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IAS IFRS REGUL - 1126 - 2008 - Consol - A - 20nov2013 (Reg1174)
IAS IFRS REGUL - 1126 - 2008 - Consol - A - 20nov2013 (Reg1174)
001 — 5
▼B
ANEXO
IAS 2 Inventários
IAS 17 Locações
IAS 18 Rédito
▼B
IAS 40 Propriedades de Investimento
IAS 41 Agricultura
▼B
SIC -7 Introdução do Euro
SIC -10 Apoios Governamentais — Sem Relação Específica com
Actividades Operacionais
SIC -15 Locações Operacionais — Incentivos
SIC -25 Impostos sobre o Rendimento — Alterações na Situação Fiscal
de uma Entidade ou dos seus Accionistas
SIC -27 Avaliação da Substância de Transacções que Envolvam a
Forma Legal de uma Locação
SIC -29 Divulgação — Acordos de Concessão de Serviços
SIC -31 Rédito — Transacções de Troca Directa Envolvendo Serviços de
Publicidade
SIC -32 Activos Intangíveis — Custos com Web Sites
Alterado por:
Jornal Oficial
▼B
REGULAMENTO (CE) N.o 1126/2008 DA COMISSÃO
de 3 de Novembro de 2008
que adopta determinadas normas internacionais de contabilidade
nos termos do Regulamento (CE) n.o 1606/2002 do Parlamento
Europeu e do Conselho
(Texto relevante para efeitos do EEE)
Considerando o seguinte:
▼B
(4) O Regulamento (CE) n.o 1725/2003 deve, por conseguinte, ser
substituído pelo presente regulamento.
(5) As medidas previstas no presente regulamento estão em confor
midade com o parecer do Comité de Regulamentação Contabilís
tica,
ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:
Artigo 1.o
Artigo 2.o
Artigo 3.o
▼M5
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 1
OBJECTIVO
ÂMBITO
▼M32
4 Esta Norma não se aplica à estrutura e ao conteúdo das demonstrações
financeiras intercalares condensadas elaboradas de acordo com a IAS
34 Relato Financeiro Intercalar. Contudo, os parágrafos 15-35
aplicam-se a tais demonstrações financeiras. Esta Norma aplica-se
igualmente a todas as entidades, incluindo as que apresentam demons
trações financeiras consolidadas de acordo com a IFRS 10 Demons
trações Financeiras Consolidadas e as que apresentam demonstrações
financeiras separadas de acordo com a IAS 27 Demonstrações Finan
ceiras Separadas.
▼M5
5 Esta Norma usa terminologia que é adequada para entidades com fins
lucrativos, incluindo entidades do sector público. Se as entidades não
lucrativas do sector privado ou do sector público aplicarem esta Nor
ma, poderão ter de emendar as descrições usadas para determinadas
linhas de itens nas demonstrações financeiras e para as próprias de
monstrações financeiras.
DEFINIÇÕES
▼M31
7 Para efeitos da presente Norma, são aplicáveis as seguintes definições:
▼M5
As demonstrações financeiras com finalidades gerais (referidas como
«demonstrações financeiras») são as que se destinam a satisfazer as
necessidades de utentes que não estejam em posição de exigir a uma
entidade que prepare relatórios à medida das suas necessidades parti
culares de informação.
▼M5
As Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) são Normas e
Interpretações adoptadas pelo International Accounting Standards
Board (IASB). Compreendem:
▼M31
Outro rendimento integral compreende itens de rendimentos e de
gastos (incluindo ajustamentos de reclassificação) que não são reco
nhecidos nos lucros ou prejuízos, conforme exigido ou permitido por
outras IFRS.
▼M5
(c) ganhos e perdas resultantes da transposição das demonstrações
financeiras de uma unidade operacional estrangeira (ver IAS 21
Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio);
▼M5
Os proprietários são os detentores de instrumentos classificados como
capital próprio.
▼M6
8A Os seguintes termos são definidos na IAS 32 Instrumentos Financei
ros: Apresentação e são utilizados na presente norma com o signifi
cado definido na IAS 32:
▼M5
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(a) activos;
(b) passivos;
▼M5
(f) fluxos de caixa.
▼M31
10A Uma entidade pode apresentar uma única demonstração dos resultados
e de outro rendimento integral, com os resultados e o outro rendi
mento integral apresentados em duas secções. Essas secções devem
ser apresentadas em conjunto, primeiro a relativa aos resultados e logo
a seguir a relativa ao outro rendimento integral. Uma entidade pode
apresentar a secção relativa aos resultados numa demonstração dos
resultados separada. Se for esse o caso, a demonstração dos resultados
separada deve ser imediatamente seguida da demonstração que apre
senta o rendimento integral, que deverá começar pelos resultados.
▼M5
11 Uma entidade deve apresentar com igual proeminência todas as de
monstrações financeiras num conjunto completo de demonstrações
financeiras.
▼M31
__________
▼M5
13 Muitas entidades apresentam, fora das demonstrações financeiras, uma
análise financeira feita pela gerência que descreve e explica as carac
terísticas principais do desempenho financeiro e da posição financeira
da entidade e as principais incertezas com que ela se depara. Tal
relatório pode incluir uma análise de:
▼M5
14 Muitas entidades apresentam também, fora das demonstrações finan
ceiras, relatórios e demonstrações tais como relatórios ambientais e
demonstrações de valor acrescentado, sobretudo nos sectores em que
os factores ambientais são significativos e quando os empregados são
considerados um importante grupo de utentes. Os relatórios e demons
trações apresentados fora das demonstrações financeiras estão fora do
âmbito das IFRS.
Características gerais
▼M5
20 Quando uma entidade se afastar de um requisito de uma IFRS de
acordo com o parágrafo 19, ela deve divulgar:
▼M5
(b) a forma como as circunstâncias da entidade diferem das circuns
tâncias de outras entidades que cumprem o requisito. Se outras
entidades em circunstâncias semelhantes cumprem o requisito, há
um pressuposto refutável de que o cumprimento do requisito por
parte da entidade não seria tão enganador que entrasse em conflito
com o objectivo das demonstrações financeiras estabelecido na
Estrutura Conceptual.
Continuidade
25 Aquando da preparação de demonstrações financeiras, a gerência deve
fazer uma avaliação da capacidade de uma entidade de prosseguir
como uma entidade em continuidade. Uma entidade deve preparar
demonstrações financeiras numa base de continuidade, a menos que
a gerência pretenda liquidar a entidade ou cessar de negociar, ou não
tenha alternativa realista senão fazê-lo. Quando a gerência estiver
consciente, ao fazer a sua avaliação, de incertezas materiais relacio
nadas com acontecimentos ou condições que possam lançar dúvidas
significativas acerca da capacidade da entidade de prosseguir como
uma entidade em continuidade, a entidade deve divulgar essas incer
tezas. Quando uma entidade não preparar demonstrações financeiras
numa base de continuidade, esse facto deve ser divulgado, juntamente
com as bases pelas quais as demonstrações financeiras foram prepa
radas e a razão por que a entidade não é considerada como estando
em continuidade.
Materialidade e agregação
29 Uma entidade deve apresentar separadamente cada classe material de
itens semelhantes. Uma entidade deve apresentar separadamente os
itens de uma natureza ou função dissemelhante, a menos que sejam
imateriais.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 15
▼M5
30 As demonstrações financeiras resultam do processamento de grandes
números de transacções ou outros acontecimentos que são agregados
em classes de acordo com a sua natureza ou função. A fase final do
processo de agregação e classificação é a apresentação de dados con
densados e classificados que formam linhas de itens nas demonstra
ções financeiras. Se uma linha de item não for individualmente ma
terial, ela é agregada a outros itens, seja nessas demonstrações seja
nas notas. Um item que não seja suficientemente material para justi
ficar a sua apresentação separada nessas demonstrações pode justificar
a sua apresentação separada nas notas.
Compensação
32 Uma entidade não deve compensar activos e passivos ou rendimentos
e gastos, a menos que tal seja exigido ou permitido por uma IFRS.
▼M5
Frequência de relato
36 Uma entidade deve apresentar um conjunto completo de demonstra
ções financeiras (incluindo informação comparativa) pelo menos
anualmente. Quando uma entidade alterar o fim do seu período de
relato e apresentar demonstrações financeiras para um período mais
longo ou mais curto do que um ano, uma entidade deve divulgar,
além do período abrangido pelas demonstrações financeiras:
Informação comparativa
▼M36
Informação comparativa mínima
38 A menos que as IFRS o permitam ou exijam de outra forma, uma
entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao
período anterior para todas as quantias relatadas nas demons
trações financeiras do período corrente. Uma entidade deve in
cluir a informação comparativa para a informação narrativa e
descritiva se tal for relevante para a compreensão das demons
trações financeiras do período corrente.
▼M36
38D Por exemplo, uma entidade pode apresentar uma terceira demonstra
ção dos resultados e outro rendimento integral (apresentando assim o
período corrente, o período precedente e um período comparativo
adicional). Contudo, a entidade não é obrigada a apresentar uma
terceira demonstração da posição financeira, uma terceira demonstra
ção dos fluxos de caixa ou uma terceira demonstração das alterações
do capital próprio (ou seja, uma demonstração financeira adicional
comparativa). A entidade é obrigada a apresentar, nas notas às de
monstrações financeiras, a informação comparativa relacionada com
essa demonstração adicional de resultados e outro rendimento integral.
__________
▼M36
(b) a quantia de cada item ou classe de itens que é reclassificado; e
▼M5
42 Quando for impraticável reclassificar quantias comparativas, uma en
tidade deve divulgar:
Consistência de apresentação
45 Uma entidade deve manter a apresentação e classificação de itens nas
demonstrações financeiras de um período para o seguinte, a menos
que:
ESTRUTURA E CONTEÚDO
Introdução
47 Esta Norma exige determinadas divulgações na demonstração da po
sição financeira ou do rendimento integral, na ►M5 demonstração do
rendimento integral ◄ separada (se apresentada) ou na demonstração
de alterações no capital próprio e exige a divulgação de outras linhas
de itens nessas demonstrações ou nas notas. A IAS 7 Demonstração
dos Fluxos de Caixa estabelece requisitos para a apresentação de
informação de fluxos de caixa.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 19
▼M5
48 Esta Norma usa por vezes o termo «divulgação» no sentido lato,
abrangendo itens apresentados nas demonstrações financeiras. Noutras
IFRS, também são exigidas divulgações. A menos que seja especifi
cado em contrário noutra parte desta Norma ou noutra IFRS, essas
divulgações podem ser feitas nas demonstrações financeiras.
▼M5
(c) activos intangíveis;
(g) inventários;
(l) provisões;
▼M5
(b) as descrições usadas e a ordenação dos itens ou agregação de
itens semelhantes podem ser emendadas de acordo com a natureza
da entidade e as suas transacções, para proporcionar informação
que seja relevante para uma compreensão da posição financeira da
entidade. Por exemplo, uma instituição financeira pode emendar
as descrições acima referidas para proporcionar informação que
seja relevante para as operações de uma instituição financeira.
▼M5
63 Para algumas entidades, tais como instituições financeiras, uma apre
sentação de activos e passivos por ordem crescente ou decrescente de
liquidez proporciona informação fiável e mais relevante do que uma
apresentação corrente/não corrente porque a entidade não fornece bens
ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente identificável.
Activos correntes
66 Uma entidade deve classificar um activo como corrente quando:
(c) espera realizar o activo até doze meses após o período de relato;
ou
67 Esta Norma usa o termo «não corrente» para incluir activos tangíveis,
intangíveis e financeiros de natureza de longo prazo. Não proíbe o uso
de descrições alternativas tanto quanto o sentido seja claro.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 23
▼M8
68 O ciclo operacional de uma entidade é o tempo entre a aquisição de
activos para transformação e a sua realização em dinheiro ou seus
equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for
claramente identificável, pressupõe-se que a sua duração seja de doze
meses. Os activos correntes incluem activos (tais como inventários e
dívidas a receber comerciais) que são vendidos, consumidos ou rea
lizados como parte do ciclo operacional normal, mesmo quando não
se espere que sejam realizados num período até doze meses após o
período de relato. Os activos correntes incluem igualmente activos
detidos essencialmente para finalidades de negociação (nomeadamente
certos activos financeiros classificados como detidos para negociação
de acordo com a IAS 39) e a parte corrente de activos financeiros não
correntes.
▼M5
Passivos correntes
▼M22
69 Uma entidade deve classificar um passivo como corrente quando:
▼M5
70 Alguns passivos correntes, tais como dívidas a pagar comerciais e
alguns acréscimos de custos relativos a empregados e outros custos
operacionais, são parte do capital circulante usado no ciclo operacio
nal normal da entidade. Uma entidade classifica esses itens operacio
nais como passivos correntes mesmo que estejam para ser liquidados
mais de doze meses após o período de relato. O mesmo ciclo opera
cional normal aplica-se à classificação dos activos e passivos de uma
entidade. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for
claramente identificável, pressupõe-se que a sua duração seja de
doze meses.
▼M8
71 Outros passivos correntes não são liquidados como parte do ciclo
operacional normal, mas está prevista a sua liquidação dentro de
um período de doze meses após o período de relato ou estão essen
cialmente detidos para finalidades de negociação. Constituem exem
plos de tal certos passivos financeiros classificados como detidos para
negociação de acordo com a IAS 39, descobertos bancários e a parte
corrente de passivos financeiros não correntes, dividendos a pagar,
impostos sobre o rendimento e outras contas a pagar não comerciais.
Os passivos financeiros que proporcionem financiamento numa base a
longo prazo (ou seja, não façam parte do capital circulante usado no
ciclo operacional normal da entidade) e cuja liquidação não esteja
prevista dentro de um período de doze meses após o período de relato
são passivos não correntes, sujeitos aos parágrafos 74 e 75.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 24
▼M5
72 Uma entidade classifica os seus passivos financeiros como correntes
quando a sua liquidação estiver prevista dentro de um período de doze
meses após o período de relato, mesmo que:
(a) o prazo original tenha sido por um período superior a doze meses;
e
▼M5
78 O pormenor proporcionado nas subclassificações depende dos requi
sitos das IFRS e da dimensão, natureza e função das quantias envol
vidas. Uma entidade também usa os factores estabelecidos no pará
grafo 58 para decidir a base da subclassificação. As divulgações va
riam para cada item, por exemplo:
(iii) o valor ao par por acção, ou que as acções não têm valor ao
par;
80 Uma entidade sem capital por acções, tal como uma parceria ou trust,
deve divulgar informação equivalente à exigida no parágrafo 79(a),
mostrando as alterações durante o período em cada categoria do ca
pital próprio e os direitos, preferências e restrições associados a cada
categoria do capital próprio.
▼M6
80A Se uma entidade tiver reclassificado
▼M6
(b) um instrumento que impõe à entidade uma obrigação de entregar
a outra parte uma parte pro rata dos activos líquidos da entidade
aquando da liquidação e é classificado como um instrumento de
capital próprio
▼M31
Demonstração dos resultados e de outro rendimento integral
__________
81B Uma entidade deve apresentar as seguintes rubricas, para além das
secções relativas aos resultados e ao outro rendimento integral, a título
da afectação dos resultados e do outro rendimento integral do período:
(a) rédito;
(e) [suprimida]
(ea) uma quantia única para o total das unidades operacionais des
continuadas (ver a IFRS 5).
(f)–(i) [suprimida]
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 27
▼M31
Informação a apresentar na secção relativa ao outro rendimento
integral
82A A secção relativa ao outro rendimento integral deve incluir rubricas
que apresentem as quantias do outro rendimento integral para o pe
ríodo, classificadas por natureza (incluindo a participação no outro
rendimento integral de associadas e de empreendimentos conjuntos
contabilizados pelo método da equivalência patrimonial) e agrupadas
em função das quantias que, em conformidade com outras IFRS;
__________
▼M5
Lucros ou prejuízos do período
88 Uma entidade deve reconhecer todos os itens de rendimentos e de
gastos de um período nos lucros ou prejuízos, a menos que uma IFRS
exija ou permita de outro modo.
▼M31
(b) antes dos efeitos fiscais relacionados, com uma quantia mostrada
como a quantia agregada do imposto sobre o rendimento relacio
nado com essas rubricas.
▼M5
92 Uma entidade deve divulgar ajustamentos de reclassificação relacio
nados com componentes de outro rendimento integral.
▼M31
94 Uma entidade pode apresentar ajustamentos de reclassificação na(s)
demonstração(ões) dos resultados e de outro rendimento integral ou
nas notas. Uma entidade que apresente ajustamentos de reclassificação
nas notas apresenta as rubricas de outro rendimento integral após
quaisquer ajustamentos de reclassificação relacionados.
▼M5
95 Os ajustamentos de reclassificação surgem, por exemplo, na alienação
de uma unidade operacional estrangeira (ver IAS 21), no desreconhe
cimento de activos financeiros disponíveis para venda (ver IAS 39) e
quando uma transacção prevista coberta afectar os lucros ou prejuízos
(ver parágrafo 100 da IAS 39 em relação com as coberturas de fluxo
de caixa).
▼M31
96 Os ajustamentos de reclassificação não surgem em alterações no ex
cedente de revalorização reconhecido de acordo com a IAS 16 ou a
IAS 38 nem na remensuração de planos de benefícios definidos reco
nhecidos de acordo com a IAS 19. Estes componentes são reconhe
cidos em outro rendimento integral e não são reclassificados nos
lucros ou prejuízos em períodos subsequentes. As alterações no ex
cedente de revalorização podem ser transferidas para resultados retidos
em períodos subsequentes quando o activo for usado ou quando for
desreconhecido (ver IAS 16 e IAS 38).
▼M5
98 As circunstâncias que poderiam dar origem à divulgação separada de
itens de rendimento e de gasto incluem:
▼M31
100 As entidades são encorajadas a apresentar a análise referida no pará
grafo 99 na(s) demonstração(ões) que apresenta(m) os resultados e o
outro rendimento integral.
▼M5
101 Os gastos são subclassificados a fim de destacar componentes do
desempenho financeiro que possam diferir em termos de frequência,
potencial de ganho ou de perda e previsibilidade. Esta análise é pro
porcionada numa de duas formas.
Rédito X
Outros rendimentos X
Alterações nos inventários de produtos acabados X
e em curso
Matérias-primas e consumíveis usados X
Gasto com benefícios dos empregados X
Gasto de depreciação e de amortização X
Outros gastos X
Total de gastos (X)
Lucro antes de impostos X
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 30
▼M5
103 A segunda forma de análise é o método da «função do gasto» ou do
«custo de vendas», classificando os gastos de acordo com a sua
função como parte do custo de vendas ou, por exemplo, dos custos
de distribuição ou de actividades administrativas. Como mínimo, uma
entidade divulga o custo de vendas segundo este método separada
mente dos outros gastos. Este método pode proporcionar informação
mais relevante aos utentes do que a classificação de gastos por natu
reza, mas a imputação de custos a funções pode exigir imputações
arbitrárias e envolver ponderação considerável. Um exemplo de uma
classificação que usa o método da função de gastos é o seguinte:
Rédito X
Custo de vendas (X)
Lucro bruto X
Outros rendimentos X
Custos de distribuição (X)
Gastos administrativos (X)
Outros gastos (X)
Lucro antes de impostos X
104 Uma entidade que classifique os gastos por função deve divulgar
informação adicional sobre a natureza dos gastos, incluindo gastos
de depreciação e de amortização e gastos com os benefícios dos
empregados.
(c) [suprimida]
▼M29
(iii) transacções com proprietários nessa qualidade, mos
trando separadamente as contribuições por e distribui
ções a proprietários e as alterações nos interesses de pro
priedade em subsidiárias que não resultam em perda de
controlo.
▼M5
108 No parágrafo 106, os componentes do capital próprio incluem, por
exemplo, cada classe de capital próprio contribuído, o saldo acumu
lado de cada classe de outro rendimento integral e os resultados
retidos.
▼M5
Notas
Estrutura
112 As notas devem:
(b) divulgar a informação exigida pelas IFRS que não esteja apresen
tada noutros pontos das demonstrações financeiras; e
113 Uma entidade deve apresentar as notas, tanto quanto for praticável, de
uma forma sistemática. Uma entidade, para cada item nas demons
trações da posição financeira e do rendimento integral, na
►M5 demonstração do rendimento integral ◄ separada (se apresen
tada) e nas demonstrações de alterações no capital próprio e dos
fluxos de caixa, deve incluir uma referência cruzada a qualquer in
formação relacionada nas notas.
▼M31
115 Em algumas circunstâncias, pode ser necessário ou desejável alterar a
ordem de determinadas rubricas nas notas. Por exemplo, uma entidade
pode combinar a informação sobre alterações no justo valor reconhe
cidas nos resultados com informação sobre a maturidade de instru
mentos financeiros, embora as primeiras divulgações se relacionem
com a(s) demonstração(ões) que apresenta(m) os resultados e o outro
rendimento integral e as últimas se relacionem com a demonstração da
posição financeira. Contudo, na medida do praticável, uma entidade
mantém uma estrutura sistemática para as notas.
▼M5
116 Uma entidade pode apresentar notas que proporcionem informação
acerca da base de preparação das demonstrações financeiras e das
políticas contabilísticas específicas como uma secção separada das
demonstrações financeiras.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 33
▼M5
Divulgação de políticas contabilísticas
117 Uma entidade deve divulgar no resumo de políticas contabilísticas
significativas:
▼M32
123 No processo de aplicação das políticas contabilísticas da entidade, a
gerência exerce juízos de valor, para além daqueles que envolvem
estimativas, susceptíveis de afectar significativamente as quantias
que reconhece nas demonstrações financeiras. Por exemplo, a gerência
exerce juízos de valor na determinação:
▼M5
(a) se os activos financeiros são investimentos detidos até a maturi
dade;
▼M32
(b) do momento em que, no essencial, todos os riscos e vantagens
significativos da propriedade de activos financeiros e activos lo
cados são transferidos para outras entidades; e
(d) [suprimido]
▼M5
►M32 124 Algumas das divulgações feitas de acordo com o parágrafo 122
são exigidas por outras IFRS. Por exemplo, a IFRS 12 Divulgação de
Interesses Noutras Entidades exige que uma entidade divulgue os
julgamentos que fez para determinar se controla outra entidade. ◄
A IAS 40 Propriedades de Investimento exige a divulgação dos cri
térios desenvolvidos pela entidade para distinguir as propriedades de
investimento das propriedades ocupadas pelo proprietário e das pro
priedades detidas para venda no decurso normal da actividade empre
sarial, quando a classificação da propriedade é difícil.
▼M33
128 As divulgações referidas no parágrafo 125 não são exigidas para
activos e passivos que tenham um risco significativo de que as suas
quantias escrituradas se possam alterar materialmente no próximo ano
financeiro se, no fim do período de relato, forem mensurados pelo
justo valor com base num preço cotado num mercado activo para um
activo ou passivo idêntico. Esses justos valores podem alterar-se ma
terialmente no próximo ano financeiro, mas essas alterações não iriam
surgir de pressupostos ou de outras fontes da incerteza das estimativas
no fim do período de relato.
▼M5
129 Uma entidade apresenta as divulgações referidas no parágrafo 125 de
uma forma que ajuda os utentes de demonstrações financeiras a com
preender os juízos de valor que a gerência faz acerca do futuro e sobre
outras fontes da incerteza das estimativas. A natureza e extensão da
informação proporcionada variam de acordo com a natureza do pres
suposto e outras circunstâncias. Exemplos de tipos de divulgação que
uma entidade faz incluem:
130 Esta Norma não exige que uma entidade divulgue informação orça
mental ou previsões ao fazer as divulgações referidas no parágrafo
125.
▼M33
133 Outras IFRS exigem a divulgação de alguns dos pressupostos que de
outra forma seriam exigidos nos termos do parágrafo 125. Por exem
plo, a IAS 37 exige a divulgação, em circunstâncias especificadas, dos
principais pressupostos respeitantes a futuros acontecimentos que afec
tem classes de provisões. A IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
exige a divulgação de pressupostos significativos (incluindo a(s) téc
nica(s) de avaliação e dados), que a entidade utiliza para mensurar o
justo valor dos activos e passivos que são escriturados pelo justo
valor.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 36
▼M5
Capital
134 Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes das
suas demonstrações financeiras avaliar os objectivos, as políticas e os
processos da entidade para gerir o capital.
135 Para cumprir o parágrafo 134, uma entidade deve divulgar o seguinte:
(b) um resumo dos dados quantitativos daquilo que gere como capi
tal. Algumas entidades encaram alguns passivos financeiros (por
exemplo, determinadas formas de dívida subordinada) como parte
integrante do capital. Outras entidades encaram o capital como
excluindo alguns componentes de capital próprio (por exemplo,
componentes resultantes de coberturas de fluxo de caixa);
136 Uma entidade pode gerir o capital de várias formas e estar sujeita a
uma série de diferentes requisitos de capital. Por exemplo, um con
glomerado pode incluir entidades que desempenham actividades de
seguros e actividades bancárias e essas entidades podem operar em
várias jurisdições. Quando uma divulgação agregada dos requisitos de
capital e sobre a forma como o capital é gerido não proporciona
informação útil ou distorce a compreensão de um utente de demons
trações financeiras relativamente aos recursos de capital de uma enti
dade, a entidade deve divulgar informação separada para cada requi
sito de capital a que ela esteja sujeita.
▼M6
Instrumentos financeiros com uma opção put classificados como ca
pital próprio
136A Em relação aos instrumentos financeiros com uma opção put classi
ficados como instrumentos de capital próprio, uma entidade divulga
(na medida em que não sejam divulgados noutro local):
▼M6
(b) os seus objectivos, políticas e procedimentos para gerir a sua
obrigação de recomprar ou remir os instrumentos quando tal
seja lhe imposto pelos detentores do instrumento, incluindo quais
quer alterações em relação ao período precedente;
▼M5
Outras divulgações
137 Uma entidade deve divulgar nas notas:
▼M6
138 Uma entidade deve divulgar o seguinte, se não for divulgado noutro
local em informação publicada com as demonstrações financeiras:
▼M5
▼M11
139A A IAS 27 (tal como emendada pelo International Accounting Stan
dards Board em 2008) emendou o parágrafo 106. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Julho de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 27 (emendada em
2008) a um período anterior, a emenda deverá ser aplicada a esse
período anterior. A emenda deve ser aplicada retrospectivamente.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 38
▼M6
139B O documento Instrumentos financeiros com uma opção put e obriga
ções decorrentes de uma liquidação (Emendas às IAS 32 e IAS 1),
emitido em Fevereiro de 2008, emendou o parágrafo 138 e inseriu os
parágrafos 8A, 80A e 136A. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 Janeiro 2009. É per
mitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas
relativamente a um período anterior, deve divulgar esse facto e aplicar
as emendas às IAS 32, IAS 39, a IFRS 7 e à IFRIC 2 Acções dos
Membros em Entidades Cooperativas e Instrumentos Semelhantes,
que com elas estejam relacionadas.
▼M8
139C Os parágrafos 68 e 71 foram alterados com base no documento Me
lhoramentos introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma
entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar as emendas a um período anterior, deve
divulgar esse facto.
▼M22
139D O parágrafo 69 foi emendado pelo documento Melhoramentos Intro
duzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2010. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
▼M29
139F Os parágrafos 106 e 107 foram emendados e o parágrafo 106A adi
cionado através do documento Melhoramentos introduzidos nas IFRS
emitido em Maio de 2010. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2011. É
permitida a aplicação mais cedo.
▼M32
139H A IFRS 10 e a IFRS 12, emitidas em Maio de 2011, emendaram os
parágrafos 4, 119, 123 e 124. Uma entidade deve aplicar estas emen
das quando aplicar a IFRS 10 e a IFRS 12.
▼M33
139I A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 128 e
133. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 13.
▼M31
139J O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou os
parágrafos 7, 10, 82, 85–87, 90, 91, 94, 100 e 115, aditou os pará
grafos 10A, 81A, 81B e 82A e suprimiu os parágrafos 12, 81, 83 e
84. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Julho de 2012. É permitida a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um período anterior, deve
divulgar esse facto.
▼M36
139L O documento Melhoramentos anuais - ciclo 2009 - 2011, emitido em
maio de 2012, emendou os parágrafos 10, 38 e 41, suprimiu os
parágrafos 39-40 e aditou os parágrafos 38A-38D e 40A-40D. Uma
entidade deve aplicar essa emenda retrospetivamente em conformidade
com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas
Contabilísticas e Erros aos períodos anuais com início em ou após
1 de janeiro de 2013. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
▼M5
▼B
Inventários
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico
para os inventários. Um assunto primordial na contabilização dos
inventários é a quantia do custo a ser reconhecida como um activo
e a ser transportada até que sejam reconhecidos os réditos relaciona
dos. Esta Norma proporciona orientação na determinação do custo e
no seu subsequente reconhecimento como um gasto, incluindo qual
quer redução para o valor realizável líquido. Também proporciona
orientação nas fórmulas de custeio que sejam usadas para atribuir
custos aos inventários.
ÂMBITO
2. Esta Norma aplica-se a todos os inventários, com a excepção do
seguinte:
▼B
DEFINIÇÕES
6. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
▼B
8. Os inventários englobam bens comprados e detidos para revenda in
cluindo, por exemplo, mercadorias compradas por um retalhista e
detidas para revenda ou terrenos e outras propriedades detidas para
revenda. Os inventários também englobam bens acabados produzidos
ou trabalhos a serem produzidos pela entidade e incluem materiais e
bens de consumo aguardando o seu uso no processo de produção.
No caso de um prestador de serviços, os inventários incluem os custos
do serviço, tal como descrito no parágrafo 19, relativamente ao qual a
entidade ainda não tenha reconhecido o respectivo rédito (ver IAS 18
Rédito).
MENSURAÇÃO DE INVENTÁRIOS
9. Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou valor realizável
líquido, dos dois o mais baixo.
Custos de compra
11. Os custos de compra dos inventários incluem o preço de compra,
direitos de importação e outros impostos (que não sejam os posterior
mente recuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de
transporte, manuseamento e outros custos directamente atribuíveis à
aquisição de bens acabados, materiais e serviços. Descontos comer
ciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na determi
nação dos custos de compra.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 42
▼B
Custos de conversão
12. Os custos de conversão de inventários incluem os custos directamente
relacionados com as unidades de produção, tais como mão-de-obra
directa. Também incluem uma imputação sistemática de gastos gerais
de produção fixos e variáveis que sejam incorridos ao converter ma
térias em bens acabados. Os gastos gerais de produção fixos são os
custos indirectos de produção que permanecem relativamente cons
tantes independentemente do volume de produção, tais como a depre
ciação e manutenção de edifícios e de equipamento de fábricas e os
custos de gestão e administração da fábrica. Os gastos gerais de
produção variáveis são os custos indirectos de produção que variam
directamente, ou quase directamente, com o volume de produção, tais
como materiais indirectos e mão-de-obra indirecta.
Outros custos
15. Outros custos somente são incluídos nos custos dos inventários até ao
ponto em que sejam incorridos para os colocar no seu local e na sua
condição actuais. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no custo
dos inventários gastos gerais que não sejam da produção ou os custos
de concepção de produtos para clientes específicos.
▼B
b) custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam neces
sários no processo de produção antes de uma nova fase de produ
ção;
d) custos de vender.
▼B
Técnicas para a mensuração do custo
21. As técnicas para a mensuração do custo de inventários, tais como o
método do custo-padrão ou o método de retalho, podem ser usadas
por conveniência se os resultados se aproximarem do custo. Os
custos-padrão tomam em consideração os níveis normais dos materiais
e bens de consumo, da mão-de-obra, da eficiência e da utilização da
capacidade produtiva. São regularmente analisados e, se necessário,
revistos à luz das condições correntes.
▼B
Fórmulas de custeio
23. O custo dos inventários de itens que não sejam geralmente intermu
táveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projectos
específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos
seus custos individuais.
▼B
30. As estimativas do valor realizável líquido são baseadas nas provas
mais fiáveis disponíveis no momento em que sejam feitas as estima
tivas quanto à quantia que se espera que os inventários venham a
realizar. Estas estimativas tomam em consideração as variações nos
preços ou custos directamente relacionadas com acontecimentos que
ocorram após o fim do período, até ao ponto em que tais aconteci
mentos confirmem condições existentes no fim do período.
▼B
DIVULGAÇÃO
36. As demonstrações financeiras devem divulgar:
DATA DE EFICÁCIA
40. Uma entidade deve aplicar esta Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta Norma a um período que tenha início
antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
▼M33
40.C. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 6 e emendou o parágrafo 7. Uma entidade deve
aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 47
▼B
RETIRADA DE OUTRAS TOMADAS DE POSIÇÃO
41. Esta Norma substitui a IAS 2 Inventários (revista em 1993).
42. Esta Norma substitui a SIC-1 Consistência — Fórmulas de Custeio
Diferentes para Inventários.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 48
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 7
OBJECTIVO
A informação acerca dos fluxos de caixa de uma entidade é útil ao proporcionar
aos utentes das demonstrações financeiras uma base para determinar a capacidade
da entidade para gerar dinheiro e equivalentes e determinar as necessidades da
entidade de utilizar esses fluxos de caixa. As decisões económicas que sejam
tomadas pelos utentes exigem uma avaliação da capacidade de uma entidade de
gerar dinheiro e seus equivalentes e a tempestividade e certeza da sua geração.
ÂMBITO
1. Uma entidade deve preparar uma demonstração dos fluxos de caixa de
acordo com os requisitos desta Norma e deve apresentá-la como parte
integrante das suas demonstrações financeiras de cada período em que
são apresentadas demonstrações financeiras.
▼B
equivalentes e facilita aos utentes desenvolver modelos para determi
nar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de dife
rentes entidades. Aumenta também a comparabilidade do relato do
desempenho operacional por diferentes entidades porque elimina os
efeitos do uso de diferentes tratamentos contabilísticos para as mes
mas operações e acontecimentos.
DEFINIÇÕES
6. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼B
8. Os empréstimos bancários obtidos são geralmente considerados como
actividades de financiamento. Porém, em alguns países, os saques a
descoberto (overdrafts) que sejam reembolsáveis à ordem formam
uma parte integrante da gestão de caixa de uma entidade. Nestas
circunstâncias, os saques a descoberto são incluídos como um com
ponente de caixa e seus equivalentes. Uma característica de tais acor
dos bancários é a de que o saldo de bancos flutua muitas vezes de
positivo a descoberto.
11. Uma entidade apresenta os seus fluxos de caixa das actividades ope
racionais, de investimento e de financiamento da maneira que seja
mais apropriada para os seus negócios. A classificação por actividades
proporciona informação que permite aos utentes determinar o impacto
dessas actividades na posição financeira da entidade e nas quantias de
caixa e seus equivalentes. Esta informação pode ser também usada
para avaliar as relações entre essas actividades.
12. Uma única operação pode incluir fluxos de caixa que sejam classifi
cados diferentemente. Por exemplo, quando o reembolso de um em
préstimo inclua quer juros, quer capital, o elemento juro pode ser
classificado como uma actividade operacional e o elemento capital
classificado como uma actividade de financiamento.
Actividades operacionais
13. A quantia de fluxos de caixa proveniente de actividades operacionais
é um indicador-chave, na medida em que as operações da entidade
geraram fluxos de caixa suficientes para pagar empréstimos, manter a
capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e fazer novos
investimentos, sem recurso a fontes externas de financiamento. A
informação acerca dos componentes específicos dos fluxos de caixa
operacionais históricos é útil, juntamente com outra informação, na
previsão de futuros fluxos de caixa operacionais.
▼B
c) pagamentos de caixa a fornecedores de bens e serviços;
▼M8
Algumas transacções, tais como a venda de um item de uma fábrica,
podem dar origem a um ganho ou a uma perda que seja incluída nos
lucros ou prejuízos reconhecidos. Os fluxos de caixa relacionados
com tais transacções são fluxos de caixa de actividades de investi
mento. Contudo, os pagamentos a partir de caixa para fabricar ou
adquirir activos detidos para locação a outras partes e detidos subse
quentemente para venda, tal como descrito no parágrafo 68A da IAS
16 Activos Fixos Tangíveis, são fluxos de caixa das actividades ope
racionais. Os recebimentos em caixa provenientes da locação e de
vendas subsequentes de tais activos são igualmente fluxos de caixa
das actividades operacionais.
▼B
15. Uma entidade pode deter títulos e empréstimos para fins negociais ou
comerciais, situação em que são similares a inventários adquiridos
especificamente para revenda. Por isso, os fluxos de caixa provenien
tes da compra e venda de títulos para negociar ou comercializar são
classificados como actividades operacionais. De forma semelhante, os
adiantamentos de caixa e empréstimos feitos por instituições financei
ras são geralmente classificados como actividades operacionais desde
que se relacionem com as principais actividades geradoras de rédito
dessa entidade.
Actividades de investimento
▼M22
16. A divulgação separada dos fluxos de caixa provenientes das activida
des de investimento é importante porque os fluxos de caixa represen
tam a extensão pela qual os dispêndios foram feitos relativamente a
recursos destinados a gerar rendimento e fluxos de caixa futuros.
Apenas os dispêndios que resultam num activo reconhecido na de
monstração da posição financeira são elegíveis para classificação
como actividades de investimento. São exemplos de fluxos de caixa
provenientes de actividades de investimento:
▼B
a) pagamentos de caixa para aquisição de activos fixos tangíveis,
intangíveis e outros activos a longo prazo. Estes pagamentos in
cluem os relacionados com custos de desenvolvimento capitaliza
dos e activos fixos tangíveis autoconstruídos;
▼B
c) pagamentos de caixa para aquisição de instrumentos de capital
próprio ou de dívida de outras entidades e de interesses em em
preendimentos conjuntos (que não sejam pagamentos dos instru
mentos considerados como sendo equivalentes de caixa ou detidos
para fins negociáveis ou comercializáveis);
Actividades de financiamento
17. A divulgação separada de fluxos de caixa provenientes das actividades
de financiamento é importante porque é útil na predição de reivindi
cações futuras de fluxos de caixa pelos fornecedores de capitais à
entidade. São exemplos de fluxos de caixa provenientes de actividades
de financiamento:
▼B
O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS
18. Uma entidade deve relatar os fluxos de caixa provenientes de activi
dades operacionais usando um dos dois:
20. Pelo método indirecto, o fluxo de caixa líquido das actividades ope
racionais é determinado pelo ajustamento dos lucros ou prejuízos
relativamente aos efeitos de:
b) itens que não sejam por caixa, tais como depreciações, provisões,
impostos diferidos, perdas e ganhos não realizados de moeda es
trangeira, lucros de associadas não distribuídos e ►M11 interesses
que não controlam ◄; e
▼B
O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LÍQUIDA
22. Os fluxos de caixa provenientes das actividades operacionais, de in
vestimento e de financiamento seguintes podem ser relatados numa
base líquida:
▼B
28. Os ganhos e as perdas não realizados provenientes de alterações de
taxas de câmbio de moeda estrangeira não são fluxos de caixa. Porém,
o efeito das alterações das taxas de câmbio sobre caixa e seus equi
valentes detidos ou devidos numa moeda estrangeira é relatado na
demonstração dos fluxos de caixa a fim de reconciliar caixa e seus
equivalentes no começo e no fim do período. Esta quantia é apresen
tada separadamente da dos fluxos de caixa das actividades operacio
nais, de investimento e de financiamento e inclui as diferenças, se as
houver, caso esses fluxos de caixa tivessem sido relatados às taxas de
câmbio do fim do período.
29. [Eliminado]
30. [Eliminado]
JUROS E DIVIDENDOS
31. Cada um dos fluxos de caixa de juros e dividendos recebidos e pagos
deve ser separadamente divulgado. Cada um deve ser classificado de
maneira consistente de período para período como actividade opera
cional, de investimento ou de financiamento.
▼M1
32. A quantia total de juros pagos durante um período deve ser divulgada
na demonstração dos fluxos de caixa quer tenha sido reconhecida
como um gasto ►M5 nos lucros ou prejuízos ◄ quer tenha sido
capitalizada de acordo com a IAS 23 Custos de Empréstimos Obtidos.
▼B
33. Os juros pagos e os juros e dividendos recebidos são geralmente
classificados como fluxos de caixa operacionais quanto a uma ins
tituição financeira. Porém, não há consenso sobre a classificação des
tes fluxos de caixa relativos a outras entidades. Os juros pagos e juros
e dividendos recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa
operacionais porque entram na determinação dos lucros ou prejuízos.
Alternativamente, os juros pagos e os juros e dividendos recebidos
podem ser classificados como fluxos de caixa de financiamento e
fluxos de caixa de investimento respectivamente porque são custos
de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre o investimento.
▼B
36. Os impostos sobre o rendimento provêm de transacções que dão
origem a fluxos de caixa que são classificados como actividades
operacionais, de investimento ou de financiamento numa demonstra
ção dos fluxos de caixa. Enquanto o gasto de impostos pode ser
prontamente identificável com as actividades de financiamento ou
de investimento, os fluxos de caixa relacionados com impostos são
muitas vezes de identificação impraticável, podendo surgir num pe
ríodo diferente dos fluxos de caixa da operação subjacente. Por isso,
os impostos pagos são geralmente classificados como fluxos de caixa
das actividades operacionais. Porém, quando for praticável identificar
o fluxo de caixa de impostos com transacções individuais que dão
origem a fluxos de caixa que são classificados como actividades de
investimento ou de financiamento, o fluxo de caixa de impostos é
classificado como uma actividade de investimento ou de financiamen
to, como for apropriado. Quando os fluxos de caixa de impostos
forem imputados a mais do que uma classe de actividade, deve ser
divulgada a quantia total de impostos pagos.
38. Uma entidade que divulgue o seu interesse numa associada ou num
empreendimento conjunto utilizando o método da equivalência patri
monial inclui na sua demonstração de fluxos de caixa os fluxos de
caixa respeitantes aos seus investimentos na associada ou empreendi
mento conjunto e as distribuições e outros pagamentos ou recebimen
tos entre si e a associada ou o empreendimento conjunto.
▼M11
(d) a quantia dos activos e passivos que não sejam caixa ou seus
equivalentes nas subsidiárias ou outras actividades empresariais
sobre as quais o controlo é obtido ou perdido, resumida por
cada categoria principal.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 57
▼M38
40.A. Uma entidade de investimento, tal como definido na IFRS 10 De
monstrações Financeiras Consolidadas, não precisa de aplicar os pa
rágrafos 40, alínea c), ou 40, alínea d), a um investimento numa
subsidiária que deva ser mensurada pelo justo valor através dos re
sultados.
▼M11
41. A apresentação separada dos efeitos dos fluxos de caixa da obtenção
ou perda de controlo de subsidiárias e de outras actividades empresa
riais em linhas de itens autónomas, juntamente com a divulgação
separada das quantias dos activos e de passivos adquiridos ou dispo
nibilizados, contribui para distinguir esses fluxos de caixa dos fluxos
de caixa provenientes das outras actividades operacionais, de investi
mento e de financiamento. Os efeitos dos fluxos de caixa da perda de
controlo não são deduzidos dos resultantes da obtenção de controlo.
▼M38
42.A. Os fluxos de caixa resultantes de alterações nos interesses de proprie
dade numa subsidiária que não resultam em perda de controlo devem
ser classificados como fluxos de caixa de atividades de financiamento,
a menos que a subsidiária seja detida por uma entidade de investi
mento, tal como definido na IFRS 10, e deva ser mensurada pelo justo
valor através dos resultados.
▼B
▼B
46. Devido à variedade das práticas de gestão de caixa e de acordos
bancários em todo o mundo e a fim de haver conformidade com a
IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras, uma entidade
divulga a política que adopta na determinação da composição de caixa
e seus equivalentes.
OUTRAS DIVULGAÇÕES
48. Uma entidade deve divulgar, juntamente com um comentário da ge
rência, a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes
detidos pela entidade que não estejam disponíveis para uso do grupo.
50. Pode ser relevante informação adicional para os utentes para com
preensão da posição financeira e liquidez de uma entidade.
Encoraja-se a divulgação desta informação, juntamente com um co
mentário da gerência, podendo incluir:
▼M32
__________
▼B
c) a quantia agregada de fluxos de caixa que representem aumentos
na capacidade operacional separadamente dos fluxos de caixa que
sejam exigidos para manter a capacidade operacional; e
▼B
52. A divulgação de fluxos de caixa por segmentos facilita aos utentes a
obtenção de melhor compreensão da relação entre os fluxos de caixa
da empresa como um todo e os fluxos das suas partes componentes e
a disponibilidade e a variabilidade dos fluxos de caixa por segmentos.
DATA DE EFICÁCIA
53. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
que cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Janeiro de
1994.
▼M11
54. A IAS 27 (tal como emendada pelo International Accounting Stan
dards Board em 2008) emendou os parágrafos 39—42 e adicionou os
parágrafos 42A e 42B. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos
períodos anuais com início em ou após 1 de Julho de 2009. Se uma
entidade aplicar a IAS 27 (emendada em 2008) a um período anterior,
as emendas deverão ser aplicadas a esse período anterior. As emendas
devem ser aplicadas retrospectivamente.
▼M8
55. O parágrafo 14 foi alterado com base no documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade
aplicar a emenda durante um período anterior deve divulgar esse facto
e aplicar o parágrafo 68A da IAS 16.
▼M22
56. O parágrafo 16 foi emendado pelo documento Melhoramentos Intro
duzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2010. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
▼M32
57. A IFRS 10 e a IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitidas em Maio de
2011, emendaram os parágrafos 37, 38 e 42B e suprimiram o pará
grafo 50(b). Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 10 e a IFRS 11.
▼M38
58. O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou os parágrafos
42A e 42B e inseriu o parágrafo 40A. Uma entidade deve aplicar
estas emendas em relação aos períodos anuais com início em ou após
1 de janeiro de 2014. É permitida a aplicação antecipada do docu
mento Entidades de Investimento. Se uma entidade aplicar as emendas
de forma antecipada, deve também aplicar todas as emendas incluídas
no documento Entidades de Investimento ao mesmo tempo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 60
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 8
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é prescrever os critérios para a selecção e a
alteração de políticas contabilísticas, juntamente com o tratamento
contabilístico e a divulgação de alterações nas políticas contabilísticas,
alterações nas estimativas contabilísticas e correcções de erros. A
Norma destina-se a melhorar a relevância e a fiabilidade das demons
trações financeiras de uma entidade, e a comparabilidade dessas de
monstrações financeiras ao longo do tempo com as demonstrações
financeiras de outras entidades.
ÂMBITO
3. Esta Norma deve ser aplicada na selecção e na aplicação de políticas
contabilísticas, e na contabilização de alterações nas políticas conta
bilísticas, de alterações nas estimativas contabilísticas e de correcções
de erros de períodos anteriores.
DEFINIÇÕES
5. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼B
Material — As omissões ou distorções de itens são materiais se
puderem, individual ou colectivamente, influenciar as decisões econó
micas ►M5 que os utentes tomam ◄ com base nas demonstrações
financeiras. A materialidade depende da dimensão e da natureza da
omissão ou distorção ajuizada nas circunstâncias que a rodeiam. A
dimensão ou a natureza do item, ou uma combinação de ambas, pode
ser o factor determinante.
de outra informação.
▼B
b) o reconhecimento do efeito da alteração na estimativa contabilística
nos períodos corrente e futuros afectados pela alteração.
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
▼B
8. As IFRS estabelecem políticas contabilísticas que o IASB concluiu
resultarem em demonstrações financeiras contendo informação rele
vante e fiável sobre as transacções, outros acontecimentos e condições
a que se aplicam. Essas políticas não precisam de ser aplicadas
quando o efeito da sua aplicação for imaterial. Contudo, não é apro
priado fazer, ou deixar por corrigir, afastamentos imateriais das IFRS
para alcançar uma determinada apresentação da posição financeira,
desempenho financeiro ou fluxos de caixa de uma entidade.
▼M8
9. As IFRS são acompanhadas de orientações para assistir as entidades
na aplicação dos seus requisitos. Todas as orientações indicam se
fazem parte integrante das IFRS. As orientações que fazem parte
integrante das IFRS são obrigatórias. As orientações que não fazem
parte integrante das IFRS não contêm requisitos aplicáveis às demons
trações financeiras.
▼B
10. Na ausência de uma ►M5 IFRS ◄ que se aplique especificamente a
uma transacção, outro acontecimento ou condição, a gerência fará
julgamentos no desenvolvimento e na aplicação de uma política con
tabilística que resulte em informação que seja:
▼M8
11. Ao fazer os julgamentos descritos no parágrafo 10, a gerência deve
consultar e considerar a aplicabilidade das seguintes fontes por ordem
descendente:
▼B
12. Ao fazer os julgamentos descritos no parágrafo 10, a gerência pode
também considerar as mais recentes tomadas de posição de outros
órgãos normalizadores que usem uma estrutura conceptual semelhante
para desenvolver normas de contabilidade, outra literatura contabilís
tica e práticas aceites do sector, até ao ponto em que estas não entrem
em conflito com as fontes enunciadas no parágrafo 11.
▼B
18. Os parágrafos 19.-31. não se aplicam à alteração na política contabi
lística descrita no parágrafo 17.
Aplicação retrospectiva
22. Sujeito ao parágrafo 23, quando uma alteração na política contabilís
tica é aplicada retrospectivamente de acordo com os parágrafos 19.a)
ou b), a entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente
do capital próprio afectado para o período anterior mais antigo apre
sentado e as outras quantias comparativas divulgadas para cada pe
ríodo anterior apresentado como se a nova política contabilística ti
vesse sempre sido aplicada.
▼B
26. Quando uma entidade aplicar uma nova política contabilística retros
pectivamente, ela aplica a nova política contabilística à informação
comparativa de períodos anteriores tão antigos quanto for praticável.
A aplicação retrospectiva a um período anterior não é praticável a
menos que seja praticável determinar o efeito cumulativo nas quantias
►M5 das demonstrações da posição financeira ◄ de abertura e de
fecho desse período. A quantia do ajustamento resultante relacionado
com períodos anteriores aos apresentados nas demonstrações financei
ras é feita para o saldo de abertura de cada componente do capital
próprio afectado do período anterior mais antigo apresentado. Normal
mente, o ajustamento é feito nos resultados retidos. Contudo, o ajus
tamento pode ser feito noutro componente do capital próprio (por
exemplo, para cumprir uma ►M5 IFRS ◄). Qualquer outra infor
mação sobre períodos anteriores, tal como resumos históricos de da
dos financeiros, é também ajustada para períodos tão antigos quanto
for praticável.
27. Quando for impraticável a uma entidade aplicar uma nova política
contabilística retrospectivamente, porque não pode determinar o efeito
cumulativo da aplicação da política a todos os períodos anteriores, a
entidade, de acordo com o parágrafo 25., aplica a nova política pros
pectivamente desde o início do período mais antigo praticável. Por
isso, ela ignora a parte do ajustamento cumulativo nos activos, pas
sivos e capital próprio que surja antes dessa data. A alteração numa
política contabilística é permitida mesmo que seja impraticável aplicar
a política prospectivamente a qualquer período anterior. Os parágrafos
50.-53. proporcionam orientação sobre quando é impraticável aplicar
uma nova política contabilística a um ou mais períodos anteriores.
Divulgação
28. Quando a aplicação inicial de uma Norma ou de uma Interpretação
tiver efeitos no período corrente ou em qualquer período anterior,
pudesse ter tais efeitos nesse período mas seja impraticável determinar
a quantia do ajustamento, ou puder ter efeitos em períodos futuros,
uma entidade deve divulgar:
▼B
As demonstrações financeiras de períodos posteriores não precisam de
repetir estas divulgações.
30. Quando uma entidade não tiver aplicado uma nova ►M5 IFRS ◄
que tenha sido emitida mas que ainda não esteja em vigor, a entidade
deve divulgar:
a) esse facto; e
e) ou:
▼B
ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS
32. Como consequência das incertezas inerentes às actividades empresa
riais, muitos itens nas demonstrações financeiras não podem ser men
surados com precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa
envolve julgamentos baseados na última informação disponível e fiá
vel. Por exemplo, podem ser exigidas estimativas de:
a) dívidas incobráveis;
36. O efeito de uma alteração numa estimativa contabilística, que não seja
uma alteração à qual se aplique o parágrafo 37., deve ser reconhecido
prospectivamente incluindo-o nos lucros ou prejuízos de:
▼B
Divulgação
39. Uma entidade deve divulgar a natureza e a quantia de uma alteração
numa estimativa contabilística que tenha um efeito no período cor
rente ou se espera que tenha um efeito em futuros períodos, excepto
no que respeita à divulgação do efeito em futuros períodos quando for
impraticável calcular esse efeito.
ERROS
41. Podem surgir erros no que respeita ao reconhecimento, mensuração,
apresentação ou divulgação de elementos de demonstrações financei
ras. As demonstrações financeiras não estão em conformidade com as
IFRS se contiverem erros materiais ou erros imateriais feitos intencio
nalmente para alcançar uma determinada apresentação da posição fi
nanceira, desempenho financeiro ou fluxos de caixa de uma entidade.
Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse período são
corrigidos antes de as demonstrações financeiras serem autorizadas
para emissão. Contudo, os erros materiais por vezes não são desco
bertos senão num período posterior, e estes erros de períodos anterio
res são corrigidos na informação comparativa apresentada nas
demonstrações financeiras desse período posterior (ver parágrafos
42.-47.).
42. Sujeita ao parágrafo 43, uma entidade deve corrigir os erros materiais
de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de
demonstrações financeiras autorizadas para emissão após a sua desco
berta por:
▼B
46. A correcção de um erro de um período anterior é excluída dos lucros
ou prejuízos do período em que o erro é descoberto. Qualquer infor
mação apresentada sobre períodos anteriores, incluindo qualquer re
sumo histórico de dados financeiros, é reexpressa para períodos tão
antigos quanto for praticável.
▼B
51. É frequentemente necessário fazer estimativas da aplicação de uma
política contabilística a elementos das demonstrações financeiras
reconhecidos ou divulgados com respeito a transacções, outros
acontecimentos ou condições. A estimativa é inerentemente subjecti
va, e as estimativas podem ser desenvolvidas ►M5 após o período
de relato ◄. O desenvolvimento de estimativas é potencialmente
mais difícil quando se aplica retrospectivamente uma política conta
bilística ou se faz uma reexpressão retrospectiva para corrigir um erro
de um período anterior, devido ao período de tempo mais longo que
pode ter decorrido desde que ocorreu a transacção, outro aconteci
mento ou condição afectado. Contudo, o objectivo das estimativas
relacionadas com períodos anteriores permanece o mesmo que para
as estimativas feitas no período corrente, nomeadamente, que a esti
mativa reflicta as circunstâncias que existiam quando a transacção,
outro acontecimento ou condição ocorreu.
▼M33
52. Por isso, aplicar retrospectivamente uma nova política contabilística
ou corrigir um erro de um período anterior exige que se distinga a
informação que:
▼B
53. Não deve ser usada percepção ao aplicar uma nova política contabi
lística a, ou ao corrigir quantias para, um período anterior, quer ao
fazer suposições sobre quais teriam sido as intenções da gerência num
período anterior, quer ao estimar as quantias reconhecidas, mensura
das ou divulgadas num período anterior. Por exemplo, quando uma
entidade corrige um erro de um período anterior na mensuração de
activos financeiros previamente classificados como investimentos de
tidos até à maturidade de acordo com a IAS 39 Instrumentos Finan
ceiros: Reconhecimento e Mensuração, ela não altera a respectiva
base de mensuração para esse período se a gerência tiver decidido
mais tarde não os deter até à maturidade. Além disso, quando uma
entidade corrige um erro de um período anterior ao calcular o seu
passivo relativo a baixa por doença acumulada dos empregados de
acordo com a IAS 19 Benefícios dos Empregados, ela ignora infor
mação sobre uma época de gripe invulgarmente grave durante o pe
ríodo seguinte que se tornou disponível depois de as demonstrações
financeiras do período anterior terem sido autorizadas para emissão. O
facto de estimativas significativas serem frequentemente exigidas
quando se emenda informação comparativa apresentada para períodos
anteriores não impede o ajustamento ou a correcção fiável da infor
mação comparativa.
DATA DE EFICÁCIA
54. Uma entidade deve aplicar esta Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta Norma a um período que tenha início
antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 71
▼M33
54.C. A IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor, emitida em Maio de 2011,
emendou o parágrafo 52. Uma entidade deve aplicar esta emenda
quando aplicar a IFRS 13.
▼B
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 10
▼M5
Acontecimentos após o Período de Relato
▼B
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever:
A Norma também exige que uma entidade não deve preparar as suas
demonstrações financeiras numa base de continuidade se os aconteci
mentos ►M5 após o período de relato ◄ indicarem que o pressu
posto da continuidade não é apropriado.
ÂMBITO
2. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização e divulgação de
acontecimentos ►M5 após o período de relato ◄.
DEFINIÇÕES
3. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼B
5. Nalguns casos, exige-se que uma entidade apresente as suas demons
trações financeiras aos seus accionistas para aprovação após as de
monstrações financeiras terem sido emitidas. Em tais casos, as de
monstrações financeiras são autorizadas para emissão na data de emis
são e não na data em que os accionistas aprovam as demonstrações
financeiras.
Exemplo
Exemplo
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
▼B
9. Seguem-se exemplos de acontecimentos ►M5 após o período de
relato ◄ que dão lugar a ajustamentos e que exigem que uma enti
dade ajuste as quantias reconhecidas nas suas demonstrações financei
ras, ou que reconheça itens que não foram anteriormente reconheci
dos:
▼B
Dividendos
12. Se uma entidade declara dividendos a detentores de instrumentos de
capital próprio (conforme definido na IAS 32 Instrumentos Financei
ros: Apresentação) ►M5 após o período de relato ◄, a entidade não
deve reconhecer esses dividendos como um passivo ►M5 no fim do
período de relato ◄.
▼M17
13. Se os dividendos forem declarados após o período de relato, mas
antes de as demonstrações financeiras terem sido autorizadas para
emissão, os dividendos não são reconhecidos como um passivo no
final do período de relato porque não existe qualquer obrigação nessa
altura. Tais dividendos são divulgados nas notas de acordo com a IAS
1 Apresentação das Demonstrações Financeiras.
▼B
CONTINUIDADE
14. Uma entidade não deve preparar as suas demonstrações financeiras
numa base de continuidade se a gerência determinar ►M5 após o
período de relato ◄ que pretende ou liquidar a entidade ou cessar de
negociar, ou que não tem alternativa realista senão fazê-lo.
DIVULGAÇÃO
▼B
20. Nalguns casos, uma entidade necessita de actualizar as divulgações
nas suas demonstrações financeiras para reflectir as informações rece
bidas ►M5 após o período de relato ◄, mesmo quando as informa
ções não afectam as quantias que a entidade reconhece nas suas
demonstrações financeiras. Um exemplo da necessidade de actualizar
divulgações é quando fica disponível evidência ►M5 após o período
de relato ◄ acerca de um passivo contigente que existia ►M5 no
fim do período de relato ◄. Além de considerar se deve ou não
reconhecer ou alterar uma provisão segundo a IAS 37, uma entidade
actualiza as suas divulgações acerca do passivo contigente à luz dessa
evidência.
a) a natureza do evento; e
▼B
i) assunção de compromissos ou passivos contingentes significativos,
por exemplo, pela emissão de garantias significativas; e
j) iniciar litígios importantes que provenham unicamente de aconte
cimentos que ocorreram ►M5 após o período de relato ◄.
DATA DE EFICÁCIA
23. Uma entidade deve aplicar esta Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta Norma a um período que tenha início
antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
▼M33
23.A. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou o parágrafo 11. Uma
entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
▼B
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 11
Contratos de Construção
OBJECTIVO
O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico de réditos
e custos associados a contratos de construção. Por força da natureza da actividade
subjacente aos contratos de construção, a data em que a actividade do contrato é
iniciada e a data em que a actividade é concluída caem geralmente em períodos
contabilísticos diferentes. Por isso, o assunto primordial na contabilização dos
contratos de construção é a imputação do rédito do contrato e dos custos do
contrato aos períodos contabilísticos em que o trabalho de construção seja exe
cutado. Esta Norma usa os critérios de reconhecimento estabelecidos na Estru
tura Conceptual para a Preparação e Apresentação das Demonstrações Finan
ceiras para determinar quando os réditos do contrato e os custos do contrato
devam ser reconhecidos como réditos e gastos na ►M5 demonstração do ren
dimento integral ◄. Ela também proporciona orientação prática na aplicação
destes critérios.
ÂMBITO
1. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização dos contratos de
construção nas demonstrações financeiras de entidades contratadas.
DEFINIÇÕES
3. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼B
5. Para os fins desta Norma, os contratos de construção incluem:
▼B
b) o preço do activo seja negociado sem atenção ao preço original do
contrato.
RÉDITO DO CONTRATO
11. O rédito do contrato deve compreender:
13. Uma variação é uma instrução dada pelo cliente para uma alteração no
âmbito do trabalho a ser executado segundo o contrato. Uma variação
pode conduzir a um aumento ou a uma diminuição no rédito do
contrato. Exemplos de variações são as alterações nas especificações
ou na concepção do activo e alterações na duração do contrato. Uma
variação é incluída no rédito do contrato quando:
▼B
b) a quantia que seja provável ser aceite pelo cliente possa ser fia
velmente mensurada.
CUSTOS DO CONTRATO
16. Os custos do contrato devem compreender:
a) seguros;
▼B
c) gastos gerais de construção.
b) custos de vender;
▼B
c) tanto os custos do contrato para o acabar como a fase de acaba
mento do contrato na data ►M5 da demonstração da posição
financeira ◄ possam ser fiavelmente mensurados; e
27. Uma entidade contratada pode ter incorrido em custos do contrato que
se relacionem com a actividade futura de contrato. Tais custos são
reconhecidos como um activo desde que seja provável que sejam
recuperados. Tais custos representam uma quantia devida pelo cliente
e muitas vezes são classificados como trabalho em curso do contrato.
▼B
É também normalmente necessário que a entidade tenha um sistema
eficaz de orçamentação e de relato financeiro. A entidade passa em
revista e, quando necessário, revê as estimativas do rédito do contrato
e dos custos do contrato à medida que o trabalho progride. A neces
sidade de tais revisões não indica necessariamente que o desfecho do
contrato não possa ser estimado com fiabilidade.
▼B
34. Os custos do contrato que não seja provável serem recuperados são
reconhecidos imediatamente como um gasto. Exemplos das circuns
tâncias em que a recuperabilidade dos custos do contrato incorridos
pode não ser provável e em que os custos do contrato podem ter de
ser reconhecidos como um gasto incluem contratos:
35. Quando já não existirem as incertezas que impediram que fosse fia
velmente estimado o desfecho do contrato, o rédito e os gastos asso
ciados ao contrato de construção devem ser reconhecidos de acordo
com o parágrafo 22. e não de acordo com o parágrafo 32.
DIVULGAÇÃO
39. Uma entidade deve divulgar:
▼B
40. Uma entidade deve divulgar o que se segue para os contratos em
curso ►M5 no fim do período de relato ◄:
a) a quantia agregada de custos incorridos e lucros reconhecidos
(menos perdas reconhecidas) até à data;
b) a quantia de adiantamentos recebidos; e
c) a quantia de retenções.
41. Retenções são quantias de facturas progressivas que só são pagas
depois da satisfação das condições especificadas no contrato para o
pagamento de tais quantias ou até que os defeitos tenham sido recti
ficados. As facturas progressivas são quantias facturadas do trabalho
executado de um contrato, tenham ou não sido pagas pelo cliente.
Adiantamentos são quantias recebidas pela entidade contratada antes
que o respectivo trabalho seja executado.
42. Uma entidade deve apresentar:
a) como um activo, a quantia bruta devida por clientes relativa aos
trabalhos do contrato; e
b) como um passivo, a quantia bruta devida a clientes relativa aos
trabalhos do contrato.
43. A quantia bruta devida por clientes relativa aos trabalhos do contrato é
a quantia líquida de:
a) custos incorridos mais lucros reconhecidos; menos
b) o somatório das perdas reconhecidas e da facturação progressiva
para todos os contratos em curso relativamente aos quais os custos
incorridos mais os lucros reconhecidos (menos perdas reconhecidas)
excedam as facturas progressivas.
44. A quantia bruta devida a clientes pelos trabalhos do contrato é a
quantia líquida de:
a) custos incorridos mais lucros reconhecidos; menos
b) o somatório das perdas reconhecidas e da facturação progressiva
para todos os contratos em curso relativamente aos quais a facturação
em curso exceda os custos incorridos mais os lucros reconhecidos
(menos perdas reconhecidas).
45. Uma entidade divulga quaisquer activos e passivos contingentes de
acordo com a IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos
Contingentes. Os passivos contingentes e os activos contingentes po
dem provir de itens tais como custos de garantias, reivindicações,
penalidades ou possíveis perdas.
DATA DE EFICÁCIA
46. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
que cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Janeiro de
1995.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 87
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 12
OBJECTIVO
O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico dos
impostos sobre o rendimento. O assunto principal na contabilização dos impostos
sobre o rendimento é o de como contabilizar os impostos correntes e futuros
consequentes de:
Esta Norma exige que uma entidade contabilize as consequências fiscais das
transacções e outros acontecimentos da mesma forma que contabiliza as próprias
transacções e outros acontecimentos. ►M5 Relativamente a transacções e outros
acontecimentos reconhecidos fora dos lucros ou prejuízos (em outro rendimento
integral ou directamente no capital próprio), quaisquer efeitos fiscais relacionados
também são reconhecidos fora dos lucros ou prejuízos (em outro rendimento
integral ou directamente no capital próprio, respectivamente). ◄ No que diz
respeito a transacções e outros acontecimentos reconhecidos directamente no
capital próprio, qualquer efeito fiscal relacionado também é reconhecido directa
mente no capital próprio. ►M12 Do mesmo modo, o reconhecimento de activos
e passivos por impostos diferidos numa concentração de actividades empresariais
afecta a quantia de goodwill resultante dessa concentração de actividades em
presariais ou a quantia reconhecida do ganho com a compra a preço baixo. ◄
Esta Norma trata também do reconhecimento dos activos por impostos diferidos
provenientes de perdas fiscais não usadas ou de créditos fiscais não usados, da
apresentação de impostos sobre o rendimento nas demonstrações financeiras e da
divulgação da informação relacionada com impostos sobre o rendimento.
ÂMBITO
1. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de impostos sobre o
rendimento.
3. [Eliminado]
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 88
▼B
4. Esta Norma não trata dos métodos de contabilização dos subsídios
governamentais (ver a IAS 20 Contabilização dos Subsídios Gover
namentais e Divulgação de Apoios Governamentais) ou de créditos
fiscais por investimentos. Porém, esta Norma trata da contabilização
das diferenças temporárias que possam surgir desses subsídios ou
créditos fiscais por investimentos.
DEFINIÇÕES
5. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼B
Base fiscal
7. A base fiscal de um activo é a quantia que será dedutível para fina
lidades fiscais contra quaisquer benefícios económicos tributáveis que
fluirão para uma entidade quando ela recupere a quantia escriturada
do activo. Se esses benefícios económicos não forem tributáveis, a
base fiscal do activo é igual à sua quantia escriturada.
Exemplos
___________
(a) Segundo esta análise, não existe diferença temporária tributável. Uma
análise alternativa é que os dividendos acrescidos a receber têm uma
base fiscal nula e uma base fiscal de zero é aplicada à diferença
temporária tributável de 100. Segundo ambas as análises, não há
passivo por impostos diferidos.
Exemplos
▼B
9. Alguns itens têm uma base fiscal mas não são reconhecidos como acti
vos e como passivos ►M5 na demonstração da posição financeira ◄.
Por exemplo, os custos de pesquisa são reconhecidos como um gasto na
determinação do lucro contabilístico no período em que forem incorridos
mas podem não ser permitidos como uma dedução na determinação do
lucro tributável (perda fiscal) senão num período posterior. A diferença
entre a base fiscal dos custos de pesquisa, que é a quantia que as
autoridades fiscais permitirão como dedução em períodos futuros, e a
quantia escriturada nula é uma diferença temporária dedutível que resulta
num activo por impostos diferidos.
▼M33
10. Quando a base fiscal de um activo ou de um passivo não for imedia
tamente evidente, é útil considerar o princípio fundamental em que
esta Norma se baseia: o de que uma entidade deve, com certas ex
cepções limitadas, reconhecer um passivo (activo) por impostos dife
ridos quando a recuperação ou liquidação da quantia escriturada de
um activo ou de um passivo fizer com que os pagamentos futuros de
impostos sejam maiores (menores) do que seriam se tais recuperações
ou liquidações não tivessem consequências fiscais. O exemplo C a
seguir ao parágrafo 51A ilustra circunstâncias em que pode ser útil
considerar este princípio fundamental, por exemplo, quando a base
fiscal de um activo ou de um passivo depender da maneira esperada
da recuperação ou liquidação.
▼B
11. Nas demonstrações financeiras consolidadas, as diferenças temporárias
são determinadas pela comparação das quantias escrituradas de activos
e de passivos nas demonstrações financeiras consolidadas com a base
fiscal apropriada. A base fiscal é determinada por referência a uma
declaração de impostos consolidada nas jurisdições em que tal de
monstração seja preenchida. Noutras jurisdições a base fiscal é deter
minada por referência às declarações de impostos de cada entidade no
grupo.
▼B
14. Quando uma perda fiscal for usada para recuperar impostos correntes
de um período anterior, uma entidade reconhece o benefício como um
activo do período em que a perda fiscal ocorra porque é provável que
o benefício fluirá para a entidade e que o benefício pode ser fiavel
mente mensurado.
Exemplo
▼B
17. Algumas diferenças temporárias surgem quando os rendimentos ou
gastos sejam incluídos no lucro contabilístico de um período, se
bem que sejam incluídos no lucro tributável num período diferente.
Tais diferenças temporárias são muitas vezes descritas como diferen
ças tempestivas. O que se segue são exemplos de diferenças tempo
rárias desta espécie que são diferenças temporárias tributáveis e que
por isso resultam em passivos por impostos diferidos:
▼M12
a) os activos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos numa
concentração de actividades empresariais são reconhecidos pelos
seus justos valores em conformidade com a IFRS 3 Concentra
ções de Actividades Empresariais, mas nenhum ajustamento equi
valente é feito para finalidades fiscais (ver parágrafo 19);
▼B
b) os activos são revalorizados e nenhum ajustamento equivalente é
feito para finalidades fiscais (ver parágrafo 20.);
▼B
e) a quantia escriturada de investimentos em subsidiárias, sucursais
e associadas ou interesses em ►M32 acordos conjuntos ◄
torna-se diferente da base fiscal do investimento ou interesse
(ver parágrafos 38.-45.).
Goodwill
▼M12
21. O goodwill resultante de uma concentração de actividades empresa
riais é mensurado como o excesso da alínea (a) sobre a alínea (b)
adiante:
a) o agregado de:
▼M12
ii) a quantia de qualquer interesse que não controla na adquirida
reconhecida em conformidade com a IFRS 3; e
▼B
Muitas autoridades fiscais não permitem reduções na quantia escritu
rada do goodwill como um gasto dedutível na determinação do lucro
tributável. Além disso, nessas jurisdições, o custo do goodwill é mui
tas vezes não dedutível quando uma subsidiária aliena a sua actividade
empresarial subjacente. Nessas jurisdições, o goodwill tem uma base
fiscal de zero. Qualquer diferença entre a quantia escriturada de good
will e a sua base fiscal de zero é uma diferença temporária tributável.
Contudo, esta Norma não permite o reconhecimento do passivo por
impostos diferidos resultante porque o goodwill é mensurado como
residual e o reconhecimento do passivo por impostos diferidos iria
aumentar a quantia escriturada de goodwill.
▼M12
21.A. As reduções posteriores num passivo por impostos diferidos que não
seja reconhecido por resultar do reconhecimento inicial do goodwill
também são consideradas como resultando do reconhecimento inicial
do goodwill, não sendo portanto reconhecidas segundo o parágra
fo15(a). Por exemplo, se, numa concentração de actividades empresa
riais, uma entidade reconhecer um goodwill de 100 UM que tenha
uma base fiscal de zero, o parágrafo 15(a) proíbe a entidade de
reconhecer o passivo por impostos diferidos resultante. Se a entidade
reconhecer posteriormente uma perda por imparidade de 20 UM para
esse goodwill, a quantia da diferença temporária tributável relacionada
com o goodwill é reduzida de 100 UM para 80 UM, com o decrés
cimo resultante no valor do passivo por impostos diferidos não reco
nhecido. Esse decréscimo no valor do passivo por impostos diferidos
não reconhecido também é visto como estando relacionado com o
reconhecimento inicial do goodwill, estando por isso proibido de ser
reconhecido segundo o parágrafo 15(a).
▼B
Reconhecimento inicial de um activo ou passivo
▼M12
22. Uma diferença temporária pode surgir no reconhecimento inicial de
um activo ou passivo, por exemplo, se parte ou todo o custo de um
activo não for dedutível para finalidades de impostos. O método de
contabilizar tal diferença temporária depende da natureza da transac
ção que conduziu ao reconhecimento inicial do activo ou passivo:
▼B
b) se a transacção afectar o lucro contabilístico ou o lucro tributável,
uma entidade reconhecerá qualquer passivo ou activo por impostos
diferidos e reconhecerá o resultante gasto ou rendimento por
impostos diferidos ►M5 nos lucros ou prejuízos ◄ (ver pará
grafo 59.);
▼B
23. De acordo com a IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação, o
emitente de um instrumento financeiro composto (por exemplo, uma
obrigação convertível) classifica o componente passivo do instrumento
como um passivo e o componente do capital próprio como capital
próprio. Em algumas jurisdições, a base fiscal do componente passivo
no reconhecimento inicial é igual à quantia escriturada inicial da soma
dos componentes do passivo e do capital próprio. A diferença tempo
rária tributável resultante surge do reconhecimento inicial do compo
nente do capital próprio separadamente do componente do passivo.
Por isso, a excepção estabelecida no parágrafo 15.b) não se aplica.
Consequentemente, uma entidade reconhece o resultante passivo por
impostos diferidos. ►M5 De acordo com o parágrafo 61A, o imposto
diferido é directamente debitado à quantia escriturada do componente
do capital próprio. De acordo com o parágrafo 58, alterações subse
quentes no passivo por impostos diferidos são reconhecidas nos lucros
ou prejuízos como gastos (rendimento) por impostos diferidos. ◄
Exemplo
▼B
▼M12
c) com excepções limitadas, uma entidade reconhece os activos iden
tificáveis adquiridos e os passivos assumidos numa concentração
de actividades empresariais pelos seus justos valores à data de
aquisição. Quando um passivo assumido for reconhecido à data
da aquisição, mas os custos relacionados não forem deduzidos ao
determinar os lucros tributáveis até um período posterior, resulta
uma diferença temporária dedutível que origina um activo por
impostos diferidos. Um activo por impostos diferidos também re
sulta quando o justo valor de um activo identificável adquirido for
inferior à sua base fiscal. Em ambos os casos, o activo por im
postos diferidos resultante afecta o goodwill (ver parágrafo 66); e
▼B
d) certos activos podem ser escriturados pelo justo valor, ou podem
ser revalorizados, sem que um ajustamento equivalente seja feito
para finalidades de impostos (ver parágrafo 20.). Uma diferença
temporária dedutível surge se a base fiscal do activo exceder a sua
quantia escriturada.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 98
▼B
27. A reversão de diferenças temporárias dedutíveis resulta em deduções
na determinação de lucros tributáveis de períodos futuros. Contudo, os
benefícios económicos na forma de reduções nos pagamentos de im
postos fluirão para a entidade somente se ela obtiver lucros tributáveis
suficientes contra os quais as deduções possam ser compensadas. Por
isso, uma entidade reconhece activos por impostos diferidos somente
quando for provável que lucros tributáveis estarão disponíveis contra
os quais as diferenças temporárias dedutíveis possam ser utilizadas.
28. É provável que lucro tributável esteja disponível e contra o qual uma
diferença temporária dedutível possa ser utilizada quando haja dife
renças temporárias tributáveis suficientes relacionadas com a mesma
autoridade fiscal e com a mesma entidade tributável que se esperem
inverter:
▼B
Quando as oportunidades de planeamento de impostos anteciparem
lucros tributáveis de um período posterior para um período anterior,
a utilização de uma perda fiscal ou de um crédito fiscal a transportar
ainda depende da existência de lucros tributáveis futuros provenientes
de fontes que não originem futuras diferenças temporárias.
32. [Eliminado]
▼M12
Goodwill
32.A. Se a quantia escriturada do goodwill resultante de uma concentração
de actividades empresariais for menor do que a sua base fiscal, a
diferença dá origem a um activo por impostos diferidos. O activo
por impostos diferidos resultante do reconhecimento inicial do good
will deve ser reconhecido como parte da contabilização de uma con
centração de actividades empresariais até ao ponto em que seja pro
vável que exista um lucro tributável relativamente ao qual a diferença
temporária dedutível possa ser usada.
▼B
Reconhecimento inicial de um activo ou passivo
33. Um caso em que um activo por impostos diferidos surja no reconhe
cimento inicial de um activo dá-se quando um subsídio governamental
não tributável relacionado com um activo seja deduzido para chegar à
quantia escriturada do activo, mas, para finalidades de impostos, não
seja deduzida da quantia depreciável do activo (por outras palavras, a
sua base fiscal); a quantia escriturada do activo é menor do que a sua
base fiscal e isto dá origem a uma diferença temporária dedutível. Os
subsídios governamentais podem ser também considerados como ren
dimentos diferidos no caso em que a diferença entre o rendimento
diferido e a sua base fiscal nula é uma diferença temporária dedutível.
Qualquer que seja o método de apresentação que uma entidade adop
te, a entidade não reconhece o activo por impostos diferidos resultante
pela razão dada no parágrafo 22.
▼B
36. Uma entidade considera os critérios seguintes na avaliação da proba
bilidade de que estará disponível lucro tributável contra o qual perdas
fiscais não usadas ou créditos fiscais não usados possam ser utiliza
dos:
Até ao ponto em que não seja provável que lucros tributáveis estejam
disponíveis contra os quais as perdas fiscais não usadas ou créditos
fiscais não usados possam ser utilizados, o activo por impostos dife
ridos não é reconhecido.
▼B
c) uma redução na quantia escriturada de um investimento numa
associada para a sua quantia recuperável.
▼M32
39. Uma entidade deve reconhecer um passivo por impostos diferidos
para todas as diferenças temporárias tributáveis associadas aos
investimentos em subsidiárias, sucursais e associadas e interesses
em acordos conjuntos, exceto na medida em que ambas as seguin
tes condições se encontrem preenchidas:
▼B
b) seja provável que a diferença temporária não reverterá no futuro
previsível.
▼M32
43. O acordo entre as partes de um acordo conjunto trata geralmente da
distribuição dos lucros e identifica se as decisões sobre tais assuntos
exigem ou não o consentimento de todas as partes ou de um grupo
das mesmas. Quando o empreendedor conjunto ou o operador con
junto conseguem controlar o momento da distribuição da sua parte
nos lucros do acordo conjunto e é provável que a sua parte dos lucros
não seja distribuída num futuro previsível, não é reconhecido um
passivo por impostos diferidos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 102
▼B
44. Uma entidade deve reconhecer um activo por impostos diferidos para
todas as diferenças temporárias dedutíveis provenientes de investimen
tos em subsidiárias, sucursais e associadas e interesses em
►M32 acordos conjuntos ◄, até ao ponto em que, e somente até
ao ponto em que, seja provável que:
MENSURAÇÃO
46. Os activos (passivos) por impostos correntes dos períodos correntes e
anteriores devem ser mensurados pela quantia que se espera que seja
paga (recuperada de) às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais (e
leis fiscais) que tenham sido decretadas ou substantivamente decreta
das ►M5 no fim do período de relato ◄.
50. [Eliminado]
▼M33
51.A. Em algumas jurisdições, a maneira pela qual uma entidade recupera
(liquida) a quantia escriturada de um activo (passivo) pode afectar, ou
uma ou ambas, de:
▼M33
Exemplo A
Um item do activo fixo tangível tem uma quantia escriturada de 100 e uma base
fiscal de 60. Uma taxa fiscal de 20 % aplicar-se-ia se o item fosse vendido e uma
taxa de tributação de 30 % aplicar-se-ia aos outros rendimentos.
Exemplo B
Um activo fixo tangível com um custo de 100 e uma quantia escriturada de 80 é
reavaliado em 150. Nenhum ajustamento equivalente é feito para finalidades
fiscais. A depreciação acumulada para finalidades fiscais é 30 e a taxa fiscal é
30 %. Se o item for vendido por mais do que o seu custo, a depreciação fiscal
acumulada de 30 será incluída no lucro tributável mas os proventos da venda em
excesso do custo não serão tributáveis.
Total 80 9
(Nota: de acordo com o parágrafo 61A, o imposto diferido adicional que surge
na revalorização é reconhecido em outro rendimento integral).
Exemplo C
Os factos são os mesmos que no exemplo B, excepto que, se o item for vendido
por mais do que o custo, a depreciação acumulada para efeito de impostos será
incluída no rendimento tributável (tributado a 30 %) e os proventos da venda
serão tributados a 40 %, após dedução de um custo ajustado pela inflação de 110.
Se a entidade espera recuperar a quantia escriturada pelo uso do item, isso deve
gerar rendimentos tributáveis de 150, mas somente poderá deduzir depreciação
de 70. Neste caso, a base fiscal é de 70, há uma diferença temporária tributável
de 80 e há um passivo por impostos diferidos de 24 (30 % de 80), como no
exemplo B.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 104
▼M33
Se a entidade espera recuperar a quantia escriturada ao vender imediatamente o
item por proventos de 150, estará em condições de deduzir o custo indexado de
110. Os proventos líquidos de 40 serão tributados a 40 %. Adicionalmente, a
depreciação acumulada para efeitos de impostos de 30 será incluída no rendi
mento tributável e tributada a 30 %. Neste caso, a base fiscal é 80 (110 menos
30), há uma diferença temporária tributável de 70 e há um passivo por impostos
diferidos de 25 (40 % de 40 mais 30 % de 30). Se a base fiscal não for ime
diatamente evidente neste exemplo, será útil considerar o princípio fundamental
estabelecido no parágrafo 10.
(Nota: de acordo com o parágrafo 61A, o imposto diferido adicional que surge
na revalorização é reconhecido em outro rendimento integral).
▼M33
A base fiscal do terreno em caso de revenda é de 40 e há uma diferença
temporária tributável de 20 (60 - 40). A base fiscal do edifício em caso de revenda
é de 30 (60 -30) e há uma diferença temporária tributável de 60 (90 -30). Em
consequência, o total da diferença temporária tributável relacionada com a pro
priedade para investimento é de 80 (20 + 60).
Depreciação acumulada
para efeitos fiscais 30 30 % 9
Proventos em excesso do
custo 50 20 % 10
Total 80 19
Se, pelo contrário, a entidade detém o edifício num modelo empresarial cujo
objectivo é o consumo substancial de todos os benefícios económicos incorpo
rados na propriedade de investimento ao longo do tempo, em vez de o ser por
meio da venda, este pressuposto será refutado no que diz respeito ao edifício.
Contudo, os terrenos não são depreciáveis. Por conseguinte, o pressuposto de
recuperação através da venda não será refutado no que diz respeito ao terreno.
Daqui resulta que o passivo por impostos diferidos deve reflectir as consequên
cias fiscais da recuperação da quantia escriturada do edifício pelo uso e da
quantia escriturada do terreno pela sua venda.
▼B
52.A. Em algumas jurisdições, os impostos sobre o rendimento são pagáveis
a uma taxa maior ou menor se parte ou todo o lucro líquido ou os
resultados retidos for pago como um dividendo aos accionistas da
entidade. Em algumas outras jurisdições, os impostos sobre o rendi
mento podem ser restituíveis ou pagáveis se parte ou todo o lucro
líquido ou os resultados retidos forem pagos como um dividendo aos
accionistas da entidade. Nestas circunstâncias descritas, os activos e
passivos por impostos correntes e diferidos são mensurados à taxa de
imposto aplicável aos lucros não distribuídos.
53. Activos e passivos por impostos diferidos não devem ser descontados.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 107
▼B
54. A determinação fiável de activos e passivos por impostos diferidos
numa base descontada exige calendarização pormenorizada da tem
pestividade da reversão de cada diferença temporária. Em muitos
casos tal calendarização é impraticável ou altamente complexa. Por
isso, é inapropriado exigir desconto de activos e passivos diferidos.
Permitir, mas não exigir, o desconto resultaria em activos e passivos
por impostos diferidos que não seriam comparáveis entre entidades.
Por isso, esta Norma não exige nem permite o desconto de activos e
passivos por impostos diferidos.
▼M5
Itens reconhecidos nos lucros ou prejuízos
▼M38
58. Os impostos correntes e diferidos devem ser reconhecidos como ren
dimento ou gasto e incluídos nos resultados do período, exceto na
medida em que o imposto resulte de:
▼M5
a) uma transacção ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo
ou num diferente período, fora dos lucros ou prejuízos, seja em
outro rendimento integral ou directamente no capital próprio (ver
parágrafos 61A a 65);
▼M38
b) uma concentração de atividades empresariais (que não seja a aqui
sição por uma entidade de investimento, tal como definido na
IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, de uma sub
sidiária que deva ser mensurada pelo justo valor através dos resul
tados) (ver os parágrafos 66 a 68).
▼B
59. A maior parte dos passivos por impostos diferidos e de activos por
impostos diferidos surge quando os rendimentos ou gastos sejam
incluídos no lucro contabilístico num período, se bem que sejam
incluídos no lucro tributável (perda fiscal) noutro período diferente.
O imposto diferido resultante é reconhecido ►M5 nos lucros ou
prejuízos ◄. São exemplos quando:
▼B
60. A quantia escriturada dos activos e passivos por impostos diferidos
pode alterar-se mesmo se não houver alteração na quantia das dife
renças temporárias relacionadas. Isto pode resultar, por exemplo, de:
a) uma alteração nas taxas de tributação ou leis fiscais;
b) uma reavaliação da recuperabilidade de activos por impostos dife
ridos; ou
c) uma alteração da maneira esperada de recuperação de um activo.
O imposto diferido resultante é reconhecido ►M5 nos lucros ou
prejuízos ◄, excepto até ao ponto em que ele se relacione com itens
previamente ►M5 reconhecidos fora dos lucros ou prejuízos ◄ (ver
parágrafo 63.).
61.A. O imposto corrente ou imposto diferido deve ser reconhecido fora dos
lucros ou prejuízos se o imposto se relacionar com itens que sejam
reconhecidos, no mesmo ou num diferente período, fora dos lucros ou
prejuízos. Portanto, o imposto corrente e imposto diferido que se
relacione com itens que sejam reconhecidos, no mesmo ou num di
ferente período:
(a) em outro rendimento integral, deve ser reconhecido em outro
rendimento integral (ver parágrafo 62);
(b) directamente no capital próprio, deve ser reconhecido directa
mente no capital próprio (ver parágrafo 62A).
62. As Normas Internacionais de Relato Financeiro exigem ou permitem
que determinados itens sejam reconhecidos em outro rendimento in
tegral. Exemplos desses itens são:
(a) uma alteração na quantia escriturada proveniente da revalorização
do activo fixo tangível (ver IAS 16); e
(b) [eliminado]
(c) as diferenças de câmbio resultantes da transposição das demons
trações financeiras de uma unidade operacional estrangeira (ver
IAS 21).
(d) [eliminado]
62.A. As Normas Internacionais de Relato Financeiro exigem ou permitem
que determinados itens sejam creditados ou debitados directamente no
capital próprio. Exemplos desses itens são:
(a) um ajustamento no saldo de abertura de resultados retidos resul
tantes ou de uma alteração na política contabilística aplicada re
trospectivamente ou da correcção de um erro (ver IAS 8 Políticas
Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Er
ros); e
(b) quantias provenientes do reconhecimento inicial do componente
de capital próprio de um instrumento financeiro composto (ver
parágrafo 23).
63. Em circunstâncias excepcionais, pode ser difícil determinar a quantia
de impostos correntes e diferidos que se relacione com itens reconhe
cidos fora dos lucros ou prejuízos (seja em outro rendimento integral
ou directamente no capital próprio). Isto pode ser o caso, por exem
plo, quando:
▼B
a) haja taxas escalonadas de impostos sobre o rendimento e seja
impossível determinar a taxa pela qual um componente específico
de lucro tributável (perda fiscal) tenha sido tributado;
b) uma alteração na taxa do imposto ou noutras regras de impostos
que afecte um activo ou passivo por impostos diferidos relacionado
(no todo ou em parte) ►M5 com um item que tenha sido previa
mente reconhecido fora dos lucros ou prejuízos; ou ◄
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 109
▼B
c) uma entidade determine que um activo por impostos diferidos deva
ser reconhecido, ou deixe de ser reconhecido por inteiro,
►M5 e o activo por impostos diferidos se relacione (no todo
ou em parte) com um item que tenha sido anteriormente reconhe
cido fora dos lucros ou prejuízos. ◄
▼M5
Em tais casos, o imposto corrente e diferido relacionado com itens
que sejam reconhecidos fora dos lucros ou prejuízos é baseado numa
imputação pro rata razoável do imposto corrente e diferido da enti
dade na jurisdição fiscal respeitante, ou noutro método que atinja uma
imputação mais apropriada nas circunstâncias.
▼B
64. A IAS 16 não especifica se uma entidade deve transferir ano a ano do
excedente (reserva) de revalorização para resultados retidos uma quan
tia igual à diferença entre a depreciação ou amortização de um activo
revalorizado e a depreciação ou amortização baseada no custo desse
activo. Se uma entidade fizer tal transferência, a quantia transferida é
líquida de qualquer imposto diferido relacionado. Considerações se
melhantes aplicam-se a transferências feitas pela alienação de um item
de activo fixo tangível.
65. Quando um activo for revalorizado para finalidades de tributação e
essa revalorização estiver relacionada com uma revalorização conta
bilística de um período anterior, ou com uma que se espera que seja
levada a efeito num período futuro, os efeitos fiscais da revalorização
do activo ou do ajustamento da base fiscal são ►M5 reconhecidos
em outro rendimento integral ◄ nos períodos em que ocorram.
Porém, se a revalorização para finalidades de impostos não for rela
cionada com uma revalorização contabilística de um período anterior,
ou com uma que se espere que seja levada a efeito num período
futuro, os efeitos fiscais do ajustamento da base fiscal são reconheci
dos ►M5 nos lucros ou prejuízos ◄.
65.A. Quando uma entidade pagar dividendos aos seus accionistas, pode
ser-lhe exigido que pague uma parcela dos dividendos às autoridades
fiscais em nome dos accionistas. Em muitas jurisdições, esta quantia é
referida como uma retenção de imposto. Tal quantia paga ou a pagar
às autoridades fiscais é debitada ao capital própro como parte dos
dividendos.
▼M12
68. O potencial benefício de transportar as perdas para efeitos do imposto
sobre o rendimento no rendimento da adquirida ou de outros activos
por impostos diferidos poderá não satisfazer os critérios relativamente
ao reconhecimento separado quando uma concentração de actividades
empresariais for inicialmente contabilizada mas poderá ser posterior
mente realizado.
__________
▼B
Impostos correntes e diferidos resultantes de transacções de pa
gamento com base em acções
68.A. Em algumas jurisdições fiscais, uma entidade recebe uma dedução nos
impostos (i.e., uma quantia que é dedutível na determinação do lucro
tributável) que diz respeito à remuneração paga em acções, a opções
sobre acções ou a outros instrumentos de capital próprio da entidade.
A quantia correspondente a essa dedução nos impostos pode divergir
do respectivo gasto cumulativo com remunerações, e pode surgir num
período contabilístico posterior. Por exemplo, em algumas jurisdições,
uma entidade pode reconhecer um gasto relativo ao consumo de ser
viços de empregados recebidos como retribuição por opções sobre
acções concedidas, de acordo com a IFRS 2 Pagamento com Base
em Acções, e não receber uma dedução fiscal até que as opções sobre
acções sejam exercidas, sendo que a mensuração da dedução fiscal se
baseia no preço das acções da entidade à data de exercício.
68.B. Tal como acontece com os custos de pesquisa discutidos nos pará
grafos 9. e 26.b) desta Norma, a diferença entre a base fiscal dos
serviços dos empregados recebidos até à data (que é a quantia que as
autoridades fiscais permitirão como dedução em futuros períodos) e a
quantia escriturada de zero é uma diferença temporária dedutível que
resulta num activo por impostos diferidos. Se a quantia que as auto
ridades fiscais permitirão como dedução em futuros períodos não for
conhecida no final do período, ela deve ser estimada com base na
informação disponível no final do período. Por exemplo, se a quantia
que as autoridades fiscais permitirão como dedução em futuros perío
dos estiver dependente do preço das acções da entidade numa data
futura, a mensuração da diferença temporária dedutível deve basear-se
no preço das acções da entidade no final do período.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 111
▼M38
68.C. Tal como indicado no parágrafo 68A, a quantia da dedução fiscal (ou
da dedução fiscal futura estimada, mensurada de acordo com o pará
grafo 68B) pode ser diferente do respetivo gasto cumulativo com
remunerações. O parágrafo 58 da norma exige que os impostos cor
rentes e diferidos sejam reconhecidos como rendimento ou gasto e
incluídos nos resultados do período, exceto na medida em que o
imposto resulte de: a) uma transação ou acontecimento que seja reco
nhecido, no mesmo período ou noutro período, fora dos resultados; ou
b) uma concentração de atividades empresariais (que não a aquisição
por uma entidade de investimento de uma subsidiária que deva ser
mensurada pelo justo valor através dos resultados). Se a quantia da
dedução fiscal (ou da dedução fiscal futura estimada) exceder a quan
tia do respetivo gasto cumulativo com remunerações, isso indica que a
dedução fiscal diz respeito não apenas ao gasto com remunerações
mas também a uma rubrica dos capitais próprios. Nesta situação, o
excesso do imposto corrente ou diferido associado deve ser reconhe
cido diretamente no capital próprio.
▼B
APRESENTAÇÃO
70. [Eliminado]
Compensação
71. Uma entidade deve compensar activos por impostos correntes e pas
sivos por impostos correntes nas suas demonstrações financeiras se, e
somente se, a entidade:
72. Se bem que os activos e passivos por impostos correntes sejam reco
nhecidos e mensurados separadamente, eles são compensados
►M5 na demonstração da posição financeira ◄ e sujeitos a critérios
semelhantes aos estabelecidos para os instrumentos financeiros na IAS
32. Uma entidade terá normalmente um direito de cumprimento
obrigatório para compensar um activo por impostos correntes contra
um passivo por impostos correntes quando eles se relacionem com
impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e
esta autoridade permita que a entidade faça ou receba um único
pagamento líquido.
▼B
b) os activos por impostos diferidos e os passivos por impostos dife
ridos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados
pela mesma autoridade fiscal sobre ou:
Gasto de imposto
__________
▼B
Diferenças de câmbio em passivos ou activos por impostos estrangei
ros diferidos
78. A IAS 21 exige que certas diferenças de câmbio sejam reconhecidas
como rendimentos ou gastos mas não especifica onde tais diferenças
devem ser apresentadas na ►M5 demonstração do rendimento inte
gral ◄. Concordemente, quando diferenças de câmbio de passivos ou
de activos por impostos estrangeiros diferidos sejam reconhecidas na
►M5 demonstração do rendimento integral ◄, tais diferenças po
dem ser classificadas como gastos (rendimentos) por impostos diferi
dos se essa apresentação for considerada como a mais útil para os
utentes das demonstrações financeiras.
DIVULGAÇÃO
79. Os principais componentes de gasto (rendimento) de imposto devem
ser divulgados separadamente.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 113
▼B
80. Os componentes do gasto (rendimento) de imposto podem incluir:
▼M5
81. O que se segue deve ser também divulgado separadamente:
b) [eliminado];
▼B
c) uma explicação do relacionamento entre gasto (rendimento) de
impostos e lucro contabilístico em uma ou em ambas das seguin
tes formas:
▼B
f) a quantia agregada de diferenças temporárias associadas com in
vestimentos em subsidiárias, sucursais e associadas e interesses
em ►M32 acordos conjuntos ◄, relativamente aos quais passi
vos por impostos diferidos não tenham sido reconhecidos (ver
parágrafo 39.);
▼M12
h) com respeito a unidades operacionais descontinuadas, o gasto
de imposto relacionado com:
▼B
82. Uma entidade deve divulgar a quantia de um activo por impostos
diferidos e a natureza das provas que suportam o seu reconhecimento,
quando:
83. [Eliminado]
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 115
▼B
84. As divulgações exigidas pelo parágrafo 81.c) faz com que os utentes
das demonstrações financeiras compreendam se o relacionamento en
tre os gastos (rendimento) de impostos e o lucro contabilístico não é
usual e compreendam os factores significativos que podem afectar
esse relacionamento no futuro. O relacionamento entre gasto (rendi
mento) de impostos e lucro contabilístico pode ser afectado por fac
tores tais como rédito que seja isento de tributação, gastos que não
sejam dedutíveis na determinação do lucro tributável (perda fiscal), o
efeito de perdas fiscais e o efeito de taxas de tributação estrangeiras.
19X1 19X2
▼B
87.A. O parágrafo 82.A. exige que uma entidade divulgue a natureza das
potenciais consequências do imposto sobre o rendimento que resulta
riam do pagamento de dividendos aos seus accionistas. Uma entidade
divulga as características importantes dos sistemas do imposto de
rendimento e os factores que afectarão a quantia das potenciais con
sequências dos dividendos no imposto do rendimento.
87.B. Não seria algumas vezes praticável calcular a quantia total das poten
ciais consequências do imposto sobre o rendimento que resultariam do
pagamento de dividendos a accionistas. Pode ser o caso, por exemplo,
em que uma entidade tenha um grande número de subsidiárias estran
geiras. Contudo, mesmo em tais circunstâncias, podem ser facilmente
determináveis algumas parcelas da quantia total. Por exemplo, num
grupo consolidado, uma empresa-mãe e algumas das suas subsidiárias
podem ter pago impostos sobre o rendimento a uma taxa mais alta
sobre os lucros não distribuídos e estar ciente da quantia que seria
restituída no pagamento de dividendos futuros aos accionistas a partir
dos lucros retidos consolidados. Neste caso, é divulgada a quantia
restituível. Se aplicável, a entidade divulga também que existem po
tenciais consequências do imposto sobre o rendimento não pratica
mente determináveis. Nas demonstrações financeiras separadas da
empresa-mãe, se existirem, a divulgação das potenciais consequências
do imposto sobre o rendimento relaciona-se com os resultados retidos
da empresa-mãe.
▼B
88. Uma entidade divulga quaisquer passivos contingentes e activos con
tingentes relacionados com impostos de acordo com a IAS 37 Provi
sões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes. Podem surgir
passivos contingentes e activos contingentes, por exemplo, de desen
tendimentos não resolvidos com as autoridades fiscais. Semelhante
mente, quando alterações nas taxas de impostos ou de leis fiscais
sejam decretadas ou anunciadas ►M5 após o período de relato ◄,
uma entidade divulgará quaisquer efeitos significativos dessas altera
ções nos seus activos e passivos por impostos correntes e diferidos
(ver a IAS 10 Acontecimentos ►M5 após o período de relato ◄).
DATA DE EFICÁCIA
89. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
que cubram os períodos que comecem em, ou após, 1 de Janeiro de
1998, excepto como especificado no parágrafo 91. Se uma entidade
aplicar esta Norma a custos de benefícios de reforma para demons
trações financeiras que cubram períodos que comecem antes de 1 de
Janeiro de 1998, a entidade deve divulgar o facto de que aplica esta
Norma em vez da IAS 12 Contabilização de Impostos sobre o Ren
dimento, aprovada em 1979.
91. Os parágrafos 52.A., 52.B., 65.A., 81.i), 82.A., 87.A., 87.B., 87.C. e a
supressão dos parágrafos 3 e 50 tornam-se operacionais para as de
monstrações financeiras anuais (1) que cubram os períodos que come
cem em ou após 1 de Janeiro de 2001. É encorajada a adopção mais
cedo. Se a adopção mais cedo afectar as demonstrações financeiras,
uma entidade deve divulgar esse facto.
▼M5
92. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou os parágrafos 23, 52, 58, 60, 62, 63,
65, 68C, 77 e 81, eliminou o parágrafo 61 e adicionou os parágrafos
61A, 62A e 77A. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos
períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se
uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior,
as emendas deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M12
93. O parágrafo 68 deve ser aplicado prospectivamente a partir da
data de eficácia da IFRS 3 (conforme revista pelo International
Accounting Standards Board em 2008) ao reconhecimento de ac
tivos por impostos diferidos adquiridos em concentrações de acti
vidades empresariais.
▼M12
95. A IFRS 3 (conforme revista pelo International Accounting Stan
dards Board em 2008) emendou os parágrafos 21 e 67 e adicionou
os parágrafos 32A e 81(j) e (k). Uma entidade deve aplicar estas
emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de Julho de
2009. Se uma entidade aplicar a IFRS 3 (revista em 2008) a um
período anterior, as emendas também deverão ser aplicadas a esse
período anterior.
▼M33
98. O parágrafo 52 passou a figurar como 51A, o ponto 10 e os exemplos
que se seguem ao parágrafo 51A foram alterados e os parágrafos 51B
e 51C, assim como o exemplo seguinte e os parágrafos 51D, 51E e 99
foram aditados por Impostos Diferidos: Recuperação de Activos Sub
jacentes, publicado em Dezembro de 2010. Uma entidade deve aplicar
estas emendas aos períodos anuais com início em 1 de Janeiro de
2012 ou após essa data. É permitida a aplicação anterior. Se uma
entidade aplicar as emendas a um período anterior, deve divulgar
esse facto.
▼M32
98.A. A IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitida em maio de 2011, emendou
os parágrafos 2, 15, 18(e), 24, 38, 39, 43–45, 81(f), 87 e 87C. Uma
entidade deve aplicar estas alterações quando aplicar a IFRS 11.
▼M31
98.B. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou o
parágrafo 77 e suprimiu o parágrafo 77A. Uma entidade deve aplicar
estas emendas quando aplicar a IAS 1 (conforme emendada em Junho
de 2011).
▼M38
98.C. O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou os parágrafos
58 e 68C. Uma entidade deve aplicar estas emendas em relação aos
períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É
permitida a aplicação antecipada do documento Entidades de Investi
mento. Se uma entidade aplicar as emendas de forma antecipada, deve
também aplicar todas as emendas incluídas no documento Entidades
de Investimento ao mesmo tempo.
▼M33
REVOGAÇÃO DA SIC-21
99. As alterações feitas por Impostos Diferidos: Recuperação de Activos
Subjacentes, publicado em Dezembro de 2010, substituem a Interpre
tação SIC 21 Impostos sobre o Rendimento - Recuperação de Activos
Não Depreciáveis Revalorizados.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 119
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 16
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico
para activos fixos tangíveis, de forma a que os utentes das demons
trações financeiras possam discernir a informação acerca do investi
mento de uma entidade nos seus activos fixos tangíveis, bem como as
alterações nesse investimento. Os principais aspectos a considerar na
contabilização dos activos fixos tangíveis são o reconhecimento dos
activos, a determinação das suas quantias escrituradas e os débitos de
depreciação e as perdas por imparidade a serem reconhecidos em
relação com os mesmos.
ÂMBITO
2. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de activos fixos tan
gíveis, excepto quando uma outra Norma exija ou permita um trata
mento contabilístico diferente.
Contudo, esta Norma aplica-se aos activos fixos tangíveis usados para
desenvolver ou manter os activos descritos nas alíneas b)-d).
▼M8
5. Uma entidade que use o modelo do custo para propriedades de in
vestimento em conformidade com a IAS 40 Propriedades de Investi
mento deve usar o modelo do custo desta Norma.
▼B
DEFINIÇÕES
6. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼B
Custo é a quantia de caixa ou seus equivalentes paga ou o justo valor
de outra retribuição dada para adquirir um activo no momento da sua
aquisição ou construção ou, quando aplicável, a quantia atribuída a
esse activo aquando do reconhecimento inicial de acordo com os
requisitos específicos de outras IFRS, por exemplo, a IFRS 2 Paga
mento com Base em Acções.
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
▼B
Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada
de um activo excede a sua quantia recuperável.
▼M8
Quantia recuperável é o valor mais elevado entre o justo valor de um
activo deduzidos os custos de vender e o seu valor de uso.
▼B
O valor residual de um activo é a quantia estimada que uma entidade
obteria correntemente pela alienação de um activo, após dedução dos
custos estimados de alienação, se o activo já tivesse a idade e as
condições esperadas no final da sua vida útil.
Vida útil é:
RECONHECIMENTO
7. O custo de um item de activo fixo tangível deve ser reconhecido
como activo se, e apenas se:
▼M36
8. Os itens como por exemplo peças sobressalentes, equipamentos de
reserva e equipamentos de manutenção são reconhecidos de acordo
com esta IFRS quando satisfazem a definição de ativos fixos tangí
veis. Caso contrário, são classificados como inventário.
▼B
9. Esta Norma não prescreve a unidade de medida para reconhecimento,
i.e., aquilo que constitui um item do activo fixo tangível. Assim, é
necessário exercer julgamentos ao aplicar os critérios de reconheci
mento às circunstâncias específicas de uma entidade. Pode ser apro
priado agregar itens individualmente insignificantes, tais como mol
des, ferramentas e bases, e aplicar os critérios ao valor agregado.
Custos iniciais
11. Podem ser adquiridos itens do activo fixo tangível por razões de
segurança ou ambientais. A aquisição de tal activo fixo tangível,
embora não aumentando directamente os futuros benefícios económi
cos de qualquer item particular existente de activo fixo tangível, pode
ser necessária para que a entidade obtenha os futuros benefícios eco
nómicos dos seus outros activos. Esses itens do activo fixo tangível
qualificam-se para o reconhecimento como activos porque permitem a
uma entidade obter futuros benefícios económicos dos activos relacio
nados para além dos que teria obtido se não tivesse adquirido esses
itens. Por exemplo, uma indústria química pode instalar novos pro
cessos químicos de manuseamento a fim de se conformar com exi
gências ambientais para a produção e armazenamento de químicos
perigosos; os melhoramentos nas instalações relacionados são reco
nhecidos como um activo porque, sem eles, a entidade não está em
condições de fabricar e vender tais produtos químicos. Contudo, a
quantia escriturada resultante desse activo e activos relacionados é
revista para imparidade de acordo com a IAS 36 Imparidade de
Activos.
Custos subsequentes
12. Segundo o princípio de reconhecimento do parágrafo 7., uma entidade
não reconhece na quantia escriturada de um item do activo fixo tan
gível os custos da assistência diária ao item. Pelo contrário, estes
custos são reconhecidos nos lucros ou prejuízos quando incorridos.
Os custos da assistência diária são primordialmente os custos da mão-
-de-obra e dos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas
peças. A finalidade destes dispêndios é muitas vezes descrita como
sendo para «reparações e manutenção» de um item do activo fixo
tangível.
