Você está na página 1de 150

Respiração e Poder Mental

Pranayama, relaxamento e meditação

Marcos Netter
Copyright © 2014 de Marcos Netter
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei
5988 de 14/12173. Nenhuma parte deste livro, sem
autorização prévia por escrito do autor, poderá ser
reproduzida ou transmitida sejam quais forem os
meios empregados: eletrônico, mecânico, fotográfico,
gravação ou quaisquer outros.
Foram empregados todos os esforços para fornecer
informações completas e adequadas, contudo o autor
não assume responsabilidade pelos resultados e usos
da informação fornecida.
Produção Editorial do próprio Autor
Capa: Marco Mancen
O código de propriedade intelectual de 1° de julho
de 1992 proibe expressamente o uso coletivo sem
autorização dos detentores do direito autoral da
obra, bem como a cópia ilegal do original. Esta
prática generalizada provoca uma brutal baixa nas
vendas dos livros ao ponto de impossibilitar os
autores de criarem novas obras.
Sumário

Apresentação da edição para Kindle


Introdução
Quem deve ler este livro
Perguntas e respostas
I - No dia-a-dia
O que é Magia?
Você pode estar fazendo magia e não sabe
Há perigos na magia?
Magia x superstição
O conto da manga com leite
Essa não, um gato preto!
Problemas que não precisamos ter
Esoterismo e exoterismo
Exageros
Nem todos podem fazer todos os exercícios
Saúde, amor, dinheiro, sucesso
Este não é um livro sobre curas, mas sobre como não adoecer
II - Respiração e Energia Vital
Prana
Mas esse Prana existe mesmo?
As sete manifestações fundamentais do Prana
A importância das mentalizações
EXERCÍCIO - Tome consciência do ar
Fontes de Prana
Ande descalço mais vezes
Contato com árvores
Frutas frescas contêm mais Prana
Absorção otimizada de Prana
Banho de sol
Aprendendo a nadar
III - A aura humana - Manifestações do Ser
Aura
O que é a aura, afinal?
Fonte de informações para videntes
Desenvolvimento da vidência astral
As faixas da aura
Corpo vital ou duplo etérico
Corpo emocional ou astral
Mental concreto
Mental abstrato
Corpo Búdico
Átmico
A aura simplificada
IV - Fortalecimento do ovo áurico
Divisão simplificada da aura
Ovo áurico
Interações entre campos áuricos
Afinidades
Convivência
Formas pensamento
Exercícios
EXERCÍCIO DIÁRIO 2 - Fortalecimento do ovo áurico
Prática no dia a dia
EXERCÍCIO DIÁRIO 3 - Expansão da aura
V - O homem é o que come
Alimentação
Carne
Fumo
Bebidas alcoólicas
Diversão
Filmes e programas de TV
Música
O verbo
O pensamento
O somatório de tudo
VI - Dinheiro, amor, sucesso
Exercício diário de visualização
Pensamentos negativos e positivos
VII - Os chacras
Correspondência dos chacras com o corpo físico
Chacra básico ou raiz
Chacra esplênico
Chacra umbilical
Chacra cardíaco
Chacra laríngeo
Chacra frontal
Chacra coronário
Interligação entre os chacras principais
Alguns outros chacras importantes
Os chacras e a cura prânica
Energia solar, respiração e chacras
Absorção de Prana pelos chacras
Exercício 1
Exercício 2
VIII - Exercícios de relaxamento direcionado
Exercício 8.1 - Relaxamento geral simples
Exercício 8.2 - Relaxamento com visualização de luz e cor
Primeira parte
Exercício 8.3 - Esfera azul
Exercício 8.4 - Esfera azul analgésica
IX - Exercícios de relaxamento, visualização e intuição
Exercício 9.1. Sintonia com a natureza
Exercício 9.2. Encontro com o Ser
Primeira etapa
Exercício 9.3. Um mergulho em seu âmago
Sua intuição
X - Exercícios para qualquer lugar e ocasião
10.1. Caminhadas
10.2. Durante discussões e brigas
Discussão entre você e pessoas ligadas
Discussão entre você e pessoas não ligadas
Discussão entre terceiros
10.3. No ônibus, no bar, em qualquer lugar
O que você deve esperar dos exercícios
Dúvidas frequentes
Gravações dos exercícios
Glossário
Bibliografia recomendada
Contatos do autor
Apresentação da edição para Kindle

sta edição para Kindle é uma versão revisada da

E edição impressa do livro. Além das correções


naturais de uma segunda edição, foram
corrigidos todos os problemas ocorridos nas
imagens, sobretudo nas representações artísticas dos
chacras, que agora são apresentados em belas imagens
em cores, feitas especialmente para a edição
eletrônica.
Este livro faz parte de uma tríade, publicada em
2003 em mídia impressa, que agora volto a publicar.
O segundo livro dessa tríade é Reiki Livre e Sem
Mestre, no qual apresento as técnicas do Reiki e uma
proposta diferente, que liberta o praticante da
obrigação de obter sua sintonização de um mestre
“autorizado”. O terceiro e último livro, Cristais e
Aparelhos Radiônicos, apresenta a proposta por trás
da utilização de cristais de quartzo e de símbolos
gráficos, conhecidos como aparelhos radiônicos, nas
terapias holísticas auxiliares.
Apresento então, ao leitor, a oportunidade de
conhecer uma visão diferente do mundo ao seu redor,
do seu dia-a-dia, agora na forma eletrônica,
permitindo que o texto seja lido no seu Kindle, no
celular, no tablet ou no computador.
Com a facilidade do acesso à informação, você pode
consultar, sempre que quiser, seja onde estiver, os
trechos do livro que descrevem os exercícios
propostos. Todos os exercícios apresentados neste
pequeno livro têm como objetivo a ampliação da
consciência, o aumento da intuição, a busca do Eu
interno e, em alguns casos, o simples relaxamento.
Alguns exercícios, ainda, buscam a harmonização do
ambiente por meio de visualizações, seja em casa, no
trabalho ou no ambiente de estudos.
O Autor
Introdução

A tradição Budista ensina:


Não devemos crer em algo somente porque alguém
afirmou ser verdade.

Nem em tradições só porque elas existem desde as


mais remotas épocas.

Nem em textos de filósofos porque foram esses que os


escreveram.

Nem em ilusões supostamente inspiradas por um ser


divino.

Nem devemos crer na mera autoridade de nossos


instrutores ou mestres.

Devemos crer somente quando a verdade transmitida


for aceita por nossa própria razão e consciência.

Por isso não aceite uma informação apenas porque


alguém afirmou ser verdade, mas apenas se essa
informação encontrar eco em sua própria consciência.
E quando isto ocorrer, você deverá agir de acordo
com o que acredita.

É com esta postura mental que espero que o leitor


aceite este livro: uma fonte de informações,
baseadas em anos de estudo de obras ocultas,
doutrinas e práticas e um pouco de inspiração.
Quem deve ler este livro
Todos aqueles que buscam ajuda para os problemas do
dia-a-dia, seja no trabalho, no relacionamento, nos
estudos ou na busca de respostas para perguntas
internas que não se calam.
Todos aqueles que sentirem no âmago a necessidade de
descobrir novos horizontes, conhecer novas idéias e
técnicas ou rever velhos conceitos, apresentados de
maneiras mais simples e diretas.
Perguntas e respostas
Relacionei a seguir algumas perguntas que
normalmente surgem na mente do buscador, do curioso,
do cético e dos que seguem modismos.
- Minha religião não aceita essas idéias, mas
resolvi ler este livro por ter grande curiosidade no
assunto. Será que estou errado em proceder assim?
Ninguém deve ser impedido de buscar o conhecimento.
Muitas religiões recomendam que seus seguidores
evitem ter contato com determinadas correntes de
pensamento, julgando-as perigosas.
Na verdade, nada há de mais perigoso do que a
ignorância. Enquanto a humanidade esteve ignorante
sobre a existência dos microorganismos, causadores
de doenças, a maioria hoje facilmente curável, viveu
desprotegida e ameaçada por muitas doenças que hoje
podem ser curadas com facilidade por médicos
competentes, através do uso de medicamentos
adequados.
Por outro lado, se você leva a sério sua fé em sua
religião, se ela tem papel importante em sua vida,
pense sobre o assunto. Minha recomendação é: leia o
livro do início ao fim. Após terminar a leitura,
mesmo que tenha resolvido, a princípio, não tentar
os exercícios, pergunte a si mesmo se vê algum mal
em tentar. Se, intimamente, não encontrar um bom
motivo para não experimentar os exercícios, faça-os
e, novamente, tire suas conclusões.
Se, por outro lado, não conseguir aceitar como
válidas ou coerentes as afirmações do livro, deixe-o
de lado por algum tempo. Um dia você poderá querer
relê-lo - pode ser dentro de um ano. Ou vinte anos.
Acontece. Mas não deixe de dar a si mesmo a
oportunidade de ter contato com outras opiniões.
- Quero aprender técnicas e simpatias para conseguir
tudo o que eu quiser: dinheiro, sucesso,
homens/mulheres. Este livro ensina tais técnicas?
Depende do que você encarar como “tudo o que você
quiser”. Este livro não ensina a preparação de
rituais e objetos mágicos para enfeitiçar a vontade
alheia, nem mostra maneiras de conseguir dinheiro e
sucesso da noite para o dia. Ensina técnicas de
concentração, baseadas em exercícios respiratórios,
visando criar condições mentais e energéticas
adequadas para facilitar a sua jornada no mundo
físico.
Utilizando as técnicas de visualização, energização
e relaxamento apresentadas neste livro, e tomando
consciência cada vez maior das energias que operam à
sua volta, você será capaz de mudar sua maneira de
ver o mundo, mudar a sua maneira de interpretar a
sua realidade e, com força de vontade e trabalho,
conseguir quase tudo o que quiser conquistar, dentro
de certos limites óbvios.
Você não aprenderá feitiços para criar o que não
existe, mas exercícios para começar a apagar o
feitiço da ilusão. Experimente.
- Este livro ensina técnicas de desenvolvimento de
chacras?
Os exercícios sugeridos exercem algum efeito, direta
ou indiretamente, sobre os chacras, mas não os
estimulam diretamente.
- E o despertar do kundalini?
Há muita controvérsia sobre o despertar da Energia
Criadora, ou Kundalini. Se de um lado muitos afirmam
que não há qualquer problema, de outro muitos
alertam para os perigos envolvidos.
De uma forma ou de outra, o kundalini é uma energia
poderosíssima e, assim, jamais tente exercícios que
façam uso da Energia Criadora sem a devida
orientação de um instrutor realmente qualificado e
responsável. Não faça exercícios envolvendo o
kundalini baseando-se apenas em livros ou apostilas.
Não faça exercícios envolvendo a Energia Criadora
com fins materiais. Essas escolas existem e
funcionam, mas tudo tem seu preço. Se algum dia você
se encontrar em atividades mentais sob promessas de
conquistar vantagens materiais, tenha a certeza de
que você estará em um caminho perigoso e, muitas
vezes, sem volta.
Este livro não apresenta qualquer exercício
envolvendo tais energias e os chacras a elas
associados. As práticas que envolvem a Energia
Criadora devem ser ministradas e acompanhadas por um
instrutor qualificado e experiente; este autor não é
um deles.
- Este livro ensina técnicas de cura?
Não diretamente. Como você verá nas explicações dos
exercícios, as técnicas sugeridas ajudam a
fortalecer sua aura e sua mente, evitando que as
doenças se instalem. Se você for portador de algum
problema de saúde, procure tratamento médico para
seu corpo físico. Os exercícios deste livro,
contudo, poderão ajudar, e muito, em sua recuperação
mais rápida. E poderão ajudá-lo a não adoecer, o que
é ainda mais importante.
Em meu livro Reiki Livre e Sem Mestre, apresento
técnicas terapêuticas auxiliares, ou sejam, que
podem e devem ser usadas como complementos de
tratamentos médicos convencionais, jamais como
substitutos. O livro Reiki Livre e Sem Mestre foi
publicado em mídia impressa em 2003. Uma nova edição
está sendo preparada para Kindle.
- Posso ensinar os exercícios deste livro a qualquer
pessoa?
A princípio, sim, mas cuidado para não omitir
detalhes importantes, principalmente no caso dos
exercícios que não devem ser feitos por pessoas com
problemas cardíacos ou outros problemas de saúde.
Também não devem ser omitidas as recomendações sobre
locais e horários.
I - No dia-a-dia

Magia é ciência que ainda não entendemos - Arthur C


Clarke

este capítulo você terá uma idéia clara do que

N poderá conseguir a partir da leitura deste


livro e dos exercícios propostos. Leia com
atenção para que não fiquem dúvidas quanto ao
que poderá e o que não poderá esperar dos seus
exercícios de respiração e visualização.
O que é Magia?
Ao ouvir o termo magia, a maioria das pessoas o
relaciona a uma idéia completamente equivocada e
deturpada do que vem a ser isso. Muitos logo
associam a rituais secretos e mesmo perigosos,
ligados a elementos nada agradáveis e dos quais
queremos manter distância. Outras pessoas pensam em
rituais complicados, caldeirões, palavras mágicas e
símbolos mágicos. Algumas pessoas relacionam o termo
magia somente à chamada magia negra, outras
relacionam imediatamente à superstição.
Embora também possa incluir tudo isso, não há magia
branca ou negra - há apenas magia. Uma definição
simples e direta seria a utilização do pensamento
direcionado sobre as forças da natureza para atingir
algum objetivo. Entendamos como forças da natureza
desde a energia de uma simples erva até a das
grandes egrégoras ou formas-pensamento.
Você pode estar fazendo magia e não sabe
Muita gente pratica magia e nem desconfia. Se você
costuma acender uma vela para o seu protetor, ou em
intenção a algum outro santo ou entidade espiritual,
e repete esse ato sempre nos mesmos dias e horário e
local, está praticando magia. Se você mantém um vaso
ou um canteiro de comigo-ninguém-pode, arruda, guiné
ou espadas-de-São-Jorge na porta de sua casa ou do
seu local de trabalho, está utilizando as forças da
natureza a seu favor. Se você costuma acender
incensos em sua casa, mesmo que seja somente pelo
perfume que exalam, está usando forças mágicas. Seja
qual for a sua crença, se faz suas orações todos os
dias ou em intervalos regulares, no mesmo local e
horário, está praticando magia. Até mesmo se você se
encontra com uma mesma pessoa para conversar sobre
um mesmo assunto, sempre nos mesmos dias, no mesmo
local e horário, está criando um momento mágico,
mesmo que seja em uma mesa de bar, um banco de
praça, no local de trabalho ou no sofá em sua casa.
À primeira vista, tudo isto poderá parecer bobagem,
principalmente o último exemplo. Contudo, como você
verá nas idéias apresentadas neste livro, muitas das
coisas que fazemos em nosso dia-a-dia,
principalmente as que se repetem nos mesmos dias e
horários, acabam criando campos energéticos, ou
formas-pensamento, que poderão ser benéficos ou não,
dependendo de diversos fatores. Ir regularmente a
uma igreja, um templo, ou mesmo colocar-se diante de
um pequeno altar montado em casa, certamente será
uma prática sempre saudável; fazer exercícios
respiratórios e mentais no banheiro de sua casa será
sempre uma péssima idéia.
Há perigos na magia?
Magia pode, sim, ser perigosa, seja pela intenção ou
pelo desconhecimento, ou seja, se mal utilizada. A
magia em si não é nem boa nem ruim, é apenas magia.
Pense na magia como se fosse uma boa e afiada faca
de cozinha. A faca em si não é boa nem ruim, apenas
corta. Tanto pode ser usada para ferir alguém - um
ato de agressão - como para preparar alimentos - um
ato de amor. Aqui o que está operando é a intenção
de quem está utilizando a faca. O que pode acontecer
se uma faca afiada for deixada nas mãos de uma
criança? Com certeza ela poderá se ferir. Aqui está
um exemplo de um mal gerado pelo desconhecimento,
pela inocência ou pela imperícia.
No caso da faca, podemos tomar providências para que
a criança jamais corra o risco de ferir-se, mantendo
o objeto longe do seu alcance. Já no caso das forças
da natureza não há como escapar - elas estão em toda
parte, onde quer que estejamos, e não conhecem
distâncias, barreiras ou diferenças de credo. Até as
pessoas totalmente céticas estão à mercê dessas
forças (por outro lado, as mentes fechadas dos
céticos os deixam imunes a certos tipos de energia,
mas não a todos).
E assim como acontece com a faca, também na boa
utilização da ferramenta podemos nos ferir se não
observarmos certos cuidados. Por isso, procure
seguir as recomendações nas práticas propostas.
Magia x superstição
Muitas superstições nasceram a partir do
conhecimento ou das práticas de nossos antepassados.
Nossa cultura está repleta de crendices herdadas das
crenças africanas e indígenas e até mesmo da igreja
católica, que traz reunidas em uma só religião
práticas mágicas trazidas de outras culturas.
Magia e superstição se confundiram na mesma medida
em que cresceu a ignorância das pessoas sobre essas
forças. Se investigarmos a fundo a razão de muitas
das superstições, acabaremos descobrindo os
verdadeiros motivos de muitas crendices, e veremos
de tudo um pouco: crendices nascidas com base em
alguma verdade explicada em algum ramo da magia,
crendices desenvolvidas a partir da distorção de um
fato real e até mesmo crendices criadas
deliberadamente por grupos que desejavam controlar o
comportamento e a vontade das pessoas.
O conto da manga com leite
Se você mora, morou ou tem parentes no interior,
principalmente nas áreas rurais, já deve ter ouvido
falar na crendice antiga que afirmava que beber
leite com manga faria mal - a combinação desses dois
alimentos se transformaria em veneno. Sabemos que
isto não é verdade e que uma vitamina de leite com
manga é não somente muito saborosa como também muito
saudável. Contudo, quando criança, eu mesmo tinha
medo de me envenenar e, após saborear uma manga, não
beberia leite de jeito nenhum, ou vice-versa,
durante algumas horas, pois minha avó materna,
criada na roça, sempre repetia essa “verdade”. De
onde teria vindo tal crendice? Consta que essa e
outras histórias relacionadas à alimentação tiveram
início na época da escravidão: os senhores
inventavam tais verdades para que os escravos
comessem menos. Se bebessem leite, não comeriam
manga, e vice-versa.
O leitor deve estar se perguntando que relação este
tipo de informação tem a ver o assunto deste livro.
Você entenderá o porque no decorrer do livro.
Imagine que, na época da minha avó, uma pessoa muito
sugestionável e distraída ingerisse um copo de leite
poucos minutos depois de saborear uma manga. O que
aconteceria se ela, imediatamente após beber o
leite, desse conta que tinha se envenenado?
Provavelmente se sentiria tão mal quanto fosse sua
crença no suposto envenenamento. A sugestão é uma
arma poderosa e quanto mais se acredita numa coisa,
mais ela se torna verdadeira e poderosa.
Essa não, um gato preto!
Quem nunca ouviu falar na história do gato preto
cruzando à sua frente? Muitos acreditam que dá azar
ou que é sinal de problemas. Não me preocupo quando
um felino negro resolve atravessar meu caminho mas
muita gente fica realmente preocupada. O problema
aqui é manter essa preocupação na mente por muito
tempo. Se você realmente acreditar que algo
desagradável vai lhe acontecer em decorrência deste
ou daquele fato, atrairá condições que acabarão
realizando o seu desejo. Você pode transformar em
realidade tudo aquilo em que você acreditar,
inclusive seus temores. O problema é que a maioria
de nós prefere acreditar mais nas coisas negativas
do que nas positivas. A expressão “a fé remove
montanhas” vale para tudo, inclusive para o que não
presta. Se você acreditar que vai ter um péssimo dia
por um motivo qualquer, provavelmente terá mesmo um
dia difícil.
A proposta deste livro e dos demais livros da
coleção é, em primeiro lugar, ajudar o leitor a
direcionar a sua maneira de ver as coisas,
desmistificar a magia e criar à sua volta uma
atmosfera de paz, harmonia e otimismo. Todos nós
temos problemas em nossas vidas e gostaríamos de
aprender algum feitiço para fazer todos os problemas
desaparecerem de uma só vez. Obviamente isto não é
possível. O que é possível e desejável é mudar nossa
maneira de encarar tais problemas. Com certeza você
já teve a oportunidade de encontrar pessoas que,
apesar de terem pesadas dificuldades, sejam de saúde
ou financeiras ou de outra natureza, continuam
sorrindo confiantes. O que essas pessoas têm de mais
precioso é a confiança em si mesmas (ou em Deus,
como quiser), a confiança em que a chave da
felicidade está na maneira com que lidam
internamente com as dificuldades do dia-a-dia, e não
no que acontece ao redor delas.
Problemas que não precisamos ter
Independente da religião, nós, brasileiros, e também
outros povos com raízes culturais semelhantes, nos
acostumamos a acreditar que para merecermos o céu, o
paraíso, ou outros estados de consciência
relacionados com a paz de espírito após a perda do
corpo físico, temos que necessariamente sofrer.
Embora nem todas as correntes espiritualistas falem
a mesma língua sobre o assunto, a noção de carma já
é bastante difundida e conhecida, seja pela
divulgação das idéias de Allan Kardec (pseudônimo de
Hippolyte Léon Denizard Rivail, que difundiu na
Europa do Século XIX o que conhecemos hoje como
espiritismo kardecista), ou pelas idéias que chegam
até nós vindas das culturas orientais.
O que precisamos aprender é que oitenta por cento
dos nossos problemas não têm raízes no chamado
carma, nem em supostos castigos de Deus. Uma grande
parte dos nossos problemas vem de nossos maus
julgamentos, de nossa falta de habilidade em lidar
com as complicações do mundo físico e,
principalmente, por estarmos o tempo todo movendo
inadvertidamente forças astrais que acabam nos
atingindo como bumerangues programados. Ou seja, a
maioria dos nossos problemas é criada aqui mesmo,
hoje, agora. Um dos principais veículos que
movimentam tais forças é o verbo - ou seja, o que
dizemos. Mas não é apenas o que verbalizamos que
pode mover tais coisas; apenas pensar o mal para
alguém é suficiente para mover tais energias -
geralmente com prejuízos para quem desejou, nem
sempre para a vítima dos desejos ruins.
Meu desejo neste trabalho é apresentar alternativas
positivas para a postura mental a que fomos
acostumados desde crianças. Idéias aliadas a ações
mentais e exercícios respiratórios, que podem
promover uma transformação no seu modo de ver,
sentir e perceber o mundo à sua volta,
conseqüentemente melhorando a sua qualidade de vida.
Tal transformação será proporcional ao seu empenho
em melhorar a si mesmo e a atmosfera à sua volta e
na disciplina que empregar na realização dos
exercícios.
Esoterismo e exoterismo
Há atualmente um forte modismo em torno dos assuntos
chamados esotéricos. Contudo, há um equívoco na
utilização deste termo. Dentro do ocultismo, é
considerado esotérico tudo o que está relacionado à
verdadeira busca interna, voltada para o EU
interior, a Centelha Divina. Todo o resto é visto
como exotérico, pertencente ao mundo exterior, à
personalidade. Assim, a utilização de cristais em
terapias diversas, o emprego do FengShui para
harmonizar ambientes, incensos, aplicações de Reiki
para harmonizar os veículos físico, astral, mental e
emocional, Tarot, Astrologia, etc, são todos
práticas exotéricas, ou seja, que atuam no exterior,
que interessam somente à personalidade efêmera.
Principalmente para nós, ocidentais, acostumados a
valorizar excessivamente o intelecto e a razão, tudo
o que não pode ser explicado ou provado à luz da
ciência oficial é considerado como sobrenatural, ou
esotérico. Contudo, todas essas idéias e práticas
atuam em nossos corpos externos, sendo, portanto,
exotéricas.
Precisamos dessas práticas para harmonizar nossa
mente, nossas emoções e, conseqüentemente, nosso
corpo físico. Tal harmonização melhora a taxa
vibratória à nossa volta e nos ajuda a repelir -
pela Lei das Afinidades - pensamentos e companhias
indesejáveis - visíveis ou não.
Contudo, por meio das ideias lançadas neste e em
outros livros, é desejo deste autor plantar no
leitor a semente fundamental da Verdadeira Busca.
Aprender a ouvir o que diz o seu EU verdadeiro, a
ouvir a intuição e a seguir a Voz do Coração. Estas
sim, práticas verdadeiramente esotéricas.
Exageros
Assim como há pessoas que acreditam que estão sempre
doentes - ou podem pegar uma doença - e vivem
visitando médicos e tomando medicamentos - os
hipocondríacos - há também as pessoas que crêem que
tudo o que acontece é resultado de alguma coisa
sobrenatural ou da falta de cuidado ao lidar com
certas coisas. Há pessoas que vivem literalmente
presas às mais diversas práticas, projetam seus
medos e ansiedades na crença de que há sempre alguém
à espreita. Acabam se tornando escravas de rituais e
objetos que não levam a nada. Não caia nessa
armadilha!
Os exercícios que apresento neste livro são
benéficos quando feitos com disciplina e confiança,
mas você não precisa fazer todos eles, nem se sentir
mal porque não pode ou esqueceu de fazer algum dia.
Fazer exercícios mentais e respiratórios em lugares
inadequados ou em horários impróprios é pior do que
não fazê-los.
Escolha os exercícios com os quais se sentir mais à
vontade e que sentir que lhe fazem bem. Faça do
horário do exercício um momento agradável e
esperado, não uma obrigação incômoda. Não adianta
absolutamente nada fazer os exercícios de maneira
mecânica e intelectual, pois não produzirão
resultado algum: você estará perdendo o seu tempo.
Nem todos podem fazer todos os exercícios
Alguns dos exercícios envolvem a retenção da
respiração por alguns segundos ou tempos de
expiração mais longos do que os de inspiração. Há
ainda exercícios que devem ser feitos sob os raios
solares. Contudo, tais exercícios não devem ser
feitos por pessoas hipertensas ou com problemas
cardíacos. Leia com atenção as instruções de cada
exercício para saber qual se adequa ao seu caso.
Se você tiver algum problema de saúde ligado ao
sistema respiratório, consulte seu médico.
Locais adequados para a realização dos exercícios
Muitas vezes ficamos impedidos de fazer nossos
exercícios nos horários adequados, seja porque nos
encontramos no local de trabalho, freqüentando um
curso ou porque viajamos e momentaneamente não
dispomos da privacidade necessária. Nesses casos o
melhor é levantar-se alguns minutos mais cedo para
fazer seus exercícios ou fazê-los antes de deitar-
se, desde que não os faça entre as 23 horas e as 6
horas da manhã.
Uma saída que muitos empregam é, quando no local de
trabalho ou outro ambiente sem privacidade, fazer os
exercícios no banheiro. Não faça isso! Será melhor
para você não fazer exercício algum do que praticá-
los próximo a vasos sanitários, mesmo em sua própria
casa.
Saúde, amor, dinheiro, sucesso
Não existe uma fórmula mágica para atrair dinheiro,
trabalho e sucesso fácil, nem mesmo para curar
doenças. Sim, há pessoas que se utilizam de métodos
mágicos pesados que podem de fato criar tais
condições, mas não são para qualquer um e geralmente
envolvem um alto preço (e não me refiro a dinheiro)
e altos riscos.
Por outro lado, você pode, sim, melhorar sua vida
por meio dos exercícios apresentados neste livro.
Desde que não haja impedimentos cármicos pesados,
sua vida será o que você acreditar que ela puder
ser. As pessoas subestimam o poder do pensamento e,
justamente por isso, vivem fazendo mau uso de forças
desconhecidas e acabam presas em suas próprias
armadilhas. A partir do momento que você conseguir
mudar sua postura diante do mundo à sua volta,
poderá começar a exercer influência sobre tudo o que
lhe cerca e, lentamente, mudar as circunstâncias que
pautam sua vida.
Obviamente, a grande maioria das pessoas não
conseguirá resultados perceptíveis em poucos dias. A
mudança acontece de dentro para fora, partindo de
você, do seu âmago. Enquanto você acreditar que tudo
o que acontece com você é a vontade de alguma força
que não depende da sua vontade, nada vai mudar. É
evidente que, a menos que você seja um ser realmente
especial, não haverá milagres. Uma pessoa que tiver
algum problema físico permanente que a impedir de
realizar certas coisas continuará enfrentando o
mesmo problema, mas com outra postura, se assim
quiser determinar. Essa postura diferente é que
poderá transformar a limitação em mola propulsora de
outras realizações.
Mudanças necessárias
Nunca é demais repetir: não haverá mudanças externas
enquanto você não conseguir mudar a si mesmo. Você
pode, quem sabe, até ganhar um bom prêmio em
dinheiro (não por meio destes exercícios, mas por
outro motivo qualquer) e experimentar uma aparente e
passageira felicidade. Se interiormente você estiver
infeliz, se sentindo vazio, incompleto, nem todo o
dinheiro do mundo será capaz de lhe ajudar a
encontrar o que procura. Da mesma forma, se você
conseguir conquistar a pessoa dos seus sonhos, ou
obter o sucesso com que sempre sonhou, ao chegar lá
sentirá que falta alguma coisa. O que será?
O que falta é você estar em paz consigo mesmo, em
harmonia com seu Eu Interior e, conseqüentemente,
com o mundo ao seu redor. Tudo o que você
experimenta na vida é o resultado do seu grau de
harmonização com você mesmo e com o Todo.
Os exercícios apresentados neste livro, se feitos
dentro das condições recomendadas, trazem
tranqüilidade, relaxamento e quietude mental. Mesmo
que você não queira modificar-se interiormente, no
mínimo você conseguirá acalmar-se e reduzir os
efeitos prejudiciais dos problemas do dia-a-dia. Se
você repetir os mesmos exercícios todos os dias, no
mesmo horário e local (na medida do possível),
acabará criando para você uma atmosfera de
tranqüilidade e confiança. No início poderá ser
difícil, mas com o tempo os resultados virão. Não se
surpreenda se, após algumas semanas de exercícios
feitos corretamente, você começar a desejar promover
algum tipo de mudança interna. Quem sabe largar um
vício, ou ser mais paciente, ou simplesmente
enxergar o mundo com mais tranqüilidade - por mais
conturbado que esteja. O que distingue as pessoas
fortes das fracas é a serenidade com que enfrentam
os mesmos problemas. E você pode e quer ser forte.
Este não é um livro sobre curas, mas sobre como não
adoecer
Não é meu objetivo ensinar exercícios para curar
qualquer tipo de doença física. Somente pessoas com
conhecimentos médicos têm base suficiente para
ensinar tais técnicas. Os exercícios aqui descritos
podem, com certeza, ajudar na manutenção da
vitalidade dos seus corpos físico e astral. Maior
vitalidade significa mais resistência a doenças e
recuperação rápida se o mal já se houver instalado.
A grande maioria das doenças vêm de dentro para
fora, ou seja, quando o corpo físico adoece é um
sinal de que a pessoa está desarmonizada
internamente. Mesmo no caso das doenças provocadas
por agentes externos - vírus e bactérias - terá
maior resistência quem estiver harmonizado
interiormente. A própria ciência médica convencional
reconhece que problemas emocionais e stress podem
levar a uma baixa no sistema imunológico, deixando o
organismo mais suscetível a doenças, desde simples
resfriados até problemas mais sérios. Se uma pessoa
está sempre deprimida, sentindo-se infeliz,
pessimista e de mau humor, as doenças se instalarão
com muito mais facilidade do que se a pessoa
combatesse a depressão com uma nova postura mental e
auxiliada por exercícios tão simples quanto os
apresentados neste livro.
II - Respiração e Energia Vital

