frequéncia com pou- ca sobreposigao ¢ comunicagao entre eles, eer ‘Todos oss0s varios process0s esto pron em quase todas as habilidades motoras, Ames sim, nfo devemos tera idoia de quo today aa bilidades sao fundamentalmente-as mosmas Si verdade, os prinefpios da performance ¢ apregn® zagem humana dependem, até certo ponto, dt de habilidade de movimento a ser realizado, 2 sim, as maneiras pelas quais as habilidadis fpr Classificadas sio discutidas adiante CLASSIFICAGAO DAS HABILIDADES Existem varios sistemas de classificacao de habili- dades que ajudam a organizar os achados de pes. quisa e tornam a aplicagao um pouco mais sim- ples. Elas serdo apresentadas nas secdes adiante: Habilidades abertas e fechadas Uma maneira de classificar as habilidades de mo- vimento preocupa-se com a extensao até a qual o ambiente ¢ estdvel e previsivel durante tode a performance. Uma habilidade aberta ¢ aquela pela qual o ambiente é varidvel e imprevisivel duran- tea agdo. Exemplos incluem a maioria dos espor tes em equipe e dirigir um carro no tréfego onde é dificil prever os movimentos futuros de outras pessoas. Uma habilidade fechada, por outro lado, 6 aquela para a qual o ambiente 6 estavel e previ- sivel. Exemplos incluem nadar em uma raia vazia em uma piscina e furar um buraco em um bloco de, madeira, Essas designacées de “aberta” e “fecha- da” na verdade marcam apenas os pontos finais de um continuo, com as habilidades ficando entre ter varios graus de previsibilidade ou variabilidade ambiental (ver Gentile, 2000, para uma discuss mais completa) 4 Essa classificagdo destaca uma caracteristica importante para as habilidades, definindo a ne cessidade do realizador de responder a variagoes momento-a-momento no ambiente. Assim, ela t®2 Os subprocessos associados a percepeao, reconle- cimento de padro e tomada de decisao (em com a necessidade de realizar esses process0s 1 pidamente) de maneira que a ago seja adap! 40 ambiente, Esses processos sao discuti 2 minimizados nas habilidades fechadas, em 40° executante pode avaliar as demandas ambien! com antecedénia e as realizam sem neces: te de fazer modificagoes vimento se desdobra. Es: resumidas na Tabela 1.1 das & medida que o mo- 8 caract Habilidades discretas, continuas e seriadas Um segundo esquema para classificar as habilida- des refere-se ao ponto até o qual o movimento é um fluxo continuo de comportamento, em oposigao a uma agao breve, bem-definida, Em um extremo desse sistema de classificagao esta a habilidade discreta, que em geral tem inicio e fim facilmen- te definidos, com frequéncia com uma duragao muito breve do movimento, como arremessar uma bola, disparar um rifle ou acender uma luz, As ha- bilidades discretas sao particularmente importan- tes no contexto de muitos esportes e ages da vida didria, em especial considerando o grande mimero de habilidades discretas de batida, chute e arre- messo que compéem muitas atividades esportivas, bem como habilidades do dia a dia, como abotoar, assinar o nome e amarrar o cadarco dos sapatos. As habilidades discretas frequentemente resultam em um escore de desfecho medido, que pode ser combinado com outros escores resultando em va- rios tipos de escores de “erro”, discutidos na segao Foco na Pesquisa 1.2 ¢ 1.3. Ne outra extremidade desta classificagio esté a habilidade continua, que nao tem nenhum inicio ou fim especial, sendo que o comportamento flui Aprendizagem e Performance Motora 9 por muitos minutos, como nadar ¢ tricotar. Como discutido adiante, as habilidades discretas e cont{- nuas podem ser bem diversas, exigindo processos diferentes para performance e demandando que elas sejam ensinadas de maneira um pouco rente como resultado. Uma habilidade continua particularment portante 6 o rastreamento, no qual os movimentos: do membro do executante controlam uma alavan- a, uma roda, um cabo ou algum outro dispositivo para acompanhar os movimentos de alguma trilha- -alvo, Dirigir um carro envolve rastreamento, com ‘os movimentos da diregao feitos para que o carro siga a trilha, definida pela estrada. Os movimentos de