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▼B
13. Partes de alguns itens do activo fixo tangível poderão necessitar de
substituições a intervalos regulares. Por exemplo, um forno pode exi
gir ser restaurado (com tijolos refractários) após uma quantidade de
horas de uso ou os interiores dos aviões tal como assentos e cozinhas
de bordo podem exigir substituição algumas vezes durante a vida da
estrutura. Itens do activo fixo tangível também podem ser adquiridos
para efectuar uma substituição recorrente menos frequente, tal como a
substituição das paredes interiores de um edifício, ou para efectuar
uma substituição não recorrente. Segundo o princípio de reconheci
mento do parágrafo 7., uma entidade reconhece na quantia escriturada
de um item do activo fixo tangível o custo da peça de substituição
desse item quando o custo for incorrido se os critérios de reconheci
mento forem cumpridos. A quantia escriturada das peças que são
substituídas é desreconhecida de acordo com as disposições de des
reconhecimento desta Norma (ver parágrafos 67.-72.).
14. Uma condição para continuar a operar um item do activo fixo tangível
(por exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de ins
pecções importantes em busca de falhas, independentemente de as
peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspecção
importante for efectuada, o seu custo é reconhecido na quantia escri
turada do item do activo fixo tangível como substituição se os crité
rios de reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer quantia escriturada
remanescente do custo da inspecção anterior (distinta das peças físi
cas) é desreconhecida. Isto ocorre independentemente de o custo da
inspecção anterior ter sido identificado na transacção em que o item
foi adquirido ou construído. Se necessário, o custo estimado de uma
futura inspecção semelhante pode ser usado como indicador de qual o
custo do componente de inspecção existente quando o item foi adqui
rido ou construído.
MENSURAÇÃO NO RECONHECIMENTO
15. Um item do activo fixo tangível que seja classificado para reconhe
cimento como um activo deve ser mensurado pelo seu custo.
Elementos do custo
16. O custo de um item do activo fixo tangível compreende:
▼B
d) custos de instalação e montagem;
f) honorários profissionais.
18. Uma entidade aplica a IAS 2 Inventários aos custos das obrigações de
desmantelamento, remoção e restauro do local em que um item está
localizado que sejam incorridos durante um determinado período
como consequência de ter usado o item para produzir inventários
durante esse período. As obrigações por custos contabilizados de
acordo com a IAS 2 ou a IAS 16 são reconhecidas e mensuradas
de acordo com a IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos
Contingentes.
19. Exemplos de custos que não são custos de um item do activo fixo
tangível são:
▼B
22. O custo de um activo construído pela própria empresa determina-se
usando os mesmos princípios quanto a um activo adquirido. Se uma
entidade produzir activos idênticos para venda no decurso normal das
operações empresariais, o custo do activo é geralmente o mesmo que
o custo de construir um activo para venda (ver IAS 2). Por isso,
quaisquer lucros internos são eliminados para chegar a tais custos.
De forma semelhante, o custo de quantias anormais de materiais, de
mão-de-obra ou de outros recursos desperdiçados incorridos na
auto-construção de um activo não é incluído no custo do activo. A
IAS 23 Custos de Empréstimos Obtidos estabelece critérios para o
reconhecimento do juro como componente da quantia escriturada de
um item do activo fixo tangível construído pela própria empresa.
Mensuração do custo
▼M1
23. O custo de um item de activo fixo tangível é equivalente ao preço a
dinheiro à data do reconhecimento. Se o pagamento for diferido para
além das condições normais de crédito, a diferença entre o equivalente
ao preço a dinheiro e o pagamento total é reconhecida como juro
durante o período de crédito a não ser que esse juro seja capitalizado
de acordo com a IAS 23.
▼B
24. Um ou mais itens do activo fixo tangível podem ser adquiridos em
troca de um activo ou activos não monetários, ou de uma combinação
de activos monetários e não monetários. A discussão seguinte
refere-se simplesmente a uma troca de um activo não monetário por
outro, mas também se aplica a todas as trocas descritas na frase
anterior. O custo de um tal item do activo fixo tangível é mensurado
pelo justo valor a não ser que a) a transacção da troca careça de
substância comercial ou b) nem o justo valor do activo recebido
nem o justo valor do activo cedido sejam fiavelmente mensuráveis.
O item adquirido é mensurado desta forma mesmo que uma entidade
não possa imediatamente desreconhecer o activo cedido. Se o item
adquirido não for mensurado pelo justo valor, o seu custo é mensu
rado pela quantia escriturada do activo cedido.
▼M33
26. O justo valor de um activo é mensurável fiavelmente se: (a) a varia
bilidade no conjunto de mensurações razoáveis pelo justo valor não é
significativa para esse activo; ou (b) as probabilidades das várias
estimativas no intervalo podem ser razoavelmente avaliadas e utiliza
das ao mensurar pelo justo valor. Se uma entidade é capaz de men
surar fiavelmente o justo valor do activo recebido ou do activo cedido,
o justo valor do activo cedido é utilizado para mensurar o custo do
activo recebido, a não ser que o justo valor do activo recebido seja
mais claramente evidente.
▼B
27. O custo de um item do activo fixo tangível detido por um locatário
segundo uma locação financeira é determinado de acordo com
a IAS 17.
Modelo do custo
30. Após o reconhecimento como um activo, um item do activo fixo
tangível deve ser escriturado pelo seu custo menos qualquer deprecia
ção acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.
Modelo de revalorização
31. Após o reconhecimento como um activo, um item do activo fixo
tangível cujo justo valor possa ser mensurado fiavelmente deve ser
escriturado por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à
data da revalorização menos qualquer depreciação acumulada subse
quente e perdas por imparidade acumuladas subsequentes. As revalo
rizações devem ser feitas com suficiente regularidade para assegurar
que a quantia escriturada não difira materialmente daquela que seria
determinada pelo uso do justo valor ►M5 no fim do período de
relato ◄.
▼M33
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 126
▼B
34. A frequência das revalorizações depende das alterações nos justos
valores dos activos fixos tangíveis que estão a ser revalorizados.
Quando o justo valor de um activo revalorizado diferir materialmente
da sua quantia escriturada, é exigida uma nova revalorização. Alguns
itens do activo fixo tangível sofrem alterações significativas e voláteis
no justo valor, necessitando, por conseguinte, de revalorização anual.
Tais revalorizações frequentes são desnecessárias para itens do activo
fixo tangível apenas com alterações insignificantes no justo valor. Em
vez disso, pode ser necessário revalorizar o item apenas a cada três ou
cinco anos.
▼M33
35. Quando um elemento do activo fixo tangível for reavaliado, qualquer
depreciação acumulada à data da reavaliação é tratada de uma das
seguintes formas:
▼B
b) eliminada contra a quantia bruta escriturada do activo e a quantia
líquida reexpressa como a quantia revalorizada do activo. Este
método é muitas vezes usado para edifícios.
a) terrenos;
b) terrenos e edifícios;
c) maquinaria;
d) navios;
e) aviões;
f) veículos a motor;
h) equipamento de escritório.
38. Os itens integrados numa classe do activo fixo tangível são revalori
zados simultaneamente, a fim de serem evitados a revalorização se
lectiva de activos e o relato de quantias nas demonstrações financeiras
que sejam uma mistura de custos e valores em datas diferentes. Po
rém, uma classe de activos pode ser revalorizada numa base rotativa
desde que a revalorização da classe de activos seja concluída num
curto período e desde que as revalorizações sejam mantidas actuali
zadas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 127
▼B
►M5 39. Se a quantia escriturada de um activo for aumentada como
resultado de uma revalorização, o aumento deve ser reconhecido em
outro rendimento integral e acumulado no capital próprio numa conta
com o título de excedente de revalorização. ◄ Contudo, o aumento
deve ser reconhecido nos lucros ou prejuízos até ao ponto em que
reverta um decréscimo de revalorização do mesmo activo previamente
reconhecido nos lucros ou prejuízos.
Depreciação
43. Cada parte de um item do activo fixo tangível com um custo que seja
significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciada
separadamente.
▼M12
44. Uma entidade imputa a quantia inicialmente reconhecida com respeito
a um item do activo fixo tangível às partes significativas deste e
deprecia separadamente cada parte. Por exemplo, pode ser apropriado
depreciar separadamente a estrutura e os motores de uma aeronave,
sejam da propriedade da entidade ou sujeitos a locação financeira. De
modo semelhante, se uma entidade adquirir activos fixos tangíveis
sujeitos a uma locação operacional na qual ela seja o locador, poderá
ser adequado depreciar separadamente quantias reflectidas no custo
desse item que sejam atribuíveis a termos de locação favoráveis ou
desfavoráveis relativamente aos termos de mercado.
▼B
45. Uma parte significativa de um item do activo fixo tangível pode ter
uma vida útil e um método de depreciação que sejam os mesmos que
a vida útil e o método de depreciação de uma outra parte significativa
do mesmo item. Essas partes podem ser agrupadas ao determinar o
custo de depreciação.
▼B
47. Uma entidade pode escolher depreciar separadamente as partes de um
item que não tenham um custo que seja significativo em relação ao
custo total do item.
51. O valor residual e a vida útil de um activo devem ser revistos pelo
menos no final de cada ano financeiro e, se as expectativas diferirem
das estimativas anteriores, a(s) alteração(ões) deve(m) ser contabiliza
da(s) como uma alteração numa estimativa contabilística de acordo
com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas
Contabilísticas e Erros.
54. O valor residual de um activo pode aumentar até uma quantia igual ou
superior à quantia escriturada do activo. Se assim for, o custo de
depreciação do activo é zero a não ser e até que o seu valor residual
diminua posteriormente para uma quantia abaixo da quantia escritu
rada do activo.
▼B
56. Os futuros benefícios económicos incorporados num activo são con
sumidos por uma entidade principalmente através do seu uso. Porém,
outros factores, tais como obsolescência técnica ou comercial e des
gaste normal enquanto um activo permaneça ocioso, dão origem mui
tas vezes à diminuição dos benefícios económicos que poderiam ter
sido obtidos do activo. Consequentemente, todos os factores que se
seguem são considerados na determinação da vida útil de um activo:
Método de depreciação
60. O método de depreciação usado deve reflectir o modelo por que se
espera que os futuros benefícios económicos do activo sejam consu
midos pela entidade.
▼B
62. Pode ser usada uma variedade de métodos de depreciação para impu
tar a quantia depreciável de um activo numa base sistemática durante
a sua vida útil. Estes métodos incluem o método da linha recta, o
método do saldo decrescente e o método das unidades de produção. A
depreciação em linha recta resulta num débito constante durante a
vida útil do activo se o seu valor residual não se alterar. O método
do saldo decrescente resulta num débito decrescente durante a vida
útil. O método das unidades de produção resulta num débito baseado
no uso ou produção esperados. A entidade selecciona o método que
reflicta mais proximamente o modelo esperado de consumo dos futu
ros benefícios económicos incorporados no activo. Esse método é
aplicado consistentemente de período para período a menos que
ocorra uma alteração no modelo esperado de consumo desses futuros
benefícios económicos.
Imparidade
63. Para determinar se um item do activo fixo tangível está ou não com
imparidade, uma entidade aplica a IAS 36 Imparidade de Activos.
Essa Norma explica como uma entidade revê a quantia escriturada
dos seus activos, como determina a quantia recuperável de um activo
e quando reconhece ou reverte o reconhecimento de uma perda por
imparidade.
64. [Eliminado]
DESRECONHECIMENTO
67. A quantia escriturada de um item do activo fixo tangível deve ser
desreconhecida:
a) no momento da alienação; ou
▼B
68. O ganho, ou perda, decorrente do desreconhecimento de um item do
activo fixo tangível deve ser incluído nos lucros ou prejuízos quando
o item for desreconhecido (a menos que a IAS 17 exija diferentemente
numa venda e relocação). Os ganhos não devem ser classificados
como rédito.
▼M8
68.A. Contudo, uma entidade que, no decurso das suas actividades normais,
vende rotineiramente itens de activos fixos tangíveis que deteve para
locação a outras partes, deve transferir tais activos para inventários
pela sua quantia escriturada quando deixarem de ser objecto de loca
ção e passarem a ser detidos para venda. Os proventos da venda de
tais activos devem ser reconhecidos como rédito em conformidade
com a IAS 18 Rédito. A IFRS 5 não se aplica quando os activos
detidos para venda no decurso normal da actividade empresarial são
transferidos para inventários.
▼B
70. Se, segundo o princípio de reconhecimento do parágrafo 7., uma
entidade reconhecer na quantia escriturada de um item do activo
fixo tangível o custo de uma substituição de parte do item, então
ela desreconhece a quantia escriturada da parte substituída indepen
dentemente de se a parte substituída tiver sido depreciada ou não
separadamente. Se não for praticável que uma entidade determine a
quantia escriturada da parte substituída, ela pode usar o custo da
substituição como indicação do custo da parte substituída que era
no momento em que foi adquirida ou construída.
DIVULGAÇÃO
73. As demonstrações financeiras devem divulgar, com respeito a cada
classe de activos fixos tangíveis:
i) adições,
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 132
▼B
ii) activos classificados como detidos para venda ou incluídos
num grupo para alienação classificado como detido para
venda de acordo com a IFRS 5 e outras alienações,
vii) depreciações,
a) valores residuais;
c) vidas úteis; e
d) métodos de depreciação.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 133
▼M33
77. Se elementos do activo fixo tangível forem expressos por quantias
reavaliadas, deve ser divulgado o seguinte, apara além das divul
gações exigidas pela IFRS 13:
▼B
a) a data de eficácia da revalorização;
▼M33
c) [suprimida]
d) [suprimida]
▼B
e) para cada classe de activo fixo tangível revalorizada, a quantia
escriturada que teria sido reconhecida se os activos tivessem sido
escriturados de acordo com o modelo de custo; e
78. De acordo com a IAS 36, uma entidade divulga informação sobre
activos fixos tangíveis com imparidade adicionalmente à informação
exigida pelo parágrafo 73.e) iv)-vi).
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
80. Os requisitos dos parágrafos 24.-26. relativos à mensuração inicial de
um item do activo fixo tangível adquirido numa troca de activos
devem ser aplicados prospectivamente apenas a futuras transacções.
DATA DE EFICÁCIA
81. Uma entidade deve aplicar esta Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta Norma a um período que tenha início
antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
▼M5
81.B. A IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como re
vista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS. Além disso,
emendou os parágrafos 39, 40 e 73(e)(iv). Uma entidade deve aplicar
estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de Ja
neiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
▼M12
81.C. A IFRS 3 Concentrações de Actividades Empresariais (conforme
revista pelo International Accounting Standards Board em 2008)
emendou o parágrafo 44. Uma entidade deve aplicar essa emenda
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Julho de 2009. Se
uma entidade aplicar a IFRS 3 (revista em 2008) a um período ante
rior, a emenda também deve ser aplicada a esse período anterior.
▼M8
81.D. Os parágrafos 6 e 69 foram alterados e o parágrafo 68A foi adicio
nado com base no documento Melhoramentos introduzidos nas IFRS,
emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. É
permitida a aplicação mais cedo. Caso uma entidade aplique estas
emendas relativamente a um período anterior, deve divulgar esse facto
e aplicar simultaneamente as emendas correspondentes à IAS 7 De
monstrações dos Fluxos de Caixa.
81.E. O parágrafo 5 foi alterado com base no documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve
aplicar esta emenda prospectivamente aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo,
se uma entidade aplicar ao mesmo tempo as emendas aos parágrafos
8, 9, 22, 48, 53, 53A, 53B, 54, 57 e 85B da IAS 40. Se uma entidade
aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse facto.
▼M33
81.F. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 6, emendou os parágrafos 26, 35 e 77 e suprimiu
os parágrafos 32 e 33. Uma entidade deve aplicar estas emendas
quando aplicar a IFRS 13.
▼M36
81.G. O documento Melhoramentos anuais - ciclo 2009 - 2011, emitido em
maio de 2012, emendou o parágrafo 8. Uma entidade deve aplicar
essa emenda retrospetivamente em conformidade com a IAS 8 Polí
ticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Er
ros aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2013.
É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar a emenda
a um período anterior, deve divulgar esse facto.
▼B
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 17
Locações
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever, para locatários e locado
res, as políticas contabilísticas e divulgações apropriadas a aplicar em
relação a locações.
ÂMBITO
2. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de todas as locações
que não sejam:
Contudo, esta Norma não deve ser aplicada como base de mensuração
para:
DEFINIÇÕES
4. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
Uma locação operacional é uma locação que não seja uma locação
financeira.
▼B
c) se o locatário celebrar uma nova locação para o mesmo activo ou
para um activo equivalente com o mesmo locador; ou
i) o locatário,
▼B
Vida útil é o período remanescente estimado, a partir do começo do
prazo da locação, sem limitação pelo prazo da locação, durante o qual
se espera que os benefícios económicos incorporados no activo sejam
consumidos pela entidade.
▼B
6. A definição de uma locação inclui contratos para o aluguer de um
activo que contenha uma disposição que dê àquele que toma de
aluguer uma opção para adquirir o direito ao activo após o cumpri
mento das condições acordadas. Estes contratos são por vezes conhe
cidos como contratos de aluguer — compra a prazo.
▼M33
6A. A IAS 17 utiliza a expressão «justo valor» de uma forma que difere
em alguns aspectos da definição de justo valor constante da IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor. Assim, quando aplicar a IAS 17 uma
entidade mensura o justo valor de acordo com a IAS 17, não de
acordo com a IFRS 13.
▼B
CLASSIFICAÇÃO DE LOCAÇÕES
7. A classificação de locações adoptada nesta Norma baseia-se na ex
tensão até à qual os riscos e vantagens inerentes à propriedade de um
activo locado permanecem no locador ou no locatário. Os riscos
incluem as possibilidades de perdas devidas a capacidade ociosa ou
obsolescência tecnológica e de variações no retorno por causa das
alterações nas condições económicas. As vantagens podem ser repre
sentadas pela expectativa de funcionamento lucrativo durante a vida
económica do activo e de ganhos derivados de aumentos de valor ou
de realização de um valor residual.
(1) Ver também a SIC-27 Avaliação da Substância de Transacções que Envolvam a Forma
Legal de uma Locação.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 139
▼B
e) os activos locados são de uma tal natureza especializada que ape
nas o locatário os pode usar sem grandes modificações.
▼M22
__________
15.A. Quando uma locação inclui tanto o elemento terrenos como o ele
mento edifícios, uma entidade avalia a classificação de cada elemento
como uma locação financeira ou operacional separadamente em con
formidade com os parágrafos 7–13. Ao determinar se o elemento
terreno é uma locação operacional ou financeira, uma consideração
importante a ter é que o terreno tem normalmente uma vida econó
mica indefinida.
▼B
16. Sempre que for necessário para classificar e contabilizar uma locação
de terrenos e edifícios, os pagamentos mínimos da locação (incluindo
qualquer pagamento global à cabeça) são imputados entre os elemen
tos terreno e edifícios em proporção aos justos valores relativos dos
interesses do detentor da locação no elemento terreno e no elemento
edifícios da locação no início da locação. Se os pagamentos da loca
ção não puderem ser fiavelmente imputados entre estes dois elemen
tos, a totalidade da locação é classificada como locação financeira, a
não ser que seja claro que ambos os elementos são locações opera
cionais, em cujo caso a totalidade da locação é classificada como
locação operacional.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 140
▼B
17. Para uma locação de terrenos e edifícios na qual a quantia que seria
inicialmente reconhecida para o elemento terrenos, de acordo com o
parágrafo 20., seja imaterial, os terrenos e os edifícios podem ser
tratados como uma única unidade para a finalidade da classificação
da locação e classificados como locação financeira ou operacional de
acordo com os parágrafos 7.-13. Em tal caso, a vida económica dos
edifícios é considerada como a vida económica da totalidade do activo
locado.
Locações financeiras
Reconhecimento inicial
20. No começo do prazo de locação, os locatários devem reconhecer as
locações financeiras como activos e passivos ►M5 nas suas demons
trações da posição financeira ◄ por quantias iguais ao justo valor da
propriedade locada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos
mínimos da locação, cada um determinado no início da locação. A
taxa de desconto a usar no cálculo do valor presente dos pagamentos
mínimos da locação é a taxa de juro implícita na locação, se for
praticável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa
incremental de financiamento do locatário. Quaisquer custos directos
iniciais do locatário são adicionados à quantia reconhecida como ac
tivo.
▼B
22. Se tais transacções de locação não forem reflectidas ►M5 na de
monstração da posição financeira ◄ do locatário, os recursos econó
micos e o nível de obrigações de uma entidade estão subexpressos,
distorcendo dessa forma os rácios financeiros. É por isso apropriado
que uma locação financeira seja reconhecida ►M5 na demonstração
da posição financeira ◄ do locatário não só como um activo mas
também como uma obrigação de pagar futuros pagamentos da loca
ção. No começo do prazo da locação, o activo e o passivo dos futuros
pagamentos da locação são reconhecidos ►M5 na demonstração da
posição financeira ◄ pelas mesmas quantias excepto no caso de
quaisquer custos directos iniciais do locatário que sejam adicionados
à quantia reconhecida como activo.
23. Não é apropriado que os passivos por activos locados sejam apresen
tados nas demonstrações financeiras como uma dedução dos activos
locados. Se para a apresentação de passivos na face ►M5 da de
monstração da posição financeira ◄ for feita uma distinção entre
passivos correntes e não correntes, a mesma distinção deve ser feita
para os passivos da locação.
Mensuração subsequente
25. Os pagamentos mínimos da locação devem ser repartidos entre o
encargo financeiro e a redução do passivo pendente. O encargo finan
ceiro deve ser imputado a cada período durante o prazo da locação de
forma a produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo
remanescente do passivo. As rendas contingentes devem ser debitadas
como gastos nos períodos em que foram incorridas.
▼B
29. A soma do gasto de depreciação do activo e do gasto financeiro do
período é raramente a mesma que a dos pagamentos da locação a
pagar durante o período, sendo, por isso, inadequado simplesmente
reconhecer os pagamentos da locação a pagar como um gasto. Por
conseguinte, é improvável que o activo e o passivo relacionado sejam
de quantia igual após o começo do prazo da locação.
Locações operacionais
33. Os pagamentos da locação segundo uma locação operacional devem
ser reconhecidos como um gasto numa base de linha recta durante o
prazo da locação salvo se uma outra base sistemática for mais repre
sentativa do modelo temporal do benefício do utente (1).
▼B
35. Os locatários, além de cumprir os requisitos da IFRS 7, devem fazer
as seguintes divulgações relativas a locações operacionais:
Locações financeiras
Reconhecimento inicial
36. Os locadores devem reconhecer os activos detidos segundo uma loca
ção financeira ►M5 nas suas demonstrações da posição financeira ◄
e apresentá-los como uma conta a receber por uma quantia igual ao
investimento líquido na locação.
38. Os custos directos iniciais são muitas vezes incorridos por locadores e
incluem quantias como comissões, honorários legais e custos internos
que sejam incrementais e directamente atribuíveis à negociação e
aceitação da locação. Excluem gastos gerais tais como aqueles que
são incorridos por uma equipa de vendas e marketing. Para locações
financeiras que não sejam as que envolvem locadores fabricantes ou
negociantes, os custos directos iniciais são incluídos na mensuração
inicial da conta a receber de locação financeira e reduzem a quantia de
rendimento reconhecida durante o prazo da locação. A taxa de juro
implícita na locação é definida de tal forma que os custos directos
iniciais são automaticamente incluídos na conta a receber de locação
financeira; não há necessidade de os adicionar separadamente. Os
custos incorridos pelos locadores fabricantes ou negociantes em liga
ção com a negociação e aceitação de uma locação estão excluídos da
definição de custos directos iniciais. Como resultado, são excluídos do
investimento líquido na locação e são reconhecidos como um gasto
quando o lucro da venda for reconhecido, o que para uma locação
financeira é normalmente no começo do prazo da locação.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 144
▼B
Mensuração subsequente
39. O reconhecimento do rendimento financeiro deve basear-se num mo
delo que reflicta uma taxa de retorno periódica constante sobre o
investimento líquido do locador na locação financeira.
▼B
46. Os custos incorridos por um locador fabricante ou negociante em
ligação com a negociação e aceitação de uma locação financeira são
reconhecidos como um gasto no começo do prazo da locação porque
estão principalmente relacionados com a obtenção do lucro de venda
do fabricante ou do negociante.
Locações operacionais
49. Os locadores devem apresentar os activos sujeitos a locações opera
cionais ►M5 nas suas demonstrações da posição financeira ◄ de
acordo com a natureza do activo.
▼B
53. A política de depreciação para activos locados depreciáveis deve ser
consistente com a política de depreciação normal do locador para
activos semelhantes, e a depreciação deve ser calculada da acordo
com a IAS 16 e a IAS 38.
▼B
61. Se uma transacção de venda e relocação resultar numa locação ope
racional, e se for claro que a transacção é estabelecida pelo justo
valor, quaisquer lucros ou prejuízos devem ser imediatamente reco
nhecidos. Se o preço de venda estiver abaixo do justo valor, quaisquer
lucros ou prejuízos devem ser imediatamente reconhecidos, excepto
que, se a perda for compensada por futuros pagamentos da locação
abaixo do preço de mercado, ele deve ser diferido e amortizado em
proporção aos pagamentos da locação durante o período pelo qual se
espera que o activo seja usado. Se o preço de venda estiver acima do
justo valor, o excesso sobre o justo valor deve ser diferido e amorti
zado durante o período pelo qual se espera que o activo seja usado.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
67. Sujeita ao parágrafo 68., a aplicação retrospectiva desta Norma é
encorajada mas não exigida. Se a Norma não for aplicada retrospec
tivamente, o saldo de qualquer locação financeira previamente exis
tente é considerado como tendo sido adequadamente determinado pelo
locador e deve ser contabilizado a partir daí de acordo com as dispo
sições desta Norma.
▼M22
68.A. Uma entidade deve reavaliar a classificação do elemento terreno
em locações não expiradas na data em que adoptar as emendas
referidas no parágrafo 69A com base na informação existente no
início dessas locações. Uma entidade deve reconhecer uma locação
recém-classificada como locação financeira retrospectivamente em
conformidade com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas
Estimativas Contabilísticas e Erros. Contudo, se uma entidade não
dispuser da informação necessária para aplicar as emendas re
trospectivamente, deve:
▼M22
b) reconhecer o activo e o passivo relacionados com a locação de
um terreno recém-classificada como locação financeira pelos
seus justos valores nessa data; qualquer diferença entre esses
justos valores é reconhecida nos resultados retidos.
▼B
DATA DE EFICÁCIA
69. Uma entidade deve aplicar esta Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta Norma a um período que tenha início
antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
▼M22
69.A. Os parágrafos 14 e 15 foram eliminados e os parágrafos 15A e 68A
foram adicionados como parte do documento Melhoramentos Intro
duzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009. Uma entidade deve
aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2010. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar as emendas a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
▼B
▼B
OBJECTIVO
O rendimento é definido na Estrutura Conceptual para a Preparação e Apre
sentação de Demonstrações Financeiras como aumentos de benefícios económi
cos durante o período contabilístico na forma de influxos ou aumentos de activos
ou diminuições de passivos que resultem em aumentos no capital próprio, que
não sejam os que se relacionem com contribuições dos participantes do capital
próprio. Os rendimentos englobam tanto os réditos como os ganhos. O rédito é o
rendimento que surge no decurso das actividades ordinárias de uma entidade e é
referido por uma variedade de nomes diferentes incluindo vendas, honorários,
juros, dividendos e royalties. O objectivo desta Norma é o de prescrever o
tratamento contabilístico de réditos que surjam de certos tipos de transacções e
acontecimentos.
ÂMBITO
1. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização do rédito proveniente
das transacções e acontecimentos seguintes:
a) a venda de bens;
b) a prestação de serviços; e
▼B
b) royalties — encargos pelo uso de activos a longo prazo da enti
dade, como, por exemplo, patentes, marcas, direitos de autor e
software de computadores; e
h) a extracção de minérios.
DEFINIÇÕES
7. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
▼B
8. O rédito inclui somente os influxos brutos de benefícios económicos
recebidos e a receber pela entidade de sua própria conta. As quantias
cobradas por conta de terceiros, tais como impostos sobre vendas,
impostos sobre bens e serviços e impostos sobre o valor acrescentado,
não são benefícios económicos que fluam para a entidade e não
resultem em aumentos de capital próprio. Por isso, são excluídos do
rédito. Semelhantemente, num relacionamento de agência, os influxos
brutos de benefícios económicos não resultam em aumentos de capital
próprio para a entidade. As quantias cobradas por conta do capital não
são rédito. Em vez disso, o rédito é a quantia de comissão.
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▼B
MENSURAÇÃO DO RÉDITO
9. O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuição recebida
ou a receber (1).
IDENTIFICAÇÃO DA TRANSACÇÃO
13. Os critérios de reconhecimento nesta Norma são geralmente aplicados
separadamente a cada transacção. Contudo, em certas circunstâncias, é
necessário aplicar os critérios de reconhecimento aos componentes
separadamente identificáveis de uma transacção única a fim de reflec
tir a substância da transacção. Por exemplo, quando o preço da venda
de um produto inclua uma quantia identificável de serviços subse
quentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante
o período em que o serviço seja executado. Inversamente, os critérios
de reconhecimento são aplicados a duas ou mais transacções conjun
tas, quando elas estejam ligadas de tal maneira que o efeito comercial
não possa ser compreendido sem referência às séries de transacções
como um todo. Por exemplo, uma entidade pode vender bens e, ao
mesmo tempo, celebrar um acordo separado para recomprar os bens
numa data posterior, negando assim o efeito substantivo da transac
ção; em tal caso, as duas transacções são tratadas conjuntamente.
(1) Ver também a SIC-31 Rédito — Transacções de Troca Directa Envolvendo Serviços de
Publicidade.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 152
▼B
VENDA DE BENS
14. O rédito proveniente da venda de bens deve ser reconhecido quando
tiverem sido satisfeitas todas as condições seguintes:
▼B
18. O rédito somente é reconhecido quando seja provável que os benefí
cios económicos inerentes à transacção fluam para a entidade. Em tais
casos, isto só está em condições de se verificar depois de a retribuição
ser recebida ou de uma incerteza ser removida. Por exemplo, pode ser
incerto que uma autoridade governamental estrangeira conceda per
missão para remeter a retribuição de uma venda num país estrangeiro.
Quando a permissão seja concedida, a incerteza é retirada e o rédito é
reconhecido. Porém, quando surja uma incerteza acerca da cobrabili
dade de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável ou a
quantia cuja recuperação tenha cessado de ser provável é reconhecida
como gasto e não como um ajustamento da quantia do rédito origi
nalmente reconhecido.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
20. Quando o desfecho de uma transacção que envolva a prestação de
serviços possa ser fiavelmente estimado, o rédito associado com a
transacção deve ser reconhecido com referência à fase de acabamento
da transacção ►M5 no fim do período de relato ◄. O desfecho de
uma transacção pode ser fiavelmente estimado quando todas as con
dições seguintes forem satisfeitas:
(1) Ver também a SIC-27 Avaliação da Substância de Transacções que Envolvam a Forma
Legal de uma Locação e a SIC-31 Rédito — Transacções de Troca Directa Envolvendo
Serviços de Publicidade.
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▼B
23. Uma entidade é geralmente capaz de fazer estimativas fiáveis após ter
concordado com os outros parceiros da transacção no seguinte:
a) os direitos que cada uma das partes está obrigada a cumprir quanto
ao serviço a ser prestado e recebido pelas partes;
▼B
JUROS, ROYALTIES E DIVIDENDOS
29. O rédito proveniente do uso por outros de activos da entidade que
produzam juros, royalties e dividendos deve ser reconhecido nas bases
estabelecidas no parágrafo 30., quando:
31. [Eliminado]
▼M7
32. Quando juros não pagos tenham sido acrescidos antes da aquisição de
um investimento que produza juros, o recebimento subsequente de
juros é imputado entre os períodos de pré e pós aquisição; somente
a parte de pós-aquisição é reconhecida como rédito.
▼B
33. Aos royalties acrescem de acordo com os termos do acordo relevante
e são gradualmente reconhecidas nessa base a menos que, tendo em
atenção a substância do acordo, seja mais apropriado reconhecer o
rédito numa outra base sistemática e racional.
DIVULGAÇÃO
35. As entidades devem divulgar:
i) a venda de bens,
iii) juros,
iv) royalties,
v) dividendos; e
▼B
36. Uma entidade divulga quaisquer activos e passivos contingentes de
acordo com a IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos
Contingentes. Os passivos contingentes e os activos contingentes po
dem surgir de itens tais como custos de garantia, reclamações, pena
lidades ou perdas possíveis.
DATA DE EFICÁCIA
37. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
que cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Janeiro de
1995.
▼M7
38. O documento Custo de um Investimento numa Subsidiária, Entidade
Conjuntamente Controlada ou Associada (emendas à IFRS 1 Adopção
pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro e
à IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas),
emitido em Maio de 2008, emendou o parágrafo 32. Uma entidade
deve aplicar essa emenda prospectivamente aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar as emendas com ela relacionadas, cons
tantes dos parágrafos 4 e 38A da IAS 27, a um período anterior, deve
aplicar a emenda constante do parágrafo 32 em simultâneo.
▼M32
41. A IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitida em maio de 2011, emendou o
parágrafo 6(b). Uma entidade deve aplicar estas alterações quando
aplicar a IFRS 11.
▼M33
42. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 7. Uma entidade deve aplicar esta emenda quando
aplicar a IFRS 13.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 157
▼B
OBJECTIVO
O objectivo desta Norma é o de prescrever a contabilização e a divulgação dos
benefícios dos empregados. A Norma exige que uma entidade reconheça:
ÂMBITO
1. Esta Norma deve ser aplicada por um empregador na contabilização
de todos os benefícios de empregados, excepto aqueles aos quais se
aplica a IFRS 2 Pagamento com Base em Acções.
2. Esta Norma não trata do relato dos planos de benefícios dos empre
gados (ver a IAS 26 Contabilização e Relato dos Planos de Benefí
cios de Reforma).
▼B
d) benefícios de cessação de emprego.
DEFINIÇÕES
7. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼M8
Benefícios a curto prazo de empregados são os benefícios de empre
gados (que não sejam benefícios de cessação de emprego) que se
vencem dentro de doze meses após o final do período em que os
empregados prestem o respectivo serviço.
▼B
Benefícios pós-emprego são benefícios dos empregados (que não se
jam benefícios de cessação de emprego) que sejam pagáveis após a
conclusão do emprego.
▼M8
Outros benefícios a longo prazo de empregados são os benefícios de
empregados (que não sejam benefícios pós-emprego e benefícios de
cessação de emprego) que não se vencem dentro de doze meses após
o final do período em que os empregados prestem o respectivo ser
viço.
▼B
Benefícios por cessação de emprego (terminus) são benefícios dos
empregados pagáveis em consequência de:
▼B
Uma apólice de seguro que se qualifica é uma apólice de seguro (1)
emitida por uma seguradora que não seja uma parte relacionada (como
definido na IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas) da entidade
que relata, se o produto da apólice:
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
▼M8
O retorno dos activos do plano é constituído pelos juros, dividendos e
outros réditos derivados dos activos do plano, juntamente com ganhos
ou perdas realizados e não realizados dos activos do plano, menos
quaisquer custos de administrar o plano (com excepção dos incluídos
nos pressupostos actuariais utilizados para mensurar a obrigação de
benefício definido) e menos qualquer imposto a pagar pelo próprio
plano.
▼B
Ganhos e perdas actuariais compreendem:
▼M8
O custo do serviço passado é a variação do valor presente da obriga
ção de benefício definido quanto ao serviço de empregados em pe
ríodos anteriores, resultante no período corrente da introdução de, ou
alterações a, benefícios pós-emprego ou outros benefícios a longo
prazo dos empregados. O custo do serviço passado pode ser positivo
(quando os benefícios são introduzidos ou modificados de forma que
o valor presente da obrigação de benefício definido aumente) ou
negativo (quando os benefícios existentes são modificados de forma
que o valor presente da obrigação de benefício definido diminua).
▼B
(1) Uma apólice de seguro que se qualifica não é necessariamente um contrato de seguro, tal
como definido na IFRS 4 Contratos de Seguro.
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▼M8
b) ausências compensadas a curto prazo (tais como licença anual paga
e licença por doença paga) em que a compensação das ausências
deve ocorrer dentro do período de doze meses após o final do
período em que os empregados prestam o respectivo serviço;
▼B
c) participação nos lucros e gratificações pagáveis dentro de doze
meses após o final do período em que os empregados prestam o
respectivo serviço; e
Reconhecimento e mensuração
Os parágrafos 11., 14. e 17. explicam como uma entidade deve aplicar
este requisito a benefícios a curto prazo de empregados na forma de
ausências permitidas e de planos de participações nos lucros e de
gratificações.
12. Uma entidade pode remunerar empregados por ausência por variadas
razões incluindo férias, doença e incapacidade a curto prazo, mater
nidade ou paternidade, serviço dos tribunais e serviço militar. O di
reito a ausências permitidas cai em duas categorias:
a) acumuladas; e
b) não acumuladas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 162
▼B
13. As ausências permitidas acumuladas são as que sejam transportadas e
possam ser usadas nos períodos futuros se o direito do período cor
rente não for usado por inteiro. As ausências permitidas acumuladas
podem ser ou adquiridas (por outras palavras, os empregados têm
direito a um pagamento em dinheiro quanto ao direito não utilizado
ao saírem da entidade) ou não adquiridas (quando os empregados não
têm direito a um pagamento a dinheiro pelo direito não utilizado ao
saírem). Surge uma obrigação à medida que os empregados prestam
serviço que aumente o seu direito a ausências permitidas futuras. A
obrigação existe, e é reconhecida, mesmo se as ausências permitidas
forem não adquiridas, embora a possibilidade de os empregados po
derem sair antes de utilizarem direito acumulado não adquirido afecte
a mensuração dessa obrigação.
▼B
Planos de participação nos lucros e de gratificações
17. Uma entidade deve reconhecer o custo esperado dos pagamentos de
participação nos lucros e gratificações segundo o parágrafo 10 quan
do, e só quando:
19. Uma entidade pode não ter obrigação legal de pagar uma gratificação.
Não obstante, em alguns casos, uma entidade tem a prática de pagar
gratificações. Em tais casos, a entidade tem uma obrigação construtiva
porque a entidade não tem alternativa realista senão de pagar a gra
tificação. A mensuração da obrigação construtiva reflecte a possibili
dade de alguns empregados poderem sair sem receberem a gratifica
ção.
20. Uma entidade pode fazer uma estimativa fiável da sua obrigação legal
ou construtiva segundo um plano de participação nos lucros ou de
gratificações quando, e só quando:
▼B
22. Se os pagamentos de participação nos lucros e de gratificações não se
vencerem totalmente dentro de doze meses após o final do período em
que os empregados prestam o respectivo serviço, esses pagamentos
são benefícios a longo prazo de empregados (ver parágrafo 126.-131.).
Divulgação
23. Embora esta Norma não exija divulgações específicas acerca de be
nefícios a curto prazo de empregados, outras Normas podem exigir
divulgações. Por exemplo, a IAS 24 Divulgações de Partes Relacio
nadas exige divulgações acerca de benefícios dos empregados para o
pessoal-chave da gerência. A IAS 1 Apresentação de Demonstrações
Financeiras exige a divulgação de gastos com os benefícios dos
empregados.
26. São exemplos de casos em que uma obrigação de uma entidade não é
limitada à quantia que concorda contribuir para o fundo quando a
entidade tenha uma obrigação legal ou construtiva por meio de:
▼B
b) uma garantia, seja indirectamente através de um plano ou directa
mente, de um retorno especificado nas contribuições; ou
Planos multiempregador
29. Uma entidade deve classificar um plano multiempregador como um
plano de contribuição definida ou como um plano de benefícios de
finidos segundo os termos do plano (incluindo qualquer obrigação
construtiva que vá para além dos termos formais). Sempre que um
plano multiempregador for um plano de benefícios definidos, uma
entidade deve:
b) divulgar:
▼B
ii) a base usada para determinar esse excesso ou défice, e
▼B
32.A. Poderá haver um acordo contratual entre o plano multiempregador e
os seus participantes que determine de que forma o excedente do
plano será distribuído aos participantes (ou o défice financiado). Um
participante num plano multiempregador com um tal acordo que con
tabilize o plano como plano de contribuição definida de acordo com o
parágrafo 30. deve reconhecer o activo ou passivo que resulta do
acordo contratual e o rendimento ou gasto resultante nos lucros ou
prejuízos.
▼M8
32.B. A IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
exige que uma entidade divulgue informações acerca de determinados
passivos contingentes. No contexto de um plano multiempregador, um
passivo contingente pode surgir, por exemplo, de:
▼B
a) perdas actuariais relativas a outras entidades participantes, porque
cada entidade que participe num plano multiempregador partilha
dos riscos actuariais de todos as outras entidades participantes; ou
▼B
Planos de benefícios definidos que partilham riscos entre várias
entidades sob controlo comum
34. Os planos de benefícios definidos que partilham riscos entre várias
entidades sob controlo comum, por exemplo, uma entidade-mãe e as
suas subsidiárias, não são planos multiempregador.
34.A. Uma entidade que participe num tal plano deve obter informações
acerca do plano como um todo mensurado de acordo com a IAS 19
na base de pressupostos que se aplicam ao plano como um todo. Se
houver um acordo contratual ou uma política expressa para debitar o
custo líquido dos benefícios definidos do plano como um todo men
surado de acordo com a IAS 19 a entidades de grupo individuais, a
entidade deve, nas suas demonstrações financeiras separadas ou indi
viduais, reconhecer o custo líquido dos benefícios definidos assim
debitado. Se não houver um tal acordo ou política, o custo líquido
dos benefícios definidos deve ser reconhecido nas demonstrações fi
nanceiras separadas ou individuais da entidade de grupo que é legal
mente o empregador patrocinador do plano. As outras entidades de
grupo devem, nas suas demonstrações financeiras separadas ou indi
viduais, reconhecer um custo igual à sua contribuição a pagar relativa
ao período.
34.B. A participação num tal plano é uma transacção com partes relaciona
das para cada entidade de grupo individual. Uma entidade deve por
tanto, nas suas demonstrações financeiras separadas ou individuais,
fazer as seguintes divulgações:
35. [Eliminado]
Planos estatais
36. Uma entidade deve contabilizar um plano estatal da mesma maneira
que um plano multiempregador (ver parágrafos 29. e 30.).
37. Os planos estatais são estabelecidos pela legislação para cobrir todas
as entidades (ou todas as entidades numa particular categoria, por
exemplo um sector específico) e são operados por um governo nacio
nal ou local ou por outra organização (por exemplo, uma agência
autónoma criada especificamente para esta finalidade) que não está
sujeita a controlo ou influência pela entidade que relata. Alguns pla
nos estabelecidos por uma entidade proporcionam não só benefícios
obrigatórios que são substitutos dos benefícios que de outra forma
seriam cobertos por um plano estatal, bem como benefícios voluntá
rios adicionais. Tais planos não são planos estatais.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 169
▼B
38. Os planos estatais são caracterizados como de natureza de benefícios
definidos ou de contribuição definida com base na obrigação da en
tidade segundo o plano. Muitos planos estatais são financiados numa
base de «pay as you go»: as contribuições são fixadas ao nível que se
espera ser suficiente para pagar os benefícios que se vençam num
mesmo período; benefícios futuros obtidos durante o período corrente
serão pagos de futuras contribuições. Contudo, na maioria dos planos
estatais, a entidade não tem obrigação legal ou construtiva de pagar
esses futuros benefícios: a sua única obrigação é a de pagar as con
tribuições à medida que se vencem e, se a entidade deixar de empre
gar membros do plano estatal, não terá obrigação de pagar os bene
fícios obtidos pelos seus próprios empregados em anos anteriores. Por
esta razão, os planos estatais são normalmente planos de contribuição
definida. Porém, em casos raros, quando um plano estatal for um
plano de benefícios definidos, uma entidade aplica o tratamento pres
crito nos parágrafos 29. e 30.
Benefícios segurados
39. Uma entidade pode pagar prémios de seguro para contribuir para o
fundo de um plano de benefícios pós-emprego. A entidade deve tratar
tal plano como um plano de contribuição definida salvo se a entidade
venha a ter (quer directamente, quer indirectamente através do plano)
uma obrigação legal ou construtiva de:
▼B
42. Quando uma apólice de seguro estiver no nome de um especificado
participante do plano ou de um grupo de participantes do plano e a
entidade não tiver qualquer obrigação legal ou construtiva para cobrir
qualquer perda na apólice, a entidade não tem obrigação de pagar
benefícios aos empregados e o segurador tem a responsabilidade ex
clusiva de pagar os benefícios. Pagamento de prémios fixados se
gundo tais contratos é, em substância, a liquidação da obrigação de
benefícios do empregado e não um investimento para satisfazer a
obrigação. Consequentemente, a entidade deixa de ter um activo ou
um passivo. Portanto, a entidade trata tais pagamentos como contri
buições para um plano de contribuição definida.
Reconhecimento e mensuração
44. Quando um empregado tiver prestado serviço a uma entidade durante
um período, a entidade deve reconhecer a contribuição a pagar para
um plano de contribuição definida em troca desse serviço:
Divulgação
46. Uma entidade deve divulgar a quantia reconhecida como um gasto no
que respeita a planos de contribuição definida.
47. Sempre que exigido pela IAS 24, uma entidade divulga informação
acerca de contribuições para planos de contribuição definida relativa
mente ao pessoal-chave da gerência.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 171
▼B
BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO: PLANOS DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS
48. A contabilização dos planos de benefícios definidos é complexa por
que são necessários pressupostos actuariais para mensurar a obrigação
e o gasto e existe a possibilidade de ganhos e perdas actuariais. Além
disso, as obrigações são mensuradas numa base descontada porque
elas podem ser liquidadas muitos anos após os empregados prestarem
o respectivo serviço.
Reconhecimento e mensuração
49. Os planos de benefícios definidos podem não ter fundo constituído,
ou podem estar total ou parcialmente cobertos pelas contribuições de
uma entidade, e algumas vezes dos seus empregados, para uma enti
dade, ou fundo, que está legalmente separada da entidade que relata e
a partir da qual são pagos os benefícios dos empregados. O paga
mento dos benefícios contribuídos para qualquer fundo quando se
vencem depende não somente da posição financeira e do desempenho
dos investimentos do fundo mas também da capacidade (e vontade) da
entidade de suprir carência nos activos do fundo. Portanto, a entidade
está, em substância a tomar os riscos actuariais e de investimento
associados ao plano. Consequentemente, o gasto reconhecido relativo
a um plano de benefícios definidos não é necessariamente a quantia
da contribuição devida relativa ao período.
▼M33
50. A contabilização por uma entidade dos planos de benefícios definidos
envolve os seguintes passos:
▼B
a) usar técnicas actuariais para fazer uma estimativa credível da quan
tia de benefício que os empregados obtiveram em paga do seu
serviço no período corrente e nos anteriores. Isto exige que uma
entidade determine quanto benefício é atribuível aos períodos cor
rente e anteriores (ver parágrafos 67.-71.) e fazer estimativas (pres
supostos actuariais) acerca de variáveis demográficas (tais como
rotação e mortalidade dos empregados) e variáveis financeiras (tais
como aumentos futuros nos ordenados e nos custos médicos) que
influenciarão o custo do benefício (ver parágrafos 72.-91.);
▼M33
c) mensuração pelo justo valor quaisquer activos do plano (ver pará
grafos 102-104);
▼B
d) determinar a quantia total dos ganhos e perdas actuariais e a
quantia dos ganhos e perdas actuariais a serem reconhecidos (ver
parágrafos 92.-95.);
▼B
51. Nalguns casos, as estimativas, as médias e as simplificações de cál
culo podem proporcionar uma aproximação credível dos cálculos por
menorizados ilustrados nesta Norma.
▼M5
Demonstração da posição financeira
▼B
54. A quantia reconhecida como um passivo de benefícios definidos deve
ser o total líquido das seguintes quantias:
57. Esta Norma encoraja, mas não exige, que uma entidade envolva um
actuário qualificado na mensuração de todas as obrigações materiais
de benefícios pós-emprego. Por razões práticas, uma entidade pode
pedir a um actuário qualificado que leve a efeito uma valorização
pormenorizada da obrigação antes da data ►M5 da demonstração
da posição financeira ◄. Contudo, os resultados dessa valorização
são actualizados devido a quaisquer transacções materiais e outras
alterações materiais nas circunstâncias (incluindo alterações nos pre
ços de mercado e nas taxas de juro) até ►M5 no fim do período de
relato ◄.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 173
▼B
58. A quantia determinada segundo o parágrafo 54. pode ser negativa (um
activo). Uma entidade deve mensurar o activo resultante pelo mais
baixo de:
b) o total de:
(1) Um excedente é um excesso do justo valor dos activos do plano sobre o valor presente
da obrigação de benefícios definidos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 174
▼B
59. Um activo pode surgir quando um plano de benefícios definidos tenha
sido contribuído em excesso ou em certos casos quando sejam reco
nhecidos ganhos actuariais. Uma entidade reconhece um activo em
tais casos porque:
(90)
(110)
Perdas actuariais não reconhecidas
Custo do serviço passado não reconhecido (70)
Aumento não reconhecido no passivo relativo à
adopção inicial da Norma segundo o parágrafo
155.b) (50)
Quantia negativa determinada segundo o parágrafo
(320)
54.
Valor presente de restituições futuras disponíveis e
de reduções em contribuições futuras 90
O limite segundo o parágrafo 58.b) calcula-se
como segue:
Perdas actuariais não reconhecidas 110
Custo do serviço passado não reconhecido 70
Valor presente de restituições futuras disponíveis
e de reduções em contribuições futuras 90
Limite 270
▼B
Lucros ou prejuízos
61. Uma entidade deve reconhecer o total líquido das seguintes quantias
nos lucros ou prejuízos, excepto na medida em que outra Norma exija
ou permita a sua inclusão no custo de um activo:
▼B
65. O Método da Unidade de Crédito Projectada (também conhecido
como método de benefícios acrescidos com pro rata do serviço ou
como método benefício/anos de serviço) vê cada período de serviço
como dando origem a uma unidade adicional do direito do benefício
(ver parágrafos 67.-71.) e mensura cada unidade separadamente para
construir a obrigação final (ver parágrafos 72.-91.).
Ano 1 2 3 4 5
Benefício atribuído a:
— anos anteriores 0 131 262 393 524
— ano corrente (1 % do or
denado final) 131 131 131 131 131
Nota:
▼B
b) a data em que o futuro serviço de um empregado não dará lugar a
uma quantia material de benefícios adicionais segundo o plano,
que não sejam provenientes de novos aumentos de ordenado.
▼B
possam não satisfazer quaisquer requisitos de aquisição. De forma
semelhante, embora determinados benefícios pós-emprego, por exem
plo, benefícios médicos pós-emprego apenas se tornem pagáveis se
ocorrer um acontecimento especificado quando o empregado já não
está empregado, cria-se uma obrigação quando o empregado presta
serviço que proporcionará o direito ao benefício se ocorrer o aconte
cimento especificado. A probabilidade de que o acontecimento espe
cificado ocorrerá afecta a mensuração da obrigação, mas não deter
mina se a obrigação existe ou não.
▼B
▼B
Pressupostos actuariais
72. Os pressupostos actuariais não devem ser preconceituosos e devem ser
mutuamente compatíveis.
▼B
ii) níveis de ordenados futuros e de benefícios (ver parágrafos
83.-87.),
▼B
81. Nalguns casos, não existe um mercado activo em obrigações com uma
maturidade suficientemente longa para balancear com a maturidade
estimada a todos os pagamentos de benefício. Em tais casos, uma
entidade usa taxas de mercado corrente do prazo apropriado para
descontar pagamentos a prazos mais curtos, e estima a taxa de des
conto para vencimentos mais longos ao extrapolar taxas de mercado
correntes ao longo da curva de rendimentos. O valor presente total
numa obrigação de benefícios definidos não é provável ser particular
mente sensível à taxa de desconto aplicada à porção dos benefícios
que seja pagável para além da maturidade final das obrigações das
sociedades ou das obrigações governamentais disponíveis.
▼B
86. Os pressupostos actuariais não reflectem alterações em benefícios futu
ros que não estejam estabelecidas nos termos formais do plano (ou de
uma obrigação construtiva) ►M5 no fim do período de relato ◄. Tais
alterações resultarão de:
▼B
b) 10 % do justo valor de quaisquer activos do plano nessa data.
►M5 93.A. Se, tal como permitido pelo parágrafo 93, uma entidade adop
tar uma política de reconhecimento de ganhos e perdas actuariais no
período em que ocorram, ela pode reconhecê-los em outro rendimento
integral, de acordo com os parágrafos 93B-93D, desde que ◄ o faça
para:
▼M5
93.B. Os ganhos e perdas actuariais reconhecidos em outro rendimento
integral tal como permitido pelo parágrafo 93A devem ser apresenta
dos na demonstração do rendimento integral.
▼B
94. Os ganhos e perdas actuariais podem resultar de aumentos ou dimi
nuições seja no valor presente de uma obrigação de benefícios defi
nidos seja no justo valor de quaisquer activos do plano relacionados.
As causas de ganhos e perdas actuariais incluem, por exemplo:
▼B
95. A longo prazo, os ganhos e perdas actuariais podem compensar-se uns
com os outros. Por conseguinte, as estimativas das obrigações de
benefícios pós-emprego podem ser vistas como um intervalo (ou
«corridor») à volta da melhor estimativa. Permite-se, mas não se exige
que uma entidade reconheça ganhos e perdas actuariais que caiam
dentro desse intervalo. Esta Norma exige que uma entidade reconheça,
como mínimo, uma porção especificada dos ganhos e perdas actuariais
que caiam fora de um «corridor» de mais ou menos 10 %. [O Apên
dice A ilustra, entre outras coisas, o tratamento de ganhos e perdas
actuariais.] A Norma permite também métodos sistemáticos de reco
nhecimento acelerado, na condição de que esses métodos satisfaçam
as condições estabelecidas no parágrafo 93. Tais métodos permitidos
incluem, por exemplo, o reconhecimento imediato de todos os ganhos
e perdas actuariais, tanto dentro como fora do «corridor». O parágrafo
155.b)iii) explica a necessidade de considerar qualquer parte não re
conhecida do passivo de transição na contabilização dos subsequentes
ganhos actuariais.
▼M8
97. O custo do serviço passado surge quando uma entidade introduz um
plano de benefício definido que atribui benefícios ao serviço passado
ou altera os benefícios a pagar por esse serviço ao abrigo de um plano
de benefício definido existente. Tais alterações são em paga do ser
viço dos empregados durante o período até os respectivos benefícios
serem adquiridos. Por conseguinte, a entidade reconhece o custo do
serviço passado durante esse período, independentemente do facto de
o custo se referir ao serviço dos empregados em períodos anteriores.
A entidade afere o custo do serviço passado como a alteração no
passivo resultante da emenda (ver parágrafo 64). Surge um custo do
serviço passado negativo quando uma entidade modifica os benefícios
atribuíveis ao serviço passado por forma a que o valor presente da
obrigação de benefício definido diminua.
▼B
270
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 186
▼B
▼M8
98. O custo do serviço passado exclui:
▼B
99. Uma entidade estabelece o mapa de amortizações relativo ao custo do
serviço passado quando os benefícios são introduzidos ou alterados.
Seria impraticável manter os registos pormenorizados necessários para
identificar e implementar alterações subsequentes nesse mapa das
amortizações. Além disso, só é provável que o efeito seja material
quando haja um corte ou uma liquidação. Por conseguinte, uma en
tidade só altera o mapa de amortizações relativo ao custo do serviço
passado se houver um corte ou liquidação.
▼B
Reconhecimento e mensuração: activos do plano
▼B
103. Os activos do plano excluem contribuições não pagas devidas para o
fundo pela entidade que relata, bem como quaisquer instrumentos
financeiros não transferíveis emitidos pela entidade e detidos pelo
fundo. Os activos do plano são reduzidos por quaisquer passivos do
fundo que não se relacionem com os benefícios dos empregados, por
exemplo, contas a pagar e passivos comerciais e activos resultantes de
instrumentos financeiros derivados.
Reembolsos
104.A. Quando, e só quando, for virtualmente certo que uma outra parte
reembolsará alguns ou todos os dispêndios necessários para liquidar
uma obrigação de benefícios definidos, uma entidade deve reconhecer
o seu direito ao reembolso como um activo separado. A entidade deve
mensurar o activo ao justo valor. Em todos ou outros aspectos, uma
entidade deve tratar esse activo do mesmo modo que os activos do
plano. Na ►M5 demonstração do rendimento integral ◄, o gasto
relativo a um plano de benefícios definidos deve ser apresentado
líquido da quantia reconhecida de um reembolso.
104.B. Algumas vezes, uma entidade está em condições de pedir que uma
outra parte, tal como uma seguradora, pague parte ou a totalidade do
dispêndio necessário para liquidar uma obrigação de benefícios defi
nidos. Apólices de seguros elegíveis, como definidas no parágrafo 7.,
são activos do plano. Uma entidade contabiliza apólices de seguros
elegíveis da mesma maneira que os outros activos do plano e o
parágrafo 104. A não se aplica (ver parágrafos 39.-42. e 104.).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 188
▼B
104.C. Quando uma apólice de seguro não for uma apólice de seguro elegível
não é um activo do plano. O parágrafo 104.A trata de tais casos: a
entidade reconhece o seu direito ao reembolso de acordo com a apó
lice de seguro como um activo separado, e não como uma dedução ao
determinar o passivo de benefícios definidos reconhecidos de acordo
com o parágrafo 54.; em todos os outros aspectos, a entidade trata
esse activo do mesmo modo que os activos do plano. Em particular, o
passivo de benefícios definidos reconhecido de acordo com o pará
grafo 54. é aumentado (reduzido) até ao ponto em que os ganhos
(perdas) actuariais acumulados líquidos da obrigação de benefícios
definidos e do respectivo direito ao reembolso fiquem por reconhecer
de acordo com os parágrafos 92. e 93. O parágrafo 120.A.f)iv) exige
que a entidade divulgue uma breve descrição da ligação entre o direito
ao reembolso e a respectiva obrigação.
▼B
▼B
107. Ao determinar o retorno real e esperado dos activos do plano, uma
entidade deduz os custos esperados de administração, que não sejam
os incluídos nos pressupostos actuariais usados para mensurar a obri
gação.
Cortes e liquidações
109. Uma entidade deve reconhecer ganhos ou perdas no corte ou na
liquidação de um plano de benefícios definidos quando o corte ou
liquidação ocorrer. O ganho ou perda de um corte ou liquidação deve
compreender:
▼M8
111. Um corte ocorre quando uma entidade:
▼M8
111.A. Quando uma alteração do plano reduz os benefícios, apenas o efeito
da redução para o serviço futuro é um corte. O efeito de qualquer
redução do serviço passado é um custo do serviço passado negativo.
▼B
112. Ocorre uma liquidação quando uma entidade celebra uma transacção
que elimina todas as futuras obrigações construtivas ou legais relati
vamente a parte ou todos os benefícios proporcionados por um plano
de benefícios definidos, por exemplo quando um pagamento único em
dinheiro é feito a, ou a favor de, os participantes do plano, em troca
dos seus direitos de receber benefícios pós-emprego especificados.
▼M31
113. O justo valor de quaisquer activos do plano é deduzido na determi
nação do défice ou excedente.
▼B
114. Ocorre uma liquidação juntamente com um corte se um plano for
terminado de forma tal que a obrigação é liquidada e o plano deixa
de existir. Porém, o término de um plano não é um corte ou liquida
ção se o plano for substituído por um novo plano que ofereça bene
fícios que, em substância, sejam idênticos.
▼B
180 (100) 80
Ganhos actuariais não reconheci
dos 50 (5) 45
Quantia transitória não reconhe
cida (100 × 4/5) (80) 8 (72)
Passivo líquido reconhecido
►M5 na demonstração da posição
financeira ◄ 150 (97) 53
Apresentação
Compensação
116. Uma entidade deve compensar um activo relativo a um plano com um
passivo relativo a outro plano quando, e só quando, a entidade:
Divulgação
120. Uma entidade deve divulgar informações que permitam aos utentes
das demonstrações financeiras avaliar a natureza dos seus planos de
benefícios definidos e os efeitos financeiros das alterações nesses
planos durante o período.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 193
▼M5
120.A. Uma entidade deve divulgar a seguinte informação sobre planos de
benefícios definidos:
▼B
a) a política contabilística da entidade para reconhecer ganhos e
perdas actuariais;
ix) cortes e
x) liquidações;
viii) liquidações;
▼B
ii) o custo do serviço passado não reconhecido ►M5 na de
monstração da posição financeira ◄ (ver parágrafo 96.),
▼M5
h) a quantia total reconhecida em outro rendimento integral para cada
um dos seguintes itens:
▼B
i) ganhos e perdas actuariais, e
▼M5
i) para entidades que reconhecem ganhos e perdas actuariais em
outro rendimento integral de acordo com o parágrafo 93A, a
quantia cumulativa de ganhos e perdas actuariais reconhecida
em outro rendimento integral;
▼B
j) para cada categoria principal de activos do plano, que devem
incluir, entre outros, instrumentos de capital próprio, instrumentos
de dívida, propriedade, e todos os outros activos, a percentagem
ou quantia de cada categoria principal constituindo o justo valor
do total dos activos do plano;
▼B
l) uma descrição narrativa da base usada para determinar a taxa
esperada global de retorno dos activos, incluindo o efeito das
principais categorias de activos do plano;
i) as taxas de desconto,
▼B
ii) os ajustamentos de experiência resultantes do seguinte:
121. O parágrafo 120.A.b) exige uma descrição geral do tipo de plano. Tal
descrição distingue, por exemplo, planos de pensões de ordenado
nivelado de planos de pensões de ordenado final e de planos médicos
pós-emprego. A descrição do plano deve incluir práticas informais que
dêem origem a obrigações construtivas incluídas na mensuração da
obrigação de benefícios definidos de acordo com o parágrafo 52. Mais
detalhe não é necessário.
124. Quando exigido pela IAS 24, uma entidade divulga informação sobre:
125. Quando exigido pela IAS 37, uma entidade divulga informação sobre
passivos contingentes resultantes de obrigações de benefícios pós-em
prego.
▼B
b) benefícios de jubileu ou por outro serviço duradouro;
Reconhecimento e mensuração
128. A quantia reconhecida como um passivo relativa a outros benefícios a
longo prazo de empregados deve ser o total líquido das seguintes
quantias:
▼B
130. Uma forma de outros benefícios a longo prazo do empregado é be
nefício de incapacidade a longo prazo. Se o nível do benefício de
pende da duração do serviço, uma obrigação surge quando o serviço é
prestado. A mensuração dessa obrigação reflecte a probabilidade desse
pagamento ser obrigatório e a duração do tempo durante o qual se
espera que o pagamento seja feito. Se o nível do benefício for o
mesmo para qualquer empregado inválido independentemente dos
anos de serviço, o custo esperado desses benefícios é reconhecido
quando ocorre um acontecimento que cause uma incapacidade a longo
prazo.
Divulgação
131. Embora esta Norma não exija divulgações específicas acerca de outros
benefícios a longo prazo de empregados, outras Normas podem exigir
divulgações, por exemplo, quando o gasto resultante desses benefícios
for material e dessa forma exigisse divulgação de acordo com a IAS
1. Quando exigido pela IAS 24, uma entidade divulga informação
acerca de outros benefícios a longo prazo de empregados para o
pessoal-chave da gerência.
Reconhecimento
133. Uma entidade deve reconhecer benefícios de cessação de emprego
como um passivo e um gasto quando, e somente quando, a entidade
esteja comprometida de uma forma demonstrável, ou a:
▼B
135. Uma entidade pode estar comprometida, pela legislação, por acordos
contratuais ou outros com empregados ou os seus representantes ou
por uma obrigação construtiva baseada na prática da entidade, cos
tume ou um desejo de agir com equidade, a fazer pagamentos (ou
proporcionar outros benefícios) aos empregados quando dá por ces
sado o seu emprego. Tais pagamentos são benefícios de cessação.
Benefícios de cessação de emprego são tipicamente pagamentos de
quantia única, mas por vezes também incluem:
Mensuração
139. Sempre que benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de
12 meses ►M5 após o período de relato ◄, eles devem ser descon
tados usando a taxa de desconto especificada no parágrafo 78.
Divulgação
141. Quando existir uma incerteza acerca do número de empregados que
aceitarão uma oferta de benefícios de cessação de emprego, existe um
passivo contingente. Conforme exigido pela IAS 37, uma entidade
divulga informação acerca do passivo contingente salvo se a possibi
lidade de qualquer exfluxo na liquidação for remota.
▼B
143. Quando exigido pela IAS 24, uma entidade divulga informação sobre
benefícios de cessação de emprego relativos ao pessoal-chave da ge
rência.
144.-152. [Eliminados]
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
153. Esta secção especifica o tratamento transitório para planos de benefí
cios definidos. Quando uma entidade adoptar pela primeira vez esta
Norma para outros benefícios dos empregados, a entidade aplica a
IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabi
lísticas e Erros.
154. Quando adoptar pela primeira vez esta Norma, uma entidade deve
determinar o seu passivo de transição para planos de benefícios defi
nidos nessa data como:
155. Se o passivo de transição for maior do que o passivo que teria sido
reconhecido na mesma data segundo a anterior política contabilística
da entidade, a entidade deve fazer uma escolha irrevogável para reco
nhecer esse aumento como parte do seu passivo de benefícios defini
dos segundo o parágrafo 54.:
b) como um gasto numa base de linha recta durante e até cinco anos
da data de adopção. Se uma entidade escolher b), a entidade deve:
▼B
156. Na adopção inicial da Norma, o efeito da alteração na política con
tabilística inclui todos os ganhos e perdas actuariais que surjam em
períodos anteriores mesmo se eles caírem dentro de 10 % do «corri
dor» especificado no parágrafo 92.
DATA DE EFICÁCIA
157. Esta Norma entra em vigor para as demonstrações financeiras que
cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Janeiro de 1999,
excepto conforme especificado nos parágrafos 159.-159.C. É encora
jada a adopção mais cedo. Se uma entidade aplicar esta Norma a
custos de benefícios de reforma para demonstrações financeiras que
cubram períodos que comecem antes de 1 de Janeiro de 1999, a
entidade deve divulgar o facto de que aplica esta Norma em vez da
IAS 19 Benefícios dos Empregados aprovada em 1993.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 202
▼B
158. Esta Norma substitui a IAS 19 Benefícios dos Empregados aprovada
em 1993.
159.B. Uma entidade deve aplicar as emendas aos parágrafos 32.A., 34.-
-34.B., 61. e 120.-121. a períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2006. É encorajada a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar estas emendas a um período com início antes de 1 de
Janeiro de 2006, ela deve divulgar esse facto.
159.C. A opção dos parágrafos 93.A.-93.D. pode ser usada para períodos
anuais que terminem em ou após 16 de Dezembro de 2004. Uma
entidade que use a opção para períodos anuais com início antes de
1 de Janeiro de 2006 deve também aplicar as emendas dos parágrafos
32.A., 34.-34.B., 61. e 120.-121.
▼M8
159.D. Os parágrafos 7, 8 (b), 32B, 97, 98 e 111 foram alterados e o pará
grafo 111A foi adicionado com base no documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve
aplicar as emendas aos parágrafos 7, 8(b), 32B aos períodos anuais
com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um período anterior,
deve divulgar esse facto. Uma entidade deve aplicar as emendas aos
parágrafos 97, 98, 111 e 111A às alterações dos benefícios ocorridas
em ou após 1 de Janeiro de 2009.
▼M5
161. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou os parágrafos 93A-93D, 106 (Exem
plo) e 120A. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma entidade
aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as emendas
deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M33
162. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 7 e emendou os parágrafos 50 e 102. Uma entidade
deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
▼M31
174. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 8 e o parágrafo 113. Uma entidade deve aplicar
esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 204
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 20
▼M8
b) apoios governamentais prestados a uma entidade sob a forma de
benefícios que estão disponíveis na determinação do lucro tributá
vel ou da perda fiscal, ou são determinados ou limitados com base
no passivo do imposto sobre o rendimento. Os exemplos de tais
benefícios são isenções temporárias do imposto sobre o rendimen
to, créditos fiscais por investimentos, permissão de depreciações
aceleradas e taxas reduzidas de impostos sobre o rendimento;
▼B
c) a participação do governo na propriedade (capital) da entidade; e
DEFINIÇÕES
3. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
(1) No quadro dos Melhoramentos introduzidos nas IFRS, documento emitido em Maio de
2008, e a fim de assegurar a coerência com as outras IFRS, o Conselho alterou a
terminologia utilizada nesta Norma do seguinte modo:
(a) «rendimento colectável» foi alterado para «lucro tributável ou perda fiscal»,
(b) «reconhecidos como rendimentos/gastos» foi alterado para «reconhecidos como lu
cros ou perdas»,
(c) «directamente creditados ao capital próprio» foi alterado para «reconhecidos fora dos
lucros ou perdas»; e
(d) «revisão de uma estimativa contabilística» foi alterada para «alteração de uma
estimativa contabilística».
(2) Ver também a SIC-10 Apoios Governamentais —Sem Relação Específica com Activida
des Operacionais.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 205
▼B
Subsídios relacionados com activos são subsídios governamentais cuja
condição primordial é a de que a entidade que a eles se propõe deve
comprar, construir ou por qualquer forma adquirir activos a longo
prazo. Podem também estar ligadas condições subsidiárias restrin
gindo o tipo ou a localização dos activos ou dos períodos durante
os quais devem ser adquiridos ou detidos.
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
▼B
4. O apoio governamental toma muitas formas variando quer na natureza
da assistência dada quer nas condições que estão geralmente ligadas a
ele. O propósito dos apoios pode ser o de encorajar uma entidade a
seguir um certo rumo que ela normalmente não teria tomado se o
apoio não fosse proporcionado.
SUBSÍDIOS GOVERNAMENTAIS
7. Os subsídios governamentais, incluindo subsídios não monetários pelo
justo valor, só devem ser reconhecidos após existir segurança de que:
▼M8
10.A. O benefício de um empréstimo governamental com uma taxa de juro
inferior à do mercado é tratado como um subsídio governamental. O
empréstimo deve ser reconhecido e aferido em conformidade com a
IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. O
benefício da taxa de juro inferior à do mercado deve ser medido como
a diferença entre a quantia escriturada inicial do empréstimo determi
nada em conformidade com a IAS 39 e os proventos recebidos. O
benefício é contabilizado em conformidade com a presente norma. A
entidade deve ter em conta as condições e obrigações que foram, ou
devem ser, satisfeitas ao identificar os custos que o benefício do
empréstimo visa compensar.
▼B
11. Uma vez que o subsídio governamental seja reconhecido, qualquer
contingência relacionada será tratada de acordo com a IAS 37 Provi
sões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.
▼M8
12. Os subsídios governamentais devem ser reconhecidos como lucros ou
perdas numa base sistemática durante os períodos nos quais a entidade
reconhece como gastos os custos relativos, que os subsídios visam
compensar.
▼M8
16. É fundamental para a abordagem pelos rendimentos que os subsídios
governamentais sejam reconhecidos como lucros ou perdas numa base
sistemática durante os períodos nos quais a entidade reconhece como
gastos os custos associados que o subsídio visa compensar. O reco
nhecimento dos subsídios governamentais como lucros ou perdas na
base de recebimentos não está de acordo com o princípio contabilís
tico do acréscimo (ver IAS 1 Apresentação de Demonstrações Finan
ceiras) e tal só seria aceitável se não existisse qualquer outra base
para imputar os subsídios a períodos, que não fosse a de os imputar
aos períodos em que são recebidos.
17. Na maioria dos casos, os períodos durante quais uma entidade reco
nhece os custos ou gastos relacionados com um subsídio governamen
tal podem ser determinados rapidamente. Desta forma, os subsídios
concedidos para cobrir gastos específicos são reconhecidos como lu
cros ou perdas no mesmo período que os gastos relevantes. Do
mesmo modo, os subsídios relacionados com os activos depreciáveis
são geralmente reconhecidos em lucro ou perda durante os períodos e
nas proporções nas quais o gasto de depreciação desses activos é
reconhecido.
▼B
19. Os subsídios são algumas vezes recebidos como um pacote de ajudas
financeiras ou fiscais a que está associado um certo número de con
dições. Em tais casos, é necessário cuidado na identificação das con
dições que dão origem aos custos e gastos que determinam os perío
dos durante os quais o subsídio será obtido. Pode ser apropriado
imputar parte de um subsídio numa determinada base e parte numa
outra.
▼M8
20. Um subsídio governamental que se torna recebível como compensa
ção por gastos ou perdas já incorridos ou para a finalidade de dar
suporte financeiro imediato à entidade sem qualquer futuro custo
relacionado deve ser reconhecido com lucro ou perda do período
em que se tornar recebível.
▼B
Subsídios governamentais não monetários
23. Um subsídio governamental pode tomar a forma de transferência de
um activo não monetário, tal como terrenos ou outros recursos, para
uso da entidade. Nestas circunstâncias é usual avaliar o justo valor do
activo não monetário e contabilizar quer o subsídio, quer o activo por
esse justo valor. Um processo alternativo que algumas vezes se segue
é o de registar tanto o activo como o subsídio por uma quantia
nominal.
▼M8
26. Um método reconhece o subsídio como rendimentos diferidos que são
reconhecidos como lucro ou perda numa base sistemática durante a
vida útil do activo.
▼B
28. A compra de activos e o recebimento dos subsídios relacionados
podem causar movimentos importantes no fluxo de caixa de uma
entidade. Por esta razão, e a fim de mostrar o investimento bruto
em activos, tais movimentos são muitas vezes divulgados como itens
separados na demonstração dos fluxos de caixa sem atender a se o
subsídio é ou não deduzido do respectivo activo ►M5 para finalida
des de apresentação na demonstração da posição financeira ◄.
__________
▼B
30. Os que apoiam o primeiro método reivindicam que não é apropriado
compensar os elementos de rendimentos e de gastos e que a separação
do subsídio dos gastos facilita a comparação com outros gastos não
afectados por um subsídio. Pelo segundo método, é argumentado que
os gastos poderiam muito bem não ter sido incorridos pela entidade se
o subsídio não tivesse ficado disponível sendo por isso enganosa a
apresentação do gasto sem compensar o subsídio.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 209
▼B
31. Ambos os métodos são vistos como aceitáveis para a apresentação dos
subsídios relacionados com rendimentos. A divulgação do subsídio
pode ser necessária para a devida compreensão das demonstrações
financeiras. É geralmente apropriada a divulgação do efeito do subsí
dio em qualquer item do rendimento ou do gasto que seja necessário
divulgar separadamente.
▼B
33. Perante as circunstâncias que dão origem ao reembolso de um subsí
dio relacionada com um activo, pode ser necessário tomar em consi
deração a possível imparidade da nova quantia escriturada do activo.
APOIOS GOVERNAMENTAIS
34. Certas formas de apoio governamental que não possam ter um valor
razoavelmente atribuído são excluídas da definição de apoio governa
mental dada no parágrafo 3, assim como as transacções com o go
verno que não possam ser distinguidas das operações comerciais nor
mais da entidade.
35. São exemplos de apoio que não podem de uma maneira razoável ter
valor atribuído os conselhos técnicos e de comercialização gratuitos e
a concessão de garantias. Um exemplo de apoio que não pode ser
distinguido das operações comerciais normais da entidade é o da
política de aquisições do governo a qual seja responsável por parte
das vendas da entidade. A existência do benefício pode ser indiscu
tível mas qualquer tentativa de segregar as actividades comerciais das
do apoio governamental pode muito bem ser arbitrária.
36. O significado do benefício nos exemplos atrás pode ser tal que a
divulgação da natureza, extensão e duração do apoio seja necessária
a fim de que as demonstrações financeiras não sejam enganosas.
▼M8
__________
▼B
38. Nesta Norma, o apoio governamental não inclui o fornecimento de
infra-estruturas através da melhoria da rede de transportes e de comu
nicações gerais e o fornecimento de meios melhorados, tais como
irrigação ou rede de águas que fiquem disponíveis numa base contí
nua e indeterminada para o benefício de toda uma comunidade local.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 210
▼B
DIVULGAÇÃO
39. Devem ser divulgados os assuntos seguintes:
a) a política contabilística adoptada para os subsídios governamentais,
incluindo os métodos de apresentação adoptados nas demonstra
ções financeiras;
b) a natureza e a extensão dos subsídios governamentais reconhecidos
nas demonstrações financeiras e a indicação de outras formas de
apoio governamental de que a entidade tenha directamente bene
ficiado; e
c) condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio
governamental que tenham sido reconhecidas.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
40. Uma entidade que adopte a Norma pela primeira vez deve:
a) cumprir os requisitos de divulgação, quando apropriados; e
b) ou:
i) ajustar as demonstrações financeiras pelas alterações na política
contabilística de acordo com a IAS 8, ou
ii) aplicar as disposições contabilísticas da Norma só a subsídios
ou a partes de subsídios que se tornem recebíveis ou reembol
sáveis após a data de eficácia da Norma.
DATA DE EFICÁCIA
41. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
que cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Janeiro de
1984.
▼M5
42. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, adicionou o parágrafo 29A. Uma entidade deve
aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
▼M8
43. O parágrafo 37 foi suprimido e o parágrafo 10A foi adicionado com
base no documento Melhoramentos introduzidos nas IFRS, emitido
em Maio de 2008. Uma entidade deve aplicar essas emendas pros
pectivamente a empréstimos governamentais obtidos em períodos que
começam em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um período anterior,
deve divulgar esse facto.
▼M33
45. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 3. Uma entidade deve aplicar esta emenda quando
aplicar a IFRS 13.
▼M31
46. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou o
parágrafo 29 e suprimiu o parágrafo 29A. Uma entidade deve aplicar
estas emendas quando aplicar a IAS 1 (conforme emendada em Junho
de 2011).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 211
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 21
OBJECTIVO
1. Uma entidade pode levar a efeito actividades estrangeiras de duas
maneiras. Pode ter transacções em moeda estrangeira ou pode ter
unidades operacionais estrangeiras. Além disso, uma entidade pode
apresentar as suas demonstrações financeiras numa moeda estrangeira.
O objectivo desta Norma é prescrever como se deve incluir transac
ções em moeda estrangeira e unidades operacionais estrangeiras nas
demonstrações financeiras de uma entidade e como se deve transpor
demonstrações financeiras para uma moeda de apresentação.
ÂMBITO
3. Esta Norma deve ser aplicada (1):
▼B
DEFINIÇÕES
8. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
▼B
Moeda estrangeira é uma moeda que não seja a moeda funcional da
entidade.
Moeda funcional
a) a moeda:
▼B
10. Os seguintes factores podem também proporcionar evidência relativa
mente à moeda funcional de uma entidade:
▼B
Investimento líquido numa unidade operacional estrangeira
15. Uma entidade pode ter um item monetário que seja a receber de ou a
pagar a uma unidade operacional estrangeira. Um item cuja liquidação
não esteja planeada nem seja provável que ocorra num futuro previ
sível faz parte, em substância, do investimento líquido da entidade
nessa unidade operacional estrangeira, sendo contabilizado em confor
midade com os parágrafos 32. e 33. Tais itens monetários podem
incluir contas a receber ou empréstimos de longo prazo. Não incluem
contas a receber comerciais nem contas a pagar comerciais.
Itens monetários
16. A característica essencial de um item monetário é um direito de
receber (ou uma obrigação de entregar) um número fixo ou determi
nável de unidades monetárias. Exemplos incluem: pensões e outros
benefícios de empregados a serem pagos em numerário; provisões que
devam ser liquidadas em numerário; e dividendos em numerário que
sejam reconhecidos como um passivo. Da mesma forma, um contrato
para receber (ou entregar) um número variável dos instrumentos de
capital próprio da entidade ou uma quantidade variável de activos dos
quais o justo valor a receber (ou a entregar) equivalha a um número
fixo ou determinável de unidades monetárias é um item monetário.
Pelo contrário, a característica essencial de um item não monetário é a
ausência de um direito de receber (ou de uma obrigação de entregar)
um número fixo ou determinável de unidades monetárias. Exemplos
incluem: quantias pré-pagas de bens e serviços (por exemplo, a renda
pré-paga); goodwill; activos intangíveis; inventários; activos fixos tan
gíveis; e provisões que devam ser liquidadas pela entrega de um
activo não monetário.
▼B
18. Muitas entidades que relatam compreendem um número de entidades
individuais (por exemplo, um grupo é composto por uma
empresa-mãe e uma ou mais subsidiárias). Vários tipos de entidades,
sejam membros de um grupo ou diferentemente, podem ter investi
mentos em associadas ou ►M32 acordos conjuntos ◄. Também
podem ter sucursais. É necessário que os resultados e a posição fi
nanceira de cada entidade individual incluída na entidade que relata
sejam transpostos para a moeda na qual a entidade que relata apre
senta as suas demonstrações financeiras. Esta Norma permite que a
moeda de apresentação de uma entidade que relata seja qualquer
moeda (ou moedas). Os resultados e a posição financeira de qualquer
entidade individual da entidade que relata e cuja moeda funcional
difira da moeda de apresentação são transpostos de acordo com os
parágrafos 38.-50.
►M32 19. Esta Norma também permite que uma entidade autónoma que
prepare demonstrações financeiras ou uma entidade que prepare de
monstrações financeiras separadas de acordo com a IAS 27 Demons
trações Financeiras Separadas apresente as suas demonstrações fi
nanceiras em qualquer moeda (ou moedas). ◄ Se a moeda de apre
sentação da entidade diferir da sua moeda funcional, os seus resulta
dos e posição financeira também são transpostos para a moeda de
apresentação de acordo com os parágrafos 38.-50.
Reconhecimento inicial
20. Uma transacção em moeda estrangeira é uma transacção que seja
denominada ou exija liquidação numa moeda estrangeira, incluindo
transacções que resultem de quando uma entidade:
▼M5
▼B
a) os itens monetários em moeda estrangeira devem ser transpostos
pelo uso da taxa de fecho;
▼M33
c) os elementos não monetários mensurados pelo justo valor
numa moeda estrangeira devem ser transpostos utilizando as
taxas de câmbio à data em que o justo valor foi mensurado.
▼B
24. A quantia escriturada de um item é determinada em conjunto com
outras Normas relevantes. Por exemplo, os activos fixos tangíveis
podem ser mensurados em termos de justo valor ou custo histórico
de acordo com a IAS 16 Activos Fixos Tangíveis. Quer a quantia
escriturada seja determinada na base do custo histórico, quer na
base do justo valor, se a quantia for determinada numa moeda estran
geira, ela deve ser transposta para a moeda funcional de acordo com
esta Norma.
O efeito desta comparação pode ser que uma perda por imparidade
seja reconhecida na moeda funcional, mas não seja reconhecida na
moeda estrangeira, ou vice-versa.
▼B
28. As diferenças de câmbio resultantes da liquidação de itens monetários
ou da transposição de itens monetários a taxas diferentes daquelas a
que foram transpostos no reconhecimento inicial durante o período ou
em demonstrações financeiras anteriores devem ser reconhecidas nos
lucros ou prejuízos do período em que ocorram, excepto tal como
descrito no parágrafo 32.
▼B
34. Quando uma entidade mantiver os seus livros e registos numa moeda
diferente da sua moeda funcional, no momento em que a entidade
preparar as suas demonstrações financeiras, todas as quantias são
transpostas para a moeda funcional de acordo com os parágrafos
20.-26. Isto resulta nas mesmas quantias na moeda funcional que
teriam ocorrido se os itens tivessem sido registados inicialmente na
moeda funcional. Por exemplo, os itens monetários são transpostos
para a moeda funcional usando a taxa de fecho, e os itens não mo
netários que são mensurados numa base do custo histórico são trans
postos usando a taxa de câmbio à data da transacção que resultou no
seu reconhecimento.
▼M31
39. Os resultados e a posição financeira de uma entidade cuja moeda
funcional não seja a moeda de uma economia hiperinflacionária de
vem ser convertidos para uma moeda de apresentação diferente
usando os seguintes procedimentos:
▼B
a) os activos e passivos de cada ►M5 demonstração da posição
financeira ◄ apresentada (i.e., incluindo comparativos) devem
ser transpostos ►M5 à taxa de fecho na data dessa demonstração
da posição financeira ◄;
▼M31
b) os rendimentos e gastos para cada divulgação que apresenta os
resultados e o outro rendimento integral (incluindo portanto infor
mação comparativa) devem ser convertidos usando a taxa de câm
bio à data das transacções; e
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 219
▼B
c) todas as diferenças de câmbio resultantes devem ser reconhecidas
►M5 em outro rendimento integral ◄.
40. Por razões práticas, é muitas vezes usada uma taxa que se aproxime
das taxas de câmbio à data das transacções, por exemplo, uma taxa
média do período, para transpor os itens de rendimentos e de gastos.
Porém, se as taxas de câmbio variarem significativamente, o uso da
taxa média de um período não é apropriado.
▼M5
a) da transposição de rendimentos e gastos às taxas de câmbio nas
datas das transacções e de activos e passivos à taxa de fecho;
▼B
b) da transposição dos activos líquidos de abertura a uma taxa de
fecho que difira da taxa de fecho anterior.
▼B
Transposição de uma unidade operacional estrangeira
44. Os parágrafos 45.-47., além dos parágrafos 38.-43., aplicam-se quando
os resultados e a posição financeira de uma unidade operacional es
trangeira são transpostos para uma moeda de apresentação a fim de
que a unidade operacional estrangeira possa ser incluída nas demons
trações financeiras da entidade que relata pela consolidação
►M32
__________ ◄ ou pelo método de equivalência patrimo
nial.
▼M11
Alienação ou alienação parcial de uma unidade operacional es
trangeira
▼M5
48. Com a alienação de uma unidade operacional estrangeira, a quantia
cumulativa das diferenças de câmbio relacionadas com essa unidade
operacional estrangeira, reconhecida em outro rendimento integral e
acumulada num componente separado do capital próprio, deve ser
reclassificada do capital próprio para os lucros ou prejuízos (como
ajustamento de reclassificação) quando o ganho ou perda resultante da
alienação for reconhecido (ver IAS 1 Apresentação de Demonstrações
Financeiras (tal como revista em 2007)).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 221
▼M32
48.A. Para além da cessão da totalidade dos interesses de uma entidade
numa operação estrangeira, são contabilizadas como cessões as se
guintes cessões parciais:
(c) [suprimida]
▼M11
48.B. Na alienação de uma subsidiária que inclua uma unidade operacional
estrangeira, a quantia acumulada das diferenças de câmbio relaciona
das com a unidade operacional estrangeira que tenham sido atribuídas
aos interesses que não controlam deve ser desreconhecida, mas não
deve ser reclassificada nos lucros ou prejuízos.
▼M7
49. Uma entidade pode alienar total ou parcialmente os seus interesses
numa unidade operacional estrangeira pela venda, pela liquidação,
pelo reembolso do capital por acções ou pelo abandono de parte ou
da totalidade dessa entidade. Uma redução da quantia escriturada de
uma unidade operacional estrangeira, quer devido às suas próprias
perdas ou por causa de uma imparidade reconhecida pelo investidor,
não constitui uma alienação parcial. Em conformidade, nenhuma parte
do ganho ou perda cambial reconhecida em outro rendimento integral
é reclassificada nos lucros ou prejuízos no momento da redução.
▼B
DIVULGAÇÃO
51. Nos parágrafos 53. e 55.-57., as referências a «moeda funcional»
aplicam-se, no caso de um grupo, à moeda funcional da empresa-mãe.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 222
▼B
52. As entidades devem divulgar:
▼M5
b) as diferenças de câmbio líquidas reconhecidas em outro rendi
mento integral e acumuladas num componente separado de capital
próprio, e uma reconciliação da quantia de tais diferenças de câm
bio no começo e no fim do período.
▼B
53. Quando a moeda de apresentação for diferente da moeda funcional,
esse facto deve ser declarado, junto com a divulgação da moeda
funcional e a razão para o uso de uma moeda de apresentação dife
rente.
▼B
58.A. Investimento Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira
(Emenda à IAS 21), emitida em Dezembro de 2005, tendo sido adi
tado o parágrafo 15.A e alterado o parágrafo 33. Uma entidade deve
aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2006. É encorajada a aplicação mais cedo.
▼M5
60.A. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou os parágrafos 27, 30–33, 37, 39, 41,
45, 48 e 52. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma entidade
aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as emendas
deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M29
60.B. A IAS 27 (conforme emendada em 2008) acrescentou os parágrafos
48A-48D e emendou o parágrafo 49. Uma entidade deve aplicar estas
emendas prospectivamente aos períodos anuais com início em ou após
1 de Julho de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 27 (emendada em
2008) a um período anterior, as emendas devem ser aplicadas a esse
período anterior.
▼M32
60.F. A IFRS 10 e a IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitidas em Maio de
2011, emendaram os parágrafos 3(b), 8, 11, 18, 19, 33, 44-46 e 48A.
Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 10 e
a IFRS 11.
▼M33
60.G. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 8 e emendou o parágrafo 23. Uma entidade deve
aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
▼M31
60.H. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou o
parágrafo 39. Uma entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar
a IAS 1 (conforme emendada em Junho de 2011).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 224
▼B
RETIRADA DE OUTRAS TOMADAS DE POSIÇÃO
61. Esta Norma substitui a IAS 21 Os Efeitos de Alterações em Taxas de
Câmbio (revista em 1993).
62. Esta Norma substitui as seguintes Interpretações:
a) SIC-11 Moeda Estrangeira — Capitalização de Perdas Resultan
tes de Desvalorizações Monetárias Bruscas;
b) SIC-19 Moeda de Relato — Mensuração e Apresentação de De
monstrações Financeiras segundo a IAS 21 e a IAS 29; e
c) SIC-30 Moeda de Relato — Transposição da Moeda de Mensura
ção para a Moeda de Apresentação.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 225
▼M1
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 23
Custos de Empréstimos Obtidos
PRINCÍPIO NUCLEAR
1 Os custos de empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis
à aquisição, construção ou produção de um activo que se qualifica
formam parte do custo desse activo. Outros custos de empréstimos
obtidos são reconhecidos como um gasto.
ÂMBITO
2 Uma entidade deve aplicar esta Norma na contabilização dos custos
de empréstimos obtidos.
(a) um activo que se qualifica mensurado pelo justo valor, por exem
plo, um activo biológico; ou
DEFINIÇÕES
5 Esta Norma usa os seguintes termos com os significados especifica
dos:
▼M8
6 Os custos de empréstimos obtidos incluem:
(b) [eliminado]
(c) [eliminado]
▼M1
7 Dependendo das circunstâncias, qualquer dos seguintes elementos po
dem constituir activos que se qualificam:
(a) inventários
▼M1
(c) instalações de geração de energia
RECONHECIMENTO
8 Uma entidade deve capitalizar os custos de empréstimos obtidos que
sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de
um activo que se qualifica como parte do custo desse activo. Uma
entidade deve reconhecer outros custos de empréstimos obtidos como
um gasto no período em que sejam incorridos.
▼M1
13 Os acordos de financiamento de um activo que se qualifica podem
fazer com que uma entidade obtenha fundos emprestados e incorra em
custos de empréstimos associados antes de alguns ou todos os fundos
serem usados para dispêndios no activo que se qualifica. Em tais
circunstâncias, os fundos são muitas vezes temporariamente investidos
aguardando o seu dispêndio no activo que se qualifica. Ao determinar
a quantia dos custos de empréstimos obtidos elegíveis para capitali
zação durante um período, qualquer rendimento do investimento ge
rado de tais fundos é deduzido dos custos incorridos nos empréstimos
obtidos.
Começo da capitalização
17 Uma entidade deve começar a capitalização dos custos de emprésti
mos obtidos como parte do custo de um activo que se qualifica na
data de começo. A data de começo da capitalização é a data em que a
entidade passa a satisfazer todas as seguintes condições:
▼M1
18 Os dispêndios de um activo que se qualifica incluem somente os
dispêndios que tenham resultado em pagamentos por caixa, transferên
cia de outros activos ou a assunção de passivos que incorram em
juros. Os dispêndios são reduzidos por quaisquer pagamentos progres
sivos recebidos e por subsídios recebidos relacionados com o activo
(ver a IAS 20 Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação
de Apoios do Governo). A quantia escriturada média do activo durante
um período, incluindo os custos de empréstimos obtidos previamente
capitalizados, é normalmente uma aproximação razoável dos dispên
dios aos quais a taxa de capitalização é aplicada nesse período.
Suspensão da capitalização
20 Uma entidade deve suspender a capitalização dos custos de emprés
timos obtidos durante períodos prolongados em que suspenda o de
senvolvimento activo de um activo que se qualifica.
Cessação da capitalização
22 Uma entidade deve cessar a capitalização de custos de empréstimos
obtidos quando substancialmente todas as actividades necessárias para
preparar o activo que se qualifica para o seu uso pretendido ou para a
sua venda estejam concluídas.
▼M1
24 Quando uma entidade concluir a construção de um activo que se
qualifica por partes e cada parte estiver em condições de ser usada
enquanto a construção continua noutras partes, a entidade deve cessar
a capitalização dos custos de empréstimos obtidos quando substancial
mente todas as actividades necessárias para preparar essa parte para o
seu uso pretendido ou para a sua venda estejam concluídas.
25 Um parque empresarial compreendendo vários edifícios em que cada
um deles pode ser usado individualmente é um exemplo de um activo
que se qualifica relativamente ao qual cada parte está em condições de
ser usada embora a construção continue noutras partes. Um exemplo
de um activo que se qualifica que necessita de estar concluído antes
que cada parte possa ser usada é uma instalação industrial que en
volve vários processos que devem ser executados sequencialmente em
diferentes partes da fábrica dentro do mesmo local, tal como uma
laminagem de aço.
DIVULGAÇÃO
26 Uma entidade deve divulgar:
(a) a quantia de custos de empréstimos obtidos capitalizada durante o
período; e
(b) a taxa de capitalização usada para determinar a quantia dos custos
dos empréstimos obtidos elegíveis para capitalização.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
27 Quando a aplicação desta Norma constituir uma alteração na política
contabilística, uma entidade deve aplicar a Norma a custos de em
préstimos obtidos relacionados com activos que se qualificam cuja
data de começo da capitalização seja em ou após a data de eficácia.
28 Porém, uma entidade pode designar qualquer data antes da data de
eficácia e aplicar a Norma a custos de empréstimos obtidos relacio
nados com todos os activos que se qualificam cuja data de começo da
capitalização seja em ou após essa data.
DATA DE EFICÁCIA
29 Uma entidade deve aplicar a Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar a Norma a partir de uma data antes de 1 de
Janeiro de 2009, ela deve divulgar esse facto.
▼M8
29A O parágrafo 6 foi alterado com base no documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade
aplicar as emendas a um período anterior, deve divulgar esse facto.
▼M1
▼M26
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 24
Divulgações de Partes Relacionadas
OBJECTIVO
1 O objectivo desta Norma é assegurar que as demonstrações financeiras
de uma entidade contenham as divulgações necessárias para chamar a
atenção para a possibilidade de que a sua posição financeira e lucros
ou prejuízos possam ter sido afectados pela existência de partes rela
cionadas e por transacções e saldos pendentes, incluindo compromis
sos, com tais partes.
ÂMBITO
2 Esta Norma deve ser aplicada ao:
▼M32
3 Esta Norma exige a divulgação das transacções com partes rela
cionadas e das transacções e saldos pendentes, incluindo os com
promissos, nas demonstrações financeiras consolidadas e separa
das de uma empresa-mãe investidora com o controlo conjunto ou
influência significativa sobre uma investida, apresentadas de
acordo com a IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas
ou com a IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas. Esta
Norma aplica-se também às demonstrações financeiras indivi
duais.
▼M38
4 As transações com partes relacionadas e os saldos pendentes com
outras entidades de um grupo são divulgados nas demonstrações fi
nanceiras de uma entidade. As transações e os saldos pendentes com
partes relacionadas dentro do grupo deverão ser eliminados, com ex
ceção daqueles entre uma entidade de investimento e as suas subsi
diárias mensuradas pelo justo valor através dos resultados, na prepa
ração das demonstrações financeiras consolidadas do grupo.
▼M26
▼M26
7 Os lucros ou prejuízos e a posição financeira de uma entidade podem
ser afectados por um relacionamento com partes relacionadas mesmo
que não ocorram transacções com partes relacionadas. A mera exis
tência do relacionamento pode ser suficiente para afectar as transac
ções da entidade com outras partes. Por exemplo, uma subsidiária
pode cessar relações com um parceiro comercial aquando da aquisição
pela empresa-mãe de uma subsidiária colega dedicada à mesma acti
vidade que o parceiro comercial anterior. Como alternativa, uma parte
pode abster-se de agir por causa da influência significativa de outra —
por exemplo, uma subsidiária pode ser instruída pela sua empresa-mãe
a não se dedicar a actividades de pesquisa e desenvolvimento.
DEFINIÇÕES
▼M38
9 Os termos «controlo» e «entidade de investimento», «controlo
conjunto» e «influência significativa» são definidos na IFRS 10,
na IFRS 11 Acordos Conjuntos e na IAS 28 Investimentos em
Associadas e Empreendimentos Conjuntos e são utilizadas nesta
Norma com os significados especificados nessas IFRS.
▼M26
Uma parte relacionada é uma pessoa ou entidade relacionada com
a entidade que está a preparar as suas demonstrações financeiras
(referida nesta Norma como a «entidade relatora»).
▼M26
(vi) a entidade é controlada ou conjuntamente controlada por
uma pessoa identificada na alínea a);
▼M32
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 233
▼M26
Pessoal chave de gerência são as pessoas que têm autoridade e
responsabilidade pelo planeamento, direcção e controlo das acti
vidades da entidade, directa ou indirectamente, incluindo qual
quer administrador (executivo ou outro) dessa entidade.
▼M32
__________
▼M26
Administração pública refere-se à administração pública e às suas
agências e organismos similares, sejam eles locais, nacionais ou
internacionais.
▼M32
Os termos «controlo», «controlo conjunto» e «influência significa
tiva» são definidos na IFRS 10, IFRS 11 Acordos Conjuntos e IAS
28 Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos e
são utilizadas nesta Norma com os significados especificados nes
sas IFRS.
▼M26
10 Ao considerar cada possível relacionamento com partes relacionadas,
a atenção é dirigida para a substância do relacionamento e não me
ramente para a sua forma legal.
(ii) sindicatos,
▼M26
DIVULGAÇÕES
Todas as entidades
13 Os relacionamentos entre uma empresa-mãe e as suas subsidiárias
devem ser divulgados independentemente de ter havido ou não
transacções entre elas. Uma entidade deve divulgar o nome da
sua empresa-mãe e, se for diferente, da parte controladora final.
Se nem a empresa-mãe da entidade nem a parte controladora
final produzirem demonstrações financeiras disponíveis para uso
público, deve também ser divulgado o nome da empresa-mãe
superior seguinte que as produza.
▼M32
15 O requisito de divulgação dos relacionamentos com partes terceiras
entre uma empresa-mãe e as suas subsidiárias é adicional aos requi
sitos de divulgação impostos pela IAS 27 e pela IFRS 12 Divulgação
de Interesses Noutras Entidades.
▼M26
16 O parágrafo 13 faz referência à empresa-mãe superior seguinte. Essa
referência respeita à primeira empresa-mãe do grupo, acima da
empresa-mãe imediata, que produz demonstrações financeiras conso
lidadas disponíveis para uso público.
▼M26
(c) provisões para dívidas duvidosas relacionadas com a quantia
dos saldos pendentes; e
▼M32
19 As divulgações exigidas no parágrafo 18 devem ser feitas separa
damente para cada uma das seguintes categorias:
(a) a empresa-mãe;
(c) subsidiárias;
▼M26
(d) associadas;
(d) locações;
▼M26
(j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em
nome dessa parte relacionada.
▼M31
22 A participação de uma empresa-mãe ou subsidiária num plano de
benefícios definidos que partilha riscos entre entidades de grupo é
uma transacção entre partes relacionadas (ver parágrafo 42 da IAS
19 (conforme emendada em 2011)).
▼M26
23 As divulgações de que as transacções com partes relacionadas foram
feitas em termos equivalentes aos que prevalecem nas transacções em
que não existe relacionamento entre as partes são feitas apenas se
esses termos puderem ser comprovados.
▼M26
26 Se uma entidade relatora aplicar a isenção prevista no parágrafo
25, deve divulgar os seguintes elementos no que respeita às tran
sacções e aos respectivos saldos pendentes referidos nesse pará
grafo:
▼M26
(c) distintas das operações comerciais normais, como a aquisição ou
alienação de empresas;
(d) divulgadas a autoridades de regulação ou de supervisão;
(e) comunicadas à gerência de topo;
(f) sujeitas a aprovação pelos accionistas.
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 26
ÂMBITO
1. Esta Norma deve ser aplicada nas demonstrações financeiras dos pla
nos de benefícios de reforma sempre que tais demonstrações finan
ceiras forem preparadas.
▼B
DEFINIÇÕES
8. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼B
11. Muitos planos de benefícios de reforma proporcionam o estabeleci
mento de fundos separados para os quais são feitas contribuições e
dos quais são pagos benefícios. Tais fundos podem ser administrados
por terceiras partes que actuam independentemente na gestão dos
activos do fundo. Essas terceiras partes são chamadas trustees em
alguns países. O termo trustee é usado nesta Norma para descrever
tais terceiras partes sem atenção a se se formou ou não trust.
▼B
ii) o valor presente actuarial dos benefícios de reforma prometi
dos, distinguindo entre benefícios adquiridos e benefícios não
adquiridos, e
Se uma avaliação actuarial não tiver sido preparada à data das de
monstrações financeiras, a avaliação mais recente deve ser usada
como base e divulgada a data da avaliação.
18. Para os fins do parágrafo 17., o valor presente actuarial dos benefícios
de reforma prometidos deve ser baseado nos benefícios prometidos
segundo as cláusulas do plano, sobre os serviços prestados até à data
usando quer níveis de salário corrente, quer níveis de salário projec
tado com divulgação da base usada. O efeito de quaisquer alterações
nos pressupostos actuariais que tenha tido um efeito significativo no
valor presente actuarial dos benefícios de reforma prometidos deve
também ser divulgado.
▼B
Valor presente actuarial dos benefícios de reforma prometidos
23. O valor presente dos pagamentos esperados segundo um plano de
benefícios de reforma pode ser calculado e relatado usando níveis
salariais correntes ou níveis de salário projectados para o momento
da reforma dos participantes.
24. As razões dadas para adoptar uma abordagem pelos salários correntes
incluem:
▼B
Frequência das valorizações actuariais
27. Em muitos países, as valorizações actuariais não são obtidas mais
frequentemente do que de três em três anos. Se uma avaliação actua
rial não tiver sido preparada na data das demonstrações financeiras, a
avaliação mais recente é usada como base, sendo divulgada a data da
avaliação.
29. Os que são a favor das formas de apresentação descritas nos pará
grafos 28.a) e b) crêem que a quantificação dos benefícios de reforma
prometidos e as outras informações proporcionadas por essas aborda
gens ajudam os utilizadores a estimar a situação corrente do plano e a
probabilidade de serem satisfeitas as obrigações do plano. Crêem
também que as demonstrações financeiras devem ser completas em
si próprias e não confiarem nas demonstrações que as acompanhem.
Porém, alguns crêem que as formas descritas no parágrafo 28.a) po
dem dar a impressão que existe uma obrigação, quando o valor pre
sente actuarial dos benefícios de reforma prometidos não tem na sua
opinião todas as características de um passivo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 244
▼B
30. Os que são a favor da forma de apresentação descrita no parágrafo
28.c) crêem que o valor presente actuarial dos benefícios de reforma
prometidos não deve ser incluído numa demonstração dos activos
líquidos disponíveis para benefícios como na forma de apresentação
descrita no parágrafo 28.a) ou mesmo ser divulgado numa nota como
em 28.b) porque será comparado directamente com os activos do
plano e tal comparação pode não ser válida. Eles contestam que os
actuários não comparam necessariamente o valor presente actuarial
dos benefícios de reforma prometidos com os valores de mercado
dos investimentos mas em lugar disso podem estimar o valor presente
dos fluxos de caixa esperados dos investimentos. Por isso, os que são
a favor desta forma crêem improvável que tal comparação reflicta a
estimativa global do plano pelo actuário e que isso possa ser mal
entendido. Também, alguns crêem que, independentemente de estar
ou não quantificada, a informação acerca dos benefícios de reforma
prometidos deve estar contida unicamente no relatório actuarial sepa
rado desde que possa ser proporcionada explanação apropriada.
TODOS OS PLANOS
Divulgação
34. As demonstrações financeiras de um plano de benefícios de reforma,
quer de benefícios definidos, quer de contribuição definida, devem
também conter as informações seguintes:
▼B
b) um resumo das políticas contabilísticas significativas; e
i) contribuições do empregador,
▼B
b) o número de participantes que recebem benefícios e o número de
outros participantes, apropriadamente classificado;
c) o tipo de plano — contribuição definida ou benefício definido;
d) uma nota quanto a se os participantes contribuem ou não para o
plano;
e) uma descrição dos benefícios de reforma prometidos aos partici
pantes;
f) uma descrição de quaisquer cláusulas de extinção do plano; e
g) alterações nos itens a) a f) durante o período abrangido pelo rela
tório.
Às vezes faz-se referência a outros documentos que estejam pronta
mente disponíveis aos utilizadores e em que o plano seja descrito, e só
se inclui informação sobre subsequentes alterações.
DATA DE EFICÁCIA
37. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
dos planos de benefícios de reforma que cubram os períodos que
comecem em ou após 1 de Janeiro de 1988.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 247
▼M32
OBJETIVO
1 O objetivo desta Norma é prescrever os requisitos de contabilização e
divulgação aplicáveis aos investimentos em subsidiárias, empreendi
mentos conjuntos ou associadas quando uma entidade prepara de
monstrações financeiras separadas.
ÂMBITO
2 Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de investimentos
em subsidiárias, empreendimentos conjuntos ou associadas
quando uma entidade optar por apresentar demonstrações finan
ceiras separadas ou tal lhe for exigido pelos regulamentos locais.
3 Esta Norma não estipula quais as entidades que apresentam demons
trações financeiras separadas. Aplica-se quando uma entidade prepara
demonstrações financeiras separadas que cumprem as Normas Inter
nacionais de Relato Financeiro.
DEFINIÇÕES
4 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os signi
ficados especificados:
Demonstrações financeiras consolidadas são as demonstrações fi
nanceiras de um grupo em que os ativos, passivos, capitais pró
prios, rendimentos, gastos e fluxos de caixa da empresa-mãe e das
suas subsidiárias são apresentados como respeitantes a uma única
entidade económica.
Demonstrações financeiras separadas são as que são apresentadas
por uma empresa-mãe (ou seja, um investidor que exerce controlo
sobre uma subsidiária) ou por um investidor que exerce o con
trolo conjunto ou uma influência significativa sobre uma investi
da, em que os investimentos são contabilizados pelo custo ou em
conformidade com a IFRS 9 Instrumentos Financeiros.
▼M38
5 Os seguintes termos são definidos no Apêndice A da IFRS 10 De
monstrações Financeiras Consolidadas, no Apêndice A da IFRS 11
Acordos Conjuntos e no parágrafo 3 da IAS 28 Investimentos em
Associadas e Empreendimentos Conjuntos.