om certeza você não presta muita atenção à sua

C respiração ou se dá conta de que está


respirando, a não ser quando sofre de algum
problema respiratório que lhe imponha alguma
restrição ou dificuldade. Para mantermos nossos
corpos físicos saudáveis, precisamos ingerir
alimentos e água. Para isso, é preciso que
empreguemos algum esforço, ou seja, mesmo que todos
os alimentos e toda a água de que precisamos para
manter nossa saúde, apareçam diante de nós todos os
dias nos lugares e horários adequados, ainda assim,
precisamos usar as mãos para levar os alimentos e os
líquidos à boca, mastigá-los e engoli-los. Não é
algo automático.
Mas nem só de alimentos e água vive nosso corpo,
obviamente. Precisamos também do oxigênio presente
no ar. A grande diferença aqui é que o ato de
respirar é automático. Embora você com certeza tenha
controle sobre sua respiração, não precisa estar
consciente do ato de respirar para que o processo
aconteça. Justamente por ser um processo automático,
acabamos respirando de forma incorreta. Isso mesmo!
Muitos de nós desenvolvemos, ao longo dos anos,
maneiras incorretas de respirar, enviando
quantidades insuficientes de oxigênio para os
pulmões em ritmos mais rápidos. Vários fatores levam
à respiração incorreta, como postura, obesidade,
roupas muito apertadas e o stress, tão presente em
nossas vidas e responsável pelo respirar rápido e
entrecortado.
Não é preciso chamar a atenção do leitor para a
importância da respiração, mas vale a pena lembrar
que uma pessoa pode passar alguns dias sem água,
muitos dias sem comida, mas bastam apenas alguns
minutos sem oxigênio para que seu corpo físico deixe
de funcionar. Assim, respirar corretamente é
sinônimo de uma saúde melhor e de maior resistência
aos microorganismos responsáveis pelas doenças.
Prana
Contudo, o oxigênio é apenas um dos elementos
presentes no ambiente de importância fundamental
para a manutenção da vida. Ignorada pela ciência
oficial do Ocidente, uma outra substância, se é que
podemos chamar assim, está presente não somente no
ar, mas em tudo o que conhecemos. Tal substância é o
que os ocultistas denominam de Princípio ou Força
Vital. As culturas milenares dos Yogues indianos
chamam essa substância de Prana (daí o nome
sânscrito dos exercícios respiratórios yogues -
Pranayama). É o mesmo princípio denominado de Chi
pelos chineses e Ki pelos japoneses (embora algumas
correntes do Reiki a considerem uma energia
diferente do Prana).
Aqui no ocidente e principalmente no Brasil, devido
à difusão das culturas yogues e budistas, essa força
vital é mais conhecida como Prana, e será essa a
denominação que adotarei neste livro.
O Prana está em tudo, interpenetrando todas as
coisas, todos os seres. Nossa fonte irradiadora de
Prana é o Sol, estrela do nosso sistema planetário.
Portanto, o Prana está presente até mesmo no vácuo
do espaço, assim como entre os “espaços” existentes
entre as partículas do átomo. Mesmo onde não existe
ar, lá também existe Prana.
Mas esse Prana existe mesmo?
Muitos rejeitam a idéia de algo que os instrumentos
precários da ciência oficial não conseguem detectar.
Muitas pessoas têm dificuldades em aceitar certas
coisas como fatos, por não poderem ser comprovados
pela ciência oficial. Lembre-se que o método
científico aceito depende totalmente de instrumentos
capazes de detectar as manifestações energéticas dos
elementos. No passado nem tão distante assim, a
ciência desconhecia fenômenos e verdades devido a
dois motivos principais - a inexistência de
equipamentos adequados e, em grande parte, à mão
pesada de grupos religiosos que atacavam quem
ousasse contrariar as verdades estabelecidas até
então. Não faz muito tempo acreditava-se que o átomo
fosse a menor partícula indivisível da matéria. Hoje
sabemos que isto está longe de ser verdade e a
ciência ultrapassou bastante essa barreira. Hoje a
ciência já tem consciência da existência de
partículas muitíssimo menores do que um átomo.
Consegue também, por meio de experimentos
surpreendentemente simples, provar a existência de
partículas cósmicas tão exóticas como a anti-matéria
e os neutrinos. Contudo, nossa ciência oficial ainda
tem um longo caminho a percorrer.
Há ocultistas que afirmam que a ciência oficial
caminha a passos de tartaruga, se for levado em
conta o que ainda há para ser desvendado e o que as
escolas de ocultismo já sabem (embora não possam
provar por meio dos métodos científicos aceitos,
baseados em tecnologia ainda insuficiente). O que
sabemos é que os que se ocupam da astrofísica já
detectaram formas de matéria que até poucos anos
atrás eram desconhecidas, como a chamada matéria
escura, assim denominada por ser algo invisível,
impossível de ser detectado pela ciência oficial,
mas que, com base nos cálculos dos campos
gravitacionais gerados por esse tipo de matéria, os
cientistas têm certeza de que existe. A astrofísica
moderna afirma que há indícios da existência de
galáxias inteiras compostas por matéria escura.
É bem possível e torcemos para que, aos poucos, a
ciência oficial volte a analisar idéias totalmente
rejeitadas em tempos passados, como o que foi feito
com a noção do Éter, substância que preencheria todo
o espaço conhecido, existindo inclusive no vácuo do
espaço que cerca nossos planetas e estrelas. O
leitor percebe alguma semelhança com algo que acabou
de ler neste livro?
As sete manifestações fundamentais do Prana
Assim como a luz visível emitida pelo Sol decompõe-
se nas sete cores visíveis ou raios de diferentes
comprimentos de onda, o Prana também apresenta sete
tipos principais de manifestação. Está fora dos
objetivos deste livro uma explicação mais
pormenorizada sobre tais manifestações, bastando que
o leitor as entenda como formas diferentes de
atuação de um mesmo princípio.
As sete manifestações do Prana estão relacionadas às
sete cores do espectro visível e também às sete
notas básicas da escala musical. Não é por acaso que
muitos exercícios praticados pelos adeptos de
escolas de ocultismo e iniciáticas envolvem a
utilização de cores associadas a sons e à
mentalização dos também sete chacras principais do
veículo humano (você verá o que são os chacras no
capítulo 7).
Repare que ao mencionarmos cores e notas musicais,
estamos falando essencialmente sobre diferentes
frequencias de vibração de algum tipo de onda, sendo
o som produzido por ondas mecânicas propagadas pelo
ar e as cores produzidas por ondas eletromagnéticas
que se propagam no ar, na água e no vácuo.
No mundo da física teórica, se descermos ao nível
mais fundamental já idealizado pela ciência oficial,
chegaremos a um tipo de partícula fundamental
chamada de corda pela ciência atual. Trata-se da
Teoria das Cordas ou Supercordas. De acordo com essa
Teoria, tudo no Universo é formado por essa
partícula fundamental, sendo que os elementos
químicos básicos que compõem o Universo são nada
mais que o resultado de vibrações em diferentes
frequencias dessas particulas. Da mesma forma que se
podem obter notas musicais diferentes de uma corda
de instrumento musical, tensionando-a ou afrouxando-
a, de modo a fazê-la produzir notas diferentes,
essas partículas vibram em frequencias diferentes,
produzindo todos os elementos básicos do Universo e,
pela combinação desses, tudo o que conhecemos.
Acredita-se que, pela utilização de cores e
reprodução de sons adequados, pode-se fazer vibrar o
prana existente, tanto no ambiente como no interior
do corpo, de modo a criar condições energéticas
adequadas para atingir os resultados almejados. Essa
poderia ser uma explicação para o emprego desses
métodos, desde épocas que se perderam na noite dos
tempos, trazidas até nós a partir de escrituras
antigas, como os Vedas.
A maioria dos exercícios apresentados neste livro
envolve a absorção consciente de Prana, alguns dos
quais envolvendo a visualização de cores. Embora
todos nós absorvamos normalmente o Prana dissolvido
no ar, nos alimentos, na água, e assim por diante,
você verá mais à frente que a visualização do
processo e o uso da vontade intensificam e
direcionam o poder do Prana para obtermos os
resultados desejados.
A importância das mentalizações
Estamos o tempo todo fazendo mentalizações, trata-se
de algo que ocorre naturalmente e utilizamos em
todos os nossos momentos, mesmo que não nos demos
conta disso. Por exemplo, se lemos um livro
descrevendo um cenário ou um evento, naturalmente
acompanhamos a narrativa criando mentalmente as
imagens sugeridas pela descrição. Se for uma
história feliz, sobre um passeio, um concerto
musical ou acontecimentos engraçados, acompanharemos
mentalmente com imagens e também emocionalmente,
reagindo com emoções compatíveis com as histórias.
Se for uma história triste, nosso emocional reagirá
conforme o sugerido na história, seja ela verídica
ou mera ficção.
Assim como criamos mentalmente nossas imagens
relacionadas às ideias que recebemos, reagimos
emocionalmente às imagens que vemos todos os dias. A
imagem, mesmo que em uma pequena fotografia, de um
belo céu azul emoldurado por mar, praia e vegetação
abundante nos transmite imediatamente um sentimento
de tranqüilidade e, não raro, o desejo de estar
dentro desse cenário. Imagens de pessoas em
sofrimento, guerras e destruição nos provocam
efeitos opostos.
Mesmo imagens menos óbvias do que um cenário
natural, exercem efeitos sobre nós. Ao apreciar uma
obra de arte, por exemplo, uma pintura abstrata,
reagimos emocionalmente ao mostrado na tela e, às
vezes, não sabemos explicar por que gostamos ou não
gostamos de um determinado quadro. Formas e cores se
combinam, criando emanações de energia, vibrações
que nos afetam e afetam o ambiente que nos rodeia.
Talvez você já tenha entrado em algum lugar e não se
sentido bem ao olhar para um quadro. Por outro lado,
talvez você se recorde de algum quadro cujas formas
e cores lhe transmitiram sentimentos agradáveis e
difíceis de explicar.
Nossa mente reage rapidamente a imagens e símbolos.
Podemos tirar proveito disso para gerar estados
mentais e emocionais propícios para atingirmos
certos objetivos. Por isso, sempre que um exercício
sugerir que você imagine um cenário, alguma cor,
forma geométrica ou objeto, faça-o exatamente como
descrito, com a convicção de que as imagens e os
símbolos sugeridos lhe ajudarão a atingir o que
deseja. Tais imagens e símbolos poderão ser formas
simples, como um quadrado, um círculo ou uma esfera,
ou mais complexas, como a imagem de um anjo ou outro
ser que faça parte de sua crença. Em quase todos os
casos haverá a mentalização de alguma cor.
EXERCÍCIO - Tome consciência do ar
Alguma vez você já se deu conta de que está dentro
de uma bolha (a Terra), submerso em uma camada densa
de substâncias em estado gasoso? Este é um exercício
interessante que, se você ainda não o fez
naturalmente, lhe dará uma dimensão nova da nossa
realidade.
É bastante provável que alguma vez na vida você
tenha estado numa piscina ou no mar, e empurrado a
água com as mãos para deslocar-se ao nadar. Mesmo
que você não saiba nadar, já deve ter feito esse
movimento com as mãos sob a água, sentindo o peso e
oposição da água contra suas mãos, e também um leve
turbilhão no lado da mão oposto à direção do
movimento.
Não podemos respirar dentro d’água, já que não é
nosso meio natural e nosso corpo físico não está
adaptado para retirar o oxigênio dissolvido na água.
Por mais óbvio que isso possa parecer, talvez não
seja assim tão óbvio que uma das substâncias que,
juntas, se manifestam na forma que conhecemos como
água, também está presente no ar que respiramos, mas
em estado gasoso, ou seja, suas moléculas estão
vibrando em velocidades muito mais altas do que
quando se encontram no estado líquido, combinadas
com a de outro gás.
Estamos, então, submersos em uma bolha inundada por
gases, entre eles o oxigênio, que compõem a
substância que invade nossos pulmões para que dela
retiremos o oxigênio - e o Prana - de que precisamos
para viver. Em relação ao espaço exterior, o meio em
que nos encontramos é muito mais denso.
Faça com a mão o mesmo movimento que faria dentro
d’água e perceba que você está empurrando o ar e
que, na face oposta à que está empurrando, há um
pequeno turbilhão de ar semelhante ao que ocorre
quando empurramos a água com a mão. Faça isto agora
e tome consciência disso, constate que você não se
encontra no vazio, que não há espaço vazio entre
você e os objetos ao seu redor, nem mesmo entre seu
rosto e este livro.
Olhe à sua volta e tome consciência disso, de que o
ar é como uma forma mais sutil de água (embora
apresentando composição química diferente) na qual
estamos mergulhados. Olhe para os prédios, as
montanhas, as árvores, tudo o que a visão alcançar,
entendendo que tudo está submerso nessa substância.
Veja os pássaros como se fossem peixes adaptados ao
meio mais leve e a nós mesmos e os demais animais
não alados como se fôssemos criaturas que caminham
ou rastejam no fundo dos oceanos.
Faça isto até que a constatação desse fato se torne
algo natural.
EXERCÍCIO - Tome consciência do Prana
Como já disse, a Força Vital ou Prana está presente
em tudo o que nos cerca e dependemos totalmente
dessa Força para que nosso corpo funcione. Desde
nosso primeiro inspirar ao nascermos, até nosso
último suspiro, estamos constantemente retirando do
ar a maior parte do Prana de que precisamos.
Tal energia, que chega até nós fortalecido pela
energia irradiada pelo Sol, é o combustível que faz
com que todos os organismos se movam. Todo e
qualquer movimento, mesmo que seja um pequeno
movimento do dedo mínimo, consome Prana. Até mesmo o
ato de pensar consome Prana.
O Sol, manifestação física do Sol Esotérico ou Sol
Oculto, inunda nossa atmosfera todos os dias com
Prana energizado, garantindo a Vida como a
conhecemos na Terra. Durante o dia o ar está repleto
desse Prana carregado com a vibração de energia da
Vida, constantemente renovado pelos raios do Sol,
que nos doa sua energia de Amor Universal.
Algumas pessoas conseguem perceber visualmente o
Prana energizado, se manifestando no ar,
principalmente em dias ensolarados. Elas descrevem
como “pequenas explosões ou bolhas que estouram,
como se fossem as bolhas estourando na superfície de
um copo de refrigerante, lembrando cápsulas de
energia que explodem e liberam suas cargas no ar”.
No atual ciclo a maioria de nós não consegue
perceber o Prana dessa maneira. Mas depois de fazer
o exercício anterior, você poderá tomar consciência
do Prana através da Imaginação Criativa, procurando
visualizar o Prana dissolvido no ar que a tudo
preenche.
Repita o exercício anterior, desta vez consciente de
que esse ar que nos cerca está repleto de Prana, e
que esse Prana, carregado com a Energia da Vida
doada pelo Sol, está constantemente sendo bombeado
para dentro dos seus pulmões e sendo distribuído
para todas as células do seu corpo.
Faça isto até que esse fato se torne algo consciente
e natural.
Fontes de Prana
A Terra é um ser vivo. Acostume-se a encarar este
fato. Fazemos parte de um Grande Organismo Cósmico
formado por muitos e diversos organismos dos mais
variados - e desconhecidos - tipos, tamanhos e
formas. Sendo um organismo e um tipo de consciência,
manifesta-se no plano físico como o planeta que nos
abriga e nos doa tudo o que precisamos para o nosso
sustento.
Como organismo vivo, alimenta-se também das energias
doadas pela Consciência Cósmica, inclusive do Prana
em todas as suas manifestações. O Prana absorvido
pela Mãe Terra fica armazenado sob nossos pés, no
solo e ao nosso redor, na vegetação, principalmente
nas árvores.
Ande descalço mais vezes
Você já deve ter ouvido dizer que faz muito bem
andar descalço, em contato com o solo. E realmente é
benéfico tal contato, pois facilita muito a troca de
energias entre seu corpo e a Mãe Terra. O Prana
armazenado no solo é absorvido pelo corpo, através
dos chacras dos pés, e a energia “ruim” ou “usada” é
descarregada no solo. Sempre que puder, retire seu
calçado e permita-se ter contato direto com o solo.
Se você morar em um prédio de apartamentos, vá até o
térreo ou ao playground do prédio e ande um pouco
descalço.
Embora o ideal mesmo seja manter os pés em contato
direto com o solo ou um gramado, caso você não se
sinta bem ou por qualquer motivo não possa caminhar
com os pés desprotegidos, compre uma sandália ou
sapatilha com solado feito com fibras de sisal
(material com o qual são feitas cordas). O sisal não
isola o corpo totalmente do solo e permite o fluxo
de energias.
Uma das coisas mais benéficas para a saúde do corpo
físico e astral (emocional) é caminhar descalço na
praia. O contato com a energia existente à beira-mar
é altamente benéfico pelo efeito de limpeza que tem
sobre seu corpo energético (ou aura).
O banho de mar potencializa ao máximo essa limpeza.
Sendo a água salgada um ótimo condutor, todo o seu
corpo estará em contato perfeito com esse campo
energético. Além disso, o sal presente na água
promove uma limpeza ainda mais profunda, dissolvendo
formas-pensamento, miasmas e larvas-astrais.
Contato com árvores
As árvores e plantas retiram o Prana de que precisam
do ar, da luz solar e do solo, obtendo o Prana em
todas as manifestações necessárias para a manutenção
adequada da vida desses seres.
Segundo os ensinamentos de algumas escolas de
ocultismo, muitas árvores podem ser consideradas
como chacras da Terra, ou sejam, vórtices de
absorção ou liberação de energias com funções
semelhantes aos chacras existentes nos humanos (você
verá mais sobre os chacras em outro capítulo deste
livro).
Alguns tipos de árvores concentram grandes
quantidades de Prana altamente benéfico à saúde do
homem. Se você puder praticar exercícios
respiratórios sob árvores grandes e frondosas
absorverá Prana em quantidade e qualidade superiores
às que obteria no meio de uma selva de pedras.
Cuidado, no entanto, pois há árvores cuja energia
pode ser prejudicial - evite principalmente as
espinhosas, as que projetam ramos pendentes (como as
conhecidas como “chorões”) e árvores cujas raízes se
projetem muito para os lados e estourem o solo, como
as figueiras.
Diante de árvores energeticamente benéficas, você
pode aumentar ainda mais o poder de restauração se
pedir à árvore que o ajude a receber o Prana de que
precisa. Por mais tolo que isso possa lhe parecer,
trata-se de uma interação com a egrégora, o Ser
representado pela árvore no plano físico. Cada
árvore é uma egrégora ou alma grupo, formada por
centenas ou milhares de manifestações - as folhas -
alimentadas por um só tronco. Tais egrégoras fazem
parte de um Grande Plano Natural do qual o homem se
afastou - afastamento esse responsável pelo
surgimento de tantas enfermidades ligadas ao corpo
emocional. Mas você pode, consciente e
deliberadamente, buscar novamente esse contato,
tanto quanto lhe for possível, pedindo mentalmente
ou mesmo em voz alta - o que lhe parecer mais forte
- que o ser manifestado por meio da árvore lhe ajude
a equilibrar-se energeticamente, doando o Prana de
que precisa e livrando seu corpo das energias
prejudiciais. Como exemplos de árvores altamente
benéficas posso citar os eucaliptos e os pinheiros.
Frutas frescas contêm mais Prana
Ao criarem seus frutos, as árvores e plantas
concentram toda a energia disponível na produção
dessas dádivas da natureza. Não é à toa que, logo
após frutificarem, a maioria das árvores e plantas
entram em um estado de adormecimento e perdem o
vigor. Os frutos, que deveriam ser nosso único
alimento, contêm grande quantidade de Prana
concentrado. Contudo, esse Prana vai-se perdendo
rapidamente à medida que a fruta começa a passar do
ponto de maturação e entra no processo de
decomposição.
O ideal é que você coma frutos recém colhidos do pé
– não somente são os mais saborosos, como também os
que ainda contêm a maior concentração de Prana.
Absorção otimizada de Prana
Você pode estar se perguntando qual a utilidade de
exercícios de absorção de Prana, se tal energia é
absorvida naturalmente através da respiração, da
ingestão de alimentos, do contato com o solo e as
árvores, etc. O que ocorre é que, com nosso total
afastamento do contato benéfico com a natureza,
passamos a viver a maior parte do tempo em ambientes
insalubres, enfumaçados, repletos de materiais
sintéticos e isolantes e, muitas vezes, em locais
que mal recebem a luz solar, mesmo durante o dia.
Muitos de nós passam uma grande parte da vida em
ambientes com iluminação artificial e ar-
condicionado, gravemente pobres em Prana. Repare
como os ambientes de trabalho com iluminação natural
e com janelas abertas cansam menos do que os
confinamentos em áreas fechadas e artificialmente
iluminadas.
É claro que você não pode escolher onde vai
trabalhar e, muitas vezes, nem mesmo onde vai morar.
Assim, você passa a maior parte do tempo respirando
ar energeticamente pobre. Por isso, lhe fará muito
bem aproveitar o tempo que tiver disponível, mesmo
que sejam apenas alguns minutos, para absorver Prana
conscientemente e, assim, carregar o corpo com doses
mais fortes de Força Vital.
Mesmo que você trabalhe ao ar livre em regiões com
baixos níveis de poluição e em contato com a
natureza, a absorção consciente de Prana lhe trará
benefícios, ao lhe ajudar a ter consciência de
outros níveis de energia operando à sua volta. Eu
poderia escrever muitos parágrafos sobre esses
benefícios, mas terá muito mais valor a sensação
experimentada através dos exercícios.
Banho de sol
Diante de tudo o que expus acerca do Prana e sua
importância, fica bastante evidente a importância
dos banhos de sol para revitalizar o organismo.
Independente dos benefícios não reconhecidos pela
ciência oficial, todos sabemos da importância de
banhos diários de sol para a manutenção da perfeita
saúde do corpo e que a falta de exposição aos raios
solares, por períodos prolongados, pode provocar
deficiências de substâncias no organismo,
deficiências essas que podem provocar doenças
sérias.
No mínimo, quinze minutos diários de banho de sol,
procurando fazê-lo nas primeiras horas da manhã e
após às 15 horas. Nos próximos capítulos você
aprenderá alguns exercícios que deverão ser feitos
preferencialmente sob os primeiros raios de sol.
EXERCÍCIO DIÁRIO 1
O exercício proposto a seguir deve ser feito todos
os dias e durante uma semana. Após uma semana
praticando este exercício, você poderá passar ao
exercício diário do capítulo 2. Nada impede que você
faça este exercício por mais tempo do que uma semana
antes de passar ao Exercício Diário 2, fica a seu
critério, mas é importante que você o repita pelo
menos por uma semana antes de passar ao exercício
seguinte.
Trata-se de um exercício muito simples, que combina
a respiração controlada e a visualização da absorção
do Prana.
Local: O melhor é que você faça seus exercícios
sempre no mesmo local, na mesma posição. Qualquer
lugar serve, menos o banheiro ou outros locais
próximos a ralos, torneiras ou grandes reservatórios
de água parada. O ideal é seu quarto ou algum outro
local onde você se sinta à vontade e não corra o
risco de ser interrompido. Desligue o celular e o
telefone.
Horário: Qualquer horário entre as 6 da manhã e as
23 horas. Os melhores horários são 6 e 8 da manhã,
meio-dia, 15 horas e 18 horas, devido à qualidade do
Prana e os tipos de manifestações energéticas desses
horários.
Ambiente: Tanto quanto possível, procure ambientes
com baixo nível de ruído, arejados, claros, de
preferência com a janela aberta, mesmo à noite.
Jamais faça exercícios respiratórios em ambientes
enfumaçados – mesmo que seja fumaça de incenso - e
sem ventilação. Você pode usar um incenso se isto
lhe fizer sentir-se bem, mas procure não fechar o
ambiente e providencie para que haja um bom nível de
ventilação. A inalação repetida de fumaça de incenso
é comprovadamente prejudicial à saúde.
Se quiser usar música, prefira estilos de música bem
suaves, sem canto, apenas instrumentais e, ainda, de
preferência peças musicais que não lhe tragam à
mente idéias ou lembranças que provoquem emoções,
mesmo que sejam emoções que você considere como
boas. Sua atitude emocional deve ser o mais neutra
possível. Uma boa idéia é procurar CDs de música
para meditação, criadas especificamente para
provocar o estado mental adequado. Você encontra
tais CDs em lojas de artigos esotéricos.
Posição: Sentado com a espinha ereta, de frente para
o Leste - o lado onde o Sol nasce. Pernas separadas,
mãos sobre as coxas, sem cruzá-las.
Respiração: Deve ser feita sempre pelo nariz - não
puxe o ar pela boca. Se estiver resfriado e não
conseguir puxar o ar pelo nariz, não faça os
exercícios até que volte a respirar normalmente pelo
nariz.
Observação: Em todos os exercícios é muito
importante que você não cruze as pernas ou as mãos.
Ciclos: Para simplificar as explicações, vamos
chamar de ciclo cada inspiração e expiração, ou
seja, um ciclo começa quando você passa a puxar o ar
para dentro dos pulmões e conclui quando você
termina de expirar o ar e está prestes a iniciar uma
nova inspiração.
Vamos começar?
Passo 1
Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a sua
respiração normal, sem forçar. Tome consciência de
que, junto com o ar que você está inspirando, você
está enviando Prana para dentro do seu corpo.
Faça isso durante sete ciclos.
Passo 2
Ainda mantendo os olhos fechados, inspire profunda e
lentamente até que seus pulmões estejam
completamente cheios, fazendo seu tórax expandir,
expirando também lentamente em seguida.
Continue mantendo a atenção no ar que entra e que
sai, visualizando a entrada de ar carregado de Prana
e a saída de ar usado e mais pobre em Prana. Junto
com o Prana usado, tome consciência de que você está
expelindo também problemas e preocupações.
Repita isto por sete ciclos.
EXERCÍCIO - Sinta o Prana nas mãos
Depois que você estiver bastante familiarizado com o
Exercício Diário 1 e já o fizer de forma quase
automática, será interessante fazer este experimento
para perceber como o direcionamento mental pode
produzir resultados.
Faça o Exercício Diário 1 conforme o já exposto. À
medida que inalar o ar, continue visualizando o
Prana entrando em seus pulmões e sendo distribuído
por todo o corpo.
Ao expirar, direcione mentalmente o fluxo de Prana
para as suas mãos. Concentre sua atenção em suas
mãos e, ao expelir o ar dos pulmões, visualize
mentalmente o fluxo de Prana sendo levado até suas
mãos.
Com o tempo você começará a ter a sensação de que
suas mãos estão mais aquecidas. Talvez você não
sinta nada nas primeiras vezes, mas com o tempo você
verá que esse aquecimento de fato ocorre.
Essa sensação de aquecimento é bem conhecida pelos
praticantes de Reiki, sendo que se você não for
reikiano - como são chamados esses praticantes - a
sensação poderá ser menos intensa.
Aprendendo a nadar
Você está lembrado de quando aprendeu a nadar,
dirigir ou andar de bicicleta, ou a praticar
qualquer outro tipo de atividade aparentemente
difícil? No inicio do aprendizado de certos tipos de
coisas muitas pessoas têm a sensação de que nunca
vão conseguir, até que, com perseverança e confiança
em si mesmos, acabam vencendo as primeiras etapas e
constatando que a impressão inicial de provável
fracasso era falsa.
O mesmo acontece com os exercícios apresentados
neste livro. Se você não conseguir qualquer
resultado nas primeiras tentativas, não desista.
Continue fazendo até perceber algum resultado. Você
verá que com o tempo a perseverança vencerá qualquer
dificuldade.
Depois de algum tempo praticando seus exercícios, a
atitude mental adequada será tão natural que você
poderá fazer os exercícios com os olhos abertos sem
perder a atenção.
Não é preciso fazer qualquer esforço para se
concentrar. Você deverá ficar o mais relaxado
possível, tomando cuidado apenas com a posição do
seu corpo, mantendo sempre a espinha ereta. Esta
posição permite que as energias fluam pelo seu corpo
através de seus chacras (assunto de outro capítulo
deste livro), e facilita a percepção dos resultados.
III - A aura humana - Manifestações
do Ser

