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SISTEMA NORMATIVO CORPORATIVO

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

CÓDIGO TÍTULO VERSÃO

ES.DT.PDN.01.01.021 PARA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO 03

APROVADO POR VIGÊNCIA

INÍCIO FIM
ALEXANDRE GONÇALVES – ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
05/06/2019 CONDICIONADO
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SUMÁRIO

1. OBJETIVO ............................................................................................................................................................ 4
2. HISTÓRICO DAS REVISÕES ................................................................................................................................... 4
3. APLICAÇÃO ......................................................................................................................................................... 4
4. REFERÊNCIAS EXTERNAS ..................................................................................................................................... 4
5. DEFINIÇÕES ......................................................................................................................................................... 5
6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES .................................................................................................................... 5
6.1. Condições Gerais ......................................................................................................................................... 5
6.1.1. Condições Normais de Operação ............................................................................................................. 5
6.1.2. Projeto, Fabricação e Ensaios dos Para-raios ........................................................................................... 5
6.2. Construção .................................................................................................................................................. 5
6.2.1. Identificação ............................................................................................................................................ 5
6.2.2. Terminais e conectores dos para-raios .................................................................................................... 5
6.2.3. Espaços internos ...................................................................................................................................... 6
6.2.4. Invólucro ................................................................................................................................................. 6
6.2.5. Braço de montagem ................................................................................................................................ 6
6.2.6. Desligador automático ............................................................................................................................ 6
6.2.7. Estanqueidade ......................................................................................................................................... 6
6.2.8. Instruções técnicas .................................................................................................................................. 6
6.2.9. Proposta de homologação ....................................................................................................................... 6
6.2.10. Embalagem .............................................................................................................................................. 6
6.2.11. Assistência Técnica .................................................................................................................................. 7
6.2.12. Garantia .................................................................................................................................................. 7
6.3. Condições Específicas .................................................................................................................................. 7
6.3.1. Tensões nominais normalizadas (Ur) ....................................................................................................... 7
6.3.2. Frequência nominal normalizada ............................................................................................................. 7
6.3.3. Corrente de descarga nominal ................................................................................................................. 7
6.3.4. Tensão de operação contínua (Uc) e sobretensões temporárias de 60 Hz (TOV) ...................................... 7
6.3.5. Tensões residuais máximas ..................................................................................................................... 7
6.3.6. Corrente de impulso elevada de curta duração ....................................................................................... 8
6.3.7. Corrente suportável de impulso de longa duração .................................................................................. 8
6.3.8. Descargas parciais ................................................................................................................................... 8
6.3.9. Modo de falha ......................................................................................................................................... 8
6.3.10. Resistência ao torque mecânico .............................................................................................................. 8
6.3.11. Desligador automático ............................................................................................................................ 8

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6.3.12. Coordenação do desligador automático .................................................................................................. 8


6.3.13. Ensaios dielétricos do invólucro e do braço de montagem ...................................................................... 8
6.3.14. Intemperismo acelerado.......................................................................................................................... 9
6.3.15. Resistência ao trilhamento elétrico (Plano inclinado) .............................................................................. 9
6.4. Inspeção ...................................................................................................................................................... 9
6.4.1. Generalidades ......................................................................................................................................... 9
6.4.2. Ensaios .................................................................................................................................................... 9
6.5. Amostragem ...............................................................................................................................................10
6.5.1. Amostragem para os ensaios de tipo ......................................................................................................10
6.5.2. Amostragem para os ensaios de recebimento ........................................................................................10
6.6. Aceitação ou Rejeição ................................................................................................................................10
6.6.1. Aceitação do protótipo ...........................................................................................................................10
6.6.2. Aceitação ou rejeição no recebimento....................................................................................................10
6.6.3. Responsabilidade do fabricante..............................................................................................................10
6.6.4. Disposição Final ......................................................................................................................................10
7. REGISTROS DA QUALIDADE ................................................................................................................................10
8. ANEXOS .............................................................................................................................................................10

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1. OBJETIVO
Estabelecer os critérios e as exigências técnicas mínimas aplicáveis à fabricação e ao recebimento de para-raios de
invólucro polimérico, óxido metálico, sem centelhadores, provido de desligador automático, para uso em redes de
distribuição aérea, em classe de tensões até 36,2 kV.

2. HISTÓRICO DAS REVISÕES


Versão Início da Vigência Responsáveis Seções atingidas / Descrição

01 21/05/2015 Elaboração: Rafael Seeberger, Luana de Emissão inicial.


Melo Gomes, Givanaldo Pereira da Silva, Este documento substitui a ES.PN.01.01.0010.
Tiago Roberto Barbosa
Aprovação: Marcelo Poltronieri, Paulo
Jorge Tavares de Lima

02 01/12/2017 Revisão: Heber Costa Beber, Rafael Item 6.2.2 - Terminais e conectores dos para-raios.
Furtado Seeberger, Edson Yakabi. Alteração do comprimento do cabo de cobre para ligação
Aprovação: Joselino Santana Filho a terra, de 60,0 cm para 1,0 metro.