— associada
— controlo de uma investida
— grupo
— entidade de investimento
— controlo conjunto
▼M32
— empreendimento conjunto
— empreendedor conjunto
— empresa-mãe
— influência significativa
— subsidiária
▼M38
6 As demonstrações financeiras separadas são as apresentadas além das
demonstrações financeiras consolidadas ou além das demonstrações
financeiras em que os investimentos em associadas ou empreendimen
tos conjuntos são contabilizados pelo método de equivalência patri
monial, exceto nas circunstâncias previstas nos parágrafos 8-8A. As
demonstrações financeiras separadas não precisam de ser anexadas ou
de acompanhar essas demonstrações.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 248
▼M32
7 As demonstrações financeiras em que é utilizado o método de equi
valência patrimonial não são demonstrações financeiras separadas. Do
mesmo modo, as demonstrações financeiras de uma entidade que não
tenha qualquer subsidiária, associada ou interesse num empreendi
mento conjunto na qualidade de co-empreendedor não são demons
trações financeiras separadas.
▼M38
8A Uma entidade de investimento que seja obrigada, ao longo do período
em curso e de todos os períodos comparativos apresentados, a aplicar
a exceção à consolidação de todas as suas subsidiárias de acordo com
o parágrafo 31 da IFRS 10 deverá apresentar demonstrações financei
ras separadas como as suas únicas demonstrações financeiras.
▼M32
▼M38
11A Se uma empresa-mãe for obrigada, de acordo com o parágrafo 31 da
IFRS 10, a mensurar o seu investimento numa subsidiária pelo justo
valor através dos resultados de acordo com a IFRS 9, deve contabi
lizar o seu investimento numa subsidiária da mesma forma nas suas
demonstrações financeiras separadas.
▼M38
b) Quando uma entidade se tornar uma entidade de investimento,
deve contabilizar um investimento numa subsidiária pelo justo
valor através dos resultados de acordo com a IFRS 9. A diferença
entre o valor contabilístico anterior da subsidiária e o seu justo
valor à data da alteração de estatuto da investidora deve ser reco
nhecida como um ganho ou perda nos resultados. A quantia acu
mulada de qualquer ajustamento pelo justo valor anteriormente
reconhecido em outro rendimento integral em relação a essas sub
sidiárias deve ser tratada como se a entidade de investimento ti
vesse alienado essas subsidiárias à data da alteração de estatuto.
▼M32
12 Uma entidade deve reconhecer um dividendo de uma subsidiária,
empreendimento conjunto ou associada nos resultados das suas
demonstrações financeiras separadas quando o seu direito de re
ceber o dividendo estiver estabelecido.
DIVULGAÇÃO
15 Uma entidade deve aplicar todas as IFRS aplicáveis quando pro
cede a divulgações nas suas demonstrações financeiras separadas,
incluindo os requisitos dos parágrafos 16 e 17.
▼M32
(b) uma lista dos investimentos significativos em subsidiárias, em
preendimentos conjuntos e associadas, incluindo:
▼M38
16A Quando uma entidade de investimento que é uma empresa-mãe
(que não seja uma empresa-mãe abrangida pelo parágrafo 16)
preparar, de acordo com o parágrafo 8A, demonstrações finan
ceiras separadas como as suas únicas demonstrações financeiras,
deverá divulgar esse facto. A entidade de investimento deverá
também apresentar as divulgações relativas às entidades de inves
timento exigidas pela IFRS 12 Divulgação de Interesses Nutras
Entidades.
▼M32
(a) o facto de que as demonstrações são demonstrações financei
ras separadas e as razões pelas quais essas demonstrações
foram preparadas, no caso de não serem exigidas por lei;
▼M38
18A O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou os parágrafos
5, 6, 17 e 18 e inseriu os parágrafos 8A, 11A–11B, 16A e 18B–18I.
Uma entidade deve aplicar estas emendas em relação aos períodos
anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É permitida a
adoção antecipada, Se uma entidade aplicar as emendas de forma
antecipada, deve divulgar esse facto e aplicar todas as emendas in
cluídas no documento Entidades de Investimento ao mesmo tempo.
▼M38
a) A quantia escriturada anterior do investimento; e
b) O justo valor do investimento da entidade investidora na subsidiá
ria.
Se o primeiro período relativamente ao qual a aplicação deste pará
grafo é praticável for o período em curso, o ajustamento dos capitais
próprios deve ser reconhecido no início do período em curso.
18H Se uma entidade de investimento tiver alienado ou perdido o controlo
de um investimento numa subsidiária antes da data de aplicação ini
cial das alterações do documento Entidades de Investimento, a enti
dade de investimento não é obrigada a fazer ajustamentos na conta
bilização anterior desse investimento.
18I Não obstante as referências ao período anual imediatamente anterior à
data da aplicação inicial (o «período imediatamente anterior») nos
parágrafos 18C–18G, uma entidade pode também apresentar informa
ção comparativa ajustada para quaisquer períodos anteriores apresen
tados, mas não é obrigatório que o faça. Se uma entidade não apre
sentar informação comparativa ajustada para qualquer período ante
rior, todas as referências ao «período imediatamente anterior» nos
parágrafos 18C–18G devem ser lidas como o «primeiro período com
parativo ajustado apresentado». Se uma entidade apresentar informa
ção comparativa não ajustada relativamente a quaisquer períodos an
teriores, deve identificar claramente as informações que não foram
ajustadas, declarar que as mesmas foram preparadas segundo uma
base diferente e explicar essa base.
▼M32
Referências à IFRS 9
19 Se uma entidade aplicar esta Norma mas ainda não aplicar a IFRS 9,
qualquer referência à IFRS 9 deve ser entendida como uma referência
à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.
▼M32
OBJETIVO
1 O objetivo desta Norma é prescrever o tratamento contabilístico
dos investimentos em associadas e definir os requisitos para a
aplicação do método da equivalência patrimonial no tratamento
contabilístico dos investimentos em associadas e empreendimentos
conjuntos.
ÂMBITO
2 Esta Norma será aplicada por todas as entidades investidoras que
exerçam o controlo conjunto ou uma influência significativa sobre
uma investida.
DEFINIÇÕES
3 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os signi
ficados especificados:
▼M32
4 Os termos que se seguem são definidos no parágrafo 4 da IAS 27
Demonstrações Financeiras Separadas e no Apêndice A da IFRS 10
Demonstrações Financeiras Consolidadas, sendo usados nesta Norma
com os significados especificados nas IFRS em que são definidos:
— grupo
— empresa-mãe
— subsidiária
INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA
5 Se uma entidade detiver, direta ou indiretamente (por exemplo através
de subsidiárias), 20 % ou mais dos direitos de voto na investida,
presume-se que essa entidade exerce uma influência significativa, a
não ser que possa ser claramente demonstrado que não é esse o caso.
Inversamente, se a entidade detiver, direta ou indiretamente (por
exemplo através de subsidiárias), menos de 20 % dos direitos de
voto na investida, presume-se que a entidade não exerce uma influên
cia significativa, a menos que tal influência possa ser claramente
demonstrada. A existência de um interesse de propriedade substancial
ou maioritário por parte de outro investidor não exclui necessaria
mente que uma entidade disponha de uma influência significativa.
▼M32
9 Uma entidade perde a influência significativa sobre uma investida
quando perde o poder de participar nas decisões de política financeira
e operacional dessa investida. A perda de influência significativa pode
ocorrer com ou sem alteração nos níveis absolutos ou relativos de
propriedade. Pode ocorrer, por exemplo, quando uma associada passa
a estar sujeita ao controlo de uma administração pública, tribunal,
administrador judicial ou autoridade reguladora. Pode também ocorrer
como resultado de um acordo contratual.
▼M32
14 A IFRS 9 Instrumentos Financeiros não se aplica aos interesses em
associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método
da equivalência patrimonial. Nos casos em que instrumentos que in
cluem direitos de voto potenciais conferem nesse momento e em
termos substantivos um acesso aos rendimentos associados a um in
teresse de propriedade numa associada ou num empreendimento con
junto, esses instrumentos não estão sujeitos à IFRS 9. Em todos os
outros casos, os instrumentos que incluem direitos de voto potenciais
numa associada ou num empreendimento conjunto devem ser conta
bilizados em conformidade com a IFRS 9.
▼M32
19 Quando uma entidade detiver um investimento numa associada ou
empresa comum, parte do qual é detido indiretamente através de
uma organização de capital de risco, um fundo mútuo, um trust ou
uma entidade semelhante, incluindo fundos de seguros ligados a in
vestimentos, a entidade pode optar por mensurar essa parte do inves
timento pelo justo valor através dos resultados em conformidade com
a IFRS 9, independentemente de a organização de capital de risco,
fundo mútuo, trust ou entidade semelhante, incluindo fundos de se
guros ligados a investimentos, ter ou não uma influência significativa
sobre essa parte do investimento. Se optar por essa via, a entidade
deve aplicar o método da equivalência patrimonial a qualquer parte
remanescente do seu investimento numa associada que não seja detida
através de uma organização de capital de risco, um fundo mútuo, um
trust ou uma entidade semelhante, incluindo fundos de seguros liga
dos a investimentos.
▼M32
(c) Quando uma entidade põe termo à utilização do método da
equivalência patrimonial, deve contabilizar todas as quantias
anteriormente reconhecidas em outro rendimento integral em
relação a esse investimento da mesma forma que lhe seria
exigido se a investida tivesse alienado diretamente os ativos
ou passivos correspondentes.
▼M32
28 Os lucros e perdas resultantes de transações «ascendentes» e «descen
dentes» entre uma entidade (incluindo as suas subsidiárias consolida
das) e uma sua associada ou empreendimento conjunto só são reco
nhecidos nas demonstrações financeiras da entidade na medida dos
interesses de investidores não relacionados na associada ou empreen
dimento conjunto. Operações «ascendentes» são, por exemplo, vendas
de ativos de uma associada ou empreendimento conjunto à investido
ra. Operações «descendentes» são, por exemplo, vendas ou contribui
ções de ativos da investidora para a sua associada ou empreendimento
conjunto. A quota-parte da investidora nos lucros ou perdas da asso
ciada ou empreendimento conjunto resultantes destas transações é
eliminada.
▼M32
33 Para a aplicação do método da equivalência patrimonial, a enti
dade utiliza as demonstrações financeiras mais recentes que se
encontrem disponíveis da associada ou empreendimento conjunto.
Quando a data final do período de relato da entidade for diferente
da data final do período de relato da associada ou empreendi
mento conjunto, a associada ou o empreendimento conjunto pre
param, para uso da entidade, demonstrações financeiras com a
mesma data das demonstrações financeiras da entidade, a menos
que seja impraticável fazê-lo.
▼M32
39 Depois de o interesse da entidade ser reduzido a zero, as perdas
adicionais só são tomadas em consideração, sendo reconhecido um
passivo, na medida em que a entidade tenha assumido obrigações
legais ou construtivas ou feito pagamentos por conta da associada
ou do empreendimento conjunto. Se posteriormente a associada ou
empreendimento conjunto registar lucros, a entidade só retoma o re
conhecimento da sua quota-parte nesses lucros a partir do momento
em que essa quota-parte igualar a parte não reconhecida das perdas.
(a) a sua quota-parte do valor atual dos futuros fluxos de caixa esti
mados que se espera venham a ser gerados pela associada ou
empreendimento conjunto, incluindo os fluxos de caixa decorren
tes da atividade da associada ou empreendimento conjunto e as
receitas da alienação definitiva do investimento; ou
(b) o valor atual dos futuros fluxos de caixa estimados que se espera
venham a surgir por via de dividendos a receber do investimento
e da sua alienação final.
▼M32
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS
44 Um investimento numa associada ou empreendimento conjunto deve
ser contabilizado nas demonstrações financeiras separadas da entidade
em conformidade com o parágrafo 10 da IAS 27 (conforme emendada
em 2011).
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 29
(1) No quadro dos Melhoramentos introduzidos nas IFRS, documento emitido em Maio de
2008, e a fim de assegurar a coerência com as outras IFRS, o Conselho alterou a
terminologia utilizada na IAS 29 do seguinte modo: (a) «valor de mercado» foi alterado
para «justo valor», e (b) «resultados de operações» e «rendimento líquido» foram alte
rados para «lucro ou perda».
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 264
▼M8
6. As entidades que preparam demonstrações financeiras com base no
custo histórico fazem-no sem ter em conta as variações do nível geral
de preços ou os aumentos de preços específicos de activos ou passivos
reconhecidos. As excepções a esta prática são os activos e passivos
que a entidade deve mensurar, ou opta por mensurar, pelo justo valor.
Por exemplo, os activos fixos tangíveis podem ser reavaliados pelo
justo valor e requer-se normalmente que os activos biológicos também
o sejam. Algumas entidades, porém, apresentam as demonstrações
financeiras baseadas na abordagem do custo corrente, que reflecte
os efeitos das variações de preços específicos dos activos detidos.
▼B
7. Numa economia hiperinflacionária, as demonstrações financeiras, se
jam elas baseadas numa abordagem pelo custo histórico ou numa
abordagem pelo custo corrente, só são úteis se forem expressas em
termos de unidade de mensuração corrente ►M5 no fim do período
de relato ◄. Em consequência, esta Norma aplica-se às demonstra
ções financeiras de entidades que relatem na moeda de uma economia
hiperinflacionária. A apresentação da informação requerida por esta
Norma como suplemento às demonstrações financeiras não reexpres
sas não é permitida. Além disso, é desencorajada a apresentação
individual das demonstrações financeiras antes da reexpressão.
▼M8
8. As demonstrações financeiras de uma entidade cuja moeda funcional
seja a moeda de uma economia hiperinflacionária, quer estejam ba
seadas na abordagem pelo custo histórico ou na abordagem pelo custo
corrente, devem ser expressas em termos da unidade de mensuração
corrente no final do período de relato. Os números correspondentes ao
período precedente exigidos pela IAS 1 Apresentação de Demons
trações Financeiras (tal como revista em 2007) e qualquer informação
no que respeita aos períodos anteriores devem igualmente ser expres
sos em termos da unidade de mensuração corrente no final do período
de relato. Para a finalidade de apresentar quantias comparativas numa
moeda de apresentação diferente, aplicam-se os parágrafos 42(b) e 43
da IAS 21 Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio.
▼B
9. O ganho ou a perda na posição monetária líquida deve ser incluído
nos lucros ou prejuízos e divulgado separadamente.
▼B
13. Os activos e passivos ligados por acordo às alterações de preços, tais
como obrigações e empréstimos indexados, são ajustados nos termos
do acordo a fim de determinar a quantia em aberto ►M5 no fim do
período de relato ◄. Estes itens são escriturados por esta quantia
ajustada ►M5 na demonstração da posição financeira ◄ reexpresso.
▼M8
14. Todos os outros activos e passivos são não monetários. Alguns itens
não monetários são escriturados pelas quantias correntes no final do
período de relato, como o valor realizável líquido e o justo valor, pelo
que não são reexpressos. Todos os outros activos e passivos não
monetários são reexpressos.
15. A maior parte dos itens não monetários é escriturada pelo custo ou
pelo custo menos depreciação; por conseguinte são expressos em
quantias correntes à data da sua aquisição. O custo reexpresso ou o
custo menos depreciação de cada item é determinado pela aplicação
ao seu custo histórico e à depreciação acumulada da variação de um
índice geral de preços a partir da data da aquisição e até à data de
relato. Por exemplo, os activos fixos tangíveis, inventários de maté
rias-primas e mercadorias, goodwill, patentes, marcas e activos simi
lares são reexpressos a partir das datas da sua compra. Os inventários
de produtos semiacabados e acabados são reexpressos a partir das
datas em que foram incorridos os custos de compra e de conversão.
▼B
16. Podem não estar disponíveis registos pormenorizados das datas de
aquisição de itens dos activos fixos tangíveis ou não serem susceptí
veis de estimativa. Nestas circunstâncias raras, pode ser necessário, no
primeiro período de aplicação desta Norma, usar uma avaliação pro
fissional independente do valor dos itens como a base para a sua
reexpressão.
17. Um índice geral de preços pode não estar disponível para os períodos
relativamente aos quais a reexpressão dos activos fixos tangíveis é
exigida por esta Norma. Nestas circunstâncias, pode ser necessário
usar uma estimativa baseada, por exemplo, nos movimentos da taxa
de câmbio entre a moeda funcional e uma moeda estrangeira relati
vamente estável.
18. Alguns itens não monetários são escriturados por quantias correntes de
datas diferentes das de aquisição ou ►M5 da demonstração da posição
financeira ◄, como por exemplo, os activos fixos tangíveis que tenham
sido revalorizados numa data anterior. Nestes casos, as quantias escri
turadas serão reexpressas a partir da data da revalorização.
▼M8
19. A quantia reexpressa de um item não monetário é reduzida, em con
formidade com as IFRS relevantes, quando excede a sua quantia
recuperável. Por exemplo, as quantias reexpressas de activos fixos
tangíveis, goodwill, patentes e marcas são reduzidas para a quantia
recuperável e as quantias reexpressas de inventários são reduzidas
para o valor realizável líquido.
▼B
21. O impacto de inflação é reconhecido nos custos de empréstimos. Não
é apropriado reexpressar os dispêndios de capital financiados pelo
empréstimo e capitalizar aquela parte dos custos do empréstimo que
compensa a inflação durante o mesmo período. Esta parte dos custos
do empréstimo é reconhecida como um gasto no período em que os
custos sejam incorridos.
22. Uma entidade pode adquirir activos por meio de um acordo que lhe
permita diferir o pagamento sem incorrer num encargo de juros ex
plícito. Quando for impraticável imputar a quantia dos juros, esses
activos são reexpressos a partir da data do pagamento e não da data
da compra.
23. [Eliminado]
▼M5
Demonstração do rendimento integral
▼B
26. Esta Norma requer que todos os itens da ►M5 demonstração do
rendimento integral ◄ sejam expressos em termos da unidade de
mensuração corrente ►M5 no fim do período de relato ◄. Por isso,
todas as quantias necessitam de ser reexpressas pela aplicação da
alteração no índice geral de preços a partir das datas em que os itens
de rendimentos e gastos foram inicialmente registados nas demons
trações financeiras.
▼M8
28. O ganho ou perda na posição monetária líquida está incluído em lucro
ou perda. O ajustamento feito em conformidade com o parágrafo 13
dos activos e passivos ligados por acordo às variações nos preços é
compensado com o ganho ou a perda na posição monetária líquida.
Outros itens do rendimento ou dos gastos, tais como rendimentos e
gastos de juros e diferenças de câmbio relacionadas com fundos in
vestidos ou recebidos de empréstimo são também associadas à posição
monetária líquida. Se bem que tais itens sejam separadamente divul
gados, pode ser vantajoso que eles sejam apresentados juntamente
com o ganho ou com a perda da posição monetária líquida na de
monstração do rendimento integral.
▼B
Demonstrações financeiras a custo corrente
▼M5
Demonstração da posição financeira
▼B
29. Os itens expressos pelo custo corrente não são reexpressos porque
estão já expressos em termos da unidade de mensuração corrente
►M5 no fim do período de relato ◄. Outros itens ►M5 da de
monstração da posição financeira ◄ são reexpressos de acordo com
os parágrafos 11. a 25.
▼M5
Demonstração do rendimento integral
▼B
30. A ►M5 demonstração do rendimento integral ◄ a custo corrente,
antes da reexpressão, relata geralmente custos correntes no momento
em que ocorreram as transacções ou os acontecimentos subjacentes. O
custo das vendas e a depreciação são registados pelos custos correntes
no momento do consumo; as vendas e outros gastos são registados
pelas quantias em dinheiro quando ocorrerem. Por isso, todas as
quantias necessitam de ser reexpressas para a unidade monetária cor
rente ►M5 no fim do período de relato ◄ pela aplicação de um
índice geral de preços.
Impostos
32. A reexpressão de demonstrações financeiras de acordo com esta
Norma pode originar diferenças entre a quantia escriturada de activos
e passivos individuais ►M5 na demonstração da posição financeira ◄
e as suas bases fiscais. Estas diferenças são contabilizadas de acordo
com a IAS 12 Impostos sobre o Rendimento.
▼B
Números comparativos
▼M8
34. Os números correspondentes do período de relato anterior, quer se
tenham baseado numa abordagem pelo custo histórico ou numa abor
dagem pelo custo corrente, são reexpressos pela aplicação de um
índice geral de preços para que as demonstrações financeiras compa
rativas sejam apresentadas em termos da corrente unidade de mensu
ração no final do período de relato. A informação divulgada a respeito
de períodos anteriores também é expressa em termos da unidade de
mensuração corrente no final do período de relato. Para efeitos de
apresentação de quantias comparativas numa moeda de apresentação
diferente, aplicam-se os parágrafos 42(b) e 43 da IAS 21.
▼B
Demonstrações financeiras consolidadas
35. Uma empresa-mãe que relate na moeda de uma economia hiperinfla
cionária pode ter subsidiárias que também relatem nas moedas de
economias hiperinflacionárias. As demonstrações financeiras de qual
quer tal subsidiária necessitam de ser reexpressas pela aplicação de
um índice geral de preços do país em cuja moeda ela relata antes que
sejam incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas emitidas
pela sua empresa-mãe. Quando tal subsidiária seja uma subsidiária
estrangeira as suas demonstrações financeiras reexpressas são trans
postas às taxas do fecho. As demonstrações financeiras de subsidiárias
que não relatem nas moedas de economias hiperinflacionárias são
tratadas de acordo com a IAS 21.
DIVULGAÇÕES
39. Devem ser feitas as divulgações seguintes:
▼B
b) se as demonstrações financeiras estão ou não baseadas numa
abordagem pelo custo histórico ou numa abordagem pelo custo
corrente; e
c) a identificação e o nível do índice de preços ►M5 no fim do
período de relato ◄ e o movimento no índice durante o período
corrente de relato e durante o período imediatamente anterior.
40. As divulgações requeridas por esta Norma são necessárias para tornar
clara a base de tratamento dos efeitos da inflação nas demonstrações
financeiras. Elas destinam-se também a proporcionar outras informa
ções necessárias à compreensão dessa base e das quantias resultantes.
DATA DE EFICÁCIA
41. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
que cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Janeiro de
1990.
▼M32
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 270
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 32
OBJECTIVO
1. [Eliminado]
ÂMBITO
▼M38
4. Esta Norma deve ser aplicada por todas as entidades a todos os tipos
de instrumentos financeiros exceto:
▼B
b) direitos e obrigações dos empregadores segundo planos de benefí
cios dos empregados, aos quais se aplica a IAS 19 Benefícios dos
Empregados.
▼M12
__________
▼B
d) contratos de seguro tal como definidos na IFRS 4 Contratos de
Seguro. Contudo, esta Norma aplica-se a derivados que estejam
embutidos em contratos de seguro se a IAS 39 exigir que a enti
dade os contabilize separadamente. Além disso, um emitente deve
aplicar esta Norma aos contratos de garantia financeira, caso o
emitente aplique a IAS 39 ao reconhecimento e à mensuração
dos contratos, aplicando todavia a IFRS 4 caso o emitente decida,
de acordo com a alínea d) do parágrafo 4. da IFRS 4, aplicar esta
Norma ao seu reconhecimento e mensuração.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 271
▼B
e) instrumentos financeiros que estejam dentro do âmbito da IFRS 4
porque contêm uma característica de participação discricionária. O
emitente destes instrumentos está dispensado de aplicar a estas
características os parágrafos 15.-32. e AG25-AG35 desta Norma
no que diz respeito à distinção entre passivos financeiros e ins
trumentos de capital próprio. Contudo, estes instrumentos estão
sujeitos a todos os outros requisitos desta Norma. Além disso,
esta Norma aplica-se aos derivados que estejam embutidos nestes
instrumentos (ver IAS 39).
ii) os parágrafos 33. e 34. desta Norma, que devem ser aplicados
às acções próprias compradas, vendidas, emitidas ou canceladas
em ligação com os planos de opções sobre acções de empre
gados, planos de compra de acções de empregados, e todos os
outros acordos de pagamento com base em acções.
5.-7. [Eliminados]
▼B
Um contrato ao qual se apliquem as alíneas b) ou c) não se celebra
com a finalidade de receber ou entregar o item não financeiro de
acordo com os requisitos de compra, venda ou uso esperados pela
entidade e, por conseguinte, está dentro do âmbito desta Norma.
Outros contratos aos quais se aplica o parágrafo 8. são avaliados
para determinar se foram celebrados e se continuam a estar detidos
para a finalidade de receber ou entregar o item não financeiro de
acordo com os requisitos de compra, venda ou uso esperados pela
entidade, e, por conseguinte, se cabem no âmbito desta Norma.
a) dinheiro;
c) um direito contratual:
▼M6
ii) um derivado que será ou poderá ser liquidado de forma dife
rente da troca de uma quantia fixa em dinheiro ou outro activo
financeiro por um número fixo dos instrumentos de capital
próprio da própria entidade. Para este efeito, os instrumentos
de capital próprio da entidade não incluem os instrumentos
financeiros com uma opção put, classificados como instrumen
tos de capital próprio em conformidade com os parágrafos 16A
e 16B, os instrumentos que impõem à entidade uma obrigação
de entrega a outra parte de uma parte pro rata dos activos
líquidos da entidade apenas no caso de liquidação e sejam
classificados como instrumentos de capital próprio em confor
midade com os parágrafos 16C e 16D, ou os instrumentos que
consistam em contratos que estabeleçam uma futura recepção
ou entrega de instrumentos de capital próprio da entidade.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 273
▼M6
Um passivo financeiro é qualquer passivo que seja:
▼B
Um instrumento de capital próprio é qualquer contrato que evidencie
um interesse residual nos activos de uma entidade após dedução de
todos os seus passivos.
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
▼M6
Um instrumento com uma opção put é um instrumento financeiro que
confere ao seu detentor o direito de o devolver ao emitente contra um
pagamento em dinheiro ou num outro activo financeiro ou que é
automaticamente devolvido ao emitente aquando da ocorrência de
um determinado evento ou por morte ou passagem à reforma do
detentor do instrumento.
▼B
12. Os seguintes termos são definidos no parágrafo 9. da IAS 39 e são
usados nesta Norma com o significado especificado na IAS 39:
▼B
— activos financeiros disponíveis para venda
— desreconhecimento
— derivado
— compromisso firme
— transacção prevista
— eficácia de cobertura
— item coberto
— instrumento de cobertura
— custos de transacção.
APRESENTAÇÃO
▼M6
Passivos e capital próprio (ver também os parágrafos
AG13-AG14J e AG25-AG29A)
▼B
15. O emitente de um instrumento financeiro deve classificar o instrumen
to, ou as suas partes componentes, no reconhecimento inicial como
um passivo financeiro, um activo financeiro ou um instrumento de
capital próprio de acordo com a substância do acordo contratual e as
definições de passivo financeiro, activo financeiro ou instrumento de
capital próprio.
▼M21
b) Se o instrumento for ou puder ser liquidado nos instrumentos de
capital próprio do próprio emitente, é:
▼M6
Uma obrigação contratual, incluindo a que decorre de um instrumento
financeiro derivado, que resultará ou poderá resultar no futuro rece
bimento ou entrega dos instrumentos de capital próprio do próprio
emitente, mas que não corresponde às condições (a) e (b) acima, não é
um instrumento de capital próprio. A título de excepção, um instru
mento que satisfaça a definição de passivo financeiro será classificado
como instrumento do capital próprio se tiver todas as características e
satisfizer as condições estabelecidas nos parágrafos 16A e 16B ou nos
parágrafos 16C e 16D.
(a) Dá ao seu detentor o direito a uma parte pro rata dos activos
líquidos da entidade no caso da sua liquidação. Os activos líqui
dos da entidade são os activos remanescentes após dedução de
todos os outros créditos sobre os seus activos. A parte pro rata é
determinada do seguinte modo:
▼M6
(c) Todos os instrumentos da classe que é subordinada em relação a
todas as outras classes têm características idênticas. Por exemplo,
todos eles devem dispor de uma opção put e a fórmula ou outro
método utilizado para calcular o preço de recompra ou de remição
deve ser igual para todos os instrumentos da classe.
(e) Os fluxos de caixa totais esperados, que podem ser atribuídos aos
instrumentos ao longo da sua vida, baseiam-se em grande parte no
lucro ou prejuízo, na alteração dos activos líquidos reconhecidos
ou na alteração do justo valor dos activos reconhecidos e não
reconhecidos da entidade ao longo da vida do instrumento (com
a exclusão de quaisquer efeitos do instrumento).
▼M6
(a) Confere ao detentor o direito a uma parte pro rata dos activos
líquidos da entidade no caso da sua liquidação. Os activos líqui
dos da entidade são os activos remanescentes após a dedução de
todos os outros créditos sobre os seus activos. A parte pro rata
será determinada:
▼M6
Reclassificação de instrumentos com uma opção put ou instrumentos
que impõem à entidade uma obrigação de entregar a outra parte uma
parte pro rata dos activos líquidos da entidade apenas em caso de
liquidação
16.E. Uma entidade classificará um instrumento financeiro como um ins
trumento de capital próprio em conformidade com os parágrafos 16A
e 16B ou com os parágrafos 16C e 16D a partir da data em que o
instrumento tiver adquirido todas as características e satisfizer as con
dições enumeradas nesses parágrafos. Uma entidade reclassificará um
instrumento financeiro a partir da data em que o instrumento deixar de
ter todas as características ou de cumprir todas as condições enume
radas nesses parágrafos. Por exemplo, se uma entidade remir todos os
seus instrumentos não acompanhados de uma opção put por si emi
tidos e quaisquer instrumentos com uma opção put remanescentes
tiverem todas as características e cumprirem todas as condições enu
meradas nos parágrafos 16A e 16B, a entidade reclassificará os ins
trumentos com uma opção put como instrumentos de capital próprio a
partir da data em que remir os instrumentos não acompanhados de
uma opção put.
▼B
Nenhuma obrigação contratual de entregar dinheiro ou outro activo
financeiro [parágrafo 16.a)]
►M6 17. Com excepção das circunstâncias descritas nos parágrafos
16A e 16B ou nos parágrafos 16C e 16D, uma característica crítica
na diferenciação entre um passivo financeiro e um instrumento de
capital próprio é a existência de uma obrigação contratual de um
participante no instrumento financeiro (o emitente), seja de entregar
dinheiro ou outro activo financeiro ao outro participante (o detentor),
seja de trocar activos financeiros ou passivos financeiros com o de
tentor em condições que sejam potencialmente desfavoráveis para o
emitente. ◄ Embora o detentor de um instrumento de capital próprio
possa ter o direito de receber uma parte pro rata de quaisquer divi
dendos ou outras distribuições de capital próprio, o emitente não tem
uma obrigação contratual de fazer tais distribuições porque não se lhe
pode exigir que entregue dinheiro ou outro activo financeiro a uma
outra parte.
▼M6
18. A substância de um instrumento financeiro, mais do que a sua forma
legal, rege a sua classificação na demonstração da posição financeira
da entidade. Substância e forma legal são geralmente consistentes,
mas nem sempre. Alguns instrumentos financeiros tomam a forma
legal de capital próprio, embora sejam passivos em substância, e
outros podem combinar características associadas a instrumentos de
capital próprio com características associadas a passivos financeiros.
Por exemplo:
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 279
▼B
(a) uma acção preferencial que esteja sujeita a remição obrigatória
pelo emitente por uma quantia fixa ou determinável numa data
futura fixa ou determinável ou der ao detentor o direito de exigir
que o emitente redima o instrumento em ou após uma data par
ticular por uma quantia fixa ou determinável, é um passivo finan
ceiro.
▼M6
(b) um instrumento financeiro que dá ao detentor o direito de entregar
de volta o instrumento ao emitente em troca de dinheiro ou outro
activo financeiro (um «instrumento com uma opção put») é um
passivo financeiro, à excepção dos instrumentos classificados
como instrumentos de capital próprio em conformidade com os
parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C e 16D. O instrumento
financeiro é um passivo financeiro, mesmo que a quantia de di
nheiro ou de outros activos financeiros seja determinada com base
num índice ou em outro item susceptível de subir ou descer. A
existência de uma opção para o detentor de entregar de volta o
instrumento ao emitente em troca de dinheiro ou outro activo
financeiro significa que o instrumento com uma opção put cor
responde à definição de passivo financeiro, à excepção dos ins
trumentos classificados como instrumentos de capital próprio em
conformidade com os parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C
e 16D. Por exemplo, os fundos mútuos abertos, trusts, parcerias e
algumas entidades cooperativas podem proporcionar aos seus de
tentores ou membros o direito de remir os seus interesses no
emitente em qualquer momento por uma quantia em dinheiro, o
que terá com resultado que os interesses dos detentores ou mem
bros sejam classificados como instrumentos de capital, em con
formidade com os parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C e
16D. Contudo, a classificação como um passivo financeiro não
exclui o uso de descritores como «valor do activo líquido atribuí
vel aos detentores» e «alteração no valor do activo líquido atri
buível aos detentores» nas demonstrações financeiras de uma en
tidade que não tenha capital próprio contribuído (como, por exem
plo, alguns fundos mútuos e trusts — ver Exemplo Ilustrativo 7)
nem o uso de divulgação adicional para mostrar que os interesses
totais dos membros compreendem itens como reservas que cor
respondem à definição de capital próprio e instrumentos com uma
opção put que não correspondem (ver Exemplo Ilustrativo 8).
▼B
a) uma restrição na capacidade de uma entidade de satisfazer uma
obrigação contratual, tal como a falta de acesso a moeda estran
geira ou a necessidade de obter aprovação de pagamento de uma
autoridade reguladora, não nega a obrigação contratual da entidade
nem o direito contratual do detentor segundo o instrumento.
▼B
20. Um instrumento financeiro que não estabeleça explicitamente uma
obrigação contratual de entregar dinheiro ou outro activo financeiro
pode estabelecer uma obrigação indirectamente através dos seus ter
mos e condições. Por exemplo:
ii) as suas próprias acções cujo valor esteja determinado para ex
ceder substancialmente o valor do dinheiro ou do outro activo
financeiro.
▼B
►M6 22. Sem prejuízo do disposto no parágrafo 22A, um contrato que
será liquidado pela entidade (recebendo ou) entregando um número
fixo dos seus instrumentos de capital próprio em troca de uma quantia
fixa em dinheiro ou outro activo financeiro é um instrumento de
capital próprio. Por exemplo ◄, uma opção sobre acções emitida
que dê à contraparte o direito de comprar um número fixo de acções
da entidade por um preço fixo ou por uma quantia de capital decla
rada e fixa de uma obrigação é um instrumento de capital próprio. As
alterações no justo valor de um contrato decorrentes de variações nas
taxas de juro do mercado que não afectem a quantia em dinheiro ou
outros activos financeiros a serem pagos ou recebidos, ou o número
de instrumentos de capital próprio a serem recebidos ou entregues, no
momento da liquidação do contrato não impedem que o contrato seja
um instrumento de capital próprio. Qualquer retribuição recebida (tal
como o prémio recebido por uma opção subscrita ou um warrant
sobre as acções da própria entidade) é adicionada directamente ao
capital próprio. Qualquer retribuição paga (tal como um prémio
pago por uma opção adquirida) é deduzida directamente no capital
próprio. As alterações no justo valor de um instrumento de capital
próprio não são reconhecidas nas demonstrações financeiras.
▼M6
22.A. Se os instrumentos de capital próprio da própria entidade, a receber ou
a entregar pela entidade, no quadro da liquidação de um contrato,
forem instrumentos financeiros com uma opção put com todas as
características e que satisfazem as condições descritas parágrafos
16A e 16B, ou instrumentos que impõem à entidade uma obrigação
de entregar a outra parte uma parte pro rata dos activos líquidos da
entidade apenas em caso de liquidação, e que têm todas as caracte
rísticas e satisfazem as condições descritas parágrafos 16C e 16D, esse
contrato será um activo financeiro ou um passivo financeiro. Este
facto é extensível a um contrato a ser liquidado pela entidade que
recebe ou entrega um número fixo de tais instrumentos em troca de
uma quantidade fixa de dinheiro ou de outro activo financeiro.
▼B
►M6 23. Com excepção das circunstâncias descritas nos parágrafos
16A e 16B ou nos parágrafos 16C e 16D, um contrato que contém
uma obrigação para que uma entidade compre os seus próprios ins
trumentos de capital próprio contra dinheiro ou qualquer outro activo
financeiro dá origem a um passivo financeiro correspondente ao valor
presente da quantia de remição (por exemplo, para o valor presente do
preço de recompra a prazo, do preço de exercício de opção ou de
outra quantia de remição). É este o caso mesmo que o próprio con
trato seja um instrumento de capital próprio. Um exemplo ◄ é a
obrigação de uma entidade segundo um contrato forward de comprar
a dinheiro os próprios instrumentos de capital próprio.
►M33 O passivo financeiro é reconhecido inicialmente pelo valor
actual da quantia de remição, e é reclassificado fora dos capitais
próprios. ◄ Quando o passivo financeiro é reconhecido inicialmente
segundo a IAS 39, o seu justo valor (o valor presente da quantia de
remição) é reclassificado do capital próprio. Se o contrato expirar sem
entrega, a quantia escriturada do passivo financeiro é reclassificada
para o capital próprio. A obrigação contratual de uma entidade de
comprar os seus próprios instrumentos de capital próprio dá origem
a um passivo financeiro pelo valor presente da quantia de remição
mesmo que a obrigação de comprar seja condicional ao exercício de
um direito de remir pela contraparte (p. ex., uma opção put subscrita
que proporcione à contraparte o direito de vender os instrumentos de
capital próprio de uma entidade à entidade por um preço fixo).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 282
▼B
24. Um contrato que será liquidado pela entidade entregando ou rece
bendo um número fixo dos seus instrumentos de capital próprio em
troca de uma quantia variável em dinheiro ou outro activo financeiro é
um activo financeiro ou um passivo financeiro. Um exemplo é um
contrato para que a entidade entregue 100 dos seus instrumentos de
capital próprio em troca de uma quantia em dinheiro calculada para
igualar o valor de 100 onças de ouro.
▼B
Opções de liquidação
26. Quando um instrumento financeiro derivado dá a uma parte a escolha
sobre como será liquidado (p. ex., o emitente ou o detentor pode optar
pela liquidação de forma líquida em dinheiro ou por troca de acções
por dinheiro), trata-se de um activo financeiro ou de um passivo
financeiro a não ser que todas as alternativas de liquidação resultem
em que seja um instrumento de capital próprio.
▼B
Instrumentos financeiros compostos (ver também os parágrafos
AG30-AG35 e Exemplos Ilustrativos 9-12)
28. O emitente de um instrumento financeiro não derivado deve avaliar os
termos do instrumento financeiro para determinar se este contém tanto
um componente do passivo como um do capital próprio. Tais com
ponentes devem ser classificados separadamente como passivos finan
ceiros, activos financeiros ou instrumentos de capital próprio de
acordo com o parágrafo 15.
▼B
32. Segundo a abordagem descrita no parágrafo 31., o emitente de uma
obrigação convertível em acções ordinárias começa por determinar a
quantia escriturada do componente do passivo mensurando o justo
valor de um passivo similar (incluindo quaisquer características em
butidas de derivado que não seja capital próprio) que não tenha um
componente do capital próprio associado. A quantia escriturada do
instrumento de capital próprio representada pela opção de converter
o instrumento em acções ordinárias é então determinada ao deduzir-se
o justo valor do passivo financeiro ao justo valor do instrumento
financeiro composto como um todo.
▼B
36. A classificação de um instrumento financeiro como um passivo finan
ceiro ou um instrumento de capital próprio determina se os juros, os
dividendos, as perdas e os ganhos relacionados com esse instrumento
são reconhecidos como rendimento ou gasto nos lucros ou prejuízos.
Assim, os pagamentos de dividendos sobre acções totalmente reco
nhecidas como passivos são reconhecidos como gastos da mesma
forma que os juros sobre uma obrigação. Da mesma forma, os ganhos
e perdas associados às remições ou refinanciamentos de passivos
financeiros são reconhecidos nos lucros ou prejuízos, enquanto que
as remições ou refinanciamentos de instrumentos de capital próprio
são reconhecidos como alterações no capital próprio. As alterações no
justo valor de um instrumento de capital próprio não são reconhecidas
nas demonstrações financeiras.
▼M36
37. Uma entidade incorre normalmente em vários custos ao emitir ou
adquirir os seus próprios instrumentos de capital próprio. Esses custos
podem incluir taxas de registo e outras taxas reguladoras, montantes
pagos a conselheiros jurídicos, contabilísticos e outros profissionais,
custos de impressão e imposto de selo. Os custos de transação de uma
transação de capital próprio são contabilizados em dedução ao capital
próprio na medida em que são custos incrementais diretamente impu
táveis à transação de capital próprio, que de outra forma teriam sido
evitados. Os custos de uma transação de capital próprio que se aban
donou são reconhecidos como uma despesa.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 285
▼B
38. Os custos de transacção que se relacionam com a emissão de um
instrumento financeiro composto são imputados aos componentes do
passivo e do capital próprio do instrumento em proporção à imputação
de proventos. Os custos de transacção que se relacionam juntamente
com mais de uma transacção (por exemplo, os custos de uma oferta
concomitante de algumas acções e uma cotação na bolsa de outras
acções) são imputados a essas transacções utilizando uma base de
imputação que seja racional e consistente com transacções similares.
▼M36
39. O montante dos custos de transação contabilizados em dedução ao
capital próprio durante o período é divulgado separadamente, de
acordo com a IAS 1.
▼M31
40. Os dividendos classificados como um gasto podem ser apresentados
na(s) demonstração(ões) dos resultados e de outro rendimento integral
quer com juros sobre outros passivos quer como uma rubrica separa
da. Além dos requisitos desta Norma, a divulgação dos juros e divi
dendos está sujeita aos requisitos da IAS 1 e da IFRS 7. Nalgumas
circunstâncias, devido às diferenças entre juros e dividendos relativa
mente a aspectos como a dedutibilidade fiscal, é desejável divulgá-los
separadamente na(s) demonstração(ões) dos resultados e de outro ren
dimento integral. As divulgações relativas aos efeitos fiscais são feitas
em conformidade com a IAS 12.
▼B
41. Ganhos e perdas relacionados com alterações na quantia escriturada de
um passivo financeiro são reconhecidos como rendimento ou gasto
nos lucros ou prejuízos mesmo quando se relacionam com um ins
trumento que inclui um direito a um interesse residual nos activos da
entidade em troca de dinheiro ou outro activo financeiro [ver pará
grafo 18b)]. Segundo a IAS 1, a entidade apresenta qualquer ganho ou
perda resultante da remensuração desse instrumento separadamente
►M5 na demonstração do rendimento integral ◄ quando é relevante
para explicar o desempenho da entidade.
▼M34
43. A presente Norma exige a apresentação dos ativos financeiros e pas
sivos financeiros numa base líquida, sempre que isso constitua reflexo
dos futuros fluxos de caixa previstos de uma entidade decorrentes da
liquidação de dois ou mais instrumentos financeiros distintos. Quando
uma entidade tem o direito de receber ou a obrigação de pagar uma
quantia líquida única e tenciona fazê-lo, só tem, na realidade, um
único ativo financeiro ou passivo financeiro. Noutras circunstâncias,
os ativos financeiros e os passivos financeiros são apresentados sepa
radamente uns dos outros, de forma coerente com as suas caracterís
ticas enquanto recursos ou obrigações da entidade. Uma entidade deve
divulgar as informações exigidas pelos parágrafos 13B–13E da IFRS
7 relativamente aos instrumentos financeiros reconhecidos que sejam
abrangidos pelo parágrafo 13A da IFRS 7.
▼B
44. A compensação de um activo financeiro reconhecido com um passivo
financeiro reconhecido e a apresentação da quantia líquida difere do
desreconhecimento de um activo financeiro ou de um passivo finan
ceiro. Embora a compensação não dê origem ao reconhecimento de
um ganho ou de uma perda, o desreconhecimento de um instrumento
financeiro resulta não somente na remoção do item previamente reco
nhecido ►M5 da demonstração da posição financeira ◄, mas pode
também resultar no reconhecimento de um ganho ou de uma perda.
▼B
48. A liquidação simultânea de dois instrumentos financeiros pode ocorrer
através de, por exemplo, a operação de uma câmara de compensação
num mercado financeiro organizado ou de uma troca directa. Nestas
circunstâncias, os fluxos de caixa são, com efeito, equivalentes a uma
quantia única líquida e não há exposição a riscos de crédito ou de
liquidez. Noutras circunstâncias, uma entidade pode liquidar dois ins
trumentos ao receber e pagar quantias separadas, ficando exposta a
risco de crédito por toda a quantia do activo ou a risco de liquidez por
toda a quantia do passivo. Tais exposições ao risco podem ser signi
ficativas ainda que por relativamente pouco tempo. Desse modo, a
realização de um activo financeiro e a liquidação de um passivo
financeiro são apenas tratadas como simultâneas quando as transac
ções ocorrem no mesmo momento.
▼B
DIVULGAÇÃO
51.-95. [Eliminados]
▼M8
▼M6
96.A. O documento Instrumentos financeiros com uma opção put e obriga
ções decorrentes de uma liquidação (emendas às IAS 32 e IAS),
emitido em Fevereiro de 2008, determina que os instrumentos finan
ceiros com todas as características e que cumprem as condições enu
meradas nos parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C e 16D
devem ser classificados como instrumentos de capital próprio, emen
dou os parágrafos 11, 16, 17-19, 22, 23, 25, AG13, AG14 e AG27, e
acrescentou os parágrafos 16A-16F, 22A, 96B, 96C, 97C, AG14A-
-AG14J e AG29A. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos
períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. É
permitida a aplicação mais cedo. Caso as entidades apliquem estas
emendas relativamente a um período anterior, devem divulgar esse
facto e aplicar em simultâneo as emendas às IAS 1, IAS 7, IAS 39,
IFRS 7 e IFRIC 2.
▼B
97. Esta Norma deve ser aplicada retrospectivamente.
▼M5
97.A. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou o parágrafo 40. Uma entidade deve
aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
▼M29
97.B. A IFRS 3 (conforme revista em 2008) eliminou o parágrafo 4(c). Uma
entidade deve aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em
ou após 1 de Janeiro de 2011. Se uma entidade aplicar a IFRS 3
(revista em 2008) a um período anterior, a emenda também deve ser
aplicada a esse período anterior. No entanto, a emenda não se aplica
às retribuições contingentes decorrentes de uma concentração de ac
tividades empresariais em que a data de aquisição seja anterior à
aplicação da IFRS 3 (revista em 2008). A entidade deve, nesse caso,
contabilizar essas retribuições em conformidade com os parágrafos
65A–65E da IFRS 3 (conforme emendada em 2010).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 289
▼M6
97.C. Ao aplicar as alterações descritas no parágrafo 96A, uma entidade
deve dividir os instrumentos financeiros compostos que incluem
uma obrigação de entregar a outra parte uma parte pro rata dos
activos líquidos da entidade apenas em caso de liquidação em com
ponentes distintos do passivo e do capital próprio. Se a componente
do passivo tiver deixado de ser devida, a aplicação retrospectiva des
sas emendas à IAS 32 implicaria a separação em duas componentes
do capital próprio. A primeira componente seria incluída nos resulta
dos retidos e representaria os juros acumulados, acrescidos à compo
nente do passivo. A outra componente representaria a componente
inicial do capital próprio. Por conseguinte, uma entidade não terá de
separar estas duas componentes se a componente do passivo tiver
deixado de ser devida à data de aplicação das emendas.
▼M8
97.D. O parágrafo 4 foi alterado com base no documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade
aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse facto e
aplicar a esse período anterior as emendas ao parágrafo 3 da IFRS 7,
ao parágrafo 1 da IAS 28 e ao parágrafo 1 da IAS 31, emitidas em
Maio de 2008. É permitido a uma entidade aplicar prospectivamente a
emenda.
▼M21
97.E. Os parágrafos 11 e 16 foram alterados com base no documento Clas
sificação dos Direitos de Emissão, emitido em Outubro de 2009. Uma
entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Fevereiro de 2010. É permitida a aplicação mais
cedo. Se aplicar as emendas a um período anterior, a entidade deve
divulgar esse facto.
▼M29
97.G. O parágrafo 97B foi emendado pelo documento Melhoramentos in
troduzidos nas IFRS emitido em Maio de 2010. Uma entidade deve
aplicar esta emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Julho de 2010. É permitida a aplicação mais cedo.
▼M32
97.I. A IFRS 10 e a IFRS 11, emitidas em Maio de 2011, emendaram os
parágrafos 4(a) e AG29. Uma entidade deve aplicar estas emendas
quando aplicar a IFRS 10 e a IFRS 11.
▼M33
97.J. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 11 e emendou os parágrafos 23 e AG31. Uma
entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
▼M31
97.K. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou o
parágrafo 40. Uma entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar
a IAS 1 (conforme emendada em Junho de 2011).
▼M34
97.L. O documento Compensação entre Ativos Financeiros e Passivos Fi
nanceiros (Emendas à IAS 32), emitido em dezembro de 2011, su
primiu o parágrafo AG38 e aditou os parágrafos AG38A–AG38F.
Uma entidade deve aplicar estas emendas em relação aos períodos
anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. Uma entidade
deve aplicar estas emendas de forma retroativa. É permitida a aplica
ção antecipada. Se uma entidade aplicar estas emendas relativamente a
um período anterior, deve divulgar esse facto e proceder também às
divulgações exigidas pelo documento Divulgações—Compensação en
tre Ativos Financeiros e Passivos Financeiros (Emendas à IFRS 7),
emitido em dezembro de 2011.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 290
▼M36
97.M. O documento Melhoramentos anuais – ciclo 2009 - 2011, emitido em
maio de 2012, emendou os parágrafos 35, 37 e 39 e adicionou o
parágrafo 35A. Uma entidade deve aplicar essa emenda retrospetiva
mente em conformidade com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alte
rações nas Estimativas Contabilísticas e Erros aos períodos anuais
com início em ou após 1 de janeiro de 2013. É permitida a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar a emenda a um período anterior,
deve divulgar esse facto.
▼M38
97.N. O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou o parágrafo 4.
Uma entidade deve aplicar esta emenda em relação aos períodos
anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É permitida a
aplicação antecipada do documento Entidades de Investimento. Se
uma entidade aplicar a emenda de forma antecipada, deve também
aplicar todas as emendas incluídas no documento Entidades de Inves
timento ao mesmo tempo.
▼B
(1) Em Agosto de 2005, o IASB transferiu todas as divulgações relacionadas com instru
mentos financeiros para a IFRS 7 Instrumento financeiros: Divulgações.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 291
▼B
Apêndice
GUIA DE APLICAÇÃO
▼B
a uma quantia expressa ao par ou quantia de capital de 1 000 UM (1).
Presumindo que 8 % seja a taxa de juro do mercado para o instru
mento quando emitido, o emitente assume uma obrigação contratual
de fazer um fluxo de pagamentos de juros futuros que tenham um
justo valor (valor presente) de 1 000 UM no reconhecimento inicial. O
detentor e o emitente do instrumento têm um activo financeiro e um
passivo financeiro, respectivamente.
AG11 Os activos (tais como gastos pré-pagos) pelos quais o benefício eco
nómico futuro seja o recebimento de bens ou serviços e não o direito
de receber dinheiro ou um outro activo financeiro não são activos
financeiros. De forma semelhante, itens tais como rédito diferido e
a maior parte das obrigações respeitantes a garantias não são passivos
financeiros porque o exfluxo de benefícios económicos a eles asso
ciados é a entrega de bens e serviços e não uma obrigação contratual
de pagar dinheiro ou outro activo financeiro.
(1) Neste guia, as quantias monetárias estão denominadas em «unidades monetárias» (UM).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 293
▼B
AG12 Os passivos ou activos que não sejam contratuais (tais como impostos
sobre o rendimento que sejam criados em consequência de exigências
legais impostas pelos governos) não são passivos financeiros nem
activos financeiros. A contabilização de impostos sobre o rendimento
é tratada na IAS 12. De forma semelhante, as obrigações construtivas,
tal como definido na IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e
Activos Contingentes, não resultam de contratos e não são passivos
financeiros.
AG14 Uma opção call comprada ou outro contrato semelhante adquirido por
uma entidade que lhe dê o direito de readquirir um número fixo dos
seus próprios instrumentos de capital próprio em troca da entrega de
uma quantia fixa de dinheiro ou de um outro activo financeiro não é
um activo financeiro da entidade (excepto no caso referido no pará
grafo 22A). Em vez disso, qualquer retribuição paga por tal contrato é
deduzida do capital próprio.
▼M6
AG14C Um instrumento que confere um direito preferencial aquando da li
quidação da entidade não é um instrumento que confere um direito a
uma parte pro rata dos activos líquidos da entidade. Por exemplo, um
instrumento confere um direito preferencial aquando da liquidação se
conferir ao seu detentor um dividendo fixo em caso de liquidação,
para além de uma parte dos activos líquidos da entidade, enquanto
outros instrumentos na classe subordinada com um direito a uma parte
proporcional dos activos líquidos da entidade não conferem o mesmo
direito em caso de liquidação.
AG14G Um exemplo pode ser constituído por uma parceria (partnership) com
sócios gerais e sócios de responsabilidade limitada. Alguns sócios
gerais podem prestar uma garantia à entidade e podem ser remunera
dos por esse facto. Em tais situações, a garantia e os fluxos de caixa
associados referem-se aos detentores do instrumento na qualidade de
garantes e não na qualidade de proprietários da entidade. Por conse
guinte, a prestação de uma tal garantia e os fluxos de caixa corres
pondentes não teriam como efeito o facto de os sócios gerais serem
considerados subordinados face aos sócios de responsabilidade limi
tada e seriam negligenciados ao avaliar se os termos contratuais dos
instrumentos da parceria de responsabilidade limitada e os dos ins
trumentos da parceria geral são idênticos.
▼M6
AG14I Os fluxos de caixa e os termos e as condições contratuais de uma
transacção entre o detentor do instrumento (na qualidade de não pro
prietário) e a entidade emissora devem ser semelhantes aos de uma
transacção equivalente que poderia ocorrer entre um não detentor do
instrumento e a entidade emitente.
▼B
Instrumentos financeiros derivados
AG15 Os instrumentos financeiros incluem instrumentos primários (tais
como contas a receber, contas a pagar e instrumentos de capital pró
prio) e instrumentos financeiros derivados (tais como opções financei
ras, futuros e forwards, swaps de taxas de juro e swaps de moeda). Os
instrumentos financeiros derivados satisfazem a definição de um ins
trumento financeiro, pelo que, em conformidade, estão dentro do
âmbito desta Norma.
(1) Isto é verdade para a maior parte, mas não para todos, os derivados, por exemplo, em
alguns swaps de taxa de juro de moeda cruzada, o capital é trocado no início (e trocado
novamente na maturidade).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 296
▼B
AG17 Uma opção put ou call para trocar instrumentos financeiros ou pas
sivos financeiros (i.e. instrumentos financeiros que não sejam os pró
prios instrumentos de capital próprio da entidade) dá ao detentor o
direito de obter potenciais benefícios económicos futuros associados
às alterações no justo valor do instrumento financeiro subjacente ao
contrato. Inversamente, o subscritor de uma opção assume uma obri
gação de renunciar a potenciais benefícios económicos futuros ou de
suportar potenciais perdas de benefícios económicos associados a al
terações no justo valor do instrumento financeiro subjacente. O direito
contratual do detentor e a obrigação do subscritor satisfazem a defi
nição de um activo financeiro e de um passivo financeiro, respecti
vamente. O instrumento financeiro subjacente a um contrato de opção
pode ser qualquer activo financeiro, incluindo acções de outras enti
dades e instrumentos que vençam juros. Uma opção pode exigir que o
subscritor emita um instrumento de dívida, em vez de transferir um
activo financeiro, mas o instrumento subjacente à opção constituirá
um activo financeiro do detentor se a opção for exercida. O direito do
detentor da opção de trocar o activo financeiro em condições poten
cialmente favoráveis e a obrigação do subscritor de trocar o activo
financeiro em condições potencialmente desfavoráveis são distintas do
activo financeiro subjacente a ser trocado no exercício da opção. A
natureza do direito do detentor e da obrigação do subscritor não é
afectada pela probabilidade de a opção vir a ser exercida.
▼B
fazer uma série de trocas futuras de quantias de dinheiro, uma quantia
calculada com referência a uma taxa de juro flutuante e a outra com
referência a uma taxa de juro fixa. Os contratos de futuros são uma
outra variação dos contratos forward, diferindo primordialmente em
que os contratos estão normalizados e são comercializados numa
bolsa.
▼B
quantia fixada de dinheiro no vencimento, com a opção de trocar a
quantia do capital por uma quantia fixada de petróleo. A conveniência
de exercer esta opção variará de tempos a tempos dependendo do
justo valor do petróleo relativo ao rácio de troca de dinheiro por
petróleo (o preço de troca) inerente na obrigação. As intenções do
detentor da obrigação respeitantes ao exercício da opção não afectam
a substância dos activos componentes. O activo financeiro do detentor
e o passivo financeiro do emitente fazem da obrigação um instru
mento financeiro, independentemente dos outros tipos de activos e
passivos também criados.
AG24 [Eliminado]
APRESENTAÇÃO
Passivos e capital próprio (parágrafos 15.-27.)
▼B
e) a expectativa de um emitente de obter lucros ou prejuízos num
período; ou
▼B
d) Um contrato que será liquidado num número variável das acções
da própria entidade cujo valor equivale a uma quantia fixa ou a
uma quantia baseada em alterações numa variável subjacente (por
exemplo, o preço de uma mercadoria) é um activo financeiro ou
um passivo financeiro. Um exemplo é uma opção emitida para
comprar ouro que, quando exercida, é liquidada de forma líquida
nos instrumentos da própria entidade pelo facto de a entidade
entregar tantos desses instrumentos quanto for equivalente ao
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 300
▼B
valor do contrato de opção. Tal contrato é um activo financeiro ou
um passivo financeiro mesmo que a variável subjacente seja o
preço de cada acção da entidade em vez de ouro. De forma seme
lhante, um contrato que será liquidado num número fixo das pró
prias acções da entidade, mas em que os direitos associados a essas
acções serão variados de modo a que o valor de liquidação seja
equivalente a uma quantia fixa ou a uma quantia baseada nas
alterações numa variável subjacente, é um activo financeiro ou
um passivo financeiro.
▼M6
AG29A Alguns tipos de instrumentos que impõem uma obrigação contratual à
entidade são classificados como instrumentos de capital próprio em
conformidade com os parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C e
16D. A classificação em conformidade com esses parágrafos constitui
uma excepção aos princípios que de outra forma seriam aplicados à
classificação de um instrumento. Esta excepção não é alargada à
classificação dos interesses que não controlam nas demonstrações
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 301
▼M6
financeiras consolidadas. Por conseguinte, os instrumentos classifica
dos como instrumentos de capital próprio em conformidade com os
parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C e 16D nas demonstrações
financeiras separadas ou individuais que são interesses que não con
trolam são classificados como elementos do passivo nas demonstra
ções financeiras consolidadas do grupo.
▼B
Instrumentos financeiros compostos (parágrafos 28.-32.)
AG30 O parágrafo 28. aplica-se apenas aos emitentes de instrumentos finan
ceiros compostos não derivados. O parágrafo 28. não trata dos ins
trumentos financeiros compostos na perspectiva dos detentores. A IAS
39 trata da separação de derivados embutidos na perspectiva de de
tentores de instrumentos financeiros compostos que contenham carac
terísticas de dívida e de capital social.
▼M33
AG31 Uma forma comum de instrumento financeiro composto é um ins
trumento de dívida com uma opção de conversão embutida, por exem
plo uma obrigação convertível em acções ordinárias do emitente, e
sem quaisquer outras características de derivado embutido. O pará
grafo 28 exige que o emitente de tal instrumento financeiro apresente
separadamente o componente do passivo e o componente do capital
próprio na demonstração da posição financeira, do seguinte modo:
▼B
a) A obrigação do emitente de fazer pagamentos calendarizados de
juros e de capital constitui um passivo financeiro que existe en
quanto o instrumento não for convertido. No reconhecimento ini
cial, o justo valor do componente do passivo é o valor presente do
fluxo contratualmente determinado de fluxos de caixa futuros des
contados à taxa de juro aplicada pelo mercado nessa altura a ins
trumentos de crédito de estatuto comparável e que proporcionem
substancialmente o mesmo fluxo de caixa, nos mesmos termos,
mas sem a opção de conversão.
▼M33
b) o instrumento de capital próprio é uma opção embutida de con
versão do passivo em capital próprio do emitente. Tem valor no
reconhecimento inicial mesmo quando o seu preço de exercício for
superior ao valor actual (out of the money).
▼B
AG32 Na conversão de um instrumento convertível no momento da maturi
dade, a entidade desreconhece o componente do passivo e
reconhece-o como capital próprio. O componente original do capital
próprio permanece como capital próprio (embora possa ser transferido
de uma linha de item dentro do capital próprio para outra). Não há
qualquer ganho ou perda na conversão no momento da maturidade.
▼B
b) a quantia de retribuição relacionada com o componente do capital
próprio é reconhecida no capital próprio.
▼M34
AG38B Para preencher o critério referido no parágrafo 42 (a), uma entidade
deve possuir no momento um direito de cumprimento obrigatório de
compensação. Tal significa que o direito de compensação:
▼M34
(b) ao apresentarem os ativos financeiros e os passivos financeiros
para processamento, as partes assumem o compromisso de cum
prir a obrigação de liquidação;
▼B
AG39 A Norma não proporciona tratamento especial para os chamados «ins
trumentos sintéticos», que são grupos de instrumentos financeiros
separados adquiridos e detidos para igualar as características de um
outro instrumento. Por exemplo, uma dívida a longo prazo de taxa
flutuante combinada com um swap de taxa de juro que envolva rece
ber pagamentos flutuantes e fazer pagamentos fixados sintetiza uma
dívida a longo prazo de taxa fixa. Cada um dos instrumentos finan
ceiros individuais que em conjunto constitua um «instrumento sinté
tico» representa um direito ou uma obrigação contratual com os seus
próprios termos e condições e cada um pode ser transferido ou liqui
dado separadamente. Cada instrumento financeiro está exposto a ris
cos que podem diferir dos riscos a que estejam expostos outros ins
trumentos financeiros. Em conformidade, quando um instrumento fi
nanceiro de um «instrumento sintético» é um activo e o outro é um
passivo, eles não são compensados e apresentados ►M5 na demons
tração da posição financeira de uma entidade ◄ numa base líquida a
menos que satisfaçam os critérios de compensação do parágrafo 42.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 305
▼B
DIVULGAÇÃO
Activos financeiros e passivos financeiros pelo justo valor através
dos lucros ou prejuízos [parágrafo 94.f)]
AG40 [Eliminado]
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 306
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 33
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever princípios para a determi
nação e a apresentação de resultados por acção, com vista a melhorar
as comparações de desempenho entre diferentes entidades no mesmo
período de relato e entre períodos de relato diferentes para a mesma
entidade. Mesmo que os dados dos resultados por acção tenham limi
tações por causa das diferentes políticas contabilísticas que podem ser
usadas para determinar «resultados», um denominador determinado
consistentemente melhora o relato financeiro. O foco desta Norma
está no denominador do cálculo dos resultados por acção.
ÂMBITO
2. A presente Norma aplica-se:
▼M31
4.A. Se uma entidade apresentar rubricas dos resultados numa demonstra
ção separada, tal como descrito no parágrafo 10A da IAS 1 Apresen
tação de Demonstrações Financeiras (conforme emendada em 2011),
apresenta os resultados por acção apenas nessa demonstração
separada.
▼B
DEFINIÇÕES
5. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
Opções put sobre acções ordinárias são contratos que dão ao seu
detentor o direito de vender acções ordinárias a um preço especificado
durante um determinado período.
b) opções e warrants;
▼M33
8. Os termos definidos na IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresenta
ção são utilizados nesta Norma com os significados especificados no
parágrafo 11 da IAS 32, salvo indicação em contrário. A IAS 32
define instrumento financeiro, activo financeiro, passivo financeiro e
instrumento de capital próprio e proporciona orientação sobre a apli
cação dessas definições. A IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
define justo valor e estabelece os requisitos de aplicação desta defi
nição.
▼B
MENSURAÇÃO
Resultados por acção básicos
9. Uma entidade deve calcular as quantias dos resultados por acção
básicos relativas aos lucros ou prejuízos atribuíveis aos detentores
de capital próprio ordinária da entidade-mãe e, se apresentado, os
lucros ou prejuízos resultantes das unidades operacionais em conti
nuação atribuíveis a esses detentores de capital próprio.
Resultados
12. Para a finalidade de calcular os resultados por acção básicos, as
quantias atribuíveis aos detentores de capital próprio ordinária da
entidade-mãe com respeito a:
▼B
15. As acções preferenciais que proporcionam um baixo dividendo inicial
para compensar uma entidade pela venda das acções preferenciais com
desconto ou um dividendo acima do preço do mercado em períodos
posteriores para compensar os investidores pela aquisição de acções
preferenciais acima do preço de mercado são, por vezes, referidos
como acções preferenciais de taxa crescente. Qualquer desconto ou
prémio na emissão original de acções preferenciais de taxa crescente é
amortizado em resultados retidos usando o método do juro efectivo e
é tratado como dividendo preferencial para calcular os resultados por
acção.
Acções
19. Para a finalidade de calcular os resultados por acção básicos, o nú
mero de acções ordinárias deve corresponder ao número médio pon
derado de acções ordinárias em circulação durante o período.
▼B
c) as acções ordinárias emitidas em resultado da conversão de um
instrumento de dívida em acções ordinárias são incluídas desde a
data em que o juro cessa de acrescer;
▼M12
22. As acções ordinárias emitidas como parte da retribuição transferida
numa concentração de actividades empresariais são incluídas no nú
mero médio ponderado de acções a partir da data de aquisição. Isto
deve-se ao facto de a adquirente incorporar na sua demonstração do
rendimento integral os lucros e prejuízos da adquirida a partir dessa
data.
▼B
23. As acções ordinárias que sejam emitidas aquando da conversão de um
instrumento obrigatoriamente convertível são incluídas no cálculo dos
resultados por acção básicos a partir da data de celebração do con
trato.
25. [Eliminado]
c) um desdobramento de acções; e
▼B
28. Numa emissão de capitalização ou de bónus ou num desdobramento
de acções, são emitidas acções ordinárias para os accionistas existen
tes sem qualquer retribuição adicional. Por isso, o número de acções
ordinárias em circulação é aumentado sem um aumento nos recursos.
O número de acções ordinárias em circulação antes do acontecimento
é ajustado quanto à alteração proporcional na quantidade de acções
ordinárias em circulação como se o acontecimento tivesse ocorrido no
começo do período mais antigo apresentado. Por exemplo, numa
emissão de bónus de duas para uma, o número de acções ordinárias
em circulação anterior à emissão é multiplicado por três, para obter a
nova quantidade total de acções ordinárias, ou por dois, para obter o
número de acções ordinárias adicionais.
32. O objectivo dos resultados por acção diluídos é consistente com o dos
resultados por acção básicos — proporcionar uma mensuração do
interesse de cada acção ordinária no desempenho de uma
entidade — ao mesmo tempo que se consideram todas as potenciais
acções ordinárias diluidoras em circulação durante o período. Como
resultado:
▼B
Resultados
33. Para a finalidade de calcular os resultados por acção diluídos, uma
entidade deve ajustar os lucros ou prejuízos atribuíveis aos detentores
ordinários de capital próprio da entidade-mãe, tal como calculado de
acordo com o parágrafo 12, pelo efeito após impostos de:
Acções
36. Para a finalidade de calcular os resultados por acção diluídos, o nú
mero de acções ordinárias deve ser o número médio ponderado de
acções ordinárias calculado de acordo com os parágrafos 19. e 26.,
mais o número médio ponderado de acções ordinárias que seriam
emitidas na conversão de todas as potenciais acções ordinárias dilui
doras em acções ordinárias. As potenciais acções ordinárias diluidoras
devem-se considerar como tendo sido convertidas em acções ordiná
rias no início do período ou, se mais tarde, na data de emissão das
potenciais acções ordinárias.
▼B
38. As potenciais acções ordinárias são ponderadas no período em que
estão em circulação. As potenciais acções ordinárias que são cance
ladas ou em condições de expiração durante o período somente são
incluídas no cálculo dos resultados por acção diluídos para a parte do
período durante o qual estão em circulação. As potenciais acções
ordinárias que são convertidas em acções ordinárias durante o período
são incluídas no cálculo dos resultados por acção diluídos desde o
começo do período até à data da conversão; a partir da data da
conversão, as acções ordinárias resultantes são incluídas tanto nos
resultados por acção básicos como nos diluídos.
▼M32
40. Uma subsidiária, um empreendimento conjunto ou uma associada
pode emitir para outras partes que não a empresa-mãe ou investidores
com o controlo conjunto, ou com influência significativa, sobre o
potencial da investida, ações ordinárias que são convertíveis quer
em ações ordinárias da subsidiária, do empreendimento conjunto ou
da associada, ou em ações ordinárias da empresa-mãe ou de investi
dores com controlo conjunto, ou com influência significativa (a enti
dade que relata), sobre a investida. Se estas potenciais ações ordiná
rias da subsidiária, do empreendimento conjunto ou da associada
tiverem um efeito diluidor nos resultados por ação básicos da entidade
que relata, elas são incluídas no cálculo dos resultados por ação
diluídos.
▼B
Potenciais acções ordinárias diluidoras
41. As potenciais acções ordinárias devem ser tratadas como diluidoras
quando, e somente quando, a sua conversão em acções ordinárias
diminuiria os resultados por acção ou aumentaria a perda por acção
provenientes de unidades operacionais em continuação.
▼B
diluidoras com menos «resultados por acção incremental» são incluí
das no cálculo dos resultados por acção diluídos antes daquelas que
tenham mais resultados por acção incremental. As opções e os war
rants são geralmente incluídos primeiro porque não afectam o nume
rador do cálculo.
▼M33
47.A. Relativamente a opções sobre acções e outros acordos de pagamento
com base em acções aos quais aplica a IFRS 2 Pagamento com Base
em Acções, o preço de emissão referido no parágrafo 46 e o preço de
exercício referido no parágrafo 47 devem incluir o justo valor (men
surado em conformidade com a IFRS 2) de quaisquer bens ou servi
ços a fornecer à entidade no futuro segundo a opção sobre acções ou
outro acordo de pagamento com base em acções.
▼B
48. As opções sobre acções de empregados com termos fixados ou deter
mináveis e as acções ordinárias não adquiridas são tratadas como
opções no cálculo dos resultados por acção diluídos, mesmo que
possam ser contingentes na aquisição. São tratadas como estando
em circulação na data da concessão. As opções sobre acções de
empregados baseadas no desempenho são tratadas como acções con
tingentemente emissíveis porque a sua emissão é contingente após a
satisfação das condições especificadas, além da passagem do tempo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 315
▼B
Instrumentos convertíveis
49. O efeito diluidor dos instrumentos convertíveis deve ser reflectido nos
resultados por acção diluídos, de acordo com os parágrafos 33. e 36.
▼B
de tempo que se estende para lá do final do período de relato, é usada
a média para o período de tempo que decorreu. Uma vez que o preço
de mercado pode mudar num futuro período, o cálculo dos resultados
por acção básicos não inclui tais acções ordinárias contingentemente
emissíveis até ao final do período de contingência porque nem todas
as condições necessárias foram satisfeitas.
59. Quando tal contrato for apresentado para fins contabilísticos como
activo ou passivo, ou tiver um componente da capital próprio e um
componente de passivo, a entidade deve ajustar o numerador para
quaisquer alterações nos lucros ou prejuízos que tivessem resultado
durante o período se o contrato tivesse sido classificado totalmente
como instrumento de capital próprio. Esse ajustamento é semelhante
aos ajustamentos exigidos no parágrafo 33.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 317
▼B
60. Para contratos que possam ser liquidados em acções ordinárias ou
dinheiro por opção do detentor, o mais diluidor entre liquidação em
dinheiro e liquidação em acções será usado no cálculo dos resultados
por acção diluídos.
Opções compradas
62. Os contratos como opções put compradas e opções call compradas
(i.e., opções detidas pela entidade sobre as suas próprias acções ordi
nárias) não são incluídos no cálculo dos resultados por acção diluídos
porque a sua inclusão seria antidiluidora. A opção put seria exercida
apenas se o preço de exercício fosse superior ao preço de mercado e a
opção call seria exercida apenas se o preço de exercício fosse inferior
ao preço de mercado.
AJUSTAMENTOS RETROSPECTIVOS
64. Se o número de acções ordinárias ou potenciais acções ordinárias em
circulação aumentar como resultado de uma capitalização, uma emis
são de bónus ou de um desdobramento de acções ou diminuir como
resultado de um desdobramento de acções inverso, o cálculo dos
resultados por acção básicos e diluídos para todos os períodos apre
sentados deve ser ajustado retrospectivamente. Se estas alterações
ocorrerem ►M5 após o período de relato ◄, mas antes da autori
zação para a emissão das demonstrações financeiras, os cálculos por
acção daquelas e de quaisquer demonstrações financeiras de períodos
anteriores apresentadas devem ser baseados no novo número de ac
ções. Deve ser divulgado o facto de os cálculos por acção reflectirem
tais alterações no número de acções. Além disso, os resultados por
acção básicos e diluídos de todos os períodos apresentados devem ser
ajustados quanto aos efeitos dos erros e ajustamentos resultantes de
alterações nas políticas contabilísticas contabilizadas retrospectiva
mente.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 318
▼B
65. Uma entidade não reexpressa os resultados por acção diluídos de
qualquer período anterior apresentado devido a alterações nos pressu
postos usados no cálculo dos resultados por acção ou para a conver
são de potenciais acções ordinárias em acções ordinárias.
APRESENTAÇÃO
66. Uma entidade deve apresentar os resultados por acção básicos e di
luídos ►M5 na demonstração do rendimento integral ◄ relativa
mente aos lucros ou prejuízos das unidades operacionais em continua
ção atribuíveis aos detentores ordinários de capital próprio da
entidade-mãe e relativamente aos lucros ou prejuízos atribuíveis aos
detentores ordinários de capital próprio da entidade-mãe durante o
período, para cada classe de acções ordinárias que tenha um direito
diferente de participação no lucro durante o período. Uma entidade
deve apresentar os resultados por acção básicos e diluídos com igual
proeminência para todos os períodos apresentados.
67. Os resultados por acção são apresentados para cada período para o
qual seja apresentada uma ►M5 demonstração do rendimento inte
gral ◄. Se os resultados por acção diluídos forem relatados para pelo
menos um período, devem ser relatados para todos os períodos apre
sentados, mesmo que sejam iguais aos resultados por acção básicos.
Se os resultados por acção básicos e diluídos forem iguais, pode ser
feita uma dupla apresentação numa só linha da ►M5 demonstração
do rendimento integral. ◄
▼M31
67.A. Se uma entidade apresentar rubricas dos resultados numa demonstra
ção separada, tal como descrito no parágrafo 10A da IAS 1 (conforme
emendada em 2011), apresenta os resultados por acção básicos e
diluídos, tal como exigido nos parágrafos 66 e 67, nessa demonstração
separada.
▼B
68. Uma entidade que relate uma unidade operacional descontinuada deve
divulgar as quantias por acção básicas e diluídas relativamente à
unidade operacional descontinuada, seja ►M5 na demonstração do
rendimento integral ◄ ou nas notas.
▼M31
68.A. Se uma entidade apresentar rubricas dos resultados numa demonstra
ção separada tal como descrito no parágrafo 10A da IAS 1 (conforme
emendada em 2011), apresenta os resultados por acção básicos e
diluídos para a unidade operacional descontinuada, tal como exigido
no parágrafo 68, nessa demonstração separada ou nas notas.
▼B
69. Uma entidade deve apresentar os resultados por acção básicos e di
luídos, mesmo que as quantias divulgadas sejam negativas (i.e., uma
perda por acção).
DIVULGAÇÃO
70. Uma entidade deve divulgar o seguinte:
▼B
b) o número médio ponderado de acções ordinárias usado como de
nominador no cálculo dos resultados por acção básicos e diluídos e
uma reconciliação destes denominadores uns com os outros. A
reconciliação deve incluir o efeito individual de cada classe de
instrumentos que afecta os resultados por acção;
▼B
73. Se uma entidade divulgar, além dos resultados por acção básicos e
diluídos, quantias por acção usando um componente relatado da
►M5 demonstração do rendimento integral ◄ diferente do exigido
por esta Norma, tais quantias devem ser calculadas usando o número
médio ponderado de acções ordinárias determinado de acordo com
esta Norma. As quantias básicas e diluídas por acção relativamente
a esse componente devem ser divulgadas com igual proeminência e
apresentadas nas notas. Uma entidade deve indicar a base segunda a
qual o(s) numerador(es) é(são) determinado(s), incluindo se as quan
tias por acção são antes ou depois dos impostos. Se um componente
da ►M5 demonstração do rendimento integral ◄ for usado que não
seja relatado como linha de item na ►M5 demonstração do rendi
mento integral ◄, deve ser fornecida uma reconciliação entre o com
ponente usado e uma linha de item que seja relatada na
►M5 demonstração do rendimento integral ◄.
▼M31
73.A. O parágrafo 73 é também aplicável a uma entidade que divulgue, para
além dos resultados por acção básicos e diluídos, quantias por acção
utilizando uma rubrica de divulgação dos resultados diferente da exi
gida por esta Norma.
▼B
DATA DE EFICÁCIA
74. Uma entidade deve aplicar esta Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar a Norma a um período que tenha início antes
de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
▼M5
74.A. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, adicionou os parágrafos 4A, 67A, 68A e 73A.
Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a
IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, estas emendas deverão
ser aplicadas a esse período anterior.
▼M32
74.B. A IFRS 10 e a IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitidas em Maio de
2011, emendaram os parágrafos 4, 40 e A11. Uma entidade deve
aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 10 e a IFRS 11.
▼M33
74.C. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 8, 47A
e A2. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 13.
▼M31
74.D. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou os
parágrafos 4A, 67A, 68A e 73A. Uma entidade deve aplicar estas
emendas quando aplicar a IAS 1 (conforme emendada em Junho de
2011).
▼B
▼B
Apêndice A
GUIA DE APLICAÇÃO
EMISSÃO DE DIREITOS
►M33 A2 A emissão de acções ordinárias no momento do exercício ou
da conversão de potenciais acções ordinárias não origina normalmente
um elemento de bónus. Isto deve-se ao facto de as potenciais acções
ordinárias serem normalmente emitidas pelo seu justo valor, resul
tando numa alteração proporcional nos recursos disponíveis da enti
dade. Numa emissão de direitos, contudo,, o preço de exercício é em
muitos casos menor que o justo valor das acções. ◄ Deste modo,
conforme indicado no parágrafo 27.b), tal emissão de direitos inclui
um elemento de bónus. Se uma emissão de direitos for oferecida a
todos os accionistas existentes, o número de acções ordinárias a serem
usadas no cálculo de resultados por acção básicos e diluídos para
todos os períodos antes da emissão de direitos é o número de acções
ordinárias em circulação antes da emissão, multiplicado pelo seguinte
factor:
▼M33
O justo valor teórico da acção sem direitos é calculado adicionando o
justo valor agregado das acções imediatamente anterior ao exercício
dos direitos aos proventos obtidos pelo exercício dos direitos e divi
dindo pelo número de acções em circulação após o exercício dos
direitos. Quando os direitos forem publicamente negociados separada
mente das acções antes da data do exercício, o justo valor é mensu
rado no fecho do último dia em que as acções sejam negociadas
juntamente com os direitos.
▼B
NÚMERO DE CONTROLO
A3 Para ilustrar a aplicação da noção de número de controlo descrita nos
parágrafos 42. e 43., assuma-se que uma entidade tem lucro resultante
de unidades operacionais em continuação atribuível à entidade-mãe no
valor de 4 800 UM (1) uma perda resultante de unidades operacionais
descontinuadas atribuível à entidade-mãe de (7 200 UM), uma perda
atribuível à entidade-mãe de (2 400 UM) e 2 000 acções ordinárias e
400 potenciais acções ordinárias em circulação. Os resultados por
acção básicos da entidade são 2,40 UM para as unidades operacionais
em continuação (3,60 UM) para as unidades operacionais desconti
nuadas e (1,20 UM) para a perda. As 400 potenciais acções ordinárias
são incluídas no cálculo dos resultados por acção diluídos porque os
(1) Neste guia, as quantias monetárias estão denominadas em «unidades monetárias» (UM).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 322
▼B
resultados resultantes de 2,00 UM por acção para as unidades opera
cionais em continuação é diluidor, assumindo nenhum impacte dessas
400 potenciais acções ordinárias nos lucros ou prejuízos. Dado que o
lucro das unidades operacionais em continuação atribuível à
entidade-mãe é o número de controlo, a entidade também inclui essas
400 potenciais acções ordinárias no cálculo das quantias dos outros
resultados por acção, mesmo que as quantias dos resultados por acção
resultantes sejam antidiluidoras para as suas quantias comparáveis dos
resultados por acção básicos, i.e. a perda por acção é menor [(3,00
UM) por acção para a perda decorrente das unidades operacionais
descontinuadas e (1,00 UM) por acção para a perda].
▼B
preço de exercício efectivo abaixo do preço de mercado das acções
ordinárias passíveis de obtenção mediante exercício. No cálculo dos
resultados por acção diluídos, essas opções ou warrants são assumidos
como exercidos e a dívida ou outros instrumentos são assumidos
como oferecidos para aquisição. Se o dinheiro da oferta de aquisição
for mais vantajoso para o detentor da opção ou do warrant e o con
trato permitir dinheiro da oferta de aquisição, assume-se o dinheiro da
oferta de aquisição. O juro (líquido de impostos) de qualquer dívida
assumida como oferecida para aquisição é adicionado como ajusta
mento no numerador.
▼B
a) os instrumentos emitidos por uma subsidiária, um empreendimento
conjunto ou uma associada que permitam aos seus detentores a
obtenção de acções ordinárias da subsidiária, do empreendimento
conjunto ou da associada são incluídos no cálculo dos dados re
lativos aos resultados por acção diluídos da subsidiária, do em
preendimento conjunto ou da associada. Esses resultados por acção
são então incluídos nos cálculos dos resultados por acção da enti
dade que relata, com base na detenção, por parte da entidade que
relata, dos instrumentos da subsidiária, do empreendimento con
junto ou da associada.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 324
▼B
b) os instrumentos de uma subsidiária, empreendimento conjunto ou
associada que sejam convertíveis em acções ordinárias da entidade
que relata são considerados entre as potenciais acções ordinárias da
entidade que relata para a finalidade de calcular os resultados por
acção diluídos. Do mesmo modo, as opções ou warrants emitidos
por uma subsidiária, empreendimento conjunto ou associada para a
compra de acções ordinárias da entidade que relata são considera
dos entre as potenciais acções ordinárias da entidade que relata no
cálculo dos resultados por acção diluídos consolidados.
A12 Para a finalidade de determinar o efeito dos resultados por acção dos
instrumentos emitidos por uma entidade que relata e que sejam con
vertíveis em acções ordinárias de uma subsidiária, empreendimento
conjunto ou associada, os instrumentos são assumidos como conver
tidos e o numerador (lucros ou prejuízos atribuíveis aos detentores de
capital próprio ordinária da entidade-mãe) é ajustado conforme neces
sário de acordo com o parágrafo 33. Além desses ajustamentos, o
numerador é ajustado para qualquer alteração nos lucros ou prejuízos
registados pela entidade que relata (tal como rendimento de dividen
dos ou rendimento do método da equivalência patrimonial) que sejam
atribuíveis ao aumento no número de acções ordinárias em circulação
da subsidiária, empreendimento conjunto ou associada como resultado
da conversão assumida. O denominador do cálculo dos resultados por
acção diluídos não é afectado porque o número de acções ordinárias
em circulação da entidade que relata não se alteraria com a conversão
assumida.
▼B
b) os restantes lucros ou prejuízos são atribuídos às acções ordinárias
e aos instrumentos de capital próprio participantes, na medida em
que cada instrumento participe nos resultados, como se todos os
lucros ou prejuízos do período tivessem sido distribuídos. O total
dos lucros ou prejuízos atribuídos a cada classe de instrumento de
capital próprio é determinado adicionando a quantia atribuída para
dividendos à quantia atribuída para um elemento de participação.
c) a quantia total dos lucros ou prejuízos atribuída a cada classe de
instrumentos de capital próprio é dividida pelo número de instru
mentos em circulação aos quais os resultados são atribuídos para
determinar os resultados por acção do instrumento.
Para o cálculo dos resultados por acção diluídos, todas as potenciais
acções ordinárias que se assume terem sido emitidas são incluídas nas
acções ordinárias em circulação.
ACÇÕES PARCIALMENTE PAGAS
A15 Quando sejam emitidas acções ordinárias, mas não totalmente pagas,
estas são tratadas no cálculo dos resultados por acção básicos com
uma fracção de uma acção ordinária até ao ponto em que tenham o
direito de participar nos dividendos durante o período relativo a uma
acção ordinária totalmente paga.
A16 Na medida em que as acções parcialmente pagas não tenham o direito
de participar nos dividendos durante o período, estas são tratadas
como equivalentes a warrants ou opções no cálculo dos resultados
por acção diluídos. A diferença não paga é assumida como represen
tando proventos usados para a compra de acções ordinárias. O número
de acções incluídas nos resultados por acção diluídos é a diferença
entre o número de acções subscritas e o número de acções que se
assume terem sido compradas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 326
▼B
OBJECTIVO
O objectivo desta Norma é o de prescrever o conteúdo mínimo de um relatório
financeiro intercalar e de prescrever os princípios de reconhecimento e de men
suração em demonstrações financeiras completas ou condensadas para um pe
ríodo intercalar. A tempestividade e fiabilidade do relato financeiro intercalar
melhora a capacidade dos investidores, credores e de outros para compreender
a capacidade de uma entidade gerar resultados e fluxos de caixa e a sua situação
financeira e liquidez.
ÂMBITO
1. Esta Norma não define a que entidades deve ser exigido que publi
quem relatórios financeiros intercalares, qual a frequência, qual o
prazo após o final de um período intercalar. Porém, os governos, os
reguladores de valores mobiliários, as bolsas de valores e as organi
zações contabilísticas exigem muitas vezes que as entidades cuja dí
vida ou valores mobiliários de capital próprio sejam publicamente
negociados publiquem relatórios financeiros intercalares. Esta Norma
aplica-se se for exigido a uma entidade ou se decidir publicar um
relatório financeiro intercalar de acordo com as Normas Internacionais
de Relato Financeiro. O International Accounting Standards Commit
tee encoraja as entidades cujos títulos sejam publicamente negociados
a proporcionar relatórios financeiros intercalares que se conformem
com o reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos princípios
estabelecidos nesta Norma. Especificamente, as entidades cujos valo
res mobiliários sejam publicamente negociados são encorajadas a:
DEFINIÇÕES
4. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 327
▼B
Período intercalar é um período de relato financeiro mais curto do que um ano
financeiro completo.
▼M5
Relatório financeiro intercalar significa um relatório financeiro contendo quer
um conjunto completo de demonstrações financeiras (como descrito na IAS 1
Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em 2007)) ou um
conjunto de demonstrações financeiras condensadas (como descrito nesta Norma)
para um período intercalar.
▼B
CONTEÚDO DE UM RELATÓRIO FINANCEIRO INTERCALAR
▼M36
5. A IAS 1 define um conjunto completo de demonstrações financeiras
como incluindo as componentes seguintes:
Uma entidade pode usar títulos para as suas demonstrações que não
sejam os usados nesta Norma. Por exemplo, uma entidade pode usar o
título «Demonstração de rendimento integral» em vez do título «De
monstração dos resultados e outro rendimento integral».
▼B
6. No interesse das considerações da tempestividade e do custo e para
evitar repetição de informação previamente relatada, pode ser exigido
a uma entidade, ou esta pode decidir, proporcionar menos informação
em datas intercalares do que em comparação com as suas demons
trações financeiras anuais. Esta Norma define o conteúdo mínimo de
um relatório financeiro intercalar como o que inclui demonstrações
financeiras condensadas e notas explicativas seleccionadas.
Pretende-se que o relatório financeiro intercalar proporcione uma ac
tualização do último conjunto de demonstrações financeiras anuais.
Nessa conformidade, ele dá ênfase a novas actividades, acontecimen
tos e circunstâncias mas não duplica informação previamente relatada.
▼B
Componentes mínimos de um relatório financeiro intercalar
▼M31
8. Um relatório financeiro intercalar deve incluir, no mínimo, os seguin
tes componentes:
▼M5
a) uma demonstração condensada da posição financeira;
▼M31
b) uma demonstração condensada ou demonstrações condensadas dos
resultados e do outro rendimento integral;
▼M5
c) uma demonstração condensada de alterações no capital próprio;
▼M31
8.A. Se uma entidade apresentar rubricas dos resultados numa demonstra
ção separada, tal como descrito no parágrafo 10A da IAS 1 (conforme
emendada em 2011), apresenta as informações intercalares condensa
das a partir dessa demonstração.
▼B
Forma e conteúdo de demonstrações financeiras intercalares
9. Se uma entidade publicar um conjunto completo de demonstrações
financeiras no seu relatório financeiro intercalar, a forma e o conteúdo
dessas demonstrações devem conformar-se com os requisitos da IAS 1
relativos a um conjunto completo de demonstrações financeiras.
▼M8
11. Na declaração que apresenta os componentes de lucro ou perda de um
período intercalar, uma entidade deve apresentar os resultados por
acção básicos e diluídos para o período em que a entidade se encontra
no âmbito da IAS 33 Resultados por Acção (1).
▼M31
11.A. Se uma entidade apresentar rubricas dos resultados numa demonstra
ção separada, tal como descrito no parágrafo 10A da IAS 1 (conforme
emendada em 2011), apresenta os resultados por acção básicos e
diluídos nessa demonstração.
(1) Este parágrafo foi alterado com base no documento Melhoramentos introduzidos nas
IFRS, emitido em Maio de 2008, a fim de esclarecer o âmbito da IAS 34.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 329
▼B
►M5 12. A IAS 1 (tal como revista em 2007) proporciona orientação
sobre a estrutura das demonstrações financeiras. ◄ O Guia de Im
plementação da IAS 1 ilustra as formas em que ►M5 a demons
tração da posição financeira ◄, a ►M5 demonstração do rendi
mento integral ◄ e a demonstração de alterações no capital próprio
podem ser apresentados.
▼M5
__________
▼B
14. Um relatório financeiro intercalar será preparado numa base consoli
dada se as mais recentes demonstrações financeiras anuais da entidade
tenham sido demonstrações consolidadas. As demonstrações financei
ras separadas da empresa-mãe não são consistentes ou comparáveis
com as demonstrações consolidadas no mais recente relatório finan
ceiro anual. Se um relatório financeiro anual de uma entidade incluiu
as demonstrações financeiras separadas da empresa-mãe adicional
mente às demonstrações financeiras consolidadas, esta Norma nem
exige nem proíbe a inclusão das demonstrações separadas da
empresa-mãe no relatório financeiro intercalar da entidade.
▼M29
Transacções e acontecimentos significativos
15. Uma entidade deve incluir no seu relatório financeiro intercalar uma
explicação dos acontecimentos e transacções significativos para a
compreensão das alterações na posição financeira e no desempenho
da entidade desde o último relatório anual. A informação divulgada
em relação a esses acontecimentos e transacções deve actualizar as
informações pertinentes apresentadas no mais recente relatório finan
ceiro anual.
▼M29
(j) transacções com partes relacionadas;
__________
Outras divulgações
▼M38
16.A. Além de divulgar as transações e acontecimentos significativos em
conformidade com os parágrafos 15–15C, uma entidade deve incluir
a informação a seguir indicada nas notas às suas demonstrações fi
nanceiras intercalares, se não tiver sido divulgada noutra parte do
relatório financeiro intercalar. A informação deve normalmente ser
relatada na base do exercício financeiro até à data.
▼M29
(a) uma declaração de que as demonstrações financeiras interca
lares seguem as mesmas políticas contabilísticas e métodos de
cálculo aplicados nas mais recentes demonstrações financeiras
anuais ou, se essas políticas ou métodos tiverem sido alterados,
uma descrição da natureza e efeitos dessa alteração;
▼M36
(g) as seguintes informações por segmentos (a divulgação de in
formação por segmentos só é exigida no relatório financeiro
intercalar de uma entidade se a IFRS 8 Segmentos Operacio
nais exigir que a entidade divulgue informações por segmentos
nas suas demonstrações financeiras anuais):
▼M29
(i) réditos provenientes de clientes externos, desde que sejam
incluídos na mensuração dos lucros ou prejuízos do seg
mento analisada pelo principal responsável pela tomada
de decisões operacionais ou apresentada regularmente a
este;
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 331
▼M29
(ii) réditos intersegmentos, desde que sejam incluídos na
mensuração dos lucros ou prejuízos do segmento anali
sada pelo principal responsável pela tomada de decisões
operacionais ou apresentada regularmente a este,
▼M36
(iv) uma mensuração do total dos ativos e dos passivos de um
determinado segmento de relato, se esses montantes forem
apresentados regularmente ao principal responsável pela to
mada de decisões operacionais e se se tiver verificado uma
alteração substancial do valor divulgado nas últimas de
monstrações financeiras anuais para esse segmento de relato;
▼M29
(v) uma descrição das diferenças relativamente às últimas
demonstrações financeiras anuais na base de segmentação
ou na base de mensuração dos lucros ou prejuízos do
segmento;
▼M33
(j) no caso dos instrumentos financeiros, as divulgações sobre o
justo valor exigidas pelos parágrafos 91-93(h), 94-96, 98 e 99
da IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor e pelos parágrafos
25, 26 e 28-30 da IFRS 7 Instrumentos Financeiros:
Divulgações ;
▼M38
(k) para as entidades que se tornem ou deixem de ser entidades de
investimento, tal como definido na IFRS 10 Demonstrações Fi
nanceiras Consolidadas, as divulgações previstas no parágrafo 9B
da IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades.
▼M29
__________
▼B
Divulgação de conformidade com as IFRS
19. Se o relatório financeiro intercalar de uma entidade estiver em con
formidade com esta Norma, esse facto deve ser divulgado. Um rela
tório financeiro intercalar não deve ser descrito como estando em
conformidade com as Normas a menos que se conforme com todos
os requisitos das Normas Internacionais de Relato Financeiro.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 332
▼B
Períodos em que se exige que as demonstrações financeiras inter
calares sejam apresentadas
▼M31
20. Os relatórios intercalares devem incluir demonstrações financeiras in
tercalares (condensadas ou completas) para os períodos do seguinte
modo:
▼B
a) ►M5 demonstração da posição financeira ◄ no fim do período
intercalar corrente e ►M5 uma demonstração da posição finan
ceira ◄ comparativo no fim do ano financeiro imediatamente
precedente;
▼M31
b) demonstrações dos resultados e do outro rendimento integral para
o período intercalar corrente e cumulativamente para o ano finan
ceiro corrente até à data, com demonstrações comparativas dos
resultados e do rendimento integral para os períodos intercalares
comparáveis (corrente e desde o início do ano até à data) do ano
financeiro imediatamente precedente. Na medida do permitido pela
IAS 1 (conforme emendada em 2011), um relatório intercalar pode
apresentar para cada período uma demonstração ou demonstrações
dos resultados e de outro rendimento integral;
▼B
c) demonstração que mostre alterações no capital próprio cumulativa
mente para o ano financeiro corrente desde o início até à data, com
uma demonstração comparativa para o período comparável desde o
início do ano até à data, do ano financeiro imediatamente prece
dente; e
21. Para uma entidade cujo negócio seja altamente sazonal, pode ser útil
informação financeira para os doze meses ►M5 até ao fim do pe
ríodo intercalar ◄ e informação comparativa para o período anterior
de doze meses. Nessa conformidade, as entidades cujo negócio seja
altamente sazonal são encorajadas a considerar relatar tal informação
adicionalmente à informação pedida no parágrafo precedente.
Materialidade
23. Ao decidir como reconhecer, mensurar, classificar ou divulgar um
item para finalidades de relato financeiro intercalar, a materialidade
deve ser avaliada com relação aos dados financeiros do período in
tercalar. Ao se fazerem avaliações da materialidade, deve ser reconhe
cido que mensurações intercalares podem contar com estimativas
numa extensão mais vasta do que as mensurações de dados financei
ros anuais.
▼B
25. Embora o julgamento seja sempre exigido para avaliar a materialida
de, esta Norma baseia a decisão de reconhecimento e de divulgação
em dados do período intercalar, só por si por razões de compreensi
bilidade dos números intercalares. Deste modo, por exemplo, os itens
não usuais, as alterações nas políticas ou estimativas contabilísticas e
os erros são reconhecidos e divulgados na base da materialidade em
relação a dados do período intercalar para evitar interferências enga
nadoras que possam resultar da não divulgação. O objectivo que
prevalece é o de assegurar que um relatório financeiro intercalar in
clua toda a informação relevante para a compreensão da posição e do
desempenho financeiros de uma entidade durante o período intercalar.
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
As mesmas políticas contabilísticas que as anuais
28. Uma entidade deve aplicar as mesmas políticas contabilísticas nas
suas demonstrações financeiras intercalares que as que sejam aplicadas
nas suas demonstrações financeiras anuais, excepto quanto a altera
ções de políticas contabilísticas feitas após a data das mais recentes
demonstrações financeiras anuais que devam ser reflectidas nas pró
ximas demonstrações financeiras anuais. Porém, a frequência do relato
de uma entidade (anual, semestral ou trimestral) não deve afectar a
mensuração dos seus resultados anuais. Para conseguir esse objectivo,
as mensurações para finalidades de relato intercalar devem ser feitas
na base desde o início do ano até à data.
▼B
30. Como ilustração:
▼B
35. Uma entidade que relata semestralmente usa informação disponível no
meio do ano ou perto dele, ao fazer as mensurações nas suas demons
trações financeiras para o primeiro período de seis meses e informação
disponível no fim do ano ou próximo, para o período de doze meses.
As mensurações de doze meses reflectirão possíveis alterações nas
estimativas de quantias relatadas para o primeiro período de seis meses.
As quantias incluídas no relato financeiro intercalar para o primeiro
período de seis meses não são ajustadas retrospectivamente. Os pará
grafos 16.d) e 26. exigem, porém, que sejam divulgadas a natureza e
quantia de quaisquer alterações significativas nas estimativas.
Uso de estimativas
41. Os procedimentos de mensuração a serem seguidos num relatório
financeiro intercalar devem ser concebidos para assegurar que a in
formação resultante seja fiável e que toda a informação financeira
material que seja relevante para a compreensão da posição financeira
ou do desempenho da entidade seja apropriadamente divulgada. Em
bora as mensurações tanto nos relatórios financeiros anuais como nos
intercalares sejam muitas vezes baseadas em estimativas razoáveis, a
preparação de relatórios financeiros intercalares exigirá geralmente um
maior uso de métodos de estimativa do que os relatórios financeiros
anuais.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 336
▼B
42. O Apêndice C proporciona exemplos do uso de estimativas em pe
ríodos intercalares.
DATA DE EFICÁCIA
46. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
que cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Janeiro de
1999. É encorajada a aplicação mais cedo.
▼M5
47. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou os parágrafos 4, 5, 8, 11, 12 e 20,
eliminou o parágrafo 13 e adicionou os parágrafos 8A e 11A. Uma
entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1
(revista em 2007) a um período anterior, as emendas deverão ser
aplicadas a esse período anterior.
▼M12
48. A IFRS 3 (conforme revista pelo International Accounting Standards
Board em 2008) emendou o parágrafo 16(i). Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após
1 de Julho de 2009. Se uma entidade aplicar a IFRS 3 (revista em
2008) a um período anterior, a emenda também deve ser aplicada a
esse período anterior.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 337
▼M29
49. O parágrafo 15 foi emendado, os parágrafos 15A–15C e 16A foram
acrescentados e os parágrafos 16–18 foram suprimidos através do
documento Melhoramentos introduzidos nas IFRS emitido em Maio
de 2010. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2011. É permitida a
aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um pe
ríodo anterior, deve divulgar esse facto.
▼M33
50. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, aditou o parágrafo 16A(j).
Uma entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
▼M31
51. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou os
parágrafos 8, 8A, 11A e 20. Uma entidade deve aplicar estas emendas
quando aplicar a IAS 1 (conforme emendada em Junho de 2011).
▼M36
52. O documento Melhoramentos anuais - ciclo 2009 - 2011, emitido em
maio de 2012, emendou o parágrafo 5, como emenda consequente à
emenda da IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras. Uma
entidade deve aplicar essa emenda retrospetivamente em conformidade
com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas
Contabilísticas e Erros aos períodos anuais com início em ou após
1 de janeiro de 2013. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
53. O documento Melhoramentos anuais - ciclo 2009 - 2011, emitido em
maio de 2012, emendou o parágrafo 16A. Uma entidade deve aplicar
essa emenda retrospetivamente em conformidade com a IAS 8 Polí
ticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Er
ros aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2013.
É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar a emenda
a um período anterior, deve divulgar esse facto.
▼M38
54. O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, aditou o parágrafo 16A.
Uma entidade deve aplicar esta emenda em relação aos períodos
anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É permitida a
aplicação antecipada do documento Entidades de Investimento. Se
uma entidade aplicar a emenda de forma antecipada, deve também
aplicar todas as emendas incluídas no documento Entidades de Inves
timento ao mesmo tempo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 338
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 36
Imparidade de Activos
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever os procedimentos que uma
entidade aplica para assegurar que os seus activos sejam escriturados
por não mais do que a sua quantia recuperável. Um activo é escritu
rado por mais do que a sua quantia recuperável se a sua quantia
escriturada exceder a quantia a ser recuperada através do uso ou da
venda do activo. Se este for o caso, o activo é descrito como estando
com imparidade e a Norma exige que a entidade reconheça uma perda
por imparidade. A Norma também especifica as circunstâncias em que
uma entidade deve reverter uma perda por imparidade e prescreve
divulgações.
ÂMBITO
2. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização da imparidade de
todos os activos, que não sejam:
▼M8
g) activos biológicos relacionados com a actividade agrícola que
sejam mensurados pelo ►M33 justo valor menos os custos de
alienação ◄ (ver a IAS 41 Agricultura);
▼B
h) custos de aquisição diferidos, e activos intangíveis, resultantes dos
direitos contratuais de uma seguradora segundo contratos de se
guro no âmbito da IFRS 4 Contratos de Seguro; e
▼M32
4. Esta Norma aplica-se aos activos financeiros classificados como:
▼B
b) associadas, tal como definido na ►M32 IAS 28 Investimentos em
Associadas e Empreendimentos Conjuntos ◄; e
▼M33
5. Esta Norma não se aplica a activos financeiros no âmbito da IAS 39,
a propriedades de investimento mensuradas pelo justo valor de acordo
com a IAS 40 ou a activos biológicos relacionados com a actividade
agrícola mensurados pelo justo valor menos os custos de vender, de
acordo com a IAS 41. Aplica-se, no entanto, a activos escriturados
pela quantia reavaliada (ou seja, o justo valor à data da reavaliação
menos qualquer depreciação ou perda por imparidade acumuladas
subsequentes), de acordo com outras IFRS, tais como os modelos
de reavaliação da IAS 16 Activos Fixos Tangíveis e da IAS 38 Activos
Intangíveis. A única diferença entre o justo valor de um activo e o seu
justo valor menos os custos de alienação são os custos directos
incrementais imputáveis à alienação do activo.
ii) [suprimida]
b) [suprimida]
▼B
DEFINIÇÕES
▼M33
6. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os signi
ficados especificados:
[suprimida]
(a) [suprimida]
(b) [suprimida]
(c) [suprimida]
▼M12
__________
▼B
Quantia escriturada é a quantia pela qual um activo é reconhecido
após dedução de qualquer depreciação acumulada (amortização) e de
perdas por imparidade acumuladas resultantes.
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo
ou pago pela transferência de um passivo numa transacção orde
nada entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver
IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor)
▼B
Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada
de um activo ou unidade geradora de caixa excede a sua quantia
recuperável.
▼B
Valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se
espera que sejam derivados de um activo ou unidade geradora de
caixa.
▼B
10. Independentemente de existir ou não qualquer indicação de imparida
de, uma entidade deve também:
▼M33
12. Ao avaliar se existe qualquer indicação de que um activo possa
estar com imparidade, uma entidade deve considerar, como
mínimo, as seguintes indicações:
▼B
b) ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo,
alterações significativas com um efeito adverso na entidade, rela
tivas ao ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em
que a entidade opera ou no mercado ao qual o activo está dedi
cado;
▼B
f) alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocor
reram durante o período, ou espera-se que ocorram num futuro
próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um activo
seja usado ou se espera que seja usado. Estas alterações incluem
um activo que se tornou ocioso, planos para descontinuar ou rees
truturar a unidade operacional a que o activo pertence, planos para
alienar um activo antes da data anteriormente esperada, e a reava
liação da vida útil de um activo como finita em vez de indefini
da (1),
▼M7
Dividendo de uma subsidiária, ►M32 associada ou empreendimento
conjunto ◄
▼B
13. A lista do parágrafo 12. não é exaustiva. Uma entidade pode identi
ficar outras indicações de que um activo possa estar com imparidade e
estas também exigiriam que a entidade determine a quantia recuperá
vel do activo ou, no caso de goodwill, efectue um teste de imparidade
de acordo com os parágrafos 80.-99.
(1) Quando um activo corresponder aos critérios para ser classificado como detido para
venda (ou for incluído num grupo para alienação que seja classificado como detido
para venda), ele será excluído do âmbito desta Norma e contabilizado de acordo com
a IFRS 5 Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descon
tinuadas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 344
▼B
15. Conforme indicado no parágrafo 10., esta Norma exige que um activo
intangível com vida útil indefinida ou ainda não disponível para uso e
o goodwill sejam testados quanto a imparidade, pelo menos anual
mente. Com excepção de quando se apliquem os requisitos do pará
grafo 10., o conceito de materialidade aplica-se ao identificar se a
quantia recuperável de um activo necessita ou não de ser estimada.
Por exemplo, se cálculos anteriores mostrarem que a quantia recupe
rável de um activo for significativamente superior à sua quantia es
criturada, a entidade não necessita de reestimar a quantia recuperável
do activo se nenhuns acontecimentos tiverem ocorrido que eliminas
sem essa diferença. De modo semelhante, a análise anterior pode
mostrar que a quantia recuperável de um activo não é sensível a
uma (ou mais) das indicações listadas no parágrafo 12.
17. Se houver uma indicação de que um activo possa estar com impari
dade, isto pode indicar que a vida útil remanescente, o método de
depreciação (amortização) ou o valor residual do activo precisam de
ser revistos e ajustados de acordo com a Norma aplicável ao activo,
mesmo que não seja reconhecida qualquer perda por imparidade re
lativa a esse activo.
▼M33
20. Pode ser possível mensurar o justo valor menos os custos de aliena
ção, mesmo que não exista um preço cotado num mercado activo para
um activo idêntico. Porém, por vezes, não será possível mensurar o
justo valor menos os custos de alienação porque não há qualquer base
para fazer uma estimativa fiável do preço ao qual decorreria uma
operação ordenada de venda do activo entre participantes no mercado
à data da mensuração nas condições correntes de mercado. Neste caso,
a entidade pode usar o valor de uso do activo como a sua quantia
recuperável.