este capítulo apresento o que vem a ser a aura,

N descrevendo sua estrutura básica e outras


informações relacionadas. Não se preocupe se
algumas das idéias apresentadas neste capítulo
parecerem demasiadamente incomuns ou absurdas. É
importante que você leia, mesmo que não possa
entender ou aceitar completamente tudo o que
apresento. No mínimo, você terá uma idéia geral do
que se trata, o que ajudará bastante na compreensão
das demais idéias apresentadas neste livro.
O sucesso dos exercícios propostos não depende da
aceitação de tudo o que apresento aqui, mas se você
sentir-se à vontade com as idéias deste capítulo,
sua visão das coisas tenderá a se modificar
sutilmente e lhe será mais fácil sentir algumas
idéias, em vez de apenas entender com a mente
objetiva.
Aura
A aura é um campo de energia eletromagnética que
envolve cada um de nós. Na verdade, todos os seres
da natureza apresentam algum nível de aura,
inclusive os minerais. O estudo aprofundado da aura
humana é bastante complexo e está além dos objetivos
do presente trabalho. Se você quiser se aprofundar
no estudo dessas teorias, consulte a bibliografia
recomendada, no fim deste livro.
A aura nos envolve como um campo de força, na forma
de um halo luminoso que parte do interior de nosso
corpo e se estende para além da pele por poucos
milímetros ou alguns centímetros, sendo que seu
tamanho depende do grau de evolução e,
principalmente, da vitalidade da pessoa. À medida
que se afasta do corpo, a luminosidade desse halo
vai-se reduzindo até desaparecer, não há uma borda
bem definida. Pense na borda da aura como a borda da
chama de uma vela; ela não acaba abruptamente.
A coloração da aura é bastante variada, dependendo
dos mais variados fatores, tais como grau de
evolução espiritual, estado de espírito em um
determinado momento, estado de saúde, grau de
vitalidade, etc. Assim, a aura de uma pessoa pode
variar em cor, forma e intensidade várias vezes em
um mesmo dia. Pode ser afetada, inclusive, pelo
ambiente em que a pessoa se encontrar ou em
decorrência da presença de uma ou mais pessoas. Nem
sempre a aura de uma pessoa se apresenta com formato
ou cor uniforme.
O que é a aura, afinal?
Nos habituamos a pensar na aura como algo que nós
temos. Na verdade, não é bem assim. Será mais
próximo da realidade dizer que nós somos a aura e
que nosso corpo é a manifestação no plano físico do
resultado do somatório de todas as energias que
formam a aura.
Melhor ainda, podemos dizer que o que conhecemos
como aura seja a manifestação de nosso estado de
consciência nos planos mais elevados e que o corpo
físico seja a manifestação, no plano mais denso da
Criação, do resultado da soma das energias que
formam a aura.
Confuso? Pode parecer a princípio, principalmente
para quem está acostumado a pensar no mundo físico
conhecido como o mundo “normal” e a encarar tudo o
que é “invisível” ou “não provado” como o mundo
“sobrenatural”.
Acredito que o fato de você estar lendo este livro
significa que você tem consciência de que o mundo, a
natureza, a vida, não se resumem ao mundo
tridimensional. Sendo assim, não lhe deverá parecer
absurda a idéia de que nós não somos um corpo, um
amontoado de células que um dia simplesmente deixa
de funcionar. Somos mais do que isso. Embora a
ciência esteja prestes a desvendar fatos que hoje
ainda são tidos como crendices, os estudos baseados
somente no intelecto, na razão, jamais conseguirão
encontrar as respostas para o mistério da vida
humana. Da mesma maneira, você dificilmente
conseguirá obter muitas das respostas que
intimamente procura se insistir em procurar
explicações puramente lógicas para suas perguntas.
No caso da idéia de sermos uma aura manifestada em
um corpo físico, a dificuldade não é assim tão
grande - é possível perceber que isto é verdade
mesmo utilizando os limitados recursos do intelecto
humano. Basta que deixemos a mente aberta às novas
idéias e procuremos aceitar por um instante que
essas idéias são verdadeiras.
Após sentir essas idéias em um estado mental mais
aberto, você terá mais facilidade em entender a
“lógica”, mesmo quando voltar a pensar no assunto
com uma atitude mais questionadora.
Acredito ser importante mencionar que é sadio
questionar, principalmente em um mundo onde há tanto
espaço para enganadores. Questione, sim, mas não
feche totalmente sua mente - deixe espaço para a
imaginação criativa e para a intuição, assunto que
também abordo neste capítulo.
A filosofia Zen-Budista ensina que, ao receber uma
informação nova, você não deve acatá-la como uma
verdade inquestionável somente porque alguém
investido de algum tipo de autoridade ou crédito
afirmou ser verdade. O fato de que uma informação
partiu de alguém tido como um “mestre”, um guru, um
sacerdote, etc., não significa que você tenha que
aceitar aquela informação sem antes questionar em
seu íntimo. Somente quando a informação estiver em
harmonia com o seu íntimo é que você poderá aceitá-
la também como sua verdade.
Então, se lhe parecer fantástico demais crer que
você é uma consciência manifestada em uma aura que,
por sua vez, se manifesta em um corpo físico, adote
a imagem que mais lhe parecer confortável. A maioria
das pessoas tem mais facilidade em visualizar a aura
como uma conseqüência de seu próprio corpo. A
maneira de encarar isso não tem muita importância
para as idéias propostas neste livro, o efeito final
será o mesmo.
Por outro lado, se ao menos lhe atrair a idéia de
exercitar essa imagem, essa idéia, vá em frente.
Acredito que você não tenha a intenção de permanecer
parado. Assim, quando tiver vontade, faça este
exercício mental - comece a pensar nas energias que
formam o conjunto chamado de aura como a
manifestação do seu EU Interior ou o próprio,
passando a encarar seu corpo apenas como uma
representação no mundo físico da sua Consciência
Astral-Mental-Espiritual.
Fonte de informações para videntes
Se você já esteve em alguma casa espiritualista ou
se consultou com um cartomante, tarólogo,
radiestesista ou alguém que jogasse búzios, e ficou
impressionado com o grau de acerto sobre o seu
passado e seu presente - e talvez até certo ponto
sobre um futuro muito próximo, saiba que essas
pessoas, mesmo sem saber, obtêm todas essas
informações diretamente de sua aura! Tudo o que você
foi, é, pensa e sente fica estampado em sua aura,
que comunica isso através de cores, formas ou
simplesmente vibrações, que podem ser captadas por
pessoas altamente intuitivas, independente de usarem
ou não baralhos, búzios ou pêndulos para obter as
respostas.
Infelizmente há também quem não leia ou sinta coisa
alguma e utilize outro tipo de técnica, chamada
leitura cega, utilizada por trapaceiros, que enganam
seus consulentes obtendo deles próprios informações
suficientes para iludir com habilidade.
Para aqueles que têm o dom da clarividência ou de um
nível alto de sensibilidade às vibrações áuricas,
conhecer presente e passado, problemas mais
evidentes e o que sente é tarefa fácil. Como estamos
todos interligados mentalmente, ainda que isso não
seja algo constante em nossa percepção limitada,
temos em nossas auras registros e caminhos que levam
às auras de outras pessoas. Assim, é igualmente
fácil para essas pessoas captar pedras - ou pessoas
- que possam estar em nossos caminhos. A coisa se
complica quando tentam adivinhar o futuro. Podem
conseguir captar tendências, mas nem sempre acertar.
Afinal, quem define o futuro, de verdade, somos nós
mesmos e as pessoas que nos cercam. Muitas vezes as
indicações de um tarólogo podem servir como alertas
de que alguma coisa nesse ou naquele sentido podem
acontecer. Como podemos, através de nossa vontade
direcionada, reverter certas tendências, as
consultas podem nos ajudar sim, mas não se deve
acreditar cegamente em previsões. O mais sensato é
tomá-las como indicações de que algo deve ser feito
– de preferência por meio de pensamentos e atitudes
positivas - ou que devemos ter cautela ao tomar
certas decisões. Ou, quem sabe, de que devemos mudar
alguma coisa em nossa conduta para evitar os
problemas anunciados. Sim, eu sei, difícil é saber o
que mudar ou o que fazer. Nesses momentos o melhor é
tentar ouvir a intuição, capacidade que podemos
desenvolver com a ajuda dos exercícios propostos
neste livro ou por meio da meditação.
Desenvolvimento da vidência astral
Muitas pessoas desejam desenvolver a vidência
astral, seja por curiosidade ou por algum outro
objetivo. No entanto, a maioria das pessoas não se
dá conta de que o desenvolvimento desse tipo de
habilidade sem uma transformação interna adequada as
colocará em contato com coisas nada agradáveis.
Assim como ocorre com os outros planos, o plano
astral divide-se em sete subplanos. Normalmente
estamos em contato com o nível mais denso do plano
astral, habitado por formas pensamentos e criaturas
dos quais é melhor nem tomarmos conhecimento - todos
criação humana. Então, cuidado. Transforme-se
internamente, mude sua faixa vibratória, busque seu
Eu Interior com sinceridade. Quando você estiver
preparado para a clarividência, ela surgirá
naturalmente.
Há pessoas, privilegiadas, que buscam caminhos
diferentes e atingem estados de consciência bastante
elevados sem nunca terem desenvolvido a vidência
astral. Alguns, na verdade, nem mesmo querem, como
dizem, abrir para o astral, pois isto os
atrapalharia ou mesmo fecharia seus canais com os
planos mais altos.
Além disso, poderes de vidência astral,
clariaudiência astral, telecinésia e outros objetos
do desejo de muitas pessoas que se interessam por
esses assuntos, quando conquistados não são sinônimo
de evolução espiritual, de forma alguma.
As faixas da aura
Está fora dos objetivos deste livro descrever
detalhes aprofundados sobre a estrutura e o
funcionamento da aura, sendo este um assunto
demasiadamente complexo para nossos objetivos e já
devidamente explorado em excelentes obras, algumas
das quais indicadas no final deste livro.
Contudo, é conveniente que você tenha uma idéia
básica de sua estrutura e da relação das faixas da
aura com nossa vida, para que futuramente tenha
maior facilidade em direcionar sua vontade durante
as práticas que aprenderá, e para facilitar a sua
compreensão quando, no livro sobre Reiki, estudar os
símbolos sagrados e a relação com os diversos
veículos do Ser.
Na verdade, essas faixas que compõem a aura são os
veículos do Ser manifestados em alguns corpos
energéticos. Esses corpos não se sobrepõem uns aos
outros, como se fossem camadas da casca de uma
cebola, mas ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo, se
interpenetrando. A princípio, quanto mais próximo do
físico em termos energéticos, mais baixa será a
vibração e menor o seu tamanho.
Todos nós temos esses veículos, independente do grau
evolutivo. A diferença entre uma pessoa pouco
evoluída e um ser humano realmente transformado é a
capacidade de percepção dos planos em que vibram os
corpos mais altos, além da qualidade dos corpos mais
densos. Os corpos mais sutis são de natureza elevada
em todos nós. O grande desafio evolutivo de cada um
de nós é conseguir perceber o Ser Espiritual que
tenta se manifestar através de nós, do qual somos
apenas uma manifestação paupérrima e distorcida.
Não há ainda um consenso sobre a estrutura e a
função desses veículos e não tenho a pretensão ou
condições para julgar qual seria a versão correta.
Assim, é provável que você encontre informações
ligeiramente diferentes em obras de outros autores.
As informações que apresento baseiam-se nos
ensinamentos de algumas Escolas Secretas e em textos
baseados nos trabalhos de Helena Blavatsky,
fundadora da Sociedade Teosófica.
Corpo vital ou duplo etérico
O primeiro desses veículos é o corpo vital, etérico
ou ainda duplo etérico. A denominação duplo etérico,
utilizada por muitos ocultistas, vem do fato de que
tal corpo é uma cópia exata do nosso corpo físico
como o conhecemos, com todos os detalhes. O corpo
vital é o responsável pela inteligência básica
funcional que controla todos os processos físicos
involuntários.
É responsável também pela defesa contra
microorganismos invasores - ou seja, para que atinja
de fato o físico deve antes romper a barreira
formada pelo corpo vital. Sabendo disso podemos
concluir a importância de mantermos nosso corpo
vital fortalecido, por meio de exercícios
respiratórios e mentais.
Muitas doenças se originam primeiro no corpo vital
para depois se manifestarem no físico e, não raro,
ocorrem devido ao desequilíbrio no vital. Por isso,
muitos praticantes de curas utilizam passes
energéticos, com ou sem cristais, para limpar o
corpo vital, evitando o aparecimento de doenças, ou
acelerando o processo de cura do corpo físico.
É por isso que muitas pessoas, após se submeterem a
tratamentos médicos sem sucesso, conseguem a cura ao
procurarem o auxílio das chamadas terapias
alternativas. Resolvido o problema no plano vital,
cessa a origem do mal e o tratamento médico tem
êxito.
Repare que isto não significa que tratamentos
médicos convencionais sejam ineficientes ou que as
terapias alternativas devam substituir o tratamento
médico. Na grande maioria dos casos o mal se origina
no corpo vital e, se não tratado a tempo, acaba
manifestando-se também no físico e, neste caso, deve
ser tratado por médicos. A terapia alternativa,
nesses casos, auxiliará enormemente eliminando a
causa da doença.
Obviamente o quadro que descrevo é bastante
genérico. Doenças causadas por agentes infecciosos,
que conseguem romper a barreira do etérico,
continuarão mesmo depois de fechada a via de
entrada, e deverão ser tratadas adequadamente pela
nossa medicina terrena. A maioria de nós não tem
vitalidade suficiente para barrar agentes
infecciosos, mas há pessoas que raramente pegam
sequer uma gripe, tão fortes são seus corpos vitais,
graças à alimentação sadia, exercícios mentais e
respiratórios e à constante atenção à sua atitude
mental, à paz de espírito e a uma auto-confiança
inabalável (voltarei a explicar outros detalhes
sobre atitude mental e atenção no capítulo “O homem
é o que come”).
Em terapias como o Reiki, há recursos específicos
para tratar problemas nos diversos veículos. São
utilizados símbolos específicos para cada veículo ou
faixa de veículos.
O corpo vital se estende um pouco para fora do corpo
físico, atingindo desde meio centímetro até cerca de
5 centímetros, dependendo do grau de vitalidade ou
energização. À percepção dos dotados de visão
etérica, apresenta-se na coloração azulada ou
acinzentada, podendo assumir outras cores em função
do estado emocional em um dado momento e do estado
de saúde da pessoa.
A maioria dos exercícios apresentados neste livro
terá como um dos principais efeitos o fortalecimento
do seu corpo vital.
Corpo emocional ou astral
De todos os nossos veículos este é o que, com
certeza, nos dá mais trabalho e causa a maior parte
dos problemas, pois, como seu nome sugere, é o
responsável pelas emoções, pelos sentimentos, pelos
desejos, pelas paixões. É nosso corpo mais
problemático em termos evolutivos, por motivos
explicados nos trabalhos de Helena Blavatsky, mais
especificamente na Cosmogênese.
No atual ciclo deveríamos ter o corpo emocional
devidamente resolvido, funcionando “no modo
automático”, perfeitamente controlado. Contudo,
devido a atrasos explicados na Cosmogênese, a
humanidade “não passou de ano” no ciclo dedicado ao
desenvolvimento do corpo emocional e, assim, cá
estamos nós às voltas com os problemas causados por
esse veículo involuído.
Inveja, ódio, vingança, cobiça, orgulho, paixões,
euforia, medo, tudo isso tem origem no corpo
emocional. A ciência médica convencional conhece
muito bem a relação entre o estado emocional de um
paciente e as doenças que pode vir a desenvolver em
função disso. Pessoas que vivem tensas, de mau
humor, deprimidas, acabam desenvolvendo diversos
tipos de doenças, geralmente com traços autoimunes,
algumas vezes levando a quadros graves. Claro que
quase sempre os motivos para tais estados emocionais
são externos - problemas no trabalho, problemas
financeiros, conflitos familiares, a lista de nossos
problemas diários é bem extensa. Mas a reação a
esses agentes externos ocorre no corpo emocional,
sobre o qual a maioria de nós tem pouco ou nenhum
controle.
É nosso maior desafio controlar as emoções, as
paixões, os medos, etc. O desafio é mudar nossa
maneira de ver, a forma de interpretar os problemas
à nossa volta, tanto quanto possível.
Muitas religiões proíbem seus seguidores de ter
certos prazeres da vida - dançar, cantar, ingerir
bebidas alcoólicas, sexo por prazer, etc. Por trás
de alegorias e mitos, há, na verdade, fundamentos
bastante conhecidos para essas proibições. O
conceito de prazer está quase sempre relacionado com
o corpo emocional e o risco de perder-se o controle
sobre os desejos cada vez maiores, gerados por tais
prazeres, ou seja, o desequilíbrio e o domínio do
corpo emocional sobre a conduta de uma pessoa.
A questão se uma pessoa deve ou não seguir tais
preceitos religiosos fica a critério de cada um.
Acredito que ninguém possa definir o que é melhor
para o outro. Cada indivíduo deve analisar esses
ensinamentos, com base em seus critérios pessoais, e
avaliar se aquilo está em acordo com o que diz sua
Voz Interna, sua Intuição, sua vontade. O remédio de
um homem pode ser o veneno de outro.
Talvez o melhor não seja proibir ou submeter-se às
proibições desta ou daquela escola religiosa. O
caminho para o verdadeiro domínio sobre suas paixões
não está em negá-las, mas em conhecê-las, entendê-
las, aceitá-las e dominá-las. De que adianta alguém
deixar de comer carne, por exemplo, se ao sentir o
aroma de um bom churrasco for difícil resistir? Você
pode comer sua carne, mas tem a obrigação e o
direito de saber que, ao ingerir parte de um
cadáver, está reforçando sua participação ativa no
carma coletivo, ingerindo toxinas das quais não
precisa, mantendo seu corpo energético aterrado à
matéria e dificultando enormemente qualquer
tentativa de uma Transformação nesta vida.
Mesmo assim, deixar de comer carne não é algo tão
difícil quanto parece. Muito mais difícil é
realmente dominar suas emoções. Dominar não é negar.
É perceber que a emoção está lá, entendê-la e
controlá-la. Muitas vezes, ao analisarmos uma
emoção, acabamos por controlá-la a tal ponto que
passamos a não ser mais tomados por ela. Não é
tornar-se frio, mas estar no controle.
Muitas pessoas são tomadas por emoções fortes, mas
não as expressam, permanecem calmas, mas somente na
aparência, enquanto as emoções as consomem por
dentro, invariavelmente causando problemas de saúde.
Não é isso! Embora seja muito bom não despejar raiva
em cima dos outros, por exemplo, apenas reprimi-la e
continuar sentindo de nada adianta, pois o
sentimento acabará agredindo a você mesmo, gerando
doenças.
Você deve estar pensando: “É muito fácil falar e
escrever isso; quero ver conseguir cumprir isso na
prática”. E o leitor está coberto de razão. É, de
fato, muito difícil; mas não impossível.
Os exercícios propostos neste livro lhe ajudarão a
começar a entender melhor suas emoções e analisá-las
com distanciamento.
Mental concreto
Este veículo corresponde ao raciocínio lógico, à
análise, à razão, às comparações, o intelecto. Neste
ciclo de evolução da humanidade, estamos terminando
o desenvolvimento do mental concreto. Contudo,
devido aos atrasos em ciclos anteriores e à
involução do corpo emocional, temos uma mistura dos
dois. Em muitas situações pensar significa sentir -
há uma mistura.
Pessoas com o mental concreto muito desenvolvido têm
o raciocínio claro, enorme facilidade para aprender
coisas novas e uma inteligência notável.
Um dos principais problemas atuais é a
supervalorização do intelecto em detrimento de
outras qualidades humanas. Muitas vezes o intelecto
serve somente ao emocional mais baixo, gerando as
desigualdades sociais, os crimes, os massacres, as
guerras. Todos os movimentos promovidos pelo
intelecto a serviço das paixões - ganância, cobiça,
vingança e, o que é pior, as paixões movidas por
diferenças religiosas e filosóficas.
Além de não conseguir controlar o corpo emocional, a
supervalorização do intelecto na sociedade atual
acaba por bloquear seriamente os estímulos dos
corpos mais sutis, que você verá mais à frente.
Nosso desafio é usar o mental concreto para manter
controlado o corpo emocional e, ao mesmo tempo,
aquietar o pensamento concreto e deixar agir
livremente o mental abstrato para conseguirmos
perceber as mensagens dos corpos mais elevados.
Mental abstrato
Corresponde ao pensamento e às idéias abstratas, à
capacidade de entender tudo o que está além do mundo
concreto. Ao meditar sobre conceitos como vida após
a morte, leis Naturais ou Universais e outras
realidades ou dimensões, estamos ativando as
capacidades do mental abstrato. Cada vez mais
precisamos valorizar esse veículo para termos mais
facilidade de acesso aos estímulos dos corpos mais
sutis, justamente aqueles que podem nos libertar do
sofrimento da ilusão criada pelo intelecto e pelo
emocional desequilibrados.
Corpo Búdico
Deste corpo sutil parte a nossa Voz Interior, a
chamada intuição. Corresponde ao sentimento do Amor
Universal - que não deve ser confundido com o amor
entre dois seres, o amor egoísta ou as paixões,
todos sentimentos próprios do corpo emocional. O
homem comum raramente percebe os estímulos desse
corpo, como se houvesse um estrangulamento no canal
que o liga às vibrações tênues e sutis do corpo
búdico. Corresponde à verdadeira Sabedoria, nada
relacionada com o conhecimento ou o acúmulo de
informações, próprios do mental concreto; esse é o
veículo do Amor-Sabedoria.
Átmico
Este ponto ou veículo mais alto do Ser corresponde à
Essência Divina, que se manifesta através dos corpos
menos sutis nos diversos planos da existência. O
Pai, a sede da Vontade.