03 05/06/2019 Revisão: Edson Yakabi, Rafael F. 6.2.9 – Propsta de Homologação


Seeberger, Gustavo S. Mendonça e 6.4.2 – Ensaio de ciclo de operação
Luana de M. Gomes
Anexo B: Inclusão dos códigos SAP dos materiais e
Aprovação: Alexandre Gonçaves inclusão do para-raios de tensão nominal 15kV.

3. APLICAÇÃO
Esta instrução aplica-se às empresas do Grupo EDP no Brasil.

4. REFERÊNCIAS EXTERNAS
Para fins de projeto, matéria-prima, qualidade, fabricação e ensaios, o equipamento a ser fornecido deverá satisfazer
às exigências desta especificação e, no que não contrarie à mesma, às seguintes normas em suas revisões aprovadas:
● NBR 5032 - Isoladores para linhas aéreas com tensões acima de 1 000 V - Isoladores de porcelana ou vidro
para sistemas de corrente alternada;
● NBR 7282 – Dispositivos fusíveis de alta tensão — Dispositivos tipo expulsão — Requisitos e métodos de
ensaio
● NBR 10296 - Material isolante elétrico — Avaliação da resistência ao trilhamento e erosão sob condições
ambientais severa
● NBR 15232 - Isolador composto tipo pilar para linhas aéreas de corrente alternada, com tensões acima de
1000 V - Definições, métodos de ensaio e critério de aceitação;
● NBR 16050 - Para-raios de resistor não linear de óxido metálico sem centelhadores, para circuitos de potência
de corrente alternada;
● ASTM B 487 - Standard test method for measurement of metal and oxide coating thickness by microscopical
examination of a cross section;
● ASTM B 504 - Standard test method for measurement of thickness of metallic coatings by the coulometric
method;
● ASTM B 545 - Standard specification for electrodeposited coatings of tin;
● ASTM B 567 - Standard test method for measurement of coating thickness by the beta backscatter method;
● ASTM B 568 - Standard test method for measurement of coating thickness by x-ray spectrometry;
● ASTM D 2240 - Standard test method for rubber property—durometer hardness;
● ASTM D2303-90 - Standard test methods for liquid-contaminant, inclined-plane tracking and erosion of
insulating materials.

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5. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Especificação, o termo “para-raios óxido metálico, sem centelhador, com desligador
automático e invólucro polimérico” será designado apenas por “para-raios” e serão adotadas as definições contidas
na Norma NBR 16050, bem como as definições apresentadas abaixo:
Concessionária Pessoa jurídica titular de Concessão ou Permissão de Distribuição para exploração e
prestação dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica exclusivamente de
forma regulada.
Para-raios não Para-raios que, no caso de ocorrência de uma falha interna, contempla as
fragmentário características de não expelir componentes internos e externos e permanecer fixado
ao respectivo suporte de montagem.
Pedido de compra Documento emitido pela concessionária autorizando o fornecimento do material.

6. DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES

6.1. Condições Gerais


6.1.1. Condições Normais de Operação
Os para-raios devem ser adquiridos para uso sob as condições de operação definidas no item 4.1 da NBR
16050.
6.1.2. Projeto, Fabricação e Ensaios dos Para-raios
Todos os para-raios devem ser projetados, manufaturados e ensaiados de acordo com a Norma NBR 16050,
prevalecendo, contudo, os requisitos estabelecidos nesta especificação.

6.2. Construção
6.2.1. Identificação
Os para-raios devem ser identificados de maneira permanente e legível, com as seguintes indicações:
– Tensão nominal;
– Máxima tensão de operação contínua (MCOV);
– Corrente de descarga nominal 10 kA ;
– Nome ou marca do fabricante;
– Tipo ou modelo;
– Mês/ano de fabricação.
6.2.2. Terminais e conectores dos para-raios
Os para-raios devem ser fornecidos com conector terminal de linha para acomodar condutores com áreas da
seção transversal entre 10 mm² e 35 mm² destinado à ligação elétrica à fase.
Deverá ser conectado ao terminal do desligador automático dos para-raios para ligação a terra, 1,00 metro
de cabo de cobre, seção nominal 16 mm², encordoamento classe 5, isolação de PE/XLPE preta 0,45/0,75 kV
ou 0,6/1 KV. No caso do para-raio de 15 kV, o cabo deve ter colocaração Azul.
Os terminais e conectores devem ser fabricados em liga de cobre, com acabamento estanhado, ou aço
inoxidável, para ligação de condutores de alumínio ou cobre sem danificar a conexão por corrosão galvânica.
A espessura local mínima da camada de estanho deve ser de 8 micrometros, quando medida conforme um
dos seguintes métodos: ASTM B 487, B 504, B 567 ou B 568. No caso de peças pequenas, onde se tornar
impraticável a medição da espessura local, deve-se medir a espessura média da camada de estanho, que não
deve ser inferior a 12 micrometros, quando medida conforme norma ASTM B 545 - Apendix XI.
Nota:
– A espessura da camada de estanho especificada neste documento está classificada na condição de
serviço C, conforme norma ASTM B 545.