▼B
21. Se não houver razão para crer que o valor de uso de um activo
excede materialmente o seu ►M33 justo valor menos os custos de
alienação ◄, o ►M33 justo valor menos os custos de alienação ◄
pode ser usado como sua quantia recuperável. Isto será muitas vezes o
caso de um activo que seja detido para alienação. Isto porque o valor
de uso de um activo detido para alienação consistirá principalmente
nos proventos líquidos da alienação, pois os fluxos de caixa futuros
derivados do uso continuado do activo até à sua alienação são pro
vavelmente negligenciáveis.
▼M33
b) o valor de uso do activo possa ser estimado estar próximo do seu
justo valor menos os custos de alienação e o justo valor menos os
custos de alienação possa ser determinado.
▼B
23. Em alguns casos, estimativas, médias e simplificações computacionais
podem proporcionar aproximações razoáveis dos cálculos pormenori
zados exemplificados nesta Norma para determinar o ►M33 justo
valor menos os custos de alienação ◄ ou o valor de uso.
▼B
b) o mais recente cálculo da quantia recuperável resultou numa quan
tia que excedeu a quantia escriturada do activo por uma margem
substancial; e
▼M33
Justo valor menos os custos de alienação
__________
▼B
►M33 28. Os custos de alienação, que não tenham sido os reconhecidos
como passivos, são deduzidos na mensuração pelo justo valor menos
os custos de alienação. ◄ Exemplos de tais custos são os custos
legais, imposto de selo e impostos sobre transacções semelhantes,
custos de remoção do activo e custos incrementais directos para co
locar um activo em condições para a sua venda. Porém, os benefícios
de cessação de emprego (tal como definidos na IAS 19) e custos
associados à redução ou reorganização de uma empresa a seguir à
alienação de um activo não são custos incrementais directos de alienar
o activo.
Valor de uso
30. Os seguintes elementos devem ser reflectidos no cálculo do valor de
uso de um activo:
▼B
32. Os elementos identificados no parágrafo 30.b), d) e e) podem ser
reflectidos ou como ajustamentos nos fluxos de caixa futuros ou
como ajustamentos na taxa de desconto. Qualquer abordagem que
uma entidade adopte para reflectir as expectativas acerca das possíveis
variações na quantia ou na tempestividade de fluxos de caixa futuros,
o resultado deve reflectir o valor presente esperado dos fluxos de
caixa futuros, i.e., a média ponderada de todos os desfechos possíveis.
O Apêndice A proporciona orientação adicional sobre o uso das téc
nicas de valor presente ao mensurar o valor de uso de um activo.
▼B
36. As projecções de fluxos de caixa até ao fim da vida útil de um activo
são estimadas extrapolando as projecções de fluxos de caixa baseadas
nos orçamentos/previsões financeiros usando uma taxa de crescimento
para os anos subsequentes. Esta taxa é estável ou decrescente, a
menos que um aumento na taxa coincida com informação objectiva
acerca de modelos durante o ciclo de vida de um produto ou de um
sector. Se apropriado, a taxa de crescimento é zero ou negativa.
▼B
43. Para evitar a dupla contagem, as estimativas de fluxos de caixa futu
ros não incluem:
45. Dado que os fluxos de caixa futuros são estimados para o activo na
condição corrente, o valor de uso não reflecte:
48. Até que uma entidade incorra em exfluxos de caixa que aumentem ou
melhorem o desempenho do activo, as estimativas de fluxos de caixa
futuros não incluem os influxos de caixa futuros estimados que se
espera que resultem do aumento de benefícios económicos associados
ao exfluxo de caixa (ver Exemplo Ilustrativo 6).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 350
▼B
49. As estimativas de fluxos de caixa futuros incluem os exfluxos de
caixa futuros necessários à manutenção do nível de benefícios econó
micos que se espera que resultem do activo na sua corrente condição.
Quando uma unidade geradora de caixa consistir em activos com
diferentes vidas úteis estimadas, sendo todos essenciais para a conti
nuação do funcionamento da unidade, a substituição de activos com
vidas mais curtas é considerada como fazendo parte da manutenção
diária da unidade ao estimar os fluxos de caixa futuros associados à
unidade. Da mesma forma, quando um único activo consistir em
componentes com diferentes vidas úteis estimadas, a substituição de
componentes com vidas mais curtas é considerada como fazendo parte
da manutenção diária do activo ao estimar os fluxos de caixa futuros
gerados pelo activo.
▼M33
53.A. O justo valor difere do valor de uso. O justo valor reflecte os pres
supostos que os participantes no mercado considerariam ao apreçar o
activo. Em contraste, o valor de uso reflecte os efeitos de factores que
podem ser específicos da entidade e não aplicáveis às entidades em
geral. Por exemplo, o justo valor não reflecte nenhum dos seguintes
factores, na medida em que os mesmos não estão geralmente dispo
níveis para os participantes no mercado:
▼B
Fluxos de caixa futuros de moeda estrangeira
54. Os fluxos de caixa futuros são estimados na moeda em que serão
gerados e depois descontados usando uma taxa de desconto apro
priada para essa moeda. Uma entidade transpõe o valor presente
usando a taxa de câmbio à vista na data do cálculo do valor de uso.
Taxa de desconto
55. A taxa (taxas) de desconto deve(m) ser uma taxa (taxas) antes dos
impostos que reflicta(m) as avaliações correntes de mercado sobre:
▼B
57. Quando uma taxa de um activo específico não estiver directamente
disponível no mercado, uma entidade usa substitutos para estimar a
taxa de desconto. O Apêndice A proporciona orientação adicional
sobre a estimativa da taxa de desconto nessas circunstâncias.
59. Se, e apenas se, a quantia recuperável de um activo for inferior à sua
quantia escriturada, a quantia escriturada do activo deve ser reduzida
para a sua quantia recuperável. Esta redução é uma perda por impa
ridade.
60. Uma perda por imparidade deve ser imediatamente reconhecida nos
lucros ou prejuízos, a não ser que o activo seja escriturado pela
quantia revalorizada de acordo com uma outra Norma (por exemplo,
de acordo com o modelo de revalorização da IAS 16 Activos Fixos
Tangíveis). Qualquer perda por imparidade de um activo revalorizado
deve ser tratada como decréscimo de revalorização de acordo com
essa outra Norma.
▼M5
61. Uma perda por imparidade num activo não revalorizado é reconhecida
nos lucros ou prejuízos. Porém, uma perda por imparidade num activo
revalorizado é reconhecida em outro rendimento integral até ao
ponto em que a perda por imparidade não exceda a quantia no ex
cedente de revalorização do mesmo activo. Essa perda por imparidade
num activo revalorizado reduz o excedente de revalorização desse
activo.
▼B
62. Quando a quantia estimada de uma perda por imparidade for superior
à quantia escriturada do activo com o qual se relaciona, uma entidade
deve reconhecer um passivo se, e apenas se, tal for exigido por uma
outra Norma.
▼B
Identificação da unidade geradora de caixa a que pertence um
activo
66. Se houver qualquer indicação de que um activo possa estar com
imparidade, a quantia recuperável do activo individual deve ser esti
mada. Se não for possível estimar a quantia recuperável do activo
individual, uma entidade deve determinar a quantia recuperável da
unidade geradora de caixa à qual o activo pertence (a unidade gera
dora de caixa do activo).
Exemplo
Uma entidade mineira possui uma linha férrea privada para su
portar as suas actividades mineiras. A linha férrea privada só
pode ser vendida pelo valor de sucata e não gera influxos de
caixa que sejam em larga medida independentes dos influxos de
caixa de outros activos da mina.
Exemplo
▼B
▼B
72. As unidades geradoras de caixa devem ser identificadas consistente
mente de período para período relativamente ao mesmo activo ou
tipos de activos, a menos que se justifique uma alteração.
▼M33
78. Pode ser necessário considerar alguns passivos reconhecidos para de
terminar a quantia recuperável de uma unidade geradora de caixa. Isto
pode ocorrer se a alienação de uma unidade geradora de caixa exigir
que o comprador assuma o passivo. Neste caso, o justo valor menos
os custos de alienação (ou o fluxo de caixa estimado da última alie
nação) da unidade geradora de caixa é o preço para vender os activos
da unidade geradora de caixa e o passivo conjuntamente, menos os
custos de alienação. Para executar uma comparação com sentido entre
a quantia escriturada da unidade geradora de caixa e a sua quantia
recuperável, a quantia escriturada do passivo é deduzida ao determinar
tanto o valor de uso da unidade geradora de caixa como a sua quantia
escriturada.
▼B
Exemplo
___________
(a) Nesta Norma, as quantias monetárias estão denominadas em «unidades
monetárias» (UM).
▼B
Goodwill
▼M12
81. O goodwill reconhecido numa concentração de actividades empresa
riais é um activo que representa os benefícios económicos futuros
resultantes de outros activos adquiridos numa concentração de activi
dades empresariais que não sejam individualmente identificados nem
separadamente reconhecidos. O goodwill não gera fluxos de caixa
independentemente de outros activos ou grupos de activos e muitas
vezes contribui para os fluxos de caixa de várias unidades geradoras
de caixa. O goodwill por vezes não pode ser imputado numa base não
arbitrária a unidades geradoras de caixa individuais, mas apenas a
grupos de unidades geradoras de caixa. Como resultado, o nível
mais baixo dentro da entidade no qual o goodwill é monitorizado
para finalidades de gestão interna compreende por vezes um número
de unidades geradoras de caixa com as quais o goodwill se relaciona,
mas a que não pode ser imputado. As referências nos parágrafos
83–99 e no Apêndice C a uma unidade geradora de caixa à qual o
goodwill é imputado devem ser lidas como referências também a um
grupo de unidades geradoras de caixa às quais o goodwill é imputado.
▼B
82. A aplicação dos requisitos do parágrafo 80. faz com que o goodwill
seja testado por imparidade a um nível que reflicta a forma como uma
entidade gere as suas unidades operacionais e com que o goodwill
estaria naturalmente associado. Portanto, o desenvolvimento de siste
mas de relato adicionais não é tipicamente necessário.
83. Uma unidade geradora de caixa à qual o goodwill seja imputado para
a finalidade de testar a imparidade pode não coincidir com o nível a
que o goodwill é imputado de acordo com a IAS 21 Os Efeitos de
Alterações em Taxas de Câmbio para a finalidade de mensurar os
ganhos e perdas cambiais. Por exemplo, se a uma entidade for exigido
pela IAS 21 que impute goodwill a níveis relativamente baixos com a
finalidade de mensurar os ganhos e perdas cambiais, não é exigido
que teste o goodwill quanto a imparidade ao mesmo nível a não ser
que também monitorize o goodwill a esse nível para finalidades de
gestão interna.
▼M12
85. De acordo com a IFRS 3 Concentrações de Actividades Empresariais,
se a contabilização inicial de uma concentração de actividades em
presariais puder ser determinada apenas provisoriamente no final do
período em que a concentração seja efectuada, a adquirente:
▼B
86. Se o goodwill tiver sido imputado a uma unidade geradora de caixa e
a entidade alienar uma unidade operacional dessa unidade, o goodwill
associado à unidade operacional alienada deve ser:
Exemplo
▼B
Exemplo
90. Uma unidade geradora de caixa à qual tenha sido imputado goodwill
deve ser testada quanto a imparidade anualmente, e sempre que exista
uma indicação de que essa unidade possa estar com imparidade,
comparando a quantia escriturada da unidade, incluindo o goodwill,
com a quantia recuperável da unidade. Se a quantia recuperável da
unidade exceder a quantia escriturada da unidade, a unidade e o
goodwill imputado a essa unidade devem ser considerados como
não estando com imparidade. Se a quantia escriturada da unidade
exceder a quantia recuperável da unidade, a entidade deve reconhecer
a perda por imparidade de acordo com o parágrafo 104.
▼M12
__________
▼B
Tempestividade dos testes de imparidade
96. O teste de imparidade anual para uma unidade geradora de caixa a
que tenha sido imputado goodwill pode ser efectuado a qualquer
momento durante um período anual, desde que o teste seja efectuado
no mesmo momento todos os anos. Unidades geradoras de caixa
diferentes podem ser testadas quanto a imparidade em momentos
diferentes. Contudo, se uma parte ou todo o goodwill imputado a
uma unidade geradora de caixa foi adquirido numa concentração de
actividades empresariais durante o período corrente anual, essa uni
dade deve ser testada quanto a imparidade antes do final do período
corrente anual.
▼B
98. No momento do teste de imparidade de uma unidade geradora de
caixa à qual tenha sido imputado goodwill, pode haver uma indicação
de uma imparidade de um activo dentro da unidade que contém o
goodwill. Nessas circunstâncias, a entidade testa o activo quanto a
imparidade primeiro, e reconhece qualquer perda por imparidade nesse
activo antes de testar a imparidade da unidade geradora de caixa que
contém o goodwill. Do mesmo modo, pode haver uma indicação de
uma imparidade de uma unidade geradora de caixa dentro de um
grupo de unidades que contém o goodwill. Nessas circunstâncias, a
entidade testa a unidade geradora de caixa quanto a imparidade pri
meiro, e reconhece qualquer perda por imparidade nessa unidade antes
de testar a imparidade do grupo de unidades ao qual seja imputado o
goodwill.
Activos corporate
100. Os activos «corporate» incluem activos do grupo ou activos divisio
nais tais como o edifício de uma sede ou de uma divisão da entidade,
equipamento de processamento de dados (EDP) ou um centro de
pesquisa. A estrutura de uma entidade determina se um activo satisfaz
a definição desta Norma de activos corporate para uma unidade ge
radora de caixa em particular. As características distintivas dos activos
corporate são as de que eles não geram influxos de caixa indepen
dentemente de outros activos ou grupos de activos e que a sua quantia
escriturada não pode ser inteiramente atribuída à unidade geradora de
caixa em questão.
▼B
102. Ao testar a imparidade de uma unidade geradora de caixa, uma enti
dade deve identificar todos os activos corporate que se relacionem
com a unidade geradora de caixa em análise. Se uma parte da quantia
escriturada de um activo corporate:
▼M33
105. Ao imputar uma perda por imparidade nos termos do parágrafo
104, uma entidade não deve reduzir o a quantia escriturada de
um activo para um valor menor que o maior valor de:
▼B
b) o seu valor de uso (caso seja determinável); e
c) zero.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 362
▼B
A quantia da perda por imparidade que de outra forma teria sido
imputada ao activo deve ser imputada pro rata aos outros activos da
unidade (grupo de unidades).
Exemplo
▼B
108. Após os requisitos dos parágrafos 104. e 105. terem sido aplicados,
deve ser reconhecido um passivo para qualquer quantia remanescente
de uma perda por imparidade de uma unidade geradora de caixa se, e
apenas se, isso for exigido por outra Norma.
110. Uma entidade deve avaliar ►M5 no fim de cada período de relato ◄
se há qualquer indicação de que uma perda por imparidade reconhecida
em períodos anteriores relativamente a um activo, que não o goodwill,
possa já não existir ou possa ter diminuído. Se qualquer indicação
existir, a entidade deve estimar a quantia recuperável desse activo.
▼M33
111. Ao avaliar se existe qualquer indicação de que uma perda por
imparidade reconhecida em períodos anteriores relativamente a
um activo, que não o goodwill, possa já não existir ou possa ter
diminuído, uma entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes
indicações:
▼B
b) tenham ocorrido durante o período, ou irão ocorrer no futuro
próximo, alterações significativas, no ambiente tecnológico, de
mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no
mercado a que o activo esteja dedicado com um efeito favorável
na entidade;
▼B
e) está disponível evidência proveniente de relatórios internos que
indica que o desempenho económico do activo é, ou será, melhor
do que o esperado.
113. Se houver uma indicação de que uma perda por imparidade reconhe
cida de um activo, que não o goodwill, possa já não existir ou possa
ter diminuído, isto pode indicar que a vida útil remanescente, o mé
todo de depreciação (amortização) ou o valor residual pode necessitar
de ser revisto e ajustado de acordo com a Norma aplicável ao activo,
mesmo que nenhuma perda por imparidade do activo seja revertida.
114. Uma perda por imparidade de um activo, que não o goodwill, reco
nhecida em períodos anteriores deve ser revertida se, e apenas se,
houver uma alteração nas estimativas usadas para determinar a quantia
recuperável do activo desde que a última perda por imparidade foi
reconhecida. Se for este o caso, a quantia escriturada do activo deve,
excepto como descrito no parágrafo 117., ser aumentada até à sua
quantia recuperável. Este aumento é uma reversão de uma perda por
imparidade.
▼B
119. Uma reversão de uma perda por imparidade de um activo, que não o
goodwill, deve ser reconhecida imediatamente nos lucros ou prejuízos,
a não ser que o activo esteja escriturado pela quantia revalorizada
segundo uma outra Norma (por exemplo, o modelo de revalorização
da IAS 16). Qualquer reversão de uma perda por imparidade de um
activo revalorizado deve ser tratada como um acréscimo de revalori
zação de acordo com essa outra Norma.
►M5 120. Uma reversão de uma perda por imparidade num activo
revalorizado é reconhecida em outro rendimento integral e aumenta
o excedente de revalorização desse activo. Contudo, ◄ até ao
ponto em que uma perda por imparidade no mesmo activo revalori
zado foi anteriormente reconhecida nos lucros ou prejuízos, uma re
versão dessa perda por imparidade também é reconhecida nos lucros
ou prejuízos.
121. Após ser reconhecida uma reversão de uma perda por imparidade, o
débito de depreciação (amortização) do activo deve ser ajustado em
períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do activo,
menos o seu valor residual (se o houver), numa base sistemática
durante a sua vida útil remanescente.
123. Ao imputar uma reversão de uma perda por imparidade de uma uni
dade geradora de caixa de acordo com o parágrafo 122., a quantia
escriturada de um activo não deve ser aumentada acima do mais baixo
de entre:
DIVULGAÇÃO
126. Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de activos:
▼B
b) a quantia de reversões de perdas por imparidade reconhecidas nos
lucros ou prejuízos durante o período e as linhas de itens da
►M5 demonstração do rendimento integral ◄ em que essas per
das por imparidade são revertidas;
129. Uma entidade que relata informação por segmentos de acordo com a
IFRS 8 deve divulgar o seguinte para cada segmento relatável
▼M33
130. Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada perda material
por imparidade reconhecida ou revertida durante o período no
que respeita a um activo individual, incluindo goodwill, ou uma
unidade geradora de caixa:
▼B
a) os acontecimentos e circunstâncias que conduziram ao reconheci
mento ou reversão da perda por imparidade;
i) a natureza do activo, e
▼B
iii) se a agregação de activos relativa à identificação da unidade
geradora de caixa se alterou desde a estimativa anterior da
quantia recuperável (se a houver) da unidade geradora de cai
xa, uma descrição da maneira corrente e anterior de agregar
activos e as razões de alterar a maneira como é identificada a
unidade geradora de caixa;
▼M33
f) se a quantia recuperável for o justo valor menos os custos de
alienação, a base usada para mensurar o justo valor menos os
custos de alienação (por exemplo, se o justo valor foi mensu
rado por referência a um preço cotado num mercado activo
para um activo idêntico). Uma entidade não é obrigada a for
necer as divulgações exigidas pela IFRS 13;
▼B
g) se a quantia recuperável for o valor de uso, a(s) taxa(s) de des
conto usada(s) na estimativa corrente e anterior (se houver) do
valor de uso.
131. Uma entidade deve divulgar a seguinte informação para as perdas por
imparidade agregadas e as reversões agregadas de perdas por impari
dade reconhecidas durante o período para o qual nenhuma informação
é divulgada de acordo com o parágrafo 130.:
▼B
a) a quantia escriturada de goodwill imputada à unidade (grupo de
unidades);
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 368
▼B
b) a quantia escriturada de activos intangíveis com vidas úteis inde
finidas imputada à unidade (grupo de unidades);
▼M33
c) a quantia recuperável da unidade (ou grupo de unidades) e a
base de cálculo da quantia recuperável da unidade (grupo de
unidades) tenha sido determinada (ou seja, valor de uso ou o
justo valor menos os custos de alienação);
▼B
ii) uma descrição da abordagem da gerência para determinar o(s)
valor(es) atribuído(s) a cada pressuposto-chave, quer esse(s)
valor(es) sejam) o reflexo de experiência passada ou, se apro
priado, sejam) consistente(s) com fontes externas de informa
ção, e, caso contrário, como e porque diferem da experiência
passada ou das fontes externas de informação,
▼M33
e) se a quantia recuperável da unidade (grupo de unidades) se
basear no justo valor menos os custos de alienação, a(s) técni
ca(s) de avaliação utilizada(s) para mensurar pelo justo valor
menos os custos de alienação. Uma entidade não é obrigada a
fornecer as divulgações exigidas pela IFRS 13; Se o justo valor
menos os custos de alienação não é mensurado com base num
preço cotado de uma unidade (grupo de unidades) idêntica(s),
uma entidade deve divulgar a seguinte informação:
▼M8
(ii) uma descrição da abordagem da gerência para determinar o(s)
valor(es) atribuído(s) a cada pressuposto-chave, quer esses va
lores sejam o reflexo de experiência passada ou, se apropriado,
sejam consistentes com fontes externas de informação, e, caso
contrário, como e porque diferem da experiência passada ou
das fontes externas de informação.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 369
▼M33
(iiA) o nível na hierarquia do justo valor (ver a IFRS 13) no qual
a mensuração pelo justo valor é classificada na sua totalidade
(sem ter em conta a observância dos «custos da alienação»).
▼B
f) se uma alteração razoavelmente possível num pressuposto-chave
em que a gerência tenha baseado a sua determinação da quantia
recuperável da unidade (grupo de unidades) fizesse com que a
quantia escriturada da unidade (grupo de unidades) excedesse a
sua quantia recuperável:
▼B
c) uma descrição do(s) pressuposto(s)-chave;
▼B
a) ao goodwill e a activos intangíveis adquiridos em concentrações de
actividades empresariais para as quais a data do acordo seja em ou
após 31 de Março de 2004; e
▼M5
140.A. A IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como re
vista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS. Além disso,
emendou os parágrafos 61, 120, 126 e 129. Uma entidade deve aplicar
estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de Ja
neiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 371
▼M12
140.B. A IFRS 3 (conforme revista pelo International Accounting Standards
Board em 2008) emendou os parágrafos 65, 81, 85 e 139, eliminou os
parágrafos 91–95 e 138 e adicionou o Apêndice C. Uma entidade
deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou
após 1 de Julho de 2009. Se uma entidade aplicar a IFRS 3 (revista
em 2008) a um período anterior, as emendas também deverão ser
aplicadas a esse período anterior.
▼M8
140.C. O parágrafo 134(e) foi alterado com base no documento Melhoramen
tos introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade
deve aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar as emendas a um período anterior, ela deve divulgar
esse facto.
▼M7
140.D. O documento Custo de um Investimento numa Subsidiária, Entidade
Conjuntamente Controlada ou Associada (emendas à IFRS 1 Adopção
pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro e
à IAS 27), emitido em Maio de 2008, adicionou o parágrafo 12(h).
Uma entidade deve aplicar essa emenda prospectivamente aos perío
dos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a
aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas com ela
relacionadas, constantes dos parágrafos 4 e 38A da IAS 27, a um
período anterior, deve aplicar a emenda constante do parágrafo 12(h)
em simultâneo.
▼M22
140.E. O documento Melhoramentos Introduzidos nas IFRS emitido em Abril
de 2009 emendou o parágrafo 80(b). Uma entidade deve aplicar essa
emenda prospectivamente aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2010. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
▼M32
140.H. A IFRS 10 e a IFRS 11, emitidas em Maio de 2011, emendaram o
parágrafo 4, o título que antecede os parágrafo 12(h) e o parágrafo
12(h). Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a
IFRS 10 e a IFRS 11.
▼M33
140.I. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 5, 6,
12, 20, 78, 105, 111, 130 e 134, suprimiu os parágrafos 25-27 e
adicionou os parágrafos 25A e 53A. Uma entidade deve aplicar estas
emendas quando aplicar a IFRS 13.
▼B
Retirada da IAS 36 (emitida em 1998)
141. Esta Norma substitui a IAS 36 Imparidade de Activos (emitida em
1998).
Apêndice A
Este apêndice faz parte integrante desta Norma. Proporciona orientação sobre o
uso das técnicas de valor presente na mensuração do valor de uso. Embora a
orientação use o termo «activo», ela aplica-se igualmente a um grupo de activos
que formem uma unidade geradora de caixa.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 372
▼B
Os componentes de uma mensuração do valor presente
A1 Os seguintes elementos em conjunto captam as diferenças económicas
entre activos:
Princípios gerais
A3 As técnicas usadas para estimar os fluxos de caixa futuros e as taxas
de juro variarão de uma situação para outra dependendo das circuns
tâncias que rodeiam o activo em questão. Contudo, os princípios
gerais seguintes regulam qualquer aplicação das técnicas de valor
presente na mensuração de activos:
▼B
c) os fluxos de caixa ou as taxas de desconto estimados devem
reflectir a variedade de possíveis desfechos em vez de uma única
quantia possível, mínima ou máxima mais provável.
▼B
A8 A abordagem pelo fluxo de caixa esperado também permite o uso de
técnicas de valor presente quando a tempestividade dos fluxos de
caixa for incerta. Por exemplo, um fluxo de caixa de 1 000 UM
pode ser recebido num ano, dois anos ou três anos com probabilidades
de 10 %, 60 % e 30 %, respectivamente. O exemplo abaixo mostra a
computação do valor presente esperado nessa situação.
▼B
A12 A aplicação de uma abordagem pelo fluxo de caixa esperado está
sujeita a um constrangimento baseado na relação custos/benefícios.
Em alguns casos, uma entidade pode ter acesso a muitos dados que
podem ser capazes de desenvolver muitos cenários de fluxo de caixa.
Noutros casos, uma entidade pode não ser capaz de desenvolver mais
do que demonstrações gerais acerca da variabilidade dos fluxos de
caixa sem incorrer em custos substanciais. A entidade precisa de
equilibrar o custo da obtenção de informação adicional face à fiabili
dade adicional que essa informação trará à mensuração.
A13 Alguns defendem que as técnicas pelo fluxo de caixa esperado não
são apropriadas para mensurar um único item ou um item com um
número limitado de possíveis desfechos. Oferecem um exemplo de
um activo com dois possíveis desfechos: uma probabilidade de 90 %
de que o fluxo de caixa seja 10 UM e uma probabilidade de 10 % de
que o fluxo de caixa seja 1 000 UM. Observam que o fluxo de caixa
esperado nesse exemplo é 109 UM e criticam o resultado como não
representando nenhuma das quantias que podem, por fim, ser pagas.
Taxa de desconto
A15 Qualquer que seja a abordagem que uma entidade adopte para men
surar o valor de uso de um activo, as taxas de juro usadas para
descontar os fluxos de caixa não devem reflectir riscos para os quais
os fluxos de caixa estimados tenham sido ajustados. De outro modo, o
efeito de alguns pressupostos será tido em consideração duas vezes.
▼B
A18 Contudo, estas taxas devem ser ajustadas:
A20 O parágrafo 55 exige que a taxa de desconto usada seja uma taxa
antes dos impostos. Portanto, quando a base usada para estimar a taxa
de desconto for após os impostos, essa base é ajustada para reflectir
uma taxa antes dos impostos.
A21 Uma entidade usa normalmente uma taxa de desconto única para a
estimativa do valor de uso de um activo. Porém, uma entidade usa
taxas de desconto separadas para períodos futuros distintos quando o
valor de uso for sensível a uma diferença nos riscos para períodos
distintos ou à estrutura de prazos das taxas de juro.
▼M12
Apêndice C
a) o agregado de:
Imputação de goodwill
C2 O parágrafo 80 desta Norma exige que o goodwill adquirido numa
concentração de actividades empresariais seja imputado a cada uma
das unidades geradoras de caixa, ou grupos de unidades geradoras de
caixa, da adquirente, que se espera que beneficiem das sinergias da
concentração, independentemente de outros activos ou passivos da
adquirida serem ou não atribuídos a essas unidades ou grupos de
unidades. É possível que algumas das sinergias resultantes de uma
concentração de actividades empresariais sejam imputadas a uma uni
dade geradora de caixa na qual o interesse que não controla não tem
um interesse.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 377
▼M12
Testar a imparidade
C3 O teste da imparidade implica comparar a quantia recuperável de uma
unidade geradora de caixa com a quantia escriturada da unidade ge
radora de caixa.
C4 Se uma entidade mensurar interesses que não controlam como o seu
interesse proporcional nos activos identificáveis líquidos de uma sub
sidiária à data de aquisição, em vez de pelo justo valor, o goodwill
atribuível a interesses que não controlam é incluído na quantia recu
perável da unidade geradora de caixa relacionada, mas não é reco
nhecido nas demonstrações financeiras consolidadas da empresa-mãe.
Como consequência, uma entidade deve tornar bruta a quantia escri
turada de goodwill imputada à unidade de modo a incluir o goodwill
atribuível ao interesse que não controla. Esta quantia escriturada ajus
tada é depois comparada com a quantia recuperável da unidade para
determinar se a unidade geradora de caixa está com imparidade.
Imputar uma perda por imparidade
C5 O parágrafo 104 exige que qualquer perda por imparidade identificada
seja primeiro imputada para reduzir a quantia escriturada de goodwill
imputada à unidade e depois aos outros activos da unidade pro rata
na base da quantia escriturada de cada activo da unidade.
C6 Se uma subsidiária, ou parte de uma subsidiária, com um interesse
que não controla for ela própria uma unidade geradora de caixa, a
perda por imparidade é imputada entre a empresa-mãe e o interesse
que não controla na mesma base na qual os lucros ou prejuízos são
imputados.
C7 Se uma subsidiária, ou parte de uma subsidiária, com um interesse
que não controla fizer parte de uma unidade geradora de caixa maior,
as perdas de goodwill por imparidade são imputadas às partes da
unidade geradora de caixa que têm um interesse que não controla e
às partes que não o têm. As perdas por imparidade devem ser impu
tadas às partes da unidade geradora de caixa com base no seguinte:
a) até ao ponto em que a imparidade se relacione com o goodwill na
unidade geradora de caixa, os valores escriturados relativos do
goodwill das partes antes da imparidade; e
b) até ao ponto em que a imparidade se relacione com activos iden
tificáveis na unidade geradora de caixa, os valores escriturados
relativos dos activos identificáveis líquidos das partes antes da
imparidade. Qualquer imparidade deste género é imputada aos
activos das partes de cada unidade pro rata na base da quantia
escriturada de cada activo da parte.
Nas partes que tenham um interesse que não controla, a perda por
imparidade é imputada entre a empresa-mãe e o interesse que não
controla na mesma base na qual os lucros ou prejuízos são imputados.
C8 Se uma perda por imparidade atribuível a um interesse que não con
trola se relacionar com o goodwill que não esteja reconhecido nas
demonstrações financeiras consolidadas da empresa-mãe (ver pará
grafo C4), essa imparidade não é reconhecida como uma perda de
goodwill por imparidade. Nesses casos, apenas a perda por imparidade
relacionada com o goodwill que é imputado à empresa-mãe é reco
nhecida como uma perda de goodwill por imparidade.
C9 O Exemplo Ilustrativo 7 ilustra o teste de imparidade de uma unidade
geradora de caixa com goodwill não totalmente detida.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 378
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 37
OBJECTIVO
O objectivo desta Norma é o de assegurar que sejam aplicados critérios de
reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões, passivos contin
gentes e activos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas
notas de modo a permitir aos utentes compreender a sua natureza, tempestividade
e quantia.
ÂMBITO
1. Esta Norma deve ser aplicada por todas as entidades na contabilização
de provisões, passivos contingentes e activos contingentes, excepto:
b) [eliminado]
4. [Eliminado]
▼M12
5. Quando outra Norma trata de um tipo específico de provisão, passivo
contingente ou activo contingente, uma entidade aplica essa Norma
em vez da presente Norma. Por exemplo, certos tipos de provisões são
tratados nas Normas relativas a:
▼B
a) contratos de construção (ver a IAS 11 Contratos de Construção);
▼B
7. Esta Norma define provisões como passivos de tempestividade ou
quantia incertas. Em alguns países o termo «provisão» é também
usado no contexto de itens tais como depreciação, imparidade de
activos e dívidas de cobrança duvidosa: estes são ajustamentos às
quantias escrituradas de activos e não são tratados nesta Norma.
DEFINIÇÕES
10. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
b) legislação; ou
Um passivo contingente é:
▼B
Um activo contingente é um possível activo proveniente de aconteci
mentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocor
rência ou não ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros in
certos não totalmente sob o controlo da entidade.
▼B
ii) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reco
nhecimento desta Norma (porque ou não é provável que será
necessário um exfluxo de recursos que incorporem benefícios
económicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita
uma estimativa suficientemente fiável da quantia da obrigação).
RECONHECIMENTO
Provisões
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:
Obrigação presente
15. Em casos raros não é claro se existe ou não uma obrigação presente.
Nestes casos, presume-se que um acontecimento passado dá origem a
uma obrigação presente se, tendo em conta toda a evidência disponí
vel, é mais propenso do que não que existe uma obrigação presente
►M5 no fim do período de relato ◄.
a) quando seja mais propenso do que não que exista uma obrigação
presente ►M5 no fim do período de relato ◄, a entidade reco
nhece uma provisão (se os critérios de reconhecimento forem sa
tisfeitos); e
b) quando seja mais propenso que não exista uma obrigação presente
►M5 no fim do período de relato ◄, a entidade divulga um
passivo contingente, a menos que seja remota a possibilidade de
um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos
(ver parágrafo 86.).
Acontecimento passado
17. Um acontecimento passado que conduza a uma obrigação presente é
chamado um acontecimento que cria obrigações. Para um aconteci
mento ser um acontecimento que cria obrigações, é necessário que a
entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão liquidar a ob
rigação criada pelo acontecimento. Este é o caso somente:
▼B
b) no caso de uma obrigação construtiva, quando o acontecimento
(que pode ser uma acção da entidade) crie expectativas válidas
em terceiros de que a entidade cumprirá a obrigação.
20. Uma obrigação envolve sempre uma outra parte a quem a obrigação é
devida. É necessário, porém, saber a identidade da parte a quem a
obrigação é devida — na verdade a obrigação pode ser ao público em
geral. Porque uma obrigação envolve sempre um compromisso com
uma outra parte, isto implica que uma decisão de gerência ou de
conselho de administração não dá origem a uma obrigação construtiva
►M5 no fim do período de relato ◄ a menos que a decisão tenha
sido comunicada antes daquela data aos afectados por ela de uma
maneira suficientemente específica para suscitar neles uma expectativa
válida de que a entidade cumprirá as suas responsabilidades.
22. Quando os pormenores de uma nova lei proposta tiverem ainda de ser
ultimados, uma obrigação só se verifica quando se tiver virtualmente a
certeza de que a legislação será decretada conforme proposto. Para a
finalidade desta Norma, tal obrigação é tratada como uma obrigação
legal. As diferenças de circunstâncias que rodeiem a promulgação
tornam impossível especificar um único acontecimento que tornará a
promulgação de uma lei virtualmente certa. Em muitos casos será
impossível ter-se virtualmente a certeza de que uma lei será decretada
até que seja decretada.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 383
▼B
Exfluxo provável de recursos que incorporam benefícios económicos
23. Para que um passivo se qualifique para reconhecimento precisa de
haver não somente uma obrigação presente mas também a probabili
dade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económi
cos para liquidar essa obrigação. Para a finalidade desta Norma (1),
um exfluxo de recursos ou outro acontecimento é considerado como
provável se o acontecimento for mais propenso do que não de ocorrer,
isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for maior
do que a probabilidade de isso não acontecer. Quando não for pro
vável que exista uma obrigação presente, uma entidade divulga um
passivo contingente, a menos que a possibilidade de um exfluxo de
recursos que incorporem benefícios económicos seja remota (ver pa
rágrafo 86.).
Passivos contingentes
27. Uma entidade não deve reconhecer um passivo contingente.
(1) A interpretação de «provável» nesta Norma como «mais propenso do que não» não se
aplica necessariamente a outras Normas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 384
▼B
30. Os passivos contingentes podem desenvolver-se de uma maneira não
inicialmente esperada. Por isso, são continuadamente avaliados para
determinar se um exfluxo de recursos que incorporem benefícios eco
nómicos se tornou provável. Se se tornar provável que um exfluxo de
benefícios económicos futuros serão exigidos para um item previa
mente tratado como um passivo contingente, é reconhecida uma pro
visão nas demonstrações financeiras do período em que a alteração da
probabilidade ocorra (excepto nas circunstâncias extremamente raras
em que nenhuma estimativa fiável possa ser feita).
Activos contingentes
31. Uma entidade não deve reconhecer um activo contingente.
MENSURAÇÃO
A melhor estimativa
36. A quantia reconhecida como uma provisão deve ser a melhor
estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente
►M5 no fim do período de relato ◄.
▼B
39. As incertezas que rodeiam a quantia a ser reconhecida como uma
provisão são tratadas por vários meios de acordo com as circunstân
cias. Quando a provisão a ser mensurada envolva uma grande popu
lação de itens, a obrigação é estimada ponderando todos os possíveis
desfechos pelas suas probabilidades associadas. O nome para este
método estatístico de estimativa é «valor esperado». A provisão será
por isso diferente dependendo de se a probabilidade de uma perda de
uma dada quantia seja, por exemplo, de 60 por cento ou de 90 por
cento. Quando houver uma escala contínua de desfechos possíveis, e
cada ponto nessa escala é tão provável como qualquer outro, é usado
o ponto médio da escala.
Exemplo
Riscos e incertezas
42. Os riscos e incertezas que inevitavelmente rodeiam muitos aconteci
mentos e circunstâncias devem ser tidos em conta para se chegar à
melhor estimativa de uma provisão.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 386
▼B
43. O risco descreve a variabilidade de desfechos. Um ajustamento do
risco pode aumentar a quantia pela qual é mensurado um passivo. É
necessária cautela ao fazer julgamentos em condições de incerteza, a
fim de que os rendimentos ou activos não sejam subavaliados e os
gastos ou passivos não sejam sobreavaliados. Porém, a incerteza não
justifica a criação de provisões excessivas ou uma sobreavaliação
deliberada de passivos. Por exemplo, se os custos projectados de
um desfecho particularmente adverso forem estimados numa base
prudente, esse desfecho não é então deliberadamente tratado como
mais provável do que for realisticamente o caso. É necessário cuidado
para evitar duplicar ajustamentos do risco e incerteza com a conse
quente sobreavaliação de uma provisão.
Valor presente
45. Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, a quantia
de uma provisão deve ser o valor presente dos dispêndios que se
espera que sejam necessários para liquidar a obrigação.
47. A taxa (ou taxas) de desconto deve(m) ser uma taxa (ou taxas) antes
dos impostos que reflicta(m) as avaliações correntes de mercado do
valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do passivo. A(s)
taxa(s) de desconto não devem) reflectir os riscos relativamente aos
quais as estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustados.
Acontecimentos futuros
48. Os acontecimentos futuros que possam afectar a quantia necessária
para liquidar uma obrigação devem ser reflectidos na quantia de uma
provisão quando houver evidência objectiva suficiente de que eles
ocorrerão.
▼B
50. O efeito de nova legislação possível é tido em consideração na men
suração de uma obrigação existente quando exista evidência objectiva
suficiente de que a promulgação da lei é virtualmente certa. A varie
dade de circunstâncias que surgem na prática torna impossível espe
cificar um acontecimento único que proporcionará evidência subjec
tiva suficiente em todos os casos. É requerida evidência quer do que a
legislação vai exigir quer de que a sua promulgação e a sua imple
mentação são virtualmente certas. Em muitos casos evidência objec
tiva suficiente não existirá até que a nova legislação seja promulgada.
REEMBOLSOS
53. Quando se esperar que algum ou todo o dispêndio necessário para
liquidar uma provisão seja reembolsado por uma outra parte, o reem
bolso deve ser reconhecido quando, e somente quando, seja virtual
mente certo que o reembolso será recebido se a entidade liquidar a
obrigação. O reembolso deve ser tratado como um activo separado. A
quantia reconhecida para o reembolso não deve exceder a quantia da
provisão.
55. Algumas vezes, uma entidade é capaz de esperar que outra parte
pague parte ou todo o dispêndio necessário para liquidar a provisão
(por exemplo, por intermédio de contratos de seguro, cláusulas de
indemnização ou garantias de fornecedores). A outra parte pode reem
bolsar quantias pagas pela entidade ou pagar directamente as quantias.
58. Como referido no parágrafo 29., uma obrigação pela qual uma enti
dade esteja conjunta é solidariamente responsável é um passivo con
tingente até ao ponto em que seja esperado que a obrigação será
liquidada pelas outras partes.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 388
▼B
ALTERAÇÕES EM PROVISÕES
59. As provisões devem ser revistas ►M5 no fim de cada período de
relato ◄ e ajustadas para reflectir a melhor estimativa corrente. Se
deixar de ser provável que será necessário um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos futuros para liquidar a obrigação, a
provisão deve ser revertida.
USO DE PROVISÕES
61. Uma provisão deve ser usada somente para os dispêndios relativos aos
quais a provisão foi originalmente reconhecida.
Contratos onerosos
66. Se a entidade tiver um contrato que seja oneroso, a obrigação presente
segundo o contrato deve ser reconhecida e mensurada como uma
provisão.
▼B
Reestruturação
70. O que se segue são exemplos de acontecimentos que podem cair na
definição de reestruturação:
74. Para que um plano seja suficiente para dar origem a uma obrigação
construtiva quando comunicado aos afectados pelo mesmo, a sua
implementação necessita ser planeada para começar logo que possível
e ser completada segundo um calendário que torne improváveis alte
rações significativas ao plano. Se se esperar que haverá uma longa
demora antes da reestruturação começar ou que a reestruturação levará
um longo tempo não razoável, é improvável que o plano suscite uma
expectativa válida da parte de outros de que a entidade está presen
temente comprometida com a reestruturação, porque o calendário dá
oportunidades à entidade de alterar os seus planos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 390
▼B
75. Uma decisão de reestruturação da gerência ou do conselho tomada
antes da data ►M5 da demonstração da posição financeira ◄ não
conduz a uma obrigação construtiva ►M5 no fim da período de
relato ◄ a menos que a entidade tenha, antes da data de
►M5 demonstração da posição financeira ◄:
76. Se bem que uma obrigação construtiva não seja criada unicamente por
uma decisão da gerência, uma obrigação pode resultar de outros
acontecimentos anteriores juntamente com tal decisão. Por exemplo,
negociações com representantes de empregados para pagamentos de
cessação de emprego, ou com compradores para a venda de uma
unidade operacional podem ter sido concluídas sujeitos somente à
aprovação do conselho. Uma vez que a aprovação tenha sido obtida
e comunicada a outras partes, a entidade tem uma obrigação cons
trutiva de reestruturar, se as condições do parágrafo 72. forem satis
feitas.
78. Nenhuma obrigação surge pela venda de uma unidade operacional até
que a entidade esteja comprometida com a venda, isto é, haja um
acordo de venda vinculativo.
79. Mesmo quando uma entidade tenha tomado uma decisão de vender
uma unidade operacional e anunciado publicamente essa decisão, ela
não pode estar comprometida com a venda até que um comprador
tenha sido identificado e que haja um acordo vinculativo de venda.
Até que haja um acordo vinculativo de venda, a entidade estará em
condições de alterar a sua intenção e na verdade terá de tomar uma
outra orientação se não puder ser encontrado um comprador em ter
mos aceitáveis. Quando a venda de uma unidade operacional for
concebida como parte de uma reestruturação, os activos da unidade
operacional são revistos quanto à sua imparidade, segundo a IAS 36.
Quando uma venda for somente parte de uma reestruturação, pode
surgir uma obrigação construtiva para as outras partes da reestrutura
ção antes que exista um acordo de venda vinculativo.
▼B
81. Uma provisão de reestruturação não inclui custos tais como:
b) marketing; ou
DIVULGAÇÃO
84. Para cada classe de provisão, uma entidade deve divulgar:
85. Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de provisão:
▼B
87. Ao determinar que provisões ou passivos contingentes podem ser
agregados para formar uma classe, é necessário considerar se a natu
reza dos elementos é suficientemente semelhante para uma única de
claração acerca deles de modo a cumprir os requisitos dos parágrafos
85.a) e b) e 86.a) e b). Por conseguinte, pode ser apropriado tratar
como uma classe única de provisão, quantias relacionadas com garan
tias de produtos diferentes mas não seria apropriado tratar como uma
classe única quantias relacionadas com garantias normais e quantias
que estão sujeitas a processos judiciais.
88. Quando uma provisão e um passivo contingente surjam provenientes
do mesmo conjunto de circunstâncias, uma entidade faz as divulga
ções exigidas pelos parágrafos 84.-86. de uma maneira que mostre a
ligação entre a provisão e o passivo contingente.
89. Quando um influxo de benefícios económicos for provável, uma en
tidade deve divulgar uma breve descrição da natureza dos activos
contingentes ►M5 no fim do período de relato ◄ e, quando prati
cável, uma estimativa dos seu efeito financeiro, mensurada usando os
princípios estabelecidos para as provisões nos parágrafos 36.-52.
90. É importante que as divulgações de activos contingentes evitem dar
indicações enganosas da probabilidade de surgirem rendimentos.
91. Quando qualquer da informação exigida pelos parágrafos 86. e 89.
não estiver divulgada porque não é praticável fazê-lo, esse facto deve
ser declarado.
92. Em casos extremamente raros, pode esperar-se que a divulgação de
alguma ou toda a informação exigida pelos parágrafos 84.-89. preju
dique seriamente a posição da entidade numa disputa com outras
partes nos assuntos sujeitos a provisão, passivo contingente ou activo
contingente. Em tais casos, uma entidade não necessita de divulgar a
informação, mas deve divulgar a natureza geral da questão, junta
mente com o facto de que, e a razão por que, a informação não foi
divulgada.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
93. O efeito de adoptar esta Norma na sua data de eficácia (ou mais cedo)
deve ser relatado como um ajustamento do saldo de abertura dos
resultados retidos do período em que a Norma foi adoptada pela
primeira vez. As entidades são encorajadas, mas não se lhes exige,
a ajustar o saldo de abertura dos resultados retidos do período mais
cedo apresentado e de refazer a informação comparativa. Se a infor
mação comparativa não for refeita, este facto deve ser divulgado.
94. [Eliminado]
DATA DE EFICÁCIA
95. Esta Norma torna-se operacional para as demonstrações financeiras
anuais que cubram os períodos que comecem em ou após 1 de Julho
de 1999. É encorajada a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar
esta Norma a períodos que tenham início antes de 1 de Julho de 1999,
ela deve divulgar esse facto.
96. [Eliminado]
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 393
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 38
Activos Intangíveis
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico
de activos intangíveis que não sejam especificamente tratados noutras
Normas. Esta Norma exige que uma entidade reconheça um activo
intangível se, e apenas se, critérios especificados forem satisfeitos. A
Norma também especifica como mensurar a quantia escriturada de
activos intangíveis e exige divulgações especificadas acerca de activos
intangíveis.
ÂMBITO
2. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de activos intangíveis,
excepto:
▼M32
3. Se uma outra Norma prescrever a contabilização de um tipo específico
de activo intangível, uma entidade aplica essa Norma em vez desta
Norma. Por exemplo, esta Norma não se aplica a:
▼B
a) activos intangíveis detidos por uma entidade para venda no de
curso ordinário da actividade empresarial (ver a IAS 2 Inventários
e a IAS 11 Contratos de Construção).
▼M32
e) activos financeiros, tal como definido na IAS 32. O reconheci
mento e mensuração de alguns activos financeiros são abrangidos
pela IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IAS 27
Demonstrações Financeiras Separadas e IAS 28 Investimentos em
Associadas e Empreendimentos Conjuntos.
▼B
f) goodwill adquirido numa concentração de actividades empresariais
(ver a IFRS 3 Concentrações de Actividades Empresariais).
▼B
h) activos intangíveis não correntes classificados como detidos para
venda (ou incluídos num grupo para alienação que esteja classifi
cado como detido para venda) de acordo com a IFRS 5 Activos
Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Des
continuadas.
DEFINIÇÕES
▼M33
8. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os signi
ficados especificados:
[suprimida]
(a) [suprimida]
(b) [suprimida]
(c) [suprimida]
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 395
▼M12
__________
▼B
Amortização é a imputação sistemática da quantia depreciável de um
activo intangível durante a sua vida útil.
Um activo é um recurso:
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo
ou pago pela transferência de um passivo numa transacção orde
nada entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver
IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor)
▼B
Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada
de um activo excede a sua quantia recuperável.
▼B
Vida útil é:
Activos intangíveis
9. As entidades gastam com frequência recursos, ou incorrem em passi
vos, pela aquisição, desenvolvimento, manutenção ou melhoria de
recursos intangíveis tais como conhecimentos científicos ou técnicos,
concepção e implementação de novos processos ou sistemas, licenças,
propriedade intelectual, conhecimento de mercado e marcas comer
ciais (incluindo nomes comerciais e títulos de publicações). Exemplos
comuns de itens englobados nestes grupos são o software de compu
tadores, patentes, copyrights, filmes, listas de clientes, direitos de
hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franchises, rela
cionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes,
quota de mercado e direitos de comercialização.
Identificabilidade
▼M12
11. A definição de um activo intangível exige que um activo intangível
seja identificável para o distinguir do goodwill. O goodwill reconhe
cido numa concentração de actividades empresariais é um activo que
representa os benefícios económicos futuros resultantes de outros ac
tivos adquiridos numa concentração de actividades empresariais que
não sejam individualmente identificados nem separadamente reconhe
cidos. Os benefícios económicos futuros podem resultar de sinergias
entre os activos identificáveis adquiridos ou de activos que, indivi
dualmente, não se qualificam para reconhecimento nas demonstrações
financeiras.
▼B
Controlo
13. Uma entidade controla um activo se a entidade tiver o poder de obter
benefícios económicos futuros que fluam do recurso subjacente e
puder restringir o acesso de outros a esses benefícios. A capacidade
de uma entidade de controlar os benefícios económicos futuros de um
activo intangível enraíza-se nos direitos legais que sejam imponíveis
num tribunal. Na ausência de direitos legais, é mais difícil demonstrar
controlo sobre o activo. Porém, o cumprimento legal de um direito
não é uma condição necessária para o controlo porque uma entidade
pode ser capaz de controlar os benefícios económicos futuros de
alguma outra maneira.
15. Uma entidade pode ter uma equipa de pessoal habilitado e pode ser
capaz de identificar capacidades incrementais do pessoal que condu
zam a benefícios económicos futuros derivados da formação. A enti
dade pode também esperar que o pessoal continue a pôr as suas
capacidades ao dispor da entidade. Porém, geralmente uma entidade
não tem controlo suficiente sobre os benefícios económicos futuros
provenientes de uma equipa de pessoal habilitado e da formação para
que estes itens satisfaçam a definição de um activo intangível. Por
uma razão semelhante, é improvável que uma gestão específica ou um
talento técnico satisfaça a definição de activo intangível, a menos que
esteja protegido por direitos legais para usá-lo e obter dele os bene
fícios económicos futuros esperados e que também satisfaça as outras
partes da definição.
16. Uma entidade pode ter uma carteira de clientes ou uma quota de
mercado e esperar que, devido aos seus esforços para criar relaciona
mentos e fidelizar clientes, estes continuarão a negociar com a em
presa. Porém, na ausência de direitos legais para proteger, ou de
outras formas controlar, o relacionamento com clientes ou a sua fide
lidade para com a entidade, a entidade geralmente não tem controlo
suficiente sobre os benefícios económicos esperados derivados do
relacionamento e fidelização dos clientes para que tais itens (por
exemplo, carteira de clientes, quotas de mercado, relacionamento
com clientes e fidelidade dos clientes) satisfaçam a definição de ac
tivos intangíveis. Na ausência de direitos legais para proteger os re
lacionamentos com os clientes, as transacções de troca para os mes
mos relacionamentos com os clientes ou outros semelhantes (que não
sejam como parte de uma concentração de actividades empresariais)
constituem prova de que a entidade está não obstante capacitada para
controlar os benefícios económicos futuros esperados que fluam dos
relacionamentos com os clientes. Dado que essas transacções de troca
também constituem prova de que os relacionamentos com os clientes
são separáveis, esses relacionamentos com os clientes satisfazem a
definição de activo intangível.
▼B
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
18. O reconhecimento de um item como activo intangível exige que uma
entidade demonstre que o item satisfaz:
20. A natureza dos activos intangíveis é tal que, em muitos casos, não há
adições a um tal activo ou substituições de parte do mesmo. Em
conformidade, é provável que a maioria dos dispêndios subsequentes
mantenham os futuros benefícios económicos esperados incorporados
num activo intangível existente em vez de corresponder à definição de
activo intangível e aos critérios de reconhecimento nesta Norma.
Além disso, é muitas vezes difícil atribuir os dispêndios subsequentes
directamente a um activo intangível em particular em vez de à em
presa como um todo. Portanto, apenas raramente os dispêndios sub
sequentes — dispêndios incorridos após o reconhecimento inicial de
um activo intangível adquirido ou após a conclusão de um activo
intangível gerado internamente — serão reconhecidos na quantia
escriturada de um activo. Consistentemente com o parágrafo 63., os
dispêndios subsequentes com marcas, cabeçalhos, títulos de publica
ções, listas de clientes e itens substancialmente semelhantes (sejam
comprados externamente ou gerados internamente) são sempre reco
nhecidos nos lucros ou prejuízos como incorridos. Tal acontece por
que um tal dispêndio não pode ser distinguido do dispêndio para
desenvolver o negócio como um todo.
23. Uma entidade usa o julgamento para avaliar o grau de certeza ligado
ao fluxo de benefícios económicos futuros que sejam atribuíveis ao
uso do activo na base da evidência disponível no momento do reco
nhecimento inicial, dando maior peso à evidência externa.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 399
▼B
24. Um activo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo.
Aquisição separada
▼M12
25. Normalmente, o preço que uma entidade paga para adquirir separada
mente um activo intangível irá reflectir as expectativas acerca da
probabilidade de que os benefícios económicos futuros esperados in
corporados no activo irão fluir para a entidade. Por outras palavras, a
entidade espera que haja um influxo de benefícios económicos,
mesmo que haja incerteza quanto à tempestividade ou à quantia do
influxo. Assim, o critério de reconhecimento da probabilidade no
parágrafo 21(a) é sempre considerado como estando satisfeito para
activos intangíveis adquiridos separadamente.
▼B
26. Além disso, o custo de um activo intangível adquirido separadamente
pode normalmente ser mensurado com fiabilidade. Isto é particular
mente assim quando a retribuição de compra for na forma de dinheiro
ou outros activos monetários.
▼B
31. Algumas operações ocorrem em ligação com o desenvolvimento de
um activo intangível, mas não são necessárias para colocar o activo na
condição necessária para que seja capaz de funcionar da forma pre
tendida pela gerência. Estas operações ocasionais podem ocorrer antes
ou durante as actividades desenvolvimento. Dado que as operações
ocasionais não são necessárias para colocar um activo na condição
necessária para que seja capaz de funcionar da forma pretendida pela
gerência, o rendimento e os gastos relacionados de operações ocasio
nais são reconhecidos imediatamente nos lucros ou prejuízos e incluí
dos nas respectivas classificações de rendimento ou gasto.
▼M1
32. Se o pagamento de um activo intangível for diferido para além do
prazo normal de crédito, o seu custo é o equivalente ao preço a
dinheiro. A diferença entre esta quantia e os pagamentos totais é
reconhecida como gasto de juros durante o período do crédito a não
ser que seja capitalizada de acordo com a IAS 23 Custos de Emprés
timos Obtidos.
▼B
Aquisição como parte de uma concentração de actividades empre
sariais
▼M12
►M33 33. De acordo com a IFRS 3 Concentrações de Actividades Em
presariais, se um activo intangível for adquirido numa concentração
de actividades empresariais, o custo desse activo intangível é o seu
justo valor à data da aquisição. O justo valor de um activo intangível
irá reflectir as expectativas dos participantes no mercado à data da
aquisição sobre a probabilidade de que os benefícios económicos
futuros esperados incorporados no activo se concretizem em favor
da entidade. ◄ Por outras palavras, a entidade espera que haja um
influxo de benefícios económicos, mesmo que haja incerteza quanto à
tempestividade ou à quantia do influxo. Assim, o critério de reconhe
cimento da probabilidade no parágrafo 21(a) é sempre considerado
como estando satisfeito para activos intangíveis adquiridos em con
centrações de actividades empresariais. Se um activo adquirido numa
concentração de actividades empresariais for separável ou decorrer de
direitos contratuais ou de outros direitos legais, existe informação
suficiente para fiavelmente mensurar o justo valor do activo. Assim,
o critério da mensuração fiável no parágrafo 21(b) é sempre conside
rado como estando satisfeito para activos intangíveis adquiridos em
concentrações de actividades empresariais.
34. De acordo com esta Norma e com a IFRS 3 (conforme revista pelo
International Accounting Standards Board em 2008), uma adquirente
reconhece na data da aquisição, separadamente do goodwill, um ac
tivo intangível da adquirida, independentemente de o activo ter sido
ou não reconhecido pela adquirida antes da concentração de activida
des empresariais. Isto significa que a adquirente reconhece como um
activo separadamente do goodwill um projecto de pesquisa e desen
volvimento em curso da adquirida caso o projecto corresponda à
definição de activo intangível. Um projecto de pesquisa e desenvol
vimento em curso de uma adquirida satisfaz a definição de activo
intangível quando:
▼M33
▼M22
36. Um activo intangível adquirido numa concentração de actividades
empresariais pode ser separável, mas apenas em conjunto com um
contrato relacionado ou um activo ou passivo identificável relaciona
do. Nestes casos, a adquirente reconhece o activo intangível separa
damente do goodwill, mas em conjunto com o item relacionado.
▼M12
__________
▼M33
__________
▼B
Dispêndio subsequente num projecto de pesquisa e desenvolvimento
em curso adquirido
42. O dispêndio com pesquisa e desenvolvimento que:
▼B
Aquisição por meio de um subsídio governamental
44. Em alguns casos, um activo intangível pode ser adquirido livre de
encargos, ou por retribuição nominal, por meio de um subsídio
governamental. Isto pode acontecer quando um governo transferir
ou imputar a uma entidade activos intangíveis tais como direitos de
aterragem em aeroportos, licenças para operar estações de rádio ou de
televisão, licenças de importação ou quotas ou direitos para aceder a
outros recursos restritos. De acordo com a IAS 20 Contabilização dos
Subsídios Governamentais e Divulgação de Apoios Governamentais,
uma entidade pode escolher reconhecer inicialmente pelo justo valor
tanto o activo intangível como o subsídio. Se uma entidade escolher
não reconhecer o activo inicialmente pelo justo valor, a entidade
reconhece inicialmente o activo por uma quantia nominal (o outro
tratamento permitido pela IAS 20) mais qualquer dispêndio que seja
directamente atribuível para preparar o activo para o seu uso preten
dido.
Trocas de activos
45. Um ou mais activos intangíveis podem ser adquiridos em troca de um
activo ou activos não monetários, ou de uma combinação de activos
monetários e não monetários. A discussão seguinte refere-se simples
mente a uma troca de um activo não monetário por outro, mas tam
bém se aplica a todas as trocas descritas na frase anterior. O custo de
tal activo intangível é mensurado pelo justo valor a não ser que a) a
transacção da troca careça de substância comercial ou b) nem o justo
valor do activo recebido nem o justo valor do activo cedido sejam
fiavelmente mensuráveis. O activo adquirido é mensurado desta forma
mesmo que uma entidade não possa imediatamente desreconhecer o
activo cedido. Se o activo adquirido não for mensurado pelo justo
valor, o seu custo é mensurado pela quantia escriturada do activo
cedido.
▼M33
47. O parágrafo 21(b) especifica que uma condição para o reconheci
mento de um activo intangível é que o custo do activo possa ser
fiavelmente mensurado. O justo valor de um activo intangível é fia
velmente mensurável se (a) a variabilidade no intervalo de mensura
ções razoáveis pelo justo valor não for significativa para esse activo;
ou (b) as probabilidades das várias estimativas dentro do intervalo
puderem ser razoavelmente avaliadas e usadas na mensuração pelo
justo valor. Se uma entidade puder mensurar fiavelmente o justo valor
do activo recebido ou do activo cedido, o justo valor do activo cedido
é usado para mensurar o custo, a menos que o justo valor do activo
recebido seja mais claramente evidente.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 403
▼B
Goodwill gerado internamente
48. O goodwill gerado internamente não deve ser reconhecido como um
activo.
▼M33
50. As diferenças entre o justo valor de uma entidade e a quantia escri
turada dos seus activos líquidos identificáveis em qualquer momento
podem reflectir uma série de factores que afectam o justo valor da
entidade. Tais diferenças não representam, porém, o custo dos activos
intangíveis controlados pela entidade.
▼B
Activos intangíveis gerados internamente
51. Por vezes, é difícil avaliar se um activo intangível gerado interna
mente se qualifica para reconhecimento por causa de problemas em:
Fase de pesquisa
54. Nenhum activo intangível proveniente de pesquisa (ou da fase de
pesquisa de um projecto interno) deve ser reconhecido. O dispêndio
com pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projecto interno) deve ser
reconhecido como um gasto quando for incorrido.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 404
▼B
55. Na fase de pesquisa de um projecto interno, uma entidade não pode
demonstrar que existe um activo intangível que irá gerar benefícios
económicos futuros prováveis. Por isso, este dispêndio é reconhecido
como um gasto quando for incorrido.
Fase de desenvolvimento
57. Um activo intangível proveniente de desenvolvimento (ou da fase de
desenvolvimento de um projecto interno) deve ser reconhecido se, e
apenas se, uma entidade puder demonstrar tudo o que se segue:
▼B
60. Para demonstrar como um activo intangível gerará benefícios econó
micos futuros prováveis, uma entidade avalia os futuros benefícios
económicos a serem recebidos do activo usando os princípios da
IAS 36 Imparidade de Activos. Se o activo gerar benefícios econó
micos apenas em combinação com outros activos, a entidade aplica o
conceito de unidades geradoras de caixa tal como definido na IAS 36.
▼B
c) dispêndios com a formação do pessoal para operar o activo.
___________
(a) Nesta Norma, as quantias monetárias estão denominadas em «unidades
monetárias».
RECONHECIMENTO DE UM GASTO
▼M12
68. O dispêndio com um item intangível deve ser reconhecido como um
gasto quando for incorrido a menos que:
▼M8
69. Em alguns casos, o dispêndio é incorrido para proporcionar benefícios
económicos futuros a uma entidade, mas não é adquirido ou criado
qualquer activo intangível ou outro activo que possa ser reconhecido.
No caso do fornecimento de bens, a entidade reconhece tal dispêndio
como um gasto quando tem o direito de acesso a esses bens. No caso
da prestação de serviços, a entidade reconhece o dispêndio como um
gasto quando recebe os serviços. Por exemplo, o dispêndio com pes
quisa é reconhecido como um gasto quando for incorrido (ver pará
grafo 54), excepto quando for adquirido como parte de uma concen
tração de actividades empresariais. Outros exemplos de dispêndio que
seja reconhecido como um gasto quando for incorrido incluem:
▼B
a) dispêndio com actividades de arranque (i.e., custos de arranque), a
não ser que este dispêndio esteja incluído no custo de um item de
activo fixo tangível de acordo com a IAS 16. Os custos de arran
que podem consistir em custos de estabelecimento tais como os
custos legais ou de secretariado incorridos no estabelecimento de
uma entidade legal, dispêndios para abrir novas instalações ou
negócio (i.e., custos pré-abertura) ou dispêndios para iniciar novas
unidades operacionais ou lançar novos produtos ou processos (i.e.,
custos pré-operacionais).
▼M8
c) o dispêndio com actividades de publicidade e promocionais
(incluindo catálogos de venda por correspondência).
▼B
d) dispêndios com a mudança de local ou reorganização de uma
entidade no seu todo ou em parte.
▼M8
69.A. Uma entidade tem o direito de acesso aos bens quando estão na sua
posse. Do mesmo modo, tem o direito de acesso aos bens quando
forem produzidos por um fornecedor em conformidade com os termos
de um contrato de fornecimento e a entidade puder exigir a sua
entrega em contrapartida de um pagamento. Os serviços são recebidos
quando forem prestados por um prestador em conformidade com um
contrato de prestação à entidade e não quando a entidade os utilizar
para prestar outro serviço, por exemplo, para entregar um anúncio a
clientes.
▼B
Gastos passados a não serem reconhecidos como um activo
71. O dispêndio com um item intangível que tenha sido inicialmente
reconhecido como um gasto não deve ser reconhecido como parte
do custo de um activo intangível em data posterior.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 408
▼B
MENSURAÇÃO APÓS RECONHECIMENTO
72. Uma entidade deve escolher ou o modelo de custo do parágrafo 74.
ou o modelo de reavaliação do parágrafo 75. como sua política con
tabilística. Se um activo intangível for contabilizado usando o modelo
de revalorização, todos os outros activos da sua classe devem também
ser contabilizados usando o mesmo modelo, a não ser que não haja
mercado activo para esses activos.
Modelo do custo
74. Após o reconhecimento inicial, um activo intangível deve ser escritu
rado pelo seu custo menos qualquer amortização acumulada e quais
quer perdas por imparidade acumuladas.
Modelo de revalorização
75. Após o reconhecimento inicial, um activo intangível deve ser escritu
rado por uma quantia revalorizada, que seja o seu justo valor à data da
revalorização menos qualquer amortização acumulada subsequente e
quaisquer perdas por imparidade acumuladas subsequentes.
►M33 Para efeitos das reavaliações nos termos desta Norma, o
justo valor deve ser mensurado por referência a um mercado
activo. ◄ As revalorizações devem ser feitas com tal regularidade
que na data ►M5 da demonstração da posição financeira ◄ a quan
tia escriturada do activo não difira materialmente do seu justo valor.
►M33 78. Não é vulgar que exista um mercado activo para um activo
intangível, se bem que isto possa acontecer. ◄ Por exemplo, em
algumas jurisdições, pode existir um mercado activo para licenças
de táxis livremente transferíveis, licenças de pesca ou quotas de pro
dução. Contudo, pode não existir um mercado activo para marcas,
cabeçalhos de jornais, direitos de editar músicas e filmes, patentes ou
marcas comerciais, porque cada um de tais activos é único. Além
disso, se bem que activos intangíveis sejam comprados e vendidos,
os contratos são negociados entre compradores e vendedores indivi
duais, sendo as transacções relativamente pouco frequentes. Por estas
razões, o preço pago por um activo pode não proporcionar evidência
suficiente do justo valor de um outro. Além disso, os preços não estão
muitas vezes disponíveis publicamente.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 409
▼B
79. A frequência de revalorizações depende da volatilidade dos justos
valores dos activos intangíveis que estão a ser revalorizados. Se o
justo valor de um activo revalorizado diferir materialmente da sua
quantia escriturada, é necessária uma revalorização adicional. Alguns
activos intangíveis podem sofrer movimentos significativos e voláteis
no justo valor necessitando, por conseguinte, de revalorizações anuais.
Tais frequentes revalorizações são desnecessárias para activos intan
gíveis com apenas movimentos insignificantes no justo valor.
▼M33
82. Se o justo valor de um activo intangível revalorizado deixou de
poder ser mensurado com referência a um mercado activo, a
quantia escriturada do activo deve ser a sua quantia reavaliada
à data da mais recente reavaliação com referência ao mercado
activo menos qualquer amortização e qualquer perda por impa
ridade acumuladas subsequentes.
▼B
83. O facto de já não existir um mercado activo para um activo intangível
revalorizado pode indicar que o activo pode estar com imparidade e
que ele necessita de ser testado de acordo com a IAS 36.
▼M33
84. Se o justo valor do activo pode ser mensurado por referência a um
mercado activo numa data de mensuração subsequente, o modelo de
reavaliação é aplicado a partir dessa data.
▼B
►M5 85. Se a quantia escriturada de um activo intangível for aumentada
como resultado de uma revalorização, o aumento deve ser reconhecido em
outro rendimento integral e acumulado no capital próprio numa conta com
o título de excedente de revalorização. Contudo, ◄ o aumento deve ser
reconhecido nos lucros ou prejuízos até ao ponto em que reverta um
decréscimo de revalorização do mesmo activo previamente reconhecido
nos lucros ou prejuízos.
▼B
87. O excedente de revalorização acumulado incluído no capital próprio
só pode ser transferido directamente para resultados retidos quando o
excedente for realizado. O excedente total pode ser realizado pela
retirada ou pela alienação do activo. Contudo, uma parte do excedente
pode ser realizada quando o activo for usado pela entidade; nesse
caso, a quantia do excedente realizada seria a diferença entre a amor
tização baseada na quantia escriturada revalorizada do activo e a
amortização que teria sido reconhecida com base no custo histórico
do activo. A transferência do excedente de revalorização para resul
tados retidos não é feita ►M5 através dos lucros ou prejuízos ◄.
VIDA ÚTIL
88. Uma entidade deve avaliar se a vida útil de um activo intangível é
finita ou indefinida e, se for finita, a duração de, ou o número de
produção ou de unidades similares constituintes, dessa vida útil. Um
activo intangível deve ser visto pela entidade como tendo uma vida
útil indefinida quando, com base numa análise de todos os factores
relevantes, não houver limite previsível para o período durante o qual
se espera que o activo gere influxos de caixa líquidos para a entidade.
▼B
91. O termo «indefinida» não significa «infinita». A vida útil de um
activo intangível reflecte apenas o nível de dispêndio de manutenção
futuro exigido para manter o activo no seu padrão de desempenho
avaliado no momento da estimativa da vida útil do activo, e a capa
cidade e intenção da entidade para atingir tal nível. Uma conclusão de
que a vida útil de um activo intangível é indefinida não deve depender
do dispêndio futuro planeado para além do exigido para manter o
activo nesse padrão de desempenho.
93. A vida útil de um activo intangível pode ser muito longa ou mesmo
indefinida. A incerteza justifica estimar a vida útil de um activo
intangível numa base prudente, mas isso não justifica escolher uma
vida que seja irrealisticamente curta.
▼M12
94. A vida útil de um activo intangível que resulte de direitos contratuais
ou de outros direitos legais não deve exceder o período dos direitos
contratuais ou de outros direitos legais, mas pode ser mais curta
dependendo do período durante o qual a entidade espera usar o activo.
Se os direitos contratuais ou outros direitos legais forem transmitidos
por um prazo limitado que possa ser renovado, a vida útil do activo
intangível deve incluir o(s) período(s) de renovação apenas se existir
evidência que suporte a renovação pela entidade sem um custo signi
ficativo. A vida útil de um direito readquirido reconhecido como
activo intangível numa concentração de actividades empresariais é o
restante período contratual do contrato no qual o direito foi concedido
e não incluirá períodos de renovação.
▼B
95. Podem existir tanto factores legais como económicos que influenciem
a vida útil de um activo intangível. Os factores económicos determi
nam o período durante o qual os benefícios económicos futuros serão
recebidos pela entidade. Os factores legais podem restringir o período
durante o qual a entidade controla o acesso a esses benefícios. A vida
útil é o mais curto dos períodos determinados por estes factores.
96. A existência dos seguintes factores, entre outros, indica que uma
entidade deveria ser capaz de renovar os direitos contratuais ou outros
direitos legais sem um custo significativo:
▼B
ACTIVOS INTANGÍVEIS COM VIDAS ÚTEIS FINITAS
Período de amortização e método de amortização
97. A quantia depreciável de um activo intangível com uma vida útil
finita deve ser imputada numa base sistemática durante a sua vida
útil. A amortização deve começar quando o activo estiver disponível
para uso, i.e., quando estiver na localização e condição necessárias
para que seja capaz de operar da forma pretendida pela gerência. A
amortização deve cessar na data que ocorrer mais cedo entre a data
em que o activo for classificado como detido para venda (ou incluído
num grupo para alienação que seja classificado como detido para
venda) de acordo com a IFRS 5 e a data em que o activo for desre
conhecido. O método de amortização usado deve reflectir o modelo
pelo qual se espera que os futuros benefícios económicos do activo
sejam consumidos pela entidade. Se não for possível determinar fia
velmente esse modelo, deve usar-se o método da linha recta. O custo
de amortização em cada período deve ser reconhecido nos lucros ou
prejuízos a menos que esta ou outra Norma permita ou exija incluí-lo
na quantia escriturada de um outro activo.
▼M8
98. Pode ser usada uma variedade de métodos de amortização para im
putar a quantia depreciável de um activo numa base sistemática du
rante a sua vida útil. Estes métodos incluem o método da linha recta,
o método degressivo e o método da unidade de produção. O método
usado é seleccionado na base do modelo de consumo esperado dos
futuros benefícios económicos incorporados no activo e é aplicado
consistentemente de período a período, a não ser que ocorra uma
alteração no modelo de consumo esperado desses futuros benefícios
económicos.
▼B
99. A amortização é normalmente reconhecida nos lucros ou prejuízos.
Contudo, por vezes, os futuros benefícios económicos incorporados
num activo são absorvidos pela produção de outros activos. Neste
caso, o custo de amortização constitui parte do custo do outro activo
e é incluído na sua quantia escriturada. Por exemplo, a amortização de
activos intangíveis usados num processo de produção é incluída na
quantia escriturada dos inventários (ver IAS 2 Inventários).
Valor residual
▼M33
100. O valor residual de um activo intangível com uma vida útil finita
deve ser assumido como sendo zero a menos que:
▼B
a) haja um compromisso de um terceiro de comprar o activo no final
da sua vida útil; ou
▼M33
b) exista um mercado activo (tal como definido na IFRS 13) para
o activo e:
▼B
i) o valor residual possa ser determinado com referência a esse
mercado; e
ii) seja provável que tal mercado exista no final da sua vida útil.
101. A quantia depreciável de um activo com uma vida útil finita é deter
minada após dedução do seu valor residual. Um valor residual que
não seja zero implica que uma entidade espera alienar o activo intan
gível antes do fim da sua vida económica.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 413
▼B
102. Uma estimativa do valor residual de um activo baseia-se na quantia
recuperável resultante da alienação usando os preços prevalecentes à
data da estimativa para a venda de um activo semelhante que tenha
atingido o final da sua vida útil e que tenha funcionado em condições
semelhantes àquelas em que o activo será utilizado. O valor residual é
revisto pelo menos no final de cada ano financeiro. De acordo com a
IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabi
lísticas e Erros, uma alteração no valor residual do activo é contabi
lizada como alteração numa estimativa contabilística.
108. De acordo com a IAS 36, a uma entidade é exigido que teste a
imparidade de um activo intangível com uma vida útil indefinida
comparando a sua quantia recuperável com a sua quantia escriturada
a) anualmente; e
▼B
Revisão da avaliação da vida útil
109. A vida útil de um activo intangível que não esteja a ser amortizado
deve ser revista a cada período para determinar se os acontecimentos e
circunstâncias continuam a apoiar uma avaliação de vida útil indefi
nida para esse activo. Se assim não for, a alteração na avaliação da
vida útil de indefinida para finita deve ser contabilizada como altera
ção numa estimativa contabilística em conformidade com a IAS 8.
RETIRADAS E ALIENAÇÕES
112. Um activo intangível deve ser desreconhecido:
a) no momento da alienação; ou
▼M12
115.A. No caso de um direito readquirido numa concentração de actividades
empresariais, se o direito for subsequentemente reemitido (vendido) a
terceiros, a quantia escriturada relacionada, se houver, deve ser usada
para determinar o ganho ou perda com a reemissão.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 415
▼B
116. A retribuição recebível pela alienação de um activo intangível é reco
nhecida inicialmente pelo seu justo valor. Se o pagamento do activo
intangível for diferido, a retribuição recebida é reconhecida inicial
mente pelo equivalente ao preço a dinheiro. A diferença entre a
quantia nominal da retribuição e o equivalente ao preço a dinheiro
é reconhecida como rédito de juros de acordo com a IAS 18 reflec
tindo o rendimento efectivo sobre a conta a receber.
117. A amortização de um activo intangível com uma vida útil finita não
cessa quando o activo intangível já não for usado, a não ser que o
activo tenha sido totalmente depreciado ou esteja classificado como
detido para venda (ou incluído num grupo para alienação que esteja
classificado como detido para venda) de acordo com a IFRS 5.
DIVULGAÇÃO
Geral
118. Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de activos
intangíveis, distinguindo entre os activos intangíveis gerados interna
mente e outros activos intangíveis:
▼B
vii) diferenças cambiais líquidas resultantes da transposição das
demonstrações financeiras para a moeda de apresentação, e da
transposição de uma unidade operacional estrangeira para a
moeda de apresentação da entidade, e
c) software de computadores;
d) licenças e franquias;
120. Uma entidade deve divulgar informação sobre activos intangíveis com
imparidade de acordo com a IAS 36 adicionalmente à informação
exigida pelo parágrafo 118.e)iii)-v).
b) no método de amortização; ou
c) em valores residuais.
a) para um activo intangível avaliado como tendo uma vida útil in
definida, a quantia escriturada desse activo e as razões que apoiam
a avaliação de uma vida útil indefinida. Ao apresentar estas razões,
a entidade deve descrever o(s) factor(es) que desempenhou(aram)
um papel significativo na determinação de que o activo tem uma
vida útil indefinida;
▼B
ii) a sua quantia escriturada, e
▼B
i) a data de eficácia da revalorização;
▼M33
iii) a quantia escriturada que teria sido reconhecida se a classe
revalorizada de activos intangíveis tivesse sido mensurada
após o reconhecimento usando o modelo de custo no parágrafo
74; e
c) [suprimida]
▼B
125. Pode ser necessário agregar as classes de activos revalorizados em
classes maiores para finalidades de divulgação. Porém, as classes não
são agregadas se isto resultar na combinação de uma classe de activos
intangíveis que inclua quantias mensuradas tanto segundo o modelo
de custo como o de revalorização.
Outras informações
128. Uma entidade é encorajada, mas não se lhe exige, a divulgar a in
formação seguinte:
▼B
b) uma breve descrição de activos intangíveis significativos controla
dos pela entidade mas não reconhecidos como activos porque não
satisfazem os critérios de reconhecimento desta Norma ou porque
foram adquiridos ou gerados antes de a versão da IAS 38 Activos
Intangíveis emitida em 1998 ter entrado em vigor.
▼B
a) à contabilização de activos intangíveis adquiridos em concentra
ções de actividades empresariais para as quais a data de acordo
seja em ou após 31 de Março de 2004; e
▼M5
130.B. A IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como re
vista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS. Além disso,
emendou os parágrafos 85, 86 e 118(e)(iii). Uma entidade deve aplicar
estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de Ja
neiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
▼M22
130.C. A IFRS 3 (conforme revista em 2008) emendou os parágrafos 12,
33–35, 68, 69, 94 e 130, eliminou os parágrafos 38 e 129 e adicionou
o parágrafo 115A. O documento Melhoramentos Introduzidos nas
IFRS emitido em Abril de 2009 emendou os parágrafos 36 e 37.
Uma entidade deve aplicar estas emendas prospectivamente aos pe
ríodos anuais com início em ou após 1 de Julho de 2009. Portanto, as
quantias reconhecidas de activos intangíveis e goodwill relativos a
concentrações de actividades empresariais anteriores não devem ser
ajustadas. Se uma entidade aplicar a IFRS 3 (revista em 2008) a um
período anterior, deve aplicar as emendas a esse período anterior e
divulgar esse facto.
▼M8
130.D. Os parágrafos 69, 70 e 98 foram alterados e o parágrafo 69A foi
adicionado com base no documento Melhoramentos introduzidos
nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve aplicar estas
emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de
2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as
emendas a um período anterior, deve divulgar esse facto.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 419
▼M33
__________
▼M32
130.F. A IFRS 10 e a IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitidas em Maio de
2011, emendara o parágrafo 3(e). Uma entidade deve aplicar estas
emendas ao aplicar a IFRS 10 e a IFRS 11.
▼M33
130.G. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 8, 33,
47, 50, 75, 78, 82, 84, 100 e 124 e suprimiu os parágrafos 39-41 e
130E. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 13.
▼B
Trocas de activos semelhantes
131. O requisito dos parágrafos 129. and 130.b) relativo à aplicação pros
pectiva desta Norma significa que se uma troca de activos for men
surada antes da data de eficácia desta Norma com base na quantia
escriturada do activo cedido, a entidade não reexpressa a quantia
escriturada do activo adquirido para reflectir o seu justo valor na
data da aquisição.
Aplicação antecipada
132. As entidades às quais se aplica o parágrafo 130. são encorajadas a
aplicar os requisitos desta Norma antes das datas de eficácia especi
ficadas no parágrafo 130. Contudo, se uma entidade aplicar esta
Norma antes dessas datas de eficácia, deve também aplicar a IFRS
3 e a IAS 36 (tal como revista em 2004) ao mesmo tempo.
RETIRADA DA IAS 38 (EMITIDA EM 1998)
133. Esta Norma substitui a IAS 38 Activos Intangíveis (emitida em 1998).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 420
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 39
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é estabelecer princípios para reconhecer e
mensurar activos financeiros, passivos financeiros e alguns contratos
de compra ou venda de itens não financeiros. Os requisitos para
apresentar informações acerca de instrumentos financeiros estão de
senvolvidos na IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação. Os
requisitos para divulgar informações acerca de instrumentos financei
ros estão tratados na IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações.
ÂMBITO
▼M38
2. Esta Norma deve ser aplicada por todas as entidades a todos os tipos
de instrumentos financeiros exceto:
▼B
b) direitos e obrigações relativos a locações às quais se aplica a IAS
17 Locações. Contudo:
▼M6
d) instrumentos financeiros emitidos pela entidade que satisfaça a
definição de instrumento de capital próprio estabelecida na IAS
32 (incluindo opções e warrants) ou que devam ser classificadas
como instrumentos de capital próprio em conformidade com os
parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C e 16D da IAS 32.
Contudo, o detentor de tais instrumentos de capital próprio deve
aplicar esta Norma a esses instrumentos, a não ser que satisfaçam a
excepção indicada na alínea (a) atrás;
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 421
▼B
e) direitos e obrigações decorrentes de i) um contrato de seguro
definido na IFRS 4 Contratos de Seguro, excepto os direitos e
obrigações de um emitente decorrentes de um contrato de seguro
que respeite a definição de um contrato de garantia financeira
contida no parágrafo 9, ou (ii) um contrato abrangido pelo âmbito
da IFRS 4 por conter uma característica de participação discricio
nária. Contudo, esta Norma aplica-se a um derivado que esteja
embutido num contrato no âmbito da IFRS 4 se o derivado não
for em si mesmo um contrato dentro do âmbito da IFRS 4 (ver
parágrafos 10-13 e parágrafos AG27-AG33 do Apêndice A desta
Norma). Além disso, caso um emitente de contratos de garantia
financeira tenha estabelecido previamente de modo explícito que
considera esses contratos como contratos de seguro e caso tenha
utilizado a contabilização aplicável aos contratos de seguro, o
emitente poderá decidir aplicar quer esta Norma quer a IFRS 4 a
esses contratos de garantia financeira (ver parágrafos AG4 e
AG4A). O emitente poderá tomar essa decisão contrato a contrato,
sendo cada uma dessas decisões irrevogável;
▼M12
__________
▼M38
g) qualquer contrato forward celebrado entre uma adquirente e um
acionista vendedor com vista a comprar ou vender uma adquirida
do qual resultará uma concentração de atividades empresariais na
aceção da IFRS 3 Concentrações de Atividades Empresariais
numa data de aquisição futura. O prazo do contrato forward não
deve exceder um período razoável normalmente necessário para
obter qualquer aprovação necessária e para concluir a transação;
▼B
h) compromissos de empréstimo que não sejam os compromissos de
empréstimo descritos no parágrafo 4. Um emitente de compromis
sos de empréstimo deve aplicar a IAS 37 Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes aos compromissos de emprés
timo não abrangidos pelo âmbito desta Norma. No entanto, todos
os compromissos de empréstimo estão sujeitos às disposições de
desreconhecimento desta Norma (ver parágrafos 15.-42. e parágra
fos AG36-AG63 do Apêndice A);
3. [Eliminado]
▼B
b) os compromissos de empréstimo que podem ser liquidados de
forma líquida em dinheiro ou entregando ou emitindo outro ins
trumento financeiro. Estes compromissos de empréstimo cons
tituem derivados. Um compromisso de empréstimo não é conside
rado como estando liquidado de forma líquida meramente porque o
empréstimo é pago em prestações (por exemplo, um empréstimo
hipotecário para construção que seja pago em prestações em fun
ção do progresso da construção);
▼B
7. Uma opção subscrita de compra ou venda de um item não financeiro
que possa ser liquidada de forma líquida em dinheiro ou outro ins
trumento financeiro, ou pela troca de instrumentos financeiros, de
acordo com o parágrafo 6. alínea a) ou d) encontra-se dentro do
âmbito desta Norma. Tal contrato não se pode celebrar com a finali
dade de receber ou entregar o item não financeiro de acordo com os
requisitos de compra, venda ou uso esperados pela entidade.
DEFINIÇÕES
8. Os termos definidos na IAS 32 são usados nesta Norma com os
significados especificados no parágrafo 11. da IAS 32. A IAS 32
define os seguintes termos:
— instrumento financeiro
— activo financeiro
— passivo financeiro
▼M33
9. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os signi
ficados especificados:
▼B
Definição de um derivado
▼M8
a) Está classificado como detido para negociação. Um activo finan
ceiro ou passivo financeiro está classificado como detido para
negociação se:
▼M8
(ii) fizer parte, aquando do reconhecimento inicial, de uma car
teira de instrumentos financeiros identificados que são geri
dos em conjunto e para os quais existe evidência de um
modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo; ou
▼B
b) No momento do reconhecimento inicial ele é designado pela
entidade pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos. Uma
entidade só poderá usar esta designação quando for permitido
pelo parágrafo 11A, ou quando tal resultar em informação mais
relevante, porque ou
▼M33
Deve notar-se que a IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
estabelece os requisitos para mensurar o justo valor de um
activo financeiro ou passivo financeiro, seja por designação
ou por outro método, ou cujo justo valor é divulgado.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 425
▼B
Investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não
derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade
fixada que uma entidade tem a intenção positiva e a capacidade de
deter até à maturidade (ver Apêndice A parágrafos AG16-AG25) que
não sejam:
▼B
Definição de contrato de garantia financeira
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13)
▼B
Uma compra ou venda «regular way» é uma compra ou venda de um
activo financeiro segundo um contrato cujos termos exigem a entrega
do activo dentro do prazo estabelecido geralmente por regulação ou
convenção no mercado em questão.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 427
▼B
Custos de transacção são custos incrementais que sejam directamente
atribuíveis à aquisição, emissão ou alienação de um activo financeiro
ou de um passivo financeiro (ver Apêndice A parágrafo AG13). Um
custo incremental é aquele que não teria sido incorrido se a entidade
não tivesse adquirido, emitido ou alienado o instrumento financeiro.
DERIVADOS EMBUTIDOS
10. Um derivado embutido é um componente de um instrumento híbrido
(combinado) que também inclui um contrato de acolhimento não de
rivado — com o efeito de que alguns dos fluxos de caixa do ins
trumento combinado variam de forma semelhante a um derivado au
tónomo. Um derivado embutido dá origem a que alguns ou todos os
fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo contrato
sejam modificados de acordo com uma taxa de juro especificada,
preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio,
índice de preços ou de taxas, notação de crédito ou índice de crédito,
ou outra variável, desde que, no caso de uma variável não financeira,
a variável não seja específica de uma das partes do contrato. Um
derivado que esteja adstrito a um instrumento financeiro mas que
seja contratualmente transferível independentemente desse instrumen
to, ou que tenha uma contraparte diferente desse instrumento, não é
um derivado embutido, mas um instrumento financeiro separado.
▼B
b) um instrumento separado com os mesmos termos que o derivado
embutido satisfizesse a definição de um derivado; e
▼M20
12. Se, por esta Norma, se exigir a uma entidade que separe um derivado
embutido do seu contrato de acolhimento, mas essa entidade não
estiver em condições de mensurar separadamente o derivado embutido
quer à data de aquisição quer no fim de um período de relato finan
ceiro subsequente, ela deve designar todo o contrato híbrido (combi
nado) pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos. De modo
semelhante, se uma entidade não estiver em condições de mensurar
separadamente o derivado embutido que teria de ser separado no
momento da reclassificação de um contrato híbrido (combinado),
retirando-o da categoria de justo valor através dos lucros ou prejuízos,
essa reclassificação é proibida. Nessas circunstâncias, o contrato
híbrido (combinado) permanece classificado, na sua totalidade, na
categoria de justo valor através dos lucros ou prejuízos.
▼M33
13. Se uma entidade não estiver em condições de mensurar fiavelmente o
justo valor de um derivado embutido na base dos seus termos e
condições (por exemplo, porque o derivado embutido se baseia num
instrumento de capital próprio que não tem um preço cotado num
mercado activo para um instrumento idêntico, ou seja, um dado de
nível 1), o justo valor do derivado embutido é a diferença entre o
justo valor do instrumento híbrido (combinado) e o justo valor do
contrato de acolhimento. Se a entidade não estiver em condições de
mensurar o justo valor do derivado embutido utilizando este método,
aplica-se o parágrafo 12 e o instrumento híbrido (combinado) é de
signado como contabilizado pelo justo valor por via dos resultados.
▼B
RECONHECIMENTO E DESRECONHECIMENTO
Reconhecimento inicial
14. Uma entidade deve reconhecer um activo financeiro ou um passivo
financeiro ►M5 na sua demonstração da posição financeira ◄ quan
do, e apenas quando, a entidade se tornar uma parte das disposições
contratuais do instrumento. (Ver parágrafo 38. com respeito a compras
«regular way» de activos financeiros.)
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 429
▼B
Desreconhecimento de um activo financeiro
▼M32
15. Nas demonstrações financeiras consolidadas, os parágrafos 16-23 e os
parágrafos AG34-AG52 do Apêndice A são aplicados a nível conso
lidado. Assim, uma entidade consolida primeiramente todas as subsi
diárias de acordo com a IFRS 10 e posteriormente aplica os parágra
fos 16-23 e os parágrafos AG34-AG52 do Apêndice A ao grupo
resultante.
▼B
16. Antes de avaliar se, e até que ponto, o desreconhecimento é apro
priado segundo os parágrafos 17.-23., uma entidade determina se
esses parágrafos devem ser aplicados a uma parte de um activo
financeiro (ou a uma parte de um grupo de activos financeiros seme
lhantes) ou a um activo financeiro (ou a um grupo de activos finan
ceiros semelhantes) na sua totalidade, como se segue.
▼B
b) Em todos os outros casos, os parágrafos 17.-23. aplicam-se ao
activo financeiro na sua totalidade (ou ao grupo de activos finan
ceiros semelhantes na sua totalidade). Por exemplo, quando uma
entidade transfere i) os direitos aos primeiros ou últimos 90 % das
cobranças de caixa resultantes de um activo financeiro (ou de um
grupo de activos financeiros), ou ii) os direitos a 90 % dos fluxos
de caixa de um grupo de contas a receber, mas proporciona uma
garantia para compensar o comprador por quaisquer perdas de
crédito até 8 % da quantia de capital das contas a receber, os
parágrafos 17.-23. aplicam-se ao activo financeiro (ou a um grupo
de activos financeiros semelhantes) na sua totalidade.
18. Uma entidade transfere um activo financeiro se, e apenas se, ou:
▼B
c) A entidade tem uma obrigação de remeter qualquer fluxo de caixa
que receba em nome dos eventuais destinatários sem atrasos ma
teriais. Além disso, a entidade não tem o direito de reinvestir esses
fluxos de caixa, excepto no caso de investimentos em caixa ou
seus equivalentes (tal como definido na IAS 7 Demonstrações dos
Fluxos de Caixa) durante o curto período de liquidação desde a
data de recebimento até à data da entrega exigida aos destinatários
finais, e os juros recebidos como resultado desses investimentos
são passados aos destinatários finais.
▼B
22. Frequentemente, será óbvio se a entidade transferiu ou reteve subs
tancialmente todos os riscos e vantagens da propriedade e não haverá
necessidade de efectuar quaisquer cálculos. Noutros casos, será neces
sário calcular e comparar a exposição da entidade à variabilidade do
valor presente dos fluxos de caixa líquidos futuros antes e depois da
transferência. O cálculo e a comparação são feitos usando como taxa
de desconto uma taxa de juro de mercado corrente apropriada. Toda a
variabilidade razoavelmente possível nos fluxos de caixa líquidos é
considerada, sendo atribuída maior ponderação aos desfechos que
sejam mais prováveis de ocorrer.
a) a quantia escriturada; e
▼B
partes à data da transferência. Para esta finalidade, um activo por
serviço retido deve ser tratado como uma parte que continua a ser
reconhecida. A diferença entre:
▼B
b) quando o envolvimento continuado da entidade assumir a forma de
uma opção subscrita ou comprada (ou ambas) sobre o activo trans
ferido, a medida do envolvimento continuado da entidade é a
quantia do activo transferido que a entidade poderá recomprar.
Contudo, no caso de uma opção put subscrita sobre um activo
que seja mensurado pelo justo valor, a medida do envolvimento
continuado da entidade está limitada ao menor entre o justo valor
do activo transferido e o preço de exercício da opção (ver pará
grafo AG48);
▼B
b) a soma de i) a retribuição recebida pela parte já não reconhecida e
ii) qualquer ganho ou perda cumulativo imputado à mesma que
tivesse sido ►M5 reconhecido em outro rendimento integral ◄
[ver parágrafo 55.b)]
Todas as transferências
36. Se um activo transferido continuar a ser reconhecido, o activo e o
passivo associado não devem ser compensados. Do mesmo modo, a
entidade não deve compensar qualquer rendimento resultante do ac
tivo transferido com qualquer gasto incorrido com o passivo associado
(ver IAS 32 parágrafo 42).
▼B
40. Uma troca entre um mutuário existente e um mutuante de instrumen
tos de dívida com termos substancialmente diferentes deve ser conta
bilizada como extinção do passivo financeiro original e reconheci
mento de um novo passivo financeiro. De modo semelhante, uma
modificação substancial nos termos de um passivo financeiro existente
ou de uma parte do mesmo (seja ou não atribuível à dificuldade
financeira do devedor) deve ser contabilizada como extinção do pas
sivo financeiro original e reconhecimento de um novo passivo finan
ceiro.
MENSURAÇÃO
Mensuração inicial de activos financeiros e passivos financeiros
43. Quando um activo financeiro ou um passivo financeiro é inicialmente
reconhecido, uma entidade deve mensurá-lo pelo seu justo valor mais,
no caso de um activo financeiro ou passivo financeiro que não seja
pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos, os custos de transac
ção que sejam directamente atribuíveis à aquisição ou emissão do
activo financeiro ou passivo financeiro.
▼M33
43.A. No entanto, se o justo valor do activo financeiro ou passivo finan
ceiro no reconhecimento inicial difere do preço de transacção,
uma entidade deve aplicar o parágrafo AG76.
▼B
44. Quando uma entidade usa a contabilização pela data de liquidação
para um activo que seja subsequentemente mensurado pelo custo ou
pelo custo amortizado, o activo é reconhecido inicialmente pelo seu
justo valor à data da negociação (ver Apêndice A parágrafos
AG53-AG56).
▼B
Estas categorias aplicam-se à mensuração e ao reconhecimento dos
lucros ou prejuízos segundo esta Norma. A entidade poderá usar outros
descritores para estas categorias ou outras categorizações quando apre
sentar a informação na face das demonstrações financeiras. A entidade
deve divulgar nas notas a informação exigida pela IFRS 7.
▼B
b) passivos financeiros que surjam quando uma transferência de um
activo financeiro não se qualifica para desreconhecimento ou
quando se aplica a abordagem do envolvimento continuado. Os
parágrafos 29. e 31. aplicam-se à mensuração de tais passivos
financeiros.
▼B
d) os compromissos que proporcionam um empréstimo a uma taxa de
juro inferior à do mercado. Após o reconhecimento inicial, o emi
tente desse contrato deve mensurá-lo (salvo se se aplicar a
alínea a) do parágrafo 47.) pelo mais alto dos seguintes valores:
▼M33
__________
▼B
Reclassificações
50. Uma entidade:
(c) pode reclassificar um activo financeiro que já não seja detido para
efeitos de venda ou recompra a curto prazo (não obstante poder
ter sido adquirido ou incorrido principalmente para efeitos de
venda ou recompra a curto prazo), retirando-o da categoria de
justo valor através dos lucros ou prejuízos, se forem cumpridos
os requisitos dos parágrafos 50B ou 50D.
▼M8
50.A. As seguintes alterações de circunstâncias não são reclassificações para
efeitos do parágrafo 50:
▼B
50.B. Um activo financeiro ao qual se aplique a alínea c) do parágrafo 50
(com excepção dos activos financeiros do tipo descrito no parágrafo
50D) só em circunstâncias excepcionais pode ser reclassificado me
diante retirada da categoria de justo valor através dos lucros ou pre
juízos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 439
▼B
50.C. Se uma entidade reclassificar um activo financeiro, retirando-o da
categoria de justo valor através dos lucros ou prejuízos, em confor
midade com o parágrafo 50B, esse activo financeiro deve ser reclas
sificado pelo seu justo valor à data da reclassificação. Os ganhos ou
perdas já reconhecidos nos lucros ou prejuízos não devem ser rever
tidos. O justo valor do activo financeiro à data da reclassificação
tornar-se-á o seu novo custo ou custo amortizado, conforme aplicável.
▼B
54. Se, como resultado de uma alteração na intenção ou capacidade ou
nas raras circunstâncias em que uma medida fiável do justo valor
deixe de estar disponível (ver parágrafos 46c) e 47) ou porque os
«dois anos financeiros precedentes» referidos no parágrafo 9. já pas
saram, se tornar apropriado escriturar um activo financeiro ou passivo
financeiro pelo custo ou pelo custo amortizado em vez de pelo justo
valor, a quantia escriturada do justo valor do activo financeiro ou do
passivo financeiro nessa data torna-se o seu novo custo ou custo
amortizado, conforme aplicável. ►M5 Qualquer ganho ou perda an
terior naquele activo que tenha sido reconhecido em outro rendimento
integral de acordo com o parágrafo 55(b) deve ser contabilizado como
se segue: ◄
▼M5
b) No caso de um activo financeiro que não tenha uma maturidade
fixada, o ganho ou perda deve ser reconhecido nos lucros ou
prejuízos quando o activo financeiro for vendido ou de outra forma
alienado. Se o activo financeiro estiver subsequentemente com
imparidade, qualquer ganho ou perda anterior que tenha sido reco
nhecido em outro rendimento integral é reclassificado do capital
próprio para os lucros ou prejuízos de acordo com o parágrafo 67.
▼B
Ganhos e perdas
55. Um ganho ou perda proveniente de uma alteração no justo valor de
um activo financeiro ou passivo financeiro que não faça parte de um
relacionamento de cobertura (ver parágrafos 89.-102.) deve ser reco
nhecido como se segue:
▼M5
b) Um ganho ou perda resultante de um activo financeiro disponível
para venda deve ser reconhecido em outro rendimento integral,
excepto no caso de perdas por imparidade (ver parágrafos 67-70)
e de ganhos e perdas cambiais (ver Apêndice A, parágrafo AG83),
até que o activo financeiro seja desreconhecido. Nessa altura, o
ganho ou perda cumulativo previamente reconhecido em outro
rendimento integral deve ser reclassificado do capital próprio
para os lucros ou prejuízos como ajustamento de reclassificação
(ver IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como
revista em 2007)). Contudo, o juro calculado usando o método do
juro efectivo (ver parágrafo 9.) é reconhecido nos lucros ou pre
juízos (ver IAS 18). Os dividendos resultantes de um instrumento
de capital próprio disponível para venda são reconhecidos nos
lucros ou prejuízos quando o direito da entidade de receber paga
mento for estabelecido (ver IAS 18).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 441
▼B
56. Para os activos financeiros e passivos financeiros escriturados pelo
custo amortizado (parágrafos 46. e 47.), é reconhecido um ganho
ou perda nos lucros ou prejuízos quando o activo financeiro ou o
passivo financeiro for desreconhecido ou sujeito a imparidade, bem
como através do processo de amortização. Contudo, para os activos
financeiros ou passivos financeiros que sejam itens cobertos (ver pa
rágrafos 78.-84. e Apêndice A parágrafos AG98-AG101), a contabi
lização do ganho ou perda deve seguir os parágrafos 89.-102.
▼B
f) dados observáveis indicando que existe um decréscimo mensurável
nos fluxos de caixa futuros estimados de um grupo de activos
financeiros desde o reconhecimento inicial desses activos, embora
o decréscimo ainda não possa ser identificado com os activos
financeiros individuais do grupo, incluindo:
▼B
64. Uma entidade avalia primeiro se a prova objectiva de imparidade
existe individualmente para activos financeiros que sejam individual
mente significativos, e individual ou colectivamente para activos
financeiros que não sejam individualmente significativos (ver pará
grafo 59.). Se uma entidade determinar que não existe prova objectiva
de imparidade para um activo financeiro individualmente avaliado,
quer seja significativo ou não, ela inclui o activo num grupo de
activos financeiros com características semelhantes de risco de crédito
e avalia-os colectivamente quanto à imparidade. Os activos que sejam
individualmente avaliados quanto à imparidade e para os quais uma
perda por imparidade é ou continua a ser reconhecida não são incluí
dos numa avaliação colectiva da imparidade.
▼B
70. Se, num período subsequente, o justo valor de um instrumento de
dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento
puder estar objectivamente relacionado com um acontecimento que
ocorra após o reconhecimento da perda por imparidade nos lucros
ou prejuízos, a perda por imparidade deve ser revertida, sendo a
quantia da reversão reconhecida nos lucros ou prejuízos.
COBERTURA
71. Se houver um relacionamento de cobertura designado entre um ins
trumento de cobertura e um item coberto tal como descrito nos pará
grafos 85.-88. e no Apêndice A parágrafos AG102-AG104, a conta
bilização do ganho ou da perda resultante do instrumento de cobertura
e do item coberto deve seguir os parágrafos 89.-102.
Instrumentos de cobertura
▼M8
73. Para finalidades de contabilidade de cobertura, apenas os instrumentos
que envolvam uma parte externa à entidade que relata (p. ex., externa
ao grupo ou entidade individual sobre quem se relata) podem ser
designados como instrumentos de cobertura. Embora as entidades
individuais dentro de um grupo consolidado ou as divisões dentro
de uma entidade possam entrar em transacções de cobertura com
outras entidades dentro do grupo ou outras divisões dentro da entida
de, quaisquer transacções intragrupo são eliminadas na consolidação.
Portanto, tais transacções de cobertura não se qualificam para a con
tabilidade de cobertura nas demonstrações financeiras consolidadas do
grupo. Contudo, podem qualificar-se para a contabilidade de cobertura
nas demonstrações financeiras individuais ou separadas de entidades
individuais do grupo, desde que sejam externas à entidade individual
sobre quem se está a relatar.
▼B
Designação de instrumentos de cobertura
74. Existe normalmente uma única medida do justo valor para um ins
trumento de cobertura na sua totalidade, e os factores que dão origem
a alterações no justo valor são codependentes. Assim, um relaciona
mento de cobertura é designado por uma entidade para um instru
mento de cobertura na sua totalidade. As únicas excepções permitidas
são:
▼B
Estas excepções são permitidas porque o valor intrínseco da opção e o
prémio sobre o forward podem geralmente ser mensurados separada
mente. Uma estratégia de cobertura dinâmica que avalia tanto o valor
intrínseco como o valor temporal de um contrato de opção pode
qualificar-se para contabilidade de cobertura.
Itens cobertos
▼B
►M22 80. Para finalidades de contabilidade de cobertura, apenas activos,
passivos, compromissos firmes ou transacções previstas altamente
prováveis que envolvam uma parte externa à entidade podem ser
designados como itens cobertos. ◄►M38 Isto significa que a con
tabilidade de cobertura só pode ser aplicada a transações entre enti
dades do mesmo grupo nas demonstrações financeiras individuais ou
separadas dessas entidades e não nas demonstrações financeiras con
solidadas do grupo, exceto para as demonstrações financeiras conso
lidadas de uma entidade de investimento, tal como definido na IFRS
10, caso em que as transações entre uma entidade de investimento e
as suas subsidiárias mensuradas pelo justo valor através dos resultados
não serão eliminadas nas demonstrações financeiras consolidadas. ◄
Em conformidade com a IAS 21, os ganhos e perdas cambiais resul
tantes de itens monetários intragrupo não são totalmente eliminados
na consolidação quando o item monetário intragrupo é transaccionado
entre duas entidades do grupo que tenham diferentes moedas funcio
nais. Além disso, o risco cambial de uma transacção intragrupo pre
vista altamente provável pode qualificar-se como um item coberto nas
demonstrações financeiras consolidadas, desde que a transacção seja
denominada numa moeda que não a moeda funcional da entidade
participante na transacção e o risco cambial venha a afectar os lucros
ou prejuízos consolidados.
▼B
Designação de itens não financeiros como itens cobertos
82. Se o item coberto for um activo não financeiro ou um passivo não
financeiro, deve ser designado como um item coberto a) para riscos
cambiais, ou b) na sua totalidade para todos os riscos, devido à
dificuldade de isolar e mensurar a porção apropriada das alterações
nos fluxos de caixa ou no justo valor atribuíveis a riscos específicos
que não sejam riscos cambiais.
Contabilidade de cobertura
85. A contabilidade de cobertura reconhece os efeitos de compensação
nos lucros ou prejuízos das alterações nos justos valores do instru
mento de cobertura e do item coberto.
▼M33
88. Um relacionamento de cobertura é elegível para contabilidade de
cobertura segundo os parágrafos 89-102 se, e apenas se, estiverem
cumpridas todas as seguintes condições.
▼B
a) No início da cobertura, existe designação e documentação formais
do relacionamento de cobertura e do objectivo e estratégia da
gestão de risco da entidade para levar a efeito a cobertura. Essa
documentação deve incluir a identificação do instrumento de co
bertura, o item ou transacção coberto, a natureza do risco a ser
coberto e a forma como a entidade vai avaliar a eficácia do ins
trumento de cobertura na compensação da exposição a alterações
no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto atribuíveis ao
risco coberto;
▼M33
d) A eficácia da cobertura pode ser mensurada fiavelmente, isto é,
o justo valor ou os fluxos de caixa do instrumento que é objecto
da cobertura imputáveis ao risco coberto e o justo valor do
instrumento de cobertura podem ser mensurados fiavelmente;
▼B
e) A cobertura é avaliada numa base contínua e efectivamente deter
minada como tendo sido altamente eficaz durante todo o período
de relato financeiro para o qual a cobertura foi designada.
▼B
89.A. Para uma cobertura de justo valor da exposição à taxa de juro de uma
porção de uma carteira de activos financeiros ou passivos financeiros
(e apenas numa tal cobertura), o requisito do parágrafo 89.b) pode ser
satisfeito apresentando o ganho ou perda atribuível ao item coberto
ou:
▼B
94. Quando uma entidade entra num compromisso firme de adquirir um
activo ou de assumir um passivo que seja um item coberto numa
cobertura de justo valor, a quantia escriturada inicial do activo ou
do passivo que resulta de a entidade satisfazer o compromisso firme
é ajustada para incluir a alteração cumulativa no justo valor do com
promisso firme atribuível ao risco coberto que foi reconhecido
►M5 na demonstração da posição financeira ◄.