Personalidade x individualidade
Podemos dividir o Ser em três estruturas
principais, assim formadas:
Físico: corpo físico e duplo etérico
Psico-mental: emocional e mental concreto
Corpo causal: síntese do mental abstrato,
búdico e átmico. Síntese do EU, da
Individualidade.

Sem entrar nos detalhes, que estão além dos


objetivos da presente obra, os corpos físico,
etérico, emocional e mental concreto formam a
personalidade. A individualidade é representada pelo
Corpo Causal, síntese do Eu Superior, este sim, o
Ser que reencarna sucessivas vezes no caminho da
Evolução.

Estrutura dos corpos

A aura simplificada
Como afirmei no início deste capítulo, embora seja
muito desejável que você entenda os conceitos
básicos aqui apresentados, o não entendimento ou a
não aceitação não implica em qualquer prejuízo nos
resultados dos exercícios. No próximo capítulo
apresento mais algumas informações sobre o campo
áurico, mas com uma abordagem bem mais simples e
fácil de visualizar, esta sim, mais importante para
os exercícios.
IV - Fortalecimento do ovo áurico

o capítulo anterior você tomou conhecimento

N sobre as diversas camadas da aura, ou os


diversos corpos do ser humano com algum nível
de detalhe. Neste capítulo vamos usar uma
imagem mental mais simples da aura para facilitar as
mentalizações nos exercícios. Você verá também que
muitas coisas do nosso dia-a-dia estão relacionadas
ao nosso campo áurico e que muitos dos problemas
podem ser eliminados ou bastante reduzidos,
utilizando-se as técnicas e cuidados adequados.
Divisão simplificada da aura
Levando-se em consideração as informações
apresentadas no capítulo 3, as divisões da aura
poderiam ser representadas como mostrado na figura
apresentada a seguir.
Campos áuricos

Esta é uma representação bastante simplificada,


apresentando cada veículo como uma faixa bem
delimitada e de formato relativamente homogêneo. Na
realidade esta é uma representação simplificada,
pois as camadas se interpenetram e se misturam, não
há uma fronteira bem definida entre elas e o formato
é, em geral, bastante irregular.
Contudo, podemos simplificar ainda mais esta
representação, pensando na aura como um todo, um
único campo energético que nos envolve. Isto
facilita a execução dos exercícios de visualização.
Ovo áurico
A maneira mais simples de visualizar a aura é
imaginá-la como um campo energético em formato de
ovo, envolvendo todo o corpo. Nos exercícios que
aprenderá neste capítulo, você deverá visualizar
esse campo dessa forma ou como uma esfera.
Ovo áurico

Interações entre campos áuricos


A todo momento estamos interagindo com tudo e com
todos, mesmo que estejamos em casa, sozinhos. Se por
um momento você pensar em alguém e mantiver essa
pessoa em seu pensamento por algum tempo, estará
colocando seu campo áurico em contato com o campo
áurico dessa pessoa. Se a lembrança for de um local,
seu campo áurico estará em contato com as energias
presentes naquele local, inclusive com os efeitos da
memória das paredes – assunto que você aprenderá no
livro sobre radiestesia e radiônica.
O que você vai sentir dependerá do seu grau de
sensitividade. Há pessoas que sabem quando alguém
pensa nelas, sem nunca terem feito exercício algum;
ocorre espontaneamente e, em alguns casos, desde
muito cedo. Outras, sem saber, pensam em quem as tem
no pensamento quando são lembradas, mas sem ligar
uma coisa com a outra, sem saber que lembraram de
alguém justamente porque esse alguém estava pensando
nelas.
Mesmo essas pessoas que têm maior facilidade, em
geral só percebem quando quem as tem no pensamento é
alguém próximo ou que, mesmo que não tenha dado
notícias por muitos anos, tenha um campo vibratório
equivalente. Não se trata apenas de uma questão de
afinidade mental, mas também de estado vibratório. É
que a grande maioria de nós não consegue se manter
estável emocionalmente ou mentalmente nas diversas
fases da vida. Temos fases que nos fazem dar maior
ou menor importância a determinadas coisas. Se de
uma hora para outra você começar a ler mais sobre as
Leis Universais e, ainda, passar a fazer exercícios
mentais e respiratórios, acabará mudando a qualidade
do seu campo vibratório, passando a vibrar em uma
freqüência diferente da que vibrava antes.
Muitas pessoas passam a ter maior grau de
sensitividade quando trocam os dias agitados da
juventude por uma vida mais tranqüila e passam a
dedicar mais tempo a sua religião, suas orações ou
mentalizações - não importa de que religião ou
filosofia seja. Acontece também com aqueles que
passam a ter contato mais freqüente e prolongado com
a natureza.
Ondas vibratórias funcionam mais ou menos como as
ondas das emissoras de rádio. Você sabe que há uma
quantidade enorme de emissoras de rádio despejando
constantemente ondas eletromagnéticas no ar. Ao
ligar o seu rádio, você troca de uma estação para
outra sintonizando freqüências diferentes. As ondas
eletromagnéticas enviadas pelas emissoras estão
todas presentes ao mesmo tempo, mas você receberá
somente aquela cuja freqüência o seu aparelho de
rádio estiver sintonizando em um dado momento.
Acontece algo parecido conosco. Ao mudarmos a
freqüência de nosso campo vibratório, mudando a
qualidade dos nossos pensamentos (veja mais sobre
isto no capítulo O homem é o que come), passamos a
sintonizar as idéias, os pensamentos e as pessoas
que estiverem vibrando na mesma faixa.
Assim, não se surpreenda se, depois de alguns meses
fazendo seus exercícios, começar a encontrar pessoas
com os mesmos interesses nos lugares mais
inesperados - no ônibus, na fila do banco, no
trabalho, em um fórum ou em um bate-papo na
Internet. Talvez você descubra que um colega de
trabalho que conhecia há anos tenha os mesmos
interesses há mais tempo que você, sem que você
nunca tivesse desconfiado disso.
As pessoas com mentes afins acabam sendo atraídas
umas às outras pela Lei da Afinidade. Contudo, isto
é apenas a parte mais evidente do processo. Nos
planos mais sutis ocorre o mesmo: você atrai para
seu campo áurico os pensamentos, as idéias, os
sentimentos e as energias que estiverem na mesma
faixa vibratória do seu campo energético. Mais
ainda, trará para você seres de outros planos com
idéias afins.
Nem é preciso ser um gênio para perceber que, se
você cultivar somente pensamentos de pessimismo e
raiva, não terá boas companhias.
A maioria de nós nem desconfia que está o tempo todo
emitindo ondas de pensamento e entrando em contato
áurico com outras pessoas. Pessoas que têm poder
mental muito forte conseguem enviar cargas
energéticas com o pensamento, que vão até a pessoa
em que estão pensando - sem que nem desconfiem
disso! Outras têm o poder da vontade menos poderoso
e suas idéias mal saem de seu próprio campo áurico.
Afinidades
Com certeza você já passou por uma situação em que,
ao ser apresentado a uma pessoa pela primeira vez,
sentiu-se pouco à vontade, a despeito de a pessoa
ser simpática, de boa aparência, e de não haver nada
de errado com ela. Quando isso acontece as pessoas
costumam dizer: “Meu santo não foi com o dele”. Por
outro lado, com certeza você também já experimentou
situações inversas, ou seja, ser apresentado a uma
pessoa e imediatamente ter a impressão de que já a
conhecia, embora, nunca a tivesse visto antes. Este
sentimento, aliás, é muito comum entre pessoas que
se apaixonam, e não é difícil entender o porquê -
seus estados vibratórios são compatíveis. Ambos os
casos são exemplos das diferenças vibratórias entre
os campos áuricos. Isto não quer dizer
necessariamente que se você se sente pouco à vontade
diante de uma pessoa, essa pessoa não seja digna de
confiança ou que você não vá gostar dela. Pode ser
que ela esteja passando por um momento difícil e
esteja vibrando em faixas mais baixas do que a sua -
talvez precise de sua ajuda!
Talvez você esteja se perguntando por que, então,
duas pessoas que um dia se apaixonaram e se sentiram
tão próximas uma da outra, compartilhando aquele
sentimento maravilhoso de quem reconhece no outro um
amigo de longa data, acabam mais tarde tendo
dificuldades de convivência. Uma das causas desse
afastamento é a diferença na maneira com que ambos
levam suas vidas. Muitas vezes um dos companheiros
sente uma necessidade maior de conhecer a si mesmo,
enquanto o outro não funciona da mesma maneira e sua
modificação ocorre de maneira mais lenta. Ou o
contrário também pode ocorrer - um dos companheiros
pode cometer seus erros e ter suas quedas e passar a
vibrar em outras faixas que podem acabar se tornando
incômodas para o outro. Casais assim podem, com
esforço e às vezes com ajuda externa, vencer esses
períodos, se ambos estiverem conscientes do que
querem. Outros simplesmente se separam ou passam o
resto dos seus dias numa relação tensa e conturbada.
Convivência
A maioria de nós não pode escolher as companhias no
dia-a-dia. Passamos a maior parte do tempo junto de
pessoas a quem não escolhemos como companhia -
colegas no trabalho ou na escola. Quando não temos a
sorte de ter como companhia pessoas cujas presenças
nos agradam, o que fazer?
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente uma coisa
muitíssimo importante: não julgar, nunca. Se a
presença de alguém lhe incomoda, é melhor pensar que
você é quem não está em condições de perceber o
outro adequadamente, do que achar que é superior ao
outro. Se você julgar o outro, já estará em posição
inferior. Não se preocupe com o que pensam de você,
mas no que você pensa sobre si mesmo e os que estão
à sua volta.
Se perceber que a presença de alguém lhe incomoda e
até mesmo faz com que você se sinta mais cansado do
que o normal no final do dia, procure visualizar
constantemente seu ovo áurico, como será explicado
ainda neste capítulo, e procure fortalecê-lo sempre.
Assim você ajudará a si mesmo e a quem estiver por
perto.
Formas pensamento
Afirmei anteriormente que algumas pessoas, de
vontade forte, são capazes de projetar ondas de
pensamento, fazendo-as atingir o campo áurico de
outras pessoas, tudo isso sem terem a menor idéia do
que estão fazendo.
Comparei o efeito da emissão dessas ondas ao efeito
da transmissão de ondas eletromagnéticas de
emissoras de rádio ou TV.
Para facilitar um pouco mais a idéia, imagine o
efeito de uma pequena pedra atirada no meio de um
lago tranqüilo. Logo em seguida se formarão ondas
circulares que se expandirão e enfraquecerão à
medida que se afastarem do ponto atingido pela
pedra. A atividade mental das pessoas cria esse tipo
de propagação de ondas nos planos sutis.
Contudo, o efeito de pensamentos fortes vai bem além
da emissão de ondas que se extinguem ao final da
atitude mental direcionada. O pensamento forte
aliado a uma força de vontade intensa gera o que os
ocultistas chamam de formas de pensamento, ou
simplesmente formas-pensamento.
Como você viu no capítulo anterior, o veículo sutil
responsável pelos pensamentos concretos é o corpo
mental. A atividade mental de uma pessoa faz vibrar
esse corpo com freqüência compatível com as idéias
geradas. Assim, pessoas com pensamento forte enviam
partes da matéria do corpo mental vibrando as idéias
que geraram a vibração. Tal matéria, de duração
temporária, funciona como se tivesse vida própria
(mas não tem!) e faz nascer, nas pessoas que
atingir, pensamentos de igual teor vibratório.
Não é à toa que muitas religiões e filosofias
espiritualistas recomendam a vigilância dos próprios
pensamentos. Quando uma forma-pensamento atinge
nosso corpo mental, nossa mente tende a criar idéias
compatíveis com as presentes na mente que gerou a
onda mental. Essa possibilidade será proporcional à
afinidade entre as mentes receptora e emissora das
idéias.
Quantas vezes você já se surpreendeu tendo idéias
que você mesmo reprovava conscientemente? A
vigilância mental - e emocional – pode evitar muitas
dores-de-cabeça criadas por atitudes cometidas de
maneira impulsiva, sem a devida análise dos
pensamentos e emoções que vieram à sua mente.
Exercite essa análise constantemente. Sempre que uma
idéia vier à sua mente, analise: isto é compatível
com os valores em que acredito? Isto me trará algum
bem ou fará bem às pessoas que me cercam? O que eu
pensaria se soubesse que outras pessoas estivessem
cultivando tais pensamentos?
Se você identificar essas idéias como contrárias aos
valores nos quais acredita, veja-as como idéias
alheias que lhe batem à porta em busca de reforços
mentais e use sua força de vontade para repudiá-las
e negá-las apoio. Se no início essa postura mental
for difícil, faça os exercícios respiratórios de
fortalecimento do ovo áurico, especialmente o
primeiro apresentado a seguir.
Exercícios
Tendo em mente as explicações neste capítulo e nos
capítulos anteriores, estude os exercícios
apresentados a seguir e os execute exatamente como o
descrito, dando especial atenção às precauções.
Local: O melhor é que você faça seus exercícios
sempre no mesmo local, na mesma posição. Qualquer
lugar tranqüilo serve, menos o banheiro ou outros
locais próximos a ralos, torneiras ou grandes
reservatórios de água parada. O ideal é seu quarto
ou algum outro local onde você se sinta à vontade e
que, com certeza, não será interrompido. Nem pense
em fazer tais exercícios em recintos públicos, como
bares, locais de diversão noturna, etc.
Horário: Como já mencionei, qualquer horário entre
as 6 da manhã e as 23 horas. Os melhores horários
são 6 e 8 da manhã, meio-dia, três da tarde e seis
horas da tarde, devido à qualidade do Prana e os
tipos de manifestações energéticas desses horários.
Ambiente: Tanto quanto possível, procure ambientes
com baixo nível de ruído, arejados, claros, de
preferência com a janela aberta, mesmo à noite.
Jamais faça exercícios respiratórios em ambientes
enfumaçados – mesmo que seja fumaça de incenso - e
sem ventilação. Você pode usar um incenso se isto
lhe fizer sentir-se bem, mas procure não fechar o
ambiente e providenciar para que haja um bom nível
de ventilação.
Observação: O objetivo da fumaça do incenso é
perfumar o ambiente, e não ser inalada. Evite
permanecer constantemente em ambientes enfumaçados e
sem ventilação. O uso de incensos deve ser feito
sempre em ambientes com muito boa ventilação.
Se quiser usar música, prefira estilos de música bem
suaves, sem canto, apenas instrumental e, ainda, de
preferência peças musicais que não lhe tragam à
mente idéias ou lembranças que provoquem emoções,
mesmo que sejam emoções que você considere boas. Sua
atitude emocional deve ser o mais neutra possível.
Uma boa idéia é procurar CDs de música para
meditação, criadas especificamente para provocar o
estado mental adequado. Você encontra tais CDs em
lojas de artigos esotéricos.
Posição: Sentado com a espinha ereta, de frente para
o Leste - o lado onde o Sol nasce. Pernas separadas,
mãos sobre as coxas, também separadas.
Respiração: Deve ser feita sempre pelo nariz –
jamais puxe o ar pela boca. Se estiver resfriado e
não conseguir puxar o ar pelo nariz, não faça os
exercícios até que volte a respirar normalmente pelo
nariz.
Observação: Em todos os exercícios é muito
importante que você não cruze as pernas ou as mãos.
Ciclos: Para simplificar as explicações, vamos
chamar de ciclo cada inspiração e expiração, ou
seja, um ciclo começa quando você passa a puxar o ar
para dentro dos pulmões e conclui quando você
termina de expirar o ar e está prestes a iniciar uma
nova inspiração.
EXERCÍCIO DIÁRIO 2 - Fortalecimento do ovo áurico
O exercício proposto a seguir deve ser feito todos
os dias e durante uma semana. Após uma semana
praticando este exercício, você poderá passar ao
Exercício diário 3. Nada impede que você faça este
exercício por mais tempo do que uma semana antes de
passar ao Exercício Diário 3, fica a seu critério,
mas é importante que você o repita por pelo menos
por uma semana antes de passar ao exercício
seguinte.
Neste exercício você combinará a técnica do o
Exercício Diário 2 com a visualização simplificada
do seu ovo áurico.
Passo 1
Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a sua
respiração normal, sem forçar. Tome consciência de
que, junto com o ar que você está inspirando, você
está enviando Prana para dentro do seu corpo.
Faça isso durante sete ciclos. A partir do oitavo
ciclo, faça como descrito no passo 2, a seguir.
Passo 2
Ainda mantendo os olhos fechados, inspire profunda e
lentamente até que seus pulmões estejam
completamente cheios, fazendo seu tórax expandir,
expirando também lentamente em seguida.
Cada vez que inspirar, imagine-se dentro de uma
esfera de luz, de cor azul anil.
Faça isto por sete ciclos.
Prática no dia a dia
Procure acostumar-se com a idéia de que você pode
ativar uma proteção pessoal sempre que quiser.
Por exemplo, suponha que você precise entrar em um
recinto por um motivo qualquer, e que tal recinto
não lhe pareça energeticamente saudável (praticando
os seus exercícios, com o tempo você vai sentir isso
de uma maneira impossível de ser explicada com
palavras). Quando isto acontecer, imagine-se dentro
um ovo de luz azul anil, de tamanho suficiente para
envolver o seu corpo. Faça isso ao entrar no recinto
ou um pouco antes, pedindo mentalmente que esse halo
de luz lhe proteja e impeça que formas-pensamento e
matérias indesejáveis entrem em contato com seu
corpo energético e físico. Depois de algum tempo
você verá que essa forma mental ocorrerá de forma
espontânea.
EXERCÍCIO DIÁRIO 3 - Expansão da aura
ATENÇÃO: Este exercício envolve a retenção da
respiração por alguns segundos e não deve ser feito
por pessoas com problemas cardíacos, respiratórios,
portadores de hipertensão, etc. Se você tiver algum
desses problemas ou outros relacionados, consulte
seu médico antes de fazer o exercício.
O exercício proposto a seguir pode ser feito todos
os dias durante o tempo que você quiser.
Neste exercício você combinará a técnica do o
Exercício Diário 2 com a expansão do ovo áurico. A
seqüência é um pouco diferente dos anteriores e, a
partir do Passo 2, cada ciclo divide-se em três
passos - inspiração, retenção e expiração.
Passo 1
Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a sua
respiração normal, sem forçar. Tome consciência de
que, junto com o ar que está inspirando, você está
enviando Prana para dentro do seu corpo.
A cada inspiração, visualize um mini sol na direção
da base do seu coração, no centro do peito,
ligeiramente deslocado para a esquerda.
Faça isso durante sete ciclos. A partir do oitavo
ciclo, faça como descrito no passo 2, a seguir.
Passo 2
Ainda mantendo os olhos fechados, inspire profunda e
lentamente até que seus pulmões estejam
completamente cheios, fazendo seu tórax expandir.
Durante a inspiração, conte até sete. Não solte o
ar.
Passo 3
Retendo o ar dentro dos pulmões, novamente conte até
sete. Durante este tempo, visualize o pequeno sol
aumentando de tamanho e envolvendo todo o seu corpo,
passando a assumir a cor azul-anil.
Caso você tenha problemas cardíacos, não retenha o
ar.
Passo 4
Comece a expirar lentamente, novamente contando até
sete. Também durante a expiração, visualize a esfera
azul-anil aumentando ainda mais de tamanho, até
ocupar todo o recinto.
Repita sete vezes os passos 2 a 4.
Ao final, respire profundamente e solte o ar
normalmente, para relaxar.
V - O homem é o que come