rastreamento sio muito comuns nas situagdes de habilidades do mundo real e muitas pesqui- sas tém sido direcionadas para sua performance e aprendizagem. As tarefas de rastreamento, algu- mas vezes, sio pontuadas com uso de um escore de erro especial, chamado de raiz quadrada do erro quadrético médio (RMSE) apresentado em de- talhes em Foco em Pesquisa 1.3, “Escores de Erro nas Tarefas Continuas”. Entre os polos do contfnuo de habilidade dis- creto-continua encontra-se a habilidade seriada, que frequentemente 6 considerada como um gru- po de habilidades discretas ligadas para compor uma aco de habilidade nova, mais complexa. Ver a Tabela 1.2 para um resumo comparativo. Aqui, a palavra “seriada” implica que a ordem dos ele- mentos geralmente é essencial para uma perfor- mance bem-sucedida. Mudar marchas do carro é im- TABELA 1.1 Continuo de habilidades abertas e fechadas Bee eee ee mC, linha de acd Pee arefa de rastreamente 10 Richard A, Schmidt e Timothy D. Lee PESQUISA 1 Escores de erro em tarefas discretas Com bastante frequéncia em pesquisas, somos solicitados a gerar um método para computar um escore de acurécia para um determinado individuo que esté testando tma série de tentativas em um exame, frequentemente envolvendo tarefas discretas. Como veremos aqui, existem varias maneiras de fazé-lo. ‘Suponha que esté testando individuos em uma tarefa de arremesso, na qual indivi- duos tém de arremessar uma bola exatamente a 15,24 metros de onde estao. Dois indivi- dos hipotéticos realizam essa tarefa em cinco tentativas,e os resultados sao os seguintes: eeu CT Chester 14,02 m 15,85m 11,89 m 16,76m 18,291 John-Lee 12,19 m 16,46m 14,63 m. 14,02 m 14; Qual desses dois individuos foi mais talentoso nessa tarefa? O problema aqui @ gerar um tinico ntimero que reflita com preci te" de acurdcia do arremesso), com base naquelas cinco tentativas de arremesso. Sao” possiveis varias medidas candidatas. Erro constante (EC) ‘A maneira mais evidente de determinar que individuo foi mais preciso é comp desvio de erro de cada arremesso, em relagao ao alvo, ¢ depois calcular a média desvios de erro. Por exemplo, na tentativa 1, o escore de erro de Chester foi — arremesso foi de 14,02 metros e portanto 1,22 metros menos que 0 alvo). O erro na segunda tentativa foi +0,60 (seu arremesso de 15,84 metros, 0,60 m ‘Apés os escores de erro para cada tentativa serem computados, a média | culada para determinar o desvio de erro médio. Isso 6 chamado erro ¢ dos individuos. A interpretagao é que Chester tendeu a errar o alvo d 0,12 m; John-Lee tendeu a errar em 0,79 m. ES ‘A formula para 0 erro constante € tancia do alvo e N = ndmero de tentativas. Erro absoluto (EA) Outra maneira relativamente evidente de combi 6 considerar o valor absoluto (ou seja, com 0 sit cada tentativa e fazer a média desses escore: exemplo, para Chester a primeira tentativa | let Aprendizagem e Performance Motora ya tem um erro de +10,60 metros, cujo valor absoluto 6 0,60, Se usarmos esse procedi- mento para o restante das tentativas para Chester ¢ todas as tentativas para John-Lee, 0 erro absoluto médio computado para Chester 6 1,95; para John-Lee ¢ 1,28. Aqui, com a diregao dos erros sendo desconsiderada, a interpretagao é que Chester errou mais o alvo do que John-Lee. ‘A formula para o erro absolute médio (EA) & AE = (3 (1X,- TIN Em que ¥, i, X, Te N so definidos como antes para erro constante, e as barras verticais (1) significam “valor absoluto de” Erro variavel (EV) ‘A terceira medida de habilidade 6 na verdade uma medida da inconsisténcia do in- dividuo — ou seja, quao diferente foi cada escore individual em comparagao com seu escore médio (EC). Para computar o erro varidvel (EV), elevamos ao quadrado a dife- renga entre cada escore de erro da tentativa e 0 proprio erro constante do individuo [(X,- EC}'], somamos aqueles de todas as tentativas e dividimos pelo N. Agora, como esses sfio valores ao quadrado, retornamos a seu estado original computando a raiz quadrada deste valor. Nesse exemplo, para a primeira tentativa de Chester, a diferenga entre X, e 