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6.2.3. Espaços internos


A construção do para-raios deve ser tal que praticamente não existam espaços internos.
6.2.4. Invólucro
O invólucro dos para-raios deve ser de material polimérico em borrachas à base de silicone, adequado para
uso em zonas poluídas. O fabricante deve comprovar, através de ensaios, a resistência do material polimérico
à proliferação de fungos, bem como, o atendimento aos demais requisitos desta especificação e da norma
ABNT NBR 15232.
6.2.5. Braço de montagem
A fixação do para-raios na cruzeta deverá ser através do suporte para fixação de para-raios - suporte “L” T ou
Z - padrões Grupo EDP.
O braço de montagem destinado à fixação dos para-raios ao suporte tipo "L" T ou Z ou diretamente no
transformador (suporte para fixação de para-raios deve ser de material isolante polimérico adequado às
condições de operação do para-raios e compatível dieletricamente com o material do invólucro).
6.2.6. Desligador automático
O desligador automático deve ser projetado como parte integrante do para-raios ou como componente
acoplável ao para-raios.
Os desligadores automáticos, caso não sejam parte integrante do para-raios, devem ser identificados com o
nome ou marca do fabricante e ano de fabricação.
Os desligadores automáticos devem coordenar com a curva característica mínima de fusão tempo x corrente
dos elos fusíveis 10K.
6.2.7. Estanqueidade
Os para-raios devem ser perfeitamente vedados de forma a evitar a penetração de umidade em seu interior.
Os para-raios, quando submetidos ao ensaio de estanqueidade conforme item 001 do anexo C (Ensaio de
Tipo) ou item 003 do anexo C (Ensaio de Recebimento) desta especificação, devem atender às condições de
avaliação indicadas no anexo referido.
6.2.8. Instruções técnicas
O fabricante deve fornecer instruções técnicas e outros dados necessários para instalação, ensaios, operação
e manutenção dos para-raios, bem como, as informações completas dos materiais usados na construção dos
mesmos.
6.2.9. Proposta de homologação
Junto com a proposta de homologação, o proponente deve apresentar o desenho do para-raios, dos
terminais, dos conectores e do braço de montagem para cada item de oferta, onde devem constar detalhes
de dimensões, materiais e outras características:
– A identificação do produto ofertado, através de código do fabricante e respectivo catálogo,
numerado e datado;
– Declaração das Características Técnicas Garantidas do Para-raios através das informações constantes
no modelo apresentado no anexo D desta especificação;
– Deverá ser fornecido um jogo de 6 unidades para avaliação da Engenharia.
Se houver qualquer alteração ou ajuste no projeto do equipamento homologado a EDP deverá ser informada
imediatamente, e o processo de homologação reiniciado.
Se for identificado alteração no projeto sem a comunicação prévia à EDP, o lote será rejeitado, e o
fornecimento suspenso até a conclusão do processo de homologação.
6.2.10. Embalagem
Os para-raios deverão ser embalados individualmente (com o desligador automático conectado ao terminal
do para-raios) em caixas de papelão ou similar em volume adequado, de modo a ficarem protegidos durante
o manuseio, transporte e armazenagem.

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O fornecedor será responsável por qualquer unidade recebida danificada em decorrência ao


acondicionamento ou transporte inadequado. Tais itens devem ser repostos sem ônus para Grupo EDP.
Na embalagem individual devem ser marcadas, com caracteres indeléveis, as seguintes indicações:
– Nome do fabricante;
– Para-raios de distribuição;
– Tensão nominal (kV);
– Tipo ou modelo do fabricante.
6.2.11. Assistência Técnica
O Fornecedor deverá nomear, no Brasil, um representante devidamente autorizado, com plenos poderes
para proporcionar uma adequada assistência técnica após a venda, incluindo o encaminhamento de possíveis
reclamações cobertas pela garantia. Essa nomeação deve ser feita dentro de 60 dias da notificação da
adjudicação do fornecimento.
6.2.12. Garantia
A aceitação da encomenda pelo fabricante implica na aceitação incondicional de todos os requisitos desta
especificação, exceto para desvios aceitos pelas empresas do Grupo EDP por escrito.
O fabricante deve garantir a eficiência de operação do para-raios por um período de 36 meses a partir da
data de fabricação ou 24 (vinte e quatro) meses a partir da data de entrega efetiva do último lote contratual.
Qualquer defeito que se manifestar durante esse período, por responsabilidade do fabricante, deve ser
reparado às suas custas e sem qualquer ônus para o Grupo EDP.