uando eu tinha mais ou menos dezoito anos, fui

Q apresentado por uma amiga a um casal que,


naquela época, fazia semanalmente pequenas
reuniões de estudo e práticas de relaxamento e
Yoga, com ênfase nos exercícios respiratórios.
O assunto das reuniões de estudo era definido por
uma frase ou idéia, que recebiam, em envelope
fechado, da organização da qual faziam parte.
A partir daquela idéia, trocávamos opiniões e
impressões que vinham à mente e, ao fim da
discussão, chegávamos a um texto final com nossas
conclusões. Em seguida, abríamos a outra parte do
envelope, onde se encontrava um texto relacionado
com o tópico sugerido.
Em um certo domingo o envelope continha a frase que
usei como título deste capítulo - O homem é o que
come. A conclusão a que o grupo chegou acerca desta
afirmação foi que uma personalidade seria o
resultado do que ela absorve, não somente por meio
da alimentação, mas também pela absorção de
informações, impressões, idéias e imagens.
É exatamente este o tema deste capítulo - como o
mundo que nos cerca pode exercer influência sobre
nosso campo energético e o que podemos fazer para
melhorar a qualidade do nosso campo vibratório.
Como você verá nas páginas a seguir, somos não
somente o resultado daquilo que absorvemos
passivamente, mas também, e principalmente, do que
emitimos - seja através do verbo, dos pensamentos,
das idéias escritas ou das atitudes.
Alimentação
O que a alimentação tem a ver com o assunto deste
livro? É simples: o tipo de alimento que você
ingerir vai definir a qualidade do seu campo
energético.
Comer ou não comer carne? Fumar ou não? Ingerir
bebidas alcoólicas ou não? A resposta mais sensata
para estas perguntas é não. Primeiramente, mesmo que
fôssemos seres unicamente materiais e desprovidos de
outros corpos mais sutis, independentes de carma e
obra do mero acaso (como acreditam os céticos), ao
ingerir carne estamos ingerindo também antibióticos
perigosos, hormônios e outras substâncias de que
provavelmente nem desconfiamos. O fumo e a bebida
comprovadamente provocam doenças e, às vezes, a
morte.
Para qualquer pessoa sensata, somente estas
informações seriam suficientes para deixar de comer
carnes, beber e fumar. Contudo, se formos realmente
nos preocupar com tudo o que nos pode fazer mal, ou
deixamos de comer, ou mudamos para uma área rural
onde tudo - ou quase tudo – contenha menos
substâncias perigosas (agrotóxicos, por exemplo),
talvez cultivando nossa própria horta.
Como nossa realidade é muitíssimo diferente disso,
nada podemos fazer senão escolher os alimentos de
acordo com certos parâmetros – por exemplo, comprar
frutas e verduras da estação, que normalmente contêm
menos agrotóxicos do que aquelas cultivadas fora da
estação, entre outras coisas.
Então, por que não comer carne, fumar ou beber, não
é mesmo? Bem, nestes três itens vamos lidar com
problemas que vão um pouco além do “simples
envenenamento” do corpo físico.
Carne
Ao ingerir partes de cadáveres de animais você está
participando ativamente do carma coletivo. Neste
caso é verdade que estamos matando para nos
alimentar, assim como fazem muitos animais na
Natureza, mas isto não muda o fato de que estamos
tirando a vida de outros seres para manter a nossa.
Além disso, ao contrário dos animais selvagens, nós
temos outras alternativas e não precisamos ingerir
carne, nem bovina nem de espécie alguma.
Observação importante: Há uma polêmica bastante
forte em torno da validade e dos perigos do
vegetarianismo radical, e muitos médicos alertam
que, deixar de ingerir carne é perigoso e pode dar
ensejo a muitas doenças. Outros médicos não pensam
assim e a discussão nunca termina. O fato é que
muitas pessoas, devido ao estilo de vida ou mesmo ao
temperamento, não devem deixar de comer carne e, se
ainda assim, resolverem fazê-lo, será melhor
consultar um médico ou profissional de nutrição, que
então poderá desenvolver uma dieta balanceada
visando minimizar os efeitos da não ingestão de
proteína animal.
Algumas pessoas trocam a carne bovina pela carne
rosa (aves, por exemplo), buscando ingerir um
alimento com níveis energéticos menos pesados do que
os presentes na carne bovina. Contudo, sabe-se que a
carne de frango, por exemplo, contém níveis bem mais
altos de antibióticos e hormônios perigosos do que a
carne bovina. No mundo de hoje é realmente difícil
obter alimento de alta qualidade e livre de
impurezas, especialmente nas grandes cidades.
Conheço pessoas que, desde a mais tenra idade,
rejeitam carne de qualquer espécie, e não apresentam
problemas de saúde além dos que qualquer outra
pessoa carnívora apresenta. Outros são mais
saudáveis do que a média.
Outras pessoas foram carnívoras por algum tempo e,
depois que passaram a fazer certos exercícios
mentais, acabaram sentindo menos atração por carne.
Algumas pessoas acabam sentindo verdadeira aversão.
Você pode estar se perguntando: Uma pessoa que não
come carne é espiritualmente mais evoluída do que um
carnívoro? De jeito nenhum! Comer ou não comer carne
não torna ninguém melhor ou pior do que ninguém.
Você não vai melhorar sua vida nem muito menos
alcançar um lugar melhor na espiritualidade se
simplesmente deixar de comer carne.
Em termos áuricos, a não ingestão de carne ajuda a
manter a aura livre de energias pesadas, desde que
essa dieta vegetariana seja acompanhada por uma
conduta condizente com os níveis de vibração
almejados. De nada adianta deixar de comer carne
“para melhorar” e viver de mau humor ou falando da
vida alheia.
Fumo
Fumar é um ato de extrema insensatez. Que me
desculpem os fumantes. Contudo, da mesma forma, um
não fumante não pode ser considerado melhor do que
um fumante - este tipo de julgamento é uma
insensatez ainda maior.
O mesmo já não pode ser dito sobre o “estado de
saúde” dos seus corpos físicos mais sutis.
Infelizmente as substâncias presentes na fumaça do
cigarro danificam a tela protetora dos chacras
(assunto de um outro capítulo) de fumantes ativos ou
passivos, reduzindo a capacidade de absorção de
Prana.
Bebidas alcoólicas
Muito se tem descoberto sobre os benefícios da
ingestão moderada de vinho de boa qualidade.
Contudo, muitas pessoas não conseguem permanecer
apenas na ingestão moderada e fazem da bebida um
vício. Os efeitos da ingestão excessiva de bebidas
alcoólicas também são desastrosos no campo
energético e nos corpos físicos mais sutis.
Se você, de vez em quando, gosta de ingerir bebidas
alcoólicas de boa qualidade, não há mal algum nisso.
Porém, prosseguindo nos seus exercícios, um dia você
não terá vontade sequer de sentir o cheiro de
bebida; talvez até se sinta mal.
Há pessoas que, por livre escolha - e não por
qualquer imposição religiosa - não comem carne de
espécie alguma, não fumam e não bebem, ou se bebem o
fazem com extrema moderação e em ocasiões muitíssimo
especiais. Essas pessoas costumam ser naturalmente
mais gentis, de presença agradável e mente positiva.
Isto não é de se estranhar, pois quem escolhe esse
tipo de conduta livremente, sem ser forçado por
idéias religiosas, costuma ser de um nível
vibratório acima da média.
Contudo, nem sempre isto é verdade. Muitas pessoas
passam por períodos de controle alimentar rígido,
muitas vezes movidos por objetivos bem definidos,
como atingir algum nível de consciência por pura
vaidade ou movidos pelo mais sutil e perigoso
orgulho.
Diversão
Todos nós precisamos nos divertir para mantermos o
equilíbrio. Sair com os amigos, dançar, cantar, ir a
show musicais, tudo isto é necessário. Contudo, há
lugares e lugares. Depois de algum tempo fazendo
seus exercícios, você poderá começar a não se sentir
muito à vontade em certos ambientes. Se não puder
evitá-los, proteja-se com sua esfera azul, conforme
explicado no capítulo anterior.
Filmes e programas de TV
Tanto quanto possível, evite filmes violentos ou que
exibam imagens fortes de batalhas e pessoas sendo
feridas. Cenas violentas e chocantes produzem
verdadeiros rombos no campo áurico e desequilibram
seu campo emocional, mesmo que você não se dê conta
disso. Quanto mais sensitiva for uma pessoa, maiores
serão os efeitos dessa abertura momentânea em seu
campo áurico. Com a abertura áurica, vêm as formas-
pensamento, que encontram solo preparado para se
desenvolverem e provocar todo tipo de transtorno
emocional ou físico.
Música
A música é a mais poderosa forma de magia de que se
tem notícia no mundo não iniciado. Não é à toa que a
música está presente em praticamente todos os
rituais religiosos conhecidos - até mesmo entre
aqueles religiosos que dizem que não admitem
rituais, mas têm seus rituais de um jeito ou de
outro.
A música age em praticamente todos os veículos
sutis. A música do homem comum, mesmo a maior parte
da música erudita, age principalmente no psico-
mental e está sempre ligada aos desejos e emoções.
Há criações musicais que agem também no mental
abstrato, como muitas das obras de Bach e algumas de
Mozart e Beethoven.
Certas escolas iniciáticas utilizam seqüências de
notas ou acordes simples e contínuos para limpar a
aura e facilitar trabalhos em grupo, colocando,
através desses sons, todos os integrantes do grupo
em uma mesma vibração.
Práticas nascidas de filosofias orientais utilizam
os mantras, cânticos simples e repetidos, misturando
sons e palavras que têm o poder de criar as
vibrações corretas, para facilitar práticas que se
utilizam das energias próprias dos veículos mais
sutis.
Por outro lado, há também cânticos, utilizados por
alguns ramos do espiritualismo, criados
especificamente para trazer à tona energias mais
densas, ligadas aos elementais, ou seres da
natureza, para a realização de trabalhos onde são
necessárias forças adequadas para agir no mundo
terreno. Tais práticas, tanto podem visar o bem como
o mal.
O tipo de música que você gosta de ouvir normalmente
vibra em uma faixa na qual você se sente
confortável. Se você gosta de ouvir rock barulhento
de vez em quando, que mal há nisso? Mal não há,
desde que você não se identifique com as propostas
nada saudáveis das idéias transmitidas nas letras
das canções. Contudo, embora não se possa afirmar
que música barulhenta faça mal, podemos afirmar que,
com certeza, seu campo energético ficará agitado e
desequilibrado, vibrando na mesma faixa gerada pelos
sons que ouvir.
À medida que você desenvolver uma maior consciência
das energias vibratórias existentes ao seu redor e,
principalmente, à medida que você desenvolver um
maior conhecimento sobre si mesmo, começará a
entender de que maneira este ou aquele tipo de
música lhe afetará. O desafio aqui é estar
consciente de que certos tipos de música fazem parte
somente, e tão somente, do mundo físico (estando ou
não provido de sua veste física mais densa, ou corpo
de carne). Com o tempo você naturalmente passará a
procurar tipos de música mais harmoniosos, é um
processo natural. Mas se tiver vontade de ouvir seus
“barulhos”, não se recrimine nem pense que isto seja
ruim. Apenas tente ter consciência do que significa
isto para você e que benefícios ou malefícios isso
pode lhe trazer.
De nada adianta evitar ouvir este ou aquele tipo de
música só porque alguém disse que não é bom. Se você
tiver vontade, vá em frente, ouça, satisfaça o seu
desejo de experimentar, mas sem perder de vista o
significado disso. Um dia você simplesmente não vai
mais lembrar de ouvir essas criações musicais e
começará a buscar novos mundos na esfera dos sons.
O verbo
Cuidado com o que você diz. Cuidado com as
afirmações. É muito comum nós dizermos em voz alta
coisas do tipo “eu mato fulano se fizer isso ou
aquilo”. Mais comum ainda é viver reclamando da
vida, reclamando do governo, da situação, do
emprego, do salário.
A palavra tem mais poder do que as pessoas imaginam.
Afirmações negativas, constantes, insistentes, no
mínimo impedem que sua vida melhore. Afirmações
positivas - e com convicção - no mínimo poderão
mudar a maneira de você ver a sua realidade. Seja
positivo, diga coisas positivas.
O pensamento
Cuidado também com o que você pensa. Como explicado
em capítulos anteriores, o pensamento é vivo. Você
está constantemente emitindo ondas-pensamento e até
gerando ou alimentando formas-pensamento. Cultive
uma atitude mais otimista - mesmo que o seu momento
seja de dificuldades. Veja suas dificuldades como
algo momentâneo, passageiro, e que você pode vencer
as barreiras que se erguerem no seu caminho.
O somatório de tudo
Você é, portanto, o que come, o que vê, o que diz, o
que pensa, o que promove e o que faz. Você é aquilo
que acredita ser. Sua vida é o que você faz ser. As
circunstâncias que lhe cercam são, em boa parte, o
resultado do que você acredita.
Leia novamente o parágrafo anterior. Em um dos
próximos capítulos você aprenderá um exercício que,
se feito com disciplina e convicção, poderá mudar
sua vida. Tal exercício parte exatamente dessa idéia
básica, de que as coisas são o que você acredita que
elas devam ser.
VI - Dinheiro, amor, sucesso

este capítulo você aprenderá uma técnica

N simples, mas que pode mudar sua vida; ou a


maneira de você perceber o mundo à sua volta.
Em tempos de dificuldades - sejam financeiras,
de saúde, em relacionamentos ou outras áreas da vida
- quem não sonha com uma fórmula mágica para fazer
todos os problemas desaparecerem da noite para o
dia? Bem, tal fórmula provavelmente não existe, ou
se existe de fato está muito bem escondida de nós.
Contudo, há outros tipos de fórmulas que, se não
podem mudar a realidade, podem mudar nossa maneira
de reagir à realidade e, mais ainda, criar para nós
uma realidade diferente daquela que passamos a vida
inteira construindo.
Você deve estar lembrado do que afirmei em outros
capítulos, sobre mudar a sua maneira de ver o mundo.
Pois bem, este é o primeiro passo para que o seu
mundo também mude.
Afirmações negativas, nossas reclamações, medos e o
pessimismo são tão naturais em muitos de nós. Por
que? Será que fomos programados desde a infância
para acharmos “normal” as coisas não darem certo
como imaginamos? Por que não passarmos a realmente
acreditar no melhor, sermos verdadeiramente
otimistas?
A partir das informações a que você foi exposto nos
capítulos anteriores, a essas alturas já deve estar
desconfiado de que muita das coisas difíceis ou
ruins pelas quais passamos poderiam ser evitadas ou
minimizadas se procurássemos cultivar pensamentos
mais positivos e usássemos nossas mentes para nos
fortalecermos, em vez de punirmos a nós mesmos
constantemente.
Pois bem, que tal combinar o que você aprendeu até
aqui com uma postura mental diferente, por meio de
um exercício simples? Bastam alguns minutos por dia,
entre cinco e dez minutos, nada mais do que isso.
Que sejam quatro minutos diários, o mais importante
aqui é fazer todos os dias e no mesmo horário e
local.
Os resultados da técnica não surgirão de um dia para
o outro, ou em uma ou duas semanas. Serão
necessários alguns meses para você começar a
desconstruir a idéia de que veio ao mundo para
sofrer. Analise um pouco tudo o que aprendeu durante
toda a sua vida sobre o nosso propósito na Terra e
tente descobrir de onde saiu a idéia de que
precisamos sofrer. Não vou dizer, neste livro, de
onde veio isso, mas você vai descobrir, se quiser.
Algumas pessoas irão perceber resultados em menos
tempo do que outras, assim como algumas pessoas são
naturalmente mais otimistas do que outras.
Antes de iniciar o exercício, pense em um objetivo
claro para a utilização da técnica. Isto é
importante. Não deve ser algo complexo e cheio de
detalhes, mas algo simples e direto como “ser bem
sucedido em meus estudos” ou “ser bem sucedido
financeiramente” ou, ainda, “ser feliz em meu
relacionamento”.
Você quer tudo isso ao mesmo tempo? Vamos com
calma... Você pode fazer mais de um exercício por
dia com propósitos diferentes ou criar a imagem
mental dessas coisas, o que for mais fácil. O
inconveniente de fazer mais de uma vez por dia, é
que isto aumenta suas chances de você acabar
deixando de fazer todos eles depois de algum tempo -
não adianta ocupar tempo demais. O melhor é começar
com apenas um e escolher o que for mais importante
para você, ou criar uma imagem mental de toda a
situação que deseja atingir.
Talvez não seja demais dizer que apenas utilizar a
técnica não produzirá resultado algum, se você não
agir no mundo concreto para que torne realidade o
que deseja. Se o seu desejo for conquistar uma
melhor posição profissional, utilize a técnica
descrita a seguir e, ao mesmo tempo, passe e pensar
e, principalmente, agir para atingir seus objetivos.
Se o objetivo for crescer profissionalmente,
provavelmente você acabará buscando cursos,
especializações, novos rumos. A magia opera tornando
as circunstâncias mais favoráveis para que você
consiga realizar, no plano físico, o que está
criando em outros planos através das mentalizações.
Não se esqueça disso - crie no plano mental o que
deseja ver realizado no físico, mas trabalhe no
físico para que se realize o que deseja. A ação em
ambos os planos facilitará o trabalho no plano mais
denso. Não existe realização sem trabalho.
Veja a seguir como funciona a técnica.
Exercício diário de visualização
Inicialmente, leia as recomendações para este
exercício, pois é um pouco diferente das
recomendações dos exercícios anteriores.
Local: Este exercício deve ser feito sempre no mesmo
local, na mesma posição. Qualquer lugar tranqüilo
serve, menos o banheiro ou outros locais próximos a
ralos, torneiras ou grandes reservatórios de água
parada. O ideal é o seu quarto ou algum outro local
onde você se sinta à vontade e onde não será
interrompido. Desligue o telefone e o celular.
Deslique o computador. Nem pense em fazer tais
exercícios em recintos públicos, como bares, locais
de diversão noturna, etc.
Se você tiver que viajar, ou por algum outro motivo
não puder fazer no local de costume, faça-o onde
puder temporariamente. Se não puder fazer o
exercício por um ou mais dias, não há problema, mas
assim que possível, volte a fazê-lo todos os dias,
sem interrupções.
Horário: Como já mencionei, qualquer horário entre
as 6 da manhã e as 23 horas. Os melhores horários
são 6 e 8 da manhã, meio-dia, três da tarde e seis
horas da tarde, devido à qualidade do Prana e os
tipos de manifestações energéticas desses horários.
Ambiente: Tanto quanto possível, procure ambientes
com baixo nível de ruído, arejados, claros, de
preferência com a janela aberta, mesmo à noite.
Jamais faça exercícios respiratórios em ambientes
enfumaçados – mesmo que seja fumaça de incenso - e
sem ventilação. Você pode usar um incenso se isto
lhe fizer sentir-se bem, mas procure não fechar o
ambiente e providencie para que haja um bom nível de
ventilação.
Se quiser usar música, prefira as mais suaves, sem
canto, apenas instrumental.
Ao contrário do recomendado para os outros
exercícios, neste você não deverá manter a
neutralidade emocional - pelo contrário, como você
verá nas próximas linhas, a idéia é exatamente
trazer à mente momentos positivos de sua vida. Por
isso, será bom se a música que ouvir trouxer à mente
tais momentos felizes, desde que essa lembrança não
seja acompanhada de saudade dolorosa.
Pessoalmente, prefiro músicas neutras, como as de
CDs para meditação, mas se facilitar a sua inserção
na atmosfera de felicidade, você poderá usar os sons
que sua mente tiver associado à idéia de felicidade
e bem estar.
Posição: Sentado com a espinha ereta, de frente para
o Leste - o lado onde o Sol nasce. Pernas separadas,
mãos sobre as coxas, também separadas.
Respiração: Deve ser feita sempre pelo nariz –
jamais puxe o ar pela boca. Se estiver resfriado e
não conseguir puxar o ar pelo nariz, não faça os
exercícios até que volte a respirar normalmente pelo
nariz.
Observação: Em todos os exercícios é muito
importante que você não cruze as pernas ou as mãos.
Ciclos: Para simplificar as explicações, vamos
chamar de ciclo cada inspiração e expiração, ou
seja, um ciclo começa quando você passa a puxar o ar
para dentro dos pulmões, e conclui quando você
termina de expirar o ar e está prestes a iniciar uma
nova inspiração.
Passo 1
Feche os olhos e comece a respirar lenta e
profundamente. Lentamente, role os olhos para cima,
como se quisesse ver o centro da sua testa. Não
force. Mantenha os olhos nesta posição até o final
do exercício, mas sem forçar para que não sinta
desconforto.
Passo 2
Mantendo os olhos na mesma posição, dirija toda a
sua atenção para a sua respiração normal, sem
forçar. Tome consciência de que, junto com o ar que
você está inspirando, você está enviando Prana para
dentro do seu corpo.
Inspire e expire lentamente. Faça isso durante sete
ciclos. A partir do oitavo ciclo, faça como está
descrito a seguir, no passo 3.
Passo 3
Ainda mantendo os olhos fechados e na posição
descrita, continue respirando lentamente e mantendo
um estado de relaxamento completo. Não é mais
preciso contar os ciclos respiratórios.
Procure trazer à mente momentos felizes de sua vida,
não necessariamente relacionados com o que deseja
alcançar. Basta que sejam momentos felizes, de
sucesso. Pode ser o dia da sua formatura, ou
momentos mágicos quando conquistou o primeiro namoro
e se apaixonou, talvez o dia seu casamento, o
nascimento de um filho, ou um feito bem-sucedido,
férias agradáveis, etc. O importante é trazer à
mente momentos em que você estava realmente feliz,
sentindo-se no topo do mundo. Reviva os momentos
como se estivesse lá novamente. Sinta a felicidade e
o sentimento de vitória desses momentos. Lembre-se
do máximo possível de detalhes para facilitar sua
conexão com esses momentos agradáveis. Acredite que
você está lá novamente.
Passo 4
Ainda mantendo os sentimentos agradáveis de vitória
e felicidade, passe agora a ver-se dentro da
situação que deseja conquistar. Se o que você quiser
conquistar for a aprovação em algum teste
importante, imagine-se consultando sua nota na lista
e vendo seu nome com a nota máxima. Imagine-se feliz
ao ver a nota e seus amigos o parabenizando. Se o
que desejar for o sucesso profissional ou
financeiro, imagine-se em sua sala luxuosa,
consultando sua conta bancária; imagine maços de
notas de dinheiro sobre sua mesa, imagine-se
comprando as melhores roupas, dirigindo o carro dos
seus sonhos e chegando em sua casa própria, a casa
dos seus sonhos.
Procure viver intensamente as idéias desse exercício
de imaginação. Se tiver facilidade, procure ver
detalhes, cores, música ambiente, tudo com o máximo
de detalhes que for capaz de incluir em sua imagem
mental.
Passo 5
Abra os olhos e diga em voz alta: “A partir de agora
permito-me ter sucesso profissional” ou “A partir de
agora permito-me ter felicidade na área
profissional”, ou o que corresponder aos seus
desejos.
Logo em seguida, diga, também em voz alta: “Que
assim seja!”.
Passo 6
Esqueça completamente o assunto e siga em frente nos
seus afazeres normais.
Faça o exercício todos os dias. Se não puder fazer
por um ou mais dias,não há problema, como já foi
dito. O importante é retomá-lo logo que possível e
prosseguir. Você terá que fazer isso por alguns
meses. E trabalhe constante e honestamente pelos
seus objetivos.
Pensamentos negativos e positivos
O que realmente manda em sua vida é o que você pensa
e no que acredita, procure conscientizar-se disso.
As crenças afetam nossa vida. Tudo o que acreditamos
tem influência decisiva em nossa realidade. Por
isso, procure usar este exercício para reprogramar
sua mente, até ter plena convicção de que as coisas
que deseja não só são possíveis como provavelmente
você as alcançará, desde que trabalhe
conscientemente para isso.
O mais frequente é dizermos para nós mesmos: “Nem
vou tentar porque sei que não vou conseguir”. Esse
tipo de pensamento é altamente destrutivo e,
infelizmente, o mais comum. Outro exemplo: “Não vou
conseguir porque nunca conquistei nada na vida,
provavelmente porque não mereço”. Este é ainda mais
daninho e a grande maioria das pessoas se acha
incapaz de conquistar coisas que outras pessoas
conseguem sem problemas.
A diferença de quem acredita que pode e merece
conquistar o sucesso é a atitude mental e, claro, o
trabalho. Há pessoas que trabalham duro a vida toda
e pouco consegue conquistar. Por que? Geralmente
acreditam que a vida que merecem é apenas aquela de
muito trabalho e poucos recursos. E assim acabam
presas em uma roda-viva, trabalhando duro e mal
conseguindo pagar as contas, tendo tempo somente
para continuar trabalhando e tentando pagar as
contas, como alguém que tenta desesperadamente
enxugar um bloco de gelo.
Muitos podem alegar que há um limite para isso e, de
fato, pode haver. Pode haver o limite cármico, mas
de uma forma geral, oitenta por cento dos nossos
problemas e limitações não são cármicos, mas
provocados por uma enorme forma-pensamento, criada
há muitos séculos, e à qual estamos ligados,
independente da religião. Este exercício é uma
maneira de você tentar libertar-se dessa forma-
pensamento e adotar a sua própria crença. Você
precisa acreditar, acima de tudo, que merece o que
almeja.
Felicidade não é algo que acontece por acaso - é
algo que você constrói todos os dias. Principalmente
por meio da maneira com que encara a derrota em uma
batalha: apenas como uma batalha perdida, nunca a
guerra perdida. Uma batalha perdida costuma ensinar
muito para a vitória certa nas batalhas seguintes.
Não deixe que um fracasso lhe tire o ânimo - mas o
contrário. Desafios e obstáculos devem ser vistos
como coisas que estão lá para serem vencidos, para
ensinar, não para simplesmente atrapalhar.
Viver o presente
Procure lembrar-se do sucesso desejado somente no
passo correspondente do exercício. Não fique
desejando o tempo todo. Liberte a idéia, esqueça-a,
mantendo em mente apenas a determinação de trabalhar
para alcançar seus objetivos. Viva o presente, não
deixe nada para amanhã. Construa agora o seu futuro.
Se ficar sempre à frente da TV ou no bar ou na
praia, sem mudar nada em sua vida para tornar
possível a conquista dos seus sonhos, nada vai
acontecer.
Ganhar na loteria
Os ocultistas vêem o dinheiro como uma energia que
vem em ondas e cujas leis ainda não foram
devidamente entendidas. Fazer o exercício para pedir
um prêmio acumulado na loteria poderá render
absolutamente nada, mesmo que você jogue todos os
dias. Claro que quase todas as semanas algum
brasileiro realiza este sonho, mas qual a
probabilidade de você conseguir isto? Acredito que
seja bastante baixa, se depender somente dos
exercícios. Então, não perca seu tempo com isso e
visualize conquistas plausíveis, realmente
possíveis.
Imagine o possível
Novamente é bom ressaltar que tudo é possível para
todos, todos são capazes e merecem, mas é preciso
manter o senso de realidade, claro. Obviamente você
jamais conseguirá ser o artilheiro da Seleção
Brasileira de Futebol se tiver, por exemplo, 60
anos, ou uma Top Model de sucesso internacional se
estiver além da idade máxima.
Mas qualquer pessoa pode, por exemplo, ser um
profissional de sucesso, abrir um negócio inovador e
rentável, ampliar o negócio já existente e
transformá-lo em uma grande empresa, imaginar um
trabalho extra, capaz de gerar recursos suficientes
para a construção ou compra da casa própria, entre
outras coisas.
Você com certeza já ouviu falar mais de uma vez, de
alguém que nada tinha no bolso e que, com trabalho,
dedicação e fé em si mesmo, conseguiu superar suas
próprias limitações e realizar coisas impensáveis.
A toda hora os noticiários mostram pessoas que se
superaram e rapidamente se tornaram conhecidas nas
mais diversas áreas - no atletismo, nos negócios, no
mundo artístico ou em alguma outra atividade. Em
todos os casos há sempre uma história de superação,
dedicação e a crença absoluta no sucesso.
Pense nisso. Use este exercício como forma de
alavancar sua força de vontade, mudar sua atitude
mental, sua maneira de reagir às circunstâncias. E
você poderá mudar sua própria vida.
Não se trata de sorte. Trata-se de ação e reação.
Chegou sua hora de começar a agir.
VII - Os chacras