0 EC médio de Chester (que foi +0,12 m) é [(1,22 - (+0,12)] = -1,34 m que, quando ao qua- drado, é 1,79 m. Para a segunda tentativa, a diferenga entre X, e o EC médio de Chester 6 {(+0,6) — (+0,12)] = 0,5 m que, quando ao quadrado, 6 0,78 m. Agora faga 0 mesmo para as tentativas 3, 4 © 5; adicione todas as cinco diferengas ao quadrado; divida este niimero por N = 5; depois faca a raiz quadrada daquele niimero; e finalmente tem 0 EV, O escore é interpretado como a inconsisténcia em responder, ou seja, quao variével 6a performance sobre o proprio EC do individuo. Evidentemente, ao computar o valor para John-Lee, usarfamos seu EC (que é -0,79) nos calculos. O escore EV computado para Chester foi de 2,22 m e para John-Lee o EV foi de 1,37 m. A interpretagao é que Embora o arremesso médio de Chester esteja mais proximo da meta do que o arre- messo médio de John-Lee, Chester foi mais inconsistente naqueles arremessos do que John-Lee. A formula para erro varidvel é EV =X, cy IN| Em que 3, X, i, ECe N sio definidos como antes e y ¢ a raiz. quadrada. EA foi empregado como medida de erro muito frequentemente até que os pesqui- sadores Schutz e Roy (1973) destacaram algumas dificuldades estatisticas com ele. ‘Atualmente, os pesquisadores tendem a usar EC (como medida de viés médio, ou erro direcional) e EV (como medida de inconsisténcia). Algumas vezes, os pesquisadores usam uma estatistica chamada erro constante absoluto (abreviado 1EC1) em vez de EC para uma medida de viés do individuo. O 1EC! 6 simplesmente o valor médio absolu- to do escore de EC computado como definido anteriormente. A vantagem é que o |ECI retém a magnitude de um desvio médio do alvo, mas evita que dois escores sejam “cancelados” quando as medidas dos individuos so feitas juntas para apresentar Um. escore do grupo. Muito mais informagGes sobre esses escores de erro S40 apresentadas no Capitulo 2 do livro de Schmidt e Lee (2011). ttzaacom Canscanet 1 12 _ Richard A. Schmidt e Timothy D. Lee I Exemplo de hal lade continua, nadar sozinho. uma habilidade seriada, com trés elementos dis- cretos de acao de mudanga da alavanca (juntamen- te com os elementos acelerador e embreagem) co- nectados em uma sequéncia para criar uma agao maior. Outros exemplos incluem a realizagao de uma rotina de gindstica e a maioria dos tipos de culinéria. As habilidades seriadas diferem das dis- cretas, pois as duragdes do movimento tendem a ser um pouco mais longas, embora cada compo- nente retenha um infcio e um fim discretos, Uma visdo da aprendizagem de habilidades seriadas su- gere que os elementos de habilidade individuais presentes no inicio da aprendizagem sejam com- binados, formando um elemento tinico maior que © realizador controle quase como se fosse verda- deiramente discreto por natureza (p. ex., a manei- ra suave e répida como um ginasta muda de uma manobra para outra nas argolas), COMPREENSAO SOBRE PERFORMANCE E APRENDIZAGEM De certa forma, a performance habilidosa e a aprendizagem motora sao conceitos inter-relacio- nados que nao podem ser facilmente separados para andlise. Ainda assim, uma separagao tempo- réria dessas dreas é necesséria para apresentagao © para facilitar uma compreensdo subsequent’. Muitos dos termos, prinefpios e processos que os cientistas usam para descrever os progressos na pratica ena aprendizagem (0 subcampo da aprendizagem motora) na advem da lite- rratura sobre os processo do performance motora mento motor frequentemente dizagem motora como perfo1 - Aprendizagem e Performance Motora__ 13 7 PESQUISA 1.3 Escores de erro em tarefas continuas ‘Tarefas contfnuas, como rastrear, sio capazes de produzir muitos escores de erro em uma tinica tentativa. Considere a Figura 1.1 como exemplo de um segmento de uma Yinica tentativa de uma tarefa de rastreamento para um tnico individuo. O rastrea- mento cinza representa a meta do estimulo, como uma pista de uma estrada ao longo da qual um motorista pode dirigir seu carro. A linha continua representa 0 centro exa- to (no marcado) da trilha de extremidade a extremidade. A linha pontilhada