6.3. Condições Específicas


6.3.1. Tensões nominais normalizadas (Ur)
Os valores normalizados de tensão nominal são apresentados na Tabela 002 do anexo B.
6.3.2. Frequência nominal normalizada
A frequência nominal normalizada é de 60 Hz.
6.3.3. Corrente de descarga nominal
A corrente de descarga nominal deve ser de 10 kA com forma de onda 8/20 µs.
6.3.4. Tensão de operação contínua (Uc) e sobretensões temporárias de 60 Hz (TOV)
6.3.4.a. Tensão de operação contínua (Uc)
As máximas tensões de operação contínua devem estar de acordo com a Tabela 002 do anexo B.
6.3.4.b. Sobretensões temporárias de 60 Hz (TOV)
O fabricante deve apresentar as curvas características de "Sobretensão temporária de 60 Hz versus
Tempo" do para-raios, com e sem pré-condicionamento, até uma duração mínima de 1000 s.
A característica de "Sobretensão de 60 Hz versus Tempo", com pré-condicionamento, deve ser
comprovada através de ensaio, conforme item 5.10 da Norma IEC 99-4/2001 e o procedimento descrito
no Anexo D da mesma, para os tempos de 1 s, 100 s, e 1000 s, sendo uma amostra para cada tempo.
A característica de "Sobretensão de 60 Hz versus Tempo", sem pré-condicionamento, deve ser
comprovada através do ensaio referido no parágrafo anterior, para os mesmos tempos, porém, sem a
aplicação do impulso de corrente elevada de curta duração (forma de onda 4/10 µs). Os valores assim
obtidos, para 1000 s, devem ser superiores àqueles indicados na Tabela 002 do anexo B desta
especificação.
6.3.5. Tensões residuais máximas
Os para-raios não devem ter valores de tensões residuais garantidos pelo fabricante maiores que os valores
indicados na Tabela 002 do anexo B desta especificação, para as três formas de corrente de impulso ali
indicadas. Os valores garantidos pelo fabricante serão utilizados como parâmetros para aprovação do ensaio
da determinação das características da tensão residual - item 6.4.2-a desta especificação.

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As características de tensão residual do para-raios devem ser determinadas de acordo com o item 7.3 da NBR
16050.
A tensão residual máxima de impulso de manobra do para-raios será a maior tensão medida com correntes
de 125 A e 500 A pico.
6.3.6. Corrente de impulso elevada de curta duração
O valor de pico da corrente de impulso elevada de curta duração (forma de onda 4/10 µs) é de 100kA.
6.3.7. Corrente suportável de impulso de longa duração
Deverá ser conforme definido item 5.5.2 da NBR 16050.
6.3.8. Descargas parciais
Deverá ser conforme item 5.8 da NBR 16050.
6.3.9. Modo de falha
Os para-raios cobertos por esta especificação devem possuir projeto de características não fragmentárias,
comprovadas pelo fabricante através de ensaios realizados.
A avaliação do comportamento em condições de falha deve ser realizada através do ensaio de corrente de
falha suportável para corrente eficaz simétrica de 10 kA, durante 10 ciclos.
Deverão ser ensaiadas duas amostras, sem desligador automático, e a iniciação da falha deve ser efetuada
através de um fio fusível, a ser instalado internamente ao para-raios, sobre a superfície dos blocos, ao longo
de todo o comprimento da coluna de blocos.
O fio fusível deverá fundir dentro dos primeiros 30 graus elétricos após a iniciação da corrente.
Avaliação do resultado:
– Cada amostra deve transferir o arco interno para uma disrupção externa, sem a ejeção de
componentes internos ou suas partes, e suportar o seu peso por intermédio da conexão ao terminal
de linha;
– Outros métodos de verificação do modo de falha serão avaliados pelas empresas do Grupo EDP.
6.3.10. Resistência ao torque mecânico
O conector terminal de linha e o sistema de vedação deverão suportar o esforço resultante da aplicação do
torque máximo de ensaio especificado na Tabela 003 do anexo B.
6.3.11. Desligador automático
Os desligadores automáticos devem ser submetidos aos ensaios previstos no item 7.7 da NBR 16050.
Os dados para o traçado da curva de operação Tempo x Corrente devem ser obtidos com, no mínimo, quatro
níveis de corrente iniciados simetricamente, a saber: 20 A, 80 A, 200 A e 800 A ±10%.
6.3.12. Coordenação do desligador automático
A curva característica de operação tempo x corrente do desligador automático deve coordenar com a curva
característica mínima de fusão tempo x corrente dos elos fusíveis 10K da NBR 7282, de forma a assegurar a
operação do desligador apenas ou simultaneamente com o elo 10K.
6.3.13. Ensaios dielétricos do invólucro e do braço de montagem
Estes ensaios devem ser realizados em uma amostra.
O para-raios deve ser ensaiado conforme a Norma NBR 5032, sem suas partes internas, estando instalado
com o braço de montagem.
O invólucro deve suportar os valores de tensão de impulso atmosférico e de tensão de 60 Hz, sob chuva,
conforme indicado na tabela 004 do anexo B desta especificação, aplicados no terminal de linha, estando o
cabo de terra e o ponto de fixação do para-raios aterrados. O invólucro será considerado aprovado se o
número de descargas disruptivas externas não exceder a duas em cada série de 15 impulsos (com polaridades
negativa e positiva) e não ocorrerem quaisquer outras descargas disruptivas.