este capítulo você conhecerá um pouco sobre os

N chacras, pontos de absorção e emissão de


energia vital. Situados na “superfície” do
duplo etérico, mais ou menos 6 milímetros acima
do corpo físico, os chacras são pequenos vórtices ou
centros de energia distribuídos por todo o corpo
energético, com diâmetros que variam de 5 a 10
centímetros.
A palavra sânscrita chakra significa, literalmente,
roda ou disco que gira, nome compatível com a forma
percebida pelos clarividentes. Contudo, os chacras
não são exatamente discos, mas vórtices de entrada e
saída de energia.
Para você ter uma idéia mais próxima do formato de
um chacra, pense no vórtice que se forma quando
retiramos a tampa de um tanque cheio d’água - um
cone de ar giratório que se forma na superfície da
água e se afunila à medida que se aproxima do ralo.
A diferença é que nos chacras há uma tela protetora
que impede a passagem de certos fluxos energéticos.
A função dos chacras é permitir o fluxo de energias
entre os corpos mais sutis e o corpo físico. Estima-
se que há cerca de oito mil chacras distribuídos por
todo o corpo, sendo sete os maiores e mais
importantes, como mostrado na ilustração a seguir.
Posições dos principais chacras

Correspondência dos chacras com o corpo físico


Cada um desses chacras principais está associado a
um ou mais órgãos do corpo físico e etérico. Veja a
seguir as características de cada um deles e a
correspondência com órgãos físicos, cores (ou
manifestações do Prana) e sons.
Chacra básico ou raiz
Localização: Base da coluna vertebral, na direção da
área genital.
Aparência: A partir do Prana recebido, se apresenta
dividido em quatro seções, ou pétalas, como preferem
os orientais. Sua cor predominante é o vermelho.
Correspondência no físico: Órgãos sexuais, coluna,
rins, ossos, intestinos, próstata.
Outras associações: Este chacra é a sede da Energia
Criadora, também conhecida como Kundalini. Entre
outras coisas, controla a temperatura do corpo, a
produção de sangue, vitalidade geral, vínculo com o
plano material.
Representação artística do chakra básico

Chacra esplênico
Localização: Sobre o baço.
Aparência: Divide-se em seis seções ou pétalas com
as cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e
violeta. Há ainda uma sétima cor, principalmente
quando bastante energizado: um halo rosado a partir
do ponto central.
Correspondência no físico: Baço, estômago, fígado,
intestino delgado, sistema nervoso vegetativo.
Outras associações: Absorção de Prana diretamente do
ar, subdividindo e enviando as diversas
manifestações do Prana para os demais chacras e
todas as áreas do corpo. Purifica o sangue, absorve
células desgastadas do sangue.

Representação artística do chakra esplênico

Chacra umbilical
Localização: Sobre a região do umbigo.
Aparência: Dez pétalas. Apresenta combinações
variadas de tons de vermelho e verde, que se
alternam constantemente.
Correspondência no físico: estômago, fígado,
pâncreas, intestinos, diafragma.
Outras associações: Intimamente relacionado com
emoções e sentimentos. Utilizado em sessões
espíritas de natureza mediúnica e ligadas a seres de
vibração mais ligada à terra.

Representação artística do chakra umbilical

Chacra cardíaco
Localização: Sobre a área correspondente ao coração,
no centro do peito, ligeiramente deslocado para a
esquerda.
Aparência: Doze pétalas em amarelo dourado.
Correspondência no físico: Coração e sistema
circulatório.
Outras associações: Sede da Alta Espiritualidade,
via de união como Eu Superior ou o Anjo Solar.

Representação artística do chakra cardíaco

Chacra laríngeo
Localização: Sobre a região da garganta, sobre o
pomo-de-adão.
Aparência: Dezesseis pétalas emitindo luz azul
metálico.
Correspondência no físico: Garganta, glândula
tireóide e sistema linfático.
Representação artística do chakra laríngeo

Chacra frontal
Localização: Sobre o centro da testa.
Aparência: Noventa e seis pétalas, 48 no lado
esquerdo na cor violeta e 48 no lado direito, mais
puxados para o rosa.
Correspondência no físico: Glândula pineal e sistema
nervoso.
Outras associações: Percepção extra-sensorial.
Representação artística do chakra frontal

Chacra coronário
Localização: Topo da cabeça, na posição horizontal.
Aparência: Novecentos e sessenta pétalas vibrando em
praticamente todas as cores do espectro, com
predominância do violeta, girando em altíssima
velocidade. Há no centro deste chacra outras 12
pétalas amarelas.
Correspondência no físico: Glândula pineal, o
cérebro e todo o corpo.
Outras associações: Consciência cósmica.
Representação artística do chakra coronário

Interligação entre os chacras principais


Todos estes chacras estão interligados por fluxos de
energia, de modo que o funcionamento de um deles
afeta alguns ou todos os demais. Muitas Escolas
Iniciáticas se valem de exercícios para desenvolver
os chacras. Esse desenvolvimento normalmente parte
de baixo para cima, até atingir o desenvolvimento
pleno do chacra coronário.
O chacra base está ligado diretamente ao chacra do
baço que, por sua vez, está ligado diretamente
também ao chacra umbilical, ao cardíaco e ao
laríngeo. O chacra umbilical está ligado diretamente
aos chacras base, do baço e laríngeo. O chacra
cardíaco está ligado diretamente aos chacras do baço
e laríngeo. O chacra laríngeo está ligado
diretamente aos chacras cardíaco, do baço, umbilical
e frontal. O chacra frontal está ligado aos chacras
laríngeo e coronário e, este último, ligado
diretamente ao chacra frontal.
Alguns outros chacras importantes
Além destes sete chacras principais, há ainda muitos
outros pontos energéticos conhecidos, utilizados
principalmente nas práticas de curas prânicas,
ligados a diversos órgãos do corpo humano. Há
chacras também nas palmas das mãos e nas pontas dos
dedos, nas solas dos pés, etc.
Os chacras e a cura prânica
Os praticantes de cura prânica, Johrei, Reiki e
assemelhados,emitem suas energias de cura através
dos chacras das mãos. Numa sessão de tratamento o
praticante utiliza as mãos ou bastões de cristal
para retirar obstruções de alguns chacras e
energizar outros. Contudo, é preciso ter muito
cuidado com tais práticas, que devem ser feitas de
preferência por pessoas com conhecimentos profundos
sobre cada chacra e os órgãos a ele associados. Não
confie sua saúde a curiosos.
Na cromoterapia utilizam-se luzes coloridas, às
vezes direcionadas por bastões de cristal, para
energizar os chacras. Os mesmos cuidados devem ser
observados, pois cores inadequadas sobre os chacras
ou em pessoas com problemas já manifestados podem
agravar ainda mais o quadro, em vez de melhorar.
Se você se interessou pelo assunto e quiser saber
mais, consulte a bibliografia recomendada, no fim do
livro.
Energia solar, respiração e chacras
Agora que você já conhece um pouco sobre os chacras
e suas localizações, está pronto para experimentar
alguns exercícios que envolvem a combinação das
técnicas apresentadas anteriormente com a
visualização dos chacras.
Como nos exercícios anteriores, faça seus exercícios
de acordo com as seguintes recomendações:
Local: O melhor é que você faça seus exercícios
sempre no mesmo local, na mesma posição. Qualquer
lugar tranqüilo serve, menos o banheiro ou outros
locais próximos a ralos, torneiras ou grandes
reservatórios de água parada. O ideal é o seu quarto
ou algum outro local onde você se sinta à vontade e
onde não corra o risco de ser interrompido. Nem
pense em fazer tais exercícios em recintos públicos,
como bares, locais de diversão noturna, etc.
Nos casos dos exercícios feitos sob a luz do sol,
procure um local onde não seja observado.
Horário: Como nos outros exercícios, qualquer
horário entre as 6 da manhã e as 23 horas. Os
melhores horários são 6 e 8 da manhã, meio-dia, três
da tarde e seis horas da tarde, devido à qualidade
do Prana e os tipos de manifestações energéticas
desses horários.
Se não lhe for possível fazer o exercício na luz
solar, use sua imaginação. O sol pode não estar
visível em uma determinada hora ou em um dia
chuvoso, mas com certeza está lá como sempre, seja
acima das nuvens ou abaixo do horizonte. Procure
visualizá-lo de onde estiver, emitindo seus raios
luminosos e repletos de Prana.
Ambiente: Tanto quanto possível, procure ambientes
com baixo nível de ruído, arejados, claros, de
preferência com a janela aberta, mesmo à noite.
Jamais faça exercícios respiratórios em ambientes
enfumaçados – mesmo que seja fumaça de incenso - e
sem ventilação. Você pode usar um incenso se isto
lhe fizer sentir-se bem, mas procure não fechar o
ambiente e providenciar para que haja um bom nível
de ventilação.
Observação: O objetivo da fumaça do incenso é limpar
o ambiente, não ser inalada. Evite permanecer
constantemente em ambientes enfumaçados e sem
ventilação. O uso de incensos adequados é altamente
recomendável, mas sempre em ambientes com muito boa
ventilação.
Se quiser usar música, prefira estilos de música bem
suaves, sem canto, apenas instrumental e, ainda, de
preferência peças musicais que não lhe tragam à
mente idéias ou lembranças que provoquem emoções,
mesmo que sejam emoções que você considere boas. Sua
atitude emocional deve ser a mais neutra possível.
Uma boa idéia é procurar CDs de música para
meditação, criadas especificamente para provocar o
estado mental adequado. Você encontra tais CDs em
lojas de artigos esotéricos.
Posição: A não ser nos casos em que o exercício deve
ser feito de pé, fique sentado com a espinha ereta,
de frente para o Leste - o lado onde o Sol nasce.
Pernas separadas, mãos sobre as coxas, também
separadas. No caso do exercício sob a luz solar,
faça-o de pé, a menos que isto não seja possível por
um motivo qualquer.
Respiração: Deve ser feita sempre pelo nariz –
jamais puxe o ar pela boca. Se estiver resfriado e
não conseguir puxar o ar pelo nariz, não faça os
exercícios até que volte a respirar normalmente pelo
nariz.
Observação: Em todos os exercícios é muito
importante que você não cruze as pernas ou as mãos.
Ciclos: Para simplificar as explicações, vamos
chamar de ciclo cada inspiração e expiração, ou
seja, um ciclo começa quando você passa a puxar o ar
para dentro dos pulmões, e conclui quando você
termina de expirar o ar e está prestes a iniciar uma
nova inspiração.
Absorção de Prana pelos chacras
Os exercícios que apresento a seguir são combinações
de outros exercícios já apresentados, com ligeiras
modificações visando direcionar conscientemente
energia para os chacras.
Exercício 1
Neste exercício você visualizará seu chacra
cardíaco.
Passo 1
Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a sua
respiração normal, sem forçar. Tome consciência de
que, junto com o ar que você está inspirando, você
está bombeando Prana para dentro do seu corpo.
A cada inspiração, visualize seu chacra cardíaco,
localizado na direção da base do seu coração, no
centro do peito, ligeiramente deslocado para a
esquerda, nas cores verde e rosa.
Faça isso durante sete ciclos. A partir do oitavo
ciclo, faça como descrito no passo 2, a seguir.
Passo 2
Prossiga respirando profunda e lentamente, com os
olhos fechados, visualizando seu chacra cardíaco,
mas agora visualizando também o Prana entrando nesse
chacra, tornando-o mais luminoso.
Faça isso durante sete ciclos.
Exercício 2
Este exercício deverá ser feito de pé, sob o sol.
ATENÇÃO: Este exercício envolve um certo esforço e
não deve ser feito por pessoas com problemas
cardíacos, respiratórios, portadores de hipertensão,
etc. Se você tiver algum desses problemas ou outros
relacionados, consulte seu médico antes de fazer o
exercício.
Passo 1
De pé de frente para o Sol (nunca olhe diretamente
para o Sol!) feche os olhos. Dirija toda a sua
atenção para a sua respiração normal, sem forçar.
Tome consciência de que, junto com o ar que você
está inspirando, você está enviando Prana para
dentro do seu corpo.
Dirija sua atenção para o chacra cardíaco e procure
perceber o calor do sol nesse ponto. Visualize o
Prana penetrando pelo chacra a cada inspiração.
Faça isto por sete ciclos.
Passo 2
Este passo pode oferecer alguma dificuldade no
início. Com o tempo ficará mais fácil.
A partir do oitavo ciclo, passe a inspirar profunda
e lentamente até encher os pulmões, contando de 1 a
7. Ao expirar, conte inicialmente de 1 a 10, ou
seja, você deverá passar mais tempo expirando do que
inspirando, desta forma expulsando todo o ar dos
seus pulmões.
Se tiver dificuldades, comece contando até 8 e vá
aumentando progressivamente, até atingir 10.
Quando conseguir chegar a 10, continue aumentando
até conseguir contar até 14 na expiração.
É importante notar que a idéia aqui não é expelir o
ar mais lentamente, retendo-o por mais tempo para
contar até 10 ou 14, mas passar mais tempo expelindo
o ar, até ter a sensação de que não há mais ar algum
para ser expelido.
Não force demais. Vá aumentando gradativamente. Não
se esqueça da recomendação apresentada no início
deste exercício: se tiver problemas cardíacos é
melhor consultar um médico antes de fazer este tipo
de exercício. Se tiver pressão alta, não faça o
exercício sob a luz solar.
VIII - Exercícios de relaxamento
direcionado