repre- senta um comportamento de rastreamento de um individuo, neste caso, quao perto do centro da estrada o carro é mantido. Como a habilidade pode ser medida nessa tinica tentativa de uma performance continua? Um método comum usado por pesquisadores que estudaram tarefas de rastrea- mento ¢ computar uma medida chamada erro quadratico médio (RMSE). Faz-se isso computando a distancia da resposta de rastreamento do individuo a partir da linha alvo nos pontos de distancia estabelecidos ao longo da trilha (p. ex., a cada 3,04 m da rodovia percorridos) ou, mais comumente, em um intervalo de tempo constante a0 longo da trilha (p. ex., a cada 100ms). Esse método efetivamente “fatia” 0 movimento em intervalos iguais de comportamento de rastreamento, do comego ao fim. Com cada “fatia” da trilha, o pesquisador, entdo, computa a que distancia a posigao de rastreamento do individuo est do alvo. Como a linha continua na Figura 1.1 repr senta 0 centro da trilha, é conveniente definir a linha continua como posi¢do “zero’ Portanto, se o individuo estiver 4 direita do alvo, a medida recebe um valor de erro positivo; se a posigao de rastreamento for para a esquerda do alvo, a medida adquire um valor negativo. O escore da raiz quadrada do erro quadratico médio é computado calculando primeiramente os desvios quadrados para cada posigao medida ao longo da trilha, depois calculando a raiz quadrada da soma desses escores. FIGURA 1.1. Medindo RMSE em uma tarefa de rastreamento, A érea cinza é a metade estimulo {como ums rodovia); a lithe continua representa 0 centro da rodovia ndo mascarada, e pode ser considerada 0 objetivo do individuo. O pontilhado representa o desempenho do individuo na ten- tativa de seguir a linha continua O RMSE ¢ uma medida mais complexa de performance do que qualquer escore de erro para tarefas discretas, pois representa dois componentes do comportamento. O RMSE reflete tanto a tendéncia de viés do individuo (p. ex., em média dirigit mais perto da extremidade direita da pista do que da extremidade esquerda) bem como a in- Consisténcia no comportamento de rastreamento (quao varidvel a performance tende a ser). £ bem reconhecida como uma medida boa de quao efetivamente a pessoa rastreou. 44 Richard A. Schmidt e Timothy D. Lee ja informagao se nto a maneira como nsorial a outros processos aa ¢ plano de agéo. Ao modelo conceitual emergent Sip ontao adicionadas caracteristicas de iniciams de agdo bem como atividades envolvidas enquay to a agao esta acontecendo, como controle de con. tragdes musculares e detecgao © comegao de ergs isto esté altamente relacionado com a andlise pala executante das sensagdes produzidas como resyl. tado de se realizar a ago — processos relacionadog com feedback, Na segunda porgao do texto, que to em um primeiro mome’ aprondizagem fuma pessoa Portanto, enquant possa parecer mais l6gico tratar @ motora antes da performance motora (1 tem de aprender antes de realizar), torna-se estra- nnho apresentar informagoes sobre a aprendizagem sem primeiro ter fornecido esta informacao bisica sobre performance. Por essa razao, este livro 6 organizado em. duas partes, sendo que a primeira introduz a termino- logia, 0s conceitos e principios relacionados com a performance humana habilidosa sem muita re- 6 a forancia a processos associados a aprendizagem. lida com aprendizagem, © modelo fornece uma Os prinefpios aqui provavelmente aplicam-se mais compreensio eficaz. dos processos que sto ou nig fortomente & performance de agdes j habilidosas. _influenciados pela prética, Tendo examinado os principios de como o siste- ma motor produz habilidades, a discussao volta-se para como esses processos podem ser alterados, facilitados e treinados por meio da pritica. Isso envolve aprendizagem motora, cujos prineipios aplicam-se mais fortemente & instrugao de habili- dades motoras. ‘Ao estudar a performance e aprendizagem motora-habilidade, 6 util compreender em que cada conceito se encaixa ao processo complexo de realizar uma habilidade. Por essa razao, e para ajudar a aplicar informagoes de habilidades