▼M22
97. Se uma cobertura de uma transacção prevista resultar subsequen
temente no reconhecimento de um activo financeiro ou de um
passivo financeiro, os ganhos ou perdas associados que foram
reconhecidos em outro rendimento integral de acordo com o pa
rágrafo 95 devem ser reclassificados do capital próprio para os
lucros ou prejuízos como ajustamento de reclassificação (ver IAS
1 (tal como revista em 2007)) no mesmo período ou períodos
durante os quais os fluxos de caixa previstos cobertos afectam
os lucros ou prejuízos (tal como nos períodos em que é reconhe
cido o rendimento de juros ou o gasto de juros). Contudo, se uma
entidade tiver a expectativa de que a totalidade ou uma parte de
uma perda reconhecida em outro rendimento integral não será
recuperada num ou mais períodos futuros, deve reclassificar nos
lucros ou prejuízos como ajustamento de reclassificação a quantia
que não espera recuperar.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 451
▼B
98. Se uma cobertura de uma transacção prevista resultar subsequente
mente no reconhecimento de um activo não financeiro ou de um
passivo não financeiro, ou se uma transacção prevista de um activo
não financeiro ou de um passivo não financeiro se tornar um com
promisso firme para o qual se aplica contabilidade de cobertura de
justo valor, então a entidade deve adoptar a alínea a) ou b) adiante:
▼M22
100. Relativamente às coberturas de fluxos de caixa que não sejam as
abrangidas pelos parágrafos 97 e 98, as quantias que tenham sido
reconhecidas em outro rendimento integral devem ser reclassifi
cadas do capital próprio para os lucros ou prejuízos como ajus
tamento de reclassificação (ver IAS 1 (revista em 2007)) no mesmo
período ou períodos durante os quais os fluxos de caixa previstos
cobertos afectam os lucros ou prejuízos (por exemplo, quando
ocorrer uma venda prevista).
▼B
101. Em qualquer das seguintes circunstâncias, uma entidade deve descon
tinuar prospectivamente a contabilidade de cobertura especificada nos
parágrafos 95.-100.:
▼B
c) Já não se espera que a transacção prevista ocorra, caso em que
qualquer ganho ou perda cumulativo relacionado resultante do ins
trumento de cobertura que permaneça reconhecido directamente no
capital próprio desde o período em que a cobertura era efectiva
[ver parágrafo 95.a)] ►M5 deve ser reclassificado do capital pró
prio para os lucros ou prejuízos como ajustamento de reclassifica
ção ◄. Pode ainda esperar-se que ocorra uma transacção prevista
que deixou de ser altamente provável [ver parágrafo 88.c)].
▼M5
a) a porção do ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura
que seja determinada como uma cobertura eficaz (ver parágrafo
88) deve ser reconhecida em outro rendimento integral; e
▼M11
O ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura relacionado
com a porção eficaz da cobertura que tenha sido reconhecida em outro
rendimento integral deve ser reclassificado do capital próprio para os
lucros ou prejuízos como ajustamento de reclassificação [ver a IAS 1
(revista em 2007)] de acordo com os parágrafos 48–49 da IAS 21 na
alienação ou alienação parcial da unidade operacional estrangeira.
▼B
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
103. Uma entidade deve aplicar esta Norma (incluindo as emendas emitidas
em Março de 2004) aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2005. É permitida a aplicação mais cedo. Uma entidade
não deve aplicar esta Norma (incluindo as emendas emitidas em
Março de 2004) aos períodos anuais com início antes de 1 de Janeiro
de 2005 a não ser que também aplique a IAS 32 (emitida em Dezem
bro de 2003). Se uma entidade aplicar esta Norma a um período que
tenha início antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse
facto.
103.A. Uma entidade deve aplicar a emenda do parágrafo 2.j) aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2006. Se uma entidade
aplicar a IFRIC 5 Direitos a Interesses resultantes de Fundos de
Descomissionamento, Restauro e Reabilitação Ambiental a um pe
ríodo anterior, esta emenda deve ser aplicada a esse período anterior.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 453
▼B
103.B. O documento intitulado Contratos de Garantia Financeira (Emendas
à IAS 39 e à IFRS 4), emitido em Agosto de 2005, emendou as
alíneas e) e h) do parágrafo 2. e os parágrafos 4., 47. e AG4, aditou
o parágrafo AG4A, aditou uma nova definição de contratos de garan
tia financeira no parágrafo 9. e suprimiu o parágrafo 3. Uma entidade
deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2006. É encorajada a aplicação mais cedo. Caso uma
entidade aplique estas emendas relativamente a um período anterior,
ela deve divulgar esse facto e aplicar as emendas à IAS 32 (1) e à
IFRS 4 em simultâneo.
▼M5
103.C. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou os parágrafos 26, 27, 34, 54, 55, 57,
67, 68, 95(a), 97, 98, 100, 102, 105, 108, AG4D, AG4E(d)(i), AG56,
AG67, AG83 e AG99B. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos
períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma
entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as
emendas deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M29
103.D. A IFRS 3 (conforme revista em 2008) eliminou o parágrafo 2(f). Uma
entidade deve aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em
ou após 1 de Janeiro de 2011. Se uma entidade aplicar a IFRS 3
(revista em 2008) a um período anterior, a emenda também deve ser
aplicada a esse período anterior. No entanto, a emenda não se aplica
às retribuições contingentes decorrentes de uma concentração de ac
tividades empresariais em que a data de aquisição seja anterior à
aplicação da IFRS 3 (revista em 2008). A entidade deve, nesse caso,
contabilizar essas retribuições em conformidade com os parágrafos
65A–65E da IFRS 3 (conforme emendada em 2010).
▼M11
103.E. A IAS 27 (tal como emendada pelo International Accounting Stan
dards Board em 2008) emendou o parágrafo 102. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Julho de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 27 (emendada em
2008) a um período anterior, a emenda deverá ser aplicada a esse
período anterior.
▼M6
103.F. Uma entidade deve aplicar a emenda do parágrafo 2 aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma entidade
aplicar o documento Instrumentos financeiros com uma opção put e
obrigações decorrentes de uma liquidação (Emendas às IAS 32 e IAS
1), emitido em Fevereiro de 2008, em relação a um período anterior, a
alteração do parágrafo 2 deve ser aplicada a esse período anterior.
▼M14
__________
▼M15
103.G. Uma entidade deve aplicar os parágrafos AG99BA, AG99E, AG99F,
AG110A e AG110B retrospectivamente aos períodos anuais com iní
cio em ou após 1 de Julho de 2009, em conformidade com a IAS 8
Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar
Itens Cobertos Elegíveis (Emenda à IAS 39) a períodos com início
antes de 1 de Julho de 2009, ele deve divulgar esse facto.
(1) Quando uma entidade aplicar a IFRS 7, a referência à IAS 32 é substituída por uma
referência à IFRS 7.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 454
▼M14
103.H. O documento Reclassificação de activos financeiros (emendas à IAS
39 e à IFRS 7), emitido em Outubro de 2008, emendou os parágrafos
50 e AG8 e adicionou os parágrafos 50B-50F. As entidades devem
aplicar estas emendas com efeitos em ou a partir de 1 de Julho de
2008. As entidades não devem reclassificar activos financeiros em
conformidade com os parágrafos 50B, 50D ou 50E com efeitos ante
riores a 1 de Julho de 2008. Qualquer reclassificação de um activo
financeiro feita em ou depois de 1 de Novembro de 2008 só produzirá
efeitos a partir da data em que seja feita a reclassificação. Qualquer
reclassificação de um activo financeiro em conformidade com os pa
rágrafos 50B, 50D ou 50E não deve ser aplicada retroactivamente
com efeitos anteriores a 1 de Julho de 2008.
▼M20
103.J. Uma entidade deve aplicar o parágrafo 12, conforme emendado pelo
documento intitulado Derivados Embutidos (Emendas à IFRIC 9 e à
IAS 39), emitido em Março de 2009, aos períodos anuais que termi
nem em ou após 30 de Junho de 2009.
▼M22
103.K. O documento Melhoramentos Introduzidos nas IFRS emitido em Abril
de 2009 emendou os parágrafos 2(g), 97, 100 e AG30(g). Uma enti
dade deve aplicar as emendas feitas nos parágrafos 2(g), 97 e 100
prospectivamente a todos os contratos não expirados durante os pe
ríodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2010. Uma
entidade deve aplicar a emenda no parágrafo AG30(g) aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2010. É permitida a
aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar a emenda a um período
anterior, deve divulgar esse facto.
▼M29
103.N. O parágrafo 103D foi emendado pelo documento Melhoramentos in
troduzidos nas IFRS emitido em Maio de 2010. Uma entidade deve
aplicar esta emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Julho de 2010. É permitida a aplicação mais cedo.
▼M32
103.P. A IFRS 10 e a IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitidas em Maio de
2011, emendaram os parágrafos 2(a), 15, AG3, AG36-AG38 e
AG41(a). Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 10 e a IFRS 11.
▼M33
103.Q. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 9, 13,
28, 47, 88, AG46, AG52, AG64, AG76, AG76A, AG80, AG81 e
AG96, adicionou o parágrafo 43A e suprimiu os parágrafos 48-49,
AG69-AG75, AG77-AG79 e AG82. Uma entidade deve aplicar estas
emendas quando aplicar a IFRS 13.
▼M38
103.R. O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou os parágrafos
2 e 80. Uma entidade deve aplicar estas emendas em relação aos
períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É
permitida a aplicação antecipada do documento Entidades de Investi
mento. Se uma entidade aplicar as emendas de forma antecipada, deve
também aplicar todas as emendas incluídas no documento Entidades
de Investimento ao mesmo tempo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 455
▼B
104. Esta Norma deve ser aplicada retrospectivamente excepto tal como
especificado nos parágrafos 105.-108. O saldo de abertura dos resul
tados retidos do período anterior mais recente apresentado e todas as
outras quantias comparativas devem ser ajustados como se esta Norma
tivesse sempre estado em uso a não ser que seja impraticável reex
pressar a informação. Se a reexpressão for impraticável, a entidade
deve divulgar esse facto e indicar até que ponto a informação foi
reexpressa.
105. Quando esta Norma for aplicada pela primeira vez, é permitido a uma
entidade que designe um activo financeiro anteriormente reconhecido
como disponível para venda. ►M5 Para este tipo de activo financei
ro, a entidade deve reconhecer todas as alterações cumulativas no
justo valor num componente separado do capital próprio até ao des
reconhecimento ou imparidade subsequente, momento em que a enti
dade deve reclassificar esse ganho ou perda cumulativo do capital
próprio para os lucros ou prejuízos como ajustamento de reclassifica
ção (ver IAS 1 (revista em 2007)). ◄ A entidade também deve:
105.B. Uma entidade que aplique pela primeira vez os parágrafos 11.A.,
48.A., AG4B-AG4K, AG33A e AG33B, bem como as emendas de
2005 nos parágrafos 9., 12. e 13., ao seu período anual com início
antes de 1 de Janeiro de 2006:
▼B
c) deve desdesignar qualquer activo financeiro ou passivo financeiro
anteriormente designado pelo justo valor através dos lucros ou
prejuízos se ele não se qualificar para essa designação de acordo
com esses parágrafos novos e emendados. Quando um activo fi
nanceiro ou passivo financeiro for mensurado pelo custo amorti
zado após a desdesignação, a data da desdesignação é considerada
a sua data de reconhecimento inicial.
105.C. Uma entidade que aplique pela primeira vez os parágrafos 11.A.,
48.A., AG4B-AG4K, AG33A e AG33B, bem como as emendas de
2005 nos parágrafos 9., 12. e 13., ao seu período anual com início em
ou após 1 de Janeiro de 2006:
b) não deve designar pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos
quaisquer activos financeiros ou passivos financeiros anteriormente
reconhecidos:
107. Não obstante o parágrafo 106., uma entidade pode aplicar os requisi
tos de desreconhecimento dos parágrafos 15.-37. e do Apêndice A
parágrafos AG36-AG52 retrospectivamente a partir de uma data à
escolha da entidade, desde que a informação necessária para aplicar
a IAS 39 a activos e passivos desreconhecidos como resultado de
transacções passadas tenha sido obtida no momento da contabilização
inicial dessas transacções.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 457
▼B
107.A. Não obstante o parágrafo 104., uma entidade pode aplicar os requisi
tos da última frase do parágrafo AG76, e do parágrafo AG76A, em
qualquer uma das seguintes formas:
▼M5
108. Uma entidade não deve ajustar a quantia escriturada de activos não
financeiros e de passivos não financeiros para excluir ganhos e perdas
relacionados com as coberturas de fluxos de caixa que tenham sido
incluídas na quantia escriturada antes do início do ano financeiro no
qual esta Norma seja aplicada pela primeira vez. No início do período
financeiro no qual esta Norma seja aplicada pela primeira vez, qual
quer quantia reconhecida fora dos lucros ou prejuízos (em outro ren
dimento integral ou directamente no capital próprio) para uma cober
tura de um compromisso firme que segundo esta Norma seja conta
bilizada como cobertura de justo valor deve ser reclassificada como
um activo ou passivo, excepto no caso de uma cobertura de risco
cambial que continue a ser tratada como cobertura de fluxo de caixa.
▼B
108.A. Uma entidade deve aplicar a última frase do parágrafo 80. e os pará
grafos AG99A e AG99B a períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2006. É encorajada a aplicação mais cedo. No caso de
uma entidade ter designado como item coberto uma transacção pre
vista externa que:
▼M22
108.C. Os parágrafos 9, 73 e AG8 foram emendados e o parágrafo 50A foi
adicionado pelo documento Melhoramentos Introduzidos nas IFRS
emitido em Maio de 2008. O parágrafo 80 foi emendado pelo docu
mento Melhoramentos Introduzidos nas IFRS emitido em Abril de
2009. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais
com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Uma entidade deve
aplicar as emendas feitas nos parágrafos 9 e 50A a partir da data e da
mesma forma que aplicou as emendas de 2005 descritas no parágrafo
105A. É permitida a aplicação mais cedo de todas as emendas. Se
uma entidade aplicar as emendas a um período anterior, deve divulgar
esse facto.
▼B
RETIRADA DE OUTRAS TOMADAS DE POSIÇÃO
109. Esta Norma substitui a IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconheci
mento e Mensuração revista em Outubro de 2000.
Apêndice A
Guia de aplicação
Este apêndice faz parte integrante desta Norma.
▼M32
AG3 Por vezes, uma entidade faz aquilo que considera um «investimento
estratégico» em instrumentos de capital próprio emitidos por outra
entidade, com a intenção de estabelecer ou manter um relacionamento
operacional a longo prazo com a entidade na qual o investimento é
feito. A entidade investidora usa a IAS 28 para determinar se o
método de contabilização da equivalência patrimonial é apropriado
para um tal investimento. Se o método da equivalência patrimonial
não for adequado, a entidade aplica esta Norma ao investimento es
tratégico em questão.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 459
▼B
AG3A Esta Norma aplica-se aos activos financeiros e passivos financeiros
das seguradoras, que não sejam direitos e obrigações que o parágrafo
2.e) exclui por resultarem de contratos dentro do âmbito da IFRS 4.
▼B
c) Caso um contrato de garantia financeira tenha sido emitido em
conexão com a venda de bens, o emitente aplica a IAS 18 na
determinação do momento em que reconhece o rédito proveniente
da garantia e da venda dos bens.
▼B
AG4E Os exemplos seguintes mostram quando é que esta condição poderá
ser satisfeita. Em todos os casos, uma entidade pode usar esta condi
ção para designar activos financeiros ou passivos financeiros pelo
justo valor através dos lucros ou prejuízos apenas se satisfizer o
princípio enunciado no parágrafo 9.b)i).
▼B
ii) a entidade financiou um grupo especificado de empréstimos
concedidos ao emitir obrigações negociadas cujas alterações
no justo valor tendem a compensar-se. Se, além disso, a enti
dade comprar e vender as obrigações regularmente, mas rara
mente, se é que alguma vez, comprar e vender os empréstimos
concedidos, o relato tanto dos empréstimos como das obriga
ções pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos elimina a
inconsistência na tempestividade do reconhecimento de ganhos
e perdas que de outra forma resultaria da mensuração de ambos
pelo custo amortizado e do reconhecimento de um ganho ou
perda sempre que uma obrigação for recomprada.
AG4G Não seria aceitável designar apenas alguns dos activos financeiros e
passivos financeiros que dão origem à inconsistência pelo justo valor
através dos lucros ou prejuízos se tal não eliminasse ou reduzisse
significativamente a inconsistência e portanto não resultasse em infor
mação mais relevante. Contudo, seria aceitável designar apenas alguns
de uma série de activos financeiros semelhantes ou passivos financei
ros semelhantes se tal resultasse numa redução significativa (e possi
velmente numa maior redução do que outras designações permitidas)
na inconsistência. Por exemplo, vamos assumir que uma entidade tem
uma série de passivos financeiros semelhantes que somam 100 UM (1)
e uma série de activos financeiros semelhantes que somam 50 UM,
mas que são mensurados numa base diferente. A entidade pode redu
zir significativamente a inconsistência na mensuração ao designar
todos os activos no reconhecimento inicial, mas apenas alguns dos
passivos (por exemplo, passivos individuais com um total combinado
de 45 UM), pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos. Contudo,
dado que a designação pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos
só pode ser aplicada à totalidade de um instrumento financeiro, a
entidade neste exemplo tem de designar um ou mais passivos na
sua totalidade. Não poderá designar quer um componente de um
passivo (por exemplo, alterações no valor atribuíveis a um único risco,
tais como alterações numa taxa de juro de referência) quer uma pro
porção (i.e., percentagem) de um passivo.
▼B
AG4I Os exemplos seguintes mostram quando é que esta condição poderá
ser satisfeita. Em todos os casos, uma entidade só pode usar esta
condição para designar activos financeiros ou passivos financeiros
pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos se satisfizer o princí
pio enunciado no parágrafo 9.b)ii).
▼M32
a) A entidade é uma organização de capital de risco, fundo mútuo,
trust ou entidade semelhante cuja atividade consiste em investir
em ativos financeiros com vista a lucrar com o retorno total dos
mesmos na forma de juros ou dividendos e de alterações no justo
valor. A IAS 28 permite que tais investimentos sejam medidos
pelo valor justo por via dos resultados, em conformidade com a
presente Norma. Uma entidade poderá aplicar a mesma política
contabilística a outros investimentos geridos numa base de re
torno total, mas nos quais a sua influência é insuficiente para
que estejam dentro do âmbito da IAS 28 ou da IAS 31;
▼B
b) A entidade tem activos financeiros e passivos financeiros que
partilham um ou mais riscos e esses riscos são geridos e avalia
dos numa base de justo valor de acordo com uma política docu
mentada de gestão de activos e passivos. Um exemplo pode ser
uma entidade que tenha emitido «produtos estruturados» con
tendo derivados embutidos múltiplos e que faça a gestão dos
riscos resultantes numa base de justo valor usando uma mistura
de instrumentos financeiros derivados e não derivados. Um exem
plo semelhante pode ser uma entidade que origine empréstimos
de taxa de juro fixa e que faça a gestão do risco de taxa de juro
de referência resultante usando uma mistura de instrumentos fi
nanceiros derivados e não derivados;
AG4J Tal como indicado atrás, esta condição depende da forma como a
entidade gere e avalia o desempenho do grupo de instrumentos finan
ceiros a ser considerado. Em conformidade, (sujeito ao requisito de
designação no reconhecimento inicial) uma entidade que designe ins
trumentos financeiros pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos
na base desta condição deverá da mesma forma designar todos os
instrumentos financeiros elegíveis que sejam geridos e avaliados em
conjunto.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 464
▼B
AG4K A documentação da estratégia da entidade não tem de ser extensa,
mas deve ser suficiente para demonstrar a conformidade com o pará
grafo 9.b)ii). Esta documentação não é obrigatória para cada item
individual, mas pode ser feita numa base de carteira. Por exemplo,
se o sistema de gestão do desempenho de um departamento — tal
como aprovado pelo pessoal-chave da gerência da entidade — de
monstrar claramente que o seu desempenho é avaliado numa base
de retorno total, não é necessário apresentar mais documentação
para demonstrar a conformidade com o parágrafo 9.b)ii).
▼M8
AG8 Se uma entidade revê as suas estimativas de pagamentos ou recebi
mentos, a entidade deve ajustar a quantia escriturada do activo finan
ceiro ou do passivo financeiro (ou grupo de instrumentos financeiros)
para reflectir os fluxos de caixa estimados reais e revistos. A entidade
recalcula a quantia escriturada mediante o cálculo do valor presente
dos fluxos de caixa futuros estimados à taxa de juro efectiva inicial do
instrumento financeiro ou, quando aplicável, à taxa de juro efectiva
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 465
▼M8
revista calculada em conformidade com o parágrafo 92. O ajustamento
é reconhecido nos lucros ou prejuízos como um rendimento ou gasto.
Se um activo financeiro for reclassificado em conformidade com os
parágrafos 50B, 50D ou 50E e, posteriormente, em resultado de uma
recuperabilidade acrescida dos fluxos de caixa futuros, a entidade
revir em alta as suas estimativas relativas aos mesmos fluxos, o efeito
dessa revisão em alta deve ser reconhecido como um ajustamento da
taxa de juro efectiva a partir da data da nova estimativa, e não como
um ajustamento da quantia escriturada do activo à data da nova esti
mativa.
▼B
Derivados
AG9 São típicos exemplos de derivados os contratos de futuros e forward,
de swap e de opções. Um derivado tem normalmente uma quantia
nocional, que é uma quantia em moeda, um número de acções, um
número de unidades de peso ou volume ou outras unidades especifi
cadas no contrato. Porém, um instrumento derivado não exige que o
detentor ou subscritor invista ou receba a quantia nocional no início
do contrato. Como alternativa, um derivado pode exigir um paga
mento fixo ou o pagamento de uma quantia que pode mudar (mas
não proporcionalmente com uma alteração no subjacente) como resul
tado de algum acontecimento futuro que não esteja relacionado com
uma quantia nocional. Por exemplo, um contrato pode exigir um
pagamento fixo de 1 000 UM (1) se a LIBOR a seis meses aumentar
em 100 pontos base. Um tal contrato é um derivado ainda que não
seja especificada uma quantia nocional.
▼B
AG12A A definição de derivado refere-se a variáveis não financeiras que não
são específicas de uma parte do contrato. Estas incluem um índice de
perdas por sismo numa determinada região e um índice de tempera
turas numa determinada cidade. As variáveis não financeiras especí
ficas de uma parte do contrato incluem a ocorrência ou não ocorrência
de um incêndio que danifique ou destrua um activo de uma parte do
contrato. Uma alteração no justo valor de um activo não financeiro é
específica do proprietário se o justo valor reflectir não só as alterações
nos preços de mercado desses activos (uma variável financeira), mas
também a condição do activo não financeiro específico detido (uma
variável não financeira). Por exemplo, se uma garantia do valor resi
dual de um carro específico expuser o fiador ao risco de alterações na
condição física do carro, a alteração no valor residual é específica do
proprietário do carro.
Custos de transacção
AG13 Os custos de transacção incluem honorários e comissões pagas a
agentes (incluindo empregados que ajam como agentes de vendas),
consultores, corretores e negociantes; taxas cobradas por agências
reguladoras e bolsas de valores mobiliários, e taxas e impostos de
transferência. Os custos de transacção não incluem prémios ou des
contos de dívida, custos de financiamento ou custos internos adminis
trativos ou de detenção.
▼B
b) a entidade estiver pronta para vender o activo financeiro (excepto
se uma situação surgir que não seja recorrente e que não podia ter
sido razoavelmente prevista pela entidade) em resposta a alterações
nas taxas de juro de mercado ou nos riscos, a necessidades de
liquidez, a alterações na disponibilidade e no rendimento de in
vestimentos alternativos, a alterações nas fontes e condições de
financiamento ou a alterações no risco cambial; ou
AG17 Um instrumento de dívida com uma taxa de juro variável pode satis
fazer os critérios de um investimento detido até à maturidade. Os
instrumentos de capital próprio não podem ser investimentos detidos
até à maturidade ou porque têm uma vida útil indefinida (tal como
acções ordinárias) ou porque as quantias que o detentor pode receber
podem variar de uma maneira que não é predeterminada (tal como no
caso de opções sobre acções, warrants e direitos semelhantes). Com
respeito à definição de investimentos detidos até à maturidade, os
pagamentos fixos ou determináveis e a maturidade fixa significam
que um acordo contratual define as quantias e as datas de pagamento
ao detentor, como os pagamentos de capital e de juros. Um risco
significativo de não pagamento não exclui a classificação de um
activo financeiro como detido até à maturidade desde que os seus
pagamentos contratuais sejam fixos ou determináveis e os outros cri
térios para essa classificação sejam satisfeitos. Se os termos de um
instrumento de dívida perpétuo proporcionam pagamentos de juros
durante um período indefinido, o instrumento não pode ser classifi
cado como detido até à maturidade porque não existe data de matu
ridade.
AG19 Um activo financeiro que seja puttable (i.e., o detentor tem o direito
de exigir que o emitente volte a pagar ou redima o activo financeiro
antes da maturidade) não pode ser classificado como investimento
detido até à maturidade porque o pagamento de uma característica
put num activo financeiro é inconsistente com a expressão de uma
intenção de deter o activo financeiro até à maturidade.
AG20 Para a maioria dos activos financeiros, o justo valor é uma medida
mais apropriada do que o custo amortizado. A classificação de detido
até à maturidade é uma excepção, mas só se a entidade tiver uma
intenção positiva e capacidade para deter o investimento até à matu
ridade. Quando as acções de uma entidade puserem em dúvida a sua
intenção e capacidade para deter tais investimentos até à maturidade, o
parágrafo 9. exclui o uso da excepção durante um período de tempo
razoável.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 468
▼B
AG21 Um cenário de desastre que seja apenas remotamente possível, tal
como uma corrida a um banco ou uma situação semelhante que afecte
uma companhia de seguros, não é algo que seja avaliado por uma
entidade ao decidir se tem ou não intenção positiva e capacidade para
deter um investimento até à maturidade.
AG23 Uma entidade não tem uma capacidade demonstrada para deter até à
maturidade um investimento num activo financeiro com maturidade
fixa se:
▼B
b) estiver sujeita a uma restrição legal ou outra existente que possa
frustrar a sua intenção de deter o activo financeiro até à maturida
de. (Contudo, a opção call de um emitente não frustra necessaria
mente a intenção de uma entidade deter um activo financeiro até à
maturidade — ver parágrafo AG18.)
AG25 Uma entidade avalia a sua intenção e capacidade para deter os seus
investimentos detidos até à maturidade não só quando esses activos
financeiros são inicialmente reconhecidos, mas também ►M5 no fim
de cada período de relato posterior ◄.
▼B
AG30 As características e riscos económicos de um derivado embutido não
estão intimamente relacionados com o contrato de acolhimento [pará
grafo 11.a)] nos exemplos que se seguem. Nestes exemplos, assu
mindo que as condições dos parágrafos 11.b) e c) são satisfeitas,
uma entidade contabiliza o derivado embutido separadamente do con
trato de acolhimento.
▼M22
g) Uma opção call, put ou de pré-pagamento embutida num contrato
de dívida de acolhimento ou num contrato de seguro de acolhi
mento não está intimamente relacionada com o contrato de aco
lhimento a não ser que:
▼M22
ii) o preço de exercício de uma opção de pré-pagamento reem
bolse o mutuante numa quantia até ao valor presente aproxi
mado dos juros perdidos durante o prazo remanescente do con
trato de acolhimento. Os juros perdidos são o produto da quan
tia do capital pré-paga multiplicada pelo diferencial da taxa de
juro. O diferencial da taxa de juro é o excesso da taxa de juro
efectiva do contrato de acolhimento em relação à taxa de juro
efectiva que a entidade receberia na data de pré-pagamento se
tivesse reinvestido a quantia do capital pré-paga num contrato
semelhante durante o prazo remanescente do contrato de aco
lhimento.
▼B
h) Os derivados de crédito que estejam embutidos num instrumento
de dívida de acolhimento e permitam a uma parte (o «beneficiá
rio») transferir o risco de crédito de um activo de referência par
ticular, que pode não possuir, para uma outra parte (o «fiador»)
não estão intimamente relacionados com o instrumento de dívida
de acolhimento. Tais derivados de crédito permitem ao fiador as
sumir o risco de crédito associado ao activo de referência sem o
possuir directamente.
AG32 No caso de um instrumento com opção put que pode ser devolvido
em qualquer momento em troca de dinheiro equivalente a uma parte
proporcional do valor do activo líquido de uma entidade (tal como
unidades de um fundo mútuo aberto ou alguns produtos de investi
mento de ligação a unidades), o efeito de separar um derivado em
butido e de contabilizar cada componente é mensurar o instrumento
combinado pela quantia de remição que seja devida à data da
►M5 demonstração da posição financeira ◄ se o detentor exerceu
o seu direito de devolver o instrumento ao emitente.
▼B
a) Um derivado embutido, no qual o subjacente é uma taxa de juro
ou um índice de taxas de juro que pode alterar a quantia de juros
que de outra forma seria paga ou recebida segundo um contrato de
dívida de acolhimento ou um contrato de seguro que vença juros,
está intimamente relacionado com o contrato de acolhimento, a não
ser que o instrumento combinado possa ser liquidado de tal forma
que o detentor não recupere substancialmente todo o seu investi
mento reconhecido ou que o derivado embutido possa pelo menos
duplicar a taxa de retorno inicial do detentor segundo o contrato de
acolhimento e possa resultar numa taxa de retorno que seja pelo
menos o dobro do que seria o retorno de mercado para um con
trato com os mesmos termos do contrato de acolhimento;
▼B
e) Uma opção de pré-pagamento embutida num strip só de juros ou
só de capital está intimamente relacionada com o contrato de aco
lhimento desde que o contrato de acolhimento i) tenha inicialmente
resultado da separação do direito de receber fluxos de caixa con
tratuais de um instrumento financeiro que, só por si, não continha
um derivado embutido, e que ii) não contenha quaisquer termos
não presentes no contrato de dívida de acolhimento original;
AG33B Tal designação pode ser usada quer o parágrafo 11. exija que os
derivados embutidos sejam separados do contrato de acolhimento
quer proíba tal separação. Porém, o parágrafo 11.A não justificaria
a designação do instrumento híbrido (combinado) pelo justo valor
através dos lucros ou prejuízos nos casos desenvolvidos nos parágra
fos 11.Aa) e b) porque essa designação não reduziria a complexidade
nem aumentaria a fiabilidade.
▼B
de derivados que impedem uma transferência de activos financeiros de
ser contabilizada como venda (ver parágrafo AG49). Se uma trans
ferência de um activo financeiro não se qualificar para desreconheci
mento, aquele que recebe a transferência não reconhece o activo trans
ferido como seu activo (ver parágrafo AG50).
▼B
Desreconhecimento de um activo financeiro (parágrafos 15.-37.)
AG36 O seguinte fluxograma ilustra o método de avaliar se um activo
financeiro está ou não desreconhecido e até que ponto o está.
►(1) M32 HB
▼M32
AG38 Ao aplicar o parágrafo 19, a entidade poderia ser, por exemplo, a
geradora do activo financeiro, ou poderia ser um grupo que inclui
uma subsidiária que tenha adquirido o activo financeiro e transfere
fluxos de caixa para investidores terceiros não relacionados.
▼B
Avaliação da transferência dos riscos e vantagens de propriedade
(parágrafo 20.)
AG39 Exemplos de quando uma entidade transferiu substancialmente todos
os riscos e vantagens de propriedade são:
▼B
necessitar de devolver o activo à entidade. Por exemplo, aquele que
recebe a transferência pode ter capacidade prática para vender um
activo transferido se o activo transferido estiver sujeito a uma opção
que permita à entidade recomprá-lo, mas aquele que recebe a trans
ferência pode obter imediatamente o activo transferido no mercado se
a opção for exercida. Aquele que recebe a transferência não tem
capacidade prática para vender o activo transferido se a entidade
retiver uma tal opção e aquele que recebe a transferência não pode
obter imediatamente o activo transferido no mercado se a entidade
exercer a sua opção.
AG43 Aquele que recebe a transferência tem capacidade prática para vender
o activo transferido só se aquele que recebe a transferência puder
vender o activo transferido na sua totalidade a um terceiro não rela
cionado e for capaz de exercer essa capacidade unilateralmente e sem
impor restrições adicionais à transferência. A questão crítica é saber
aquilo que aquele que recebe a transferência é capaz de fazer na
prática e não quais os direitos contratuais que aquele que recebe a
transferência tem relativamente aquilo que pode fazer com o activo
transferido ou quais as proibições contratuais que existem. Em parti
cular:
▼B
e o strip só de juros a receber são usados para imputar a quantia
escriturada da conta a receber entre a parte do activo que é desreco
nhecida e a parte que continua a ser reconhecida. Se não houver
qualquer comissão de manutenção especificada ou se não se esperar
que a comissão a receber compense adequadamente a entidade pela
manutenção, um passivo pela obrigação de manutenção é reconhecido
pelo justo valor.
▼M33
AG46 Ao mensurar os justos valores da parte que continua a ser reconhecida
e da parte que é desreconhecida para efeitos da aplicação do parágrafo
27, uma entidade aplica os requisitos de mensuração pelo justo valor
definidos pela IFRS 13, para além do parágrafo 28.
▼B
Transferências que não se qualificam para desreconhecimento
AG47 Segue-se uma aplicação do princípio delineado no parágrafo 29. Se
uma garantia proporcionada pela entidade por perdas por incumpri
mento sobre o activo transferido impedir um activo transferido de ser
desreconhecido porque a entidade reteve substancialmente todos os
riscos e vantagens da propriedade do activo transferido, o activo trans
ferido continua a ser reconhecido na sua totalidade e a retribuição
recebida é reconhecida como passivo.
Todos os activos
a) Se uma garantia proporcionada por uma entidade para pagar per
das por incumprimento sobre um activo transferido impedir que o
activo transferido seja desreconhecido até ao ponto do envolvi
mento continuado, o activo transferido à data da transferência é
mensurado pelo menor de i) a quantia escriturada do activo e ii) a
quantia máxima de retribuição recebida pela transferência que a
entidade poderia ser obrigada a reembolsar («a quantia de garan
tia»). O passivo associado é inicialmente mensurado pela quantia
de garantia mais o justo valor da garantia (que corresponde nor
malmente à retribuição recebida pela garantia). Posteriormente, o
justo valor inicial da garantia é reconhecido nos lucros ou prejuí
zos numa base de proporção temporal (ver IAS 18) e o valor
escriturado do activo é reduzido por quaisquer perdas por impari
dade;
▼B
inicial do passivo associado é 95 UM e a diferença entre 95 UM e
100 UM é reconhecida nos lucros ou prejuízos usando o método
do juro efectivo. Se a opção for exercida, qualquer diferença entre
a quantia escriturada do passivo associado e o preço de exercício é
reconhecida nos lucros ou prejuízos;
▼B
mensurado pelo justo valor ao mesmo tempo que compra um call
com um preço de exercício de 120 UM e subscreve um put com
um preço de exercício de 80 UM. Considere-se também que o
justo valor do activo é 100 UM à data da transferência. Os valores
temporais do put e do call são respectivamente 1 UM e 5 UM.
Neste caso, a entidade reconhece um activo de 100 UM (o justo
valor do activo) e um passivo de 96 UM [(100 UM + 1 UM) - 5
UM]. Isto dá um valor do activo líquido de 4 UM, que é o justo
valor das opções detidas e subscritas pela entidade.
Todas as transferências
AG49 Até ao ponto em que uma transferência de um activo financeiro não
se qualifique para desreconhecimento, os direitos ou obrigações con
tratuais daquele que transfere relacionados com a transferência não
são contabilizados separadamente como derivados se o reconheci
mento tanto do derivado como do activo transferido ou do passivo
decorrente da transferência resultar no reconhecimento dos mesmos
direitos ou obrigações duas vezes. Por exemplo, uma opção call retida
por aquele que transfere pode impedir que a transferência de activos
financeiros seja contabilizada como venda. Nesse caso, a opção call
não é reconhecida separadamente como activo derivado.
Exemplos
AG51 Os exemplos que se seguem ilustram a aplicação dos princípios de
desreconhecimento desta Norma.
▼B
b) Acordos de recompra e empréstimo de títulos — activos que são
substancialmente os mesmos. Se um activo financeiro for vendido
segundo um acordo de recomprar o mesmo ou substancialmente o
mesmo activo a um preço fixo ou ao preço de venda mais o
retorno do mutuante ou se um activo financeiro for tomado ou
dado como empréstimo segundo um acordo de devolução do
mesmo ou substancialmente o mesmo activo àquele que transfere,
ele não é desreconhecido porque aquele que transfere retém subs
tancialmente todos os riscos e vantagens da propriedade;
▼B
h) Activos prontamente obteníveis sujeitos a uma opção «call» que
nem está profundamente «in the money» nem profundamente «out
of the Money». Se uma entidade detiver uma opção call sobre um
activo que pode ser prontamente obtido no mercado e a opção não
estiver nem profundamente in the money nem profundamente out
of the money, o activo é desreconhecido. Isto deve-se ao facto de
a entidade i) não ter retido nem transferido substancialmente todos
os riscos e vantagens da propriedade, e ii) não ter retido o con
trolo. Contudo, se o activo não puder ser prontamente obtido no
mercado, o desreconhecimento é excluído até ao ponto da quantia
do activo que está sujeita à opção call porque a entidade reteve o
controlo do activo;
▼B
l) Eliminação da «accounts provision». Uma eliminação da accounts
provision é uma opção (call) de recompra incondicional que con
fere a uma entidade o direito de reclamar activos transferidos
sujeito a algumas restrições. Desde que essa opção resulte em
que a entidade não retenha nem transfira substancialmente todos
os riscos e vantagens da propriedade, ela exclui o desreconheci
mento apenas até ao ponto da quantia sujeita a recompra (assu
mindo que aquele que recebe a transferência não pode vender os
activos). Por exemplo, se a quantia escriturada e os proventos da
transferência de activos de empréstimo for 100 000 UM e qual
quer empréstimo individual puder ser recebido de volta, mas a
quantia agregada de empréstimos que poderia ser recomprada não
podia exceder 10 000 UM, 90 000 UM dos empréstimos
qualificar-se-iam para desreconhecimento;
m) «Clean-up calls». Uma entidade, que pode ser aquele que trans
fere, que mantenha activos transferidos pode deter uma clean-up
call para comprar o remanescente dos activos transferidos quando
a quantia dos activos em circulação cai dentro de um nível espe
cificado no qual o custo da manutenção desses activos se torna
oneroso em relação com os benefícios da manutenção. Desde que
uma tal clean-up call resulte em que a entidade não retenha nem
transfira substancialmente todos os riscos e vantagens da proprie
dade e que aquele que recebe a transferência não possa vender os
activos, ela só exclui o desreconhecimento até ao ponto da quantia
dos activos que esteja sujeita à opção call;
▼B
transferido desde que os pagamentos sobre o swap não estejam
condicionados por pagamentos a serem feitos sobre o activo trans
ferido;
▼B
▼M33
A entidade calcula os ganhos ou perdas da venda da parte de
90 % dos fluxos de caixa. Assumindo que não estão disponíveis
na data da transferência justos valores distintos para a parte de
90 % transferida e para a parte de 10 % retida, a entidade imputa
a quantia escriturada do activo em conformidade com o parágrafo
28 do seguinte modo:
Quantia
Percenta
Justo valor escriturada
gem
imputada
90 %
Parte transferida 9,090 9,000
Parte retida 1,010 10 % 1,000
▼B
A entidade calcula o seu ganho ou perda com a venda da parte de
90 % dos fluxos de caixa deduzindo a quantia escriturada impu
tada da parte transferida na retribuição recebida, i.e., 90 UM
(9 090 UM - 9 000 UM). A quantia escriturada da parte retida
pela entidade é 1 000 UM.
Débito Crédito
▼B
Débito Crédito
Lucros ou prejuízos
(ganho com a
transferência) — 90
Passivo — 1 065
▼B
AG55 A data de negociação é a data em que uma entidade se compromete a
comprar ou vender um activo. A contabilização pela data de negocia
ção refere-se a) ao reconhecimento de um activo a ser recebido e do
passivo a ser pago por ele na data de negociação, e b) ao desreco
nhecimento de um activo que seja vendido, ao reconhecimento de
qualquer ganho ou perda no momento da alienação e ao reconheci
mento de uma conta a receber do comprador pelo pagamento à data
de negociação. De uma forma geral, o juro só começa a acrescer sobre
o activo e correspondente passivo após a data de liquidação quando se
transmitir o título.
▼B
AG61 Embora a libertação legal, quer judicialmente quer pelo credor, resulte
no desreconhecimento de um passivo, a entidade pode reconhecer um
novo passivo se os critérios de desreconhecimento dos parágrafos
15.-37. não forem satisfeitos quanto aos activos financeiros transferi
dos. Se esses critérios não forem satisfeitos, os activos transferidos
não são desreconhecidos, e a entidade reconhece um novo passivo
relacionado com os activos transferidos.
▼B
AG65 Se uma entidade originar um empréstimo com uma taxa de juro
diferente da taxa do mercado (por exemplo, 5 % quando a taxa do
mercado para empréstimos semelhantes é 8 %), e receber uma comis
são à cabeça como retribuição, a entidade reconhece o empréstimo
pelo seu justo valor, i.e., líquido da comissão que recebe. A entidade
acresce o desconto aos lucros ou prejuízos usando o método da taxa
de juro efectiva.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 489
▼B
Mensuração posterior de activos financeiros (parágrafos 45. e 46.)
AG66 Se um instrumento financeiro que foi previamente reconhecido como
activo financeiro for mensurado pelo justo valor e o seu justo valor
cair abaixo de zero, é um passivo financeiro mensurado de acordo
com o parágrafo 47.
▼M33
__________
▼B
Sem mercado activo: técnica de valorização
▼M33
__________
▼M33
AG76A A mensuração subsequente do activo financeiro ou passivo financeiro
e o reconhecimento subsequente dos ganhos e perdas devem ser coe
rentes com os requisitos desta Norma.
__________
▼B
Sem mercado activo: instrumentos de capital próprio
▼M33
AG80 O justo valor dos investimentos em instrumentos de capital próprio
sem um preço cotado num mercado activo para um instrumento idên
tico (ou seja, um dado de nível 1) e derivados ligados a tais ins
trumentos de capital próprio que devam ser liquidados pela entrega
dos mesmos (ver parágrafos 46(c) e 47) é mensurável fiavelmente se:
(a) a variabilidade no intervalo de mensurações razoáveis pelo justo
valor não for significativa para esse instrumento; ou (b) as probabili
dades das várias estimativas dentro do intervalo puderem ser razoa
velmente avaliadas e usadas na mensuração pelo justo valor.
__________
▼B
Ganhos e perdas (parágrafos 55.-57.)
AG83 Uma entidade aplica a IAS 21 a activos financeiros e passivos finan
ceiros que sejam itens monetários de acordo com a IAS 21 e estejam
denominados numa moeda estrangeira. De acordo com a IAS 21,
qualquer ganho e perda em moeda estrangeira relativo a activos mo
netários e passivos monetários é reconhecido nos lucros ou prejuízos.
Uma excepção é um item monetário que é designado como instru
mento de cobertura ou numa cobertura de fluxo de caixa (ver pará
grafos 95.-101.) ou numa cobertura de um investimento líquido (ver
parágrafo 102.). Para a finalidade de reconhecer ganhos e perdas em
moeda estrangeira de acordo com a IAS 21, um activo financeiro
monetário disponível para venda é tratado como se fosse escriturado
pelo custo amortizado na moeda estrangeira. Em conformidade, para
um tal activo financeiro, as diferenças de câmbio resultantes de alte
rações no custo amortizado são reconhecidas nos lucros ou prejuízos e
outras alterações na quantia escriturada são reconhecidas de acordo
com o parágrafo 55.b). Relativamente aos activos financeiros dispo
níveis para venda que não sejam itens monetários de acordo com a
IAS 21 (por exemplo, instrumentos de capital próprio), o ganho ou
perda que é ►M5 reconhecido(a)(s) em outro rendimento integral ◄
de acordo com o parágrafo 55.b) inclui qualquer componente em
moeda estrangeira relacionado. Se houver um relacionamento de
cobertura entre um activo monetário não derivado e um passivo mo
netário não derivado, as alterações no componente em moeda estran
geira desses instrumentos financeiros são reconhecidas nos lucros ou
prejuízos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 491
▼B
Imparidade e incobrabilidade de activos financeiros (parágrafos
58.-70.)
(1) A IAS 37, no parágrafo 39, contém orientação sobre como determinar a melhor estima
tiva num intervalo de possíveis desfechos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 492
▼B
AG88 As perdas por imparidade reconhecidas numa base de grupo represen
tam um passo intercalar dependente da identificação de perdas por
imparidade em activos individuais do grupo de activos financeiros que
são colectivamente avaliados quanto à imparidade. Assim que houver
informação que identifique especificamente perdas em activos de um
grupo que estejam individualmente com imparidade, esses activos são
removidos do grupo.
▼B
Rendimento de juros após reconhecimento da imparidade
AG93 Uma vez que um activo financeiro ou um grupo de activos financeiros
semelhantes tenha sido reduzido como resultado de uma perda por
imparidade, o rendimento de juros é daí em diante reconhecido
usando a taxa de juro usada para descontar os fluxos de caixa futuros
para a finalidade de mensurar a perda por imparidade.
▼M33
AG96 Um investimento num instrumento de capital próprio sem um preço
cotado num mercado activo para um instrumento idêntico (ou seja, um
dado de nível 1) não é escriturado pelo justo valor porque o seu justo
valor não pode ser mensurado fiavelmente ou um derivado ligado a tal
instrumento de capital próprio e que deve ser liquidado pela entrega
do mesmo (ver parágrafos 46(c) e 47) não pode ser designado como
instrumento de cobertura.
▼B
AG97 Os instrumentos de capital próprio da própria entidade não são activos
financeiros nem passivos financeiros da entidade e portanto não po
dem ser designados como instrumentos de cobertura.
▼B
AG99 Um investimento pelo método da equivalência patrimonial não pode
ser um item coberto numa cobertura de justo valor porque o método
da equivalência patrimonial reconhece nos lucros ou prejuízos a parte
do investidor nos lucros ou prejuízos da associada, em vez de altera
ções no justo valor do investimento. Por uma razão semelhante, um
investimento numa subsidiária consolidada não pode ser um item
coberto numa cobertura de justo valor porque a consolidação reco
nhece nos lucros ou prejuízos os lucros ou prejuízos da subsidiária,
em vez de alterações no justo valor do investimento. Uma cobertura
de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira é
diferente porque é uma cobertura da exposição a moeda estrangeira e
não uma cobertura de justo valor da alteração no valor do investi
mento.
▼M5
AG99B Se uma cobertura de uma transacção intragrupo prevista se qualificar
para contabilidade de cobertura, qualquer ganho ou perda reconhecido
em outro rendimento integral de acordo com o parágrafo 95(a) deve
ser reclassificado do capital próprio para os lucros ou prejuízos como
ajustamento de reclassificação no mesmo período ou períodos durante
os quais o risco cambial da transacção coberta afecta os lucros ou
prejuízos consolidados.
▼M15
AG99BA Uma entidade pode designar todas as alterações nos fluxos de caixa
ou justo valor de um item coberto num relacionamento de cobertura.
Uma entidade também pode designar apenas alterações nos fluxos de
caixa ou justo valor de um item coberto acima ou abaixo de um preço
especificado ou de outra variável (um risco unilateral). O valor in
trínseco de um instrumento de cobertura de opção comprada (presu
mindo que tem os mesmos principais termos que o risco designado),
mas não o seu valor temporal, reflecte um risco unilateral num item
coberto. Por exemplo, uma entidade pode designar a variabilidade de
futuros desfechos de fluxos de caixa resultante de um aumento de
preço de uma compra de mercadoria prevista. Neste tipo de situação,
apenas são designadas as perdas de fluxos de caixa resultantes de um
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 495
▼M15
aumento de preço acima do nível especificado. O risco coberto não
inclui o valor temporal de uma opção comprada porque o valor tem
poral não é um componente da transacção prevista que afecte os
lucros ou prejuízos [parágrafo 86(b)].
▼B
Designação de itens financeiros como itens cobertos (parágrafos 81.
e 81.A)
AG99C […] A entidade pode designar todos os fluxos de caixa da totalidade
do activo financeiro ou passivo financeiro como o item coberto e
cobri-los apenas em relação a um único risco particular (por exemplo,
apenas em relação a alterações que sejam atribuíveis a alterações na
taxa LIBOR). Por exemplo, no caso de um passivo financeiro cuja
taxa de juro efectiva seja 100 pontos base abaixo da taxa LIBOR, uma
entidade pode designar como o item coberto a totalidade do passivo
(i.e., o capital mais o juro à taxa LIBOR menos 100 pontos base) e
cobrir a alteração no justo valor ou nos fluxos de caixa da totalidade
do passivo que seja atribuível a alterações na taxa LIBOR. A entidade
também pode escolher um rácio de cobertura diferente de um para um
por forma a melhorar a eficácia da cobertura tal como descrito no
parágrafo AG100.
▼M15
AG99E O parágrafo 81 permite a uma entidade designar algo que não seja a
totalidade da alteração no justo valor ou da variabilidade nos fluxos
de caixa de um instrumento financeiro. Por exemplo:
▼M15
a) para um instrumento financeiro de taxa fixa coberto para alterações
no justo valor atribuíveis a alterações numa taxa de juro sem risco
ou de referência, a taxa sem risco ou de referência é normalmente
encarada como um componente separadamente identificável de um
instrumento financeiro e como fiavelmente mensurável.
▼B
Designação de itens não financeiros como itens cobertos (parágrafo 82.)
AG100 As alterações no preço de um ingrediente ou de um componente de
um activo não financeiro ou de um passivo não financeiro não têm, de
uma forma geral, um efeito previsível e separadamente mensurável no
preço do item que seja comparável ao efeito de, por exemplo, uma
alteração nas taxas de juro do mercado ou no preço de uma obrigação.
Assim, um activo não financeiro ou um passivo não financeiro só é
um item coberto na sua totalidade ou para risco cambial. Se existir
uma diferença entre os termos do instrumento de cobertura e o item
coberto (tal como na cobertura da previsão de compra de café do
Brasil usando um contrato forward para comprar café da Colômbia
em termos de outro modo semelhantes), o relacionamento de cober
tura pode, não obstante, qualificar-se como relacionamento de cober
tura desde que todas as condições do parágrafo 88. sejam satisfeitas,
incluindo que se espera que a cobertura seja altamente eficaz. Para
esta finalidade, a quantia do instrumento de cobertura pode ser supe
rior ou inferior à do item coberto se isto melhorar a eficácia do
relacionamento de cobertura. Por exemplo, pode ser efectuada uma
análise de regressão para estabelecer um relacionamento estatístico
entre o item coberto (por exemplo, uma transacção em café do Brasil)
e o instrumento de cobertura (por exemplo, uma transacção em café
da Colômbia). Se existir um relacionamento estatístico válido entre as
duas variáveis (i.e., entre os preços unitários do café brasileiro e do
café colombiano), pode ser usado o declive da linha de regressão para
estabelecer o rácio de cobertura que irá maximizar a eficácia esperada.
Por exemplo, se o declive da linha de regressão corresponder a 1,02,
um rácio de cobertura baseado em 0,98 unidades de itens cobertos
para 1,00 unidades do instrumento de cobertura maximiza a eficácia
esperada. Contudo, o relacionamento de cobertura pode resultar em
ineficácia que é reconhecida nos lucros ou prejuízos durante o prazo
do relacionamento de cobertura.
▼B
justo valor, ou se forem instrumentos de taxa variável, caso em que é
uma cobertura de fluxo de caixa. De forma semelhante, se uma enti
dade tiver um compromisso firme para efectuar uma compra numa
moeda estrangeira de 100 UM e um compromisso firme para efectuar
uma venda na moeda estrangeira de 90 UM, ela pode cobrir a quantia
líquida de 10 UM adquirindo um derivado e designando-o como um
instrumento de cobertura associado a 10 UM do compromisso firme
de compra de 100 UM.
▼B
AG107 Esta Norma não especifica um método único para avaliar a eficácia de
cobertura. O método que uma entidade adoptar para avaliar a eficácia
da cobertura depende da sua estratégia de gestão do risco. Por exem
plo, se a estratégia de gestão do risco da entidade for a de ajustar a
quantia do instrumento de cobertura periodicamente para reflectir as
alterações na posição coberta, a entidade precisa de demonstrar que só
se espera que a cobertura seja altamente eficaz durante o período até
que a quantia do instrumento de cobertura seja novamente ajustada.
Nalguns casos, uma entidade adopta métodos diferentes para tipos
diferentes de cobertura. A documentação da entidade da sua estratégia
de cobertura inclui os seus procedimentos para avaliar a eficácia.
Esses procedimentos dispõem sobre se a avaliação inclui todo o ganho
ou perda num instrumento de cobertura ou se o valor temporal do
instrumento é ou não excluído.
AG107A […].
▼M15
AG110A O parágrafo 74(a) permite a uma entidade separar o valor intrínseco e
o valor temporal de um contrato de opção e designar como instru
mento de cobertura apenas a alteração no valor intrínseco do contrato
de opção. Este tipo de designação pode resultar num relacionamento
de cobertura que seja perfeitamente eficaz em alcançar alterações de
compensação nos fluxos de caixa atribuíveis a um risco unilateral
coberto de uma transacção prevista, se os principais termos da tran
sacção prevista e do instrumento de cobertura forem os mesmos.
▼B
AG111 No caso de risco de taxa de juro, a eficácia da cobertura pode ser
avaliada preparando um quadro de maturidades para activos financei
ros e passivos financeiros que mostre a exposição à taxa de juro
líquida para cada período de tempo, desde que a exposição líquida
esteja associada a um activo ou passivo específico (ou um grupo
específico de activos ou passivos ou uma parte específica dos mes
mos) dando origem à exposição líquida, e a eficácia da cobertura seja
avaliada face a esse activo ou passivo.
▼B
b) A entidade analisa a carteira em períodos de tempo de reapreça
mento com base nas datas de reapreçamento esperadas, em vez de
contratuais. A análise em períodos de tempo de reapreçamento
pode ser efectuada de várias formas, incluindo a calendarização
de fluxos de caixa nos períodos em que se espera que ocorram,
ou a calendarização de quantias nocionais de capital em todos os
períodos até que se espera que o reapreçamento ocorra;
▼B
AG117 Ao aplicar o parágrafo AG114.b), a entidade determina a data de
reapreçamento esperada de um item como a mais antiga das datas
em que se espera que o item atinja a maturidade ou o reapreçamento
de acordo com as taxas de mercado. As datas de reapreçamento
esperadas são estimadas no início da cobertura e durante o prazo da
cobertura, com base na experiência histórica e noutras informações
disponíveis, incluindo informações e expectativas relativas a taxas de
pré-pagamento, taxas de juro e à interacção entre ambas. As entidades
que não tenham experiência específica da entidade ou suficiente ex
periência usam a experiência de grupos de pares para instrumentos
financeiros comparáveis. Estas estimativas são revistas periodicamente
e actualizadas à luz da experiência. No caso de um item de taxa fixa
que seja pré-pagável, a data de reapreçamento esperada é a data em
que se espera que o item seja pré-pago a menos que seja reapreçado
de acordo com as taxas de mercado numa data anterior. Para um
grupo de itens semelhantes, a análise em períodos de tempo com
base nas datas de reapreçamento esperadas pode tomar a forma de
imputação de uma percentagem do grupo, em vez de itens individuais,
para cada período de tempo. Uma entidade pode aplicar outras meto
dologias para essas finalidades de imputação. Por exemplo, pode usar
um multiplicador da taxa de pré-pagamento para imputar empréstimos
amortizáveis a períodos de tempo baseados em datas de reapreça
mento esperadas. Contudo, a metodologia para uma tal imputação
deve estar de acordo com os procedimentos e objectivos de gestão
do risco da entidade.
(1) A Norma permite que uma entidade designe qualquer quantia dos activos ou passivos
disponíveis que se qualificam, i.e., neste exemplo, qualquer quantia de activos entre 0
UM e 100 UM.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 502
▼B
c) o número e a duração dos períodos de tempo de reapreçamento;
▼B
AG123 O parágrafo 89.A exige que, se o item coberto para um período de
tempo de reapreçamento particular for um activo, a alteração no seu
valor seja apresentada numa linha de item separada dentro dos acti
vos. Inversamente, se o item coberto para um período de tempo de
reapreçamento particular for um passivo, a alteração no seu valor é
apresentada numa linha de item separada dentro dos passivos. Estas
são as linhas de itens separadas mencionadas no parágrafo AG114.g).
Não é exigida a imputação específica a activos (ou passivos) indivi
duais.
a) […];
▼B
AG127 Ao mensurar a eficácia, a entidade destingue as revisões das datas de
reapreçamento estimadas de activos (ou passivos) existentes da origi
nação de novos activos (ou passivos), sendo que apenas a primeira
resulta em ineficácia […]. Uma vez reconhecida a ineficácia conforme
descrito acima, a entidade estabelece uma nova estimativa do total dos
activos (ou passivos) em cada período de tempo de reapreçamento,
incluindo novos activos (ou passivos) que tenham sido originados
desde a última vez que testou a eficácia, e designa uma nova quantia
como o item coberto e uma nova percentagem como a percentagem
coberta[…].
AG130 […].
AG132 Uma entidade pode pretender aplicar a abordagem definida nos pará
grafos AG114-AG131 a uma cobertura de carteira que tenha sido
anteriormente contabilizada como cobertura de fluxo de caixa de
acordo com a IAS 39. Tal entidade deve revogar a designação anterior
de uma cobertura de fluxo de caixa de acordo com o parágrafo 101.d),
e aplicar os requisitos definidos nesse parágrafo. Deve também rede
signar a cobertura como uma cobertura de justo valor e aplicar a
abordagem definida nos parágrafos AG114-AG131 prospectivamente
a períodos contabilísticos posteriores.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 505
▼B
TRANSIÇÃO (parágrafos 103.-108.b.)
AG133 Uma entidade pode ter designado uma transacção intragrupo prevista
como um item coberto no início de um período anual que comece em
ou após 1 de Janeiro de 2005 (ou, para efeitos de reformulação da
informação comparativa, no início de um período comparativo ante
rior) numa cobertura que se qualificaria para efeitos de contabilidade
de cobertura em conformidade com a presente Norma (tal como
emendada pela última frase do parágrafo 80.). Essa entidade pode
utilizar essa designação para aplicar a contabilidade de cobertura às
demonstrações financeiras consolidadas a partir do início do período
anual que comece em ou após 1 de Janeiro de 2005 (ou do início do
período comparativo anterior). Essa entidade também deve aplicar os
parágrafos AG99A e AG99B a partir do início do período anual que
comece em ou após 1 de Janeiro de 2005. Porém, em conformidade
com o parágrafo 108B, não tem de aplicar o parágrafo AG99B à
informação comparativa de períodos anteriores.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 506
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 40
Propriedades de Investimento
OBJECTIVO
1. O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico
de propriedades de investimento e respectivos requisitos de divulgação.
ÂMBITO
2. Esta Norma deve ser aplicada no reconhecimento, mensuração e di
vulgação de propriedades de investimento.
DEFINIÇÕES
5. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou
pago pela transferência de um passivo numa transacção ordenada
entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 507
▼B
Propriedade de investimento é a propriedade (terreno ou um edifício
— ou parte de um edifício — ou ambos) detida (pelo proprietário ou
pelo locatário numa locação financeira) para obter rendas ou para
valorização do capital ou para ambas, e não para:
▼M8
e) propriedade que esteja a ser construída ou desenvolvida para futuro
uso como propriedade de investimento.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 508
▼B
9. Seguem-se exemplos de itens que não são propriedades de investi
mento, estando, por isso, fora do âmbito desta Norma:
▼M8
__________
▼B
e) propriedade que seja locada a outra entidade segundo uma locação
financeira.
13. Pode ser difícil determinar se os serviços de apoio são ou não tão
significativos que uma propriedade não se qualifique como proprie
dade de investimento. Por exemplo, o proprietário de um hotel por
vezes transfere algumas responsabilidades a terceiros segundo um
contrato de gestão. Os termos de tais contratos variam grandemente.
Num extremo do espectro, a posição do proprietário pode, em subs
tância, ser a de um investidor passivo. No outro extremo do espectro,
o proprietário pode simplesmente ter procurado fora funções do dia a
dia embora ficando com significativa exposição a riscos de variações
nos fluxos de caixa gerados pelas operações do hotel.
▼B
15. Em alguns casos, uma entidade possui propriedade que está locada e
ocupada pela sua empresa-mãe ou por uma outra subsidiária. A pro
priedade não se qualifica como propriedade de investimento nas de
monstrações financeiras consolidadas, porque a propriedade está ocu
pada pelo proprietário da perspectiva do grupo. Porém, da perspectiva
da entidade que a possui, tal propriedade é propriedade de investi
mento se satisfizer a definição do parágrafo 5. Por isso, o locador trata
a propriedade como propriedade de investimento nas suas demons
trações financeiras individuais.
RECONHECIMENTO
16. A propriedade de investimento deve ser reconhecida como um activo
quando, e apenas quando:
MENSURAÇÃO NO RECONHECIMENTO
20. Uma propriedade de investimento deve ser mensurada inicialmente
pelo seu custo. Os custos de transacção devem ser incluídos na men
suração inicial.
▼M8
__________
▼B
23. O custo de uma propriedade de investimento não é aumentado por:
▼B
b) perdas operacionais incorridas antes de a propriedade de investi
mento ter atingido o nível de ocupação previsto; ou
26. Qualquer prémio pago por uma locação é tratado como parte dos
pagamentos mínimos da locação para esta finalidade, e é portanto
incluído no custo do activo, mas excluído do passivo. Se um interesse
de propriedade detido segundo uma locação for classificado como
propriedade de investimento, o item contabilizado pelo justo valor é
esse interesse e não a propriedade subjacente. ►M33 A orientação
para a determinação do justo valor de um interesse de propriedade
está desenvolvida para o modelo do justo valor nos parágrafos 33-52 e
na IFRS 13. Essa orientação também é relevante para a mensuração
do justo valor quando esse valor é usado como custo para fins de
reconhecimento inicial. ◄
▼M33
29. O justo valor de um activo é mensurável fiavelmente se: (a) a varia
bilidade no intervalo de mensurações razoáveis pelo justo valor não é
significativa para esse activo; ou (b) as probabilidades das várias
estimativas no intervalo podem ser razoavelmente avaliadas e utiliza
das ao mensurar pelo justo valor. Se a entidade for capaz de mensurar
fiavelmente o justo valor do activo recebido ou do activo cedido, o
justo valor do activo cedido é utilizado para mensurar o custo, a
menos que o justo valor do activo recebido seja mais claramente
evidente.
▼B
MENSURAÇÃO APÓS RECONHECIMENTO
Políticas contabilísticas
30. Com as excepções indicadas nos parágrafos 32.A. e 34., uma entidade
deve escolher como sua política contabilística ou o modelo do justo
valor nos parágrafos 33.-55. ou o modelo do custo no parágrafo 56. e
deve aplicar essa política a todas as suas propriedades de investimento.
▼M8
31. A IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Conta
bilísticas e Erros indica que uma alteração voluntária da política
contabilística deve ser feita apenas se a alteração resultar em demons
trações financeiras que facultem informação fiável e mais relevante
sobre os efeitos de transacções, outros eventos ou condições sobre a
posição financeira, desempenho financeiro ou fluxo de caixa da enti
dade. É altamente improvável que uma alteração do modelo do justo
valor para o modelo do custo venha a resultar numa apresentação
mais relevante.
▼M33
32. Esta Norma exige que todas as entidades mensurem o justo valor das
propriedades de investimento para efeitos de mensuração (se a enti
dade usar o modelo do justo valor) ou de divulgação (se usar o
modelo do custo). Incentiva-se uma entidade, mas não se lhe exige,
a mensurar pelo justo valor a propriedade de investimento com base
numa avaliação efectuada por um avaliador independente com uma
qualificação profissional reconhecida e relevante e com experiência
recente na localização e na categoria da propriedade de investimento
a avaliar.
▼B
32.A. Uma entidade pode:
▼B
32.C. Se uma entidade escolher diferentes modelos para as duas categorias
descritas no parágrafo 32.A., as vendas de propriedades de investi
mento entre conjuntos de activos mensurados usando modelos dife
rentes devem ser reconhecidas pelo justo valor e a alteração cumula
tiva no justo valor deve ser reconhecida nos lucros ou prejuízos. Em
conformidade, se a propriedade de investimento for vendida de um
conjunto em que se usa o modelo do justo valor para um conjunto em
que se usa o modelo do custo, o justo valor da propriedade à data da
venda torna-se o seu custo considerado.
▼M33
__________
▼B
41. O parágrafo 25. especifica a base do reconhecimento inicial do custo
de um interesse numa propriedade locada. O parágrafo 33. exige que
o interesse numa propriedade locada seja remensurado, se necessário,
pelo justo valor. Numa locação negociada às taxas de mercado, o
justo valor de um interesse numa propriedade locada na aquisição,
líquido de todos os pagamentos de locação esperados (incluindo os
relativos a passivos reconhecidos), deve ser zero. Este justo valor não
se altera independentemente, para fins contabilísticos, de um activo e
passivo locados serem reconhecidos pelo justo valor ou pelo valor
presente dos pagamentos mínimos da locação, de acordo com o pará
grafo 20. da IAS 17. Assim, remensurar um activo locado para o
custo de acordo com o parágrafo 25. para o justo valor de acordo
com o parágrafo 33. não deveria resultar em qualquer ganho ou perda
inicial, a não ser que o justo valor seja mensurado em momentos
diferentes. Isto pode ocorrer quando for feita uma escolha para aplicar
o modelo do justo valor após o reconhecimento inicial.
▼M33
__________
▼M33
__________
▼M8
50. Ao determinar a quantia escriturada da propriedade de investimento
segundo o modelo do justo valor, uma entidade não conta duplamente
activos ou passivos que estejam reconhecidos como activos ou passi
vos separados. Por exemplo:
▼B
a) equipamento, tal como elevadores ou ar condicionado, é muitas
vezes uma parte integrante de um edifício e está geralmente in
cluído no justo valor da propriedade de investimento, não sendo
reconhecido separadamente como activos fixos tangíveis;
▼M8
d) o justo valor da propriedade de investimento detida ao abrigo de
uma locação reflecte os fluxos de caixa esperados (incluindo a
renda contingente que se espera que se torne pagável). Em con
formidade, se uma valorização obtida para uma propriedade for
líquida de todos os pagamentos que se espera que sejam feitos,
será necessário voltar a adicionar qualquer passivo de locação
reconhecido, para atingir a quantia escriturada da propriedade de
investimento segundo o modelo do justo valor.
▼M33
__________
▼B
52. Em alguns casos, uma entidade espera que o valor presente dos seus
pagamentos relacionados com uma propriedade de investimento (que
não sejam pagamentos relacionados com passivos reconhecidos) ex
cederá o valor presente dos respectivos recebimentos de caixa. Uma
entidade aplica a IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos
Contingentes para determinar se reconhece um passivo e, nesse caso,
como mensurá-lo.
▼M33
Incapacidade de mensurar fiavelmente o justo valor
53. Há uma presunção refutável de que uma entidade pode mensurar
fiavelmente o justo valor de uma propriedade de investimento
numa base continuada. Contudo, em casos excepcionais, há uma
evidência clara quando uma entidade adquire pela primeira vez
uma propriedade de investimento (ou quando uma propriedade
existente se torna pela primeira vez propriedade de investimento
na sequência de uma alteração de uso) de que o valor justo da
propriedade de investimento não é fiavelmente mensurável numa
base continuada. Isto ocorre quando, e apenas quando, o mercado
de propriedades comparáveis se encontra inactivo (ou seja, são
poucas as transacções recentes, as cotações de preços não estão
actualizadas ou os preços de transacção observados indicam que o
vendedor foi forçado a vender) e não estão disponíveis mensura
ções alternativas fiáveis do justo valor (por exemplo, com base em
projecções de fluxos de caixa descontados). Se uma entidade de
terminar que o justo valor de uma propriedade de investimento
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 514
▼M33
em construção não é fiavelmente mensurável, mas esperar que o
justo valor da propriedade seja fiavelmente mensurável quando a
construção estiver concluída, deve mensurar essa propriedade de
investimento em construção pelo custo até o seu justo valor se
tornar fiavelmente mensurável ou até à conclusão da construção
(aplicando-se o que ocorrer primeiro). Se uma entidade determi
nar que o justo valor de uma propriedade de investimento (com
excepção de uma propriedade de investimento em construção) não
é fiavelmente mensurável numa base continuada, a entidade deve
mensurar essa propriedade de investimento utilizando o modelo
do custo previsto na IAS 16. O valor residual da propriedade de
investimento deve ser presumido como sendo zero. A entidade
deve aplicar a IAS 16 até à alienação da propriedade de investi
mento.
▼M8
53.A. Quando uma entidade pode mensurar de forma fiável o justo valor de
uma propriedade de investimento em construção que foi previamente
mensurada pelo custo, deve mensurar essa propriedade pelo seu justo
valor. Uma vez concluída a construção dessa propriedade, presume-se
que o justo valor pode ser mensurado de forma fiável. Se não for esse
o caso, em conformidade com o parágrafo 53, a propriedade deve ser
contabilizada utilizando o modelo do custo em conformidade com
a IAS 16.
54. Nos casos excepcionais em que uma entidade é obrigada, pela razão
referida no parágrafo 53, a mensurar uma propriedade de investimento
utilizando o modelo do custo em conformidade com a IAS 16, afere
pelo justo valor todas as suas outras propriedades de investimento,
incluindo as propriedade de investimento em construção. Nestes ca
sos, embora uma entidade possa usar o modelo do custo para uma
propriedade de investimento, a entidade deve continuar a contabilizar
cada uma das propriedades restantes usando o modelo do justo valor.
▼B
55. Se uma entidade tiver previamente mensurado uma propriedade de
investimento pelo justo valor, ela deve continuar a mensurar a pro
priedade pelo justo valor até à alienação (ou até que a propriedade se
torne propriedade ocupada pelo proprietário ou a entidade comece a
desenvolver a propriedade para subsequente venda no curso ordinário
do negócio) mesmo que transacções de mercado comparáveis se tor
nem menos frequentes ou que os preços do mercado se tornem menos
prontamente disponíveis.
Modelo do custo
56. Após o reconhecimento inicial, uma entidade que escolha o modelo
do custo deve mensurar todas as suas propriedades de investimento
de acordo com os requisitos da IAS 16 para esse modelo, excepto
aquelas que satisfaçam os critérios de classificação como detidas
para venda (ou que estejam incluídas num grupo para alienação
que esteja classificado como detido para venda), de acordo com a
IFRS 5 Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Ope
racionais Descontinuadas. As propriedades de investimento que sa
tisfaçam os critérios de classificação como detidas para venda (ou que
estejam incluídas num grupo para alienação que esteja classificado
como detido para venda) devem ser mensuradas de acordo com
a IFRS 5.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 515
▼B
TRANSFERÊNCIAS
▼M8
57. As transferências para, ou de, propriedades de investimento devem ser
feitas quando, e apenas quando, houver uma alteração de uso, eviden
ciada pelo seguinte:
▼B
a) começo de ocupação pelo proprietário, para uma transferência de
propriedade de investimento para propriedade ocupada pelo pro
prietário;
▼M8
c) fim de ocupação pelo proprietário, com vista a uma transferência
da propriedade ocupada pelo proprietário para propriedade de in
vestimento; ou
__________
▼B
58. O parágrafo 57.b) exige que uma entidade transfira uma propriedade
de propriedade de investimento para inventários quando, e apenas
quando, houver uma alteração no uso, evidenciada pelo começo de
desenvolvimento com vista à venda. Quando uma entidade decidir
alienar uma propriedade de investimento sem desenvolvimento, ela
continua a tratar a propriedade como uma propriedade de investimento
até que seja desreconhecida (eliminada ►M5 da demonstração da
posição financeira ◄) e deixe de a tratar como inventário. De forma
semelhante, se uma entidade começar a desenvolver de novo uma
propriedade de investimento existente para futuro uso continuado
como propriedade de investimento, a propriedade permanece uma
propriedade de investimento não sendo reclassificada como proprie
dade ocupada pelo proprietário durante o novo desenvolvimento.
62. Até à data em que uma propriedade ocupada pelo proprietário se torne
uma propriedade de investimento escriturada pelo justo valor, uma
entidade deprecia a propriedade e reconhece quaisquer perdas por
imparidade que tenham ocorrido. A entidade trata qualquer diferença
nessa data entre a quantia escriturada de propriedade de acordo com a
IAS 16 e o seu justo valor da mesma forma que uma revalorização de
acordo com a IAS 16. Por outras palavras:
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 516
▼M5
a) qualquer diminuição resultante na quantia escriturada da proprie
dade é reconhecida nos lucros ou prejuízos. Porém, até ao
ponto em que uma quantia seja incluída no excedente de revalo
rização dessa propriedade, a diminuição é reconhecida em outro
rendimento integral e reduz o excedente de revalorização no ca
pital próprio;
▼B
b) qualquer aumento resultante na quantia escriturada é tratado
como se segue:
ALIENAÇÕES
66. Uma propriedade de investimento deve ser desreconhecida (eliminada
►M5 da demonstração da posição financeira ◄) na alienação ou
quando a propriedade de investimento for permanentemente retirada
de uso e nenhuns benefícios económicos forem esperados da sua
alienação.
▼B
68. Se, de acordo com o princípio de reconhecimento do parágrafo 16.,
uma entidade reconhecer na quantia escriturada de um activo o custo
de uma substituição de parte de uma propriedade de investimento,
então ela desreconhece a quantia escriturada da parte substituída.
Relativamente à propriedade de investimento contabilizada usando o
modelo do custo, uma parte substituída pode não ser uma parte que
tenha sido depreciada separadamente. Se não for praticável que uma
entidade determine a quantia escriturada da parte substituída, ela pode
usar o custo da substituição como indicação do custo da parte subs
tituída que era no momento em que foi adquirida ou construída.
Segundo o modelo do justo valor, o justo valor da propriedade de
investimento pode já reflectir o facto de que a parte a ser substituída
perdeu o seu valor. Noutros casos, pode ser difícil discernir quanto do
justo valor deve ser reduzido para a parte a ser substituída. Uma
alternativa à redução do justo valor para a parte substituída, quando
não for prático realizar essa redução, é incluir o custo da substituição
na quantia escriturada do activo e reavaliar o justo valor, como seria
exigido para adições não envolvendo substituição.
▼B
DIVULGAÇÃO
Modelo do justo valor e modelo do custo
74. As divulgações seguintes aplicam-se adicionalmente às que constam
na IAS 17. De acordo com a IAS 17, o proprietário de uma proprie
dade de investimento proporciona as divulgações dos locadores acerca
das locações que tenham celebrado. Uma entidade que detenha uma
propriedade de investimento numa locação financeira ou operacional
proporciona divulgações dos locatários para locações financeiras e
divulgações dos locadores para qualquer locação operacional que te
nham celebrado.
▼M33
__________
▼B
e) a extensão até à qual o justo valor da propriedade de investimento
(tal como mensurado ou divulgado nas demonstrações financeiras)
se baseia numa valorização de um avaliador independente que
possua uma qualificação profissional reconhecida e relevante e
que tenha experiência recente na localização e na categoria da
propriedade de investimento que está a ser valorizada. Se não tiver
havido tal valorização, esse facto deve ser divulgado;
▼B
Modelo do justo valor
76. Além das divulgações exigidas pelo parágrafo 75., uma entidade que
aplique o modelo do justo valor dos parágrafos 33.-55. deve divulgar
uma reconciliação entre as quantias escrituradas da propriedade de
investimento no início e no fim do período, que mostre o seguinte:
g) outras alterações.
▼M33
78. Nos casos excepcionais referidos no parágrafo 53, quando uma
entidade mensura uma propriedade de investimento utilizando o
modelo do custo da IAS 16, a reconciliação exigida pelo parágrafo
76 deve divulgar as quantias relacionadas com essa propriedade
de investimento separadamente das quantias relacionadas com
outras propriedades de investimento. Além disso, a entidade
deve divulgar:
▼B
a) uma descrição da propriedade de investimento;
▼M33
b) uma explicação dos motivos pelos quais o justo valor não pode
ser mensurado fiavelmente;
▼B
c) se possível, o intervalo de estimativas dentro das quais seja alta
mente provável que caia o justo valor; e
▼B
Modelo do custo
▼M33
79. Além das divulgações exigidas pelo parágrafo 75, uma entidade
que aplique o modelo do custo do parágrafo 56 deve divulgar:
▼B
a) os métodos de depreciação usados;
iv) depreciações,
▼M33
e) o justo valor da propriedade de investimento. Nos casos excep
cionais descritos no parágrafo 53, quando uma entidade não
estiver em condições de mensurar o justo valor da propriedade
de investimento fiavelmente, deve divulgar:
▼B
i) uma descrição da propriedade de investimento,
▼M33
ii) uma explicação dos motivos pelos quais o justo valor não
pode ser mensurado fiavelmente; e
▼B
iii) se possível, o intervalo de estimativas dentro do qual seja
altamente provável que o justo valor venha a recair.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Modelo do justo valor
▼M33
80. Uma entidade que tenha anteriormente aplicado a IAS 40 (2000) e
escolha pela primeira vez classificar e contabilizar alguns ou todos
os interesses de propriedade elegíveis detidos segundo locações
operacionais como propriedades de investimento deve reconhecer
o efeito dessa escolha como um ajustamento no saldo de abertura
dos resultados retidos no período no qual a escolha foi inicial
mente feita. Além disso:
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 521
▼M33
a) se a entidade tiver anteriormente divulgado publicamente (nas
demonstrações financeiras ou de outro modo) o justo valor
desses interesses de propriedade em períodos anteriores (men
surado numa base que satisfaça a definição de justo valor da
IFRS 13), a entidade é incentivada,, mas não lhe é exigido, a:
▼B
i) ajustar o saldo de abertura dos resultados retidos relativamente
ao período mais recente apresentado cujo justo valor foi publi
camente divulgado, e
82. Quando uma entidade aplicar esta Norma pela primeira vez, o ajus
tamento no saldo de abertura de resultados retidos inclui a reclassifi
cação de qualquer quantia detida no excedente de revalorização da
propriedade de investimento.
Modelo do custo
83. A IAS 8 aplica-se a qualquer alteração nas políticas contabilísticas que
seja feita quando uma entidade aplicar esta Norma pela primeira vez e
optar por usar o modelo do custo. O efeito da alteração nas políticas
contabilísticas inclui a reclassificação de qualquer quantia detida no
excedente de revalorização da propriedade de investimento.
DATA DE EFICÁCIA
85. Uma entidade deve aplicar esta Norma aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta Norma a um período que tenha início
antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
▼M5
85.A. A IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como re
vista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS. Além disso,
emendou o parágrafo 62. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se
uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior,
as emendas deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M8
85.B. Os parágrafos 8, 9, 48, 53, 54 e 57 foram alterados, o parágrafo 22 foi
suprimido e os parágrafos 53A e 53B foram adicionados com base no
documento Melhoramentos introduzidos nas IFRS, emitido em Maio
de 2008. Uma entidade deve aplicar estas emendas prospectivamente
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009.
►M33 Uma entidade pode aplicar as emendas às propriedades de
investimento em construção a partir de qualquer data anterior a 1 de
Janeiro de 2009, desde que os justos valores das propriedades de
investimento em construção tenham sido mensurados nessas datas. ◄
É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emen
das a um período anterior, deve divulgar esse facto e aplicar ao
mesmo tempo as emendas aos parágrafos 5 e 81E da IAS 16 Activos
Fixos Tangíveis.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 522
▼M33
85.C. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou a definição de justo
valor no parágrafo 5, emendou os parágrafos 26, 29, 32, 40, 48, 53,
53B, 78-80 e 85B e suprimiu os parágrafos 36-39, 42-47, 49, 51 e
75(d). Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 13.
▼B
RETIRADA DA IAS 40 (2000)
86. Esta Norma substitui a IAS 40 Propriedades de Investimento (emitida
em 2000).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 523
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 41
Agricultura
OBJECTIVO
O objectivo desta Norma é o de estabelecer o tratamento contabilístico e as
divulgações relativas à actividade agrícola.
ÂMBITO
1. Esta Norma deve ser aplicada na contabilização do que se segue
quando se relacione com a actividade agrícola:
a) activos biológicos;
Produtos resultantes de
Activos biológicos Produto agrícola
processamento após colheita
▼M8
Árvores numa plantação flores Árvores abatidas Troncos, madeira serrada
tal
▼B
Plantas Algodão Fio de algodão, roupas
▼B
Produtos resultantes de
Activos biológicos Produto agrícola
processamento após colheita
DEFINIÇÕES
Definições relacionadas com a agricultura
5. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significa
dos especificados:
▼M8
Actividade agrícola é a gestão por uma entidade da transformação
biológica e a colheita de activos biológicos para venda ou para con
versão em produtos agrícolas ou em activos biológicos adicionais.
▼B
Produto Agrícola é o produto colhido dos activos biológicos da en
tidade.
▼M8
Custos de vender são os custos marginais directamente atribuíveis à
alienação de um activo, com exclusão de custos financeiros e impos
tos sobre o rendimento.
▼B
6. A actividade agrícola cobre uma escala diversa de actividades; por
exemplo, criação de gado, silvicultura, safra anual ou perene, cultivo
de pomares e de plantações, floricultura e aquacultura (incluindo cria
ção de peixes). Existem certas características comuns adentro desta
diversidade:
▼M8
c) Mensuração de alterações. A alteração de qualidade (por exemplo,
mérito genético, densidade, amadurecimento, cobertura de gordura,
conteúdo de proteínas e resistência das fibras) ou de quantidade
(por exemplo, progénie, peso, metros cúbicos, comprimento ou
diâmetro das fibras e número de rebentos) ocasionada por trans
formação biológica ou colheita é mensurada e monitorizada como
uma função de gestão rotinada.
▼B
7. A transformação biológica resulta nos tipos seguintes de consequên
cias:
Definições gerais
▼M33
8. Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os signi
ficados especificados:
[suprimida]
(a) [suprimida]
(b) [suprimida]
(c) [suprimida]
▼B
Quantia escriturada é a quantia pela qual um activo é reconhecido
►M5 na demonstração da posição financeira ◄.
▼M33
Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo
ou pago pela transferência de um passivo numa transacção orde
nada entre participantes no mercado à data da mensuração. (Ver
IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor)
▼B
Subsídios governamentais são os definidos na IAS 20 Contabilização
dos Subsídios Governamentais e Divulgação de Apoios Governamen
tais.
▼M33
__________
▼B
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
10. Uma entidade deve reconhecer um activo biológico ou produto agrí
cola quando, e somente quando:
▼B
11. Na actividade agrícola, o controlo pode ser evidenciado, por exemplo,
pela posse legal do gado e a marcação a quente ou, de outro modo, a
marcação do gado na aquisição, no nascimento ou na desmama. Os
benefícios económicos futuros são normalmente estimados pela men
suração dos atributos físicos significativos.
▼M8
__________
▼B
►M33 15. A mensuração pelo justo valor de um activo biológico ou
produto agrícola pode ser facilitada pelo agrupamento de activos bio
lógicos ou de produtos agrícolas de acordo com atributos relevantes,
por exemplo, por idade ou qualidade. ◄ Uma entidade selecciona os
atributos que correspondam aos atributos usados no mercado como
base de apreçamento.
▼M33
__________
▼B
22. Uma entidade não inclui quaisquer fluxos de caixa para financiar os
activos, impostos, ou repor activos biológicos após colheita (por
exemplo, o custo de replantar árvores numa plantação após o corte).
▼M33
__________
▼B
24. O custo pode aproximar-se algumas vezes do justo valor, particular
mente quando:
a) tenha tido lugar pouca transformação biológica desde que foi in
corrido o custo inicial (por exemplo, pés de árvores de fruto bro
tados de sementes, plantados imediatamente antes ►M5 do fim de
um período de relato ◄); ou
▼B
25. Os activos biológicos estão muitas vezes fisicamente implantados nos
terrenos (por exemplo, árvores numa floresta plantada). Pode não
haver mercado separado para activos biológicos que estejam implan
tados no terreno mas pode existir um mercado activo para os activos
combinados, isto é, para os activos biológicos, terrenos em bruto e
melhoramentos de terrenos, como um conjunto. ►M33 Uma entidade
pode usar informação relativa a activos combinados para mensurar o
justo valor de activos biológicos. ◄ Por exemplo, o justo valor de
terrenos em bruto e melhoramento de terrenos pode ser deduzido do
justo valor dos activos combinados para chegar ao justo valor de
activos biológicos.
Ganhos e perdas
26. Um ganho ou uma perda proveniente do reconhecimento inicial de um
activo biológico pelo justo valor menos os ►M8 custos de vender ◄
e de uma alteração de justo valor menos os ►M8 custos de vender ◄
de um activo biológico devem ser incluídos nos lucros ou prejuízos do
período em que surja.
▼B
32. Em todos os casos, uma entidade mensura o produto agrícola no
ponto de colheita pelo seu justo valor menos os ►M8 custos de
vender ◄. Esta Norma reflecte o ponto de vista de que o justo valor
do produto agrícola no ponto de colheita pode ser sempre fiavelmente
mensurado.
SUBSÍDIOS GOVERNAMENTAIS
▼M8
34. Um subsídio governamental incondicional relacionado com um activo
biológico mensurado pelo seu justo valor menos os custos de vender
deve ser reconhecido em lucro ou perda quando, e apenas quando, o
subsídio governamental se tornar recebível.
▼B
37. Se um subsídio governamental se relacionar com um activo biológico
mensurado pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e
quaisquer perdas por imparidade acumuladas (ver parágrafo 30.), será
aplicada a IAS 20 Contabilização dos Subsídios Governamentais e
Divulgação de Apoios Governamentais.
DIVULGAÇÃO
39. [Eliminado]
Geral
40. Uma entidade deve divulgar o ganho ou a perda agregada que surjam
durante o período corrente aquando do reconhecimento inicial dos
activos biológicos e do produto agrícola e surjam da alteração de
justo valor menos os ►M8 custos de vender ◄ de activos biológi
cos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 529
▼B
41. Uma entidade deve proporcionar uma descrição de cada grupo de
activos biológicos.
42. A divulgação exigida pelo parágrafo 41. pode tomar a forma de uma
descrição narrativa ou quantificada.
44. Os activos biológicos consumíveis são os que estejam para ser colhi
dos como produto agrícola ou vendidos como activos biológicos.
Exemplos de activos biológicos consumíveis são o gado destinado à
produção de carne, gado detido para venda, peixe em aquacultura,
colheitas tal como milho e trigo e árvores que estejam em desenvol
vimento para obtenção de madeiras. Os activos biológicos de produ
ção são os que não sejam activos biológicos consumíveis; por exem
plo, gado do qual pode ser obtido leite, vinhas, árvores de fruto e
árvores a partir das quais se obtenha lenha por desbaste enquanto
essas árvores permanecem vivas. Os activos biológicos de produção
não são produto agrícola mas, antes, de regeneração própria.
45. Os activos biológicos podem ser classificados quer como activos bio
lógicos maduros (ou adultos), quer como activos biológicos imaturos
(ou juvenis). Os activos biológicos maduros (ou adultos) são os que
tenham atingido as especificações de colhíveis (relativamente aos ac
tivos biológicos consumíveis) ou sejam susceptíveis de sustentar co
lheitas regulares (relativamente aos activos biológicos de produção).
46. Uma entidade deve divulgar, se não tiver divulgado noutros documen
tos de informação com as demonstrações financeiras:
▼M33
__________
▼B
49. As entidades devem divulgar:
▼B
b) a quantia de compromissos relativos ao desenvolvimento ou à
aquisição de activos biológicos; e
g) outras alterações.
▼B
b) uma explicação da razão por que não podem ser fiavelmente men
surados;
c) depreciação.
c) o efeito da alteração.
Subsídios governamentais
57. Uma entidade deve divulgar o que se segue relacionado com a acti
vidade agrícola abrangida por esta Norma:
▼M8
60. Os parágrafos 5, 6, 17, 20 e 21 foram emendados e o parágrafo 14 foi
suprimido com base no documento Melhoramentos introduzidos nas
IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve aplicar estas
emendas prospectivamente aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar as emendas a um período anterior, ela deve divulgar
esse facto.
▼M33
61. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 8, 15,
16, 25 e 30 e suprimiu os parágrafos 9, 17-21, 23, 47 e 48. Uma
entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 533
▼M16
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 1
OBJECTIVO
1 O objectivo desta IFRS é assegurar que as primeiras demonstrações
financeiras de uma entidade de acordo com as IFRS, e os seus rela
tórios financeiros intercalares correspondentes a uma parte do período
abrangido por essas demonstrações financeiras, contenham informação
de elevada qualidade que:
ÂMBITO
2 Uma entidade deve aplicar esta IFRS:
▼M16
(c) preparou um pacote de relatos segundo as IFRS para fins de
consolidação sem preparar um conjunto completo de demonstra
ções financeiras como definido na IAS 1 Apresentação de De
monstrações Financeiras (conforme revista em 2007); ou
4 Esta IFRS aplica-se quando uma entidade adopta as IFRS pela pri
meira vez. Não se aplica quando, por exemplo, uma entidade:
▼M36
4A Sem prejuízo dos parágrafos 2 e 3, uma entidade que tenha aplicado
as IFRS num período de relato anterior, mas cujas demonstrações
financeiras anuais anteriores mais recentes não contenham uma decla
ração explícita e sem reservas de conformidade com as IFRS, deve
aplicar esta IFRS, ou aplicar as IFRS retrospetivamente em conformi
dade com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas estimati
vas e erros, como se a entidade nunca tivesse deixado de aplicar as
IFRS.
4B Quando uma entidade optar por não aplicar esta IFRS em conformi
dade com o disposto no parágrafo 4A, a entidade deve não obstante
aplicar os requisitos de divulgação constantes dos parágrafos 23A -
23B da IFRS 1, para além dos requisitos de divulgação contidos na
IAS 8.
▼M16
5 Esta IFRS não se aplica às alterações nas políticas contabilísticas
feitas por uma entidade que já aplique as IFRS. Essas alterações
são tratadas como:
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
Demonstração da posição financeira de abertura de acordo com
as IFRS
6 Uma entidade deve preparar e apresentar uma demonstração da po
sição financeira de abertura de acordo com as IFRS na data de
transição para as IFRS. Este é o ponto de partida para a contabili
zação de acordo com as IFRS.
Políticas contabilísticas
7 Uma entidade deve usar as mesmas políticas contabilísticas na sua
demonstração da posição financeira de abertura de acordo com as
IFRS e em todos os períodos apresentados nas suas primeiras
demonstrações financeiras de acordo com as IFRS. Essas políticas
contabilísticas devem estar em conformidade com cada IFRS em
vigor no fim do primeiro período de relato de acordo com as IFRS,
com excepção do especificado nos parágrafos 13–19 e Apêndices B–E.
8 Uma entidade não deve aplicar diferentes versões das IFRS que
tenham estado em vigor em datas anteriores. Uma entidade pode
aplicar uma nova IFRS que ainda não seja obrigatória caso essa
IFRS permita a sua aplicação mais cedo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 535
▼M16
Exemplo: Aplicação consistente da versão mais recente das IFRS
Contexto
O fim do primeiro período de relato de acordo com as IFRS da
entidade A é 31 de Dezembro de 20X5. A entidade A decide apre
sentar informação comparativa nessas demonstrações financeiras rela
tiva apenas a um ano (ver parágrafo 21). Por conseguinte, a sua data
de transição para as IFRS é o início da actividade em 1 de Janeiro de
20X4 (ou, de forma equivalente, o fecho da actividade em 31 de
Dezembro de 20X3). A entidade A apresentou anualmente as demons
trações financeiras de acordo com os seus PCGA anteriores, em 31 de
Dezembro de cada ano até 31 de Dezembro de 20X4, inclusive.
Se uma nova IFRS ainda não for obrigatória mas permitir a aplicação
mais cedo, permite-se, mas não é exigido, que a entidade A aplique
essa IFRS nas suas primeiras demonstrações financeiras de acordo
com as IFRS.
▼M16
12 Esta IFRS estabelece duas categorias de excepções em relação ao
princípio de que a demonstração da posição financeira de abertura
de acordo com as IFRS de uma entidade deve estar conforme com
cada uma das IFRS:
Estimativas
14 As estimativas de uma entidade de acordo com as IFRS, à data da
transição para as IFRS, devem ser consistentes com as estimativas
feitas para a mesma data de acordo com os PCGA anteriores
(depois dos ajustamentos para reflectir qualquer diferença nas
políticas contabilísticas), salvo se existir prova objectiva de que
essas estimativas estavam erradas.
▼M16
Isenções de outras IFRS
18 Uma entidade pode optar por usar uma ou mais isenções contidas nos
Apêndices C–E. Uma entidade não deve aplicar estas isensções por
analogia com outros itens.
▼M33
__________
▼M16
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
20 Esta IFRS não proporciona isenções relativas aos requisitos de apre
sentação e divulgação contidos noutras IFRS.
Informação comparativa
▼M36
21 As primeiras demonstrações financeiras de uma entidade de acordo
com as IFRS devem incluir pelo menos três demonstrações da posição
financeira, duas demonstrações dos resultados e outro rendimento
integral, duas demonstrações dos resultados separadas (se apresenta
das), duas demonstrações dos fluxos de caixa e duas demonstrações
das alterações no capital próprio e notas conexas, incluindo informa
ção comparativa para todas as demonstrações apresentadas.
▼M16
Informação comparativa e resumos históricos anteriores à adopção
das IFRS
22 Algumas entidades apresentam resumos históricos de dados seleccio
nados relativos a períodos anteriores ao primeiro período para o qual
apresentam informação comparativa completa de acordo com as IFRS.
Esta IFRS não exige que tais resumos cumpram os requisitos de
reconhecimento e mensuração das IFRS. Além disso, algumas entida
des apresentam informação comparativa de acordo com os PCGA
anteriores, assim como a informação comparativa exigida pela IAS
1. Em qualquer demonstração financeira que contenha resumos histó
ricos ou informação comparativa de acordo com PCGA anteriores,
uma entidade deve:
▼M36
23A Uma entidade que tenha aplicado as IFRS num período anterior, tal
como descrito no parágrafo 4A, deve divulgar:
23B Quando uma entidade, nos termos do disposto no parágrafo 4A, não
optar por aplicar a IFRS 1, deve explicar os motivos pelos quais optou
por aplicar as IFRS, como se nunca tivesse deixado de aplicar as
IFRS.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 538
▼M16
Reconciliações
24 Para estar conforme com o parágrafo 23, as primeiras demonstrações
financeiras de acordo com as IFRS de uma entidade devem incluir:
▼M29
27 A IAS 8 não se aplica às alterações nas políticas contabilísticas efec
tuadas por uma entidade quando adopta as IFRS ou às alterações
nessas políticas até que a entidade apresente as suas primeiras de
monstrações financeiras de acordo com as IFRS. Por essa razão, os
requisitos da IAS 8 relativos às alterações das políticas contabilísticas
não se aplicam às primeiras demonstrações financeiras de uma enti
dade de acordo com as IFRS.
▼M16
28 Se uma entidade não apresentou demonstrações financeiras relativas
aos períodos anteriores, as suas primeiras demonstrações financeiras
de acordo com as IFRS devem divulgar esse facto.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 539
▼M16
Designação de activos financeiros ou de passivos financeiros
29 É permitido a uma entidade designar um activo financeiro ou um
passivo financeiro anteriormente reconhecido como activo financeiro
ou passivo financeiro pelo justo valor por via dos lucros ou prejuízos
ou como um activo financeiro disponível para venda de acordo com o
parágrafo D19. A entidade deve divulgar o justo valor de activos
financeiros ou passivos financeiros designados para cada categoria
na data da designação e a sua classificação e quantia escriturada
nas demonstrações financeiras anteriores.
▼M24
Uso do custo considerado para os activos em petróleo e gás
31A Se uma entidade usar a isenção prevista no parágrafo D8A, alínea b),
em relação a activos em petróleo e gás, deve divulgar esse facto, bem
como a base na qual foram escrituradas as quantias determinadas nos
termos dos anteriores Princípios Contabilísticos Geralmente
Aceites (PCGA).
▼M29
Uso do custo considerado para operações sujeitas a taxas regula
mentadas
31B Se uma entidade usar a isenção prevista no parágrafo D8B em relação
a operações sujeitas a taxas regulamentadas, deve divulgar esse facto,
bem como a base na qual as quantias escrituradas foram determinadas
nos termos dos anteriores Princípios Contabilísticos Geralmente
Aceites (PCGA).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 540
▼M33
▼M16
Relatórios financeiros intercalares
▼M29
32 Para estar conforme com o parágrafo 23, se uma entidade apresentar
um relatório financeiro intercalar de acordo com a IAS 34 relativo a
uma parte do período abrangido pelas suas primeiras demonstrações
financeiras de acordo com as IFRS, deve satisfazer os seguintes re
quisitos, além dos requisitos enunciados na IAS 34:
▼M16
33 A IAS 34 exige divulgações mínimas, as quais se baseiam no pres
suposto de que os utentes do relatório financeiro intercalar também
têm acesso às demonstrações financeiras anuais mais recentes. Con
tudo, a IAS 34 também exige que uma entidade divulgue «quaisquer
acontecimentos ou transacções que sejam materiais para uma com
preensão do período intercalar corrente». Por conseguinte, se um
adoptante pela primeira vez não divulgou, nas suas demonstrações
financeiras anuais mais recentes de acordo com os PCGA anteriores,
informação material para uma compreensão do período intercalar cor
rente, o seu relatório financeiro intercalar deve divulgar essa informa
ção ou incluir uma referência cruzada para outro documento publicado
que inclua essa informação.
DATA DE EFICÁCIA
34 Uma entidade deve aplicar esta IFRS se as suas primeiras demons
trações financeiras de acordo com as IFRS corresponderem a um
período com início em ou após 1 de Julho de 2009. É permitida a
aplicação mais cedo.
▼M24
39A As Isenções adicionais para os adoptantes pela primeira vez das
IFRS (Emendas à IFRS 1), emitidas em Julho de 2009, adicionaram
os parágrafos 31A, D8A, D9A e D21A e emendaram o parágrafo D1,
alíneas c), d) e l). Uma entidade deve aplicar estas emendas aos
períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2010. É
permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas
a um período anterior, deve divulgar esse facto.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 542
▼M25
39C O documento Isenção limitada da obrigação de apresentar divulgações
comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adoptantes pela pri
meira vez (Emenda à IFRS 1), emitido em Janeiro de 2010, adiciona o
parágrafo E3. Uma entidade deve aplicar esta emenda aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Julho de 2010. É permitida a
aplicação mais cedo. Se aplicar as emendas a um período anterior, a
entidade deve divulgar esse facto.
▼M29
39E O documento Melhoramentos introduzidos nas IFRS emitido em Maio
de 2010 acrescentou os parágrafos 27A, 31B e D8B e alterou os
parágrafos 27, 32, D1(c) e D8. Uma entidade deve aplicar estas
emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro
de 2011. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar
as emendas a um período anterior, deve divulgar esse facto. As enti
dades que tenham adoptado as IFRS em períodos anteriores à data de
eficácia da IFRS 1 ou que tenham aplicado a IFRS 1 num período
anterior podem aplicar a emenda ao parágrafo D8 retrospectivamente
ao primeiro período anual após a data de eficácia da emenda. Uma
entidade que aplique o parágrafo D8 retrospectivamente deve divulgar
esse facto.
▼M30
39F O documento Divulgações — Transferências de activos financeiros
(emendas à IFRS 7) emitido em Outubro de 2010 aditou o parágrafo
E4. Uma entidade deve aplicar esta emenda aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Julho de 2011. É permitida a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a partir de uma data ante
rior, deve divulgar esse facto.
▼M33
39H O documento Hiperinflação grave e supressão de datas fixas para os
adoptantes pela primeira vez das IFRS (Emendas à IFRS 1), emitido
em Dezembro de 2010, emendou os parágrafos B2, D1 e D20 e
adicionou os parágrafos 31Ce D26 – D30). Uma entidade deve aplicar
essas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de Julho
de 2011. É permitida a aplicação mais cedo.
▼M32
39I A IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas e a IFRS 11
Acordos Conjuntos, emitidas em Maio de 2011, emendaram os pará
grafos 31, B7, C1, D1, D14 e D15 e D31 e acrescentaram o parágrafo
D31. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS
10 e a IFRS 11.
▼M16
39J A IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor, emitida em Maio de 2011,
suprimiu o parágrafo 19, emendou a definição de justo valor no
Apêndice A e emendou os parágrafos D15 e D20. Uma entidade
deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
▼M31
39K O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou o
parágrafo 21. Uma entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar
a IAS 1 (conforme emendada em Junho de 2011).
▼M33
39M O documento IFRIC 20 Custos de descobertura na fase de produção
de uma mina a céu aberto aditou o parágrafo D32 e emendou o
parágrafo D1. Uma entidade deve aplicar estas emendas ao aplicar
a IFRIC 20.
▼M35
39N O documento Empréstimos governamentais (Emendas à IFRS 1),
emitido em março de 2012, aditou os parágrafos B1(f) e B10–B12.
Uma entidade deve aplicar estes parágrafos aos períodos anuais com
início em ou após 1 de janeiro de 2013. É permitida a aplicação mais
cedo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 543
▼M35
39O Os parágrafos B10 e B11 são referentes à IFRS 9. Se uma entidade
aplicar a presente IFRS mas ainda não aplicar a IFRS 9, as referências
à IFRS 9 nos parágrafos B10 e B11 devem ser lidas como referências
à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.
▼M36
39P O documento Melhoramentos anuais - ciclo 2009 - 2011, emitido em
maio de 2012, adita os parágrafos 4A – 4B e 23A – 23B. Uma
entidade deve aplicar essa emenda retrospetivamente em conformidade
com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas
Contabilísticas e Erros aos períodos anuais com início em ou após
1 de janeiro de 2013. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
▼M16
39S Demonstrações Financeiras Consolidadas, Acordos Conjuntos e Di
vulgação de Interesses Noutras Entidades: Orientações de transição
(emendas à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12): emitido em junho de
2012, aditou o parágrafo D31. As entidades devem aplicar esta
emenda quando aplicarem a IFRS 11 (conforme emendada em junho
de 2012).
▼M38
39T O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou os parágrafos
D16, D17 e o Apêndice C e inseriu um título e os parágrafos E6-E7.
Uma entidade deve aplicar estas emendas em relação aos períodos
anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É permitida a
aplicação antecipada do documento Entidades de Investimento. Se
uma entidade aplicar as emendas de forma antecipada, deve também
aplicar todas as emendas incluídas no documento Entidades de Inves
timento ao mesmo tempo.
▼M16
RETIRADA DA IFRS 1 (EMITIDA EM 2003)
40 Esta IFRS substitui a IFRS 1 (emitida em 2003 e emendada em Maio
de 2008).
Apêndice A
Termos definidos
Este apêndice faz parte integrante desta IFRS.
▼M16
custo considerado Quantia usada como um substituto do
custo ou do custo depreciado numa
data determinada. A depreciação ou
amortização posterior assume que a en
tidade tinha inicialmente reconhecido o
activo ou o passivo numa determinada
data e que o seu custo era igual ao custo
considerado.
▼M33
justo valor é o preço que seria recebido pela venda
de um activo ou pago pela transferência
de um passivo numa transacção orde
nada entre participantes no mercado à
data da mensuração. (Ver IFRS 13)
▼M16
Apêndice B
Excepções à aplicação retrospectiva de outras IFRS
Este apêndice faz parte integrante desta IFRS.
▼M35
B1 Uma entidade deve aplicar as seguintes exceções:
▼M16
Desreconhecimento de activos financeiros e passivos financeiros
▼M33
B2 Com excepção do permitido no parágrafo B3, um adoptante pela
primeira vez deve aplicar os requisitos de desreconhecimento previs
tos na IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e mensura
ção prospectivamente às transacções que ocorram em ou após a data
de transição para as IFRS. Por exemplo, se um adoptante pela pri
meira vez desreconheceu activos ou passivos financeiros não deriva
dos de acordo com os seus PCGA anteriores em resultado de uma
transacção que tenha ocorrido antes da data de transição para as IFRS,
não deverá reconhecer esses activos e passivos de acordo com as
IFRS (a menos que esse reconhecimento seja permitido em virtude
de uma transacção ou acontecimento posterior).
▼M16
B3 Não obstante o parágrafo B2, uma entidade pode aplicar os requisitos
de desreconhecimento da IAS 39 retrospectivamente a partir de uma
data à escolha da entidade, desde que a informação necessária para
aplicar a IAS 39 a activos financeiros e passivos financeiros desreco
nhecidos como resultado de transacções passadas tenha sido obtida no
momento da contabilização inicial dessas transacções.
Contabilidade de cobertura
B4 Conforme exigido pela IAS 39, à data da transição para as IFRS, uma
entidade deve:
▼M16
B6 Se, antes da data da transição para as IFRS, uma entidade tivesse
designado uma transacção como uma cobertura mas a cobertura não
satisfisesse as condições da contabilidade de cobertura da IAS 39, a
entidade deve aplicar os parágrafos 91 e 101 da IAS 39 para descon
tinuar a contabilidade de cobertura. As transacções celebradas antes da
data de transição para as IFRS não devem ser retrospectivamente
designadas como coberturas.
Interesses que não controlam
▼M32
B7 Um adoptante pela primeira vez deve aplicar os seguintes requisitos
da IFRS 10 prospectivamente a partir da data de transição para as
IFRS:
(a) o requisito do parágrafo B94, no sentido de que o rendimento
integral total é imputado aos proprietários da empresa-mãe e aos
interesses que não controlam, mesmo que isso implique que os
resultados dos interesses que não controlam tenham um saldo
negativo;
(b) os requisitos dos parágrafos 23 e B93 relativamente à contabili
zação de alterações no interesse de propriedade da empresa-mãe
numa subsidiária que não tenham como consequência uma perda
de controlo; e
(c) os requisitos dos parágrafos B97-B99 relativamente à contabiliza
ção de uma perda de controlo sobre uma subsidiária, e os requi
sitos conexos do parágrafo 8A da IFRS 5 Activos Não Correntes
Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas.
No entanto, se um adoptante pela primeira vez optar por aplicar a
IFRS 3 retrospectivamente a concentrações de actividades empresa
riais anteriores, deve também aplicar a IFRS 10, em conformidade
com o parágrafo C1 desta Norma.