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O braço de montagem deve suportar os valores de tensão de 60 Hz sob chuva, conforme valores Indicados
na tabela 004 do anexo B desta especificação, aplicados entre o terminal de terra e o ponto de fixação do
para-raios aterrado.
6.3.14. Intemperismo acelerado
O invólucro e o braço de montagem devem ser submetidos ao ensaio de intemperismo por 5000 horas, de
acordo com a Norma NBR 16050 item 7.10.
6.3.15. Resistência ao trilhamento elétrico (Plano inclinado)
6.3.15.a. Plano inclinado
A resistência ao trilhamento elétrico deve ser medida conforme as Normas NBR 10296 ou ASTM D 2303-
90, pelo método 2, critério A, e deve ser igual ou superior a 2,75 kV.
6.3.15.b. Roda de trilhamento
O ensaio em roda de trilhamento deve ser realizado conforme procedimentos descritos no item 002 do
Anexo C desta Especificação.

6.4. Inspeção
6.4.1. Generalidades
Todos os ensaios de recebimento devem, obrigatoriamente, ser realizados nas instalações do fabricante, na
presença de inspetores das empresas do Grupo EDP. Se o fabricante não estiver devidamente equipado para
realização de algum ensaio de tipo, ensaio este que não seja de recebimento, o mesmo deve ser realizado
em laboratório de comum acordo, com a presença dos inspetores das três empresas.
Todas as despesas referentes ao transporte, refeições e hospedagem do(s) inspetor(es) designado(s) pelas
empresas distribuidoras da EDP no Brasil para acompanhamento da inspeção e dos ensaios serão de inteira
responsabilidade das empresas distribuidoras da EDP no Brasil.
Em qualquer fase de fabricação, o inspetor deve ter acesso, durante as horas de serviço, a todas as partes da
fábrica onde os para-raios estejam sendo fabricados.
O fabricante deve propiciar, às suas expensas, todos os meios necessários, inclusive pessoal auxiliar, para que
o inspetor possa certificar-se de que o para-raios está de acordo com a presente especificação. O inspetor
deve ter acesso a todos os equipamentos, instrumentos e desenhos associados aos ensaios e deve verificar a
aferição dos aparelhos.
Todas as despesas decorrentes das amostras, dos equipamentos, dos acessórios, bem como da realização
dos ensaios previstos nesta especificação, independente do local de realização dos mesmos, serão de
responsabilidade do fabricante.
O fabricante deve comunicar a esta empresa, com a antecedência prevista no contrato de compra, a data em
que os para-raios estiverem prontos para inspeção.
Os ensaios de recebimento devem ser iniciados pela inspeção visual do lote apresentado a fim de ser
verificado o acabamento e a conformidade dos para-raios com os desenhos aprovados pelo Grupo EDP.
O fabricante deve substituir, sem ônus para as empresas do Grupo EDP, qualquer para-raios defeituoso
contido nos lotes aceitos.
6.4.2. Ensaios
6.4.2.a. Ensaios de tipo
Antes de qualquer fornecimento, o protótipo deve ser aprovado, devendo ser realizados os ensaios de
tipo, cabendo ao Grupo EDP o direito de designar inspetor para acompanhá-los e participar dos mesmos.
Qualquer modificação no protótipo aprovado deve ser comunicada oficialmente às empresas do Grupo
EDP.
A critério das concessionárias, poderão ser aceitos relatórios técnicos de ensaios de tipo realizados em
laboratórios de reconhecida idoneidade ou em laboratório próprio, desde que acompanhado de
representante da concessionária.

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Os ensaios de tipo serão os definidos no item 6.2 da NBR 16050.


O ensaio de ciclo de operação, conforme item 7.5 da NBR 16050 deverá ser realizado com
acompanhamento de um representante da EDP.
6.4.2.b. Ensaios de recebimento
Os ensaios de recebimento serão os definidos no item 6.4 da NBR 16050.

6.5. Amostragem
6.5.1. Amostragem para os ensaios de tipo
O ensaio de estanqueidade deve ser realizado em 3 para-raios completos, conforme descrito no item 001 do
anexo C. Para os demais ensaios de tipo, devem ser utilizadas 3 amostras, exceto quando especificada uma
quantidade diferente no procedimento de cada ensaio.
6.5.2. Amostragem para os ensaios de recebimento
A amostragem deve estar de acordo com a Tabela 001 do anexo B.