este capítulo apresento alguns exercícios de

N relaxamento que combinam exercícios


respiratórios e o direcionamento da atenção.
Alguns dos exercícios propostos envolvem também
a visualização de formas e cores e podem ser usados
também para ajudar na recuperação de enfermidades ou
no alívio de dores. É uma boa idéia pedir que alguém
leia as etapas para você, com voz suave, lenta e
pausada, enquanto você relaxa e segue as sugestões
do exercício. Se preferir, você pode também gravar
com sua própria voz, para que possa entregar-se mais
completamente ao exercício.
Você pode também ler e memorizar as etapas de um
exercício, para depois praticá-lo. De um jeito ou de
outro, com o tempo e a prática, você acabará
memorizando os passos dos exercícios e não precisará
mais de qualquer orientação externa.
Exercício 8.1 - Relaxamento geral simples
Este exercício divide-se em três partes. Na primeira
parte você energizará o corpo com a absorção
consciente de Prana. Na segunda você continuará
trabalhando mentalmente com o Prana, mas agora
direcionando a atenção para seu corpo, pouco a
pouco, até relaxar completamente. Na terceira e
última parte, você ativará todo o corpo, na mesma
ordem.
Condições ideais: A posição ideal para este
exercício é deitada sobre o chão, sem travesseiro,
procurando colocar todo o corpo, as costas, os
braços, em contato com o chão. Se achar mais
confortável, use um colchonete ou tatame, mas evite
materiais sintéticos e isolantes. Evite também os
carpetes. O ideal é um tatame de palha com forro de
tecido de algodão ou linho.
Na impossibilidade de obter colchões ou tatames
ideais, pode deitar-se sobre o chão e forrá-lo com
uma colcha. Se toda a sua casa for forrada com
carpetes, forre também com um tecido de algodão -
não é o ideal, mas é melhor do que fazer o exercício
sobre uma cama.
Você pode utilizar música, de preferência somente
instrumental, como já explicado nos capítulos
anteriores. Pode também usar incenso ou
aromatizadores, observando sempre os cuidados já
comentados nos capítulos anteriores: não use incenso
em lugares fechados e sem ventilação.
Primeira parte
1. Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a
sua respiração normal, sem forçar. Tome consciência
de que, junto com o ar que você está inspirando,
você está bombeando Prana para dentro do seu corpo.
Faça isso durante sete ciclos.
2. Ainda mantendo os olhos fechados, inspire
profunda e lentamente até que seus pulmões estejam
completamente cheios, fazendo seu tórax expandir,
expirando também lentamente em seguida.
Continue mantendo a atenção no ar que entra e que
sai, visualizando a entrada de ar carregado de Prana
e a saída de ar usado, e mais pobre em Prana. Junto
com o Prana usado, tome consciência de que você está
expelindo também problemas e preocupações.
Repita isto por sete ciclos.
Ao terminar, inspire profundamente, retenha por dois
ou três segundos e, em seguida, solte o ar
normalmente.
Volte a respirar normalmente.
Segunda parte
1. Ainda deitado, com os olhos fechados, respirando
normalmente, sem forçar, procure direcionar sua
atenção para sua respiração. Faça isto por cinco
ciclos.
2. Agora, ainda respirando normalmente, a cada
inspiração visualize o Prana entrando junto com o ar
e dirigindo-se todo para as pontas dos seus pés.
Dirija toda a sua atenção para os dedos dos pés e
ordene mentalmente que eles relaxem. Faça por mais
três ciclos.
3. Continue respirando normalmente. Agora, a cada
inspiração visualize o Prana entrando junto com o ar
e dirigindo-se todo para seus pés, inundando-os com
a Força Vital. Dirija toda a sua atenção para seus
pés e ordene mentalmente que eles relaxem
completamente.
4. Sempre respirando normalmente, visualize o Prana
dirigindo-se para seus tornozelos, inundando-os e
fazendo-os relaxar.
5. Agora, repita o procedimento, dirigindo o Prana
para a parte inferior da perna. Primeiro a parte
anterior esquerda, depois a direita, em seguida a
parte posterior esquerda e, em seguida, a direita,
três ciclos para cada ponto.
6. Visualize agora o Prana concentrando-se nos seus
joelhos e os acalmando, relaxando e soltando todos
os músculos e ligamentos.
7. Continue respirando normalmente e lentamente.
Direcione agora o Prana para as coxas, primeiro a
coxa esquerda, depois a direita. Procure sentir o
fluxo de Prana chegando às suas coxas e relaxando-as
completamente.
8. Agora, direcione o Prana para as nádegas,
relaxando os músculos. Direcione também para a área
genital e os quadris. Sinta o Prana espalhando e
acalmando toda esta região do seu corpo.
9. Dirija sua atenção agora para a região abdominal,
espalhando Prana e acalmando os músculos da barriga
e os intestinos.
10. Passe lentamente para o tórax, inundando com
Prana todos os músculos.
11. Respirando lenta e profundamente, visualize o
Prana espalhando-se pelas costas, relaxando e
soltando todos os músculos.
12. Tome consciência agora do Prana descendo pelos
seus braços, relaxando músculos e ossos.
13. Inunde com Prana a região do pulso, as mãos,
cada um dos dedos.
14. Chegou a hora de concentrar o Prana no pescoço.
Trate os músculos do pescoço, sinta o Prana fluindo
sobre as cordas vocais.
15. Desloque lentamente a atenção para os músculos
da face, inundando seu rosto com Prana. Solte a
mandíbula, relaxe os músculos em volta dos olhos.
16. Leve o Prana até o couro cabeludo e ordene
mentalmente o relaxamento total.
Você ainda está acordado? O ideal neste exercício é
não dormir, mas se você adormecer antes de terminar
não haverá qualquer problema.
Na terceira e última parte do exercício, você usará
novamente sua atenção dirigida para direcionar Prana
na mesma ordem, mas desta vez ativando todo o corpo.
Terceira parte
1. Recomeçando pelos pés, dirija o fluxo de Prana
para os dedos dos pés. Movimente os dedos lentamente
e sinta-os revitalizados pelo Prana.
2. Agora, a cada inspiração visualize o Prana
entrando junto com o ar e dirigindo-se todo para os
pés e os tornozelos. Mova lentamente seus pés e os
sinta revitalizados.
3. Continue visualizando o Prana entrando junto com
o ar e dirigindo-se agora para a parte inferior da
perna. Primeiro a parte anterior esquerda, depois a
direita, em seguida a parte posterior esquerda e, em
seguida, a direita.
4. Visualize agora o Prana concentrando-se nos seus
joelhos. Movimente lentamente as articulações.
5. Continue respirando normalmente e lentamente.
Direcione agora o Prana para as coxas, primeiro a
coxa esquerda, depois a direita, passando a
movimentar as pernas lentamente, sentindo o Prana
fluir, vitalizando-as.
6. Agora, direcione o Prana para as nádegas, a área
genital e os quadris. Sinta o Prana espalhando e
ativando toda esta região do seu corpo.
7. Dirija sua atenção agora para a região abdominal,
espalhando Prana e ativando os músculos da barriga e
os intestinos.
8. Passe lentamente para o tórax, inundando com
Prana todos os músculos.
9. Respirando lenta e profundamente, visualize o
Prana espalhando-se pelas costas, ativando e
vitalizando todos os músculos.
10. Tome consciência agora do Prana descendo pelos
seus braços e chegando até às mãos. Movimente-os
lentamente, movimente suas mãos, os pulsos, os
dedos.
11. Revitalize seu pescoço, movimente a cabeça de um
lado para outro.
12. Desloque lentamente a atenção para os músculos
da face, inundando seu rosto com Prana. Movimente a
mandíbula.
13. Leve o Prana até o couro cabeludo.
14. Ainda com os olhos fechados, com os braços
encostados no chão, vire as palmas das mãos para
cima, e diga, em voz alta:
“Agradeço ao Criador pela energia vital e abundante
que nutre o meu corpo. Que isto seja feito”.
Abra os olhos lentamente. Ao terminar, levante-se
lentamente e beba um copo d’água.
Exercício 8.2 - Relaxamento com visualização de luz
e cor
Este exercício também se divide em três partes e é
uma variação do primeiro. A diferença aqui, está na
visualização de um halo de luz violeta percorrendo o
corpo e o energizando.
Condições ideais: As mesmas do exercício anterior.
Primeira parte
1. Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a
sua respiração normal, sem forçar. Tome consciência
de que, junto com o ar que você está inspirando,
você está enviando Prana para dentro do seu corpo.
Faça isso durante sete ciclos.
2. Ainda mantendo os olhos fechados, inspire
profunda e lentamente até que seus pulmões estejam
completamente cheios, fazendo seu tórax expandir,
expirando também lentamente em seguida.
Continue mantendo a atenção no ar que entra e que
sai, visualizando a entrada de ar carregado de Prana
e a saída de ar usado, mais pobre em Prana. Junto
com o Prana usado, tome consciência de que você está
expelindo também problemas e preocupações.
Repita isto por sete ciclos.
Ao terminar, inspire profundamente, retenha por dois
ou três segundos e, em seguida, solte o ar
normalmente.
Volte a respirar normalmente.
Segunda parte
1. Ainda deitado, com os olhos fechados, respirando
normalmente, sem forçar, procure direcionar sua
atenção para sua respiração. Faça isto por cinco
ciclos.
2. Agora, ainda respirando normalmente, a cada
inspiração visualize um halo de luz violeta
envolvendo as pontas dos seus pés. Dirija toda a sua
atenção para os dedos dos pés e ordene mentalmente
que eles relaxem. Visualize mentalmente o halo de
luz e sinta o efeito relaxante. Antes de passar para
a etapa seguinte, visualize o halo de luz violeta
tornando-se lentamente azul.
3. Continue respirando normalmente. Agora, a cada
inspiração visualize o halo de luz violeta
envolvendo seus pés, inundando-os com a Força Vital.
Dirija toda a sua atenção para seus pés e sinta a
luz violeta limpando seu corpo e produzindo um
efeito relaxante.
4. Visualize agora o halo de luz violeta dirigindo-
se para seus tornozelos, inundando-os e fazendo-os
relaxar.
5. Agora, repita o procedimento, dirigindo o halo de
luz para a parte inferior da perna. Primeiro a parte
anterior esquerda, depois a direita, em seguida a
parte posterior esquerda e, em seguida, a direita,
três ciclos para cada ponto.
6. Visualize agora o halo de luz concentrando-se nos
seus joelhos e os acalmando, relaxando, soltando
todos os músculos e ligamentos, promovendo uma
limpeza energética.
7. Continue respirando normalmente e lentamente.
Visualize agora o halo de luz sobre as coxas,
primeiro a coxa esquerda, depois a direita. Procure
sentir o efeito calmante do halo de luz chegando às
suas coxas e relaxando-as completamente.
8. Agora, direcione o halo de luz para as nádegas,
relaxando os músculos. Direcione também para a área
genital e os quadris. Visualize o halo de luz
envolvendo e acalmando toda esta região do seu
corpo.
9. Desloque o halo de luz para a região abdominal,
envolvendo e acalmando os músculos da barriga e os
intestinos.
10. Passe lentamente para o tórax, envolvendo com
luz violeta todos os músculos.
11. Respirando lenta e profundamente, visualize o
halo de luz envolvendo completamente suas costas,
relaxando e soltando todos os músculos.
12. Tome consciência agora do halo de luz descendo
pelos seus braços, relaxando músculos e ossos,
fazendo uma limpeza.
13. Envolva a região do pulso com o halo de luz e,
em seguida, as mãos e cada um dos dedos.
14. Concentre o halo de luz violeta e faça-o
envolver o pescoço, limpando suas cordas vocais e
relaxando os músculos.
15. Desloque lentamente a atenção para os músculos
da face, envolvendo seu rosto com a luz violeta.
Solte a mandíbula, relaxe os músculos em volta dos
olhos.
16. Leve o halo de luz até o couro cabeludo e ordene
mentalmente o relaxamento total.
Terceira parte
1. Recomeçando pelos pés, dirija o halo de luz para
os dedos dos pés. Movimente os dedos lentamente e
sinta-os revitalizados pelo Prana.
2. Agora, a cada inspiração visualize o halo de luz
dirigindo-se todo para os pés e os tornozelos. Mova
lentamente seus pés e os sinta revitalizados.
3. Continue visualizando o halo de luz dirigindo-se
agora para a parte inferior da perna. Primeiro a
parte anterior esquerda, depois a direita, em
seguida a parte posterior esquerda e, em seguida, a
direita.
4. Visualize agora o halo de luz concentrando-se nos
seus joelhos. Movimente lentamente as articulações.
5. Leve a luz violeta até as coxas, primeiro a coxa
esquerda, depois a direita, passando a movimentar as
pernas lentamente.
6. Direcione o halo de luz para as nádegas, a área
genital e os quadris.
7. Dirija sua atenção agora para a região abdominal,
aplicando a luz violeta e ativando os músculos da
barriga e os intestinos.
8. Passe lentamente para o tórax, envolvendo com o
halo de luz todos os músculos.
9. Visualize o halo de luz espalhando-se pelas
costas, ativando e vitalizando todos os músculos.
10. Tome consciência agora da luz violeta descendo
pelos seus braços e chegando até às mãos. Movimente-
os lentamente, movimente suas mãos, os pulsos e os
dedos.
11. Revitalize seu pescoço, movimente a cabeça de um
lado para outro.
12. Desloque lentamente a atenção para os músculos
da face, inundando seu rosto com luz violeta.
Movimente a mandíbula.
13. Leve o halo violeta até o couro cabeludo.
14. Ainda com os olhos fechados, com os braços
encostados no chão, vire as palmas das mãos para
cima, e diga, em voz alta:
“Agradeço ao Criador pela energia vital e abundante
que nutre o meu corpo. Que isto seja feito”.
Abra os olhos lentamente. Ao terminar, levante-se
lentamente e beba um copo d’água.
Exercício 8.3 - Esfera azul
Este exercício combina a respiração e absorção
consciente de Prana com a forma esférica e a cor
azul anil. Deve ser feito somente em locais
adequados, conforme já explicado repetidas vezes nos
capítulos anteriores. Este exercício fortalece o ovo
áurico e ajuda a desenvolver a criatividade e a
intuição.
Condições ideais: A posição ideal para este
exercício é: sentado, com a coluna ereta, em cadeira
de espaldar alto e reto – evite cadeiras com
espaldar arredondado.
Pés no chão, descalços ou com meias de algodão. Não
cruze as pernas ou os braços.
Você pode utilizar música, de preferência somente
instrumental, como já explicado nos capítulos
anteriores. Pode também usar incenso ou
aromatizadores, observando sempre os cuidados já
comentados nos capítulos anteriores: não use incenso
em lugares fechados e sem ventilação.
1. Sente-se confortavelmente e relaxe. Concentre sua
atenção em sua respiração e procure respirar lenta e
profundamente, visualizando o Prana entrando em seu
corpo e sendo distribuído por todas as células.
2. Imagine uma grande e luminosa esfera azul
envolvendo todo o seu corpo. A cada novo ciclo
respiratório, visualize a esfera aumentando de
tamanho e se tornando cada vez mais luminosa,
iluminando todo o cômodo em que você se encontra.
3. Visualize-a aumentando de tamanho até tomar todo
o recinto.
4. Agora, visualize um foco de luz cilíndrico vindo
diretamente do ponto logo acima de sua cabeça, da
parede da esfera. Esse cilindro é de uma luz muito
branca e intensa, que fortalece e protege todo o seu
corpo e sua aura. Permaneça neste cilindro luminoso,
dentro da esfera azul, por uns quinze ciclos,
lembrando que um ciclo equivale a uma inspiração e
uma expiração. Se quiser, pode ficar mais tempo.
5. Lentamente, faça com que o cilindro vá erguendo-
se e volte à parede da esfera azul, desaparecendo
completamente.
6. Em seguida, faça com que a esfera azul também
desapareça lentamente.
Abra os olhos e respire fundo.
Exercício 8.4 - Esfera azul analgésica
Este exercício é uma variação do exercício anterior.
Use-o para aliviar dores ou tensões.
Condições ideais: As mesmas do exercício anterior.
1. Sente-se confortavelmente e relaxe. Concentre sua
atenção em sua respiração e procure respirar lenta e
profundamente, visualizando o Prana entrando em seu
corpo e sendo distribuído por todas as células.
2. Imagine uma grande e luminosa esfera azul
envolvendo todo o seu corpo. A cada novo ciclo
respiratório, visualize a esfera aumentando de
tamanho e se tornando cada vez mais luminosa,
iluminando todo o cômodo em que você se encontra.
3. Agora, visualize um foco de luz cilíndrico vindo
diretamente do ponto logo acima e à frente, saindo
da parede da esfera, como se fosse um cordão
umbilical. Esse foco deverá ser também azul anil.
4. Faça com que o foco de luz incida sobre a área
onde você estiver sentindo dores ou mal estar.
Ordene mentalmente que o Prana curativo faça a dor
desaparecer.
5. Antes de encerrar, diga em voz alta (ou
mentalmente, se em voz alta não for conveniente):
Esta energia curativa fará toda a dor desaparecer.
Esta energia curativa fará toda a dor desaparecer.
Esta energia curativa fará toda a dor desaparecer.
Assim será, está feito.
IX - Exercícios de relaxamento,
visualização e intuição

este capítulo descrevo alguns exercícios de

N visualização e relaxamento que tanto podem ser


usados como uma forma de aliviar as tensões do
dia-a-dia, como programas para atingir certos
objetivos. Se executados esporadicamente, nos finais
de semana ou quando sentir necessidade, eles
servirão como excelentes técnicas de relaxamento.
Se feitos todos os dias, no mesmo local e horário,
criarão condições para conquistar posturas mentais,
capazes de transformar sua maneira de ver e reagir
diante dos problemas da vida no plano físico - ou
além deste plano. Os exercícios 9.2 e9.3, em
especial, criam condições que facilitam o
desenvolvimento da intuição.
Algumas das pequenas histórias descritas, para as
visualizações destes exercícios, procuram colocar o
praticante no caminho do contato com seu Eu
Interior. Uma idéia interessante é pedir que alguém
leia as histórias para você, com voz suave, lenta e
pausada, enquanto você relaxa e segue as sugestões
do texto. Ou então, grave as instruções para
utilizar o exercício nos momentos e locais que
quiser.
Ao contrário dos exercícios apresentados até aqui,
os exercícios apresentados neste capítulo não
envolvem, necessariamente, a absorção consciente de
Prana. Assim, se você sentir vontade de fazer um
destes exercícios, mas não puder encontrar um lugar
energeticamente adequado (conforme já descrito em
outros capítulos), faça somente a segunda parte do
exercício escolhido, ou seja, a visualização
propriamente dita.
Todos os exercícios são precedidos por uma parte
inicial, de absorção de Prana e fortalecimento da
aura. O objetivo é criar condições que facilitem as
visualizações e o relaxamento.
Exercício 9.1. Sintonia com a natureza
Este exercício, se feito esporadicamente, produz
relaxamento profundo e bem estar. Se feito todos os
dias, facilita o início do seu caminho de reencontro
com a Natureza que a humanidade há muito tempo
deixou para trás.
Condições ideais: Você pode fazer este exercício
sentado ou deitado. O importante é que você esteja
com a coluna em linha reta.
Se preferir fazer sentado, mantenha a espinha reta,
em cadeira de espaldar alto e reto - evite cadeiras
com espaldar arredondado. Mantenha os pés no chão,
descalços ou com meias de algodão. Não cruze pernas
ou braços.
Se quiser fazer o exercício deitado, deite-se no
chão, em um colchonete ou sobre um tatame, evitando,
tanto quanto possível, carpetes ou materiais
sintéticos. Não cruze pernas ou braços, evite
travesseiros ou use um travesseiro o mais fino
possível.
Como em muitos dos exercícios deste livro, procure
locais agradáveis e longe de grande depósitos de
água. Jamais faça no banheiro, mesmo que seja o
único local disponível - é preferível não fazer!
Você pode utilizar música, de preferência somente
instrumental, como já explicado nos capítulos
anteriores. Pode também usar incenso ou
aromatizadores, observando sempre os cuidados já
comentados nos capítulos anteriores: não use incenso
em lugares fechados e sem ventilação.
É muito importante que você não seja interrompido.
Portanto, providencie para que ninguém o incomode,
desligue a campainha do telefone e quaisquer outras
fontes sonoras que possam interromper o exercício.
Desligue o celular, desligue o computador, o tablet,
qualquer coisa que possa emitir ruídos que possam
lhe tirar a concentração.
Etapa única
1. Deitado de costas, olhando para o teto, dirija
toda a sua atenção para a sua respiração. Procure
perceber os suaves movimentos produzidos pela
respiração.
2. Inspire lenta e profundamente até encher os
pulmões, retenha o ar por um instante - de 3 a 5
segundos - e solte o ar normalmente, sem prender,
procurando relaxar todo o corpo.
3. Feche os olhos. Continue com a atenção focalizada
em sua respiração. Novamente, inspire lenta e
profundamente até encher os pulmões, retenha o ar
por um instante e solte. Ao inspirar, visualize a
Energia Vital inundando seu corpo. Ao expirar,
visualize seus problemas e preocupações sendo
expulsos do seu corpo e de sua mente.
Visualize-se deitado sobre um gramado, no centro de
uma pequena ilha, no meio de um imenso lago de águas
cristalinas.
Acima, perceba o céu de belíssimo azul e o sol muito
brilhante.
À sua volta, as águas cristalinas refletem o céu com
perfeição, fazendo com que você sinta como se
estivesse flutuando no centro de uma imensa esfera
azul, com seu próprio sol como fonte de calor, luz e
Vida.
Sinta o calor agradável dos raios do sol sobre sua
pele. Sinta-se aquecido sob a luz solar, relaxado
pelo céu azul e pelo leve barulho das pequenas
marolas no lago.
Permaneça sob o sol, sentindo sua energia e
absorvendo Prana pelo tempo que quiser.
Observação: Se neste ponto você já tiver adormecido,
não haverá problema, pelo contrário. Mas se estiver
acordado, prossiga conforme descrito abaixo.
Lentamente, volte a perceber o chão sob seu corpo.
Dirija sua atenção para seu corpo - seus pés,
pernas, braços, tronco e cabeça.
Perceba o chão ou o tatame sob seu corpo. Tome
consciência do local onde você se encontra, do chão,
das paredes e dos sons.
Abra os olhos lentamente. Inspire lenta e
profundamente e expire normalmente, sem forçar ou
reter.
Levante-se lentamente.
Exercício 9.2. Encontro com o Ser
Este exercício, se feito esporadicamente, produz
relaxamento profundo e bem estar. Se feito todos os
dias, facilita o início do seu caminho de reencontro
com seu Eu Interior.
Condições ideais: A posição ideal para este
exercício é: sentado, com a coluna ereta, em cadeira
de espaldar alto e reto – evite cadeiras com
espaldar arredondado.
Pés no chão, descalços ou com meias de algodão. Não
cruze pernas ou braços.
Você pode utilizar música, de preferência somente
instrumental, como já explicado nos capítulos
anteriores. Pode também usar incenso ou
aromatizadores, observando sempre os cuidados já
comentados nos capítulos anteriores: não use incenso
em lugares fechados e sem ventilação.
É muito importante que você não seja interrompido.
Portanto, providencie para que ninguém o incomode,
desligue a campainha do telefone e quaisquer outras
fontes sonoras que possam interromper o exercício.
Este não é um exercício de projeção astral, ou seja,
não envolve a saída da consciência do corpo.
Projeções astrais, também conhecidas como
desdobramentos, não devem ser tentadas sem a devida
orientação e o acompanhamento de pessoas experientes
e responsáveis. A viagem descrita na segunda etapa
do exercício é uma visualização, ou seja, você vai
apenas imaginar-se fazendo o que o exercício propõe.
Primeira etapa
1. Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a
sua respiração normal, sem forçar. Tome consciência
de que, junto com o ar que você está inspirando,
você está enviando Prana para dentro do seu corpo.
Faça isso durante sete ciclos.
2. Ainda mantendo os olhos fechados, inspire
profunda e lentamente até que seus pulmões estejam
completamente cheios, fazendo seu tórax expandir,
expirando também lentamente em seguida.
Continue mantendo a atenção no ar que entra e que
sai, visualizando a entrada de ar carregado de Prana
e a saída de ar usado, mais pobre em Prana. Junto
com o Prana usado, tome consciência de que você está
expelindo também problemas e preocupações.
Repita isto por sete ciclos.
Ao terminar, inspire profundamente, retenha por dois
ou três segundos e, em seguida, solte o ar
normalmente.
Volte a respirar normalmente.
Segunda etapa
1. Mantendo os olhos fechados, dirija toda a sua
atenção para a sua respiração. Acompanhe o suave
movimento produzido por sua respiração. Se houver
condições ambientais favoráveis, procure focalizar
sua atenção no som de sua respiração. Respire
lentamente e relaxe.
2. Mentalmente, levante-se da cadeira lentamente e
dirija-se à porta de saída do cômodo onde você se
encontra.
Viva mentalmente esta seqüência de eventos:.
Ao passar pela porta, você estará em um belo bosque,
rodeado por frondosas árvores. No meio do bosque há
uma trilha estreita, marcada no gramado, que segue
na direção do fundo do bosque, onde os troncos e os
galhos entrelaçados de duas grandes árvores formam
um portal.
Siga a trilha e comece a caminhar na direção do
portal. Logo à frente, antes de chegar no portal,
você percebe que por trás do portal há uma floresta
luxuriante, com muitas árvores, lagos, flores,
muitos pequenos pássaros coloridos.
Há somente paz e harmonia no ar e você se sente
absolutamente seguro. Nada pode lhe fazer mal neste
lugar.
Acima das copas das árvores você percebe o céu azul
e, após caminhar por alguns instantes, você ouve o
ruído de uma cachoeira logo à frente. Continue
caminhando, até chegar às margens de um pequeno
riacho, de águas rasas e cristalinas. À sua
esquerda, uma cachoeira desce por entre pedras e
árvores, caindo por sobre um pequeno lago.
A temperatura é agradável e convida ao banho. Você
então retira suas roupas e entra no lago,
caminhando. O pequeno lago é bastante raso, e você
caminha com água até pouco acima dos joelhos. O solo
sob a água é de fina areia, sem pedras e muito
agradável, transmitindo segurança.
Você então se coloca sob a cachoeira e sente a
pressão da água limpando todo o seu corpo. Sinta
água lavando seu corpo físico e sua aura, livrando-
os de impurezas e energias negativas, formas-
pensamento, limpando seus chacras e vitalizando todo
o seu corpo com o Prana dissolvido na água.
Depois de algum tempo sob a cachoeira, você sente o
corpo mais leve e continua caminhando. Ao passar por
sob a cachoeira, descobre que, por trás da cortina
formada pela água, há uma entrada na pedra, um túnel
um pouco mais alto do que você, com paredes
estranhamente luminosas.
Ao entrar no túnel, você percebe que o ar é leve e
perfumado. À medida que penetra na caverna, o som da
cachoeira vai ficando para trás e tudo o que você
ouve é a sua própria respiração.
As paredes da caverna emitem uma luz suave, deixando
seu caminho bastante claro. O solo da caverna emite
a mesma estranha e agradável luz dourada; e você
sente um agradável perfume sendo trazido pela leve
brisa que circula pelo tunel.
Depois de andar por algum tempo, você percebe
novamente a luz do dia no final do túnel. Ao
aproximar-se da saída, percebe ao longe um bosque,
com árvores bastante espaçadas umas das outras, o
chão coberto por plantas de folhas estreitas de
aparência leve.
Ao finalmente sair da caverna, você está em uma
clareira, o ar é leve e perfumado. Nessa clareira há
um Ser, que lhe recebe com um leve sorriso nos
lábios e com olhar sereno e amigo.
Esse Ser lhe pergunta, mentalmente, sem emitir sons,
o que você deseja? Você então responde, também
mentalmente, que você deseja encontrar o caminho que
o levará à realização dos seus sonhos. Que você
deseja conhecer o caminho para a Verdadeira
Felicidade Interior.
O Ser então sorri suavemente e lhe concede o direito
de fazer mais um pedido. Você então faz seu pedido,
mentalmente.
O Ser então o cumprimenta, num suave gesto com a
cabeça, e diz que você já pode voltar ao seu mundo,
que Ele cuidará de tudo.
Você o cumprimenta com um leve gesto com a cabeça,
vira-se e caminha de volta em direção ao túnel
luminoso.
Após mais alguns passos, você volta a ouvir somente
sua respiração até que, mais à frente, volta a ouvir
o som da cachoeira, cada vez mais perto. Finalmente
você está na saída do túnel, por trás da cortina
d’água.
Mais alguns passos e você está novamente sob a
cachoeira. A suave massagem da queda d’água sobre
seu corpo, retira toda a sensação de sonolência e
você está novamente desperto no lago, com água pouco
acima dos joelhos.
Você então sai da água e veste-se novamente. Ao
começar a vestir sua roupa, você nota que seu corpo
magicamente já está seco.
Caminhe de volta até o portal e, ao passar por
debaixo dos galhos das duas grandes árvores e por
entre seus troncos, você encontra novamente a trilha
na grama e chega até o pequeno bosque.
Agora você nota que há uma grande árvore, cujo
tronco contém uma porta, porta essa idêntica à porta
do recinto onde você se encontra. Ao entrar por essa
porta, você estará de volta ao recinto.
Sente-se no mesmo lugar onde estava quando iniciou a
mentalização.
Respire profundamente.
Abra os olhos lentamente.
Exercício 9.3. Um mergulho em seu âmago
Este exercício, se feito esporadicamente, também
produz relaxamento profundo e bem estar. Se feito
todos os dias, facilita o início do seu caminho de
reencontro com seu Eu Interior.
Condições ideais: A posição ideal para este
exercício é: sentado, com a coluna ereta, em cadeira
de espaldar alto e reto – evite cadeiras com
espaldar arredondado.
Pés no chão, descalços ou com meias de algodão. Não
cruze pernas ou braços.
Você pode utilizar música, de preferência somente
instrumental, como já explicado nos capítulos
anteriores. Pode também usar incenso ou
aromatizadores, observando sempre os cuidados já
comentados nos capítulos anteriores: não use incenso
em lugares fechados e sem ventilação.
É muito importante que você não seja interrompido.
Portanto, providencie para que ninguém o incomode,
desligue a campainha do telefone e quaisquer outras
fontes sonoras que possam interromper o exercício.
Este não é um exercício de projeção astral, ou seja,
não envolve a saída da consciência do corpo.
Projeções astrais, também conhecidas como
desdobramentos, não devem ser tentadas sem a devida
orientação e o acompanhamento de pessoas experientes
e responsáveis. A viagem descrita na segunda etapa
do exercício é apenas uma visualização, ou seja,
você vai apenas imaginar-se fazendo o que o
exercício propõe.
Primeira etapa
1. Feche os olhos. Dirija toda a sua atenção para a
sua respiração normal, sem forçar. Tome consciência
de que, junto com o ar que você está inspirando,
você está bombeando Prana para dentro do seu corpo.
Faça isso durante sete ciclos.
2. Ainda mantendo os olhos fechados, inspire
profunda e lentamente até que seus pulmões estejam
completamente cheios, fazendo seu tórax expandir,
expirando também lentamente em seguida.
Continue mantendo a atenção no ar que entra e que
sai, visualizando a entrada de ar carregado de Prana
e a saída de ar usado, mais pobre em Prana. Junto
com o Prana usado, tome consciência de que você está
expelindo também problemas e preocupações.
Repita isto por sete ciclos.
Ao terminar, inspire profundamente, retenha por dois
ou três segundos e, em seguida, solte o ar
normalmente.
Volte a respirar normalmente.
Segunda etapa
1. Mantendo os olhos fechados, dirija toda a sua
atenção para a sua respiração. Acompanhe o suave
movimento produzido por sua respiração. Se houver
condições ambientais favoráveis, procure focalizar
sua atenção no som de sua respiração. Respire
lentamente e relaxe.
2. Mentalmente, levante-se da cadeira lentamente e
dirija-se à porta de saída do cômodo onde você se
encontra.
Viva mentalmente esta seqüência de eventos:
Ao sair do recinto, você estará em um bosque, com
belas árvores e muito verde, pequenos pássaros
coloridos nos galhos das árvores e no chão. Ao
longe, o ruído de um córrego se mistura ao som de
pássaros ecoando pela floresta. O ambiente é
tranqüilo. O ar, fresco e leve.
Respire profunda e lentamente e sinta o ar puro
entrando em seu corpo.
Acima das árvores, o sol, muito brilhante.
À sua frente há um caminho bem marcado em meio à
vegetação. Comece a caminhar, percebendo que se
trata de uma subida muito, muito suave, quase
imperceptível. À sua frente você percebe o céu muito
azul por entre as árvores.
Continue caminhando lentamente. Você está confiante
e seguro, você conhece bem este lugar e gosta de
estar aqui.
No final do caminho, você encontra uma pedra muito
grande que impede a passagem. Não há como contorná-
la ou escalá-la. Mas você sabe que de alguma forma,
pode continuar seu caminho.
Você faz então um sinal com as mãos, um gesto, que
sabe que fará abrir na pedra uma porta. A porta se
abrirá e revelará um túnel que já lhe é bastante
familiar. O túnel tem as paredes luminosas, como se
fossem de vidro, emitindo uma luz dourada e clara.
À medida que caminha lentamente e confiante no
túnel, você percebe os sons da floresta ficando cada
vez mais distantes e passa a perceber somente sua
respiração, tranqüila e serena.
Ao final do túnel, você se encontra em uma grande
clareira em uma floresta, mas com uma diferença
surpreendente: a clareira está isolada do mundo
externo por uma cúpula de vidro dourado.
À sua frente, você percebe um pequeno lago de águas
cristalinas, caminha até o pequeno lago e mergulha
sua mão na água, percebendo que a água está
deliciosamente morna e convidativa.
Você se despe e entra lentamente no lago, sentindo a
água acariciar e relaxar seu corpo. Ao mergulhar o
corpo, você percebe que essa água tem propriedades
especiais, que está limpando todo o seu corpo,
curando todos os seus males, clareando sua mente e
deixando uma sensação de leveza e calma.
Logo você percebe que está mergulhando mais fundo em
si mesmo e descobrindo novas fontes de inspiração e
satisfação.
Ao sair do lago você percebe que, curiosamente, seu
corpo está relaxado, leve e completamente seco. Você
veste suas roupas e começa a caminhar de volta ao
túnel que o trouxe até aqui.
Ao final do túnel luminoso, você está de volta ao
caminho na floresta, aos sons do córrego e dos
pássaros. Logo à frente você se depara novamente com
a clareira e a porta.
Lentamente você se aproxima da porta e entra no
recinto. Novamente sentado em sua cadeira, respire
lenta e profundamente e, em seguida, abra os olhos
lentamente.
Sua intuição
Um dos efeitos dos exercícios apresentados neste
capítulo é a abertura da intuição. Quando o ser
humano vive em maior contato com a natureza - e
consigo mesmo - naturalmente “ouve” com mais
facilidade a uma voz interior, a intuição - idéias
ou palpites que vêm à mente, aparentemente do nada,
que nos avisam ou aconselham sobre algum assunto.
Com a supervalorização do intelecto, da razão, essa
voz interior foi ficando cada vez mais fraca e até
inaudível. Em nosso mundo atual, principalmente
entre as pessoas engolidas pela correria do dia-a-
dia das grandes cidades, as mulheres - ou a maioria
delas - são as que ainda trazem um pouco desse dom -
o que muitos chamam de intuição feminina.
Acontece que a intuição não é algo exclusivo do
universo feminino, mas algo que todos nós, em maior
ou menor grau, já experimentamos em algum momento da
vida. Quantas vezes você sentiu que devia ou não
devia fazer uma determinada coisa, mas a despeito
desse sentimento, insistiu em fazer de acordo com a
razão e, logo depois, descobriu que seu palpite
estava certo? E quantas vezes você seguiu esse
palpite a despeito do que dizia a razão e, de fato,
mais tarde viu que tomou a decisão certa?
Esses palpites são a voz do nosso Eu Interior,
tentando comunicar-se conosco. Nosso grande desafio
é conseguir distinguir essa voz interior do que nós
mesmos criamos com o mental concreto. Com os
exercícios apresentados neste capítulo você passará
a “ouvir” mais claramente - e com mais insistência -
sua voz interior e, com o tempo, aprenderá
distinguir intuição de razão.
X - Exercícios para qualquer lugar e
ocasião