▼M35
Empréstimos governamentais
B10 Um adotante pela primeira vez deve classificar todos os empréstimos
governamentais recebidos como passivos financeiros ou instrumentos
de capitais próprios em conformidade com a IAS 32 Instrumentos
Financeiros: Apresentação. Exceto nas condições permitidas pelo pa
rágrafo B11, um adotante pela primeira vez deve aplicar os requisitos
da IFRS 9 Instrumentos Financeiros e da IAS 20 Contabilização dos
Subsídios Governamentais e Divulgação de Apoios Governamentais
prospetivamente aos empréstimos governamentais existentes à data de
transição para as IFRS e não deve reconhecer o benefício correspon
dente a esses empréstimos governamentais a uma taxa de juro inferior
à do mercado como subvenções governamentais. Por conseguinte, se
um adotante pela primeira vez não tiver, de acordo com os PCGA
anteriores, reconhecido e mensurado um empréstimo governamental a
uma taxa de juro inferior à do mercado numa base coerente com os
requisitos das IFRS, deve utilizar a quantia escriturada para o emprés
timo de acordo com os PCGA anteriores, à data da transição para as
IFRS, como a quantia escriturada do empréstimo na demonstração da
posição financeira inicial de acordo com as IFRS. Uma entidade deve
aplicar a IFRS 9 para a mensuração desses empréstimos após a data
de transição para as IFRS.
B11 Sem prejuízo do parágrafo B10, uma entidade pode aplicar retrospe
tivamente os requisitos da IFRS 9 e da IAS 20 a qualquer empréstimo
governamental anterior à data de transição para as IFRS, desde que as
informações necessárias para o fazer tenham sido obtidas no momento
da contabilização inicial desse empréstimo.
B12 Os requisitos e orientações referentes aos parágrafos B10 e B11 não
excluem a possibilidade de uma entidade poder utilizar as isenções
descritas nos pontos D19–D19D em relação à contabilização de ins
trumentos financeiros anteriormente reconhecidos pelo justo valor por
via dos resultados.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 547
▼M16
Apêndice C
Isenções para concentrações de actividades empresariais
▼M38
Este apêndice faz parte integrante desta IFRS. Uma entidade deve aplicar os
seguintes requisitos às concentrações de atividades empresariais que a entidade
reconheceu antes da data de transição para as IFRS. O presente Apêndice só
deve ser aplicado às concentrações de atividades empresariais abrangidas pela
IFRS 3 Concentrações de Atividades Empresariais.
▼M32
C1 Um adoptante pela primeira vez pode optar por não aplicar retrospec
tivamente a IFRS 3 a concentrações de actividades empresariais an
teriores (concentrações de actividades empresariais que ocorreram an
tes da data de transição para as IFRS). No entanto, se reexpressar
qualquer concentração de actividades empresariais de modo a cumprir
a IFRS 3, deve reexpressar todas as concentrações de actividades
empresariais posteriores e também aplicar a IFRS 10 partir da mesma
data. Por exemplo, se um adoptante pela primeira vez optar por reex
pressar uma concentração de actividades empresariais que ocorreu a
30 de Junho de 20X6, deve reexpressar todas as concentrações de
actividades empresariais que ocorreram entre 30 de Junho de 20X6 e
a data de transição para as IFRS e deve também aplicar a IFRS 10 a
partir de 30 de Junho de 20X6.
▼M16
C2 Uma entidade não tem de aplicar a IAS 21 Os Efeitos de Alterações
em Taxas de Câmbio retrospectivamente aos ajustamentos no justo
valor e ao goodwill resultantes de concentrações de actividades em
presariais ocorridas antes da data de transição para as IFRS. Se a
entidade não aplicar a IAS 21 retrospectivamente a esses ajustamentos
no justo valor e ao goodwill, deve tratá-los como activos e passivos
da entidade em vez de os tratar como activos e passivos da adquirida.
Assim, esses ajustamentos no justo valor e goodwill ou estão já
expressos na moeda funcional da entidade ou são itens não monetários
em moeda estrangeira, que são relatados usando a taxa de câmbio
aplicada de acordo com os PCGA anteriores.
▼M16
(ii) activos, incluindo goodwill, e passivos que não tenham sido
reconhecidos na demonstração da posição financeira consoli
dada da adquirente de acordo com os PCGA anteriores e que
também não se qualificariam para reconhecimento de acordo
com as IFRS na demonstração da posição financeira separada
da adquirida [ver alíneas (f)–(i) adiante].
(i) o adoptante pela primeira vez pode ter classificado uma con
centração de actividades empresariais passada como uma
aquisição e reconhecido como activo intangível um item
que não se qualifica para reconhecimento como activo de
acordo com a IAS 38 Activos Intangíveis. Deve reclassificar
esse item (e, se houver, o imposto diferido e interesses que
não controlam relacionados) como parte do goodwill [excepto
se deduziu o goodwill directamente do capital próprio de
acordo com os PCGA anteriores - ver alíneas (g)(i) e (i)
adiante].
(1) Tais alterações incluem reclassificações de ou para activos intangíveis se o goodwill não
foi reconhecido como activo de acordo com os PCGA anteriores. Esta situação ocorre se,
de acordo com os PCGA anteriores, a entidade (a) deduziu o goodwill directamente do
capital próprio ou (b) não tratou a concentração de actividades empresariais como uma
aquisição.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 549
▼M16
(f) Se um activo adquirido, ou um passivo assumido, numa concen
tração de actividades empresariais passada não foi reconhecido de
acordo com os PCGA anteriores, ele não terá um custo conside
rado de zero na demonstração da posição financeira de abertura de
acordo com as IFRS. Em vez disso, a adquirente reconhecê-lo-á e
mensurá-lo-á na sua demonstração da posição financeira consoli
dada na mesma base que as IFRS exigiriam para a demonstração
da posição financeira da adquirida. Como ilustração: se a adqui
rente não tiver capitalizado, de acordo com os PCGA anteriores,
as locações financeiras adquiridas numa concentração de activida
des empresariais passada, deve capitalizar essas locações nas suas
demonstrações financeiras consolidadas, conforme a IAS 17 Lo
cações exigiria que a adquirida o fizesse na sua demonstração da
posição financeira de acordo com as IFRS. De modo semelhante,
se a adquirente não tiver reconhecido, de acordo com os PCGA
anteriores, um passivo contingente que ainda exista à data da
transição para as IFRS, a adquirente deve reconhecer esse passivo
contingente nessa data, a menos que a IAS 37 Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes proibisse o seu reconheci
mento nas demonstrações financeiras da adquirida. Inversamente,
se um activo ou passivo estava incorporado no goodwill de
acordo com os PCGA anteriores, mas teria sido reconhecido in
dividualmente segundo a IFRS 3, esse activo ou passivo mantém-
-se como goodwill, a não ser que as IFRS exijam o seu reconhe
cimento nas demonstrações financeiras da adquirida.
▼M16
(ii) para ajustar uma amortização anterior do goodwill;
(iii) para reverter os ajustamentos no goodwill que a IFRS 3 não
permitiria, mas que foram feitos de acordo com os PCGA
anteriores devido aos ajustamentos efectuados em activos e
passivos entre a data da concentração de actividades empre
sariais e a data da transição para as IFRS.
(i) Se o adoptante pela primeira vez reconheceu o goodwill de acordo
com os PCGA anteriores como dedução no capital próprio:
(i) não deve reconhecer esse goodwill na sua demonstração da
posição financeira de abertura de acordo com as IFRS. Além
disso, não deve reclassificar esse goodwill nos lucros ou pre
juízos se alienar a subsidiária ou se o investimento na subsi
diária ficar em imparidade.
(ii) os ajustamentos resultantes da subsequente resolução de uma
contingência que afecte a retribuição de compra devem ser
reconhecidos nos resultados retidos.
(j) O adoptante pela primeira vez pode não ter consolidado uma
subsidiária adquirida numa concentração de actividades empresa
riais passada de acordo com os PCGA anteriores, (por exemplo,
porque a empresa-mãe não a considerou como subsidiária de
acordo com os PCGA anteriores ou não preparou demonstrações
financeiras consolidadas). O adoptante pela primeira vez deve
ajustar as quantias escrituradas dos activos e passivos da subsi
diária face às quantias que as IFRS exigiriam na demonstração da
posição financeira da subsidiária. O custo considerado do good
will é igual à diferença, à data da transição para as IFRS, entre:
(i) o interesse da empresa-mãe nessas quantias escrituradas ajus
tadas; e
(ii) o custo nas demonstrações financeiras separadas da
empresa-mãe do seu investimento na subsidiária.
(k) A mensuração dos interesses que não controlam e do imposto
diferido decorre da mensuração de outros activos e passivos.
Por isso, os ajustamentos atrás indicados aos activos e passivos
reconhecidos afectam os interesses que não controlam e o imposto
diferido.
C5 A isenção para concentrações de actividades empresariais passadas
também se aplica a aquisições passadas de investimentos em associa
das e de interesses em empreendimentos conjuntos. Além disso, a data
seleccionada em conformidade com o parágrafo C1 aplica-se igual
mente a todas estas aquisições.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 551
▼M16
Apêndice D
Isenções de outras IFRS
▼M32
D1 Uma entidade pode optar pelo uso de uma ou mais das seguintes
isenções:
▼M33
(a) transações de pagamento com base em ações (parágrafos D2 e D3);
▼M16
(b) contratos de seguro (parágrafo D4);
▼M29
(c) custo considerado (parágrafos D5–D8B);
▼M24
(d) locações (parágrafos D9 e D9A);
▼M31
__________
▼M16
(f) diferenças de transposição acumuladas (parágrafos D12 e D13);
(g) investimentos em subsidiárias, ►M32 associadas e empreen
dimentos conjuntos ◄ (parágrafos D14 e D15);
(h) activos e passivos de subsidiárias, associadas e empreendimen
tos conjuntos (parágrafos D16 e D17);
(i) instrumentos financeiros compostos (parágrafo D18);
(j) designação de instrumentos financeiros previamente reconheci
dos (parágrafo D19);
(k) mensuração pelo justo valor de activos financeiros ou passivos
financeiros no reconhecimento inicial (parágrafo D20);
▼M24
(l) passivos por descomissionamento incluídos no custo do activo
fixo tangível (parágrafos D21 e D21A);
▼M33
(m) ativos financeiros ou ativos intangíveis contabilizados de acordo
com a IFRIC 12 Acordos de Concessão de Serviços (parágrafo
D22);
(n) custos de empréstimos obtidos (parágrafo D23);
(o) transferências de ativos provenientes de clientes (parágrafo
D24);
▼M32
(p) extinção de passivos financeiros através de instrumentos de
capital próprio (parágrafo D25);
(q) hiperinflação grave (parágrafos D26 a D30);
(r) acordos conjuntos (parágrafo D31);
▼M33
(s) custos de descobertura na fase de produção de uma mina a céu
aberto (parágrafo D32).
▼M16
Uma entidade não deve aplicar estas isenções por analogia com outros
itens.
Transacções de pagamento com base em acções
D2 Um adoptante pela primeira vez é encorajado, mas não obrigado, a
aplicar a IFRS 2 Pagamento com Base em Acções a instrumentos de
capital próprio que tenham sido concedidos em ou antes de 7 de
Novembro de 2002. Um adoptante pela primeira vez é também enco
rajado, mas não obrigado, a aplicar a IFRS 2 a instrumentos de capital
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 552
▼M16
próprio que tenham sido concedidos após 7 de Novembro de 2002 e
que tenham sido adquiridos antes da data mais recente de entre (a) a
data de transição para as IFRS e (b) 1 de Janeiro de 2005. Contudo,
se um adoptante pela primeira vez optar por aplicar a IFRS 2 a tais
instrumentos de capital próprio, apenas poderá fazê-lo se a entidade
tiver divulgado publicamente o justo valor desses instrumentos de
capital próprio, determinado à data da mensuração, conforme definido
na IFRS 2. Relativamente a todas as concessões de instrumentos de
capital próprio às quais a IFRS 2 não tenha sido aplicada (por exem
plo, instrumentos de capital próprio concedidos em ou antes de 7 de
Novembro de 2002), um adoptante pela primeira vez deve não obs
tante divulgar a informação exigida pelos parágrafos 44 e 45 da IFRS
2. Se um adoptante pela primeira vez modificar os termos e condições
de uma concessão de instrumentos de capital próprio à qual a IFRS 2
não tenha sido aplicada, a entidade não tem de aplicar os parágrafos
26–29 da IFRS 2 se a modificação tiver ocorrido antes da data de
transição para as IFRS.
Contratos de seguro
D4 Um adoptante pela primeira vez pode aplicar as disposições transitó
rias da IFRS 4 Contratos de Seguro. A IFRS 4 restringe as alterações
nas políticas contabilísticas para contratos de seguro, incluindo as
alterações feitas por um adoptante pela primeira vez.
D6 Um adoptante pela primeira vez pode optar por usar uma revaloriza
ção de um item de activo fixo tangível com base nos PCGA anterio
res, antes ou na data de transição para as IFRS, como custo conside
rado à data da revalorização, caso a revalorização seja, à data da
mesma, globalmente comparável ao:
▼M16
(b) activos intangíveis que satisfaçam:
Uma entidade não deve usar estas opções para outros activos ou
passivos.
▼M29
D8 Um adoptante pela primeira vez pode ter estabelecido um custo con
siderado de acordo com os PCGA anteriores para alguns ou todos os
seus activos e passivos, mediante a mensuração pelo seu justo valor
numa determinada data, devido a um acontecimento como uma pri
vatização ou uma oferta pública inicial.
▼M24
Custo considerado
D8A Segundo determinadas disposições nacionais de contabilidade, os cus
tos de prospecção e desenvolvimento em activos fixos tangíveis que
contêm petróleo e gás durante as fases de desenvolvimento e produ
ção são escriturados em centros de custo que incluem todos os activos
fixos numa zona geográfica alargada. Um adoptante pela primeira vez
das IFRS que utilizava esse modelo de contabilidade ao abrigo dos
PCGA anteriores pode optar pela mensuração dos activos em petróleo
e gás à data de transição para as IFRS na seguinte base:
▼M24
A entidade testa os activos das fases de prospecção e avaliação e das
fases de desenvolvimento e produção quanto à imparidade à data da
transição para as IFRS segundo a IFRS 6 Exploração e Avaliação de
Recursos Minerais ou segundo a IAS 36, respectivamente, e, se ne
cessário, reduz a quantia assim determinada de acordo com as alíneas
a) ou b) supra. Para efeitos deste parágrafo, os activos em petróleo e
gás compreendem apenas os activos utilizados na prospecção, avalia
ção, desenvolvimento ou produção de petróleo e gás.
▼M29
D8B Algumas entidades são titulares de activos fixos tangíveis ou de ac
tivos intangíveis que são, ou que já foram, utilizados em operações
sujeitas a taxas regulamentadas. A quantia escriturada correspondente
a esses itens pode incluir quantias determinadas em conformidade
com os PCGA anteriores, mas que não são elegíveis para capitaliza
ção de acordo com as IFRS. Se for esse o caso, um adoptante pela
primeira vez pode optar por usar a quantia escriturada de um item em
conformidade com os PCGA anteriores à data da transição para as
IFRS como custo considerado. Se uma entidade aplicar esta isenção a
um item, não terá de a aplicar a todos os itens. À data da transição
para as IFRS, uma entidade deve testar a imparidade em conformidade
com a IAS 36 para cada item em relação ao qual tenha usado esta
isenção. Para efeitos de aplicação do presente parágrafo, as operações
são sujeitas a taxas regulamentadas se fornecerem bens ou serviços a
clientes a preços (ou seja, taxas) definidos por um organismo autori
zado habilitado para definir taxas vinculativas para os clientes, con
cebidas de modo a recuperar os custos específicos incorridos pela
entidade para o fornecimento dos produtos ou serviços regulamenta
dos e a obter um determinado retorno. O retorno pode ser especificado
sob a forma de um valor mínimo ou de um intervalo e não terá de ser
fixo ou garantido.
▼M16
Locações
D9 Um adoptante pela primeira vez pode aplicar as disposições transitó
rias da IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locação.
Portanto, um adoptante pela primeira vez pode determinar se um
acordo existente à data da transição para as IFRS contém uma locação
com base nos factos e circunstâncias existentes nessa data.
▼M24
D9A Se um adoptante pela primeira vez tiver determinado se um acordo
contém uma locação, em conformidade com os PCGA anteriores, da
mesma forma que é definida pela IFRIC 4, mas numa data diferente
da exigida pela mesma IFRIC, o adoptante pela primeira vez não terá
de reavaliar essa determinação no momento da adopção das IFRS.
Para que se considere que uma entidade determinou se o acordo
contém uma locação em conformidade com os PCGA anteriores da
mesma forma que é definida pelas IFRIC, essa determinação terá de
ter tido o mesmo resultado que teria a aplicação da IAS 17 Locações e
da IFRIC 4.
▼M31
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 555
▼M16
Diferenças de transposição cumulativas
D12 A IAS 21 exige que uma entidade:
▼M33
D15 Se um adoptante pela primeira mensura tal investimento pelo custo,
de acordo com a IAS 27, deve mensurar esse investimento como uma
das seguintes quantias na sua demonstração separada da posição fi
nanceira de abertura de acordo com as IFRS:
▼M16
(a) custo determinado de acordo com a IAS 27; ou
▼M33
(b) custo considerado: o custo considerado de tal investimento será:
▼M16
(ii) a quantia escriturada nessa data de acordo com os PCGA
anteriores.
▼M16
(b) pelas quantias escrituradas exigidas pelo restante da presente
IFRS, com base na data de transição da subsidiária para as IFRS.
Estas quantias escrituradas podem diferir das descritas na
alínea (a):
►M38 D17 Contudo, se uma entidade se tornar adotante pela primeira vez
mais tarde do que a sua subsidiária (ou associada ou empreendimento
conjunto), essa entidade deve, nas suas demonstrações financeiras
consolidadas, mensurar os ativos e passivos da subsidiária (ou asso
ciada ou empreendimento conjunto) pelas mesmas quantias escritura
das que se encontram nas demonstrações financeiras da subsidiária
(ou associada ou empreendimento conjunto), depois de efetuar ajus
tamentos para efeitos de consolidação e contabilização pelo método da
equivalência patrimonial, bem como para os efeitos da concentração
de atividades empresariais pela qual a entidade adquiriu a subsidiária.
Não obstante este requisito, uma empresa-mãe que não seja uma
entidade de investimento não deve aplicar a exceção à consolidação
usada pelas subsidiárias das entidades de investimento. ◄ Da mesma
forma, se uma empresa-mãe for um adoptante pela primeira vez para
as suas demonstrações financeiras separadas mais cedo ou mais tarde
do que para as suas demonstrações financeiras consolidadas, deve
mensurar os seus activos e passivos pelas mesmas quantias em ambas
as demonstrações financeiras, excepto quanto aos ajustamentos de
consolidação.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 557
▼M16
Instrumentos financeiros compostos
D18 A IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação exige que uma
entidade divida no início os instrumentos financeiros compostos em
componentes separados do passivo e do capital próprio. Caso o com
ponente do passivo já não esteja pendente, a aplicação retrospectiva
da IAS 32 implica a separação em duas partes do capital próprio. A
primeira parte é incluída nos resultados retidos e representa os juros
cumulativos acrescidos sobre o componente do passivo. A outra parte
representa o componente original do capital próprio. Contudo, de
acordo com a presente IFRS, se o componente do passivo já não
estiver pendente à data da transição para as IFRS, um adoptante
pela primeira vez não tem de separar estas duas partes.
(a) uma entidade pode fazer uma designação como disponível para
venda na data de transição para as IFRS.
▼M16
(a) prospectivamente a transacções celebradas após 25 de Outubro de
2002; ou
▼M16
(b) na medida em que o passivo estiver dentro do âmbito da IFRIC 1,
estimar a quantia que teria sido incluída no custo do activo rela
cionado quando o passivo surgiu, descontandooaté essa data
usando a melhor estimativa da(s) taxa(s) de desconto histórica(s)
ajustada(s) ao risco que teria(m) sido aplicada(s) a esse passivo
durante o período de intervenção; e
▼M24
D21A Uma entidade que use a isenção prevista no parágrafo D8A, alínea b)
(em relação a activos em petróleo e gás nas fases de desenvolvimento
e produção, contabilizados em centros de custo que incluem todas as
propriedades de uma zona geográfica alargada ao abrigo dos PCGA
anteriores), deve, em vez de aplicar o parágrafo D21 ou a IFRIC 1:
▼M16
Activos financeiros ou activos intangíveis contabilizados de acordo
com a IFRIC 12
D22 Um adoptante pela primeira vez pode aplicar as disposições transitó
rias da IFRIC 12.
▼M18
Transferências de activos provenientes de clientes
D24 Um adoptante pela primeira vez pode aplicar as disposições transitó
rias estabelecidas no parágrafo 22 da IFRIC 18 Transferências de
Activos Provenientes de clientes. Nesse parágrafo, a referência à
data de eficácia deve ser interpretada como 1 de Julho de 2009 ou
a data de transição para as IFRS, consoante a que for mais recente.
Além disso, um adoptante pela primeira vez pode designar qualquer
data antes da data de transição para as IFRS e aplicar a IFRIC 18 a
todas as transferências de activos provenientes de clientes recebidas
em ou após essa data.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 559
▼M28
Extinção de passivos financeiros através de instrumentos de capi
tal próprio
D25 As sociedades que adoptem pela primeira vez as IFRS podem aplicar
as disposições transitórias constantes da IFRIC 19 Extinção de passi
vos financeiros através de instrumentos de capital próprio.
▼M33
Hiperinflação grave
D26 Se uma entidade tem uma moeda funcional que foi, ou é, a moeda de
uma economia híper inflacionária, essa entidade deve determinar se
aquela moeda foi sujeita a uma hiperinflação grave antes da data de
transição para as IFRS. Isto aplica-se tanto às entidades que adoptam
as IFRS pela primeira vez como às entidades que já as tenham apli
cado anteriormente.
▼M37
Acordos conjuntos
D31 Uma entidade que adote pela primeira vez as IFRS pode aplicar as
disposições de transição da IFRS 11, com as seguintes exceções:
▼M33
Custos de descobertura na fase de produção de uma mina a céu
aberto
D32 Um adotante pela primeira vez pode aplicar as disposições transitórias
constantes dos parágrafos A1 a A4 da IFRIC 20 Custos de descober
tura na fase de produção de uma mina a céu aberto. Nesses pará
grafos, a referência à data de eficácia deve ser interpretada como 1 de
janeiro de 2013 ou como o início do primeiro período de relato de
acordo com as IFRS, consoante o que for mais recente.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 561
▼M16
Apêndice E
Isenções de curto prazo das IFRS
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 2
OBJECTIVO
1. O objectivo desta IFRS é especificar o relato financeiro por parte de
uma entidade quando esta empreende uma transacção de pagamento
com base em acções. Em particular, ela exige que uma entidade
reflicta nos seus lucros ou prejuízos e posição financeira os efeitos
das transacções de pagamento com base em acções, incluindo os
gastos associados a transacções em que opções sobre acções são
concedidas aos empregados.
ÂMBITO
▼M23
2. Uma entidade deve aplicar esta IFRS na contabilização de todas as
transacções de pagamento com base em acções, quer a entidade possa
ou não identificar especificamente alguns ou todos os bens ou servi
ços recebidos, incluindo:
__________
▼B
4. Para as finalidades desta IFRS, uma transacção com um empregado
(ou outra parte) na sua capacidade como detentor de instrumentos de
capital próprio da entidade não é uma transacção de pagamento com
base em acções. Por exemplo, se uma entidade conceder a todos os
detentores de uma determinada classe dos seus instrumentos de capital
próprio o direito de adquirir instrumentos de capital próprio adicionais
da entidade a um preço inferior ao justo valor desses instrumentos de
capital próprio, e um empregado receber esse direito por ser detentor
de instrumentos de capital próprio dessa classe em particular, a con
cessão ou exercício desse direito não está sujeita aos requisitos desta
IFRS.
▼M33
6.A. Esta Norma utiliza a expressão «justo valor» de uma forma que difere
em alguns aspectos da definição de justo valor constante da IFRS 13
Mensuração pelo Justo Valor. Assim, quando aplicar a IFRS 2 uma
entidade mensura o justo valor de acordo com esta Norma e não de
acordo com a IFRS 13.
▼B
RECONHECIMENTO
7. Uma entidade deve reconhecer os bens ou serviços recebidos ou
adquiridos numa transacção de pagamento com base em acções
quando obtiver os bens ou à medida que receber os serviços. A
entidade deve reconhecer um aumento correspondente no capital pró
prio se os bens ou serviços foram recebidos numa transacção de
pagamento com base em acções e liquidada com capital próprio, ou
um passivo se os bens e serviços foram adquiridos numa transacção
de pagamento com base em acções e liquidada financeiramente.
▼B
8. Quando os bens ou serviços recebidos ou adquiridos numa transacção
de pagamento com base em acções não se qualificam para reconhe
cimento como activos, devem ser reconhecidos como gastos.
(1) Esta IFRS usa a expressão «por referência ao» em vez de «pelo» porque a transacção é
finalmente mensurada multiplicando o justo valor dos instrumentos de capital próprio
concedidos, mensurados na data especificada nos parágrafos 11. ou 13. (dependendo do
que seja aplicável), pelo número de instrumentos de capital próprio que sejam adquiridos,
conforme explicado no parágrafo 19.
(2) No restante desta IFRS, todas as referências a empregados também incluem outros que
forneçam serviços semelhantes.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 565
▼B
acções são por vezes concedidas como parte de um acordo de bónus,
em vez de o serem como parte da remuneração básica, por exemplo,
como incentivo aos empregados para que se mantenham ao serviço da
entidade ou como recompensa pelos seus esforços em melhorar o
desempenho da entidade. Ao conceder acções ou opções sobre acções,
além de outras remunerações, a entidade está a pagar remuneração
adicional para obter benefícios adicionais. É provável que a estimativa
do justo valor desses benefícios adicionais seja difícil. Dada a dificul
dade de mensurar directamente o justo valor dos serviços recebidos, a
entidade deve mensurar o justo valor dos serviços dos empregados
recebidos por referência ao justo valor dos instrumentos de capital
próprio concedidos.
▼M23
13.A. Em especial, caso se afigure que a retribuição identificável recebida
(caso exista) pela entidade é inferior ao justo valor dos instrumentos
de capital próprio atribuídos ou do passivo assumido, esta situação
indica normalmente que foi (ou será) recebida outra retribuição (isto é,
bens ou serviços não identificáveis) pela entidade. A entidade deve
mensurar os bens ou serviços identificáveis recebidos de acordo com a
presente IFRS. A entidade deve mensurar os bens ou serviços não
identificáveis recebidos (ou a receber) como a diferença entre o justo
valor do pagamento com base em acções e o justo valor de quaisquer
bens ou serviços identificáveis recebidos (ou a receber). A entidade
deve mensurar os bens ou serviços não identificáveis recebidos à data
de concessão. Contudo, para transacções liquidadas financeiramente, o
passivo deve voltar a ser mensurado no final de cada período de relato
até que seja liquidado em conformidade com os parágrafos 30-33.
▼B
Transacções em que são recebidos serviços
14. Se os instrumentos de capital próprio concedidos forem imediatamente
adquiridos, a contraparte não tem de terminar o período de serviço
especificado antes de ter incondicionalmente o direito a esses instru
mentos de capital próprio. Na ausência de provas em contrário, a
entidade deve presumir que os serviços prestados pela contraparte
como retribuição pelos instrumentos de capital próprio foram recebi
dos. Neste caso, na data da concessão, a entidade deve reconhecer os
serviços recebidos na totalidade, com um aumento correspondente no
capital próprio.
▼B
a) se a um empregado forem concedidas opções sobre acções condi
cionadas ao cumprimento de três anos de serviço, então a entidade
deve presumir que os serviços a serem prestados pelo empregado
como retribuição pelas opções sobre acções serão recebidos no
futuro, durante os três anos de período de aquisição;
▼B
Tratamento de condições de aquisição
19. Uma concessão de instrumentos de capital próprio pode estar condi
cionada à satisfação de condições de aquisição específicas. Por exem
plo, uma concessão de acções ou de opções sobre acções a um em
pregado está tipicamente condicionada à permanência desse empre
gado ao serviço da entidade durante um período de tempo especifi
cado. Poderá haver condições de desempenho que terão de ser satis
feitas, tais como a entidade alcançar um crescimento especificado nos
lucros ou um aumento especificado no preço das acções da entidade.
As condições de aquisição, que não sejam condições de mercado, não
devem ser tidas em conta ao estimar o justo valor das acções ou das
opções sobre acções à data de mensuração. Em vez disso, as condi
ções de aquisição devem ser tidas em conta ao ajustar o número de
instrumentos de capital próprio incluídos na mensuração da quantia
transaccionada de modo a que, em última análise, a quantia reconhe
cida de bens e serviços recebidos como retribuição pelos instrumentos
de capital próprio concedidos seja baseada no número de instrumentos
de capital próprio que no final foram adquiridos. Portanto, numa base
cumulativa, nenhuma quantia é reconhecida por bens ou serviços
recebidos se os instrumentos de capital próprio concedidos não forem
adquiridos devido ao não cumprimento de uma condição de aquisição,
por exemplo, a contraparte não termina o período de serviço especi
ficado, ou uma condição de desempenho não é satisfeita, sujeita aos
requisitos do parágrafo 21.
▼M2
Tratamento de condições de não aquisição
21.A. De forma semelhante, uma entidade deve considerar todas as condi
ções de não aquisição quando estimar o justo valor dos instrumentos
de capital próprio concedidos. Portanto, relativamente às concessões
de instrumentos de capital próprio com condições de não aquisição, a
entidade deve reconhecer os bens ou serviços recebidos de uma con
traparte que satisfaça todas as condições de aquisição que não sejam
condições de mercado (por exemplo, serviços recebidos de um em
pregado que permaneça ao serviço durante o período de serviço es
pecificado), independentemente de as condições de não aquisição te
rem sido ou não satisfeitas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 568
▼B
Tratamento de uma característica de recarga
22. Relativamente a opções com uma característica de recarga, a carac
terística de recarga não deve ser tida em conta ao estimar o justo valor
das opções concedidas à data de mensuração. Em vez disso, uma
opção de recarga deve ser contabilizada como concessão de uma
nova opção, se e quando a opção de recarga for posteriormente con
cedida.
▼B
anteriores. Na data de aquisição, a entidade deve rever a estimativa
para igualar o número de instrumentos de capital próprio que
finalmente são adquiridos. Após a data de aquisição, a entidade
deve reverter a quantia reconhecida por bens ou serviços recebidos
se as opções sobre acções forem posteriormente recusadas, ou
caducarem no final da vida das opções sobre acções.
▼M2
28. Se uma concessão de instrumentos de capital próprio for cancelada ou
liquidada durante o período de aquisição (que não seja uma concessão
cancelada por renúncia quando as condições de aquisição não forem
satisfeitas):
▼B
a) a entidade deve contabilizar o cancelamento ou a liquidação como
uma aceleração da aquisição, devendo portanto reconhecer imedia
tamente a quantia que de outra forma teria sido reconhecida por
serviços recebidos durante o restante do período de aquisição;
▼M2
b) qualquer pagamento feito ao empregado no momento do cancela
mento ou da liquidação da concessão deve ser contabilizado como
recompra de um interesse no capital próprio, i.e., como uma de
dução no capital próprio, excepto até ao ponto em que o paga
mento exceder o justo valor dos instrumentos de capital próprio
concedidos, mensurados à data da recompra. Um tal excesso deve
ser reconhecido como um gasto. Porém, se o acordo de pagamento
com base em acções incluía componentes do passivo, a entidade
deve remensurar o justo valor do passivo à data de cancelamento
ou de liquidação. Qualquer pagamento feito para liquidar o com
ponente do passivo deve ser contabilizado como extinção do pas
sivo;
▼B
c) se novos instrumentos de capital próprio forem concedidos ao empre
gado e, na data em que esses novos instrumentos de capital próprio
forem concedidos, a entidade identificar os novos instrumentos de
capital próprio concedidos como instrumentos de capital próprio de
substituição pelos instrumentos de capital próprio cancelados, a enti
dade deve contabilizar a concessão dos instrumentos de capital próprio
de substituição da mesma forma que uma modificação na concessão
original de instrumentos de capital próprio, de acordo com o parágrafo
27. e a orientação do Apêndice B. O justo valor incremental concedido
é a diferença entre o justo valor dos instrumentos de capital próprio de
substituição e o justo valor líquido dos instrumentos de capital próprio
cancelados, à data em que os instrumentos de capital próprio de subs
tituição forem concedidos. O justo valor líquido dos instrumentos de
capital próprio cancelados é o seu justo valor imediatamente antes do
cancelamento, menos a quantia de qualquer pagamento feito ao em
pregado aquando do cancelamento dos instrumentos de capital próprio
que é contabilizada como dedução no capital próprio de acordo com a
alínea b) atrás. Se a entidade não identificar os novos instrumentos de
capital próprio concedidos como instrumentos de capital próprio de
substituição pelos instrumentos de capital próprio cancelados, a enti
dade deve contabilizar esses novos instrumentos de capital próprio
como uma nova concessão de instrumentos de capital próprio.
▼M2
28.A. Se uma entidade ou contraparte puder optar por cumprir ou não uma
condição de não aquisição, a entidade deve tratar o não cumprimento,
por parte da entidade ou da contraparte, dessa condição de não aqui
sição, durante o período de aquisição, como um cancelamento.
▼B
29. Se uma entidade recomprar instrumentos de capital próprio adquiri
dos, o pagamento feito ao empregado deve ser contabilizado como
uma dedução no capital próprio, excepto até ao ponto em que o
pagamento exceder o justo valor dos instrumentos de capital próprio
recomprados, mensurados à data da recompra. Um tal excesso deve
ser reconhecido como um gasto.
▼B
31. Por exemplo, uma entidade poderá conceder direitos de valorização de
acções aos empregados como parte do seu pacote remuneratório, pelo
que os empregados terão direito a um futuro pagamento em dinheiro
(em vez de um instrumento de capital próprio), com base no aumento
do preço das acções da entidade a partir de um nível especificado e
durante um período de tempo especificado. Ou uma entidade poderá
conceder aos seus empregados o direito de receber um futuro paga
mento em dinheiro concedendo-lhes o direito a acções (incluindo
acções a serem emitidas mediante o exercício de opções sobre acções)
que sejam remíveis, tanto obrigatoriamente (por exemplo, aquando da
cessação do emprego) como por opção do empregado.
(1) Nos parágrafos 35.-43., todas as referências a dinheiro também incluem outros activos da
entidade.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 572
▼B
um
componente de dívida (i.e., o direito da contraparte de exigir o paga
mento em dinheiro) e um componente do capital próprio (i.e., o
direito da contraparte de exigir a liquidação em instrumentos de ca
pital próprio em vez de dinheiro). Relativamente a transacções com
outras partes diferentes dos empregados, em que o justo valor dos
bens ou serviços recebidos é mensurado directamente, a entidade deve
mensurar o componente do capital próprio do instrumento financeiro
composto como sendo a diferença entre o justo valor dos bens ou
serviços recebidos e o justo valor do componente da dívida, à data em
que os bens ou serviços são recebidos.
▼B
40. Se a entidade pagar em dinheiro no momento da liquidação em vez de
emitir instrumentos de capital próprio, esse pagamento deve ser apli
cado para liquidar o passivo na sua totalidade. Um componente do
capital próprio anteriormente reconhecido deve manter-se no capital
próprio. Ao optar por receber dinheiro no momento da liquidação, a
contraparte recusa o direito de receber instrumentos de capital próprio.
Contudo, este requisito não exclui que a entidade reconheça uma
transferência no capital próprio, i.e., uma transferência de um compo
nente do capital próprio para um outro.
▼M23
TRANSACÇÕES DE PAGAMENTO COM BASE EM ACÇÕES ENTRE EN
TIDADES DO MESMO GRUPO (EMENDAS DE 2009)
43.A. Relativamente a transacções de pagamento com base em acções entre
entidades do mesmo grupo, nas suas demonstrações financeiras sepa
radas ou individuais, a entidade que recebe os bens ou serviços deve
mensurá-los como uma transacção de pagamento com base em acções
e liquidada com capital próprio ou liquidada financeiramente, me
diante a avaliação do seguinte:
▼B
DIVULGAÇÕES
44. Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes das
demonstrações financeiras compreender a natureza e a extensão dos
acordos de pagamento com base em acções que existiram durante o
período.
46. Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes das
demonstrações financeiras compreender como foi determinado o justo
valor dos bens ou serviços recebidos, ou o justo valor dos instrumen
tos de capital próprio concedidos, durante o período.
▼B
a) para as opções sobre acções concedidas durante o período, a média
ponderada do justo valor dessas opções à data de mensuração e
informação sobre como o justo valor foi mensurado, incluindo:
50. Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes das
demonstrações financeiras compreender o efeito das transacções de
pagamento com base em acções nos lucros ou prejuízos da entidade
do período em questão e na sua posição financeira.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 577
▼B
51. Para tornar efectivo o princípio do parágrafo 50., a entidade deve
divulgar pelo menos o seguinte:
52. Se a informação que esta IFRS exige que seja divulgada não satisfizer
os princípios enunciados nos parágrafos 44, 46 e 50, a entidade deve
divulgar qualquer informação adicional que seja necessária para os
satisfazer.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
53. Relativamente a transacções de pagamento com base em acções e
liquidadas com capital próprio, a entidade deve aplicar esta IFRS a
concessões de acções, opções sobre acções ou outros instrumentos de
capital próprio que tenham sido concedidos após 7 de Novembro de
2002 e que não tenham ainda sido adquiridos à data de eficácia desta
IFRS.
57. Se, após a data de eficácia da IFRS, uma entidade modificar os termos
ou condições de uma concessão de instrumentos de capital próprio às
quais esta IFRS não tenha sido aplicada, a entidade deve não obstante
aplicar os parágrafos 26.-29. para contabilizar essas modificações.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 578
▼B
58. Relativamente a passivos resultantes de transacções de pagamento
com base em acções existentes à data de eficácia desta IFRS, a
entidade deve aplicar a IFRS retrospectivamente. Relativamente a
esses passivos, a entidade deve reexpressar informação comparativa,
incluindo ajustamentos no saldo de abertura de resultados retidos no
período mais antigo apresentado para o qual tenha sido reexpressa
informação comparativa, com a excepção de que a entidade não
tem de reexpressar informação comparativa até ao ponto em que
essa informação diga respeito a um período ou data anterior a 7 de
Novembro de 2002.
DATA DE EFICÁCIA
60. Uma entidade deve aplicar esta IFRS aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar a IFRS a um período que tenha início antes
de 1 Janeiro 2005, ela deve divulgar esse facto.
▼M22
61. A IFRS 3 (tal como revista em 2008) e o documento Melhoramentos
Introduzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009 emendaram o pará
grafo 5. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais
com início em ou após 1 de Julho de 2009. É permitida a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar a IFRS 3 (revista em 2008) a um
período anterior, as emendas também deverão ser aplicadas a esse
período anterior.
▼M2
62. Uma entidade deve aplicar as seguintes emendas retrospectivamente
aos períodos anuais com início em ou após 1 Janeiro 2009:
▼M23
63. Uma entidade deve aplicar retroactivamente as seguintes emendas
introduzidas pelo documento Transacções de pagamento intragrupo
com base em acções e liquidadas financeiramente, emitido em Junho
de 2009, sob reserva das disposições transitórias enunciadas nos pará
grafos 53-59, em conformidade com a IAS 8 Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, relativamente a
períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2010:
▼M23
b) as definições revistas do Apêndice A dos seguintes termos:
▼M32
63.A. A IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas e a IFRS 11,
emitidas em Maio de 2011, emendaram o parágrafo 5 e o Apêndice
A. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS
10 e a IFRS 11.
▼M23
RETIRADA DE INTERPRETAÇÕES
64. O documento Transacções de pagamento intragrupo com base em
acções e liquidadas financeiramente, emitido em Junho de 2009,
substitui a IFRIC 8 Âmbito da IFRS 2 e a IFRIC 11 IFRS 2 —
Transacções Intragrupo e de Acções Próprias. As emendas introdu
zidas por esse documento incluem os requisitos estabelecidos anterior
mente na IFRIC 8 e na IFRIC 11 do seguinte modo:
▼B
Apêndice A
Termos definidos
Este apêndice faz parte integrante desta IFRS.
▼M23
transacção de paga Uma transacção de pagamento com base em
mento com base em ac acções em que a entidade adquire bens ou serviços
ções e liquidada finan ao incorrer num passivo para transferir dinheiro ou
ceiramente outros activos para o fornecedor desses bens ou
serviços por quantias que se baseiam no preço
(ou valor) de instrumentos de capital próprio
(incluindo acções ou opções sobre acções) da en
tidade ou de outra entidade do grupo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 580
▼B
empregados e outros que Indivíduos que prestam serviços pessoais à enti
forneçam serviços seme dade e quer a) os indivíduos são considerados em
lhantes pregados para efeitos legais ou fiscais, quer b) os
indivíduos trabalham para a entidade sob a sua
direcção da mesma forma que os indivíduos que
são considerados empregados para efeitos legais ou
fiscais, quer c) os serviços prestados são semelhan
tes aos prestados por empregados. Por exemplo, o
termo engloba todo o pessoal de gestão, i.e., aque
las pessoas que têm autoridade e responsabilidade
no planeamento, direcção e controlo das activida
des da entidade, incluindo directores não executi
vos.
(1)
▼M23
transacção de paga Uma transacção de pagamento com base em
mento com base em acções em que a entidade
acções e liquidada com
capital próprio
▼B
(1) A Estrutura Conceptual define um passivo como uma obrigação presente da entidade
resultante de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo
da entidade de recursos incorporando benefícios económicos (i.e., um exfluxo de di
nheiro ou outros activos da entidade).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 581
▼B
data de concessão A data em que a entidade e outra parte (incluindo
um empregado) acordam um acordo de pagamento
com base em acções, sendo quando a entidade e a
contraparte tiverem uma compreensão partilhada
dos termos e condições do acordo. Na data da
concessão, a entidade confere à contraparte o di
(1) reito a receber dinheiro, outros activos, ou instru
mentos de capital próprio da entidade, desde que
as condições de aquisição especificadas, se existi
rem, sejam satisfeitas. Se esse acordo estiver su
jeito a um processo de aprovação (por exemplo,
por accionistas), a data de concessão é a data em
que a aprovação for obtida.
▼B
▼M23
acordo de pagamento Um acordo entre a entidade (ou outra entidade do
com base em acções grupo (a) ou qualquer accionista de qualquer enti
dade do grupo) e outra parte (incluindo um empre
gado) que autoriza a outra parte a receber
▼B
▼M2
▼B
Apêndice B
Guia de Aplicação
▼B
Acções
B2 Para acções concedidas a empregados, o justo valor das acções deve
ser mensurado pelo preço de mercado das acções da entidade (ou por
um preço de mercado estimado, se as acções da entidade não forem
negociadas publicamente), ajustado para ter em consideração os ter
mos e condições segundo os quais as acções foram concedidas (ex
cepto as condições de aquisição que estejam excluídas da mensuração
do justo valor de acordo com os parágrafos 19.-21.).
▼B
B6 Todos os modelos de apreçamento de opções têm em conta, no mí
nimo, os seguintes factores:
b) a vida da opção;
▼B
Inputs dos modelos de apreçamento de opções
B11 Ao estimar a volatilidade esperada e os dividendos das acções subja
centes, o objectivo é aproximar as expectativas que seriam reflectidas
num preço de mercado corrente ou de troca negociada pela opção. De
modo semelhante, ao estimar os efeitos do exercício antecipado das
opções sobre acções de empregados, o objectivo é aproximar as ex
pectativas que uma parte externa com acesso a informação detalhada
acerca do comportamento de exercício dos empregados teria desen
volvido com base na informação disponível à data da concessão.
▼B
B18 Os factores a considerar ao estimar o exercício antecipado incluem:
▼B
empregados que não estejam sujeitos a essa disposição. Nessas situa
ções, separar as opções por grupos de destinatários com comporta
mentos de exercício relativamente homogéneos resultará numa estima
tiva mais exacta do justo valor total das opções sobre acções conce
didas.
Volatilidade esperada
B22 A volatilidade esperada é uma medida da quantia pela qual se espera
que um preço flutue durante um período. A medida da volatilidade
usada nos modelos de apreçamento de opções é o desvio padrão
anualizado das taxas de retorno de uma acção continuamente compos
tas durante um período de tempo. A volatilidade é normalmente ex
pressa em termos anualizados que são comparáveis independente
mente do período de tempo usado no cálculo, por exemplo, observa
ções de preços diárias, semanais ou mensais.
B23 A taxa de retorno (que pode ser positiva ou negativa) de uma acção
durante um período mensura o quanto um accionista beneficiou dos
dividendos e da valorização (ou depreciação) do preço da acção.
▼B
e) intervalos apropriados e regulares para observações de preços. As
observações de preços deviam ser consistentes de período em pe
ríodo. Por exemplo, uma entidade poderá usar o preço de fecho de
cada semana ou o preço mais alto da semana, mas não deve usar o
preço de fecho de determinadas semanas e o preço mais alto de
outras. Além disso, as observações de preços devem ser expressas
na mesma moeda que a do preço de exercício.
Entidades recém-cotadas
B26 Conforme referido no parágrafo B25, uma entidade deve considerar a
volatilidade histórica do preço das acções durante o período mais
recente que é geralmente proporcional ao prazo da opção esperado.
Se uma entidade recém-cotada não tiver informação suficiente sobre a
volatilidade histórica, ela deve não obstante calcular a volatilidade
histórica referente ao período mais longo para o qual a actividade
de negociação esteja disponível. Deve também considerar a volatili
dade histórica de entidades semelhantes no seguimento de um período
comparável nas suas vidas. Por exemplo, uma entidade que esteja
cotada há apenas um ano e que conceda opções com uma vida média
esperada de cinco anos poderá considerar o padrão e o nível de
volatilidade histórica das entidades do mesmo sector durante os pri
meiros seis anos em que as acções dessas entidades foram publica
mente negociadas.
B28 Em alguns casos, uma entidade não cotada que emita regularmente
opções ou acções para os empregados (ou outras partes) poderá ter
estabelecido um mercado interno para as suas acções. Deve
considerar-se a volatilidade dos preços dessas acções ao estimar a
volatilidade esperada.
B30 Se a entidade não tiver baseado a sua estimativa do valor das suas
acções nos preços das acções de entidades cotadas semelhantes, e
tiver usado outra metodologia de valorização para determinar o valor
das suas acções, a entidade pode derivar uma estimativa da volatili
dade esperada que seja consistente com a estimativa da metodologia
de valorização. Por exemplo, a entidade poderá avaliar as suas acções
numa base de activos líquidos ou resultados. Deve considerar a vo
latilidade esperada desses valores de activos líquidos ou resultados.
Dividendos esperados
B31 Se os dividendos esperados devem ser tidos em conta ao mensurar o
justo valor das acções ou das opções concedidas depende se a con
traparte tiver direito a dividendos ou a equivalentes a dividendos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 590
▼B
B32 Por exemplo, se aos empregados foram concedidas opções e tiverem
direito a dividendos sobre as acções subjacentes ou equivalentes a
dividendos (os quais poderão ser pagos em dinheiro ou aplicados
para reduzir o preço de exercício) entre a data da concessão e a
data de exercício, as opções concedidas devem ser valorizadas
como se não fossem pagos dividendos sobre as acções subjacentes,
i.e., o input para dividendos esperados deve ser zero.
▼B
das emissões governamentais de cupão zero não é representativo da
taxa de juro sem risco (por exemplo, em economias de inflação ele
vada). Além disso, um substituto apropriado deve ser usado se os
participantes do mercado determinarem tipicamente a taxa de juro
sem risco usando esse substituto, em vez do rendimento inerente
das emissões governamentais de cupão zero, ao estimar o justo valor
de uma opção com uma vida igual ao prazo esperado da opção a ser
valorizada.
B39 Pelo contrário, se as opções sobre acções forem subscritas pela enti
dade, novas acções são emitidas quando aquelas opções sobre acções
forem exercidas (ou realmente emitidas ou emitidas em substância, se
forem usadas acções previamente recompradas e detidas em tesoura
ria). Dado que as acções serão emitidas ao preço de exercício e não ao
preço de mercado corrente à data de exercício, esta diluição real ou
potencial pode reduzir o preço da acção, de forma que o detentor da
opção não tem um ganho tão grande no momento do exercício como
ao exercer uma outra opção negociada semelhante que não dilua o
preço da acção.
B40 Se isto tem um efeito significativo no valor das opções sobre acções
concedidas depende de vários factores, tais como o número de novas
acções que serão emitidas no momento do exercício das opções com
parado com o número de acções já emitidas. Além disso, se o mer
cado já espera que a concessão de opções tenha lugar, o mercado
pode já ter incluído a potencial diluição no preço das acções à data da
concessão.
▼B
B43 Para aplicar os requisitos do parágrafo 27.:
▼B
a) se a modificação reduzir o justo valor dos instrumentos de capital
próprio concedidos, mensurados imediatamente antes e depois da
modificação, a entidade não deve ter em conta esse decréscimo no
justo valor e deve continuar a mensurar a quantia reconhecida por
serviços recebidos como retribuição pelos instrumentos de capital
próprio com base no justo valor à data da concessão dos instru
mentos de capital próprio concedidos;
▼M23
Transacções de pagamento com base em acções entre entidades do mesmo
grupo (emendas de 2009)
B45 Os parágrafos 43A–43C tratam da contabilização das transacções de
pagamento com base em acções entre entidades do mesmo grupo no
quadro das demonstrações financeiras separadas ou individuais de
cada entidade. Nos parágrafos B46-B61 analisa-se o modo como de
vem ser respeitados os requisitos constantes dos parágrafos 43A–43C.
Tal como salientado no parágrafo 43D, podem realizar-se transacções
de pagamento com base em acções entre entidades do mesmo grupo
devido a uma série de diferentes razões, em função dos factos e das
circunstâncias. Por conseguinte, esta análise não é exaustiva e pres
supõe, quando a entidade que recebe os bens ou serviços não tem a
obrigação de liquidar a transacção, que esta transacção constitui uma
contribuição de capital próprio por parte da empresa-mãe à sua sub
sidiária, independentemente de quaisquer acordos de reembolso intra
grupo.
▼M23
a) uma entidade concede aos seus empregados direitos sobre instru
mentos do seu capital próprio (por exemplo, opções sobre acções)
e decide ou é obrigada a adquirir instrumentos de capital próprio
(ou seja, acções próprias) a outra parte, a fim de satisfazer as suas
obrigações para com os seus empregados; e
B52 Por conseguinte, a segunda questão diz respeito aos seguintes acordos
de pagamento com base em acções:
▼M23
b) uma subsidiária concede aos seus empregados direitos sobre os
instrumentos de capital próprio da sua empresa-mãe: a subsidiária
tem a obrigação de conceder aos seus empregados os instrumentos
de capital próprio.
▼M23
B58 Pelo facto de a empresa-mãe ter a obrigação de liquidar a transacção
com os empregados e a retribuição ser em dinheiro, a empresa-mãe (e
o grupo consolidado) devem mensurar a sua obrigação em conformi
dade com os requisitos aplicáveis às transacções de pagamento com
base em acções e liquidadas financeiramente constantes do parágrafo
43C.
Transferência de empregados entre entidades do grupo
B59 A quarta questão refere-se aos acordos de pagamento com base em
acções do grupo que envolvem empregados de mais de uma das suas
entidades. Por exemplo, uma empresa-mãe pode conceder direitos
sobre os seus instrumentos de capital próprio aos empregados das
suas subsidiárias, na condição de a conclusão da prestação continuada
do serviço ao grupo chegar ao seu termo dentro do período especifi
cado. Um empregado de uma subsidiária pode transferir o seu vínculo
laboral para outra subsidiária durante o período de aquisição especi
ficado sem serem afectados os seus direitos sobre instrumentos de
capital próprio da empresa-mãe, nos termos do acordo de pagamento
com base em acções inicial. Se as subsidiárias não tiverem a obriga
ção de liquidar a transacção de pagamento com base em acções junto
dos seus empregados, devem contabilizá-la como sendo uma transac
ção liquidada com capital próprio. Cada subsidiária deve mensurar os
serviços recebidos do empregado por referência ao justo valor dos
instrumentos de capital próprio à data de concessão inicial dos direitos
sobre esses instrumentos por parte da empresa-mãe, definida no Apên
dice A, bem como à proporção do período de aquisição em que o
empregado esteve ao serviço de cada subsidiária.
B60 Se a subsidiária tiver a obrigação de liquidar a transacção junto dos
seus empregados com instrumentos de capital próprio da sua
empresa-mãe, deve contabilizar a transacção como sendo liquidada
financeiramente. Todas as subsidiárias devem mensurar os serviços
recebidos com base no justo valor à data de concessão dos instrumen
tos de capital próprio relativamente à proporção do período de aqui
sição em que o empregado esteve ao serviço de cada subsidiária.
Além disso, todas as subsidiárias devem reconhecer quaisquer altera
ções do valor justo dos instrumentos de capital próprio durante o
período de serviço do empregado junto de cada subsidiária.
B61 Após ter sido transferido entre entidades do grupo, esse empregado
pode deixar de satisfazer uma condição de aquisição que não seja uma
condição de mercado, tal como definida no Apêndice A, nomeada
mente se o empregado deixar o grupo antes de concluir o período de
serviço. Neste caso, porque a condição de aquisição consiste em estar
ao serviço do grupo, cada uma das subsidiárias deve ajustar a quantia
reconhecida previamente no que diz respeito aos serviços recebidos do
empregado, em conformidade com os princípios constantes do pará
grafo 19. Por conseguinte, caso os direitos sobre instrumentos de
capital próprio concedidos pela empresa-mãe não sejam adquiridos
devido ao facto de um empregado não satisfazer uma condição de
aquisição que não seja uma condição de mercado, não é reconhecida
qualquer quantia numa base cumulativa nas demonstrações financeiras
de qualquer entidade do grupo pelos serviços recebidos desse empre
gado.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 597
▼M12
OBJECTIVO
1. O objectivo desta IFRS é melhorar a relevância, fiabilidade e compa
rabilidade das informações que uma entidade que relata proporciona
nas suas demonstrações financeiras sobre uma concentração de acti
vidades empresariais e os seus efeitos. Para tal, esta IFRS estabelece
princípios e requisitos para a forma como o adquirente:
ÂMBITO
2. Esta IFRS aplica-se a uma transacção ou outro acontecimento que
cumpra a definição de uma concentração de actividades empresariais.
Esta IFRS não se aplica:
▼M38
2.A. Os requisitos desta norma não se aplicam à aquisição por uma enti
dade de investimento, tal como definido na IFRS 10 Demonstrações
Financeiras Consolidadas, de um investimento numa subsidiária que
deva ser mensurada pelo justo valor através dos resultados.
▼M12
IDENTIFICAR UMA CONCENTRAÇÃO DE ACTIVIDADES EM
PRESARIAIS
3. Uma entidade deve determinar se uma transacção ou outro acon
tecimento é uma concentração de actividades empresariais apli
cando a definição contida nesta IFRS, que exige que os activos
adquiridos e os passivos assumidos constituam uma actividade
empresarial. Se os activos adquiridos não são uma actividade
empresarial, a entidade que relata deve contabilizar a transacção
ou outro acontecimento como uma aquisição de activos. Os pará
grafos B5–B12 proporcionam orientação sobre a identificação de
uma concentração de actividades empresariais e a definição de
uma actividade empresarial.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 598
▼M12
O MÉTODO DE AQUISIÇÃO
4. Uma entidade deve contabilizar cada concentração de actividades
empresariais aplicando o método de aquisição.
a) a identificação da adquirente;
Identificar a adquirente
6. Para cada concentração de actividades empresariais, uma das
entidades que se concentram deve ser identificada como a adqui
rente.
▼M32
►M38 7. As orientações incluídas na IFRS 10 devem ser utilizadas para iden
tificar a adquirente ◄, ou seja, a entidade que obtém controlo de
outra entidade, a adquirida. Se tiver ocorrido uma concentração de
actividades empresariais mas a aplicação das orientações da IFRS 10
não indicar claramente qual das entidades concentradas é a adquirente,
os factores referidos nos parágrafos B14-B18 devem ser considerados
nessa determinação.
▼M12
Determinar a data de aquisição
8. A adquirente deve identificar a data de aquisição, que é a data na
qual a adquirente obtém o controlo sobre a adquirida.
Princípio do reconhecimento
10. A partir da data de aquisição, a adquirente deve reconhecer,
separadamente do goodwill, os activos identificáveis adquiridos,
os passivos assumidos e qualquer interesse que não controla na
adquirida. O reconhecimento de activos identificáveis adquiridos e
passivos assumidos está sujeito às condições especificadas nos pa
rágrafos 11 e 12.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 599
▼M12
Condições de reconhecimento
11. Para se qualificarem para reconhecimento como parte da aplicação do
método de aquisição, os activos identificáveis adquiridos e os passivos
assumidos têm de cumprir as definições de activos e passivos contidas
na Estrutura Conceptual para a Preparação e Apresentação de De
monstrações Financeiras à data de aquisição. Por exemplo, os custos
que a adquirente espera, mas nos quais não é obrigada a incorrer no
futuro para efectivar o seu plano de abandonar uma actividade de uma
adquirida ou de terminar o emprego de ou transferir empregados de
uma adquirida não são passivos à data de aquisição. Portanto, a ad
quirente não reconhece esses custos como parte da aplicação do mé
todo de aquisição. Em vez disso, a adquirente reconhece esses custos
nas suas demonstrações financeiras pós-concentração em conformi
dade com outras IFRS.
▼M12
a) a classificação de activos e passivos financeiros específicos como
um activo ou passivo financeiro pelo justo valor através dos lucros
ou prejuízos, ou como um activo financeiro disponível para venda
ou detido até à maturidade, em conformidade com a IAS 39 Ins
trumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;
Princípio da mensuração
18. A adquirente deve mensurar os activos identificáveis adquiridos e os
passivos assumidos pelos seus justos valores à data de aquisição.
▼M29
19. Para cada concentração de actividades empresariais, a adquirente deve
mensurar à data de aquisição os componentes de interesses que não
controlam na adquirida que constituem interesses de propriedade pre
sentes e conferem aos seus detentores o direito a uma parte propor
cional dos activos líquidos da entidade em caso de liquidação:
▼M33
20. Os parágrafos 24-31 especificam os tipos de activos e passivos iden
tificáveis que incluem instrumentos relativamente aos quais esta
Norma prevê excepções limitadas ao princípio de mensuração.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 601
▼M12
Excepções aos princípios do reconhecimento ou da mensuração
21. Esta IFRS proporciona excepções limitadas aos seus princípios do
reconhecimento e da mensuração. Os parágrafos 22–31 especificam
quer os itens específicos para os quais se proporcionam excepções
quer a natureza dessas excepções. A adquirente deve contabilizar
esses itens aplicando os requisitos constantes dos parágrafos 22–31,
resultando que alguns itens serão:
▼M12
25. A adquirente deve contabilizar os potenciais efeitos fiscais de diferen
ças temporárias e transportes de uma adquirida que existam à data de
aquisição ou que surjam como resultado da aquisição em conformi
dade com a IAS 12.
Activos de indemnização
27. O vendedor numa concentração de actividades empresarias pode in
demnizar contratualmente a adquirente pelo desfecho de uma contin
gência ou incerteza relacionada com todo ou parte de um activo ou
passivo específico. Por exemplo, o vendedor pode indemnizar a ad
quirente por perdas acima de uma quantia especificada sobre um
passivo resultante de uma contingência particular; por outras palavras,
o vendedor vai garantir que o passivo da adquirente não excede uma
quantia especificada. Como resultado, a adquirente obtém um activo
de indemnização. A adquirente deve reconhecer um activo de indem
nização ao mesmo tempo que reconhece o item indemnizado mensu
rado na mesma base que o item indemnizado, sujeito à necessidade de
uma dedução de valorização por quantias incobráveis. Portanto, se a
indemnização se relacionar com um activo ou passivo que seja reco
nhecido à data de aquisição e mensurado pelo seu justo valor à data
de aquisição, a adquirente deve reconhecer o activo de indemnização
à data de aquisição mensurado pelo seu justo valor à data de aquisi
ção. Para um activo de indemnização mensurado pelo justo valor, os
efeitos da incerteza quanto a fluxos de caixa futuros devido a consi
derações de cobrabilidade são incluídos na mensuração pelo justo
valor, não sendo necessária uma dedução de valorização (o parágrafo
B41 proporciona as respectivas orientações de aplicação).
▼M29
Transacções de pagamento com base em acções
30. A adquirente deve mensurar um passivo ou um instrumento de capital
próprio relacionado com transacções de pagamento com base em
acções da adquirida, ou a substituição das transacções de pagamento
com base em acções da adquirida por transacções de pagamento com
base em acções da adquirente, em conformidade com o método des
crito na IFRS 2 Pagamento com base em acções, à data de aquisição.
(Esta IFRS refere-se ao resultado desse método como a «mensuração
baseada no mercado» da transacção de pagamento com base em ac
ções).
▼M12
Activos detidos para venda
31. A adquirente deve mensurar um activo não corrente adquirido (ou
grupo de alienação) que seja classificado como detido para venda à
data de aquisição em conformidade com a IFRS 5 Activos Não Cor
rentes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas
pelo justo valor menos os custos de vender em conformidade com os
parágrafos 15–18 dessa IFRS.
a) o agregado de:
▼M12
Compras a preço baixo
34. Ocasionalmente, uma adquirente fará uma compra a preço baixo, que
é uma concentração de actividades empresariais em que a quantia no
parágrafo 32(b) excede o agregado das quantias especificadas no pa
rágrafo 32(a). Se esse excesso permanecer após a aplicação dos re
quisitos contidos no parágrafo 36, a adquirente deve reconhecer o
ganho resultante nos lucros ou prejuízos à data de aquisição. O ganho
deve ser atribuído à adquirente.
35. Uma compra a preço baixo poderá ocorrer, por exemplo, numa con
centração de actividades empresariais que seja uma venda forçada em
que o vendedor está a agir por compulsão. Contudo, as excepções ao
reconhecimento ou à mensuração de itens específicos referidos nos
parágrafos 22–31 também poderão resultar no reconhecimento de um
ganho (ou alterar a quantia de um ganho reconhecido) com uma
compra a preço baixo.
d) a retribuição transferida.
Retribuição transferida
37. A retribuição transferida numa concentração de actividades empresa
riais deve ser mensurada pelo justo valor, o qual deve ser calculado
como a soma dos justos valores à data de aquisição dos activos trans
feridos pela adquirente, dos passivos incorridos pela adquirente em
relação a ex-proprietários da adquirida e os interesses de capital pró
prio emitidos pela adquirente. (Contudo, qualquer porção dos prémios
de pagamento com base em acções da adquirente trocados por pré
mios detidos pelos empregados da adquirida que seja incluída na
retribuição transferida na concentração de actividades empresariais
deve ser mensurada em conformidade com o parágrafo 30 em vez
de pelo justo valor.) Exemplos de potenciais formas de retribuição
incluem dinheiro, outros activos, uma actividade empresarial ou uma
subsidiária da adquirente, retribuição contingente, instrumentos de
capital próprio ordinários ou preferenciais, opções, warrants e interes
ses de membros de entidades mútuas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 605
▼M12
38. A retribuição transferida poderá incluir activos ou passivos da adqui
rente que tenham quantias escrituradas que diferem dos seus justos
valores à data de aquisição (por exemplo, activos não monetários ou
uma actividade empresarial da adquirente). Se assim for, a adquirente
deve remensurar os activos ou passivos transferidos pelos seus justos
valores à data de aquisição e reconhecer os ganhos ou perdas resul
tantes, se os houver, nos lucros ou prejuízos. Porém, por vezes, os
activos ou passivos transferidos permanecem na entidade concentrada
após a concentração de actividades empresariais (por exemplo, porque
os activos ou passivos foram transferidos para a adquirida em vez de
para os seus ex-proprietários), pelo que a adquirente retém o controlo
sobre eles. Nessa situação, a adquirente deve mensurar esses activos e
passivos pelas suas quantias escrituradas imediatamente antes da data
de aquisição e não deve reconhecer, nos lucros ou prejuízos, um
ganho ou perda com activos ou passivos que ela controla tanto antes
como após a concentração de actividades empresariais.
Retribuição contingente
39. A retribuição que a adquirente transfere em troca da adquirida inclui
qualquer activo ou passivo resultante de um acordo de retribuição
contingente (ver parágrafo 37). A adquirente deve reconhecer o justo
valor à data de aquisição da retribuição contingente como parte da
retribuição transferida em troca da adquirida.
▼M12
Uma concentração de actividades empresariais alcançada sem a
transferência de retribuição
43. Por vezes, uma adquirente obtém o controlo de uma adquirida sem
transferir uma retribuição. O método de aquisição da contabilização de
uma concentração de actividades empresariais aplica-se a essas con
centrações. Essas circunstâncias incluem:
Período de mensuração
45. Se a contabilização inicial de uma concentração de actividades
empresariais não estiver concluída no final do período de relato
em que ocorre a concentração, a adquirente deve relatar nas suas
demonstrações financeiras quantias provisórias para os itens cuja
contabilização não tenha sido concluída. Durante o período de
mensuração, a adquirente deve ajustar retrospectivamente as
quantias provisórias reconhecidas à data de aquisição de modo
a reflectir novas informações obtidas sobre factos e circunstâncias
que existiam à data de aquisição e que, se fossem conhecidas,
teriam afectado a mensuração das quantias reconhecidas nessa
data. Durante o período de mensuração, a adquirente deve tam
bém reconhecer activos ou passivos adicionais se novas informa
ções forem obtidas sobre factos e circunstâncias que existiam à
data de aquisição e que, se fossem conhecidas, teriam resultado no
reconhecimento desses activos e passivos nessa data. O período de
mensuração termina assim que a adquirente receber as informa
ções que procurava sobre factos e circunstâncias que existiam à
data de aquisição ou vier a saber que não é possível obter mais
informações. Porém, o período de mensuração não deve exceder
um ano a contar da data de aquisição.
▼M12
b) a retribuição transferida para a adquirida (ou outra quantia utilizada
na mensuração do goodwill);
▼M12
Determinar o que faz parte da transacção de uma concentração
de actividades empresariais
51. A adquirente e a adquirida poderão já ter tido uma relação ou
outro acordo antes de se terem iniciado as negociações relativas à
concentração de actividades empresariais, ou poderão fazer um
acordo durante as negociações que seja separado da concentração
de actividades empresariais. Em qualquer das situações, a adqui
rente deve identificar quaisquer quantias que não façam parte
daquilo que a adquirente e a adquirida (ou os seus
ex-proprietários) trocaram na concentração de actividades empre
sariais, i.e., quantias que não façam parte da troca pela adquirida.
A adquirente deve reconhecer, como parte da aplicação do mé
todo de aquisição, apenas a retribuição transferida pela adquirida
e os activos adquiridos e passivos assumidos em troca pela adqui
rida. Transacções separadas devem ser contabilizadas de acordo
com as IFRS relevantes.
a) direitos readquiridos;
c) activos de indemnização; e
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 609
▼M12
d) retribuição contingente.
Direitos readquiridos
55. Um direito readquirido reconhecido como activo intangível deve ser
amortizado ao longo do restante período contratual do contrato no
qual o direito foi concedido. Uma adquirente que vender subsequen
temente um direito readquirido a terceiros deve incluir a quantia es
criturada do activo intangível ao determinar o ganho ou perda com a
venda.
Passivos contingentes
56. Após o reconhecimento inicial e até o passivo ser liquidado, cance
lado ou expirar, a adquirente deve mensurar um passivo contingente
reconhecido numa concentração de actividades empresariais pelo valor
mais alto entre:
Activos de indemnização
57. No final de cada período de relato subsequente, a adquirente deve
mensurar um activo de indemnização que tenha sido reconhecido à
data de aquisição na mesma base que o passivo ou activo indemni
zado, sujeito a quaisquer limitações contratuais à sua quantia e, no
caso de um activo de indemnização que não seja subsequentemente
mensurado pelo seu justo valor, à avaliação por parte da gerência da
cobrabilidade do activo de indemnização. A adquirente deve desreco
nhecer o activo de indemnização apenas quando cobrar o activo, o
vender ou de outro modo perder o direito ao mesmo.
Retribuição contingente
58. Algumas alterações no justo valor da retribuição contingente que a
adquirente reconheça após a data de aquisição podem ser o resultado
de informações adicionais que a adquirente obteve após essa data
sobre factos e circunstâncias que existiam à data de aquisição. Essas
alterações são ajustamentos durante o período de mensuração em
conformidade com os parágrafos 45–49. Porém, as alterações resul
tantes de acontecimentos após a data de aquisição, tais como atingir a
meta prevista para os resultados, alcançar um preço por acção espe
cificado ou chegar a uma determinada etapa num projecto de pesquisa
e desenvolvimento, não são ajustamentos durante o período de men
suração. A adquirente deve contabilizar as alterações no justo valor da
retribuição contingente que não sejam ajustamentos durante o período
de mensuração do seguinte modo:
▼M12
ii) não esteja no âmbito da IAS 39 deve ser contabilizada em
conformidade com a IAS 37 ou outras IFRS conforme apro
priado.
DIVULGAÇÕES
59. A adquirente deve divulgar informação que permita aos utentes
das demonstrações financeiras avaliar a natureza e o efeito
financeiro de uma concentração de actividades empresariais que
ocorra:
▼M29
64.B. O documento Melhoramentos introduzidos nas IFRS emitido em Maio
de 2010 emendou os parágrafos 19, 30 e B56 e acrescentou os pará
grafos B62A e B62B. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos
períodos anuais com início em ou após 1 Julho 2010. É permitida a
aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um pe
ríodo anterior, deve divulgar esse facto. A aplicação deve ser pros
pectiva a contar da data em que a entidade aplicar esta IFRS pela
primeira vez.
▼M32
64.E. A IFRS 10, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 7, B13,
B63(e) e o Apêndice A. Uma entidade deve aplicar essas emendas
quando aplicar a IFRS 10.
▼M33
64.F. A IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor, emitido em Maio de 2011,
emendou os parágrafos 20, 29, 33 e 47, emendou a definição de justo
valor no Apêndice A e emendou os parágrafos B22, B40, B43-B46,
B49 e B64. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 13.
▼M38
64.G. O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou o parágrafo 7
e inseriu o parágrafo 2A. Uma entidade deve aplicar estas emendas
em relação aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de
2014. É permitida a aplicação antecipada do documento Entidades de
Investimento. Se uma entidade aplicar as emendas antecipadamente,
deve também aplicar todas as emendas incluídas em Entidades de
Investimento ao mesmo tempo.
▼M12
Transição
65. Os activos e passivos que tenham surgido de concentrações de acti
vidades empresariais cujas datas de aquisição antecederam a aplicação
desta IFRS não devem ser ajustados com a aplicação desta IFRS.
▼M29
65.A. Os saldos de retribuição contingente decorrentes de concentrações de
actividades empresariais em que a data de aquisição seja anterior à
data em que uma entidade aplicou pela primeira vez esta IFRS, con
forme emitida em 2008, não devem ser ajustados quando esta IFRS
for aplicada pela primeira vez. Os parágrafos 65B–65E devem ser
aplicados na contabilização subsequente desses saldos. Os parágrafos
65B–65E não devem ser aplicados na contabilização dos saldos de
retribuição contingente decorrentes de concentrações de actividades
empresariais em que a data de aquisição seja igual ou posterior à
data em que a entidade aplicou pela primeira vez esta IFRS, conforme
emitida em 2008. Nos parágrafos 65B–65E, a expressão «concentra
ção de actividades empresariais» refere-se exclusivamente às concen
trações de actividades empresariais em que a data de aquisição seja
anterior à data em que começou a ser aplicada a presente IFRS,
conforme emitida em 2008.
▼M29
65.D. Contudo, quando um acordo de concentração de actividades empre
sariais proporcionar tal ajustamento, esse ajustamento não é incluído
no custo da concentração no momento da sua contabilização inicial se
não for provável ou não puder ser mensurado com fiabilidade. Se esse
ajustamento se tornar posteriormente provável e puder ser mensurado
com fiabilidade, a retribuição adicional deve ser tratada como um
ajustamento do custo da concentração.
▼M12
66. Uma entidade, como por exemplo uma entidade mútua, que ainda não
tenha aplicado a IFRS 3 e que tinha uma ou mais concentrações de
actividades empresariais que foram contabilizadas usando o método de
compra deve aplicar as disposições de transição dos parágrafos B68 e
B69.
Apêndice A
Termos definidos
▼M12
data de aquisição A data em que a adquirente obtém o con
trolo sobre a adquirida.
▼M32
__________
▼M12
interesses de capital próprio Para a finalidade desta IFRS, o termo inte
resses de capital próprio é utilizado com o
sentido lato de interesses de propriedade de
entidades detidas pelos investidores e inte
resses de proprietários, membros ou partici
pantes de entidades mútuas.
▼M33
justo valor é o preço que seria recebido pela venda de
um activo ou pago pela transferência de um
passivo numa transacção ordenada entre par
ticipantes no mercado à data da mensuração.
(Ver IFRS 13)
▼M12
identificável Um activo é identificável se:
interesse que não controla O capital próprio numa subsidiária não atri
buível, directa ou indirectamente, a uma
empresa-mãe.
Apêndice B
Guia de aplicação
▼M12
B2 Deve considerar-se um grupo de indivíduos como estando a controlar
uma entidade quando, como resultado de acordos contratuais, tiver
colectivamente o poder de gerir as suas políticas financeiras e opera
cionais de forma a obter benefícios das suas actividades. Portanto,
uma concentração de actividades empresariais está fora do âmbito
desta IFRS quando o mesmo grupo de indivíduos tiver, como resul
tado de acordos contratuais, o poder colectivo final de gerir as polí
ticas financeiras e operacionais de cada uma das entidades que se
concentram por forma a obter benefícios das suas actividades, e
esse poder colectivo final não for transitório.
B4 A extensão dos interesses que não controlam em cada uma das enti
dades que se concentram antes e após a concentração de actividades
empresariais não é relevante para determinar se a concentração en
volve entidades sob controlo comum. De forma semelhante, o facto de
uma das entidades que se concentram ser uma subsidiária que tenha
sido excluída das demonstrações financeiras consolidadas não é rele
vante para determinar se a concentração envolve entidades sob con
trolo comum.
b) incorrendo em passivos;
▼M12
c) todas as entidades que se concentram transferem os seus activos
líquidos, ou os proprietários dessas entidades transferem os seus
interesses de capital próprio, para uma entidade recém-formada
(por vezes referida como uma transacção roll-up ou put-together);
ou
▼M12
B9 A natureza dos elementos de uma actividade empresarial varia por
sector e pela estrutura das operações (actividades) de uma entidade,
incluindo a fase de desenvolvimento da entidade. Muitas vezes, as
actividades empresariais estabelecidas têm diversos tipos de inputs,
processos e produções, ao passo que as novas actividades empresariais
têm muitas vezes poucos inputs e processos e, por vezes, apenas uma
única produção (produto). Quase todas as actividades empresariais
também têm passivos, mas uma actividade empresarial não tem de
ter passivos.
▼M12
B14 Numa concentração de actividades empresariais que se torne efectiva
principalmente ao transferir caixa ou outros activos ou ao incorrer em
passivos, a adquirente é normalmente a entidade que transfere a caixa
ou outros activos ou que incorre em passivos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 618
▼M12
B15 Numa concentração de actividades empresariais que se torne efectiva
principalmente pela troca de interesses de capital próprio, a adquirente
é normalmente a entidade que emite os seus interesses de capital
próprio. Porém, nalgumas concentrações de actividades empresariais,
comummente chamadas «aquisições inversas», a entidade emitente é a
adquirida. Os parágrafos B19-B27 proporcionam orientação sobre a
contabilização de aquisições inversas. Outros factos e circunstâncias
pertinentes também devem ser considerados ao identificar a adquirente
numa concentração de actividades empresariais que se torne efectiva
pela troca de interesses de capital próprio, incluindo:
▼M12
AQUISIÇÕES INVERSAS
B19 Uma aquisição inversa ocorre quando a entidade que emite valores
mobiliários (a adquirente legal) for identificada como a adquirida para
finalidades contabilísticas com base na orientação proporcionada nos
parágrafos B13–B18. A entidade cujos interesses de capital próprio
são adquiridos (a adquirida legal) tem de ser a adquirente para fina
lidades contabilísticas para a transacção ser considerada uma aquisição
inversa. Por exemplo, por vezes ocorrem aquisições inversas quando
uma entidade operacional privada se quer tornar uma entidade pública
mas não quer registar as suas acções de capital próprio. Para tal, a
entidade privada celebra um acordo com uma entidade pública para
esta adquirir os seus interesses de capital próprio em troca dos inte
resses de capital próprio da entidade pública. Neste exemplo, a enti
dade pública é a adquirente legal porque emitiu os seus interesses de
capital próprio, e a entidade privada é a adquirida legal porque os
seus interesses de capital próprio foram adquiridos. Contudo, a apli
cação da orientação proporcionada nos parágrafos B13–B18 resulta na
identificação:
▼M33
B22 Dado que as demonstrações financeiras consolidadas representam a
continuação das demonstrações financeiras da subsidiária legal ex
cepto no que respeita à sua estrutura de capital, as demonstrações
financeiras consolidadas reflectem:
▼M12
a) os activos e passivos da subsidiária legal (a adquirente contabilís
tica) reconhecidos e mensurados pelas suas quantias escrituradas
anteriores à concentração.
▼M12
Resultados por acção
B25 Tal como indicado no parágrafo B22(d), a estrutura de capital próprio
que aparece nas demonstrações financeiras consolidadas na sequência
de uma aquisição inversa reflecte a estrutura de capital próprio da
adquirente legal (a adquirida contabilística), incluindo os interesses
de capital próprio emitidos pela adquirente legal para efectuar a con
centração de actividades empresariais.
Locações operacionais
B28 A adquirente não deve reconhecer quaisquer activos ou passivos re
lacionados com uma locação operacional em que a adquirida é o
locatário, excepto conforme exigido pelos parágrafos B29 e B30.
▼M12
Activos intangíveis
B31 A adquirente deve reconhecer, separadamente do goodwill, os activos
intangíveis identificáveis adquiridos numa concentração de actividades
empresariais. Um activo intangível é identificável se cumprir ou o
critério da separabilidade ou o critério contratual-legal.
▼M12
B34 Um activo intangível que não seja individualmente separável da ad
quirida ou da entidade concentrada cumpre o critério da separabilidade
se for separável em combinação com um contrato, activo identificável
ou passivo relacionados. Por exemplo:
Direitos readquiridos
B35 Como parte de uma concentração de actividades empresariais, uma
adquirente poderá readquirir um direito que tenha previamente conce
dido à adquirida de usar um ou mais dos activos reconhecidos ou não
reconhecidos da adquirente. Exemplos desses direitos incluem o di
reito de usar o nome comercial da adquirente nos termos de um
contrato de franquia ou o direito de usar a tecnologia da adquirente
nos termos de um contrato de licença de tecnologia. Um direito read
quirido é um activo intangível identificável que a adquirente reco
nhece separadamente do goodwill. O parágrafo 29 proporciona orien
tação sobre a mensuração de um direito readquirido e o parágrafo 55
proporciona orientação sobre a subsequente contabilização de um di
reito readquirido.
▼M12
B38 A adquirente também incorpora no goodwill qualquer valor atribuído
a itens que não se qualificam como activos à data de aquisição. Por
exemplo, a adquirente poderá atribuir valor a potenciais contratos que
a adquirida esteja a negociar com potenciais novos clientes à data de
aquisição. Dado que esses potenciais contratos não são eles próprios
activos à data de aquisição, a adquirente não os reconhece separada
mente do goodwill. A adquirente não deve reclassificar subsequente
mente o valor desses contratos a partir do goodwill para acontecimen
tos que ocorram após a data de aquisição. Porém, a adquirente deve
avaliar os factos e as circunstâncias envolvidos nos acontecimentos
que ocorram pouco depois da aquisição para determinar se um activo
intangível separadamente reconhecível existia à data de aquisição.
▼M12
Activos sujeitos a locações operacionais em que a adquirida é o
locador
B42 Ao mensurar o justo valor à data de aquisição de um activo como um
edifício ou uma patente que esteja sujeito a uma locação operacional
em que a adquirida é o locador, a adquirente deve tomar em consi
deração os termos da locação. Por outras palavras, a adquirente não
reconhece um activo ou passivo separado se os termos de uma loca
ção operacional forem favoráveis ou desfavoráveis quando compara
dos com os termos de mercado conforme exigido pelo parágrafo B29
para locações em que a adquirida seja o locatário.
▼M12
Interesse que não controla numa adquirida
▼M33
B44 Esta Norma permite que a adquirente mensure um interesse que não
controla na adquirida pelo seu justo valor à data de aquisição. Por
vezes, uma adquirente poderá mensurar o justo valor à data de aqui
sição de um interesse que não controla com base num preço cotado
num mercado activo para as acções de capital próprio (ou seja, para
aquelas que não são detidas pelo adquirente). Noutras situações, po
rém, não haverá um preço cotado num mercado activo para as acções
de capital próprio. Nessas situações a adquirente mensuraria o justo
valor do interesse que não controla utilizando outras técnicas de ava
liação.
▼M12
MENSURAR O GOODWILL OU UM GANHO RESULTANTE DE
UMA COMPRA A PREÇO BAIXO
▼M12
Considerações especiais ao aplicar o método de aquisição a con
centrações de entidades mútuas (aplicação do parágrafo 33)
B47 Quando duas entidades mútuas se concentram, o justo valor dos in
teresses de capital próprio ou dos interesses de membros na adquirida
(ou o justo valor da adquirida) pode ser mais fiavelmente mensurável
do que o justo valor dos interesses de membros transferidos pela
adquirente. Nessa situação, o parágrafo 33 exige que a adquirente
determine a quantia de goodwill usando o justo valor à data de aqui
sição dos interesses de capital próprio da adquirida em vez do justo
valor à data de aquisição dos interesses de capital próprio da adqui
rente transferidos como retribuição. Além disso, a adquirente numa
concentração de entidades mútuas deve reconhecer os activos líquidos
da adquirida como adição directa ao capital ou ao capital próprio na
sua demonstração da posição financeira e não como uma adição aos
resultados retidos, o que é consistente com a forma como outros tipos
de entidades aplicam o método de aquisição.
▼M33
B49 Uma mensuração pelo justo valor de uma entidade mútua deve incluir
os pressupostos que os participantes no mercado fariam sobre os
futuros benefícios de membros, bem como quaisquer outros pressu
postos relevantes que os participantes no mercado fariam sobre a
entidade mútua. Por exemplo, uma técnica de valor actual poderá
ser usada para mensurar o justo valor de uma entidade mútua. Os
fluxos de caixa utilizados como dados no modelo devem basear-se
nos fluxos de caixa esperados da entidade mútua, que provavelmente
reflectirão reduções dos benefícios dos membros, tais como taxas
reduzidas cobradas por bens e serviços.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 627
▼M12
DETERMINAR O QUE FAZ PARTE DA TRANSACÇÃO DE
UMA CONCENTRAÇÃO DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS
(APLICAÇÃO DOS PARÁGRAFOS 51 E 52)
B50 A adquirente deve considerar os seguintes factores, os quais não são
nem mutuamente exclusivos nem individualmente conclusivos, para
determinar se uma transacção faz parte da troca pela adquirida ou se a
transacção é separada da concentração de actividades empresariais:
▼M12
b) para uma relação pré-existente contratual, pela valor mais baixo
das alíneas (i) e (ii):
▼M12
c) Nível de remuneração—Situações em que a remuneração dos em
pregados que não sejam os pagamentos contingentes está a um
nível razoável em comparação com o de outros empregados chave
na entidade concentrada poderão indicar que os pagamentos con
tingentes são retribuição adicional em vez de remuneração.
▼M12
por um outro acordo separado para pagamentos contingentes po
derão ser, em substância, pagamentos pelo uso da propriedade
locada que a adquirente deve reconhecer separadamente nas suas
demonstrações financeiras pós-concentração. Por contraste, se o
contrato de locação especificar pagamentos de locação que sejam
consistentes com os termos de mercado para a propriedade locada,
o acordo para pagamentos contingentes ao accionista vendedor
poderá ser retribuição contingente na concentração de actividades
empresariais.
▼M12
B57 Para determinar a parte de um prémio de substituição que faz parte da
retribuição transferida pela adquirida e a parte que é remuneração por
serviço pós-concentração, a adquirente deve mensurar tanto os pré
mios de substituição concedidos pela adquirente como os prémios da
adquirida à data de aquisição em conformidade com a IFRS 2. A parte
da mensuração baseada no mercado do prémio de substituição que faz
parte da retribuição transferida em troca da adquirida equivale à parte
do prémio da adquirida que é atribuível a serviço pré-concentração.
(1) Nos parágrafos B56–B62, a expressão «prémios de pagamento com base em acções»
refere-se às transacções de pagamento com base em acções cujos direitos já tenham ou
não sido adquiridos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 631
▼M12
B58 A parte do prémio de substituição atribuível a serviço pré-concentra
ção é a mensuração baseada no mercado do prémio da adquirida
multiplicada pelo rácio entre a parte do período de aquisição con
cluído e o maior entre o período de aquisição total e o período de
aquisição original do prémio da adquirida. O período de aquisição é o
período durante o qual todas as condições de aquisição especificadas
devem ser satisfeitas. As condições de aquisição são definidas na
IFRS 2.
B59 A parte de um prémio de substituição não adquirido atribuível a
serviço pós-concentração, e portanto reconhecida como custo de re
muneração nas demonstrações financeiras pós-concentração, equivale
à totalidade da mensuração baseada no mercado do prémio de subs
tituição menos a quantia atribuída a serviço pré-concentração. Portan
to, a adquirente atribui qualquer excesso da mensuração baseada no
mercado do prémio de substituição em relação à mensuração baseada
no mercado do prémio da adquirida a serviço pós-concentração e
reconhece esse excesso como custo de remuneração nas demonstra
ções financeiras pós-concentração. A adquirente deve atribuir uma
parte de um prémio de substituição a serviço pós-concentração se
ela precisar de serviço pós-concentração, independentemente de os
empregados terem ou não prestado todo o serviço necessário para
que os seus prémios da adquirida fossem adquiridos antes da data
de aquisição.
B60 A parte de um prémio de substituição não adquirido atribuível a
serviço pré-concentração, bem como a parte atribuível a serviço
pós-concentração, devem reflectir a melhor estimativa disponível do
número de prémios de substituição que se espera que sejam adquiri
dos. Por exemplo, se a mensuração baseada no mercado da parte de
um prémio de substituição atribuída a serviço pré-concentração for
100 UM e a adquirente esperar que apenas 95 % do prémio vai ser
adquirido, a quantia incluída na retribuição transferida na concentra
ção de actividades empresariais corresponde a 95 UM. As alterações
no número estimado de prémios de substituição que se espera que
sejam adquiridos são reflectidas no custo de remuneração para os
períodos em que ocorram as alterações ou os confiscos e não como
ajustamentos na retribuição transferida na concentração de actividades
empresariais. De modo semelhante, os efeitos de outros acontecimen
tos, tais como modificações ou o desfecho final de prémios com
condições de desempenho, que ocorram após a data de aquisição
são contabilizados em conformidade com a IFRS 2 na determinação
do custo de remuneração para o período em que ocorre um aconteci
mento.
B61 Aplicam-se os mesmos requisitos para determinar as partes de um
prémio de substituição atribuíveis a serviço pré-concentração e pós-
-concentração, independentemente de um prémio de substituição ser
classificado como um passivo ou como um instrumento de capital
próprio em conformidade com as disposições da IFRS 2. Todas as
alterações na mensuração baseada no mercado de prémios classifica
dos como passivos após a data de aquisição e nos respectivos efeitos
sobre o imposto sobre o rendimento são reconhecidas nas demons
trações financeiras pós-concentração da adquirente no(s) período(s)
em que ocorrem as alterações.
B62 Os efeitos sobre o imposto sobre o rendimento dos prémios de subs
tituição de pagamentos com base em acções devem ser reconhecidos
em conformidade com as disposições da IAS 12 Impostos sobre o
Rendimento.
▼M29
Transacções de pagamento com base em acções da adquirida
liquidadas com instrumentos de capital próprio
B62A A adquirida pode ter operações de pagamento com base em acções
pendentes que a adquirente não troca por transacções de pagamento
com base em acções da sua responsabilidade. Se os respectivos direi
tos já tiverem sido adquiridos, essas transacções de pagamento com
base em acções da adquirida fazem parte do interesse que não controla
na adquirida e são mensuradas pela sua mensuração baseada no mer
cado. Se os respectivos direitos ainda não tiverem sido adquiridos, são
mensuradas pela mensuração baseada no mercado considerando como
data de aquisição a data de atribuição, em conformidade com os
parágrafos 19 e 30.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 632
▼M29
B62B A mensuração baseada no mercado das transacções de pagamento
com base em acções cujos direitos ainda não tenham sido adquiridos
é afectada aos interesses que não controlam com base no rácio entre a
parte já decorrida do período a que se refere a transacção e o maior de
entre o período total de aquisição do direito e o período de aquisição
do direito inicialmente previsto na transacção de pagamento com base
em acções. O saldo é afectado ao serviço pós-concentração.
▼M12
OUTRAS IFRS QUE PROPORCIONAM ORIENTAÇÃO SOBRE
MENSURAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO SUBSEQUENTES (APLI
CAÇÃO DO PARÁGRAFO 54)
▼M32
B63 São exemplos de outras IFRS que incluem orientações sobre a men
suração e a contabilização posterior de activos adquiridos e passivos
assumidos ou suportados numa concentração de actividades empresa
riais:
▼M12
a) A IAS 38 prescreve a contabilização de activos intangíveis iden
tificáveis adquiridos numa concentração de actividades empresa
riais. A adquirente mensura o goodwill pela quantia reconhecida à
data de aquisição menos quaisquer perdas por imparidade acumu
ladas. A IAS 36 Imparidade de Activos prescreve a contabilização
de perdas por imparidade.
▼M32
e) A IFRS 10 proporciona orientações sobre a contabilização de al
terações no interesse de propriedade de uma empresa-mãe numa
subsidiária após a obtenção do controlo.
▼M12
DIVULGAÇÕES (APLICAÇÃO DOS PARÁGRAFOS 59 E 61)
▼M33
B64 Para realizar o objectivo do parágrafo 59, a adquirente deve divulgar a
seguinte informação para cada concentração de actividades empresa
riais que ocorra durante o período de relato:
▼M12
a) o nome e uma descrição da adquirida.
b) a data da aquisição.
▼M33
f) o justo valor à data de aquisição do retribuição total transferida e
o justo valor à data de aquisição de cada uma das principais
classes de retribuição, como por exemplo:
▼M12
i) dinheiro;
▼M33
iv) interesses de capital próprio da adquirente, incluindo o nú
mero de instrumentos ou interesses emitidos ou passíveis de
emissão e o método de mensuração pelo justo valor desses
instrumentos ou interesses.
▼M12
g) para os acordos de retribuição contingente e activos de indemni
zação:
ii) as razões pelas quais o passivo não pode ser fiavelmente men
surado.
▼M12
iii) as quantias reconhecidas para cada transacção e a linha de
item nas demonstrações financeiras em que cada quantia é
reconhecida; e
▼M33
o) para cada concentração de actividades empresariais na qual a
adquirente detém menos de 100 % dos interesses de capital pró
prio na adquirida à data de aquisição:
▼M12
i) a quantia do interesse que não controla na adquirida reconhe
cida à data de aquisição e a base de mensuração para essa
quantia; e
▼M33
ii) para cada interesse que não controla numa adquirida mensu
rado pelo justo valor, a(s) técnica(s) de avaliação e os dados
significativos utilizados para mensurar esse valor.
▼M12
p) numa concentração de actividades empresariais alcançada por fa
ses:
q) as seguintes informações:
▼M12
Se a divulgação de qualquer informação exigida por esta
alínea for impraticável, a adquirente deve divulgar esse facto e
explicar a razão pela qual a divulgação é impraticável. Esta IFRS
usa o termo «impraticável» com o mesmo significado que na IAS
8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilís
ticas e Erros.
▼M12
ii) o goodwill adicional reconhecido durante o período de relato,
com a excepção do goodwill incluído num grupo para alie
nação que, no momento da aquisição, satisfaz os critérios
para ser classificado como detido para venda de acordo
com a IFRS 5 Activos Não Correntes Detidos para Venda
e Unidades Operacionais Descontinuadas;
▼M12
B69 O requisito de aplicar esta IFRS prospectivamente tem o seguinte
efeito para uma concentração de actividades empresariais que envolva
apenas entidades mútuas ou apenas por contrato se a data de aquisição
dessa concentração de actividades empresariais for anterior à aplicação
desta IFRS:
a) Classificação—Uma entidade deve continuar a classificar a con
centração de actividades empresariais anterior em conformidade
com as políticas contabilísticas anteriores da entidade para essas
concentrações.
b) Goodwill previamente reconhecido—No início do primeiro período
anual em que esta IFRS for aplicada, a quantia escriturada do
goodwill resultante da concentração de actividades empresariais
anterior deve ser a sua quantia escriturada nessa data em confor
midade com políticas contabilísticas anteriores da entidade. Ao
determinar essa quantia, a entidade deve eliminar a quantia escri
turada de qualquer amortização acumulada desse goodwill e da
correspondente redução no goodwill. Nenhum outro ajustamento
deve ser feito na quantia escriturada do goodwill.
c) Goodwill previamente reconhecido como uma dedução no capital
próprio—As políticas contabilísticas anteriores da entidade pode
rão ter resultado em goodwill decorrente do facto de a concentra
ção de actividades empresariais anterior ter sido reconhecida como
uma dedução no capital próprio. Nessa situação, a entidade não
deve reconhecer esse goodwill como um activo no início do pri
meiro período anual em que esta IFRS for aplicada. Além disso, a
entidade não deve reconhecer nos lucros ou prejuízos qualquer
parte desse goodwill quando alienar toda ou parte da actividade
empresarial relacionada com esse goodwill ou quando uma uni
dade geradora de caixa relacionada com o goodwill ficar com
imparidade.
d) Contabilização subsequente do goodwill—Desde o início do pri
meiro período anual em que esta IFRS for aplicada, uma entidade
deve descontinuar a amortização do goodwill decorrente da con
centração de actividades empresariais anterior e deve testar o good
will quanto a imparidade em conformidade com a IAS 36.
e) Goodwill negativo previamente reconhecido—Uma entidade que
tenha contabilizado a concentração de actividades empresariais an
terior aplicando o método de compra poderá ter reconhecido um
crédito diferido por um excesso do seu interesse no justo valor
líquido dos activos identificáveis e passivos da adquirida em rela
ção ao custo desse interesse (por vezes denominado goodwill ne
gativo). Se assim for, a entidade deve desreconhecer a quantia
escriturada desse crédito diferido no início do primeiro período
anual em que esta IFRS for aplicada com um correspondente
ajustamento no saldo de abertura dos resultados retidos nessa data.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 638
▼B
Contratos de Seguro
OBJECTIVO
1. O objectivo desta IFRS é especificar o relato financeiro para contratos
de seguro por parte de uma entidade que emita esses contratos (des
crita nesta IFRS como seguradora) até que o Conselho termine a
segunda fase do seu projecto sobre contratos de seguro. Em particular,
esta IFRS exige:
ÂMBITO
2. Uma entidade deve aplicar esta IFRS a:
▼B
d) contratos de garantia financeira, salvo se o emitente tiver indicado
anteriormente, de modo explícito, que considera esses contratos
como contratos de seguro e tiver efectuado a contabilização de
acordo com o tratamento reservado a esses contratos, caso em
que pode decidir aplicar quer a IAS 39, a IAS 32 e a IFRS 7
quer esta Norma a esses contratos de garantia financeira. O emi
tente poderá tomar essa decisão contrato a contrato, sendo cada
uma dessas decisões irrevogável;
Derivados embutidos
7. A IAS 39 exige que uma entidade separe alguns derivados embutidos
do seu contrato de acolhimento, os mensure pelo seu justo valor e
inclua as alterações no seu justo valor nos lucros ou prejuízos. A IAS
39 aplica-se a derivados embutidos num contrato de seguro a não ser
que o derivado embutido seja em si um contrato de seguro.
▼B
ii) as políticas contabilísticas da seguradora não exigem, de outro
modo, que ela reconheça todas as obrigações e direitos resul
tantes da componente de depósito;
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
Isenção temporária de algumas outras IFRS
13. Os parágrafos 10.-12. da IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações
nas Estimativas Contabilísticas e Erros especificam critérios que uma
entidade deve usar ao desenvolver uma política contabilística se ne
nhuma IFRS se aplicar especificamente a um determinado item. Con
tudo, esta IFRS isenta uma seguradora de aplicar esses critérios às
suas políticas contabilísticas relativamente a:
14. Não obstante, esta IFRS não isenta uma seguradora de algumas im
plicações dos critérios enunciados nos parágrafos 10.-12. da IAS 8.
Especificamente, uma seguradora:
▼B
d) não deve compensar:
(1) Os passivos por contrato de seguro relevantes são aqueles passivos por contrato de
seguro (e os custos de aquisição diferidos relacionados e os activos intangíveis relacio
nados) relativamente aos quais as políticas contabilísticas da seguradora não exigem um
teste de adequação das responsabilidades que satisfaça os requisitos mínimos do pará
grafo 16.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 642
▼B
18. Se o teste de adequação das responsabilidades de uma seguradora
satisfizer os requisitos mínimos do parágrafo 16., o teste é aplicado
ao nível de agregação especificado nesse teste. Se o teste de adequa
ção das responsabilidades não satisfizer esses requisitos mínimos, a
comparação descrita no parágrafo 17. deve ser feita ao nível de uma
carteira de contratos que estejam sujeitos a riscos amplamente seme
lhantes e geridos em conjunto como uma carteira única.
23. Para justificar a alteração nas suas políticas contabilísticas para con
tratos de seguro, uma seguradora deve mostrar que a alteração leva a
que as suas demonstrações financeiras satisfaçam melhor os critérios
da IAS 8, mas a alteração não precisa de alcançar total conformidade
com esses critérios. As seguintes questões específicas são discutidas
adiante:
▼B
Taxas de juro de mercado correntes
24. A uma seguradora é permitido, mas não exigido, que altere as suas
políticas contabilísticas para poder remensurar passivos por contrato
de seguro designados (1) por forma a reflectir taxas de juro de mer
cado correntes e reconhecer as alterações nesses passivos nos lucros
ou prejuízos. Nessa altura, pode também introduzir políticas contabi
lísticas que exijam outras estimativas e pressupostos correntes para os
passivos designados. A escolha proporcionada por este parágrafo per
mite à seguradora alterar as suas políticas contabilísticas para passivos
designados, sem aplicar essas políticas de forma consistente a todos os
passivos semelhantes tal como a IAS 8 de outro modo exigiria. Se
uma seguradora designar passivos para esta escolha, ela deve conti
nuar a aplicar as taxas de juro de mercado correntes (e, se aplicável,
as outras estimativas e pressupostos correntes) de forma consistente
em todos os períodos a todos estes passivos até que sejam extintos.
Prudência
26. Uma seguradora não precisa de alterar as suas políticas contabilísticas
relativas a contratos de seguro para eliminar a prudência excessiva.
Contudo, se uma seguradora já mensurar os seus contratos de seguro
com suficiente prudência, não deve introduzir prudência adicional.
(1) Neste parágrafo, os passivos por contrato de seguro incluem custos de aquisição diferidos
e activos intangíveis relacionados, tais como os discutidos nos parágrafos 31. e 32.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 644
▼B
b) projectar os retornos desses activos a uma taxa de retorno estima
da, descontando esses retornos projectados a uma taxa diferente e
incluindo o resultado na mensuração do passivo.
Shadow accounting
30. Em alguns modelos contabilísticos, os ganhos ou perdas realizados
com os activos de uma seguradora têm um efeito directo sobre a
mensuração de alguns ou todos os seus a) passivos por contrato de
seguro, b) custos de aquisição diferidos relacionados e c) activos
intangíveis relacionados, tais como os descritos nos parágrafos 31. e
32. A uma seguradora é permitido, mas não exigido, que altere as
suas políticas contabilísticas para que um ganho ou perda reconhecido
mas não realizado resultante de um activo afecte essas mensurações
da mesma forma que um ganho ou perda realizado. ►M5 O ajusta
mento relacionado no passivo por contrato de seguro (ou nos custos
de aquisição diferidos ou activos intangíveis) deve ser reconhecido em
outro rendimento integral se, e apenas se, os ganhos ou perdas não
realizados forem reconhecidos em outro rendimento integral. ◄ Esta
prática é por vezes descrita como «shadow accounting».
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 645
▼B
Contratos de seguro adquiridos numa concentração de actividades
empresariais ou numa transferência de carteira
31. Para cumprir a IFRS 3, uma seguradora deve, na data de aquisição,
mensurar pelo justo valor os passivos por contrato de seguro assumi
dos e os activos por contrato de seguro adquiridos numa concentração
de actividades empresariais. Contudo, a uma seguradora é permitido,
mas não exigido, que use uma apresentação alargada que divida o
justo valor dos contratos de seguro adquiridos em duas componentes:
32. Uma seguradora que adquira uma carteira de contratos de seguro pode
usar a apresentação alargada descrita no parágrafo 31.
33. Os activos intangíveis descritos nos parágrafos 31. e 32. são excluídos
do âmbito da IAS 36 Imparidade de Activos e da IAS 38. Contudo, a
IAS 36 e a IAS 38 aplicam-se a listas de clientes e a relacionamentos
com clientes que reflictam a expectativa de contratos futuros que não
façam parte dos direitos de seguro contratuais e das obrigações de
seguro contratuais que existiam à data da concentração de actividades
empresariais ou da transferência de carteira.
▼B
c) pode reconhecer todos os prémios recebidos como rendimento sem
separar qualquer parte que se relacione com o componente do
capital próprio. As alterações resultantes no elemento garantido e
na parte da característica de participação discricionária classificada
como passivo devem ser reconhecidas nos lucros ou prejuízos. Se
parte ou toda a característica de participação discricionária estiver
classificada como capital próprio, uma parte dos lucros ou prejuí
zos pode ser atribuível a essa característica (da mesma forma que
uma parte pode ser atribuível a ►M11 interesses que não con
trolam ◄). O emitente deve reconhecer a parte dos lucros ou
prejuízos atribuível a qualquer componente do capital próprio de
uma característica de participação discricionária como uma impu
tação de lucros ou prejuízos e não como gasto ou rendimento (ver
a IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras);
▼B
DIVULGAÇÃO
Explicação das quantias reconhecidas
36. Uma seguradora deve divulgar informações que identifiquem e expli
quem as quantias indicadas nas suas demonstrações financeiras resul
tantes de contratos de seguro.
b) [eliminado]
▼B
iii) sinistros efectivos comparados com estimativas anteriores (i.e.,
desenvolvimento de sinistros). A divulgação acerca do desen
volvimento de sinistros deve recuar ao período em que foi
apresentado o sinistro material mais antigo relativamente ao
qual ainda haja incerteza acerca da quantia e da tempestividade
dos pagamentos do sinistro, mas não precisa de recuar mais de
dez anos. Uma seguradora não precisa de divulgar estas infor
mações relativas aos sinistros cuja incerteza acerca da quantia
e da tempestividade dos pagamentos de sinistros seja tipica
mente resolvida no prazo de um ano;
▼M19
d) informações acerca do risco de crédito, do risco de liquidez e do
risco de mercado que os parágrafos 31-42 da IFRS 7 exigiriam se
os contratos de seguro estivessem dentro do âmbito da IFRS 7.
Contudo:
▼B
(ii) se uma seguradora usar um método alternativo de gestão da
sensibilidade às condições de mercado, tal como uma análise
do valor embutido, ela pode usar essa análise de sensibilidade
para cumprir o requisito do parágrafo 40.a) da IFRS 7. Essa
seguradora deve igualmente fornecer as divulgações exigidas
pelo parágrafo 41. da IFRS 7;
▼B
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
40. As disposições transitórias dos parágrafos 41.-45. são ambas aplicá
veis a uma entidade que já aplique as IFRS quando aplicar esta IFRS
pela primeira vez e a uma entidade que aplique as IFRS pela primeira
vez (um adoptante pela primeira vez).
41. Uma entidade deve aplicar esta IFRS aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta IFRS a um período anterior, ela deve
divulgar esse facto.
▼M5
41.B. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou o parágrafo 30. Uma entidade deve
aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
▼M33
41.E. A IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor, emitida em Maio de 2011,
emendou a definição de justo valor no Apêndice A. Uma entidade
deve aplicar esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
▼B
Divulgação
42. Uma entidade não precisa de aplicar os requisitos de divulgação desta
IFRS a informação comparativa relacionada com períodos anuais com
início antes de 1 de Janeiro de 2005, excepto no que respeita às
divulgações exigidas pelos parágrafos 37.a) e b) acerca das políticas
contabilísticas, e activos, passivos, rendimento e gasto reconhecidos (e
fluxos de caixa se for usado o método directo).
(1) Quando uma entidade aplicar a IFRS 7, a referência à IAS 32 é substituída por uma
referência à IFRS 7.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 650
▼B
Redesignação de activos financeiros
45. Quando uma seguradora alterar as suas políticas contabilísticas para
passivos por contrato de seguro, é permitido, mas não exigido, que
reclassifique alguns ou todos os seus activos financeiros como «pelo
justo valor através dos lucros ou prejuízos». Esta reclassificação é
permitida se uma seguradora alterar as políticas contabilísticas quando
aplicar esta IFRS pela primeira vez e se fizer uma alteração posterior
nas políticas permitida pelo parágrafo 22. A reclassificação é uma
alteração na política contabilística e aplica-se a IAS 8.
Apêndice A
Termos definidos
▼M33
▼B
▼B
▼B
Apêndice B
Pagamentos em espécie
B5 Alguns contratos de seguro exigem ou permitem que os pagamentos
sejam feitos em espécie. Um exemplo é quando a seguradora substitui
um artigo roubado directamente, em vez de reembolsar o segurado.
Outro exemplo é quando uma seguradora usa os seus próprios hospi
tais e pessoal médico para providenciar os serviços médicos cobertos
pelos contratos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 653
▼B
B6 Alguns contratos de serviços de comissão fixa em que o nível de
serviço depende de um acontecimento incerto satisfazem a definição
de um contrato de seguro contida nesta IFRS, mas não estão regula
mentados como contratos de seguro em alguns países. Um exemplo é
o contrato de manutenção em que o fornecedor do serviço concorda
em reparar o equipamento especificado após uma avaria. A comissão
de serviço fixa baseia-se no número esperado de avarias, mas é in
certo se uma determinada máquina se vai avariar. A avaria do equi
pamento afecta adversamente o seu proprietário e o contrato compensa
o proprietário (em espécie, em vez de dinheiro). Outro exemplo é o
contrato para serviços de reparação de viaturas em que o fornecedor
concorda, por um pagamento anual fixo, em fornecer assistência ro
doviária ou rebocar o veículo até uma garagem próxima. Este último
contrato pode satisfazer a definição de contrato de seguro mesmo que
o fornecedor não concorde em efectuar reparações ou substituir peças.