a uma variedade de situagdes, este livro desenvolve um, f 1 ‘ weidelo concaituel Kase modelo representa o gran- _Pacilacle| de) uso teeta de quadro de performance motora; ¢ a medida que sejado com 0 méximo de certez: novos t6picos sio introduzidos, eles séo adiciona- tempo e energia. Muitos compot dos ao modelo, juntando a maioria dos processos estdo envolvidos; as princi e eventos mais importantes que ocorrem @ medida, : s que os executantes produzem habilidades.Osmo- _ eeisdo e produ delos desse tipo s40 fundamentais no ensinoena 498 Pods ciéncia, pois abarcam muitos fatos e conceitos apa~ rentemente nao relacionados, ligando 0 conheci- mento do mundo real com os conceitos a sere discutidos. Os modelos podem ser de muitos tipos, evi- dentemente, tais como o modelo de canalizagao e bombeamento do sistema circulatério hu ¢ a variedade de bolas que modelam a estrut de dtomos, o sistema solar e as moléculas na qui- mica, Para habilidades, uma conceitualizagao util 6 um modelo de fluxo de informagao, que consi- dera como a informagao de varios tipos 6 usada na produgao e aprendizagem de uma agao habi- lidosa. As primeiras porgdes do texto constroem esse modelo, primeiramente considerando como as informagdes sensoriais que entram no sistema por meio de receptores séio processadas, transfor- rm madas e armazenadas. Depois. a isso se adiciana _ desenvolvido em todo 0 té ociados a tom: aspecto importante, cimento sobre habilidades provém de dade de disciplinas cientfficas e pode s em muitas situacdes, tais como esp treinamento, industrias e fisioterapia. ‘A habilidade em geral ¢ di Aprendizagem e Performance Motora__ 15. {LIOS PARA APRENDIZAGEM Aprendizagem interativa Atividade 1.1: classificar habilidades como discretas, seriadas ou continuas por natureza selecionando a categoria adequada para cada um dos cinco exemplos. Atividade 1.2: revisar os tipos de erro medidos na pesquisa de aprendizagem motora com- binando varias medidas de erro com suas definigdes. Exercicio de principios para aplicagao Atividade 1.3: 0 exercicio de prinefpios para aplicagao deste capitulo aplica os concei- tos em sua propria experiéncia, pedindo a vocé para analisar uma habilidade motora que aprendeu no passado ou esté aprendendo atualmente. Vocé iré descrever a habilidade como aberta ou fechada e como discreta, continua ou seriada e identificar as metas da habilidade e 0s fatores que contribuem para seu sucesso quando realizé-la, Verifique sua compreensao 1, Defina uma habilidade e indique por que cada _2. Distinga entre habilidades abertas e fechadas um dos termos adiante é importante para essa e entre habilidades discretas, seriadas e conti. definicao. nuas. Dé um exemplo de cada Seer eraster tal 3. Liste e descreva trés elementos fundamentais para quase toda habilidade. 4. Defina uma teoria e descreva como os cientis- tas usam teorias para conceber experimentos. > Corteza méxima > Custos minimos de energia >» Tempo minimo Aplique seu conhecimento 1. Liste trés habilidades motoras que aprendeu, aberta © fechada e entre habilidades discre- seja recentemente ou quando era mais jovem tas, seriadas e continuas. A certeza maxima, (. ex., balancar um bastéo de beiseseboll, os custos minimos de energia e o tempo mi- amarrar 0 cadarco dos sapatos ou tocar uma nimo sao igualmente importantes para cada musica no piano). Classifique cada uma das uma das tarefas que listou? Por que ou por que habilidades que listou, distinguindo entre nao? Sugestées de leitura complementar tiausoes historicas da pesquisa de habilidades mo- (1992) dedicaram um capitulo aos estigios iniciais Ps Ea por Irion (1966), Adams (1987) da carreira de Franklin Henry. Os sistemas de clas- Contiole Mera! (2010. A primeira edigao de sificagao das habilidades sao revisados em Poul- conten ann cong Aprendizagem (Schimdt, 1982) ton (1957), Gentile (1972) e Farrell (1975). Vor a Co dag a gapftulo dedicado ao estudo cientffi- lista de referéncia para esses recursos adicionais. las habilidades motoras. Snyder ¢ Abernethy

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