maioria dos exercícios que apresentei nos

A capítulos
ambientes
anteriores
adequados,
deve
em
ser feita
momentos
tranqüilidade e sem correr o risco de ser
em
de

interrompido. Contudo, muitas vezes precisamos de


uma energia extra durante nossos afazeres. Quantas
vezes você já desejou conhecer uma maneira de
acalmar-se ou sentir-se seguro logo antes de uma
reunião tensa de trabalho, ou antes de uma prova, ou
em uma discussão familiar?
Nessas horas não temos local adequado, música suave,
incenso, silêncio - precisamos de mais forças
justamente nos ambientes que tanto nos causam stress
e onde tanto precisamos de uma ajuda extra.
Para isto preparei algumas propostas de exercícios,
que você poderá fazer em qualquer lugar, sempre que
precisar, para serem usados como “pílulas extras de
vitalidade” para você poder encarar de cabeça
erguida os desafios inevitáveis do dia-a-dia.
Contudo, para que você obtenha o máximo benefício
desses pequenos exercícios, faça diariamente, ou
tanto quanto possível, os exercícios propostos nos
capítulos anteriores. Assim, ao tomar suas pílulas
extras de emergência, você estará se ligando àquela
energia que, diariamente, armazenará em seu Ser
Interior. Experimente. Você vai se surpreender com
os resultados.
10.1. Caminhadas
Este exercício pode ser feito enquanto caminha até o
ponto do ônibus, ou do estacionamento até o local de
trabalho. Só não o faça enquanto estiver dirigindo.
No início poderá ser um pouco difícil conseguir
visualizar as imagens sugeridas, já que você estará
de olhos abertos. Mas com o tempo e a prática, com
certeza, passará a ser algo automático e natural.
1. A cada passo que der, imagine que está pisando em
um dispositivo que bombeia Prana diretamente para
sua aura. A cada passo que der, visualize
mentalmente sua aura em azul anil, aumentando de
tamanho até atingir mais ou menos o dobro do seu
corpo.
2. A partir do momento em que você já estiver
visualizando a aura com o dobro do tamanho do seu
corpo, a cada novo passo visualize-a ganhando cada
vez mais brilho e luminosidade na cor.
3. Enquanto caminha e fortalece sua aura, visualize-
a como um campo de força capaz de repelir formas
pensamento indesejáveis e energias nocivas.
4. Chegando no seu local de trabalho ou estudo,
etc., sempre que precisar lembre-se da capa
protetora que você criou e que está lhe protegendo.
Lembre-se sempre dela.
10.2. Durante discussões e brigas
O mundo seria melhor se ninguém brigasse ou
discutisse, e todos tentássemos resolver nossos
problemas usando mais o mental concreto e o abstrato
e menos o emocional. Mas enquanto não conseguimos
isso, podemos tentar melhorar um pouco nossos
relacionamentos por meio de visualizações simples.
O objetivo deste exercício é procurar harmonizar o
ambiente ou atenuar a desarmonia causada pelos
fortes distúrbios emocionais e mentais gerados em
discussões e brigas.
Assim como o exercício anterior, este exercício
poderá criar resultados mais positivos se for usado
como uma extensão dos exercícios apresentados em
capítulos anteriores.
Repare que este exercício deverá ser usado de
maneira diferente dependendo da situação.
Discussão entre você e pessoas ligadas
Suponha que você esteja em uma discussão difícil com
seu cônjuge, irmão, mãe, pai, ou com alguém com quem
tenha laços afetivos e/ou de união fortes e que
devam ser mantidos.
Visualize uma esfera de luz azul e luminosa
envolvendo a ambos e desejando que ambos consigam
dominar os impulsos emocionais e chegar a um acordo
pacífico - ou que no mínimo a discussão seja deixada
para um outro momento, quando ambos estiverem mais
calmos.
Mantenha a esfera “ligada” pelo tempo que achar
necessário.
Discussão entre você e pessoas não ligadas
Se a discussão for no local de trabalho, no local de
estudo, na rua, etc., visualize duas esferas, uma
envolvendo o seu corpo e a outra envolvendo o corpo
da outra pessoa.
Discussão entre terceiros
Quando você estiver presenciando uma briga ou
discussão entre duas ou mais pessoas, crie uma
esfera azul a sua volta, para proteger-se, e crie
uma esfera azul em volta de cada uma das pessoas
envolvidas na briga ou discussão.
10.3. No ônibus, no bar, em qualquer lugar
Sempre que você estiver sentindo-se pouco à vontade
em algum lugar, crie a imagem mental da esfera azul
envolvendo seu corpo. O detalhe aqui é que você deve
visualizar o fortalecimento dessa esfera a partir do
Prana armazenado em seu corpo.
O que você deve esperar dos exercícios
Todos os exercícios apresentados neste livro ajudam
a criar um sentimento de autoconfiança e, de fato,
ajudam a manter seu corpo energético forte e
saudável. Contudo, como já explicado no capítulo 5,
O homem é o que come, nenhum exercício produzirá
efeito positivo algum se você não procurar estar
sempre atento ao que você pensa e também ao que você
diz. Evite afirmações negativas e pessimistas. Se as
perspectivas mundiais ou nacionais não lhe parecem
muito promissoras, se você acha que o governo não
tem colaborado ou se os negócios não andam bem,
pense sempre que, muitas vezes, para construir uma
nova edificação é preciso antes derrubar o velho, o
gasto, o que já não contribui para o crescimento,
seja individual, de um grupo, de uma nação ou de
toda a Humanidade.
Estamos passando por momentos de maior tensão em
todos os níveis, é verdade. Mas a sua postura diante
das dificuldades, de perdas, de mudanças
inevitáveis, poderá lhe trazer mais sofrimento ou
lhe ajudar a manter, tanto quanto possível, a
serenidade e a confiança necessárias para construir
novos horizontes.
As técnicas simples apresentadas neste livro, se
empregadas com disciplina e confiança, poderão mudar
sua maneira de encarar as dificuldades e fazer
surgir em você uma força que até mesmo você
desconhecia.
Meu desejo é que você encontre essa força, dentro de
você mesmo, e comece a intuir seus próprios
exercícios e técnicas. Com o tempo, você desejará
que cada pessoa que encontrar em seu caminho seja
capaz de também descobrir que o que procura está
mais próximo do que imagina, não pode ser comprado -
ou roubado - e que a Chave para todos os Mistérios
está sendo constantemente entoada pela sua Voz
Interior.
Namastê.
Dúvidas frequentes

Reservei esta parte do livro para tecer comentários


sobre algumas das dúvidas mais comuns relacionadas
com os assuntos apresentados.
- Ouvi dizer que essa história de não cruzar braços
e pernas durante exercícios mentais é pura crendice
e que funciona do mesmo jeito.
Em muitos casos o fato de manter braços ou pernas
cruzados durante um exercício energético, aplicação
de passe magnético, cura prânica, reiki, etc., não
impedirá que a prática atinja seus objetivos mas
dificultará bastante os resultados.
Por que não facilitar?
Em alguns casos, cruzar braços ou pernas impedirá a
troca de energias em certos níveis. Não por acaso,
em algumas escolas de ocultismo ensina-se a cruzar
os dedos ou os braços para defender-se de energias
negativas, quando a permanência em um local for
desagradável.
- Ouvi dizer que essa história de forma pensamento,
energia negativa e aura não passa de crendice.
O mesmo foi dito no passado em relação aos
microorganismos causadores das doenças. De qualquer
forma, não peço que acredite em coisa alguma -
apenas faça os exercícios e avalie os resultados.
Reafirmo aqui o conceito budista mencionado na
introdução do livro. Leia.
- Uma pessoa me contou que, se necessário for, pode-
se utilizar um banheiro para aplicar energias (como
um passe magnético ou cura prânica, ou Reiki, etc).
Então, por que não posso fazer meros exercícios
mentais?
Em casos de extrema necessidade e urgência e na
falta de lugar melhor, muitas vezes um banheiro é o
lugar menos desfavorável para, por exemplo, socorrer
alguém com uma aplicação de Reiki, Johrei, cura
prânica, técnica de desobsessão, etc. Contudo,
acredito que somente deve enfrentar esse revés quem
realmente possui total controle e confiança sobre o
que faz e, ainda, somente em casos extremos.
Definitivamente, um banheiro, mesmo o da sua casa,
não é um local adequado para práticas mentais e
exercícios com Prana.
Todos os exercícios deste livro devem ser feitos em
locais como os sugeridos - insisto neste ponto. O
que você pode fazer em um local pouco adequado é a
visualização da esfera azul luminosa em torno do seu
corpo - conforme o exercício apresentado no capítulo
10.
Absorção de prana, NÃO.
- Acho muito difícil conseguir visualizar esferas e
outras formas em torno do meu corpo. Não estou
conseguindo!
Isto é normal no início. Talvez lhe ajude fazer o
seguinte:
1. Desenhe um círculo em um pedaço de papel branco e
pinte-o levemente como uma esfera em azul. Desenhe
em seu interior uma figura humana (pode ser o
bonequinho de palitinhos, não importa). Olhe para o
desenho por três minutos e, em seguida, feche os
olhos e procure lembrar-se dele mentalmente.
Quando finalmente estiver conseguindo ver o desenho,
faça o seguinte:
2. Com os olhos abertos ou fechados - tanto faz, o
que for mais fácil no início - imagine à sua frente
uma parede de vidro transparente, estendendo-se
infinitamente para cima, para baixo e para os lados.
Quando já estiver conseguindo imaginar a parede com
facilidade, faça o seguinte:
3. Agora imagine que está dentro de uma sala toda de
vidro. Quando já estiver conseguindo imaginar o
cômodo de vidro com facilidade, passe a imaginar um
globo de vidro.
4. Pinte o vidro de azul brilhante.
5. Coloque-o no tamanho que desejar.
Acredite. Com o tempo você fará essas visualizações
de maneira natural. A prática leva à perfeição.
- Não disponho de um lugar silencioso para fazer
meus exercícios.
Consiga CDs ou mp3 com música para meditação -
prefiro os trabalhos com sons da natureza,
principalmente com som de chuva ou o barulho do mar,
com uma música muito suave ao fundo e, se
necessário, use fones de ouvido.
- Como ficam os horários recomendados durante o
horário de verão?
O que vale é o horário de fato. Assim, durante o
horário de verão, você deverá fazer uma hora antes.
Por exemplo, se você preferir fazer seus exercícios
às 18 horas, faça-os às 19 horas durante o horário
de verão.
Gravações dos exercícios

No endereço abaixo você terá acesso a gravações


(podcasts em mp3) contendo exercícios de relaxamento
e meditação, incluindo alguns descritos no livro.
Para acessar, visite
http://marcosnetter.com.br/podcast.
Nota do autor
Resenhas são como ouro para os autores! Se você
gostou deste livro, expresse sua opinião e deixe sua
resenha na página do livro no site da Amazon.
Outros livros de Marcos Netter

Reiki Livre e Sem Mestre


Cristais e Aparelhos Radiônicos
Glossário

aromatizador - recipiente de louça, pedra ou metal


no qual se coloca água e algumas gotas de óleos ou
essências perfumadas. Sob o recipiente coloca-se uma
vela para aquecer a água e volatilizar o perfume no
ambiente.
astral - no ocultismo, de forma simplificada, tudo o
que está relacionado com o plano da existência
associado às emoções. Divide-se em sete subplanos. É
o plano sutil mais próximo do plano físico.
aura - campo energético que envolve os corpos dos
seres vivos e também de muitos minerais em estado
natural.
chacra - vórtice de absorção e/ou emissão de Prana
ou plasma astral. Consulte o capítulo 7.
chakra - o mesmo que chacra.
corpo sutil - Cada um dos corpos energéticos que
formam uma manifestação do Ser, excetuando-se o
corpo físico - corpos astral, mental concreto,
mental abstrato, búdico e átmico. Consulte o
capítulo 3.
cura prânica - Técnica de cura que consiste na
aplicação dirigida de Prana, associado a
determinadas cores, utilizando-se as mãos ou bastões
de cristal.
desobsessão - Técnica que consiste no afastamento de
seres do plano astral que se encontram no campo
áurico de uma pessoa. Uma forma de exorcismo.
egrégora - No ocultismo, entende-se como uma forma-
pensamento carregada de Prana e contendo idéias. Uma
egrégora é como uma massa de energia programada com
valores e intenções. Entende-se também como a
individualidade do Ser, nos planos mais altos da
manifestação, abrangendo os três corpos mais sutis.
energia vital - Fluido energético presente em todas
as coisas, chamado de Prana pelos yogues e demais
filosofias orientais, sem o qual não haveria
qualquer tipo de vida.
esoterismo, esotérico - No ocultismo, tudo o que se
refere à busca ou ao próprio EU Interior ou EU
Superior.
espada-de-são-jorge ou espada-de-ogum
(Sansevieriatrifasciata) - Planta da família das
dracenáceas, que apresenta folhas rígidas em forma
de espada. Utilizada no preparo de defesas
principalmente nas culturas africanas e indígenas
(Brasil).
EU interior - No ocultismo, o Ser Interno, a
Centelha Divina, o próprio Ser Divino.
exoterismo, exotérico - No ocultismo, tudo o que se
refere às práticas externas ao Eu Interior.
feng shui - Técnica chinesa centrada na utilização e
canalização harmoniosa do Fluido Universal (Chi),
através de símbolos, sons, objetos com finalidades
das mais diversas, sons, cores, técnicas de
decoração, etc.
forma-pensamento - No ocultismo, concentração de
energia prânica e mental contendo sentimentos e
idéias, produzida pela projeção, intencional ou não,
de fluxos de Prana polarizados ou programados com a
vontade do emissor.
guiné (Petiveriatetrandra) - Pequeno arbusto com
folhas verde-escuras, muito utilizado no preparo de
defesas energéticas, principalmente nas culturas
africanas e indígenas (Brasil). De sua madeira
fazem-se também figas e outros amuletos.
incenso - Mistura de folhas de ervas que são
queimadas para produzir fumaça, com o objetivo de
livrar pessoas e ambientes de energias prejudiciais.
Encontram-se na forma de bastões (incenso indiano),
tabletes (como os utilizados na Umbanda) ou como
misturas de folhas que são jogadas sobre carvão em
brasa.
intuição - Idéias que vêm à mente aparentemente do
nada. Pressentimentos. No ocultismo, é a Voz do Eu
Interior.
Johrei - Técnica de cura e harmonização energética,
de origem japonesa, difundida no ocidente pela
Igreja Messiânica.
kardecismo, cardecismo - Doutrina espiritualista
difundida na França, pelo médico Hippolyte Léon
Denizard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec,
no Século XIX. Espiritismo.
larva astral - Energia astral concentrada e dotada
de pseudo-consciência, que penetra no ovo áurico
enfraquecido em busca de alimento.
lei das afinidades - No ocultismo, lei que determina
que idéias e pessoas com vibrações mentais
semelhantes se atraem.
miasma - O mesmo que larva astral.
ovo áurico - O mesmo que aura.
Reiki - Técnica de auto-realização (busca interior)
cuja criação é atribuída a um monge japonês (Mikao
Usui), difundida no Ocidente apenas como técnica de
cura, consistindo na transmissão de Fluido Universal
(Ki) somado a energias ligadas ao Kundalini. Segundo
algumas correntes, é preciso que um “mestre”
previamente preparado sintonize uma pessoa para que
esta possa transmitir Reiki a um paciente. Faz parte
da técnica do Reiki a utilização de símbolos e
palavras sagradas (em japonês) específicos para cada
caso. Principalmente no Ocidente, cobram-se altos
valores pelas sintonizações, principalmente as que
formam novos mestres. Felizmente já existe uma
corrente forte que leva às pessoas o Reiki livre e
gratuito - e sem mestre. Este é o assunto de um de
meus livros.
reikiano - Aquele que pratica o Reiki.
símbolos sagrados (Reiki) - Pictogramas japoneses,
utilizados nas sessões de aplicação de Reiki,
geralmente traçados no ar pelo praticante.
sol oculto - Diz-se do Ser espiritual cuja
manifestação no plano físico é o Sol.
Bibliografia recomendada

Chakras, Os - Centros magnéticos do ser humano -


C.W. Leadbeater - Editora Pensamento
Duplo Etérico, O - Powell - Editora Pensamento
Milagres da Cura Prânica - Choa Kok Sui - Editora
Ground
14 Lições de Filosofia Yogue - Yogue Ramacharaca -
Editora Pensamento
Ciência Hindu-Yogue da Respiração - Yogue
Ramacharaca - Editora Pensamento
Mãos de Luz - Um guia para a cura através do campo
de energia humana - Barbara Ann Brennan - Editora
Pensamento
Contatos do autor

Blog: www.marcosnetter.com.br
Facebook: www.facebook.com/marcosnetter
Twitter: @marcosnetter

Você também pode gostar