6.6. Aceitação ou Rejeição


6.6.1. Aceitação do protótipo
O protótipo do para-raios será aceito se satisfizer os ensaios de tipo, de acordo com o item 6.4.2-a desta
especificação.
6.6.2. Aceitação ou rejeição no recebimento
O lote sob inspeção será aceito ou rejeitado, de acordo com os resultados obtidos nos ensaios do item 6.4.2-
b e as condições constantes da Tabela 001 do anexo B.
6.6.3. Responsabilidade do fabricante
A aceitação do lote não invalida qualquer posterior reclamação que as Empresas do Grupo EDP possam fazer
devido aos para-raios defeituosos, nem isenta o fabricante da responsabilidade de fornecer os mesmos de
acordo com o Contrato de Compra e com esta Especificação.
6.6.4. Disposição Final
O fornecedor deverá obrigatoriamente incluir na proposta comercial, os dados técnicos e características
garantidas dos para-raios propostos (conforme Anexo D desta especificação).
O não preenchimento da tabela mencionada resultará na eliminação da proposta comercial.

7. REGISTROS DA QUALIDADE
Não aplicável.

8. ANEXOS
A. DESENHO
B. TABELAS
001. Amostragem para Ensaios de Recebimento
002. Características dos Para-raios
003. Torque nos Terminais Conectores de Linha
004. Tensões Suportáveis Mínimas Para o Invólucro e o Braço de montagem Polimérico
C. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO
001. Procedimento para a execução do Ensaio de Estanqueidade
002. Procedimentos Para a Execução do Ensaio de Roda de Trilhamento
003. Ensaio de Estanqueidade no Recebimento
D. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS GARANTIDAS PELO FABRICANTE

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ANEXO A – DESENHO

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Terminal e conector

VER DETALHE
1
Ø14 ± 0,5
Desligador automático

Cabo isolado XLPE 0,45/0,75 kV


cobre seção 16mm²
DETALHE 1
F=3xP

Notas:
1. Material:
 Conectores: terminal (parafuso e porcas) e arruelas de contato em liga de cobre com teor de cobre não
superior a 6%, estanhados ou em ação inoxidável para ligação de condutores de alumínio ou cobre;
 Invólucro e braço de montagem em material polimérico;
 Cabo de cobre para ligação a terra: comprimenteo 1,00 metro, seção nominal 16 mm², encordoamento
classe 5, isolação de PE/XLPE preta 0,45/0,75 kV (ver item 6.2.2).
2. Resistência mecânica:
 O braço de montagem do para-raios deve suportar a um esforço de tração “F” equivalente a três vezes o
peso do para-raios, aplicado conforme desenho, não devendo apresentar uma flecha residual;
 Os conectores, terminais e o sistema de vedação devem suportar um torque de instalação de 2,7 daN.
3. Braço de montagem do para-raios:
 Rede convencional: deve ser adequado para fixação ao suporte L;
 Rede compacta: deve ser adequado para fixação ao suporte Z, sendo necessária a adequação do braço de
montagem as dimensões mínimas exigíveis para encaixe do suporte Z.
4. Conectores de parafusos do terminal com rosca M10x1,5, próprios para acomodar condutor de 10 mm² a 35 mm².
5. Desenho é orientativo.
6. Cada embalagem deverá conter uma etiqueta com no mínimo as seguintes informações:
 Número do pedido de compra;
 Número do código do material;
 Quantidade de peças por embalagem.
7. Descrição do material: Para-raios a óxido metálicos 10kA / 12kV; 10kA / 15kV; 10kA / 30kV.
8. Dimensões: em milímetros.

Páginas
001. Desenho do para-raios
01 / 01

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ANEXO B – TABELAS DE AMOSTRAGEM

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Tabela 001 - Amostragem para Ensaios de Recebimento


- Tensão residual
- Medição de tensão de
referência
- Espessura da
- Medição de corrente de fuga
- Verificação visual e dimensional camada de zinco
Ensaios total à Uc
- Verificação do torque instalação - Espessura da
- Medição da componente
camada de estanho
resistiva da corrente de fuga à Uc
- Medição das descargas parciais
- Estanqueidade
Nível II S4 S3
Amostragem Dupla Dupla Simples
NQA 4% 2,5% 4%
Amostra Amostra
Tamanho do lote Ac Re Ac Re Amostra Ac Re
Sequência Tamanho Sequência Tamanho
Até 90 - 3 0 1 - 5 0 1 3 0 1
1ª 8 0 2
91 a 150 - 5 0 1 3 0 1
2ª 8 1 2
1ª 8 0 2 1ª 13 0 2
151 a 280 13 1 2
2ª 8 1 2 2ª 13 1 2
1ª 13 0 3 1ª 13 0 2
281 a 500 13 1 2
2ª 13 3 4 2ª 13 1 2
1ª 20 1 4 1ª 13 0 2
501 a 1200 13 1 2
2ª 20 4 5 2ª 13 1 2
1ª 32 2 5 1ª 20 0 3
1201 a 3200 13 1 2
2ª 32 6 7 2ª 20 3 4
1ª 50 3 7 1ª 20 0 3
3201 a 10000 20 2 3
2ª 50 8 9 2ª 20 3 4
1ª 80 5 9 1ª 32 1 4
10001 a 35000 20 2 3
2ª 80 12 13 2ª 32 4 5