▼B
B9 A definição de risco financeiro no Apêndice A inclui uma lista de
variáveis financeiras e não financeiras. Essa lista inclui variáveis não
financeiras que não são específicas de uma parte do contrato, tais
como um índice de perdas por sismo numa determinada região ou
um índice de temperaturas numa determinada cidade. A lista exclui
variáveis não financeiras que são específicas de uma parte do contrato,
tais como a ocorrência ou não de um incêndio que danifique ou
destrua um activo dessa parte. Além disso, o risco de alterações no
justo valor de um activo não financeiro não constitui um risco finan
ceiro se o justo valor reflectir não apenas as alterações nos preços de
mercado desses activos (uma variável financeira) mas também a con
dição de um activo não financeiro específico detido por uma parte de
um contrato (uma variável não financeira). Por exemplo, se uma
garantia do valor residual de um carro específico expuser o fiador
ao risco de alterações na condição física do carro, esse risco constitui
um risco de seguro e não um risco financeiro.
▼B
B14 Alguns contratos exigem um pagamento caso ocorra um aconteci
mento incerto especificado, mas não exigem um efeito adverso sobre
os tomadores de seguro como condição prévia de pagamento. Um tal
contrato não constitui um contrato de seguro mesmo que o detentor
use o contrato para mitigar uma exposição ao risco subjacente. Por
exemplo, se um detentor usar um derivado para dar cobertura a uma
variável não financeira subjacente que esteja correlacionada com flu
xos de caixa de um activo da entidade, o derivado não constitui um
contrato de seguro porque o pagamento não está condicionado pelo
facto de o detentor ser ou não adversamente afectado por uma redução
nos fluxos de caixa resultantes do activo. Inversamente, a definição de
um contrato de seguro refere-se a um acontecimento incerto para o
qual um efeito adverso nos tomadores de seguro constitui uma con
dição prévia contratual para o pagamento. Esta condição prévia con
tratual não exige que a seguradora investigue se o acontecimento
causou efectivamente um efeito adverso, mas permite que a segura
dora negue o pagamento se não estiver convencida de que o aconte
cimento causou um efeito adverso.
▼B
e) invalidez e cobertura médica;
m) contratos de resseguro.
(1) Quando uma entidade aplicar a IFRS 7, a referência à IAS 32 é substituída por uma
referência à IFRS 7.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 657
▼B
B19 Seguem-se exemplos de itens que não são contratos de seguro:
▼B
b) a outra parte reconhece a retribuição paga como activo financeiro,
em vez de gasto.
b) dispensa por morte dos custos que seriam feitos por cancelamento
ou resgate. Dado que o contrato criou esses custos, a dispensa
desses custos não compensa os tomadores de seguro por um risco
preexistente. Deste modo, os custos não são relevantes ao avaliar o
grau do risco de seguro que é transferido por um contrato.
▼B
d) possíveis recuperações de resseguros. A seguradora contabiliza-os
separadamente.
(1) Para esta finalidade, os contratos celebrados simultaneamente com uma única contraparte
(ou os contratos que são de outra forma interdependentes) configuram um único contrato.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 660
▼B
enquanto a opção não for exercida, dado que a seguradora permanece
livre de apreçar a anuidade numa base que reflicta o risco de seguro
transferido para a seguradora nesse momento. Contudo, se o contrato
especificar as taxas da anuidade (ou uma base para definir as taxas da
anuidade), o contrato transfere risco de seguro para o emitente no seu
início.
B30 Um contrato que se qualifica como contrato de seguro mantém-se
como contrato de seguro até que todos os direitos e obrigações sejam
extintos ou expirem.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 661
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 5
OBJECTIVO
1. O objectivo desta IFRS é especificar a contabilização de activos de
tidos para venda, e a apresentação e divulgação de unidades opera
cionais descontinuadas. Em particular, a IFRS exige:
ÂMBITO
2. Os requisitos de classificação e de apresentação desta IFRS aplicam-se
a todos os activos não correntes (1) reconhecidos e a todos os grupos
para alienação de uma entidade. Os requisitos de mensuração desta
IFRS aplicam-se a todos os activos não correntes reconhecidos e aos
grupos para alienação (tal como definido no parágrafo 4), com a
excepção dos activos enunciados no parágrafo 5. que devem continuar
a ser mensurados de acordo com a Norma indicada.
(1) Relativamente aos activos classificados de acordo com uma apresentação de liquidez, os
activos não correntes são activos que incluem quantias que se espera recuperar mais de
doze meses ►M5 após o período de relato ◄. O parágrafo 3. aplica-se à classificação
desses activos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 662
▼B
caixa, ou parte de uma unidade geradora de caixa (1). O grupo pode
incluir quaisquer activos e quaisquer passivos da entidade, incluindo
activos correntes, passivos correntes e activos excluídos pelo pará
grafo 5. dos requisitos de mensuração desta IFRS. Se um activo
não corrente dentro do âmbito dos requisitos de mensuração desta
IFRS fizer parte de um grupo para alienação, os requisitos de men
suração desta IFRS aplicam-se ao grupo como um todo, de forma que
o grupo seja mensurado pelo menor valor entre a sua quantia escri
turada e o justo valor menos o custo de vender. Os requisitos para
mensuração de activos e passivos individuais dentro do grupo para
alienação estão definidos nos parágrafos 18., 19. e 23.
▼M8
5. As disposições de mensuração desta IFRS (2) não se aplicam aos
seguintes activos, que estão abrangidos pelas IFRS indicadas, seja
como activos individuais seja como parte de um grupo para alienação:
▼B
a) activos por impostos diferidos (IAS 12 Impostos sobre o Rendi
mento);
▼M8
e) activos não correntes que sejam mensurados pelo justo valor me
nos os custos de vender, de acordo com a IAS 41 Agricultura;
▼B
f) direitos contratuais de acordo com contratos de seguro tal como
definido na IFRS 4 Contratos de Seguro.
▼M17
5.A. Os requisitos em matéria de classificação, apresentação e mensuração
contidos nesta IFRS e aplicáveis a um activo não corrente (ou grupo
para alienação) que esteja classificado como detido para venda tam
bém se aplicam a um activo não corrente (ou grupo para alienação)
que esteja classificado como detido para distribuição aos proprietários
que agem nessa qualidade (detido para distribuição aos proprietários).
▼M22
5.B. Esta IFRS especifica as divulgações necessárias a respeito de activos
não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos
para venda ou unidades operacionais descontinuadas. As divulgações
especificadas noutras IFRS não se aplicam a esses activos (ou grupos
para alienação) a menos que essas IFRS exijam:
(1) Contudo, uma vez que se espera que os fluxos de caixa de um activo ou grupo de activos
resultem principalmente da venda e não do uso continuado, estes tornam-se menos
dependentes dos fluxos de caixa resultantes de outros activos, e um grupo para alienação
que fez parte de uma unidade geradora de caixa torna-se uma unidade geradora de caixa
separada.
(2) Além dos parágrafos 18 e 19, que exigem que os activos em questão sejam mensurados
de acordo com outras IFRS aplicáveis.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 663
▼M22
b) divulgações sobre a mensuração de activos e passivos num grupo
para alienação que não se integrem no âmbito do requisito de
mensuração da IFRS 5 e essas divulgações ainda não foram feitas
nas outras notas às demonstrações financeiras.
▼M17
CLASSIFICAÇÃO DE ACTIVOS NÃO CORRENTES (OU GRUPOS PARA
ALIENAÇÃO) COMO DETIDOS PARA VENDA OU DETIDOS PARA DIS
TRIBUIÇÃO AOS PROPRIETÁRIOS
▼B
6. Uma entidade deve classificar um activo não corrente (ou um grupo
para alienação) como detido para venda se a sua quantia escriturada
vai ser recuperada principalmente através de uma transacção de venda
em vez de através de uso continuado.
7. Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve
estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito
apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de
tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser alta
mente provável.
▼M17
8. Para que a venda seja altamente provável, o nível de gestão apro
priado deve estar empenhado num plano para vender o activo (ou
grupo para alienação), e deve ter sido iniciado um programa activo
para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o activo
(ou grupo para alienação) deve ser activamente publicitado para venda
a um preço que seja razoável em relação ao seu justo valor corrente.
Além disso, deve esperar-se que a venda se qualifique para reconhe
cimento como venda concluída até um ano a partir da data da clas
sificação, excepto conforme permitido pelo parágrafo 9, e as acções
necessárias para concluir o plano devem indicar a improbabilidade de
alterações significativas no plano ou de o plano ser retirado. A pro
babilidade de aprovação pelos accionistas (se exigida na jurisdição)
deve ser considerada como parte da avaliação que determina se a
venda é altamente provável ou não.
▼M8
8.A. Uma entidade que assumiu um compromisso relativamente a um
plano de vendas que envolve a perda de controlo de uma subsidiária
deve classificar todos os activos e passivos dessa subsidiária como
detidos para venda quando são respeitados os critérios estabelecidos
nos parágrafos 6-8, independentemente do facto de a entidade reter
um interesse que não controla na sua antiga subsidiária após a venda.
▼B
9. Os acontecimentos ou circunstâncias podem estender o período para
concluir a venda para lá de um ano. Uma extensão do período durante
o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que um activo
(ou grupo para alienação) seja classificado como detido para venda se
o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do
controlo da entidade e se houver suficiente prova de que a entidade
continua comprometida com o seu plano de vender o activo (ou grupo
para alienação). Será este o caso quando os critérios do Apêndice B
forem satisfeitos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 664
▼B
10. As transacções de venda incluem trocas de activos não correntes por
outros activos não correntes quando uma troca tiver substância co
mercial de acordo com a IAS 16 Activos Fixos Tangíveis.
11. Quando uma entidade adquire um activo não corrente (ou grupo para
alienação) exclusivamente com vista à sua posterior alienação, só deve
classificar o activo não corrente (ou o grupo de disposição) como
detido para venda à data de aquisição se o requisito de um ano do
parágrafo 8. for satisfeito (excepto conforme permitido pelo parágrafo
9.) e se for altamente provável que qualquer outro critério dos pará
grafos 7. e 8. que não esteja satisfeito nessa data estará satisfeito num
curto prazo após a aquisição (normalmente, num prazo de três meses).
▼M17
12.A. Um activo não corrente (ou grupo para alienação) é classificado como
detido para distribuição aos proprietários quando a entidade está em
penhada em distribuir o activo (ou grupo para alienação) aos proprie
tários. Para que este seja o caso, os activos têm de estar disponíveis
para distribuição imediata na sua condição presente e a distribuição
tem de ser altamente provável. Para que a distribuição seja altamente
provável, é necessário que tenham sido iniciadas acções para concluir
a distribuição e deve esperar-se que tais acções estejam concluídas no
prazo de um ano a contar da data de classificação. As acções neces
sárias para concluir a distribuição devem indicar que é pouco provável
que ocorram alterações significativas na distribuição ou que a distri
buição seja anulada. A probabilidade de aprovação pelos accionistas
(se exigida na jurisdição) deve ser considerada como parte da avalia
ção que determina se a distribuição é altamente provável ou não.
▼B
Activos não correntes que deverão ser abandonados
13. Uma entidade não deve classificar como detido para venda um activo
não corrente (ou grupo para alienação) que deverá ser abandonado.
Isto deve-se ao facto de a sua quantia escriturada ser recuperada
principalmente através do uso continuado. Contudo, se o grupo para
alienação a ser abandonado satisfizer os critérios do parágrafo 32.a)-
-c), a entidade deve apresentar os resultados e fluxos de caixa do grupo
para alienação como unidades operacionais descontinuadas de acordo
com os parágrafos 33. e 34. à data na qual ele deixe de ser usado. Os
activos não correntes (ou grupos para alienação) a serem abandonados
incluem activos não correntes (ou grupos para alienação) que deverão
ser usados até ao final da sua vida económica e os activos não
correntes (ou grupos para alienação) que deverão ser encerrados em
vez de vendidos.
14. Uma entidade não deve contabilizar um activo não corrente que tenha
sido temporariamente retirado de serviço como se tivesse sido aban
donado.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 665
▼B
MENSURAÇÃO DE ACTIVOS NÃO CORRENTES (OU GRUPOS PARA
ALIENAÇÃO) CLASSIFICADOS COMO DETIDOS PARA VENDA
Mensuração de um activo não corrente (ou grupo para alienação)
15. Uma entidade deve mensurar um activo não corrente (ou grupo para
alienação) classificado como detido para venda pelo menor valor entre
a sua quantia escriturada e o justo valor menos os custos de vender.
▼M17
15.A. Uma entidade deve mensurar um activo não corrente (ou grupo para
alienação) classificado como detido para distribuição aos proprietários
pelo menor valor entre a sua quantia escriturada e o justo valor menos
os custos de distribuir (1).
▼B
16. Se um activo (ou grupo para alienação) recém-adquirido satisfizer os
critérios de classificação como detido para venda (ver parágrafo 11.),
a aplicação do parágrafo 15. resultará em que o activo (ou grupo para
alienação) seja mensurado no reconhecimento inicial pelo valor mais
baixo entre a sua quantia escriturada se não tivesse sido assim clas
sificado (por exemplo, o custo) e o justo valor menos os custos de
vender. Assim, se o activo (ou grupo para alienação) for adquirido
como parte de uma concentração de actividades empresariais, ele deve
ser mensurado pelo justo valor menos os custos de vender.
17. Quando se espera que a venda ocorra para além de um ano, a entidade
deve mensurar os custos de vender pelo valor presente. Qualquer
aumento no valor presente dos custos de vender que resulte da pas
sagem do tempo deve ser apresentado nos lucros ou prejuízos como
custo de financiamento.
▼B
22. Uma entidade deve reconhecer um ganho para qualquer aumento
posterior no justo valor menos os custos de vender de um grupo
para alienação:
b) não para além da perda por imparidade cumulativa que tenha sido
reconhecida, seja de acordo com esta IFRS ou anteriormente de
acordo com a IAS 36, relativamente aos activos não correntes que
estejam dentro do âmbito dos requisitos de mensuração desta
IFRS.
25. Uma entidade não deve depreciar (ou amortizar) um activo não cor
rente enquanto estiver classificado como detido para venda ou en
quanto fizer parte de um grupo para alienação classificado como
detido para venda. Os juros e outros gastos atribuíveis aos passivos
de um grupo para alienação classificado como detido para venda
devem continuar a ser reconhecidos.
27. A entidade deve mensurar um activo não corrente que deixe de ser
classificado como detido para venda (ou deixe de ser incluído num
grupo para alienação classificado como detido para venda) pelo valor
mais baixo entre:
(1) Se um activo não corrente fizer parte de uma unidade geradora de caixa, a sua quantia
recuperável é a quantia escriturada que teria sido reconhecida após a imputação de
qualquer perda por imparidade resultante dessa unidade geradora de caixa de acordo
com a IAS 36.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 667
▼M32
28. A entidade deve incluir qualquer ajustamento exigido na quantia es
criturada de um ativo não corrente que deixe de ser classificado como
detido para venda nos resultados [nota de rodapé omitida] de opera
ções em curso no período em que os critérios dos parágrafos 7–9 já
não estiverem satisfeitos. As demonstrações financeiras para os perío
dos desde a classificação como detido para venda devem ser alteradas
em conformidade se o grupo de alienação ou ativo não-corrente que
deixa de ser classificado como detido para venda for uma subsidiária,
uma operação conjunta, um empreendimento conjunto, uma associada
ou uma parte de um interesse num empreendimento conjunto ou numa
associada. A entidade deve apresentar esse ajustamento no mesmo
título da demonstração do rendimento integral usado para apresentar
um ganho ou perda, caso exista, reconhecido de acordo com o pará
grafo 37.
▼B
29. Se uma entidade remover um activo ou passivo individual de um
grupo para alienação classificado como detido para venda, os activos
e passivos restantes do grupo para alienação a ser vendido devem
continuar a ser mensurados como um grupo apenas se o grupo satis
fizer os critérios dos parágrafos 7.-9. De outro modo, os activos não
correntes restantes do grupo que satisfizerem individualmente os cri
térios de classificação como detidos para venda devem ser mensura
dos individualmente pelo menor valor entre as suas quantias escritu
radas e os justos valores menos os custos de vender nessa data.
Quaisquer activos não correntes que não satisfaçam os critérios devem
deixar de ser classificados como detidos para venda de acordo com o
parágrafo 26.
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
30. Uma entidade deve apresentar e divulgar informação que permita aos
utentes das demonstrações financeiras avaliar os efeitos financeiros
das unidades operacionais descontinuadas e das alienações de activos
não correntes (ou grupos para alienação).
▼B
i) os lucros ou prejuízos após os impostos das unidades operacio
nais descontinuadas, e
▼M11
d) a quantia do rendimento de unidades operacionais em continuação
e de unidades operacionais descontinuadas atribuível aos proprie
tários da empresa-mãe. Estas divulgações podem ser apresentadas
ou nas notas ou na demonstração do rendimento integral.
▼M31
33.A. Se uma entidade apresentar as rubricas de resultados numa demons
tração separada, tal como descrito no parágrafo 10A da IAS 1 (con
forme emendada em 2011), uma secção identificada como estando
relacionada com as unidades operacionais descontinuadas é apresen
tada nessa demonstração.
▼B
34. Uma entidade deve apresentar novamente as divulgações do parágrafo
33. para períodos anteriores apresentados nas demonstrações financei
ras de forma a que as divulgações se relacionem com todas as uni
dades operacionais que tenham sido descontinuadas ►M5 no fim do
período de relato ◄ para o último período apresentado.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 669
▼B
35. Os ajustamentos efectuados no período corrente nas quantias previa
mente apresentadas em unidades operacionais descontinuadas que es
tejam directamente relacionados com a alienação de uma unidade
operacional descontinuada num período anterior devem ser classifica
dos separadamente nas unidades operacionais descontinuadas. A na
tureza e a quantia desses ajustamentos devem ser divulgadas. Exem
plos de circunstâncias em que estes ajustamentos podem resultar in
cluem o seguinte:
▼M8
36.A. Uma entidade que assumiu um compromisso relativamente a um
plano de vendas que envolve a perda de controlo de uma subsidiária
deve divulgar as informações exigidas pelos parágrafos 33-36 quando
a subsidiária for um grupo para alienação que satisfaz a definição de
unidade operacional descontinuada em conformidade com o pará
grafo 32.
▼B
Ganhos ou perdas relacionados com unidades operacionais em
continuação
37. Qualquer ganho ou perda relativo à remensuração de um activo não
corrente (ou grupo para alienação) classificado como detido para
venda que não satisfaça a definição de unidade operacional desconti
nuada deve ser incluído nos lucros ou prejuízos das unidades opera
cionais em continuação.
▼B
40. Uma entidade não deve reclassificar ou voltar a apresentar quantias
apresentadas para activos não correntes ou para activos e passivos de
grupos para alienação classificados como detidos para venda
►M5 nas demonstrações da posição financeira ◄ de períodos ante
riores para reflectir a classificação ►M5 na demonstração da posição
financeira ◄ relativa ao último período apresentado.
Divulgações adicionais
41. Uma entidade deve divulgar a seguinte informação nas notas do pe
ríodo em que o activo não corrente (ou grupo para alienação) foi ou
classificado como detido para venda ou vendido:
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
43. A IFRS deve ser aplicada prospectivamente a activos não correntes
(ou grupos para alienação) que satisfaçam os critérios de classificação
como detidos para venda e a unidades operacionais que satisfaçam os
critérios de classificação como descontinuadas após a data de eficácia
da IFRS. Uma entidade pode aplicar os requisitos da IFRS a todos os
activos não correntes (ou grupos para alienação) que satisfaçam os
critérios de classificação como detidos para venda e a unidades ope
racionais que satisfaçam os critérios de classificação como desconti
nuadas após qualquer data antes da data de eficácia da IFRS, desde
que as valorizações e outras informações necessárias para aplicar a
IFRS tenham sido obtidas no momento em que esses critérios foram
originalmente satisfeitos.
DATA DE EFICÁCIA
44. Uma entidade deve aplicar esta IFRS aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2005. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar a IFRS a um período que tenha início antes
de 1 Janeiro 2005, ela deve divulgar esse facto.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 671
▼M5
44.A. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou os parágrafos 3 e 38 e adicionou o
parágrafo 33A. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma entidade
aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as emendas
deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M11
44.B. A IAS 27 (tal como emendada pelo International Accounting Stan
dards Board em 2008) adicionou o parágrafo 33(d). Uma entidade
deve aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou
após 1 de Julho de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 27 (emen
dada em 2008) a um período anterior, a emenda deverá ser aplicada a
esse período anterior. A emenda deve ser aplicada retrospectivamente.
▼M8
44.C. Os parágrafos 8A e 36A foram adicionados com base no documento
Melhoramentos introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008.
Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Julho de 2009. É permitida a aplicação mais
cedo. Contudo, uma entidade não deve aplicar essas emendas aos
períodos anuais com início antes de 1 de Julho de 2009, a não ser
que também aplique a IFRS 27 (tal como alterada em Maio de 2008).
Se uma entidade aplicar as emendas antes de 1 de Julho de 2009,
deve divulgar esse facto. Uma entidade deve aplicar as emendas
prospectivamente a partir da data na qual aplicou pela primeira vez
a IFRS 5, sujeita às disposições transitórias constantes do parágrafo
45 da IAS 27 (emendada em Maio de 2008).
▼M17
44.D. Foram adicionados os parágrafos 5A, 12A e 15A e o parágrafo 8 foi
emendado pela IFRIC 17 Distribuições aos Proprietários de Activos
que Não São Caixa em Novembro de 2008. Estas emendas devem ser
aplicadas prospectivamente a activos não correntes (ou grupos para
alienação) que estejam classificados como detidos para distribuição
aos proprietários nos períodos anuais com início em ou após 1 de
Julho de 2009. Não é permitida a aplicação retrospectiva. É permitida
a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um
período com início antes de 1 de Julho de 2009, deve divulgar esse
facto e também aplicar a IFRS 3 Concentrações de Actividades Em
presariais (conforme revista em 2008), a IAS 27 (conforme emendada
em Maio de 2008) e a IFRIC 17.
▼M22
44.E. O parágrafo 5B foi adicionado pelo documento Melhoramentos Intro
duzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009. Uma entidade deve
aplicar essa emenda prospectivamente aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2010. É permitida a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divul
gar esse facto.
▼M32
44.G. A IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitida em maio de 2011, alterou o
parágrafo 28. Uma entidade deve aplicar esta alteração quando aplicar
a IFRS 11.
▼M33
44.H. A IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor, emitida em Maio de 2011,
emendou a definição de justo valor no Apêndice A. Uma entidade
deve aplicar esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
▼M31
44.I. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou o
parágrafo 33A. Uma entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar
a IAS 1 (conforme emendada em Junho de 2011).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 672
▼B
RETIRADA DA IAS 35
45. Esta IFRS substitui a IAS 35 Unidades Operacionais em Desconti
nuação.
Apêndice A
Termos definidos
Este apêndice faz parte integrante desta IFRS.
▼B
▼M33
▼B
Apêndice B
Suplemento de aplicação
▼B
a) à data em que uma entidade se compromete a planear a venda de
um activo não corrente (ou grupo para alienação), ela espera ra
zoavelmente que outros (não um comprador) imponham condições
à transferência do activo (ou grupo para alienação) que estendam o
período exigido para que a venda seja concluída, e:
i) as acções necessárias para responder a essas condições não
podem ser iniciadas antes de um compromisso firme de compra
ser obtido, e
ii) um compromisso firme de compra é altamente provável dentro
de um ano;
b) uma entidade obtém um compromisso firme de compra e, como
resultado, um comprador ou outros impõem inesperadamente con
dições à transferência de um activo não corrente (ou grupo para
alienação) anteriormente classificado como detido para venda que
irão estender o período exigido para que a venda seja concluída, e:
i) foram tomadas as acções atempadas necessárias para responder
às condições, e
ii) espera-se uma resolução favorável dos factores que condicio
nam um atraso;
c) durante o período inicial de um ano, ocorrem circunstâncias que
foram anteriormente consideradas improváveis e, como resultado,
um activo não corrente (ou grupo para alienação) anteriormente
classificado como detido para venda não é vendido até ao final
desse período, e:
i) durante o período inicial de um ano, a entidade envidou as
acções necessárias para responder à alteração nas circunstân
cias,
ii) o activo não corrente (ou grupo para alienação) está a ser
activamente publicitado a um preço que é razoável, dada a
alteração nas circunstâncias, e
iii) foram satisfeitos os critérios dos parágrafos 7. e 8.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 675
▼B
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 6
OBJECTIVO
1. O objectivo desta IFRS é especificar o relato financeiro da exploração
e avaliação de recursos minerais.
ÂMBITO
3. Uma entidade deve aplicar a IFRS aos dispêndios de exploração e
avaliação em que incorra.
▼B
7. É exigido que a gerência considere os parágrafos 11. e 12. da IAS 8
que especificam fontes de requisitos e orientação autorizados ao de
senvolver uma política contabilística para um item se nenhuma IFRS
se aplicar especificamente a esse item. Sujeito aos parágrafos 9. e 10.
adiante, esta IFRS dispensa uma entidade de aplicar esses parágrafos
às suas políticas contabilísticas para o reconhecimento e mensuração
de activos de exploração e avaliação.
c) perfuração exploratória;
d) valas;
e) amostragem; e
▼B
Alterações nas políticas contabilísticas
13. Uma entidade pode alterar as suas políticas contabilísticas para dis
pêndios de exploração e avaliação se a alteração tornar as demons
trações financeiras mais relevantes para as necessidades de tomada de
decisões económicas dos utentes e não menos fiáveis, ou mais fiáveis
e não menos relevantes para essas necessidades. Uma entidade deve
ajuizar a relevância e a fiabilidade usando os critérios da IAS 8.
14. Para justificar a alteração das suas políticas contabilísticas para dis
pêndios de exploração e avaliação, uma entidade deve demonstrar que
a alteração leva as suas demonstrações financeiras a satisfazerem mais
aproximadamente os critérios da IAS 8, mas a alteração não precisa
de alcançar total conformidade com esses critérios.
APRESENTAÇÃO
Classificação de activos de exploração e avaliação
15. Uma entidade deve classificar os activos de exploração e avaliação
como tangíveis ou intangíveis de acordo com a natureza dos activos
adquiridos e aplicar a classificação consistentemente.
IMPARIDADE
Reconhecimento e mensuração
18. Os activos de exploração e avaliação devem ser avaliados quanto a
imparidade quando os factos e circunstâncias sugerirem que a quantia
escriturada de um activo de exploração e avaliação pode exceder a sua
quantia recuperável. Quando os factos e circunstâncias sugerirem que
a quantia escriturada excede a quantia recuperável, uma entidade deve
mensurar, apresentar e divulgar qualquer perda por imparidade resul
tante de acordo com a IAS 36, excepto conforme estabelecido pelo
parágrafo 21. adiante.
▼B
20. Um ou mais dos seguintes factos e circunstâncias indica que uma
entidade deve testar os activos de exploração e avaliação quanto a
imparidade (a lista não é exaustiva):
DIVULGAÇÃO
23. Uma entidade deve divulgar informação que identifique e explique as
quantias reconhecidas nas suas demonstrações financeiras resultantes
da exploração e avaliação de recursos minerais.
▼B
25. Uma entidade deve tratar os activos de exploração e avaliação como
uma classe separada de activos e fazer as divulgações exigidas ou pela
IAS 16 ou pela IAS 38 consistentemente com a forma como os
activos estão classificados.
DATA DE EFICÁCIA
26. Uma entidade deve aplicar esta IFRS aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2006. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar a IFRS a um período que tenha início antes
de 1 de Janeiro de 2006, ela deve divulgar esse facto.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
27. Se for impraticável aplicar um determinado requisito do parágrafo 18.
à informação comparativa relacionada com períodos anuais com início
antes de 1 de Janeiro de 2006, a entidade deve divulgar esse facto. A
IAS 8 explica o termo «impraticável».
Apêndice A
Termos definidos
Este apêndice faz parte integrante desta IFRS.
activos de exploração e Dispêndios de exploração e avaliação reconhecidos
avaliação como activos de acordo com a política contabilís
tica da entidade.
dispêndios de exploração Dispêndios incorridos por uma entidade em ligação
e avaliação com a exploração e avaliação de recursos minerais
antes que a exequibilidade técnica e viabilidade
comercial da extracção de um recurso mineral se
jam demonstráveis.
exploração e avaliação de A pesquisa de recursos minerais, incluindo miné
recursos minerais rios, petróleo, gás natural e recursos não regenera
tivos semelhantes depois de a entidade ter obtido
os direitos legais de explorar numa área específica,
bem como a determinação da exequibilidade téc
nica e viabilidade comercial de extrair o recurso
mineral.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 680
▼B
OBJECTIVO
1. O objectivo desta IFRS é exigir às entidades que forneçam divulga
ções nas suas demonstrações financeiras que permitam que os utentes
avaliem:
ÂMBITO
▼M38
3. A presente IFRS deve ser aplicada por todas as entidades a todos os
tipos de instrumentos financeiros, exceto:
▼B
b) direitos e obrigações dos empregadores decorrentes de planos de
benefícios dos empregados, aos quais se aplica a IAS 19 Benefí
cios dos Empregados;
▼M12
__________
▼B
d) contratos de seguro tal como definidos na IFRS 4 Contratos de
Seguro. Contudo, esta IFRS aplica-se a derivados que estejam
embutidos nos contratos de seguro sempre que a IAS 39 exija
que a entidade os contabilize separadamente. Além disso, um emi
tente deve aplicar esta IFRS aos contratos de garantia financeira,
caso o emitente aplique a IAS 39 ao reconhecimento e à mensu
ração dos contratos, aplicando todavia a IFRS 4 caso o emitente
decida, de acordo com a alínea d) do parágrafo 4 da IFRS 4,
aplicar esta Norma ao seu reconhecimento e mensuração;
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 681
▼B
e) instrumentos financeiros, contratos e obrigações ao abrigo de tran
sacções de pagamento com base em acções aos quais se aplique a
IFRS 2 Pagamentos com Base em Acções, excepto quando esta
IFRS se aplique a contratos descritos nos parágrafos 5.-7. da
IAS 39 ;
▼M6
f) instrumentos que devam ser classificados como instrumentos de
capital próprio em conformidade com os parágrafos 16A e 16B
ou os parágrafos 16C e 16D da IAS 32.
▼M5
Demonstração da posição financeira
▼B
Categorias de activos financeiros e passivos financeiros
8. As quantias escrituradas de cada uma das seguintes categorias, tal
como definidas na IAS 39, devem ser divulgadas ou na face
►M5 da demonstração da posição financeira ◄ ou nas notas:
▼B
d) activos financeiros disponíveis para venda;
▼B
As alterações nas condições de mercado que dão origem a risco de
mercado incluem alterações na taxa de juro de referência, no preço
de um instrumento financeiro de outra entidade, no preço de uma
mercadoria, na taxa de câmbio ou no índice de preços ou de taxas.
No caso de contratos que incluem uma característica de ligação a
unidades de participação («unit-linking feature»), as alterações nas
condições de mercado incluem alterações no desempenho do fundo
de investimento interno ou externo associado;
Reclassificação
12. Se a entidade tiver reclassificado um activo financeiro (em conformi
dade com os parágrafos 51 a 54 da IAS 39) como um activo men
surado:
b) pelo justo valor, em vez de o ser pelo custo ou pelo custo amor
tizado,
▼B
e) para cada período de relato que se segue à reclassificação (in
cluindo o período de relato no qual o activo financeiro foi reclas
sificado) até ao desreconhecimento do activo financeiro, o ganho
ou perda no justo valor que teria sido reconhecido nos lucros ou
prejuízos ou outro rendimento integral se o activo financeiro não
tivesse sido reclassificado, e os ganhos, perdas, rendimentos e
gastos reconhecidos nos lucros ou prejuízos; e
▼M34
__________
13.B. Uma entidade deve divulgar informações que permitam que os utili
zadores das suas demonstrações financeiras avaliem o efeito ou pos
sível efeito dos acordos de compensação na situação financeira da
entidade. Tal inclui o efeito ou possível efeito de direitos de compen
sação associados aos ativos financeiros reconhecidos e passivos finan
ceiros reconhecidos da entidade abrangidos pelo parágrafo 13A.
13.C. Para alcançar o objetivo do parágrafo 13B, uma entidade deve divul
gar, no final do período de relato, as seguintes informações quantita
tivas, em separado, quanto aos ativos financeiros reconhecidos e pas
sivos financeiros reconhecidos abrangidos pelo parágrafo 13A:
(e) a quantia líquida após dedução das quantias referidas em (d) das
quantias referidas em (c).
13.D. A quantia total divulgada nos termos do parágrafo 13C (d) em relação
a um instrumento deve ser limitada à quantia indicada no parágrafo
13C (c) para esse instrumento.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 685
▼M34
13.E. Uma entidade deve incluir nas divulgações uma descrição dos direitos
de compensação associados aos ativos financeiros reconhecidos e
passivos financeiros reconhecidos da entidade sujeitos a acordos prin
cipais de compensação de cumprimento obrigatório e a acordos seme
lhantes e divulgados nos termos do parágrafo 13C (d), incluindo a
natureza desses direitos.
▼B
Garantias colaterais
14. Uma entidade deve divulgar:
15. Quando uma entidade detém uma garantia colateral (de activos finan
ceiros ou não financeiros) e pode vender ou voltar a penhorar a
garantia colateral em caso de não incumprimento pelo proprietário
da garantia colateral, ela deve divulgar:
Incumprimentos e violações
18. No que diz respeito a empréstimos a pagar reconhecidos ►M5 no
fim do período de relato ◄, uma entidade deve divulgar:
▼B
19. Na eventualidade de, durante o período, terem ocorrido violações dos
termos de um acordo de empréstimo que não as descritas no parágrafo
18., uma entidade deve divulgar a mesma informação exigida pelo
parágrafo 18. se essas violações permitiram ao mutuante exigir o
reembolso acelerado (salvo se o incumprimento tiver sido sanado ou
os termos do empréstimo a pagar tiverem sido renegociados à
►M5 no fim do período de relato ◄ ou até ela).
▼M5
Demonstração do rendimento integral
▼B
Itens de rendimento, gasto, ganhos ou perdas
▼M5
20. Uma entidade deve divulgar os seguintes itens de rendimentos, gastos,
ganhos ou perdas ou na demonstração do rendimento integral ou nas
notas:
▼B
a) ganhos líquidos ou perdas líquidas com:
▼M5
ii) activos financeiros disponíveis para venda, indicando separa
damente a quantia do ganho ou perda reconhecida em outro
rendimento integral durante o período e a quantia reclassificada
do capital próprio para os lucros ou prejuízos do período,
▼B
iii) investimentos detidos até à maturidade,
▼B
Outras divulgações
Políticas contabilísticas
▼M5
21. De acordo com o parágrafo 117 da IAS 1 Apresentação de Demons
trações Financeiras (tal como revista em 2007), uma entidade divul
ga, no resumo das políticas contabilísticas significativas, a base (ou
bases) de mensuração usada na preparação das demonstrações finan
ceiras e as outras políticas contabilísticas usadas que sejam relevantes
para uma compreensão das demonstrações financeiras.
▼B
Contabilidade de cobertura
22. Uma entidade deve divulgar, separadamente para cada tipo de cober
tura descrita na IAS 39 (ou seja, coberturas de justo valor, coberturas
de fluxos de caixa e coberturas de investimentos líquidos em unidades
operacionais estrangeiras):
▼M5
c) a quantia que foi reconhecida em outro rendimento integral durante
o período;
▼B
e) a quantia que foi removida do capital próprio durante o período e
incluída nos custos iniciais ou outra quantia escriturada de um
activo não financeiro ou de um passivo não financeiro, cuja aqui
sição ou ocorrência fosse uma transacção coberta prevista e alta
mente provável.
▼B
Justo valor
25. Com excepção do estabelecido no parágrafo 29., uma entidade deve
divulgar, para cada classe de activos financeiros e de passivos finan
ceiros (ver parágrafo 6.), o justo valor dessa classe de activos e de
passivos de forma a permitir a sua comparação com as suas quantias
escrituradas.
▼M33
__________
▼B
b) a diferença agregada ainda a ser reconhecida nos lucros ou prejuí
zos no início e no fim do período e uma reconciliação das altera
ções no saldo dessa diferença;
▼M33
c) os motivos pelos quais a entidade concluiu que o preço da tran
sacção não constitui o melhor indicador do justo valor, incluindo
uma descrição dos dados que servem de base ao justo valor.
▼B
a) quando a quantia escriturada é uma aproximação razoável do justo
valor, por exemplo, para instrumentos financeiros tais como contas
comerciais a receber ou a pagar a curto prazo;
▼M33
b) no que diz respeito a investimentos em instrumentos de capital
próprio não cotados num mercado activo ou a derivados associa
dos a esses instrumentos de capital próprio que sejam mensurados
pelo custo segundo a IAS 39, porque o seu justo valor não pode
ser mensurado com fiabilidade; ou
▼B
c) no que diz respeito a contratos que contenham uma característica
de participação discricionária (tal como descrita na IFRS 4) se o
justo valor dessa característica não puder ser mensurado com fia
bilidade.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 689
▼B
30. Nos casos descritos no parágrafo 29.b) e c), uma entidade deve di
vulgar informação para ajudar os utentes das demonstrações financei
ras a efectuar os seus próprios julgamentos acerca da extensão de
possíveis diferenças entre a quantia escriturada desses activos finan
ceiros e passivos financeiros e o seu justo valor, designadamente:
▼M29
32.A. Proporcionar divulgações qualitativas no contexto das divulgações
quantitativas permite aos utentes estabelecer a ligação entre divulga
ções conexas e, por conseguinte, obter um panorama geral da natureza
e extensão dos riscos associados a instrumentos financeiros. A inte
racção entre a divulgação de informações qualitativas e quantitativas
contribui para a divulgação das informações numa forma que permite
aos utentes avaliar melhor a exposição de uma entidade aos riscos.
▼B
Divulgações qualitativas
33. Para cada tipo de risco associado a instrumentos financeiros, uma
entidade deve divulgar:
▼B
Divulgações quantitativas
▼M29
34. Para cada tipo de risco associado a instrumentos financeiros, a enti
dade deve divulgar:
▼B
35. Se os dados quantitativos divulgados ►M5 no fim do período de
relato ◄ não forem representativos dos riscos aos quais está exposta
a entidade durante esse período, uma entidade deve fornecer informa
ção adicional que seja representativa.
Risco de crédito
▼M29
36. Para cada classe de instrumentos financeiros, uma entidade deve di
vulgar:
(d) [suprimida]
(b) uma análise dos activos financeiros que são considerados como
estando em imparidade no final do período de relato, designada
mente os factores que a entidade considerou na determinação
dessa imparidade.
(c) [suprimida]
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 691
▼M29
Garantias e outras melhorias da qualidade de crédito obtidas
38. Quando uma entidade obtém activos financeiros ou não financeiros
durante o período assumindo a posse de garantias que detém ou
utilizando outras melhorias da qualidade de crédito (por exemplo,
cauções) e esses activos satisfizerem os critérios de reconhecimento
de outras IFRS, essa entidade deve divulgar, em relação a esses
activos que detenha no final do período de relato:
▼B
Risco de liquidez
▼M19
39. Uma entidade deve divulgar:
▼B
Risco de mercado
Análise da sensibilidade
40. Excepto se a entidade cumprir o parágrafo 41., ela deve divulgar:
41. Caso uma entidade prepare uma análise de sensibilidade, tal como
uma análise do valor em risco (value-at-risk), que reflicta interdepen
dências entre variáveis de risco (por exemplo, taxas de juro e taxas de
câmbio) e utilize essa análise para gerir os riscos financeiros, ela pode
usar essa análise de sensibilidade em vez da análise especificada no
parágrafo 40. A entidade deve igualmente divulgar:
▼B
b) uma explicação do objectivo do método utilizado e das limitações
que podem resultar do facto de a informação não reflectir cabal
mente o justo valor dos activos e dos passivos envolvidos.
▼M30
TRANSFERÊNCIAS DE ACTIVOS FINANCEIROS
42A. Os requisitos de divulgação constantes dos parágrafos 42B-42H rela
cionados com a transferência de activos financeiros complementam os
outros requisitos de divulgação desta IFRS. Uma entidade deve apre
sentar as divulgações exigidas pelos parágrafos 42B-42H numa única
nota às suas demonstrações financeiras. Uma entidade deve apresentar
as divulgações exigidas em relação a todos os activos financeiros que
não tenham sido desreconhecidos e a qualquer envolvimento conti
nuado num activo transferido, existente à data de relato, independen
temente do momento em que tenha ocorrido a transferência corres
pondente. Para efeitos da aplicação dos requisitos de divulgação cons
tantes desses parágrafos, uma entidade transfere a totalidade ou parte de
um activo financeiro (o activo financeiro transferido) se e apenas se:
42B. Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes das
suas demonstrações financeiras:
▼M30
(b) Contratos forward, opções e outros contratos de recompra do
activo financeiro transferido nos quais o preço contratado (ou o
preço de exercício da opção) seja o justo valor do activo finan
ceiro transferido; ou
▼M30
(b) O justo valor dos activos e passivos que representam o envolvi
mento continuado da entidade nos activos financeiros desreconhe
cidos;
42G. Além disso, uma entidade deve divulgar, para cada tipo de envolvi
mento continuado:
▼M30
Informação suplementar
42H. Uma entidade deve divulgar qualquer informação adicional que en
tenda necessária para o cumprimento dos objectivos de divulgação
previstos no parágrafo 42B.
▼B
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
43. Uma entidade deve aplicar esta IFRS aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2007. É encorajada a aplicação mais cedo.
Se uma entidade aplicar esta IFRS a um período anterior, ela deve
divulgar esse facto.
44. Se uma entidade aplicar esta IFRS a períodos anuais que tenham
início antes de 1 de Janeiro de 2006, ela não necessita de apresentar
informação comparativa para as divulgações exigidas nos parágrafos
31.-42. relativamente à natureza e extensão dos riscos associados a
instrumentos financeiros.
▼M5
44.A. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou os parágrafos 20, 21, 23(c) e (d),
27(c) e B5 do Apêndice B. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se
uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior,
as emendas deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M29
44.B. A IFRS 3 (conforme revista em 2008) eliminou o parágrafo 3(c). Uma
entidade deve aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em
ou após 1 de Janeiro de 2011. Se uma entidade aplicar a IFRS 3
(revista em 2008) a um período anterior, a emenda também deve ser
aplicada a esse período anterior. No entanto, a emenda não se aplica
às retribuições contingentes decorrentes de uma concentração de ac
tividades empresariais em que a data de aquisição seja anterior à
aplicação da IFRS 3 (revista em 2008). A entidade deve, nesse caso,
contabilizar essas retribuições em conformidade com os parágrafos
65A–65E da IFRS 3 (conforme emendada em 2010).
▼M6
44.C. Uma entidade deve aplicar a emenda do parágrafo 3 aos períodos
anuais com início em ou após 1 Janeiro 2009. Se uma entidade aplicar
o documento Instrumentos financeiros com uma opção put e obriga
ções decorrentes de uma liquidação (Emendas às IAS 32 e IAS 1),
emitido em Fevereiro de 2008, em relação a um período anterior, a
alteração do parágrafo 3 deve ser aplicada a esse período anterior.
▼M8
44.D. O parágrafo 3(a) foi alterado com base no documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS, emitido em Maio de 2008. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade
aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse facto e
aplicar a esse período anterior as emendas ao parágrafo 1 da IAS 28,
ao parágrafo 1 da IAS 31 e ao parágrafo 4 da IAS 32 emitidas em
Maio de 2008. É permitido a uma entidade aplicar prospectivamente a
emenda.
▼M14
44.E. O documento Reclassificação de activos financeiros (emendas à IAS
39 e à IFRS 7), emitido em Outubro de 2008, emendou o parágrafo
12 e adicionou o parágrafo 12A. As entidades devem aplicar estas
emendas com efeitos em ou a partir de 1 de Julho de 2008.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 696
▼M14
44.F. O documento Reclassificação de activos financeiros — Data de Efi
cácia e Transição (emendas à IAS 39 e à IFRS 7), emitido em
Novembro de 2008, emendou o parágrafo 44E. As entidades devem
aplicar esta emenda com efeitos em ou a partir de 1 de Julho de 2008.
▼M25
44.G. O documento Melhoria das Divulgações de Instrumentos Financeiros
(Emendas à IFRS 7), emitido em Março de 2009, emendou os pará
grafos 27, 39 e B11 e adicionou os parágrafos 27A, 27B, B10A e
B11A–B11F. Uma entidade deve aplicar estas emendas aos períodos
anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. No primeiro ano
de aplicação, uma entidade não precisa de prestar informações com
parativas para as divulgações exigidas pelas emendas. É permitida a
aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um pe
ríodo anterior, ela deve divulgar esse facto.
___________
(*) O parágrafo 44G foi emendado em consequência do documento Isenção limitada da obri
gação de apresentar divulgações comparativas de acordo com a IFRS 7 para os adoptantes
pela primeira vez (Emenda à IFRS 1) emitida em Janeiro de 2010. O Conselho emendou o
parágrafo 44G para esclarecer as suas conclusões e a transição pretendida com o documento
Melhoria das Divulgações de Instrumentos Financeiros (Emendas à IFRS 7).
▼M29
44.K. O parágrafo 44B foi emendado pelo documento Melhoramentos in
troduzidos nas IFRS emitido em Maio de 2010. Uma entidade deve
aplicar esta emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Julho de 2010. É permitida a aplicação mais cedo.
▼M30
44.M. O documento Divulgações — Transferências de activos financeiros
(emendas à IFRS 7) emitido em Outubro de 2010 suprimiu o pará
grafo 13 e aditou os parágrafos 42A-42H e B29-B39. Uma entidade
deve aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após
1 de Julho de 2011. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar as emendas a partir de uma data anterior, deve divul
gar esse facto. Uma entidade não terá de apresentar as divulgações
exigidas por essas alterações em relação a qualquer período abrangido
iniciado antes da data de primeira aplicação das alterações.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 697
▼M32
44.O. A IFRS 10 e a IFRS 11 Acordos Conjuntos, emitidas em Maio de
2011, emendaram o parágrafo 3. Uma entidade deve aplicar estas
emendas ao aplicar a IFRS 10 e a IFRS 11.
▼M33
44.P. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 3, 28,
29, B4 e B26 e o Apêndice A e suprimiu os parágrafos 27-27B. Uma
entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar a IFRS 13.
▼M31
44.Q. O documento Apresentação das Rubricas de Outro Rendimento Inte
gral (Emendas à IAS 1), emitido em Junho de 2011, emendou o
parágrafo 27B. Uma entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar
a IAS 1 (conforme emendada em Junho de 2011).
▼M34
44.R. O documento Divulgações—Compensação entre Ativos Financeiros e
Passivos Financeiros (Emendas à IFRS 7), emitido em dezembro de
2011, aditou os parágrafos IN9, 13A–13F e B40–B53. Uma entidade
deve aplicar estas emendas em relação aos períodos anuais com início
em ou após 1 de janeiro de 2013 e aos períodos intercalares dentro
desses períodos anuais. Uma entidade deve apresentar as divulgações
exigidas por essas emendas de forma retroativa.
▼M38
44.X. O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou o parágrafo 3.
Uma entidade deve aplicar esta emenda em relação aos períodos
anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É permitida a
aplicação antecipada do documento Entidades de Investimento. Se
uma entidade aplicar a emenda de forma antecipada, deve também
aplicar todas as emendas incluídas no documento Entidades de Inves
timento ao mesmo tempo.
▼B
RETIRADA DA IAS 30
45. Esta IFRS substitui a IAS 30 Divulgações nas Demonstrações Finan
ceiras de Bancos e Instituições Financeiras Similares.
Apêndice A
Termos definidos
▼M19
▼B
▼M33
outros riscos de preço O risco de que o justo valor ou os fluxos de caixa
futuros de um instrumento financeiro venham a
flutuar devido a alterações nos preços de mercado
(que não as associadas a riscos de taxa de juro ou
riscos de moeda), quer essas alterações sejam cau
sadas por factores específicos do instrumento fi
nanceiro individual ou do seu emitente, quer por
factores que afectem todos os instrumentos simila
res negociados no mercado.
▼B
— derivado
— método do juro efectivo
— instrumento de capital próprio
— justo valor
— activo financeiro
— instrumento financeiro
— passivo financeiro
— activo financeiro ou passivo financeiro pelo justo valor através dos lucros ou
prejuízos
— contrato de garantia financeira
▼B
Apêndice B
Guia de aplicação
▼B
b) Em seguida, a entidade calcula o valor presente dos fluxos de
caixa associados ao passivo usando os fluxos de caixa contratuais
do passivo no final do período e uma taxa de desconto igual à
soma i) da taxa de juro (de referência) observada no final do
período e ii) do componente da taxa de retorno interna específica
do instrumento descrita na alínea a);
▼B
d) quando for usada uma conta de abatimento para reduzir a quantia
escriturada de activos financeiros com imparidade por perdas de
crédito:
▼M5
O parágrafo 122 da IAS 1 (tal como revista em 2007) também exige
que as entidades divulguem, no resumo das políticas contabilísticas
significativas ou outras notas, os juízos de valor, com a excepção dos
que envolvem estimativas, que a gerência fez no processo de aplica
ção das políticas contabilísticas da entidade e que têm o efeito mais
significativo nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras.
▼B
NATUREZA E EXTENSÃO DOS RISCOS RESULTANTES DE INSTRU
MENTOS FINANCEIROS (PARÁGRAFOS 31.-42.)
B6 As divulgações exigidas pelos parágrafos 31.-42. deverão ser feitas
nas demonstrações financeiras ou incorporadas, por referência cruzada
nas demonstrações financeiras, para alguma outra demonstração, tal
como um comentário da gerência ou um relatório de riscos, que
estejam disponíveis aos utentes das demonstrações financeiras nas
mesmas condições e na mesma altura que as demonstrações financei
ras. Sem essa informação incluída por referência cruzada, as demons
trações financeiras são consideradas incompletas.
▼B
B8 O parágrafo 34.c) exige a divulgação de concentrações de risco. As
concentrações de risco resultam de instrumentos financeiros que te
nham características semelhantes e são afectados de forma similar por
alterações nas condições económicas ou outras. A identificação de
concentrações de risco requer que sejam tomadas em linha de conta
as circunstâncias da entidade. A divulgação de concentrações de risco
deve incluir:
▼M19
Divulgações quantitativas do risco de liquidez (parágrafos 34(a) e
39(a) e (b))
B10A Em conformidade com o parágrafo 34(a), uma entidade divulga uma
síntese de dados quantitativos relativos à sua exposição ao risco de
liquidez com base nas informações prestadas internamente ao
pessoal-chave da gerência. Uma entidade deve explicar de que forma
esses dados são determinados. Se os exfluxos de caixa (ou outro
activo financeiro) incluídos nesses dados:
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 703
▼M19
a) ocorrerem significativamente mais cedo do que o indicado nos
dados, ou
B11A Para cumprir com o parágrafo 39(a) e (b), uma entidade não deve
separar um derivado embutido de um instrumento financeiro híbrido
(combinado). A esse instrumento, uma entidade deve aplicar o pará
grafo 39(a).
B11B O parágrafo 39(b) exige que uma entidade divulgue uma análise
quantitativa da maturidade dos passivos financeiros derivados que
mostre as maturidades contratuais remanescentes, quando as maturi
dades contratuais forem essenciais para uma compreensão da tempes
tividade dos fluxos de caixa. Por exemplo, este seria o caso para:
B11C O parágrafo 39(a) e (b) exige que uma entidade divulgue análises de
maturidade de passivos financeiros que mostrem as maturidades con
tratuais remanescentes de alguns passivos financeiros. Nesta divulga
ção:
▼M19
B11D As quantias contratuais divulgadas nas análises de maturidades con
forme exigido pelo parágrafo 39(a) e (b) são os fluxos de caixa
contratuais não descontados, como por exemplo:
B11E O parágrafo 39(c) exige que uma entidade descreva a forma como
gere o risco de liquidez inerente aos itens divulgados nas divulgações
quantitativas exigidas pelo parágrafo 39(a) e (b). Uma entidade deve
divulgar uma análise de maturidade dos activos financeiros que detém
para gerir o risco de liquidez (p. ex., activos financeiros que sejam
prontamente realizáveis ou que se espera que venham a gerar influxos
de caixa para satisfazer os exfluxos de caixa com passivos financei
ros), quando essa informação é necessária para permitir aos utentes
das demonstrações financeiras avaliarem a natureza e extensão do
risco de liquidez.
▼M19
g) dispõe de instrumentos que poderiam exigir a entrega de colateral
(p. ex., exigências de reforço da margem em relação a derivados);
__________
▼B
Risco de mercado — análise de sensibilidade (parágrafos 40. e 41.)
B17 O parágrafo 40.a) exige uma análise de sensibilidade para cada tipo de
risco de mercado ao qual a entidade está exposta. De acordo com o
parágrafo B3, uma entidade decide a forma como deve agregar a
informação de forma a transmitir uma imagem global sem combinar
informações com características diferentes acerca de exposições a
riscos associados a ambientes económicos consideravelmente diferen
tes. Por exemplo:
▼B
B19 Ao determinar o que é uma alteração razoavelmente possível na va
riável de risco relevante, uma entidade deve considerar:
B20 O parágrafo 41. permite que a entidade use uma análise de sensibili
dade que reflicta interdependências entre variáveis de risco, como a
metodologia do valor em risco, na eventualidade de usar esta análise
para gerir a sua exposição a riscos financeiros. Isto aplica-se mesmo
que uma metodologia mensure apenas o potencial de perdas e não
mensure o potencial de ganhos. A entidade satisfaz o requisito do
parágrafo 41.a) divulgando o tipo de modelo de valor em risco usado
(por exemplo, se é um modelo com base em simulações Monte Carlo)
e fornecendo uma explicação do funcionamento do modelo e dos seus
principais pressupostos (por exemplo, o período de detenção e o nível
de confiança). As entidades podem igualmente divulgar o período
histórico de observação e as ponderações usadas nas observações
dentro desse período, uma explicação da forma como as opções são
tratadas nos cálculos e que volatilidades e correlações são usadas (ou,
em alternativa, simulações de distribuição probabilística pelo método
de Monte Carlo).
▼B
Risco de moeda
B23 O risco de moeda (ou o risco de taxa de câmbio) advém de ins
trumentos financeiros denominados em moeda estrangeira, i.e.,
numa moeda que não a moeda funcional na qual são mensurados.
Para os fins desta IFRS, o risco de moeda não resulta de instrumentos
financeiros que sejam elementos não monetários ou de instrumentos
financeiros denominados na moeda funcional.
B24 Deve ser divulgada uma análise de sensibilidade para cada moeda à
qual uma entidade esteja exposta de forma significativa.
▼M30
DESRECONHECIMENTO (PARÁGRAFOS 42C-42H)
Envolvimento continuado (parágrafo 42C)
B29 A avaliação do envolvimento continuado num activo financeiro trans
ferido para efeitos dos requisitos de divulgação dos parágrafos 42E-
-42H é feita ao nível da entidade que relata. Por exemplo, se uma
subsidiária transferir para um terceiro não relacionado um activo fi
nanceiro em que a empresa-mãe mantém um envolvimento continua
do, a filial não inclui esse envolvimento da empresa-mãe na avaliação
do seu próprio envolvimento continuado no activo transferido nas
suas demonstrações financeiras individuais (ou seja, quando a filial
é a entidade que relata). Contudo, a empresa-mãe incluirá o seu
envolvimento continuado (ou o envolvimento continuado de outro
membro do grupo) num activo financeiro transferido pela sua filial
na determinação de um envolvimento continuado da sua parte no
activo transferido nas suas demonstrações financeiras consolidadas
(ou seja, quando a entidade que relata é o grupo).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 708
▼M30
B30 Uma entidade não tem um envolvimento continuado num activo fi
nanceiro transferido se, no âmbito da transferência, não retiver ne
nhum dos direitos ou obrigações contratuais inerentes ao activo finan
ceiro transferido nem adquirir novos direitos ou obrigações contratuais
relacionados com o activo financeiro transferido. Uma entidade não
mantém um envolvimento continuado num activo financeiro trans
ferido se não conservar qualquer interesse no desempenho futuro do
activo financeiro transferido nem, em nenhuma circunstância, a res
ponsabilidade por futuros pagamentos relacionados com o activo fi
nanceiro transferido.
B35 Uma entidade deve usar o seu julgamento para determinar um número
apropriado de intervalos temporais para a preparação da análise da
maturidade exigida pelo parágrafo 42E(e). Por exemplo, uma entidade
pode entender que os seguintes intervalos temporais de maturidade
são apropriados:
▼M30
(e) Mais de um ano e não mais de três anos;
▼M34
Compensação entre ativos financeiros e passivos financeiros
(parágrafos 13A–13F)
▼M34
derivado reconhecido e um passivo derivado reconhecido que preen
cham os critérios de compensação referidos no parágrafo 42 da IAS
32. Se o valor bruto do ativo derivado for superior ao valor bruto do
passivo derivado, a tabela de divulgação do ativo financeiro deve
incluir o valor total do ativo derivado (nos termos do parágrafo
13C (a)) e o valor total do passivo derivado (nos termos do parágrafo
13C (b)). No entanto, apesar de a tabela de divulgação do passivo
financeiro incluir o valor total do passivo derivado (nos termos do
parágrafo 13C (a)), apenas incluirá o valor do ativo derivado (nos
termos do parágrafo 13 C (b)) correspondente ao valor do passivo
derivado.
B46 As quantias que devem ser divulgadas nos termos do parágrafo 13C
(c) devem ser reconciliadas com as quantias das rubricas individuais
apresentadas na demonstração da situação financeira. Por exemplo, se
uma entidade determinar que a agregação ou desagregação de quantias
de rubricas individuais da demonstração financeira proporciona infor
mações mais relevantes, deve reconciliar as quantias agregadas ou
desagregadas divulgadas nos termos do parágrafo 13C (c) com as
quantias das rubricas individuais apresentadas na demonstração da
situação financeira.
B48 O parágrafo 13C (d) (ii) refere-se a quantias relacionadas com garan
tias financeiras, incluindo garantias em dinheiro, tanto recebidas como
concedidas. Uma entidade deve divulgar o justo valor dos instrumen
tos financeiros dados ou recebidos em garantia. As quantias divulga
das nos termos do parágrafo 13C (d) (ii) devem relacionar-se com as
garantias realmente dadas ou recebidas e não com quaisquer contas a
pagar ou a receber daí resultantes que tenham sido reconhecidas tendo
em vista a devolução dessas garantias.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 712
▼M34
Limites às quantias divulgadas no parágrafo 13C (d) (parágrafo
13D)
B49 Ao divulgar as quantias em conformidade com o parágrafo 13C (d),
uma entidade deve levar em conta os efeitos da sobregarantia por
instrumento financeiro. Para tal, uma entidade deve deduzir primeiro
as quantias divulgadas nos termos do parágrafo 13C (d) (i) da quantia
divulgada nos termos do parágrafo 13C (c). A entidade deve em
seguida limitar as quantias divulgadas nos termos do parágrafo 13C
(d) (ii) ao valor remanescente referido no parágrafo 13C (c) relativa
mente ao instrumento financeiro associado. No entanto, se os direitos
à garantia puderem ser exercidos sobre os instrumentos financeiros,
esses direitos podem ser incluídos na divulgação prevista nos termos
do parágrafo 13D.
Diversos
B53 As divulgações específicas exigidas pelos parágrafos 13C–13E cons
tituem requisitos mínimos. Com vista a alcançar o objetivo do pará
grafo 13B, uma entidade pode necessitar de complementá-las com
divulgações (qualitativas) adicionais, dependendo dos termos dos
acordos principais de compensação de cumprimento obrigatório e
acordos relacionados, incluindo a natureza dos direitos de compensa
ção e o seu efeito ou possível efeito sobre a situação financeira da
entidade.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 713
▼B
Segmentos Operacionais
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
1. Uma entidade deve divulgar informações que permitam aos utentes
das suas demonstrações financeiras avaliar a natureza e os efeitos
financeiros das actividades de negócio em que está envolvida, assim
como os ambientes económicos em que opera.
ÂMBITO
2. A presente IFRS aplica-se:
SEGMENTOS OPERACIONAIS
5. Um segmento operacional é uma componente de uma entidade:
▼B
c) relativamente à qual esteja disponível informação financeira
distinta.
▼B
SEGMENTOS RELATÁVEIS
11. Uma entidade deve relatar separadamente as informações sobre cada
segmento operacional que:
Critérios de agregação
12. Os segmentos operacionais com características económicas semelhan
tes apresentam, frequentemente, um desempenho financeiro a longo
prazo semelhante. Por exemplo, espera-se que, se as características
económicas de dois segmentos operacionais forem semelhantes, as
suas margens brutas médias a longo prazo serão também, em geral,
semelhantes. Dois ou mais segmentos operacionais podem ser agre
gados num único segmento operacional, se a agregação for consistente
com o princípio fundamental da presente IFRS, se os segmentos
tiverem características económicas semelhantes e se forem semelhan
tes em relação a cada um dos seguintes aspectos:
Patamares quantitativos
13. Uma entidade deve relatar separadamente as informações sobre um
segmento operacional que respeite um dos seguintes patamares quan
titativos:
▼B
Os segmentos operacionais que não respeitam qualquer dos patamares
quantitativos podem ser considerados relatáveis, e divulgados separa
damente, se a gerência entender que essa informação sobre o seg
mento seria útil para os utentes das demonstrações financeiras.
DIVULGAÇÃO
20. Uma entidade deve divulgar informações que permitam aos utentes
das suas demonstrações financeiras avaliar a natureza e os efeitos
financeiros das actividades de negócio em que está envolvida, assim
como os ambientes económicos em que opera.
▼B
b) informações sobre os lucros ou prejuízos relatados dos segmentos,
incluindo réditos e gastos específicos incluídos nos lucros ou pre
juízos desses segmentos e respectivos activos, passivos e bases de
mensuração, conforme descrito nos parágrafos 23.-27.; e
▼M5
São necessárias reconciliações das quantias na demonstração da posi
ção financeira de segmentos relatáveis com as quantias na demons
tração da posição financeira da entidade para cada data em que seja
apresentada uma demonstração da posição financeira. A informação
relativa a períodos anteriores deve ser reexpressa tal como descrito
nos parágrafos 29 e 30.
▼B
Informações gerais
22. Uma entidade deve divulgar as seguintes informações gerais:
▼B
b) réditos de transacções com outros segmentos operacionais da
mesma entidade;
c) rédito de juros;
d) gastos de juros;
e) depreciações e amortizações;
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 718
▼M5
f) itens materiais de rendimentos e gastos divulgados de acordo com
o parágrafo 97 da IAS 1 Apresentação de Demonstrações Finan
ceiras (tal como revista em 2007);
▼B
g) o interesse da entidade nos lucros ou prejuízos de associadas e de
empreendimentos conjuntos, contabilizado segundo o método da
equivalência patrimonial;
i) itens materiais que não sejam a dinheiro e que não sejam depre
ciações e amortizações.
▼M31
24. Uma entidade deve divulgar as seguintes informações sobre cada
segmento relatável se as quantias especificadas estiverem incluídas
na mensuração dos activos do segmento analisada pelo principal res
ponsável pela tomada de decisões operacionais ou for apresentada
regularmente a este, ainda que não incluída na mensuração dos activos
do segmento:
▼B
a) a quantia do investimento em associadas e empreendimentos con
juntos contabilizada pelo método da equivalência patrimonial;
▼M31
b) as quantias de adições aos activos não correntes (1), excepto ins
trumentos financeiros, activos por impostos diferidos, activos líqui
dos de benefícios definidos (ver IAS 19 Benefícios do Emprega
dos) e direitos provenientes de contratos de seguro.
▼B
MENSURAÇÃO
25. A quantia de cada item do segmento relatado deve corresponder à
mensuração relatada ao principal responsável pela tomada de decisões
operacionais para efeitos da tomada de decisões sobre a imputação de
recursos ao segmento e da avaliação do seu desempenho. Os ajusta
mentos e eliminações efectuados no âmbito da preparação das de
monstrações financeiras e da imputação de réditos, gastos e ganhos
ou perdas de uma entidade só devem ser incluídos na determinação
dos lucros ou prejuízos do segmento relatado se estiverem incluídos
na respectiva mensuração utilizada pelo principal responsável pela
tomada de decisões operacionais. De igual modo, relativamente a
esse segmento, devem ser relatados apenas os activos e passivos
incluídos nas correspondentes mensurações utilizadas pelo principal
responsável pela tomada de decisões operacionais. Se forem imputa
das quantias aos lucros ou prejuízos, activos ou passivos do segmento
relatado, essas quantias devem ser imputadas numa base razoável.
(1) Relativamente aos activos classificados de acordo com uma apresentação de liquidez, os
activos não correntes são activos que incluem quantias que se espera recuperar mais de
doze meses ►M5 após o período de relato ◄.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 719
▼B
26. Se o principal responsável pela tomada de decisões operacionais uti
lizar apenas uma mensuração dos lucros ou prejuízos e dos activos e
passivos de um segmento operacional na avaliação do desempenho
desse segmento e na decisão sobre o modo de imputação dos recursos,
os lucros ou prejuízos do segmento e os seus activos ou passivos
devem ser relatados segundo essa mensuração. Se o principal respon
sável pela tomada de decisões operacionais utilizar mais de uma
mensuração dos lucros ou prejuízos e dos activos e passivos do seg
mento operacional, as mensurações relatadas devem ser as que a
gerência entender que são determinadas de acordo com os princípios
de mensuração mais consistentes com os utilizados na mensuração das
quantias correspondentes nas demonstrações financeiras da entidade.
27. Uma entidade deve apresentar para cada segmento relatável uma ex
plicação das mensurações dos lucros ou prejuízos e dos activos e
passivos do segmento. Uma entidade deve divulgar, no mínimo, os
seguintes elementos:
Reconciliações
28. As entidades devem proporcionar reconciliações dos seguintes ele
mentos:
▼B
b) o total das mensurações dos lucros ou prejuízos dos segmentos
relatáveis com os lucros ou prejuízos da entidade antes do gasto
de imposto (rendimento de imposto) e unidades operacionais des
continuadas. Todavia, se uma entidade imputar a segmentos rela
táveis itens como gastos de imposto (rendimentos de imposto), ela
pode reconciliar o total das mensurações dos lucros ou prejuízos
dos segmentos com os lucros ou prejuízos da entidade depois
desses itens;
▼B
segmentos relatáveis de uma entidade podem deter activos em dife
rentes áreas geográficas e relatar réditos provenientes de clientes em
diferentes áreas geográficas ou mais de um dos seus segmentos rela
táveis pode operar na mesma área geográfica. As informações exigi
das nos parágrafos 32.-34. só devem ser prestadas se não forem
integradas na informação por segmento relatável exigida pela presente
IFRS.
(1) Relativamente aos activos classificados de acordo com uma apresentação de liquidez, os
activos não correntes são activos que incluem quantias que se espera recuperar mais de
doze meses ►M5 após o período de relato ◄.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 722
▼B
Informações sobre os principais clientes
▼M26
34. Uma entidade deve prestar informações sobre o grau da sua depen
dência relativamente aos seus principais clientes. Se os réditos prove
nientes das transacções com um único cliente externo representarem
10 % ou mais dos réditos totais de uma entidade, esta deve divulgar
tal facto, bem como a quantia total dos réditos provenientes de cada
um destes clientes e a identidade do segmento ou segmentos que
relatam os réditos. A entidade não está obrigada a divulgar a identi
dade de um grande cliente nem a quantia de réditos provenientes
desse cliente relatados por cada segmento. Para efeitos da presente
IFRS, um grupo de entidades que, de acordo com as informações de
que a entidade relatora dispõe, se encontram sob um controlo comum
deve ser considerado um único cliente. No entanto, será necessário
exercer julgamento para avaliar se, assim como uma administração
pública (nacional, estadual, provincial, territorial, local ou estrangei
raincluindo agências estatais e organismos similares, a nível local,
nacional ou internacional) e as entidades que, de acordo com as
informações de que a entidade relatora dispõe, se encontram sob o
controlo dessa administração devem sersão considerados um único
cliente Para fins dessa avaliação, a entidade relatora deve tomar em
consideração o grau de integração económica entre essas entidades.
▼B
TRANSIÇÃO E DATA DE EFICÁCIA
35. Uma entidade deve aplicar a presente IFRS às suas demonstrações
financeiras anuais relativas a períodos com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais cedo. Caso uma enti
dade aplique a presente IFRS às suas demonstrações financeiras de
um período com início anterior a 1 de Janeiro de 2009, ela deve
divulgar esse facto.
▼M22
35.A. O parágrafo 23 foi emendado pelo documento Melhoramentos Intro
duzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009. Uma entidade deve
aplicar essa emenda aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2010. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma
entidade aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse
facto.
36. A informação por segmentos relativa a anos anteriores, relatada como
informação comparativa respeitante ao primeiro ano de aplicação (in
cluindo a aplicação da emenda ao parágrafo 23 feita em Abril de
2009), deve ser reexpressa de modo a cumprir os requisitos da pre
sente IFRS, salvo se as informações necessárias não se encontrarem
disponíveis e o custo da sua elaboração for excessivo.
▼M5
36.A. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou o parágrafo 23(f). Uma entidade deve
aplicar estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
▼M26
36.B. A IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas (conforme revista em
2009) emendou o parágrafo 34 para os períodos anuais com início em
ou após 1 de Janeiro de 2011. Se uma entidade aplicar a IAS 24
(revista em 2009) a um período anterior, a emenda do parágrafo 34
deve ser aplicada a esse período anterior.
▼B
RETIRADA DA IAS 14
37. A presente IFRS substitui a IAS 14 Relato por Segmentos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 723
▼B
Apêndice A
Termo definido
▼M32
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 10
Demonstrações Financeiras Consolidadas
OBJECTIVO
1 O objectivo desta Norma é estabelecer princípios para a apresentação
e preparação de demonstrações financeiras consolidadas quando uma
entidade controla uma ou várias outras entidades.
Realização do objectivo
▼M38
2 Para realizar o objetivo estabelecido no parágrafo 1, esta IFRS:
▼M32
(a) exige que uma entidade (a empresa-mãe) que controla uma ou
várias outras entidades (subsidiárias) apresente demonstrações fi
nanceiras consolidadas;
▼M38
(c) estabelece a forma de aplicação do princípio do controlo para
concluir se uma investidora controla uma investida e deve, por
tanto, consolidar essa investida;
▼M32
3 Esta Norma não aborda os requisitos contabilísticos relativos às con
centrações de actividades empresariais e os seus efeitos na consolida
ção, nomeadamente o goodwill resultante de uma concentração de
actividades empresariais (ver a IFRS 3 Concentrações de Actividades
Empresariais).
ÂMBITO
▼M38
4 Uma entidade que é uma empresa-mãe deve apresentar demonstrações
financeiras consolidadas. Esta IFRS aplica-se a todas as entidades,
com as seguintes exceções:
▼M32
(a) uma empresa-mãe não tem de apresentar demonstrações financei
ras consolidadas se cumprir todas as seguintes condições:
▼M32
(ii) os seus instrumentos de dívida ou de capital próprio não são
negociados num mercado público (uma bolsa de valores na
cional ou estrangeira ou um mercado de balcão, incluindo
mercados locais e regionais);
▼M38
(c) uma entidade de investimento não precisa de apresentar demons
trações financeiras consolidadas se lhe for exigida, de acordo com
o parágrafo 31 desta IFRS, a mensuração de todas as suas subsi
diárias pelo justo valor através dos resultados.
▼M32
Controlo
5 Independentemente da natureza do seu relacionamento com uma
entidade (a investida), um investidor deve determinar se é uma
empresa-mãe verificando se controla ou não a investida.
▼M32
Poder
10 Um investidor tem poder sobre uma investida se for detentor de
direitos existentes que lhe conferem num determinado momento a
capacidade de orientar as actividades relevantes, ou seja, as activida
des que afectam significativamente os resultados da investida.
Resultados
15 Um investidor está exposto ou é detentor de direitos a resultados
variáveis por via do seu relacionamento com a investida se os resul
tados do investidor por via do seu relacionamento com a investida
puderem variar em função do desempenho da mesma. Os resultados
do investidor podem ser apenas positivos, apenas negativos ou total
mente positivos e negativos.
▼M32
18 Assim, um investidor com direito efectivo de tomar decisões deve
determinar se é um mandante ou um mandatário. Um investidor que
é um mandatário de acordo com os parágrafos B58-B72 não controla
uma investida quando exerce um direito de tomar decisões que lhe
tenha sido delegado.
REQUISITOS DE CONTABILIZAÇÃO
19 Uma empresa-mãe deve preparar demonstrações financeiras con
solidadas seguindo políticas contabilísticas uniformes para tran
sacções semelhantes e outros acontecimentos que ocorram em cir
cunstâncias semelhantes.
Perda de controlo
25 Se uma empresa-mãe perde o controlo de uma subsidiária:
▼M38
DETERMINAR SE UMA ENTIDADE É UMA ENTIDADE DE INVESTI
MENTO
27 Uma empresa-mãe deve determinar se é uma entidade de inves
timento. Uma entidade de investimento é uma entidade que:
▼M38
32 Não obstante o requisito do parágrafo 31, se uma entidade de inves
timento tiver uma subsidiária que preste serviços que se relacionem
com as atividades de investimento da entidade de investimento (ver
parágrafos B85C-B85E), deve consolidar essa subsidiária em confor
midade com os parágrafos 19-26 desta IFRS e aplicar os requisitos da
IFRS 3 para a aquisição de qualquer subsidiária desse tipo.
▼M32
Apêndice A
Definições
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma.
▼M38
entidade de investimento Uma entidade que:
▼M32
interesse que não controla Participação no capital de uma subsidiária
não imputável, directa ou indirectamente, a
uma empresa-mãe.
Os termos seguintes são definidos nas IFRS 11, IFRS 12 Divulgação de Inte
resses Noutras entidades, IAS 28 (como emendada em 2011) ou IAS 24 Divul
gações de Partes Relacionadas e são utilizados nesta Norma com os significados
especificados nessas IFRS:
— associada
— empreendimento conjunto
— pessoal-chave de gerência
— parte relacionada
— influência significativa
Apêndice B
Guia de aplicação
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma. Descreve a aplicação dos
parágrafos 1-26 e tem o mesmo valor que as outras partes da Norma.
▼M32
AVALIAÇÃO DO CONTROLO
B2 Para determinar se controla uma investida, um investidor deve consi
derar se dispõe cumulativamente de:
(c) capacidade para usar o seu poder sobre a investida para afectar o
valor dos resultados dos investidores.
▼M32
B8 Uma investida pode estar estruturada de tal modo que os direitos de
voto não são o factor dominante para decidir quem a controla, como
ocorre quando os direitos de voto respeitam apenas a tarefas adminis
trativas e as actividades relevantes são geridas por intermédio de
acordos contratuais. Em tais casos, a consideração, por parte de um
investidor, do propósito e estrutura da investida deve também incluir
os riscos a que a investida esteja exposta por via da sua estrutura, os
riscos que, em função dessa mesma estrutura, são transferidos para as
partes relacionadas com a investida e a verificação sobre se o inves
tidor está exposto a alguns ou à totalidade desses riscos. A conside
ração dos riscos inclui não apenas o risco negativo, mas também o
potencial de eventos positivos.
Poder
B9 Para ter poder sobre uma investida, um investidor deve deter direitos
existentes que lhe conferem num determinado momento a capacidade
para orientar as actividades relevantes. Para efeitos de avaliação do
poder, apenas devem ser considerados os direitos substantivos e os
direitos distintos de direitos de protecção (ver parágrafos B22-B28).
▼M32
Exemplos de aplicação
Exemplo 1
Dois investidores constituem uma investida para desenvolver e comer
cializar um produto médico. Um investidor é responsável pelo desen
volvimento e obtenção de aprovação regulamentar do produto médico
– essa responsabilidade inclui a capacidade unilateral de tomar todas
as decisões relativas ao desenvolvimento do produto e à obtenção de
aprovação regulamentar. A partir do momento em que o regulador
aprove o produto, o outro investidor irá fabricá-lo e comercializá-lo –
esse investidor tem a capacidade unilateral de tomar todas as decisões
sobre o fabrico e a comercialização no âmbito do projecto. Se todas as
actividades – desenvolvimento e obtenção de aprovação regulamentar,
bem como fabrico e comercialização do produto médico – forem
actividades relevantes, cada investidor deve determinar se tem capa
cidade para orientar as actividades que afectam mais significativa
mente os resultados da investida. Assim, cada investidor tem de con
siderar se a actividade que afecta mais significativamente os resulta
dos da investida é o desenvolvimento e obtenção de aprovação regu
lamentar ou o fabrico e comercialização do produto médico e se tem
capacidade para orientar essa actividade. Ao determinar que investidor
tem poder, os investidores devem considerar:
Exemplo 2
Um veículo de investimento (a investida) é criado e financiado através
de um instrumento de dívida detido por um investidor (o investidor
financiador) e de instrumentos de capital próprio detidos por vários
outros investidores. A parcela do capital está estruturada para absorver
os prejuízos iniciais e para receber qualquer resultado residual da
investida. Um dos investidores, detentor de 30 % do capital, é tam
bém o gestor dos activos. A investida utiliza as suas receitas para
adquirir uma carteira de activos financeiros, expondo-se ao risco de
crédito associado ao possível incumprimento do pagamento do capital
e dos juros desses activos. A transacção é comercializada junto do
investidor financiador na qualidade de investimento com exposição
mínima ao risco de crédito associado ao possível incumprimento
dos activos da carteira devido à natureza desses activos e ao facto
de a parcela de capital estar estruturada para absorver os prejuízos
iniciais da investida. Os resultado da investida são significativamente
afectados pela gestão da sua carteira de activos, nomeadamente por
decisões sobre a escolha, aquisição e alienação dos activos em con
formidade com as orientações de composição da carteira e sobre a
gestão dos activos em caso de incumprimento. Todas essas activida
des são geridas pelo gestor de activos até os incumprimentos atingi
rem uma determinada proporção do valor da carteira (ou seja, até que
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 734
▼M32
o valor da carteira seja tal que implica o consumo total da parcela de
capital da investida). A partir desse momento, um administrador ex
terno gere os activos em regime de trust, de acordo com as instruções
do investidor financiador. A gestão da carteira de activos da investida
é a actividade relevante da investida. O gestor dos activos tem a
capacidade de orientar as actividades relevantes até que os activos
em incumprimento alcancem a proporção especificada do valor da
carteira; o investidor financiador tem a capacidade de orientar as
actividades relevantes quando o valor dos activos em incumprimento
supera a proporção especificada do valor da carteira. O gestor dos
activos e o investidor financiador devem, cada um por sua parte,
determinar se têm a capacidade de orientar as actividades que afectam
mais significativamente os resultados da investida, nomeadamente
considerando o propósito e a estrutura da investida, bem como a
exposição de cada parte à variabilidade dos resultados.
▼M32
B18 Em determinadas circunstâncias, pode ser difícil determinar se os
direitos do investidor são suficientes para lhe conferir poder sobre
uma investida. Nesses casos, para poder determinar se dispõe de
poder, um investidor deve ter em conta dados que evidenciem se
dispõe da capacidade prática para orientar as actividades relevantes
de forma unilateral. Deve ter nomeadamente em consideração os se
guintes elementos, que, quando considerados conjuntamente com os
seus direitos e com os indicadores referidos nos parágrafos B19-B20,
podem indicar que os direitos do investidor são suficientes para lhe
conferir poder sobre a investida:
▼M32
(v) a investida depende do investidor no que respeita a pessoal-
-chave de gerência, o que acontece nomeadamente quando o
pessoal do investidor dispõe de conhecimentos especializados
acerca das operações da investida;
Direitos substantivos
B22 Ao considerar se tem poder, um investidor apenas tem em conta os
direitos substantivos relativos a uma investida (detidos pelo investidor
e por outros). Para que um direito seja substantivo, o seu detentor
deve ter a capacidade prática de o exercer.
▼M32
(vii) requisitos legais ou regulamentares que impedem o detentor
de exercer os seus direitos (por exemplo, quando um inves
tidor estrangeiro está proibido de exercer os seus direitos).
B24 Para serem substantivos, os direitos têm também de poder ser exer
cidos em decisões sobre a orientação das actividades relevantes. Nor
malmente, para serem substantivos, os direitos têm de poder ser exer
cidos no momento. No entanto, por vezes os direitos podem ser subs
tantivos apesar de não serem poderem ser exercidos nesse momento.
Exemplos de aplicação
Exemplo 3
A investida realiza anualmente assembleias-gerais de accionistas nas
quais são tomadas as decisões que orientam as actividades relevantes.
A próxima assembleia-geral está prevista para daqui a oito meses.
No entanto, os accionistas que, individual ou colectivamente, sejam
detentores de pelo menos 5 % dos direitos de voto podem convocar
uma assembleia extraordinária para alterar as políticas existentes no
que respeita às actividades relevantes, embora a obrigação de notifi
carem os restantes accionistas implique que tal assembleia apenas se
poderá realizar daí a pelo menos 30 dias. As políticas relativas às
actividades relevantes só podem ser alteradas em assembleias extraor
dinárias ou programadas. Este requisito inclui a aprovação de vendas
materiais de activos, bem como a realização ou a alienação de inves
timentos significativos.
Exemplo 3A
Um investidor é detentor da maioria dos direitos de voto na investida.
Os direitos de voto do investidor são substantivos, na medida em que
o investidor tem capacidade para tomar decisões sobre a orientação
das actividades relevantes, quando essas decisões forem necessárias. O
facto de serem necessários 30 dias para que o investidor possa exercer
os seus direitos de voto não impede que o mesmo tenha nesse mo
mento capacidade para orientar as actividades relevantes, a partir do
momento em que adquiriu a participação accionista.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 738
▼M32
Exemplo 3B
Um investidor celebrou um contrato de futuros para adquirir a maioria
do capital da investida. A data de liquidação do contrato é daí a 25
dias. Os accionistas existentes são incapazes de alterar as políticas
existentes relativamente às actividades relevantes, na medida em que
não é possível realizar uma assembleia extraordinária antes de pelo
menos 30 dias, momento em que o contrato de futuros terá sido
liquidado. Assim, o investidor tem direitos que são essencialmente
equivalentes aos do accionista maioritário do exemplo 3a, acima (ou
seja, o investidor detentor do contrato de futuros pode tomar decisões
sobre a orientação das actividades relevantes, quando essas decisões
forem necessárias). O contrato de futuros do investidor constitui um
direito substantivo que lhe confere no momento em causa a capaci
dade de orientar as actividades relevantes, mesmo antes de ser liqui
dado.
Exemplo 3C
Um investidor é detentor de uma opção substantiva para adquirir a
maioria do capital da investida, que pode ser exercida daí a 25 dias e
apresenta um valor corrente de mercado muito superior ao preço de
exercício (deeply in the money). A conclusão é a mesma do exemplo 3B.
Exemplo 3D
Um investidor celebrou um contrato de futuros para adquirir a maioria
do capital da investida, sem outros direitos conexos sobre a mesma. A
data de liquidação do contrato de futuros é daí a seis meses. Em
contraste com os exemplos acima, o investidor não tem no momento
em causa capacidade para orientar as actividades relevantes. Os ac
cionistas actuais têm nesse momento a capacidade de orientar as
actividades relevantes, na medida em que podem alterar as políticas
existentes relativamente às actividades relevantes antes da liquidação
do contrato de futuros.
B25 Direitos substantivos exercidos por outras partes podem impedir que o
investidor controle a investida a que esses direitos respeitam. Tais
direitos substantivos não exigem que os detentores tenham a capaci
dade de propor decisões. Desde que os direitos não sejam meramente
direitos de protecção (ver parágrafos B26-B28), os direitos substanti
vos detidos por outras partes podem impedir o investidor de controlar
a investida, mesmo que esses direitos apenas confiram aos seus de
tentores, nesse momento, a capacidade de aprovar ou bloquear deci
sões que respeitam às actividades relevantes.
Direitos de protecção
B26 Ao considerar se os direitos de que é detentor lhe conferem poder
sobre uma investida, o investidor deve verificar se os seus direitos e
os direitos detidos por outras partes são direitos de protecção. Os
direitos de protecção dizem respeito a alterações fundamentais das
actividades de uma investida ou só são aplicáveis em circunstâncias
excepcionais. No entanto, nem todos os direitos que se aplicam em
circunstâncias excepcionais ou dependem de determinados aconteci
mentos são direitos de protecção (ver parágrafos B13-B53).
▼M32
B28 São nomeadamente exemplos de direitos protectores:
Franquias
B29 Um acordo de franquia no qual a investida é o franqueado confere em
muitos casos ao franqueador direitos concebidos para proteger a marca
franqueada. Os acordos de franquia conferem normalmente aos fran
queadores alguns direitos de decisão relativamente às operações do
franqueado.
Direitos de voto
B34 Em muitos casos, o investidor tem num determinado momento a
capacidade, através de direito de voto ou direitos semelhantes, de
orientar as actividades relevantes. Se as actividades relevantes de
uma investida forem orientadas através de direitos de voto, um inves
tidor considera os requisitos previstos nesta secção (parágrafos B35-
-B50).
▼M32
(a) as actividades relevantes são orientadas pelo voto do detentor da
maioria dos direitos de voto, ou
B37 Um investidor não tem poder sobre uma investida, mesmo que seja
detentor da maioria dos direitos de voto na mesma, se esses direitos
de voto não forem substantivos. Por exemplo, um investidor que seja
detentor de mais de metade dos direitos de voto numa investida não
pode ter poder se as actividades relevantes estiverem sujeitas à orien
tação de um governo, tribunal, administrador judicial, administrador
de falência, liquidatário ou regulador.
▼M32
Direitos de voto do investidor
B41 Um investidor que não disponha da maioria dos direitos de voto é
detentor de direitos suficientes para ter poder quando tem na prática a
capacidade de orientar as actividades relevantes de forma unilateral.
Exemplos de aplicação
Exemplo 4
Um investidor adquire 48 % dos direitos de voto numa investida. Os
restantes direitos de voto são detidos por milhares de accionistas,
nenhum dos quais é detentor de mais de 1 % dos direitos de voto.
Nenhum dos accionistas celebrou qualquer acordo no sentido de con
sultar os restantes ou de adoptar decisões colectivas. Ao considerar a
proporção de direitos de voto a adquirir, com base na dimensão
relativa das outras participações, o investidor determinou que uma
participação de 48 % seria suficiente para garantir o controlo. Neste
caso, com base na dimensão absoluta da sua participação e na dimen
são relativa das outras participações, o investidor conclui que é de
tentor de direitos de voto suficientes para satisfazer o critério de
existência de poder sem precisar de considerar qualquer outra indica
ção desse poder.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 742
▼M32
Exemplo 5
O investidor A é detentor de 40 % dos direitos de voto numa inves
tida e doze outros investidores são detentores, cada um, de 5 % dos
direitos de voto na mesma investida. Um acordo de accionistas con
fere ao investidor A o direito de nomear e destituir os responsáveis
pela orientação das actividades relevantes, bem como de determinar a
respectiva remuneração. Para alterar esse acordo, é necessária uma
maioria de dois terços dos accionistas. Neste caso, o investidor A
conclui que a dimensão absoluta da sua participação e a dimensão
relativa das outras participações não são, por si só, conclusivos para
determinar se é detentor de direitos suficientes para ter poder.
No entanto, o investidor A determina que o seu direito contratual
de nomear e destituir os gestores, bem como de determinar a respec
tiva remuneração, é suficiente para concluir que tem poder sobre a
investida. O facto de o investidor A poder não ter exercido esse
direito ou a probabilidade de o investidor A exercer o seu direito
de escolher, nomear e destituir os gestores não deve ser considerado
ao apurar se o investidor A tem poder.
Exemplo de aplicação
Exemplo 6
O investidor A é detentor de 45 % dos direitos de voto numa inves
tida. Dois outros investidores são detentores, cada um, de 26 % dos
direitos de voto na mesma investida. Os restantes direitos de voto são
detidos por três outros sócios, cada um com 1 %. Não existem outros
acordos que afectem a tomada de decisões. Neste caso, a dimensão
dos interesses com direito de voto do investidor e a sua dimensão em
relação às outras participações são suficientes para concluir que o
investidor A não tem poder. Bastará que dois outros investidores
cooperem entre si para poderem impedir que o investidor A oriente
as actividades relevantes da investida.
Exemplos de aplicação
Exemplo 7
Um investidor é detentor de 45 % dos direitos de voto numa inves
tida. Onze outros accionistas são detentores, cada um, de 5 % dos
direitos de voto na mesma investida. Nenhum dos accionistas celebrou
qualquer acordo contratual no sentido de consultar os restantes ou de
adoptar decisões colectivas. Neste caso, a dimensão absoluta da par
ticipação do investidor e a dimensão relativa das outras participações
não são, por si só, conclusivos para determinar se o investidor é
detentor de direitos suficientes para ter poder. Devem ser considerado
factos e circunstâncias adicionais que possam demonstrar se um
investidor tem ou não poder.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 743
▼M32
Exemplo 8
Um investidor é detentor de 35 % dos direitos de voto numa inves
tida. Três outros accionistas são detentores, cada um, de 5 % dos
direitos de voto na mesma investida. Os direitos de voto restantes
são detidos por vários outros accionistas, nenhum dos quais possui
individualmente mais de 1 % dos direitos de voto. Nenhum dos ac
cionistas celebrou qualquer acordo no sentido de consultar os restantes
ou de adoptar decisões colectivas. As decisões sobre as actividades
relevantes da investida exigem a aprovação de uma maioria dos votos
expressos nas assembleias de accionistas relevantes – nas mais recen
tes assembleias de accionistas relevantes foram exercidos 75 % dos
direitos de voto na investida. Neste caso, a participação activa dos
restantes accionistas nas mais recentes assembleias de accionistas in
dica que o investidor não tem capacidade prática para orientar as
actividades relevantes de forma unilateral, independentemente de o
investidor já ter ou não orientado as actividades relevantes devido
ao facto de um número suficiente de outros accionistas ter votado
da mesma forma que o investidor.
Exemplos de aplicação
Exemplo 9
O investidor A é detentor de 70 % dos direitos de voto numa inves
tida. O Investidor B é detentor de 30 % dos direitos de voto na
mesma investida, bem como de uma opção de compra de metade
dos direitos de voto do investidor A. A opção pode ser exercida
nos próximos dois anos a um preço fixo que é muito superior ao
valor corrente de mercado (deeply out of the money), situação que
deverá previsivelmente manter-se durante esse período. O investidor A
tem vindo a exercer os seus direitos de voto e orienta activamente as
actividades relevantes da investida. Neste caso, é possível que o in
vestidor A satisfaça o critério para a existência de poder, pois parece
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 744
▼M32
ter no momento a capacidade de orientar as actividades relevantes.
Embora o investidor B seja actualmente detentor de opções que po
dem ser exercidas para adquirir direitos de voto adicionais (e que, se
exercidas, lhe conferem a maioria dos direitos de voto da investida), a
natureza dos termos e condições associados a essas opções faz com
que as mesmas não sejam consideradas substantivas.
Exemplo 10
O investidor A e dois outros investidores são detentores, cada um, de
um terço dos direitos de voto numa investida. A actividade empresa
rial desta está estreitamente associada ao investidor A. Além dos seus
instrumentos de capital, o investidor A é também detentor de ins
trumentos de dívida convertíveis a qualquer momento em acções or
dinárias da investida por um preço fixo superior, mas não muito, ao
valor corrente de mercado (out of the money). Se a dívida fosse
convertida, o investidor A passaria a ser detentor de 60 % dos direitos
de voto na investida. O investidor A beneficiaria da concretização de
sinergias se os instrumentos de dívida fossem convertidos em acções
ordinárias. O investidor A tem poder sobre a investida, pois é detentor
de direitos de voto na investida juntamente com direitos de voto
potenciais substantivos que lhe conferem nesse momento a capacidade
para orientar as actividades relevantes.
▼M32
Exemplos de aplicação
Exemplo 11
A única actividade empresarial de uma investida, conforme especifi
cado nos seus estatutos, é a compra de valores a receber e a prestação
de serviços correntes em relação aos mesmos por conta dos seus
investidores. A prestação de serviços correntes inclui a cobrança e a
transferência de pagamentos de capital e juros à medida que vencem.
Em caso de incumprimento de um valor a receber, a investida vende
automaticamente o valor a receber a um investidor, conforme estabe
lecido, separadamente, num acordo de venda celebrado entre o inves
tidor e a investida. A única actividade relevante é a gestão dos valores
a receber em caso de incumprimento, pois trata-se da única actividade
que pode afectar significativamente os resultados da investida. A ges
tão dos valores a receber anterior a um incumprimento não é uma
actividade relevante, na medida em que não exige decisões substan
tivas que possam afectar significativamente os resultados da investida
– as actividades anteriores a um incumprimento estão predeterminadas
e resumem-se à recolha de fluxos de caixa à medida que se vencem e
à sua transferência para os investidores. Assim, apenas o direito do
investidor a gerir os activos em caso de incumprimento deve ser tido
em conta na consideração das actividades gerais da investida que
afectam significativamente os respectivos resultados. Neste exemplo,
a estrutura da investida garante que o investidor tem poder de decisão
sobre as actividades que afectam significativamente os resultados no
único momento em que a autoridade de decisão é necessária. Os
termos do acordo de venda são parte integrante da transacção global
mente considerada e da estrutura da investida. Assim, juntamente com
os estatutos da investida, os termos do acordo de venda levam a
concluir que o investidor tem poder sobre a investida, embora o
investidor só assuma os valores a receber e realize a gestão dos
valores a receber fora dos limites legais da investida em caso de
incumprimento.
Exemplo 12
Os únicos activos de uma investida são valores a receber. Quando são
considerados o propósito e a estrutura da investida, conclui-se que a
única actividade relevante é a gestão dos valores a receber em caso de
incumprimento. A parte que tem a capacidade de gerir valores a
receber em incumprimento tem poder sobre a investida, independen
temente de qualquer dos devedores ter ou não entrado em incumpri
mento.
▼M32
B56 Resultados variáveis são resultados não fixos que podem variar em
função do desempenho de uma investida. Os resultados variáveis
podem ser apenas positivos, apenas negativos ou positivos e negativos
(ver parágrafo 15). Um investidor considera se os resultados de uma
investida são variáveis e o respectivo grau de variabilidade com base
na substância do acordo e independentemente da forma jurídica dos
resultados. Por exemplo, um investidor pode ser detentor de uma
obrigação com juros fixos. Os pagamentos de juros fixos são resulta
dos variáveis para os propósitos desta Norma, pois estão sujeitos a
risco de incumprimento e expõem um investidor ao risco de crédito
do emissor do título. A dimensão quantitativa da variabilidade (ou
seja, a variabilidade dos resultados) depende do risco de crédito da
obrigação. Da mesma forma, as comissões fixas de gestão dos activos
de uma investida são resultados variáveis na medida em que expõem
o investidor ao risco associado ao desempenho da investida. A di
mensão quantitativa da variabilidade depende da capacidade da inves
tida para gerar receitas suficientes para pagar a comissão.
Poder delegado
B58 Ao considerar se controla uma investida, um investidor com direitos
efectivos de decisão (um decisor) deve determinar se é um mandante
ou um mandatário. Esse investidor deve também determinar se uma
outra entidade com direitos efectivos de decisão actua na qualidade de
sua mandatária. Um mandatário é uma parte que, no essencial, actua
em nome e em benefício da outra parte ou partes (o(s) mandante(s)) e,
portanto, não controla a investida ao exercer a sua autoridade de
decisão (ver parágrafos 17 e 18). Assim, por vezes o poder de um
mandante pode ser detido e exercido por um mandatário, mas em
nome do mandante. Um decisor não é um mandatário apenas porque
outras partes podem beneficiar das decisões que toma.
▼M32
B60 Um decisor deve considerar o relacionamento global entre si, a in
vestida sob gestão e outras partes relacionadas com a investida, em
particular todos os factores a seguir referidos, para determinar se é um
mandatário:
▼M32
B65 Quando uma única parte é detentora de direitos de destituição subs
tantivos e pode destituir o decisor sem justificação, esse facto é, por si
só, suficiente para concluir que o decisor é um mandatário. Se esses
direitos forem detidos por diversas partes (e nenhuma dessas partes
puder pode destituir individualmente o decisor sem a concordância de
outras partes), não são, por si só, conclusivos para determinar se um
decisor actua principalmente em nome e para o benefício de terceiros.
Além disso, quanto maior o número de partes que têm de actuar
conjuntamente para exercer o direito de destituir um decisor e quanto
maiores forem os outros interesses económicos do decisor (remunera
ção e outros interesses) e a variabilidade associada aos mesmos, me
nor a ponderação que deve ser atribuída a esse factor.
B67 A consideração dos direitos detidos por outras partes deve incluir uma
avaliação de quais os direitos que podem ser exercidos pelo conselho
de administração de uma investida (ou outro órgão de gerência) e dos
seus efeitos sobre os poderes de decisão (ver parágrafo B23(b)).
Remuneração
B68 Quanto maior for a remuneração do decisor relativamente aos resul
tados esperados das actividades da investida e a variabilidade asso
ciada, mais provável é que o decisor seja um mandante.
▼M32
B72 Ao considerar a sua exposição à variabilidade dos resultados decor
rentes de outros interesses na investida, um decisor deve ter em conta
o seguinte:
Exemplos de aplicação
Exemplo 13
Um decisor (gestor de fundos) constituiu, comercializa e gere um
fundo regulado e negociado publicamente seguindo parâmetros estri
tamente definidos no mandato de investimento, conforme exigido
pelas leis e regulamentos locais. O fundo foi comercializado junto
dos investidores na qualidade de investimento numa carteira diversi
ficada de títulos representativos do capital de entidades cujos títulos
são negociados publicamente. No âmbito dos parâmetros definidos, o
gestor do fundo tem poder discricionário sobre os activos em que
investe. O gestor do fundo realizou um investimento proporcional
de 10 % no fundo e recebe pelos seus serviços uma comissão nas
condições de mercado, de 1 % do valor do activo líquido do fundo.
As comissões são compatíveis com os serviços prestados. O gestor do
fundo não tem qualquer obrigação de financiar perdas para além do
seu investimento de 10 %. O fundo não é obrigado a constituir um
conselho de administração independente e ainda não o fez. Os inves
tidores não são detentores de quaisquer direitos substantivos que afec
tem os poderes de decisão do gestor do fundo, mas podem resgatar os
seus interesses em conformidade com determinados limites estabele
cidos pelo fundo.
▼M32
Exemplo 14
Um decisor constituiu, comercializa e gere um fundo que disponibiliza
oportunidades de investimento a vários investidores. O decisor (gestor
de fundos) está obrigado a tomar decisões de acordo com o interesse
de todos os investidores e em conformidade com os acordos que
regem o fundo. No entanto, o gestor do fundo dispõe de um amplo
poder discricionário de decisão. O gestor do fundo recebe pelos seus
serviços uma comissão nas condições de mercado, 1 % dos activos
geridos, e 20 % dos lucros do fundo caso seja alcançado um deter
minado valor de lucros. As comissões são compatíveis com os servi
ços prestados.
Exemplo 14A
O gestor do fundo é também detentor de um investimento de 2 % no
fundo que harmoniza os seus interesses com os dos outros investido
res. O gestor do fundo não tem qualquer obrigação de financiar perdas
para além do seu investimento de 2 %. Os investidores podem desti
tuir o gestor do fundo por votação com maioria simples, mas apenas
em caso de violação de contrato.
Exemplo 14B
O gestor do fundo é detentor de um investimento proporcional mais
substancial no fundo, mas não tem qualquer obrigação de financiar as
perdas para além desse investimento. Os investidores podem destituir
o gestor do fundo por votação com maioria simples, mas apenas em
caso de violação de contrato.
▼M32
Por exemplo, após ter em conta a sua remuneração e outros factores, o
gestor do fundo pode considerar que um investimento de 20 % é
suficiente para concluir que controla o fundo. No entanto, em circuns
tâncias diferentes (ou seja, se a remuneração ou outros factores forem
diferentes), pode existir controlo quando o nível de investimento é
diferente.
Exemplo 14C
O gestor do fundo é detentor de um investimento proporcional de
20 % no fundo, mas não tem qualquer obrigação de financiar os
prejuízos para além do seu investimento de 20 %. O fundo tem um
conselho de administração, cujos membros são individualmente inde
pendentes do gestor do fundo e nomeados pelos outros investidores. O
conselho de administração nomeia anualmente o gestor do fundo. Se o
conselho de administração decidir não renovar o contrato do gestor do
fundo, os serviços prestados por este podem ser realizados por outros
gestores do sector.
Exemplo 15
Uma investida é constituída para adquirir uma carteira de títulos ga
rantidos por activos de taxa fixa, financiados por instrumentos de
dívida e instrumentos de capital próprio de taxa fixa. Os instrumentos
de capital próprio foram estruturados para garantir que os investidores
em títulos de dívida fiquem protegidos contra as perdas iniciais e
recebam qualquer resultado residual da investida. A transacção foi
comercializada junto de potenciais investidores em títulos de dívida
na qualidade de investimento numa carteira de títulos garantidos por
activos com exposição ao risco de crédito associado ao possível in
cumprimento por parte dos emissores dos títulos garantidos por acti
vos incluídos na carteira e ao risco de taxa de juro associado à gestão
da carteira. Após serem constituídos, os instrumentos de capital pró
prio representam 10 % do valor dos activos adquiridos. Um decisor
(o gestor de activos) gere a carteira activa de activos, tomando as
decisões de investimento em conformidade com os parâmetros defi
nidos no prospecto da investida. Em contrapartida por esses serviços,
o gestor de activos recebe uma comissão fixa em condições de mer
cado (ou seja, 1 % dos activos geridos) e comissões relacionadas com
o desempenho (ou seja, 10 % dos lucros) se os lucros da investida
ultrapassarem um determinado nível. As comissões são compatíveis
com os serviços prestados. O gestor de activos é titular de 35 % do
capital social da investida.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 752
▼M32
Os restantes 65 % do capital e todos os instrumentos de dívida são
detidos por um elevado número de investidores terceiros, dispersos e
não relacionados entre si. O gestor de activos pode ser destituído, sem
justificação, por decisão da maioria simples dos outros investidores.
Exemplo 16
Um decisor (o patrocinador) patrocina um canal com vários vendedo
res que emite instrumentos dívida de curto prazo para investidores
terceiros não relacionados entre si. A transacção foi comercializada
junto dos potenciais investidores na qualidade de um investimento
numa carteira de activos de médio prazo com avaliações elevadas e
exposição mínima ao risco de crédito associado ao incumprimento
pelos emitentes dos activos incluídos na carteira. Vários serviços de
cedência vendem ao canal carteiras de activos de médio prazo de
elevada qualidade. Cada cedente gere a carteira de activos que vende
ao canal e os valores a receber em caso de incumprimento em troca de
uma comissão nas condições de mercado. Cada cedente garante tam
bém protecção contra as perda iniciais nas perdas de crédito da sua
carteira de activos através da sobre-titularização dos activos transferi
dos para o canal. O patrocinador estabelece os termos de operação do
canal e gere as operações do mesmo em troca de uma comissão nas
condições de mercado. A comissão é compatível com os serviços
prestados. O patrocinador define os vendedores autorizados a vender
ao canal, aprova os activos a adquirir pelo canal e toma decisões
sobre o financiamento do mesmo. O patrocinador é obrigado a agir
de acordo com o interesse de todos os investidores.
▼M32
Embora o patrocinador receba uma comissão nas condições de mer
cado pelos seus serviços que é compatível com os serviços prestados,
tem exposição à variabilidade dos resultados das actividades do canal
devido aos seus direitos a quaisquer resultados residuais do canal e à
prestação das facilidades de melhoria do crédito e de liquidez (ou seja,
o canal está exposto ao risco de liquidez porque utiliza instrumentos
de dívida de curto prazo para financiar activos de médio prazo).
Embora cada um dos cedentes seja titular de poderes de decisão
que afectam o valor dos activos do canal, o patrocinador tem amplos
poderes de decisão que lhe conferem nesse momento a capacidade
para orientar as actividades que afectam mais significativamente os
resultados do canal (ou seja, o patrocinador estabeleceu os termos de
operação do canal, tem o direito de tomar decisões sobre os activos
(aprovando os activos a adquirir e os cedentes desses activos) e o
financiamento do canal (para o qual é necessário obter regularmente
novos investimentos)). O direito aos resultados residuais do canal e o
fornecimento de facilidades de melhoria de crédito e de liquidez ex
põem o patrocinador a uma variabilidade dos resultados das activida
des da canal que é diferente da dos outros investidores. Nesse sentido,
essa exposição indica que o patrocinador é um mandante e o patro
cinador conclui, pois, que controla o canal. A obrigação de o patro
cinador agir no interesse de todos os investidores não impede que seja
um mandante.
(c) uma parte que concordou não vender, transferir ou onerar os seus
interesses na investida sem aprovação prévia do investidor (com
excepção de situações em que um investidor e a outra parte têm o
direito de aprovação prévia e os direitos se baseiam em termos
mutuamente acordados de livre vontade por partes independentes);
(d) uma parte que não é capaz financiar as suas operações sem o
apoio financeiro subordinado do investidor;
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 754
▼M32
(e) uma investida na qual a maioria dos membros do órgão de direc
ção ou as pessoas que constituem o pessoal-chave de gerência são
as mesmas que as do investidor;
B77 Um investidor deve tratar uma parcela de uma investida como uma
entidade considerada separada se e apenas se estiver cumprida a se
guinte condição:
Avaliação contínua
B80 Um investidor deve reconsiderar se controla uma investida se os
factos e circunstâncias indicarem que ocorreram alterações num ou
mais dos três elementos de controlo referidos no parágrafo 7.
B81 Se ocorrer uma alteração na forma como o poder sobre uma investida
pode ser exercido, essa alteração deve reflectir-se na forma como um
investidor considera se tem poder sobre uma investida. Por exemplo,
alterações nos direitos efectivos de decisão podem significar que as
actividades relevantes já não são orientadas através de direitos de voto
e que, em vez disso, outros acordos, como sejam contratos, conferem
a outra parte ou partes a capacidade de orientar nesse momento as
actividades relevantes.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 755
▼M32
B82 Um determinado acontecimento pode implicar que um investidor ob
tenha ou perca o poder sobre uma investida, mesmo sem estar envol
vido nesse acontecimento. Por exemplo, um investidor pode obter
poder sobre uma investida porque os direitos efectivos de decisão
de outra parte ou partes que anteriormente impediam que o investidor
a controlasse expiraram.
▼M38
DETERMINAR SE UMA ENTIDADE É UMA ENTIDADE DE INVESTI
MENTO
B85A Uma entidade deve considerar todos os factos e circunstâncias ao
avaliar se é uma entidade de investimento, incluindo a sua finalidade
e modelo. Uma entidade que possua os três elementos da definição de
uma entidade de investimento estabelecidos no parágrafo 27 é uma
entidade de investimento. Os parágrafos B85B-B85M descrevem os
elementos da definição com maior detalhe.