Notas:
1. Regime normal;
2. Ac - número de aceitação: número máximo de unidades defeituosas que ainda permite aceitar o lote;
3. Re - número de rejeição: número mínimo de unidades defeituosas que implica na rejeição do lote;
4. Se a amostra requerida for igual ou maior que o número de unidades de produto constituintes do lote, efetuar
inspeção em 100% das unidades;
5. Para amostragem dupla, o procedimento é o seguinte: é ensaiado um número inicial de unidades igual ao da
primeira amostra, obtida nesta tabela. Se o número de unidades defeituosas encontrado estiver compreendido
entre Ac e Re (excluídos estes valores), é ensaiada a segunda amostra. O total de unidades defeituosas após
ensaiadas as duas amostras deve ser igual ou inferior ao maior Ac especificado.

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Tabela 002 - Características dos Para-raios


Tensão Máxima Tensão de Tensões residuais máximas Ures (kVpico)
Código SAP nominal Ur operação contínua Impulso Impulso Impulso de
(kVef) (MCOV) (kVef) íngreme atmosférico manobra
10005317 12,0 10,2 48 40 31,2
30030233 15,0 12,7 60 54 40
10008320 30,0 24,4 111 100 78

Tabela 003 - Torque nos Terminais Conectores de Linha


Torque de instalação
Material Bitola do terminal
(daN.m)
Liga de cobre com acabamento
estanhado, ou aço inoxidável M10 X 1,5 2,7
(conforme item 6.2.2 desta especif.)

Tabela 004 - Tensões Suportáveis Mínimas Para o Invólucro e o Braço de montagem Polimérico
Tensão nominal Invólucro Braço de montagem
Ur Impulso normalizado 1,2/50 60 Hz, sob chuva 1 min 60 Hz, sob chuva 1 min
(kVef) (kVpico) (15+/15-) (kVef) (kVef)
12,0 95 34 18,0
15,0 110 34 18,0
30,0 150 70 40,5

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ANEXO C – PROCEDIMENTOS DE ENSAIO

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001. Procedimento para a execução do Ensaio de Estanqueidade


O ensaio deve ser realizado em pelo menos 3 para-raios completos, incluindo o desligador automático, adotando-
se a sequencia de ensaio seguinte:
a. Medições Preliminares
Os ensaios preliminares são os seguintes:
– Dureza Shore A em duas saias de cada para-raios, de acordo com a ASTM D 2240;
– Corrente de fuga a 25 Vcc/mm da altura do para-raios (comprimento da interface), usando uma fonte
cc adequada e um amperímetro com precisão da ordem de nanoampéres;
– Torque nos conectores, terminais e desligador automático;
– Descargas parciais;
– Tensão de referência;
– Tensão residual para a corrente de descarga nominal.
As amostras devem ser fervidas em água com 0,1% de NaCl durante 100 horas. Ao final da ebulição, cada
para-raios deve permanecer na água até que esta resfrie a cerca de 50 °C.
Manter nessa temperatura na água até o início das medições seguintes. Todas as medições devem ser
completadas dentro de 48 horas.
b. Medições após ensaios
Deverão ser realizadas as seguintes medições após ensaios
– Dureza Shore A em duas saias de cada para-raios, de acordo com a ASTM D 2240;
– Corrente de fuga a 25 Vcc/mm do comprimento da interface do para-raios;
– Descargas parciais;
– Tensão de referência;
– Tensão residual para a corrente de descarga nominal;
– 1 min de sobretensão 1,4 x Uc (para verificar se há início do processo de "trilhamento elétrico");
– Inspeção visual incluindo desmontagem e inspeção minuciosa dos componentes internos relativa à
presença de água.
c. Avaliação do ensaio
Os para-raios serão considerados aceitos quando as amostras testadas atenderem às seguintes condições:
– A dureza Shore A medida em cada amostra, após o condicionamento citado, não variar mais que 20
% do valor original;
– A corrente de fuga não variar mais que 10 %;
– Os valores de descargas parciais medidos após o ensaio não exceder a 50 pC e não variar mais que
10 %;
– Os valores de tensão de referência medidos após o ensaio não variar mais que 5 %;
– Os valores de tensão residual medidos após o ensaio não variar mais que 5%;
– Não ocorrer "trilhamento elétrico";
– Não for encontrado sinal de umidade interna às amostras na inspeção visual das partes e superfícies
internas.

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002 - Procedimentos Para a Execução do Ensaio de Roda de Trilhamento


Devem ser selecionados três para-raios envelhecidos conforme item 6.3.14, para este teste, além de um para-raios
novo. O circuito da bancada de ensaio, utilizando transformador de teste, quando carregado com uma corrente
resistiva de 250 mA eficaz no lado da alta tensão deve apresentar uma queda de tensão máxima de 5%. Cada para-
raios deve ser energizado somente na posição vertical da roda de teste.
a. Descrição do ensaio:
– Na roda de teste apresentada pelo diagrama a seguir, os para-raios ocupam as quatro posições
durante um ciclo, sendo que em cada posição, cada um dos para-raios permanece estacionário por
40 segundos (ou menos se descargas interromperem o teste);
– A rotação de 90º entre as posições leva cerca de 8 segundos;
– Na primeira fase do ciclo, o isolador é mergulhado em uma solução salina (NaCl em água destilada).
b. A segunda fase do ciclo permite o gotejamento do excesso de solução, até que a superfície do isolador se
torne levemente umedecida, de modo a favorecer o surgimento de descargas elétricas através das partes
secas que se formarão na terceira fase, gerando aquecimento da superfície do isolador. Nesta etapa, o
isolador é submetido a uma tensão alternada de 60 Hz.
c. A última fase do ciclo atua como um período de repouso, de modo a permitir o resfriamento da superfície do
isolador aquecida pelas descargas da fase anterior.
d. Parâmetros para testes
Os parâmetros para teste são os seguintes:
– Gradiente elétrico mínimo - 35 V/mm de distância de escoamento;
– Concentração de NaCl na água -1,40 +/- 0,06 g/litro
– Duração mínima - 30.000 ciclos
e. A cada um dos para-raios, envelhecidos pelo método descrito, será aceitável se não ocorrer:
– Trilhamento elétrico (um Megômetro deve ser utilizado, com o valor mínimo de 1 kV CC, sobre uma
superfície sob teste). Os eletrodos devem estar a uma distância mínima de 5 mm. O registro de um
valor de resistência inferior a 1 MW constituirá falha do material;
– Erosão do núcleo;
– Perfuração do revestimento.
f. Imediatamente após o ensaio de Roda de Trilhamento, cada um dos para-raios envelhecidos, além de um
para-raios novo, deve ser testado e avaliado segundo os seguintes testes dentro de um período de 48 horas:
– Ensaio de tensão de impulso atmosférico de frente íngreme.
– Ensaio de tensão disruptiva 60 Hz.

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003 - Ensaio de Estanqueidade no Recebimento


Após os ensaios preliminares (tensão de referência, dissipação de potência, descargas parciais, tensão residual e
torque - CONF. ITEM 5.10) as amostras serão colocadas em uma estufa por um período de 1 (uma) hora a uma
temperatura T1, 60°C +/- 5°C acima da temperatura ambiente T2, e a seguir, retiradas e imersas em água durante 1
(uma) hora a temperatura ambiente T2.
Este procedimento deverá ser repetido por quatro ciclos e ao final, as amostras deverão permanecer imersas na
água por 12 (doze) horas, após o qual deverão ser repetidos novamente os quatro ciclos entre água e estufa.
Após isto, as amostras deverão estar em temperatura ambiente, para que se possam realizar novamente os ensaios
preliminares (com exceção do torque).
Os para-raios serão aprovados se atenderem as seguintes condições:
▪ Variação de tensão de referência não superior a 5%;
▪ Acréscimo na dissipação de potência inferior a 20%;
▪ Acréscimo de descargas parciais não superior a 10 pC;
▪ Acréscimo na tensão residual não superior a 5%.

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Preencher / Anexar dados


Item Descrição Valor Garantido
01 Tensão nominal Ur (kV ef)
02 Corrente de descarga nominal, com forma de onda 8/20 µs (kA pico)
03 Frequência nominal (Hz)
04 TOV - sobretensão temporária mínima (kV)
MCOV - máxima tensão de operação contínua (kV)
Impulso íngreme (kV pico)
05
Tensões residuais máximas (Vres) para: Impulso atmosférico (kV pico)
Impulso de manobra (kV pico)
06 Tensão de operação contínua Vc (kV ef)
07 Corrente de impulso de curta duração com forma de onda 4/10 (kA pico)
08 Capacidade de descarga de correntes de longa duração (A/2000 µs)
09 Corrente de referência do para-raios (mA pico)
Curvas características de sobretensão de 60 Hz versus tempo (TOV), conforme
10
item 6.3.4
Curva tempo-corrente do desligador automático para 20 A, 80 A, 200 A e 800 A
11
eficazes.
12 Material polimérico empregado no invólucro e no braço de montagem
Tipo e/ou modelo, com o número de catálogo do fabricante, para a
13
identificação completa do para-raios

Notas:

a) Os dados desta lista são indispensáveis ao julgamento técnico das propostas de fornecimento do
material;
b) As informações dos dados da lista não eximem o fabricante de obediência aos demais requisitos da
Instrução.

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