Objetivo comercial
B85B A definição de uma entidade de investimento requer que a finalidade
da entidade seja investir exclusivamente para obter mais-valias, ren
dimento do investimento (na forma de dividendos, juros ou rendas),
ou ambos. Os documentos indicativos dos objetivos da entidade de
investimento, tais como prospetos de oferta, publicações distribuídas
pela entidade e outros documentos corporativos ou societários, evi
denciam normalmente o objetivo comercial da entidade de investimen
to. Outros dados podem incluir a maneira como a entidade se apre
senta a terceiros (tais como potenciais investidores ou potenciais in
vestidas); por exemplo, uma entidade pode apresentar a sua atividade
como prestadora de investimento a médio prazo para obtenção de
mais-valias. Por outro lado, uma entidade que se apresente como
uma investidora cujo objetivo é desenvolver, produzir ou comerciali
zar produtos conjuntamente com as suas subsidiárias tem um objetivo
comercial que é não é coerente com os objetivos de uma entidade de
investimento, uma vez que a entidade irá lucrar com as atividades de
desenvolvimento, produção ou comercialização, para além de com os
seus investimentos (ver o parágrafo B85I).
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▼M38
B85C Uma entidade de investimento pode prestar serviços relacionados com
o investimento (por exemplo, serviços de consultoria de investimento,
gestão de investimentos, apoio ao investimento e serviços adminis
trativos), quer diretamente quer através de uma subsidiária, a terceiros
como aos seus investidores, mesmo que essas atividades sejam subs
tanciais para a entidade.
Estratégias de saída
B85F Os planos de investimento de uma entidade também contribuem para
evidenciar o seu objetivo comercial. Uma característica que diferencia
uma entidade de investimento de outras entidades é que uma entidade
de investimento não tem a intenção de manter os seus investimentos
indefinidamente, mas antes detê-los por um período limitado. Como
os investimentos em participações e em ativos não-financeiros podem
potencialmente ser mantidos indefinidamente, uma entidade de inves
timento deve ter uma estratégia de saída que documente o modo como
prevê realizar mais-valias a partir de praticamente todos os seus in
vestimentos em participações e em ativos não-financeiros. Uma enti
dade de investimento deve também ter uma estratégia de saída para
todos os instrumentos de dívida que possam potencialmente ser man
tidos indefinidamente, como por exemplo investimentos em instru
mentos de dívida perpétuos. A entidade não terá de documentar es
tratégias de saída específicas para cada investimento, mas deve iden
tificar diferentes estratégias potenciais para diferentes tipos ou cartei
ras de investimentos, incluindo um calendário concreto para sair dos
investimentos. Os mecanismos de saída que são postos em prática
apenas em caso de incumprimento, tal como a quebra ou a não-exe
cução de um contrato, não são considerados estratégias de saída para
efeitos desta avaliação.
▼M38
B85H Uma entidade de investimento pode ter um investimento noutra enti
dade de investimento que tenha sido constituída em ligação com a
entidade por razões jurídicas, regulamentares, tributárias ou outras
razões comerciais semelhantes. Neste caso, o investidor da entidade
de investimento não precisa de ter uma estratégia de saída para esse
investimento, desde que a entidade de investimento investida tenha
estratégias de saída adequadas para os seus investimentos.
Receitas de investimentos
B85I Uma entidade não está a investir apenas com vista à obtenção de
mais-valias, de rendimento do investimento ou de ambos se essa
entidade ou outro membro do grupo a que a entidade pertença (ou
seja, do grupo controlado pela empresa-mãe final da entidade de
investimento) obtiver, ou tiver o objetivo de obter, outros benefícios
dos investimentos da entidade que não estejam disponíveis a terceiros
não relacionados com a investida. Tais benefícios incluem:
▼M38
Mensuração pelo justo valor
B85K Um elemento essencial da definição de uma entidade de investimento
é que esta meça e avalie o desempenho de praticamente todos os seus
investimentos com base no justo valor, uma vez que o uso desta
mensuração resulta em informações mais relevantes do que, por exem
plo, a consolidação das suas subsidiárias ou o recurso ao método da
equivalência patrimonial para as suas participações em associadas ou
empreendimentos conjuntos. A fim de demonstrar que cumpre este
elemento da definição, uma entidade de investimento deve:
B85M Uma entidade de investimento pode ter alguns ativos que não sejam
ativos de investimento, como um edifício de sede e equipamentos
relacionados, e pode também ter passivos financeiros. O elemento
de medição pelo justo valor constante da definição de entidade de
investimento no parágrafo 27, alínea c), aplica-se aos investimentos de
uma entidade de investimento. Assim sendo, uma entidade de inves
timento não precisa de mensurar os seus ativos que não sejam ativos
de investimento ou os seus passivos pelo justo valor.
Mais de um investimento
B85O Uma entidade de investimento detém normalmente vários investimen
tos para diversificar o seu risco e maximizar os retornos. Uma enti
dade pode deter uma carteira de investimentos direta ou indiretamente,
por exemplo através de um único investimento noutra entidade de
investimento que, por sua vez, detenha vários investimentos.
▼M38
a) Está na sua fase de arranque e ainda não identificou investimentos
adequados, pelo que ainda não executou o seu plano de investi
mento para adquirir vários investimentos;
Mais de um investidor
B85Q Normalmente, uma entidade de investimento terá vários investidores
que combinam os seus recursos para ter acesso a serviços de gestão de
investimentos e a oportunidades de investimento a que não poderiam
aceder individualmente. A existência de vários investidores torna me
nos provável que a entidade, ou outros membros do grupo em que a
entidade esteja inserida, obtenham outros benefícios para além de
mais-valias ou rendimentos de investimento (ver o parágrafo B85I).
a) Está no seu período de oferta inicial, que ainda não expirou, e está
a identificar ativamente investidores adequados;
B85U No entanto, uma entidade pode ainda ser elegível como entidade de
investimento mesmo que os seus investidores estejam relacionados
com a entidade. Por exemplo, uma entidade de investimento pode
criar um fundo «paralelo» separado para um grupo dos seus empre
gados (como os responsáveis de gestão) ou para um investidor ou
investidores de outra parte relacionada, que acompanha os investimen
tos do fundo de investimento principal da entidade. Este fundo «pa
ralelo» pode ser elegível como entidade de investimento apesar de
todos os seus investidores serem partes relacionadas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 760
▼M38
Interesses de propriedade
B85V Uma entidade de investimento é normalmente, mas não é obrigada a
ser, uma entidade jurídica autónoma. Os interesses de propriedade
numa entidade de investimento assumem tipicamente a forma de
ações ou interesses semelhantes (p.ex.: quotas), aos quais são afetadas
partes proporcionais dos ativos líquidos da entidade de investimento.
No entanto, ter diferentes classes de investidores, alguns dos quais
com direitos somente sobre um investimento ou grupos de investi
mentos específicos, ou que tenham uma parte proporcional diferente
nos ativos líquidos, não impede que a entidade possa ser uma entidade
de investimento.
B85W Além disso, uma entidade que tenha interesses de propriedade signi
ficativos sob a forma de dívida que, de acordo com outras IFRS
aplicáveis, não corresponda à definição de capitais próprios, pode
ainda ser elegível como entidade de investimento, desde que os de
tentores da dívida estejam expostos a um retorno variável em função
de alterações no justo valor dos ativos líquidos da entidade.
▼M32
REQUISITOS DE CONTABILIZAÇÃO
Procedimentos de consolidação
B86 As demonstrações financeiras consolidadas devem:
Mensuração
B88 Uma entidade inclui as receitas e os gastos de uma subsidiária nas
suas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que
obtém controlo e até à data em deixa de controlar a subsidiária. As
receitas e gastos da subsidiária baseiam-se nos valores dos activos e
passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas na
data da aquisição. Por exemplo, as despesas de depreciação reconhe
cidas na demonstração consolidada de rendimento integral após a data
de aquisição baseia-se no justo valor dos activos depreciáveis conexos
reconhecido nas demonstrações financeiras consolidadas na data da
aquisição.
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▼M32
Direitos de voto potenciais
B89 Quando existem direitos de voto potenciais, ou outros derivados que
incluam direitos de voto potenciais, a proporção de lucros ou perdas e
as alterações no capital próprio imputadas aos interesses da
empresa-mãe e aos interesses que não controlam é determinada, na
preparação das demonstrações financeiras consolidadas, exclusiva
mente em função de interesses de propriedade existentes e não reflecte
o possível exercício ou a conversão de direitos de voto potenciais e
outros derivados, a menos que se aplique o parágrafo B90.
Data de relato
B92 As demonstrações financeiras da empresa-mãe e das suas subsidiárias
utilizadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas
devem ter a mesma data de relato. Quando o final do período de
relato da empresa-mãe for diferente do de uma subsidiária, a subsi
diária deve preparar, para fins de consolidação, informações financei
ras adicionais com a mesma data que as demonstrações financeiras da
empresa-mãe de modo a permitir que esta consolide as informações
financeiras da subsidiária, a menos que seja impraticável fazê-lo.
▼M32
Alterações na quota-parte detida por interesses que não contro
lam
B96 Quando a quota-parte do capital detida por interesses que não con
trolam se altera, a entidade deve ajustar as quantias escrituradas dos
interesses que controlam e dos interesses que não controlam de modo
a reflectir as alterações dos interesses relativos na subsidiária. A en
tidade deve reconhecer directamente no capítulo relativo aos capitais
próprios qualquer diferença entre o valor pelo qual os interesses que
não controlam foram ajustados e o justo valor da retribuição paga ou
recebida, imputando-a aos proprietários da empresa-mãe.
Perda de controlo
B97 Uma empresa-mãe pode perder o controlo de uma subsidiária por via
de dois ou mais acordos (transacções). Por vezes, no entanto, as
circunstâncias indicam que os múltiplos acordos devem ser contabili
zados como uma única transacção. Ao decidir se deve fazê-lo,
a empresa-mãe deve considerar todos os termos e condições dos
acordos e os respectivos efeitos económicos. A ocorrência de uma
ou várias das seguintes situações indica que a empresa-mãe deve
contabilizar múltiplos acordos como uma única transacção:
(a) desreconhece:
(b) reconhece:
▼M32
(d) reconhece qualquer diferença resultante como lucro ou perda nos
resultados imputáveis à empresa-mãe.
▼M38
CONTABILIZAÇÃO DE UMA MUDANÇA NO ESTATUTO DE ENTIDADE
DE INVESTIMENTO
B100 Quando uma entidade deixa de ser uma entidade de investimento,
deverá aplicar a IFRS 3 a qualquer subsidiária anteriormente mensu
rada pelo justo valor através dos resultados de acordo com o parágrafo
31. A data da alteração do estatuto deve ser considerada a data de
aquisição. O justo valor da subsidiária na data de aquisição conside
rada deverá representar a contraprestação transferida considerada para
a avaliação do goodwill ou dos lucros de uma compra vantajosa
decorrente da aquisição considerada. Todas as subsidiárias serão con
solidadas em conformidade com os parágrafos 19-24 desta IFRS a
partir da data da alteração do estatuto.
▼M32
Apêndice C
Data de eficácia e transição
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma e tem o mesmo valor que
as outras partes da mesma.
DATA DE EFICÁCIA
C1 Uma entidade deve aplicar esta Norma para os períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2013. É permitida a aplicação
anterior. Se aplicar esta Norma mais cedo, uma entidade deve divulgar
o facto e aplicar simultaneamente as IFRS 11, IFRS 12, IAS 27
Demonstrações Financeiras Separadas e IAS 28 (como emendada
em 2011).
▼M37
C1A Demonstrações Financeiras Consolidadas, Acordos Conjuntos e Di
vulgação de Interesses Noutras Entidades: Orientações de transição
(emendas à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12): emitido em junho de
2012, emendou os parágrafos C2–C6 e aditou os parágrafos C2A–
C2B, C4A–C4C, C5A e C6A–C6B. As entidades devem aplicar estas
emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de
2013. Se uma entidade aplicar a IFRS 10 a um período anterior, deve
aplicar estas emendas a esse período anterior.
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▼M38
C1B O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou os parágrafos
2, 4, C2A, C6A e o Apêndice A e inseriu os parágrafos 27-33, B85A-
-B85W, B100-B101 e C3A-C3F. Uma entidade deve aplicar estas
emendas em relação aos períodos anuais com início em ou após
1 de janeiro de 2014. É permitida a aplicação antecipada. Se uma
entidade aplicar as emendas de forma antecipada, deve divulgar esse
facto e aplicar todas as emendas incluídas no documento Entidades de
Investimento ao mesmo tempo.
▼M32
TRANSIÇÃO
▼M37
C2 As entidades devem aplicar esta Norma retrospetivamente, de acordo
com a IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas
Contabilísticas e Erros, exceto quanto ao especificado nos parágrafos
C2A-C6.
▼M38
C2A Não obstante os requisitos do parágrafo 28 da IAS 8, quando esta
IFRS for aplicada pela primeira vez e, caso ocorra posteriormente,
quando as emendas do documento Entidades de Investimento à pre
sente IFRS forem aplicadas pela primeira vez, a entidade só precisa de
apresentar as informações quantitativas exigidas pelo parágrafo 28,
alínea f), da IAS 8 para o período anual imediatamente anterior à
data da aplicação inicial desta IFRS (o «período imediatamente ante
rior»). Uma entidade pode também apresentar estas informações rela
tivamente ao período em curso ou a períodos comparativos anteriores,
mas não é obrigatório que o faça.
▼M37
C2B Para os efeitos desta Norma, a data da aplicação inicial é o início do
período anual de relato relativamente ao qual a Norma é aplicada pela
primeira vez.
▼M38
C3A Na data de aplicação inicial, uma entidade deve avaliar se é uma
entidade de investimento com base nos factos e circunstâncias exis
tentes nessa data. Se, na data de aplicação inicial, uma entidade con
cluir que é uma entidade de investimento, deve aplicar os requisitos
dos parágrafos C3B-C3F em vez dos parágrafos C5-C5A.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 765
▼M38
C3B Com exceção de qualquer subsidiária consolidada em conformidade
com o parágrafo 32 (à qual se apliquem os parágrafos C3 e C6 ou C4-
-C4C, conforme relevante), uma entidade de investimento deve men
surar o seu investimento em cada subsidiária pelo justo valor através
dos resultados como se os requisitos desta IFRS tivessem estado
sempre em vigor. A entidade de investimento deve ajustar retrospeti
vamente tanto o período anual imediatamente anterior à data da apli
cação inicial como o capital próprio no início do período imediata
mente anterior para corrigir qualquer diferença entre:
▼M37
C4 Se, à data da primeira aplicação, um investidor concluir que deve
consolidar uma participada não consolidada de acordo com a IAS
27 e a SIC–12, adota-se o seguinte procedimento:
▼M37
O investidor deve ajustar retrospetivamente o período anual imedia
tamente anterior à data da aplicação inicial, a menos que o início do
primeiro período relativamente ao qual a aplicação deste parágrafo é
praticável seja o período em curso. Se a data de aquisição considerada
for anterior ao início do período imediatamente precedente, o inves
tidor deve reconhecer, como ajustamento do património no início do
período imediatamente precedente, qualquer diferença entre:
▼M37
C5A Se não for praticável mensurar a participação na participada de acordo
com o parágrafo C5 (na aceção da IAS 8), o investidor deve aplicar o
prescrito nesta Norma no início do primeiro período relativamente ao
qual a aplicação do parágrafo C5 é praticável, que pode ser o período
em curso. O investidor deve ajustar retrospetivamente o período anual
imediatamente anterior à data da aplicação inicial, a menos que o
início do primeiro período relativamente ao qual a aplicação deste
parágrafo é praticável seja o período em curso. Se a data em que o
investidor iniciou o relacionamento com a participada (mas não ob
teve controlo de acordo com esta Norma) ou em que o investidor
perdeu o controlo da participada for anterior ao início do período
imediatamente precedente, o investidor deve reconhecer, como
ajustamento do património no início do período imediatamente
precedente, qualquer diferença entre:
▼M32
(a) uma entidade não deve reexpressar qualquer imputação de lucros
ou perdas referente a períodos de relato anteriores ao momento
em que aplicou pela primeira vez a emenda do parágrafo B94;
▼M37
Referências ao «período imediatamente precedente»
▼M38
C6A Não obstante as referências ao período anual imediatamente anterior à
data da aplicação inicial (o «período imediatamente anterior») nos
parágrafos C3B-C5A, uma entidade pode também apresentar informa
ções comparativas ajustadas para quaisquer períodos anteriores apre
sentados, mas não é obrigatório que o faça. Se uma entidade apresen
tar informação comparativa ajustada para quaisquer períodos anterio
res, todas as referências ao «período imediatamente anterior» nos
parágrafos C3B-C5A devem ser lidas como «primeiro período com
parativo ajustado apresentado».
▼M37
C6B A entidade que apresentar informações comparativas não ajustadas
relativas a quaisquer períodos anteriores deve identificar claramente
as informações que não foram ajustadas, declarar que as mesmas
foram preparadas segundo um critério diferente e explicar esse crité
rio.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 769
▼M32
Referências à IFRS 9
C7 Se uma entidade aplica esta Norma mas ainda não aplica a IFRS 9,
qualquer referência nesta Norma à IFRS 9 deve ser lida como uma
referência à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
Mensuração.
RETIRADA DE OUTRAS IFRS
C8 Esta Norma substitui os requisitos relativos às demonstrações finan
ceiras consolidadas constantes da IAS 27 (como emendada em 2008).
C9 Esta Norma substitui também a SIC-12 Consolidação — Entidades
com Finalidade Especial.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 770
▼M32
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 11
Acordos conjuntos
OBJETIVO
1 O objetivo desta Norma consiste em estabelecer princípios para o
relato financeiro por parte das entidades com interesses em acor
dos controlados conjuntamente (ou seja, acordos conjuntos).
Cumprimento do objetivo
2 Para realizar o objetivo previsto no parágrafo 1, esta Norma define
controlo conjunto e exige que uma entidade que seja parte num
acordo conjunto determine o tipo de acordo conjunto no qual está
envolvida avaliando os seus direitos e obrigações respetivos e conta
bilize esses direitos e obrigações de acordo com esse tipo de acordo
conjunto.
ÂMBITO
3 Esta Norma deve ser aplicada por todas as entidades que sejam
parte num acordo conjunto.
ACORDOS CONJUNTOS
4 Um acordo conjunto é um acordo sobre o qual duas ou mais
partes têm o controlo conjunto.
Controlo conjunto
7 O controlo conjunto consiste na partilha contratualmente acor
dada do controlo sobre um acordo, que só existe quando as deci
sões sobre as atividades relevantes requerem o consentimento unâ
nime das partes que partilham o controlo.
8 Uma entidade que seja parte num acordo deve apreciar se o acordo
contratual confere a todas as partes, ou a um grupo das partes, o
controlo coletivo do acordo. Todas as partes, ou um grupo das partes,
controlam o acordo coletivamente quando têm de agir em conjunto
para dirigir as atividades que afetem de forma significativa o retorno
do acordo (ou seja, as atividades relevantes).
▼M32
11 Um acordo pode ser um acordo conjunto ainda que nem todas as
partes do mesmo detenham o controlo conjunto do acordo. A presente
Norma distingue entre partes que detêm o controlo conjunto de um
acordo conjunto (operadores conjuntos ou empreendedores conjuntos)
e partes que participam num acordo conjunto mas não detêm o con
trolo conjunto do mesmo.
▼M32
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DAS PARTES NUM ACORDO CON
JUNTO
Operações conjuntas
20 Um operador conjunto reconhece, relativamente ao seu interesse
numa operação conjunta:
23 Uma parte que participe numa operação conjunta mas não detenha o
controlo conjunto contabiliza também o seu interesse no acordo em
conformidade com os números 20–22, se tiver direitos sobre os ativos
e obrigações pelos passivos relacionados com a operação conjunta. Se
uma parte que participa numa operação conjunta mas não detém o
controlo conjunto da mesma não tiver direitos nos ativos e obrigações
pelos passivos relativamente a essa operação conjunta, contabiliza o
seu interesse na operação conjunta de acordo com as IFRS aplicáveis
a esse interesse.
Empreendimentos conjuntos
24 Um empreendedor conjunto reconhece o seu interesse num em
preendimento conjunto como um investimento e contabiliza esse
investimento utilizando o método da equivalência patrimonial de
acordo com a IAS 28 Investimentos em Associadas e Empreendi
mentos Conjuntos a menos que a entidade esteja isenta da aplica
ção do método da equivalência patrimonial conforme especificado
nessa Norma.
25 Uma parte que participa num empreendimento conjunto mas não de
tém o controlo conjunto contabiliza o seu interesse no acordo em
conformidade com a IFRS 9 Instrumentos Financeiros, a menos
que tenha uma influência significativa sobre o empreendimento con
junto, caso em que contabiliza o mesmo de acordo com a IAS 28
(conforme emendada em 2011).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 773
▼M32
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS
26 Nas suas demonstrações financeiras separadas, um operador con
junto ou um empreendedor conjunto contabiliza os seus interes
ses:
Apêndice A
Definições
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma.
parte num acordo conjunto Uma entidade que participa num acordo
conjunto, independentemente de deter ou
não o controlo conjunto sobre esse acordo.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 774
▼M32
veículo separado Uma estrutura financeira identificável sepa
radamente, incluindo entidades jurídicas se
paradas ou entidades reconhecidas por esta
tuto, independentemente de essas entidades
terem ou não personalidade jurídica.
— poder;
— direitos de proteção;
— atividades relevantes;
— influência significativa.
Apêndice B
Guia de aplicação
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma. Descreve a aplicação dos
parágrafos 1–27 e tem o mesmo valor que as outras partes da Norma.
ACORDOS CONJUNTOS
Acordo contratual (parágrafo 5)
B2 Os acordos contratuais podem ser evidenciados de diversas formas.
Um acordo contratual passível de aplicação é muitas vezes, mas não
sempre, efetuado por escrito, habitualmente na forma de um contrato
ou de discussões documentadas entre as partes. Os mecanismos esta
tutários podem também criar acordos passíveis de aplicação, quer por
si só quer em conjugação com contratos entre as partes.
▼M32
B4 O acordo contratual define os termos nos quais as partes participam na
atividade objeto do acordo. O acordo contratual lida geralmente com
assuntos como:
▼M32
B8 Noutras circunstâncias, o acordo contratual requer uma proporção
mínima dos direitos de voto para tomar decisões acerca das atividades
relevantes. Quando essa proporção mínima necessária dos direitos de
voto pode ser atingida por mais de uma combinação das partes que
acordam em conjunto, esse acordo não é um acordo conjunto a menos
que o acordo contratual especifique quais as partes (ou a combinação
de partes) que têm de acordar unanimemente as decisões acerca das
atividades relevantes do acordo.
Exemplos de aplicação
Exemplo n.o 1
Imaginemos que três partes estabelecem um acordo. A tem 50 % dos
direitos de voto no acordo, B tem 30 % e C tem 20 %. O acordo
contratual entre A, B e C especifica que são necessários pelo menos
75 % dos direitos de voto para tomar decisões acerca das atividades
relevantes do acordo. Embora A possa bloquear qualquer decisão, não
controla o acordo porque necessita do acordo de B. O facto de os
termos do respetivo acordo contratual exigirem pelo menos 75 % dos
direitos de voto para tomar decisões acerca das atividades relevantes
implica que A e B detêm o controlo conjunto do acordo porque as
decisões acerca das atividades relevantes do acordo não podem ser
tomadas sem o acordo tanto de A como de B.
Exemplo n.o 2
Imaginemos que um acordo tem três partes: A tem 50 % dos direitos
de voto no acordo e B e C têm, cada uma, 25 %. O acordo contratual
entre A, B e C especifica que são necessários pelo menos 75 % dos
direitos de voto para tomar decisões acerca das atividades relevantes
do acordo. Embora A possa bloquear qualquer decisão, não controla o
acordo porque necessita do acordo de B ou de C. Neste exemplo, A,
B e C controlam coletivamente o acordo. Contudo, existe mais de
uma combinação das partes que podem chegar a acordo para obter os
75 % dos direitos de voto (ou seja, A e B ou A e C). Nesta situação,
para ser um acordo conjunto o acordo contratual entre as partes teria
de especificar qual a combinação das partes que tem de acordar una
nimemente as decisões acerca das atividades relevantes do acordo.
Exemplo n.o 3
Imaginemos um acordo no qual A e B têm cada uma 35 % dos
direitos de voto no acordo, estando os restantes 30 % bastante disper
sos. As decisões acerca das atividades relevantes necessitam de apro
vação por uma maioria dos direitos de voto. A e B só detêm o
controlo conjunto sobre o acordo se o acordo contratual especificar
que as decisões acerca das atividades relevantes do acordo necessitam
do acordo de A e de B.
▼M32
B10 Um acordo contratual pode incluir cláusulas sobre a resolução de
litígios, por exemplo por via de arbitragem. Estas disposições podem
permitir que as decisões sejam tomadas na ausência de consentimento
unânime entre as partes que detêm o controlo conjunto. A existência
de tais disposições não impede que o acordo seja conjuntamente con
trolado e, por conseguinte, seja um acordo conjunto.
B13 Alguns acordos não exigem que a atividade objeto do acordo seja
levada a cabo através de um veículo separado. Contudo, outros acor
dos envolvem o estabelecimento de um veículo separado.
▼M32
Classificação de um acordo conjunto
B15 Como referido no parágrafo B14, a classificação dos acordos conjun
tos exige que as partes apreciem os respetivos direitos e obrigações
decorrentes do acordo. Ao efetuar essa apreciação, uma entidade deve
considerar:
B18 Noutros casos, as partes num acordo conjunto poderão acordar, por
exemplo, partilhar e operar um ativo em conjunto. Neste caso, o
acordo contratual estabelece os direitos das partes sobre o ativo ope
rado conjuntamente e a forma como a produção ou os rendimentos
desse ativo e os seus custos operacionais são partilhados entre as
partes. Cada operador contabiliza a sua parte do ativo conjunto e a
sua parte acordada de quaisquer passivos e reconhece a sua parte da
produção, rendimentos e despesas em conformidade com o acordo
contratual.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 779
▼M32
Acordos conjuntos estruturados através de um veículo separado
B19 Um acordo conjunto no qual os ativos e passivos relacionados com o
acordo são detidos num veículo separado pode ser um empreendi
mento conjunto ou uma operação conjunta.
▼M32
obrigações conferidos às partes pela forma jurídica do veículo sepa
rado indica que o acordo é um empreendimento conjunto. Contudo, os
termos acordados pelas partes no seu acordo contratual (ver parágrafos
B25–B28) e, quando relevantes, outros factos e circunstâncias (ver
parágrafos B29–B33) podem sobrepor-se à apreciação dos direitos e
obrigações conferidos às partes pela forma jurídica do veículo sepa
rado.
Exemplo de aplicação
Exemplo n.o 4
Imaginemos que duas partes estruturam um acordo conjunto numa
entidade registada. Cada parte tem 50 % de interesse de propriedade
na entidade registada. O registo permite a separação da entidade dos
seus proprietários e, por conseguinte, os ativos e passivos detidos são
ativos e passivos da entidade registada. Nesse caso, a apreciação dos
direitos e obrigações conferidos às partes pela forma jurídica do veí
culo separado indica que as partes têm direitos sobre os ativos líqui
dos do acordo.
Termos do acordo con O acordo contratual confere às partes no O acordo contratual confere às partes no
tratual acordo conjunto direitos sobre os ativos acordo conjunto direitos sobre os ativos
e obrigações pelos passivos relacionados líquidos do acordo (ou seja, é o veículo
com o acordo. separado, e não as partes, que detém os
direitos sobre os ativos e as obrigações
pelos passivos relacionados com o acor
do).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 781
▼M32
Direitos sobre os ativos O acordo contratual estabelece que as O acordo contratual estabelece que os
partes no acordo conjunto partilham to ativos trazidos para o acordo ou subse
dos os interesses (por exemplo, direitos, quentemente adquiridos pelo acordo
título ou propriedade) sobre os ativos conjunto são ativos do acordo. As par
relacionados com o acordo numa deter tes não têm interesses (ou seja, não têm
minada proporção (por exemplo, na pro direitos, título ou propriedade) sobre os
porção do interesse de propriedade das ativos do acordo.
partes no acordo ou na proporção da
atividade levada a cabo através do
acordo que lhes é diretamente atribuída).
Obrigações pelos passi O acordo contratual estabelece que as O acordo contratual estabelece que o
vos partes no acordo conjunto partilham to acordo conjunto é responsável pelas dí
dos os passivos, obrigações, custos e vidas e obrigações do acordo.
despesas numa proporção especificada
(por exemplo, na proporção do interesse
de propriedade das partes no acordo ou O acordo contratual estabelece que as
na proporção da atividade levada a cabo partes no acordo conjunto são responsá
através do acordo que lhes é diretamente veis relativamente ao acordo apenas na
atribuída). medida dos seus investimentos respeti
vos no acordo, das respetivas obriga
ções de contribuírem com qualquer ca
pital não pago ou adicional para o acor
do, ou de ambas.
Rendimentos, despesas, O acordo contratual estabelece a distri O acordo contratual estabelece a parte
resultados buição dos rendimentos e despesas com dos lucros ou perdas relacionados com
base no desempenho relativo de cada as atividades do acordo que cabe a cada
parte no acordo conjunto. Por exemplo, uma das partes no acordo.
o acordo contratual poderá estabelecer
que os rendimentos e despesas são dis
tribuídos com base na capacidade que
cada parte utiliza numa fábrica explo
rada conjuntamente, que pode ser dife
rente do respetivo interesse de proprie
dade no acordo conjunto. Noutros casos,
as partes poderão ter acordado partilhar
os resultados relacionados com o acordo
com base numa proporção especificada,
como por exemplo o interesse de pro
priedade das partes no acordo. Tal não
impediria o acordo de ser uma operação
conjunta se as partes tivessem direitos
sobre os ativos e obrigações pelos pas
sivos relacionados com o acordo.
Garantias As partes em acordos conjuntos têm muitas vezes de fornecer garantias a terceiros
que, por exemplo, recebem um serviço do acordo conjunto ou lhe fornecem
financiamento. O fornecimento dessas garantias ou o compromisso das partes
no sentido de as fornecer não determina, por si só, que o acordo conjunto seja
uma operação conjunta. A característica que determina se o acordo conjunto é
uma operação conjunta ou um empreendimento conjunto é o facto de as partes
terem ou não obrigações pelos passivos relacionados com o acordo (relativamente
a alguns dos quais as partes poderão ou não ter fornecido uma garantia).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 782
▼M32
B28 Quando o acordo contratual especifica que as partes têm direitos sobre
os ativos e obrigações pelos passivos relacionados com o acordo, são
partes numa operação conjunta e não necessitam de ter em conta
outros factos e circunstâncias (parágrafos B29–B33) para fins de clas
sificação do acordo conjunto.
B30 Um acordo conjunto poderá ser estruturado num veículo separado cuja
forma jurídica confira separação entre as partes e o veículo separado.
Mesmo quando os termos contratuais acordados entre as partes não
especificam os direitos das partes sobre os ativos e as suas obrigações
pelos passivos, a consideração de outros factos e circunstâncias poderá
levar a que um acordo deste tipo seja classificado como uma operação
conjunta. Será esse o caso quando outros factos e circunstâncias con
ferem às partes direitos sobre os ativos e obrigações pelos passivos
relacionados com o acordo.
Exemplo de aplicação
Exemplo n.o 5
Imaginemos que duas partes estruturam um acordo conjunto numa
entidade registada (entidade C), na qual cada uma das partes detém
50 % de interesse de propriedade. O objetivo do acordo é fabricar
materiais de que as partes necessitam para os seus próprios processos
individuais de fabrico. O acordo assegura que as partes exploram as
instalações que produzem os materiais respeitando as especificações
de quantidade e qualidade das partes.
▼M32
No entanto, as partes consideram também os seguintes aspetos do
acordo:
▼M32
▼M32
Apêndice C
Data de eficácia, transição e retirada de outras IFRS
O presente anexo faz parte integrante e tem o mesmo valor que as outras partes
da Norma.
DATA DE EFICÁCIA
C1 Uma entidade deve aplicar esta Norma para os períodos anuais com
início em ou após 1 de janeiro de 2013. É permitida a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar esta IFRS mais cedo, deve divulgar
esse facto e aplicar a IFRS 10, a IFRS 12 Divulgação de Interesses
Noutras Entidades, a IAS 27 (conforme emendada em 2011) e a IAS
28 (conforme emendada em 2011) ao mesmo tempo.
▼M37
C1A Demonstrações Financeiras Consolidadas, Acordos Conjuntos e Di
vulgação de Interesses Noutras Entidades: Orientações de transição
(emendas à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12): emitido em junho de
2012, emendou os parágrafos C2–C5, C7–C10 e C12 e aditou os
parágrafos C1B e C12A–C12B. As entidades devem aplicar estas
emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro
de 2013. A entidade que aplicar a IFRS 11 a um período anterior
deve aplicar estas emendas a esse período anterior.
▼M32
TRANSIÇÃO
▼M37
C1B Sem prejuízo do prescrito no parágrafo 28 da IAS 8 Políticas Con
tabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros,
quando esta Norma é aplicada pela primeira vez, as entidades têm
apenas de apresentar as informações quantitativas requeridas pelo pa
rágrafo 28(f) da IAS 8 relativamente ao período anual imediatamente
anterior ao primeiro período anual relativamente ao qual a IFRS 11 é
aplicada (o «período imediatamente precedente»). As entidades podem
também apresentar estas informações relativamente ao período em
curso ou a períodos comparativos anteriores, mas não é obrigatório
que o façam.
▼M37
C4 Se a agregação de todos os ativos e passivos anteriormente consoli
dados de forma proporcional resultar em ativos líquidos negativos, a
entidade deve apreciar se tem obrigações legais ou construtivas em
relação com os ativos líquidos negativos e, em caso afirmativo, deve
reconhecer o passivo correspondente. Se concluir que não tem obri
gações legais ou construtivas em relação com os ativos líquidos ne
gativos, a entidade não deve reconhecer o passivo correspondente mas
deve ajustar os lucros retidos no início do período imediatamente
precedente. A entidade deve revelar este facto, juntamente com a
sua parte não reconhecida nas perdas cumulativas dos seus empreen
dimentos conjuntos no início do período imediatamente precedente e à
data em que esta Norma é aplicada pela primeira vez.
C5 Uma entidade deve divulgar uma repartição dos ativos e passivos que
foram agregados numa única rubrica de investimento à data de início
do período imediatamente precedente. Essa divulgação deve ser pre
parada de forma agregada para todos os empreendimentos conjuntos
relativamente aos quais a entidade aplique os requisitos de transição
referidos nos parágrafos C2–C6.
▼M32
C6 Após o reconhecimento inicial, uma entidade deve contabilizar o seu
investimento no empreendimento conjunto utilizando o método da
equivalência patrimonial em conformidade com a IAS 28 (conforme
emendada em 2011).
▼M37
Operações conjuntas – transição do método da equivalência pa
trimonial para a contabilização de ativos e passivos
C7 Ao mudar do método da equivalência patrimonial para a contabiliza
ção de ativos e passivos relativamente aos seus interesses numa ope
ração conjunta, uma entidade deve, no início do período imediata
mente precedente, desreconhecer o investimento previamente contabi
lizado pelo método da equivalência patrimonial e quaisquer outras
rubricas que integrassem o investimento líquido da entidade no acordo
em conformidade com o parágrafo 38 da IAS 28 (conforme emendada
em 2011) e reconhecer a sua parte em cada um dos ativos e passivos
relacionados com o seu interesse na operação conjunta, incluindo
qualquer goodwill que possa ter sido integrado no montante escritu
rado do investimento.
▼M37
b) Ajustada em relação aos lucros retidos no início do período ime
diatamente precedente, se o montante líquido reconhecido dos ati
vos e passivos, incluindo um eventual goodwill, for inferior ao
investimento (e quaisquer outras rubricas que faziam parte do in
vestimento líquido da entidade) que é desreconhecido.
C10 Uma entidade que mude do método da equivalência patrimonial para
a contabilização de ativos e passivos deve disponibilizar uma recon
ciliação entre o investimento desreconhecido e os ativos e passivos
que passam a ser reconhecidos, juntamente com qualquer diferença
residual ajustada face aos lucros retidos no início do período imedia
tamente precedente.
▼M32
C11 A exceção do reconhecimento inicial prevista nos parágrafos 15 e 24
da IAS 12 não se aplica quando a entidade reconhece ativos e passi
vos relacionados com o seu interesse numa operação conjunta.
▼M37
Disposições transitórias nas demonstrações financeiras separadas
de uma entidade
C12 A entidade que, em conformidade com o parágrafo 10 da IAS 27,
contabilizasse anteriormente nas suas demonstrações financeiras sepa
radas as suas participações numa operação conjunta como um inves
timento pelo custo ou em conformidade com a IFRS 9 deve:
a) Desreconhecer o investimento e reconhecer os ativos e passivos
respeitantes à sua participação na operação conjunta, nos montan
tes determinados em conformidade com os parágrafos C7–C9.
b) Disponibilizar uma reconciliação entre o investimento desreconhe
cido e os ativos e passivos reconhecidos, juntamente com qualquer
diferença residual ajustada nos lucros retidos, no início do período
imediatamente precedente.
▼M32
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 12
Divulgação de Interesses Noutras Entidades
OBJETIVO
1 O objetivo desta Norma é exigir que uma entidade divulgue in
formação nas suas demonstrações financeiras que permita que os
utentes avaliem:
Realização do objetivo
▼M38
2 Para realizar o objetivo previsto no parágrafo 1, uma entidade deve
divulgar:
▼M32
(b) informação sobre os seus interesses em:
▼M32
ÂMBITO
5 Esta Norma deve ser aplicada por uma entidade que tenha um inte
resse em qualquer uma das seguintes:
(a) subsidiárias;
(c) associadas;
(c) a um interesse mantido por uma entidade que participe mas não
disponha do controlo conjunto num acordo conjunto, a menos que
esse interesse resulte numa influência significativa sobre o acordo
ou constitua um interesse numa entidade estruturada;
(a) que exerce controlo sobre a outra entidade, isto é que a outra
entidade é uma investida, como descrito nos números 5 e 6 da
IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas;
▼M32
9 Para dar cumprimento ao parágrafo 7, uma entidade deve divulgar,
por exemplo, os julgamentos e pressupostos significativos nos quais
se baseou para determinar:
(a) que não controla outra entidade ainda que detenha mais de metade
dos direitos de voto na mesma;
(b) que controla outra entidade ainda que detenha menos de metade
dos direitos de voto na mesma;
▼M38
Estatuto de entidade de investimento
9A Quando uma empresa-mãe determina que é uma entidade de
investimento de acordo com o parágrafo 27 da IFRS 10, deve
divulgar informações sobre os julgamentos e pressupostos mais
relevantes em que se baseou para determinar que é uma entidade
de investimento. Se a entidade de investimento não reúne uma ou
mais das características típicas de uma entidade de investimento
(ver o parágrafo 28 da IFRS 10), deve divulgar as razões para
concluir que não deixa de ser uma entidade de investimento.
▼M32
INTERESSES EM SUBSIDIÁRIAS
10 Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes
das suas demonstrações financeiras consolidadas
(a) compreender:
(b) avaliar:
▼M32
(iii) as consequências das alterações nos seus interesses de
propriedade numa subsidiária que não resultam numa
perda do controlo (parágrafo 18); e
(d) a proporção dos direitos de voto detidos por interesses que não
controlam, se diferente da proporção de direitos de propriedade
detidos por interesses desse tipo;
▼M32
(c) as quantias escrituradas nas demonstrações financeiras consolida
das dos ativos e passivos abrangidos por essas restrições.
▼M38
INTERESSES EM SUBSIDIÁRIAS NÃO CONSOLIDADAS (ENTIDADES DE
INVESTIMENTO)
19A Uma entidade de investimento que, de acordo com a IFRS 10, seja
obrigada a aplicar a exceção à consolidação e em vez disso contabi
lizar o seu investimento numa subsidiária pelo justo valor através dos
resultados deve divulgar esse facto.
a) O nome da subsidiária;
▼M38
19G Se durante o período de relato uma entidade de investimento ou
qualquer das suas subsidiárias não consolidadas tiver, sem ter obriga
ção contratual de o fazer, prestado apoio financeiro ou outro a uma
entidade estruturada não consolidada que a entidade investimento não
controle, e se essa prestação de apoio resultou no controlo da entidade
estruturada pela entidade de investimento, esta deve divulgar uma
explicação dos fatores relevantes que levaram à decisão de fornecer
esse apoio.
▼M32
INTERESSES EM ACORDOS CONJUNTOS E ASSOCIADAS
20 Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes
das suas demonstrações financeiras avaliar:
(a) para cada acordo conjunto e associada que seja material para a
entidade que relata:
▼M32
(c) a informação financeira especificada no parágrafo B16 sobre os
investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas que
não sejam individualmente materiais:
▼M38
21A Uma entidade de investimento não é obrigada a apresentar as divul
gações exigidas pelo parágrafo 21, alíneas b)–c).
▼M32
22 Uma entidade deve também divulgar:
▼M32
25 A informação requerida nos termos do parágrafo 24(b) inclui infor
mação sobre a exposição de uma entidade ao risco devido ao envol
vimento que tenha tido com entidades estruturadas não consolidadas
em períodos anteriores (por exemplo, patrocinando a entidade estru
turada), mesmo que a entidade já não tenha qualquer envolvimento
contratual com a entidade estruturada à data de relato.
▼M38
25A Uma entidade de investimento não é obrigada a apresentar as divul
gações exigidas pelo parágrafo 24 em relação a uma entidade estru
turada não consolidada que controla e sobre a qual apresente as di
vulgações exigidas pelos parágrafos 19A-19G.
▼M32
Natureza dos interesses
26 Uma entidade deve divulgar informação qualitativa e quantitativa so
bre os seus interesses em entidades estruturadas não consolidadas,
incluindo, entre outros, a natureza, os fins, a dimensão e as atividades
da entidade estruturada e o seu modo de financiamento.
▼M32
(d) uma comparação entre as quantias escrituradas dos Ativos e pas
sivos da entidade relacionados com os seus interesses em entida
des estruturadas não consolidadas e a exposição máxima da enti
dade a perdas daquelas entidades.
Apêndice A
Definições
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma.
▼M32
Os parágrafos B55–B57 da IFRS 10 ex
plicam a variabilidade do retorno.
▼M38
Os seguintes termos são definidos na IAS 27 (tal como emendada em 2011), na
IAS 28 (tal como emendada em 2011), na IFRS 10 e na IFRS 11 Acordos
Conjuntos e são utilizados nesta IFRS com os significados especificados nessas
IFRS:
— associada
— grupo
— entidade de investimento
— acordo conjunto
▼M32
— controlo conjunto;
— operação conjunta;
— empreendimento conjunto;
— empresa-mãe;
— direitos de proteção;
— atividades relevantes;
— veículo separado;
— influência significativa;
— subsidiária.
Apêndice B
Guia de aplicação
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma. Descreve a aplicação dos
parágrafos 1-31 e tem o mesmo valor que as outras partes da Norma
▼M32
AGREGAÇÃO (PARÁGRAFO 4)
B2 Uma entidade decidirá, à luz das suas circunstâncias próprias, o nível
de pormenor que fornece para satisfazer as necessidades de informa
ção dos utentes, a ênfase que deve colocar nos diferentes aspetos dos
requisitos e o modo como agrega a informação. É necessário garantir
um equilíbrio entre demonstrações financeiras sobrecarregadas com
pormenores excessivos que possam não ter utilidade para os seus
utentes e a dificuldade de perceção da informação em resultado de
uma agregação excessiva.
(a) subsidiárias;
(d) associadas; e
▼M32
B8 Uma entidade que relata está normalmente exposta à variabilidade do
retorno em função do desempenho de outra entidade por via da de
tenção de instrumentos (como participações no capital ou instrumentos
de dívida emitidos pela outra entidade) ou de outro envolvimento que
absorva a variabilidade. Assuma-se, por exemplo, que uma entidade
estruturada detém uma carteira de empréstimos. A entidade estrutu
rada adquire um swap de risco de incumprimento junto de outra
entidade (a entidade que relata) para se proteger de um incumprimento
no pagamento de juros e do capital emprestado. A entidade que relata
tem um envolvimento que a expõe a variabilidade do retorno em
função do desempenho da entidade estruturada na medida em que o
swap de risco de incumprimento absorve a variabilidade dos resulta
dos da entidade estruturada.
▼M32
B12 Para cada empreendimento conjunto e associada material para a enti
dade que relata, uma entidade deve divulgar:
(v) receitas;
▼M32
B15 Uma entidade pode apresentar a informação financeira resumida exi
gida nos termos dos parágrafos B12 e B13 com base nas demons
trações financeiras do empreendimento conjunto ou associada se:
▼M32
(iv) de compromissos não reconhecidos para o fornecimento de
empréstimos ou de outra assistência financeira a um em
preendimento conjunto;
B24 Uma entidade que é controlada por direitos de voto não é uma enti
dade estruturada simplesmente porque recebe, por exemplo, financia
mento de terceiras partes no seguimento de uma reestruturação.
▼M32
B26 São exemplos de informação adicional que, dependendo das circuns
tâncias, pode ser relevante para uma avaliação dos riscos a que uma
entidade está exposta quando tem um interesse numa entidade estru
turada não consolidada:
Apêndice C
Data de eficácia e transição
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma e tem o mesmo valor que
as outras partes da mesma.
▼M37
C1A Demonstrações Financeiras Consolidadas, Acordos Conjuntos e Di
vulgação de Interesses Noutras Entidades: Orientações de transição
(emendas à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12): emitido em junho de
2012, aditou os parágrafos C2A–C2B. As entidades devem aplicar
estas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro
de 2013. A entidade que aplicar a IFRS 12 a um período anterior deve
aplicar estas emendas a esse período anterior.
▼M38
C1B O documento Entidades de Investimento (Emendas à IFRS 10, à IFRS
12 e à IAS 27), emitido em outubro de 2012, emendou o parágrafo 2
e o Apêndice A e inseriu os parágrafos 9A–9B, 19A–19G, 21A e
25A. Uma entidade deve aplicar estas emendas em relação aos perío
dos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2014. É permitida a
adoção antecipada, Se uma entidade aplicar as emendas de forma
antecipada, deve divulgar esse facto e aplicar todas as emendas in
cluídas no documento Entidades de Investimento ao mesmo tempo.
▼M32
C2 As entidades são encorajadas a fornecer a informação exigida por esta
Norma para períodos anuais anteriores aos períodos anuais com início
em ou após 1 de janeiro de 2013. O fornecimento de algumas das
divulgações exigidas por esta Norma não obriga a entidade a cumprir
todos os requisitos desta Norma nem a aplicar a IFRS 10, a IFRS 11,
a IAS 27 (conforme emendada em 2011) e a IAS 28 (conforme
emendada em 2011) mais cedo.
▼M37
C2A Os requisitos de divulgação desta Norma não têm de ser aplicados
relativamente a qualquer período apresentado que tenha início antes
do período anual imediatamente anterior ao primeiro período anual
relativamente ao qual a IFRS 12 é aplicada.
C2B Os requisitos de divulgação dos parágrafos 24–31 e as corresponden
tes orientações nos parágrafos B21–B26 desta Norma não têm de ser
aplicados relativamente a qualquer período apresentado que tenha
início antes do primeiro período anual relativamente ao qual a IFRS
12 é aplicada.
▼M32
REFERÊNCIAS À IFRS 9
C3 Se uma entidade aplica esta Norma mas ainda não aplica a IFRS 9,
qualquer referência à IFRS 9 deve ser lida como uma referência à IAS
39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 806
▼M33
NORMA INTERNACIONAL DE RELATO FINANCEIRO 13
OBJECTIVO
1 Esta Norma:
ÂMBITO
5 Esta Norma aplica-se quando outra IFRS exige ou permite men
surações pelo justo valor ou divulgações sobre mensurações pelo
justo valor (bem como mensurações baseadas no justo valor, como
o justo valor menos os custos de vender, ou divulgações sobre
essas mensurações), excepto nos casos especificados nos parágra
fos 6 e 7.
▼M33
7 As divulgações exigidas por esta Norma não são necessárias nos
seguinte casos:
MENSURAÇÃO
Definição de justo valor
9 Esta Norma define justo valor como o preço que seria recebido
pela venda de um activo ou pago para transferir um passivo
numa transacção ordenada entre participantes no mercado à
data da mensuração.
O activo ou passivo
11 Uma mensuração pelo justo valor diz respeito a um determinado
activo ou passivo. Assim, ao mensurar o justo valor uma entidade
deve ter em conta as características do activo ou passivo que os
participantes no mercado teriam em consideração ao apreçar o
activo ou passivo à data da mensuração. Tais características in
cluem, por exemplo:
▼M33
Transacção
15 Uma mensuração pelo justo valor assume que o activo ou passivo
é transaccionado entre participantes no mercado numa transacção
ordenada de venda do activo ou de transferência do passivo à
data de mensuração nas condições vigentes de mercado.
Participantes no mercado
22 Uma entidade deve mensurar o justo valor de um activo ou pas
sivo com base nos pressupostos que os participantes no mercado
considerariam ao apreçar o activo ou passivo, assumindo que os
participantes no mercado actuam no seu próprio interesse econó
mico.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 809
▼M33
23 Ao elaborar esses pressupostos, uma entidade não tem de identificar
participantes específicos no mercado. A entidade deve, isso sim, iden
tificar as características que distinguem os participantes no mercado
em geral, considerando factores específicos relativamente a cada um
dos seguintes elementos:
Preço
24 O justo valor é o preço que seria recebido pela venda de um
activo ou pago pela transferência de um passivo numa transacção
ordenada no mercado principal (ou mais vantajoso) à data da
mensuração, nas condições vigentes de mercado (ou seja, um
preço de saída), independentemente de esse preço ser directa
mente observável ou estimado por recurso a outra técnica de
avaliação.
▼M33
29 A maior e melhor utilização é determinada na perspectiva dos parti
cipantes no mercado, mesmo que a entidade vise uma utilização di
ferente. No entanto, presume-se que a utilização actual de um activo
não-financeiro por uma entidade é a sua mais maior e melhor utiliza
ção, a menos que factores de mercado ou outros sugiram que uma
outra utilização por parte dos participantes no mercado maximizaria o
valor do activo.
▼M33
32 A mensuração pelo justo valor de um activo não-financeiro assume
que o activo será vendido em conformidade com a unidade de conta
especificada noutras IFRS (que pode ser um activo individual). É esse
o caso inclusivamente quando essa mensuração pelo justo valor as
sume que a maior e melhor utilização do activo passa pela sua utili
zação em combinação com outros activos ou com outros activos e
passivos porque a mensuração pelo justo valor assume que o partici
pante no mercado já é detentor dos activos complementares e dos
passivos associados.
▼M33
(b) se não existir um preço cotado, utilizando outros dados observá
veis, tais como o preço cotado num mercado que não está activo
para um passivo ou instrumento idêntico detido por outra parte
como activo;
41 Por exemplo, quando aplicar uma técnica de valor actual, uma enti
dade poderá levar em conta:
▼M33
(b) a quantia que um participante no mercado receberia por assumir
ou emitir um passivo ou instrumento de capital próprio idêntico,
utilizando os pressupostos que os participantes no mercado utili
zariam para apreçar um passivo ou instrumento idêntico (por
exemplo, com as mesmas características de risco de crédito) no
mercado principal (ou no mercado mais vantajoso) pela emissão
de um passivo ou instrumento de capital próprio nos mesmos
termos contratuais.
Risco de desempenho
42 O justo valor de um passivo reflecte o efeito do risco de desempe
nho. O risco de desempenho inclui, entre outros possíveis compo
nentes, o risco de crédito da própria entidade (como definido na
IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações). Assume-se que o
risco de desempenho é o mesmo antes e depois da transferência do
passivo.
▼M33
Passivo financeiro que inclua um elemento à ordem
47 O justo valor de um passivo financeiro que inclua um elemento à
ordem (por exemplo, um depósito à ordem) não é inferior à quantia
pagável à ordem, descontada a partir da primeira data em que essa
quantia seja exigível.
▼M33
51 Uma entidade deve tomar uma decisão no âmbito da sua política
contabilística e de acordo com a IAS 8 Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros quanto à utilização
da excepção do parágrafo 48. Uma entidade que utiliza a excepção
deve aplicar essa política contabilística, incluindo a sua política de
imputação dos ajustes por diferenciais entre cotações de compra e de
venda (ver parágrafos 53-55) e dos ajustes de crédito (ver parágrafo
56), se aplicável, de forma consistente entre períodos no que respeita a
uma determinada carteira.
▼M33
Justo valor no reconhecimento inicial
57 Quando um activo é adquirido ou um passivo é assumido numa
transacção em bolsa desse activo ou passivo, o preço da transacção
é a quantia paga para adquirir o activo ou assumir o passivo (um
preço de entrada). Em contraste, o justo valor do activo ou passivo é
o preço que seria recebido pela venda do activo ou que seria pago
pela transferência do passivo (um preço de saída). As entidades não
vendem necessariamente os activos ao preço que pagaram para os
adquirir. Da mesma forma, as entidades não transferem necessaria
mente os passivos ao preço que receberam para os assumir.
Técnicas de avaliação
61 Uma entidade deve utilizar técnicas de avaliação apropriadas às
circunstâncias e para as quais existam dados suficientes para
mensurar o justo valor, maximizando a utilização de dados rele
vantes observáveis e minimizando a utilização de dados não ob
serváveis.
▼M33
64 Se o preço de transacção for o justo valor no reconhecimento inicial e
se vai utilizar uma técnica de avaliação que recorre a dados não
observáveis para mensurar o justo valor em períodos subsequentes,
a técnica de avaliação deve ser calibrada de modo a que, no reco
nhecimento inicial, o resultado da mesma seja igual ao preço de
transacção. A calibração assegura que a técnica de avaliação reflecte
as condições de mercado no momento em causa, ajudando uma enti
dade a determinar se é necessário um ajustamento da técnica de
avaliação (por exemplo, pode existir uma característica do activo ou
passivo que não é captada pela técnica de avaliação). Após o reco
nhecimento inicial, ao mensurar o justo valor utilizando uma técnica
ou técnicas de avaliação que utilizam dados não observáveis, a enti
dade deve garantir que essas técnicas de avaliação reflectem os dados
observáveis de mercado (por exemplo, o preço de um activo ou
passivo semelhante) à data da mensuração.
▼M33
mensuração pelo justo valor (ver parágrafos 13 e 14). Numa mensu
ração pelo justo valor, não são permitidos prémios ou descontos para
reflectir a dimensão como característica das participações da entidade
(especificamente, um factor de bloqueio que ajuste o preço cotado de
um activo ou um passivo pelo facto de o volume normal de negocia
ção diária no mercado não ser suficiente para absorver a quantidade
detida pela entidade, como descrito no parágrafo 80) e não como
característica do activo ou passivo (por exemplo, um prémio pelo
controlo quando se mensura o justo valor de uma participação que
confere controlo). De qualquer modo, se existir um preço cotado num
mercado activo (ou seja, um dado de nível 1) para um activo ou um
passivo, uma entidade deve utilizar esse preço sem ajustamento ao
mensurar o justo valor, excepto nas condições especificadas no pará
grafo 79.
▼M33
75 Se um dado observável exigir um ajustamento com recurso a um dado
não observável e esse ajustamento resultar numa mensuração do justo
valor significativamente superior ou inferior, a mensuração resultante
é classificada no nível 3 da hierarquia do justo valor. Por exemplo, se
for de esperar que um participante no mercado tome em conta o efeito
de uma restrição à venda de um activo ao estimar o preço do mesmo,
uma entidade deve ajustar o preço cotado de modo a reflectir o efeito
dessa restrição. Se esse preço cotado for um dado de nível 2 e o
ajustamento for um dado não observável significativo para a mensu
ração no seu todo, essa mensuração deverá ser classificada no nível 3
da hierarquia do justo valor.
Dados de nível 1
76 Os dados de nível 1 são preços cotados (não ajustados) dos activos ou
passivos em mercados activos a que a entidade tem acesso à data da
mensuração.
▼M33
(c) na mensuração do justo valor de um passivo ou instrumento de
capital próprio de uma entidade utilizando o preço cotado para em
passivo ou instrumento idêntico negociado como activo num mer
cado activo e em que esse preço tem de ser ajustado para ter em
conta factores específicos do item ou do activo (ver parágrafo 39).
Se não for necessário qualquer ajustamento ao preço cotado do
activo, o resultado é uma mensuração pelo justo valor classificada
no nível 1 da hierarquia do justo valor. Todavia, qualquer ajus
tamento do preço cotado do activo resulta numa mensuração pelo
justo valor categorizada num nível mais baixo da hierarquia do
justo valor.
Dados de nível 2
81 Dados de nível 2 são dados distintos dos preços cotados incluídos no
nível 1 directa ou indirectamente observáveis para o activo ou
passivo.
▼M33
Dados de nível 3
86 Os dados de nível 3 são dados não observáveis relativamente ao
activo ou passivo.
DIVULGAÇÃO
91 Uma entidade deve divulgar informação que auxilie os utentes
das suas demonstrações financeiras a avaliar os dois elementos
seguintes:
▼M33
92 Para cumprir os objectivos no parágrafo 91, uma entidade deve con
siderar todos os seguintes elementos:
▼M33
(d) no caso de mensurações pelo justo valor recorrentes e não recor
rentes categorizadas no nível 2 e no nível 3 da hierarquia do justo
valor, uma descrição da(s) técnica(s) de avaliação e dos dados
utilizados na mensuração pelo justo valor. Se ocorreu uma alte
ração na técnica de avaliação (por exemplo, passagem de uma
abordagem de mercado para uma abordagem de rendimento ou
utilização de uma técnica de avaliação adicional), a entidade deve
divulgar essa alteração e o(s) motivo(s) para fazê-lo. No caso de
mensurações de justo valor classificadas no nível 3 da hierarquia
do justo valor, a entidade deve fornecer informação quantitativa
sobre os dados não observáveis significativos utilizados na men
suração pelo justo valor. Uma entidade não é obrigada a criar
informação quantitativa para cumprir este requisito de divulgação
se não desenvolver dados quantitativos não observáveis aquando
da mensuração pelo justo valor (por exemplo, quando uma enti
dade utiliza os preços de transacções anteriores ou informação de
terceiros sobre esses preços sem ajustamento). No entanto, ao
divulgar esta informação uma entidade não pode ignorar dados
quantitativos não observáveis que sejam significativos para a men
suração pelo justo valor e que estejam razoavelmente à sua dis
posição;
▼M33
(h) no caso de mensurações pelo justo valor recorrentes classificadas
no nível 3 da hierarquia do justo valor:
▼M33
95 Uma entidade deve divulgar e respeitar de forma consistente a sua
política com vista à determinação do momento em que considera
terem ocorrido as transferências entre níveis da hierarquia do justo
valor em conformidade com o parágrafo 93(c) e (e)(iv). A política no
que respeita ao momento do reconhecimento das transferências deve
ser a mesma para as transferências de entrada nos níveis e para trans
ferências de saída dos níveis. São exemplos de políticas de determi
nação do momento das transferências:
Apêndice A
Termos definidos
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma.
▼M33
justo valor O preço que seria recebido pela venda de
um activo ou pago pela transferência de um
passivo numa transacção ordenada entre par
ticipantes no mercado à data da mensuração
▼M33
participantes no mercado Compradores e vendedores no mercado
principal (ou mais vantajoso) do activo ou
passivo e que apresentam todas as seguintes
características:
▼M33
mercado principal O mercado com o volume e o nível de ac
tividade mais elevados no que respeita ao
activo ou passivo
Apêndice B
Guia de Aplicação
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma. Descreve a aplicação dos
parágrafos 1-99 e tem o mesmo valor que as outras partes da Norma
▼M33
ABORDAGEM DA MENSURAÇÃO PELO JUSTO VALOR
B2 O objectivo de uma mensuração pelo justo valor é estimar o preço
pelo qual uma operação ordenada de venda do activo ou transferência
do passivo ocorreria entre participantes no mercado à data da mensu
ração nas condições correntes do mercado. Uma mensuração pelo
justo valor exige que uma entidade determine todos os seguintes
elementos:
▼M33
(d) a utilização de um activo em combinação com outros activos ou
com outros activos e passivos pode ser incorporada na técnica de
avaliação utilizada para mensurar o activo pelo justo valor. Pode
ser esse o caso se se utiliza o chamado «método dos ganhos
adicionais ao longo de vários períodos» para mensurar um activo
intangível pelo justo valor, já que essa técnica de avaliação tem
especificamente em conta a contribuição de quaisquer activos
complementares e dos passivos associados no grupo em que tal
activo intangível seria utilizado;
▼M33
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO (PARÁGRAFOS 61-66)
Abordagem de mercado
B5 A abordagem de mercado utiliza preços e outras informações relevan
tes geradas a partir de transacções de mercado que envolvam activos,
passivos ou grupos de activos e passivos idênticos ou comparáveis
(isto é, semelhantes), como seja uma actividade empresarial.
Abordagem de custo
B8 A abordagem de custo reflecte a quantia que seria actualmente neces
sária para substituir a capacidade de serviço de um activo (frequen
temente referida como o custo actual de substituição).
Abordagem de rendimento
B10 A abordagem de rendimento converte quantias futuras (por exemplo,
fluxos de caixa ou receitas e gastos) num valor único actual (ou seja,
descontado). Quando a abordagem de rendimento é utilizada, a men
suração pelo justo valor reflecte as expectativas actuais do mercado
relativamente a essas quantias futuras.
▼M33
(c) o chamado «método dos ganhos adicionais ao longo de vários
períodos», que é utilizado para mensurar o justo valor de alguns
activos intangíveis.
Princípios gerais
B14 As técnicas de valor actual diferem na forma como captam os ele
mentos referidos no parágrafo B13. No entanto, todos os princípios
gerais a seguir referidos orientam a aplicação de qualquer técnica de
valor actual utilizada para mensurar pelo justo valor:
▼M33
(c) para evitar a dupla contabilização ou a omissão dos efeitos dos
factores de risco, as taxas de desconto devem reflectir pressupos
tos coerentes com os pressupostos inerentes ao cálculo dos fluxos
de caixa. Por exemplo, uma taxa de desconto que reflecte a in
certeza nas expectativas relativamente a futuros incumprimentos é
apropriada se se utilizarem os fluxos de caixa contratuais de um
empréstimo (ou seja, uma técnica de ajustamento da taxa de des
conto). Essa mesma taxa não deve ser utilizada se se utilizarem
fluxos de caixa esperados (ou seja, ponderados pela probabilida
de), ou seja, uma técnica de valor actual esperado, na medida em
que os fluxos de caixa esperados já reflectem pressupostos acerca
da incerteza relativamente a incumprimentos futuros; deve ser
utilizada, em vez disso, uma taxa de desconto conforme com o
risco inerente aos fluxos de caixa esperados.
Risco e incerteza
B15 Uma mensuração pelo justo valor através de técnicas de valor actual é
realizada em condições de incerteza na medida em que os fluxos de
caixa utilizados são estimativas e não valores conhecidos. Em muitos
casos, a quantia e os momentos de ocorrência dos fluxos de caixa são
incertos. Mesmo quantias contratualmente fixadas, como os reembol
sos de um empréstimo, são incertas se existir risco de incumprimento.
▼M33
Técnica de ajustamento da taxa de desconto
B18 A técnica de ajustamento da taxa de desconto utiliza um único con
junto de fluxos de caixa no intervalo de valores estimados possíveis,
sejam os mesmos contratuais ou prometidos (como é o caso de uma
obrigação) ou os fluxos de caixa mais prováveis. Em todos os casos,
esses fluxos de caixa estão condicionados à ocorrência de aconteci
mentos especificados (por exemplo, os fluxos de caixa contratuais ou
prometidos de uma obrigação estão dependentes de o devedor não
entrar em incumprimento). A taxa de desconto utilizada na técnica
de ajustamento da taxa de desconto deriva das taxas de rendimento
observadas de activos ou passivos comparáveis negociados no merca
do. Assim, os fluxos de caixa contratuais, prometidos ou mais prová
veis são descontados a uma taxa de mercado observada ou estimada
para tais fluxos de caixa condicionais (isto é, uma taxa de rendimento
de mercado).
(1) Nesta Norma, as quantias monetárias são denominadas em «unidades monetárias» (UM).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 835
▼M33
B22 Quando a técnica de ajustamento da taxa de desconto é aplicada a
receitas ou pagamentos fixos, o ajustamento pelo risco inerente aos
fluxos de caixa do activo ou passivo que está a ser mensurado é
incluído na taxa de desconto. Em algumas aplicações da técnica de
ajustamento da taxa de desconto a fluxos de caixa que não são recei
tas ou pagamentos fixos, pode ser necessário um ajustamento dos
fluxos de caixa para se poder fazer uma comparação com o activo
ou passivo observado a partir do qual é derivada a taxa de desconto.
▼M33
B26 Em contraste, o método 2 da técnica do valor actual esperado ajusta
pelo risco sistemático (ou seja, pelo risco de mercado) aplicando um
prémio de risco à taxa de juro sem risco. Assim, os fluxos de caixa
esperados são descontados a uma taxa correspondente a uma taxa
esperada associada com fluxos de caixa ponderados pela probabili
dade (ou seja, uma taxa de rendimento esperada). Os modelos utili
zados no apresamento de activos com risco, como seja o modelo de
avaliação de activos em capital (capital asset pricing model), podem
ser utilizados para estimar a taxa de rendimento esperada. Como a
taxa de desconto utilizada na técnica de ajustamento da taxa de des
conto é uma taxa de rendimento que se refere a fluxos de caixa
condicionais, é provável que seja superior à taxa de desconto utilizada
no método 2 da técnica do valor actual esperado, que é uma taxa de
rendimento esperada referente a fluxos de caixa esperados ou ponde
rados pela probabilidade.
500 UM 15 % 75 UM
800 UM 60 % 480 UM
900 UM 25 % 225 UM
B28 Neste exemplo simples, os fluxos de caixa esperados (780 UM) re
presentam a média ponderada pela probabilidade dos três resultados
possíveis. Em situações mais realistas, podem existir muitos resultados
possíveis. No entanto, para aplicar a técnica do valor actual esperado
nem sempre é necessário ter em conta as distribuições de todos os
fluxos de caixa possíveis recorrendo a modelos e técnicas complexos.
Poderá ser possível, pelo contrário, desenvolver um número limitado
de cenários e probabilidades discretas que captam o intervalo de
fluxos de caixa possíveis. Por exemplo, uma entidade pode utilizar
os fluxos de caixa realizados num período relevante anterior, ajustados
em função das alterações das circunstâncias ocorridas posteriormente
(por exemplo, alterações de factores externos, incluindo condições
económicas ou de mercado, tendências sectoriais e concorrenciais,
bem como alterações em factores internos que afectam mais especifi
camente a entidade), tendo em conta os pressupostos dos participantes
no mercado.
B29 Em teoria, o valor actual (ou seja, o justo valor) dos fluxos de caixa
do activo é o mesmo quer seja determinado pelo método 1 ou 2, como
segue:
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 837
▼M33
(a) utilizando o método 1, os fluxos de caixa esperados são ajustados
pelo risco sistemático (ou seja, pelo risco de mercado). Na ausên
cia de informação de mercado que indique directamente a quantia
do ajustamento pelo risco, esse ajustamento pode ser derivado de
um modelo de apreçamento de activos que recorra ao conceito de
equivalentes certos. Por exemplo, o ajustamento pelo risco (isto é,
o prémio de risco de 22 UM) pode ser determinado utilizando um
prémio de risco sistemático de 3 % (780 UM - [780 UM ×
(1,05/1,08)]), o que resulta em fluxos de caixa esperados ajustados
pelo risco de 758 UM (780 UM - 22 UM). A quantia de 758 UM
é o equivalente certo de 780 UM e é descontada à taxa de juro
sem risco (5 %). O valor actual (ou seja, o justo valor) do activo é
722 UM (758 UM/1,05);
B30 Quando se utiliza uma técnica do valor actual esperado para mensurar
pelo justo valor, pode recorrer-se ao método 1 ou ao método 2. A
escolha depende dos factos e circunstâncias específicos do activo ou
passivo que está a ser mensurado, da disponibilidade de dados sufi
cientes e dos juízos de valor aplicados.
B32 Por exemplo, um passivo não-financeiro não inclui uma taxa de ren
dimento contratual e não existe um rendimento de mercado observável
para o mesmo. Em certos casos, os componentes de rendimento que
os participantes no mercado exigiriam são indistinguíveis entre si (por
exemplo, quando se utiliza o preço que um subempreiteiro cobraria
num regime de preço fixo). Noutros casos, uma entidade deve estimar
esses componentes separadamente (por exemplo, quando utilizar o
preço que um subempreiteiro cobraria num regime de custos mais
margem, porque nesse caso o subempreiteiro não correria o risco de
futuras alterações nos custos).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 838
▼M33
B33 Uma entidade pode incluir um prémio de risco na mensuração pelo justo
valor de um passivo ou instrumento de capital próprio de uma entidade
que não é detido por outra parte como activo de uma das seguintes formas:
▼M33
(b) swap de taxas de juro de recebimento fixo e pagamento variável
baseado numa curva de rendimento denominado em moeda es
trangeira. Um dado de nível 2 seria a taxa dos swap baseados
numa curva de rendimento denominado em moeda estrangeira
observável em intervalos de cotação habituais no que respeita
ao período substancial do swap. Seria esse o caso se o período
do swap for de 10 anos e a taxa for observável em intervalos de
cotação habituais durante 9 anos, desde que qualquer extrapolação
razoável da curva de rendimento para o ano 10 não seja signifi
cativa para a mensuração pelo justo valor do swap na sua totali
dade;
▼M33
(h) unidade geradora de caixa. Um dado de nível 2 seria um múltiplo
de mensuração (por exemplo, um múltiplo dos ganhos ou receitas
ou de uma medida de desempenho semelhante) derivado de in
formação de mercado observável, por exemplo múltiplos deriva
dos do preço de transacções observadas que envolvam actividades
empresariais comparáveis (isto é, semelhantes), tendo em conta os
factores operacionais, de mercado, financeiros e não-financeiros.
▼M33
MENSURAÇÃO PELO JUSTO VALOR QUANDO O VOLUME OU NÍVEL
DE ACTIVIDADE EM RELAÇÃO A UM ACTIVO OU PASSIVO DIMINUIU
SIGNIFICATIVAMENTE
B37 O justo valor de um activo ou passivo pode ser afectado se tiver
ocorrido uma diminuição significativa no volume ou nível de activi
dade em relação a esse activo ou passivo por comparação com a
actividade normal de mercado para o activo ou passivo (ou para
activos ou passivos semelhantes). Para determinar, com base nas in
dicações disponíveis, se ocorreu uma diminuição significativa no vo
lume ou nível de actividade em relação a um activo ou passivo, uma
entidade deve avaliar a significância e relevância de factores como:
(b) cotações de preços que não são elaboradas com base em informa
ções actualizadas;
▼M33
B39 Esta Norma não prescreve uma metodologia para a realização de
ajustamentos significativos em transacções ou preços cotados. Os pa
rágrafos 61-66 e B5-B11 discutem a utilização de técnicas de avalia
ção na mensuração pelo justo valor. Independentemente da técnica de
avaliação utilizada, uma entidade deve incluir ajustamentos pelo risco
adequados, nomeadamente um prémio de risco em função da quantia
que os participantes no mercado exigiriam como compensação pela
incerteza inerente aos fluxos de caixa de um activo ou passivo (ver
parágrafo B17). Caso contrário, a mensuração não representará fiel
mente o justo valor. Em determinados casos, poderá ser difícil deter
minar o ajustamento adequado pelo risco. No entanto, o grau de
dificuldade não é, por si só, uma base suficiente para excluir um
ajustamento pelo risco. O ajustamento pelo risco deve reflectir uma
operação ordenada entre participantes no mercado à data da mensu
ração e nas condições vigentes de mercado.
▼M33
(c) o vendedor encontra-se em situação de quase falência ou liquida
ção (ou seja, está em situação de aflição);
(d) o vendedor teve de vender para atender a exigências regulamen
tares ou legais (ou seja, foi forçado a vender);
(e) o preço da transacção não corresponde aos valores normais de
outras transacções recentes do mesmo activo ou passivo ou de
activos ou passivos semelhantes.
Uma entidade deve avaliar as circunstâncias para determinar se, con
siderando os dados disponíveis, a transacção é ordenada.
B44 Ao mensurar pelo justo valor ou ao estimar os prémios pelo risco de
mercado, uma entidade deve considerar todos os seguintes elementos:
(a) se os dados indicarem que uma transacção não é ordenada, uma
entidade deve atribuir uma ponderação nula ou reduzida (em
comparação com outras indicações do justo valor) ao preço dessa
transacção;
(b) se os dados indicarem que uma transacção é ordenada, uma en
tidade deve ter em conta o respectivo preço. A ponderação atri
buída a esse preço de transacção em comparação com outras
indicações do justo valor depende dos factos e circunstâncias,
nomeadamente:
(i) do volume da transacção;
(ii) da comparabilidade da transacção com o activo ou passivo a
mensurar;
(iii) da proximidade temporal da transacção com a data de men
suração;
(c) se uma entidade não dispõe de informações suficientes para con
cluir se uma transacção foi ordenada ou não, deve ter em conta o
preço da transacção; No entanto, esse preço de transacção pode
não representar o justo valor (ou seja, o preço de transacção não é
necessariamente o único ou o principal elemento em que se baseia
a mensuração pelo justo valor ou a estimação dos prémios pelo
risco de mercado). Quando não dispõe de informações suficientes
para concluir se determinadas transacção foram ordenadas, uma
entidade deve atribuir menor ponderação a essas transacções, em
comparação com outras transacções que se sabe terem decorrido
de forma ordenada.
Uma entidade não tem de realizar esforços exaustivos para determinar
se uma transacção foi ou não ordenada, mas não deve ignorar infor
mação razoavelmente disponível. Presume-se que, sendo parte numa
transacção, uma entidade dispõe de informações suficientes para con
cluir se a transacção é ordenada.
Utilização de preços cotados fornecidos por terceiros
B45 Esta Norma não impede a utilização de preços cotados fornecidos por
terceiros, como sejam serviços de divulgação de preços ou corretores,
se uma entidade tiver concluído que os preços cotados fornecidos por
essas partes são elaborados de acordo com esta Norma.
B46 Se ocorreu uma diminuição significativa no volume ou nível de acti
vidade em relação ao activo ou passivo, a entidade deve avaliar se os
preços cotados fornecidos por terceiros são elaborados utilizando in
formação disponível no momento que reflecte operações ordenadas ou
uma técnica de avaliação que reflecte os pressupostos dos participan
tes no mercado (incluindo pressupostos sobre o risco). Ao atribuir
uma ponderação a um preço cotado que servirá de dado para uma
mensuração pelo justo valor, uma entidade atribui menor ponderação
(em comparação com outras indicações do justo valor que reflectem
os resultados de transacções) a cotações que não reflectem o resultado
de transacções.
B47 Por outro lado, a natureza de uma cotação (por exemplo, se é um
preço indicativo ou uma oferta vinculativa) deve ser tida em conta na
ponderação dos dados disponíveis, atribuindo maior ponderação a
cotações fornecidas por terceiros que constituam ofertas vinculativas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 844
▼M33
Apêndice C
Data de eficácia e transição
O presente apêndice faz parte integrante desta Norma e tem o mesmo valor que
as outras partes da mesma.
C1 Uma entidade deve aplicar esta Norma para os períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2013. É permitida a aplicação
anterior. Se uma entidade aplicar esta Norma a um período anterior,
deve divulgar esse facto.
C2 Esta Norma deve ser aplicada prospectivamente a partir do início do
período anual ao qual é aplicada pela primeira vez.
C3 Os requisitos de divulgação desta Norma não têm de ser aplicados à
informação comparativa relativa a períodos anteriores à primeira apli
cação desta Norma.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 845
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 1
▼B
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
ANTECEDENTES
1. Muitas entidades têm a obrigação de desmantelar, remover e restaurar
itens do activo fixo tangível. Nesta Interpretação, essas obrigações são
referidas como «passivos por descomissionamento, restauro e outros
semelhantes». Segundo a IAS 16, o custo de um item do activo fixo
tangível inclui a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e
remoção do item e de restauro do local no qual este está localizado,
em cuja obrigação uma entidade incorre seja quando o item é adqui
rido seja como consequência de ter usado o item durante um deter
minado período para finalidades diferentes da produção de inventários
durante esse período. A IAS 37 contém requisitos sobre como men
surar passivos por descomissionamento, restauro e outros semelhantes.
Esta Interpretação proporciona orientação sobre como contabilizar o
efeito das alterações na mensuração de passivos por descomissiona
mento, restauro e outros semelhantes existentes.
ÂMBITO
2. Esta Interpretação aplica-se às alterações na mensuração de qualquer
passivo por descomissionamento, restauro ou outro semelhante exis
tente que seja:
QUESTÃO
3. Esta Interpretação trata da forma como o efeito dos seguintes acon
tecimentos que alteram a mensuração de um passivo por descomis
sionamento, restauro ou outro semelhante existente deve ser contabi
lizado:
▼B
b) uma alteração na taxa de desconto corrente baseada no mercado tal
como definida no parágrafo 47. da IAS 37 (isto inclui alterações
no valor temporal do dinheiro e os riscos específicos do passivo); e
CONSENSO
4. As alterações na mensuração de um passivo por descomissionamento,
restauro e outro semelhante existente que resultem de alterações na
tempestividade ou quantia estimadas do exfluxo de recursos que in
corporam benefícios económicos necessários para liquidar a obriga
ção, ou uma alteração na taxa de desconto, devem ser contabilizadas
de acordo com os parágrafos 5.-7. adiante.
▼B
c) uma alteração no passivo é uma indicação de que o activo pode ter
de ser revalorizado por forma a assegurar que a quantia escriturada
não difira materialmente da quantia que teria sido determinada
usando o justo valor na data ►M5 da demonstração da posição
financeira ◄. ►M5 Uma tal revalorização deve ser tida em conta
ao determinar as quantias que devem ser reconhecidas nos lucros
ou prejuízos ou em outro rendimento integral segundo a alínea (a).
Se for necessária uma revalorização, todos os activos dessa classe
devem ser revalorizados; ◄
▼M5
d) a IAS 1 exige a divulgação na demonstração do rendimento in
tegral de cada componente de outro rendimento ou gasto integral.
Ao cumprir este requisito, a alteração no excedente de revaloriza
ção resultante de uma alteração no passivo deve ser separadamente
identificada e divulgada como tal.
▼B
(1) Se uma entidade aplicar esta Interpretação a um período com início antes de 1 de Janeiro
de 2005, a entidade deve seguir os requisitos da versão anterior da IAS 8, intitulada
Resultados Líquidos do Período, Erros Fundamentais e Alterações nas Políticas Con
tabilísticas, a menos que a entidade esteja a aplicar a versão revista dessa Norma a esse
período anterior.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 848
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 2
▼M33
— IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
▼B
ANTECEDENTES
1. As entidades cooperativas e outras entidades semelhantes são cons
tituídas por grupos de pessoas para satisfazer necessidades económicas
ou sociais comuns. As leis nacionais normalmente definem uma coo
perativa como uma sociedade que se esforça por promover o avanço
económico dos seus membros por intermédio de uma unidade opera
cional de negócios conjunta (o princípio da auto-ajuda). Os interesses
dos membros numa cooperativa são muitas vezes caracterizados como
acções dos membros, unidades ou algo semelhante, e são referidos
adiante como «acções dos membros».
ÂMBITO
3. Esta Interpretação aplica-se a instrumentos financeiros dentro do âm
bito da IAS 32, incluindo instrumentos financeiros emitidos a mem
bros de entidades cooperativas que evidenciam o interesse de proprie
dade de membros na entidade. Esta Interpretação não se aplica a
instrumentos financeiros que irão ou possam ser liquidados contra
os próprios instrumentos de capital próprio da entidade.
QUESTÃO
4. Muitos instrumentos financeiros, incluindo acções dos membros, têm
características de capital próprio, incluindo direitos de voto e direitos
de participar em distribuições de dividendos. Alguns instrumentos
financeiros dão ao detentor o direito de pedir a remição em dinheiro
ou por outro activo financeiro, mas podem incluir ou estar sujeitos a
limites em que os instrumentos financeiros serão remidos. Como de
verão esses termos de remição ser avaliados ao determinar se os ins
trumentos financeiros devem ser classificados como passivos ou como
capital próprio?
(1) ►M6 Em Agosto de 2005, a IAS 32 passou a chamar-se IAS 32 Instrumentos Finan
ceiros: Apresentação. Em Fevereiro de 2008 o IASB alterou a IAS 32 estabelecendo que
os instrumentos devem ser classificados como capital próprio no caso de terem todas as
características e cumprirem as condições enumeradas nos parágrafos 16A e 16B ou os
parágrafos 16C e 16D da IAS 32. ◄
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 849
▼B
CONSENSO
5. O direito contratual do detentor de um instrumento financeiro (in
cluindo acções dos membros de entidades cooperativas) de pedir a
remição não exige, por si, que o instrumento financeiro seja classifi
cado como passivo financeiro. Pelo contrário, a entidade tem de con
siderar todos os termos e condições do instrumento financeiro ao
determinar a sua classificação como passivo financeiro ou como ca
pital próprio. Esses termos e condições incluem leis locais e regula
mentos relevantes e os estatutos da entidade em vigor à data da
classificação, mas não emendas futuras esperadas a essas leis, regula
mentos ou estatutos.
▼M6
6. As acções dos membros que seriam classificadas como capital próprio
se não tivessem um direito de pedir a remição são capital próprio se
qualquer uma das condições descritas nos parágrafos 7 e 8 estiver
presente ou se as acções dos membros tiverem todas as características
e cumprirem as condições enumeradas nos parágrafos 16A e 16B ou
os parágrafos 16C e 16D da IAS 32. Depósitos à ordem, incluindo
contas correntes, contas de depósito a prazo e contratos semelhantes
que resultam quando os membros agem como clientes são passivos
financeiros da entidade.
▼B
7. As acções dos membros são capital próprio se a entidade tiver um
direito incondicional de recusar a remição das acções dos membros.
▼M6
9. Uma proibição incondicional pode ser absoluta, no sentido de que
todas as remições são proibidas. Uma proibição incondicional pode
ser parcial, no sentido de que proíbe a remição de acções dos mem
bros se essa remição fizesse com que o número de acções dos mem
bros ou a quantia de capital realizado pelas acções dos membros
descesse abaixo de um nível especificado. As acções dos membros
que excedam o montante objecto da proibição de remição constituem
passivos, a menos que a entidade tenha o direito incondicional de
recusar a remição, tal como descrito no parágrafo 7 ou as acções
dos membros tenham todas as características e cumpram as condições
enumeradas nos parágrafos 16A e 16B ou os parágrafos 16C e 16D da
IAS 32. Em alguns casos, o número de acções ou a quantia de capital
realizado sujeito à proibição de remição pode mudar de tempos a
tempos. Tal alteração na proibição de remição leva a uma transferên
cia entre passivos financeiros e capital próprio.
▼B
10. No reconhecimento inicial, uma entidade deve mensurar pelo justo
valor os seus passivos financeiros para remição. No caso de acções
dos membros com uma característica de remição, a entidade mensura
o justo valor do passivo financeiro para remição por um valor não
inferior à quantia máxima pagável segundo as disposições de remição
dos seus estatutos ou da lei aplicável descontado desde a primeira data
em que o pagamento da quantia possa ser exigido (ver exemplo 3).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 850
▼M36
11. Tal como exigido pelo parágrafo 35 da IAS 32, as distribuições de
rendimentos a detentores de instrumentos de capital próprio são reco
nhecidas diretamente no capital próprio. Os juros, dividendos e outros
rendimentos relacionados com instrumentos financeiros classificados
como passivos financeiros são despesas, independentemente de esses
montantes pagos serem legalmente caracterizados como dividendos,
juros ou de outra forma.
▼B
12. O Apêndice, que é parte integrante do consenso, proporciona exem
plos de aplicação deste consenso.
DIVULGAÇÃO
13. Quando uma alteração na proibição de remição leva a uma trans
ferência entre passivos financeiros e capital próprio, a entidade deve
divulgar separadamente a quantia, a tempestividade e a razão da trans
ferência.
DATA DE EFICÁCIA
14. A data de eficácia e os requisitos de transição desta Interpretação são
os mesmos da IAS 32 (tal como revista em 2003). Uma entidade deve
aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com início em ou após
1 de Janeiro de 2005. Se uma entidade aplicar esta Interpretação a um
período com início antes de 1 de Janeiro de 2005, ela deve divulgar
esse facto. Esta Interpretação deve ser aplicada retrospectivamente.
▼M6
14.A. Uma entidade deve aplicar as emendas aos parágrafos 6, 9, A1 e A12
aos períodos anuais que começam em ou após 1 de Janeiro de 2009.
Se uma entidade aplicar o documento Instrumentos financeiros com
uma opção put e obrigações decorrentes de uma liquidação (Emendas
às IAS 32 e IAS 1), emitido em Fevereiro de 2008, em relação a um
período anterior, as alterações dos parágrafos 6, 9, A1 e A12 devem
ser aplicadas a esse período anterior.
▼M33
16. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou o parágrafo A8. Uma
entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
▼M36
17. O documento Melhoramentos anuais - ciclo 2009 - 2011, emitido em
maio de 2012, emendou o parágrafo 11 Uma entidade deve aplicar
essa emenda retrospetivamente em conformidade com a IAS 8 Polí
ticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Er
ros aos períodos anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2013.
Se uma entidade aplicar essa emenda à IAS 32 no contexto dos
Melhoramentos anuais - ciclo 2009 - 2011 (emitido em maio de
2012) a um período anterior, a emenda ao parágrafo 11 deve ser
aplicada a esse período anterior.
▼B
Apêndice
▼M6
A1 Este apêndice desenvolve sete exemplos de aplicação do consenso da
IFRIC. Os exemplos não constituem uma lista exaustiva; são possíveis
outras situações com padrões idênticos. Cada exemplo parte do pres
suposto de que não existem condições diferentes das enunciadas nos
factos do exemplo, susceptíveis de impor a classificação do instru
mento financeiro como passivo financeiro e que o instrumento finan
ceiro não tem todas as características ou não cumpre as condições
enumeradas nos parágrafos 16A e 16B ou nos parágrafos 16C e 16D
da IAS 32.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 851
▼B
DIREITO INCONDICIONAL DE RECUSAR A REMIÇÃO (parágrafo 7.)
Exemplo 1
Factos
A2 Os estatutos da entidade dispõem que as remições são feitas à exclu
siva discrição da entidade. Os estatutos não proporcionam desenvol
vimento adicional ou outras limitações a essa discrição. No seu his
torial, a entidade nunca recusou a remição de acções dos membros,
embora o órgão de gestão tenha o direito de o fazer.
Classificação
A3 A entidade tem o direito incondicional de recusar a remição e as
acções dos membros são capital próprio. A IAS 32 estabelece princí
pios de classificação que se baseiam nos termos do instrumento fi
nanceiro e salienta que um historial de, ou a intenção de fazer, paga
mentos discricionários não despoleta a classificação como passivo. O
parágrafo AG26 da IAS 32 dispõe que:
Exemplo 2
Factos
A4 Os estatutos da entidade dispõem que as remições são feitas à exclu
siva discrição da entidade. Contudo, os estatutos também dispõem que
a aprovação de um pedido de remição é automática a não ser que a
entidade não seja capaz de fazer pagamentos sem violar regulamentos
locais relativos a liquidez ou a reservas.
Classificação
A5 A entidade não tem o direito incondicional de recusar a remição e as
acções dos membros são um passivo financeiro. As restrições descri
tas atrás baseiam-se na capacidade da entidade para liquidar o seu
passivo. Restringem as remições apenas se os requisitos de liquidez
ou das reservas não forem satisfeitos e apenas até ao momento em que
sejam satisfeitos. Assim, de acordo com os princípios estabelecidos na
IAS 32, não resultam na classificação do instrumento financeiro como
capital próprio. O parágrafo AG25 da IAS 32 dispõe que:
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 852
▼B
Acções preferenciais podem ser emitidas com vários direitos. Ao
determinar se uma acção preferencial é um passivo financeiro ou
um instrumento de situação líquida, um emitente avalia os direitos
específicos associados à acção para determinar se ela exibe ou não a
característica fundamental de um passivo financeiro. Por exemplo,
uma acção preferencial que proporcione remição numa data específica
ou de acordo com a opção do detentor contém um passivo financeiro
porque o emitente tem a obrigação de transferir activos financeiros
para o detentor da acção. A potencial incapacidade de um emitente de
satisfazer uma obrigação de remir uma acção preferencial quando for
contratualmente obrigado a fazê-lo, seja devido a uma falta de fun
dos, a uma restrição estatutária ou a lucros ou reservas insuficientes,
não nega a obrigação. [Ênfase adicionada]
Classificação
▼B
A9 Em 1 de Janeiro de 20X1, a quantia máxima pagável segundo as
disposições de remição é de 20 000 acções a 10 UM cada e em
conformidade a entidade classifica 200 000 UM como passivo finan
ceiro e 800 000 UM como capital próprio. Contudo, em 1 de Janeiro
de 20X2, devido à nova emissão de acções a 20 UM, a quantia
máxima pagável segundo as disposições de remição aumenta para
40 000 acções a 20 UM cada. A emissão de acções adicionais a 20
UM cria um novo passivo que é mensurado no reconhecimento inicial
pelo justo valor. Após a emissão destas acções, o passivo é 20 % do
total de acções emitidas (200 000), mensuradas a 20 UM, ou 800 000
UM. Isto exige o reconhecimento de um passivo adicional de 600 000
UM. Neste exemplo, não é reconhecido qualquer ganho ou perda. Em
conformidade, a entidade classifica agora 800 000 UM como passivos
financeiros e 2 200 000 UM como capital próprio. Este exemplo as
sume que estas quantias não foram alteradas entre 1 de Janeiro de
20X1 e 31 de Dezembro de 20X2.
Exemplo 4
Factos
A11 A lei local que regula as operações das cooperativas, ou os termos dos
estatutos da entidade, proíbem uma entidade de remir acções dos
membros se, ao proceder à remição, reduzir o capital realizado pelas
acções dos membros abaixo de 75 % da quantia mais elevada de
capital realizado pelas acções dos membros. A quantia mais elevada
de uma determinada cooperativa é 1 000 000 UM. ►M5 No fim do
período de relato ◄, o saldo do capital realizado é 900 000 UM.
Classificação
A12 Neste caso, 750 000 UM seriam classificadas como capital próprio e
150 000 UM seriam classificadas como passivos financeiros. Além
dos parágrafos já citados, o parágrafo 18.b) da IAS 32 dispõe em
parte:
▼M6
um instrumento financeiro que dá ao detentor o direito de entregar de
volta o instrumento ao emitente em troca de dinheiro ou outro activo
financeiro (um «instrumento com uma opção put») é um passivo
financeiro, à excepção dos instrumentos classificados como instrumen
tos de capital próprio em conformidade com os parágrafos 16A e 16B
ou os parágrafos 16C e 16D. O instrumento financeiro é um passivo
financeiro mesmo que a quantia de dinheiro ou de outros activos
financeiros seja determinada com base num índice ou em outro item
susceptível de subir ou descer. A existência de uma opção para o
detentor de entregar de volta o instrumento ao emitente em troca de
dinheiro ou outro activo financeiro significa que o instrumento com
uma opção put corresponde à definição de passivo financeiro, à ex
cepção dos instrumentos classificados como instrumentos de capital
próprio em conformidade com os parágrafos 16A e 16B ou os pará
grafos 16C e 16D.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 854
▼B
A13 A proibição de remição descrita neste exemplo é diferente das res
trições descritas nos parágrafos 19. e AG25 da IAS 32. Essas res
trições são limitações à capacidade da entidade para pagar a quantia
devida por um passivo financeiro, isto é, impedem o pagamento do
passivo apenas se as condições especificadas forem satisfeitas. Por
contraste, este exemplo descreve uma proibição incondicional de re
mições para além de uma quantia especificada, independentemente da
capacidade da entidade para remir as acções dos membros (por exem
plo, considerando os seus recursos de caixa, lucros ou reservas dis
tribuíveis). Com efeito, a proibição de remição impede a entidade de
incorrer em qualquer passivo financeiro para remir mais de uma
quantia especificada do capital realizado. Portanto, a parte das acções
sujeita a proibição de remição não é um passivo financeiro. Embora as
acções de cada membro possam ser individualmente remíveis, uma
parte do total das acções em circulação não é remível em qualquer
circunstância que não seja a liquidação da entidade.
Exemplo 5
Factos
A14 Os factos deste exemplo são expressos no exemplo 4. Além disso,
►M5 no fim do período de relato ◄, os requisitos de liquidez
impostos pela jurisdição local impedem a entidade de remir quaisquer
acções dos membros a não ser que as suas detenções de dinheiro e
investimentos a curto prazo sejam superiores a uma quantia especifi
cada. O efeito destes requisitos de liquidez ►M5 no fim do período
de relato ◄ é que a entidade não pode pagar mais de 50 000 UM
para remir as acções dos membros.
Classificação
A15 Tal como no exemplo 4, a entidade classifica 750 000 UM como
capital próprio e 150 000 UM como passivo financeiro. Isto deve-se
ao facto de a quantia classificada como passivo basear-se no direito
incondicional da entidade de recusar a remição e não em restrições
condicionais que impeçam a remição apenas se a liquidez ou outras
condições não forem satisfeitas e depois apenas até ao momento em
que sejam satisfeitas. As disposições dos parágrafos 19. e AG25 da
IAS 32 aplicam-se neste caso.
Exemplo 6
Factos
A16 Os estatutos da entidade proíbem a remição de acções dos membros,
excepto até ao ponto de proventos recebidos da emissão de acções
adicionais dos membros a membros novos ou existentes durante os
três anos anteriores. Os proventos da emissão de acções dos membros
têm de ser aplicados para remir as acções para as quais os membros
tenham pedido a remição. Durante os três anos anteriores, os proven
tos da emissão de acções dos membros foram 12 000 UM e não foram
remidas quaisquer acções dos membros.
Classificação
A17 A entidade classifica 12 000 UM de acções dos membros como pas
sivos financeiros. Consistentemente com as conclusões descritas no
exemplo 4, as acções dos membros sujeitas a uma proibição incondi
cional de remição não são passivos financeiros. Essa proibição incon
dicional aplica-se a uma quantia igual aos proventos de acções emi
tidas antes dos três anos anteriores, e em conformidade, esta quantia é
classificada como capital próprio. Contudo, uma quantia igual aos
proventos de quaisquer acções emitidas nos três anos anteriores não
está sujeita à proibição incondicional de remição. Em conformidade,
os proventos da emissão de acções dos membros nos três anos ante
riores dão origem a passivos financeiros até que deixem de estar
disponíveis para remição de acções dos membros. Como resultado,
a entidade tem um passivo financeiro igual aos proventos de acções
emitidas durante os três anos anteriores, líquidos de quaisquer remi
ções durante esse período.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 855
▼B
Exemplo 7
Factos
A18 A entidade é um banco cooperativo. A lei local que regula as opera
ções de bancos cooperativos dispõe que pelo menos 50 % do total dos
«passivos em circulação» (um termo definido nos regulamentos para
incluir as contas de acções dos membros) da entidade tem de existir
na forma de capital realizado pelos membros. O efeito da regulamen
tação é que se todos os passivos em circulação de uma cooperativa
existirem na forma de acções dos membros, a cooperativa pode remir
todas as acções. A 31 de Dezembro de 20X1, a entidade tem um total
de passivos em circulação de 200 000 UM, das quais 125 000 UM
representam contas de acções dos membros. Os termos das contas de
acções dos membros permitem ao detentor remir as acções à ordem e
não há limitações à remição nos estatutos da entidade.
Classificação
A19 Neste exemplo, as acções dos membros são classificadas como pas
sivos financeiros. Essa restrição é uma limitação condicional à capa
cidade da entidade para pagar a quantia devida por um passivo finan
ceiro, isto é, impedem o pagamento do passivo apenas se as condições
especificadas forem satisfeitas. Mais especificamente, podia ser exi
gido à entidade que proceda à remição da totalidade da quantia de
acções dos membros (125 000 UM) se pagasse todos os seus outros
passivos (75 000 UM). Como consequência, a proibição de remição
não impede que a entidade incorra num passivo financeiro para remir
mais de um número especificado de acções dos membros ou a quantia
de capital realizado. Permite que a entidade apenas difira a remição
até que uma condição seja satisfeita, isto é, o pagamento de outros
passivos. As acções dos membros neste exemplo não estão sujeitas a
uma proibição incondicional de remição, sendo portanto classificadas
como passivos financeiros.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 856
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 4
▼M33
— IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
▼B
ANTECEDENTES
1. Uma entidade pode celebrar um acordo, compreendendo uma transac
ção ou uma série de transacções relacionadas, que não assuma a forma
legal de uma locação mas transmita um direito de usar um activo (por
exemplo, um item do activo fixo tangível) em retorno de um paga
mento ou de uma série de pagamentos. Exemplos de acordos em que
uma entidade (o fornecedor) pode transmitir a outra entidade (o com
prador) um tal direito de usar um activo, muitas vezes juntamente com
serviços relacionados, incluem:
ÂMBITO
▼M9
4. Esta Interpretação não se aplica a acordos que:
▼B
QUESTÕES
5. As questões tratadas nesta Interpretação são:
CONSENSO
Determinar se um acordo é, ou contém, uma locação
6. Determinar se um acordo é, ou contém, uma locação deve basear-se
na substância do acordo e exige uma avaliação de se:
▼B
b) O comprador tem a capacidade ou o direito de controlar o acesso
físico ao activo subjacente enquanto obtém ou controla mais do
que uma quantia insignificante da produção ou de outra utilidade
do activo.
▼B
Separar pagamentos da locação de outros pagamentos
12. Se um acordo contiver uma locação, as partes do acordo devem
aplicar os requisitos da IAS 17 ao elemento de locação do acordo,
a não ser que estejam dispensadas desses requisitos de acordo com o
parágrafo 2. da IAS 17. Em conformidade, se um acordo contiver uma
locação, essa locação deve ser classificada como locação financeira ou
como locação operacional de acordo com os parágrafos 7.-19. da IAS
17. Outros elementos do acordo que não estejam no âmbito da IAS 17
devem ser contabilizados de acordo com outras Normas.
DATA DE EFICÁCIA
16. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2006. É encorajada a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar esta Interpretação a um período
com início antes de 1 de Janeiro de 2006, ela deve divulgar esse facto.
(1) ►M33 A IAS 17 utiliza a expressão «justo valor» de uma forma que difere em
alguns aspectos da definição de justo valor da IFRS 13. Assim, quando aplicar a
IAS 17 uma entidade mensura o justo valor de acordo com a IAS 17, não de acordo
com a IFRS 13. ◄
(2) I.e., a taxa de juro de empréstimo incremental do locatário conforme definido no pará
grafo 4. da IAS 17.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 860
▼B
TRANSIÇÃO
17. A IAS 8 especifica como uma entidade aplica uma alteração na po
lítica contabilística resultante da aplicação inicial de uma Interpreta
ção. A uma entidade não é exigido que se conforme com esses re
quisitos quando aplicar esta Interpretação pela primeira vez. Se uma
entidade usar esta dispensa, ela deve aplicar os parágrafos 6.-9. da
Interpretação aos acordos existentes no início do primeiro período
para o qual seja apresentada informação comparativa segundo as
IFRS com base nos factos e circunstâncias existentes no início desse
período.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 861
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 5
▼M32
__________
__________
▼B
— IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
▼M32
— IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas
▼B
— SIC12 Consolidação — Entidades com Finalidade Especial (tal como revista
em 2004)
ANTECEDENTES
1. A finalidade dos fundos de descomissionamento, restauro e reabilita
ção ambiental, daqui por diante referidos como «fundos de descomis
sionamento» ou «fundos», é segregar activos para financiar alguns ou
todos os custos de descomissionamento de fábricas (como uma central
nuclear) ou de determinado equipamento (como carros), ou de levar a
cabo a reabilitação ambiental (como rectificar a poluição da água ou
restaurar terreno minado), referidos em conjunto como «descomissio
namento».
▼B
b) as entidades (contribuintes) fazem contribuições para o fundo, que
são investidas numa variedade de activos que podem incluir tanto
investimentos em dívida como em capital próprio, e estão dispo
níveis para ajudar a pagar os custos de descomissionamento dos
contribuintes. Os trustees determinam a forma como as contribui
ções são investidas, dentro das restrições definidas pelos documen
tos estatutários do fundo e qualquer legislação ou outros regula
mentos aplicáveis;
ÂMBITO
4. Esta Interpretação aplica-se à contabilização, nas demonstrações finan
ceiras de um contribuinte, dos interesses resultantes de fundos de
descomissionamento que tenham ambas as seguintes características:
QUESTÕES
6. As questões tratadas nesta Interpretação são:
CONSENSO
Contabilizar um interesse num fundo
7. O contribuinte deve reconhecer a sua obrigação de pagar custos de
descomissionamento como um passivo e reconhecer o seu interesse no
fundo separadamente a não ser que o contribuinte não seja responsá
vel por pagar custos de descomissionamento mesmo que o fundo não
pague.
▼M32
8. O contribuinte deve determinar se tem controlo ou controlo conjunto
ou influência significativa sobre o fundo tendo por referência a IFRS
10, a 11 IFRS e a IAS 28. Se assim for, o contribuinte deve conta
bilizar o seu interesse no fundo em conformidade com essas normas.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 863
▼M32
9. Se um contribuinte não tiver controlo, controlo conjunto ou influência
significativa sobre o fundo, deve reconhecer o direito a receber reem
bolsos do fundo como um reembolso de acordo com a IAS 37. Esse
reembolso é mensurado como o menor de:
▼B
a) a quantia da obrigação de descomissionamento reconhecida; e
b) a parte do contribuinte do justo valor dos activos líquidos do fundo
atribuível aos contribuintes.
As alterações na quantia escriturada do direito de receber reembolso
que não sejam contribuições para e pagamentos do fundo devem ser
reconhecidas nos lucros ou prejuízos no período em que essas altera
ções ocorram.
Contabilizar obrigações de fazer contribuições adicionais
10. Quando um contribuinte tem uma obrigação de fazer potenciais con
tribuições adicionais, por exemplo, no caso de falência de outro con
tribuinte ou se o valor dos activos de investimento detidos pelo fundo
diminuir até ao ponto de ser insuficiente para cumprir as obrigações
de reembolso do fundo, esta obrigação é um passivo contingente
dentro do âmbito da IAS 37. O contribuinte deve reconhecer um
passivo apenas se for provável que serão feitas contribuições adicio
nais.
Divulgação
11. Um contribuinte deve divulgar a natureza do seu interesse num fundo
e quaisquer restrições no acesso aos activos do fundo.
12. Quando um contribuinte tiver uma obrigação de fazer potenciais con
tribuições adicionais que não seja reconhecida como passivo (ver
parágrafo 10.), ele deve fazer as divulgações exigidas pelo parágrafo
86. da IAS 37.
13. Quando um contribuinte contabilizar o seu interesse no fundo de
acordo com o parágrafo 9., ele deve fazer as divulgações exigidas
pelo parágrafo 85.c) da IAS 37.
DATA DE EFICÁCIA
14. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2006. É encorajada a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar esta Interpretação a um período
com início antes de 1 de Janeiro de 2006, ela deve divulgar esse facto.
▼M32
14.B. A IFRS 10 e a IFRS 11, emitidas em Maio de 2011, emendaram os
parágrafos 8 e 9. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando
aplicar a IFRS 10 e a IFRS 11.
▼B
TRANSIÇÃO
15. As alterações nas políticas contabilísticas devem ser contabilizadas de
acordo com os requisitos da IAS 8.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 864
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 6
REFERÊNCIAS
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
ANTECEDENTES
1. O parágrafo 17. da IAS 37 especifica que um acontecimento que cria
obrigações é um acontecimento passado que conduz a uma obrigação
presente, desde que a entidade não tenha uma alternativa realista
senão a de liquidar a obrigação.
ÂMBITO
6. Esta Interpretação proporciona orientações sobre o reconhecimento,
nas demonstrações financeiras dos produtores, dos passivos associados
à gestão dos resíduos, segundo a Directiva REEE da União Europeia,
relativamente às vendas de equipamentos domésticos históricos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 865
▼B
7. A Interpretação nem trata os novos resíduos nem os resíduos históri
cos de fontes que não sejam os particulares. Os passivos decorrentes
da gestão desse tipo de resíduos estão devidamente cobertos na IAS
37. Todavia, se os novos resíduos de particulares forem tratados, na
legislação nacional, de uma maneira semelhante à dos resíduos histó
ricos domésticos, os princípios da Interpretação aplicam-se por refe
rência à hierarquia dos parágrafos 10.-12. da IAS 8. A hierarquia
estabelecida na IAS 8 é também relevante para outras regulamenta
ções que imponham obrigações de uma forma similar ao modelo de
atribuição do custo especificado na Directiva da União Europeia.
QUESTÃO
8. Foi pedido ao IFRIC que determinasse, no contexto do descomissio
namento de REEE, aquilo que constitui, de acordo com a alínea a) do
parágrafo 14. da IAS 37, o acontecimento que obriga a reconhecer
uma provisão para custos de gestão de resíduos:
— Produção ou venda de equipamentos domésticos históricos?
— Participação no mercado durante o período de mensuração?
— Incorrer em custos por força das actividades de gestão de resí
duos?
CONSENSO
9. A participação no mercado durante o período de mensuração é o
acontecimento que obriga de acordo com a alínea a) do parágrafo
14. da IAS 37. Consequentemente, a produção ou venda de equipa
mentos domésticos históricos não dá lugar a um passivo associado aos
custos de gestão de resíduos. Uma vez que a obrigação decorrente dos
equipamentos domésticos históricos está ligada à participação no mer
cado durante o período de mensuração, e não à produção ou à venda
dos itens a serem eliminados, não há a obrigação, a menos que, ou até
que, exista uma quota de mercado durante o período de mensuração.
A tempestividade do acontecimento que cria as obrigações pode tam
bém ser independente do período particular em que as actividades
para executar a gestão de resíduos sejam empreendidas e dos custos
relacionados incorridos.
DATA DE EFICÁCIA
10. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Dezembro de 2005. É encorajada a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar a Interpretação a um período com
início antes de 1 de Dezembro de 2005, ela deve divulgar esse facto.
TRANSIÇÃO
11. As alterações nas políticas contabilísticas devem ser contabilizadas de
acordo com a IAS 8.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 866
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 7
REFERÊNCIAS
— IAS 12 Impostos sobre o Rendimento
ANTECEDENTES
1. Esta Interpretação proporciona orientação sobre como aplicar os re
quisitos previstos na IAS 29, num período de relato em que uma
entidade identifica (1) a existência de hiperinflação na economia da
sua moeda funcional, quando essa economia não era hiperinflacionária
no período anterior, e, por isso, a entidade reexpressa as suas demons
trações financeiras de acordo com a IAS 29.
QUESTÕES
2. As questões tratadas nesta Interpretação são as seguintes:
CONSENSO
3. No período de relato em que uma entidade identifica a existência de
hiperinflação na economia da sua moeda funcional, não tendo sido
hiperinflacionária no período anterior, a entidade deve aplicar os
requisitos previstos na IAS 29 como se a economia tivesse sido
sempre hiperinflacionária. Por conseguinte, relativamente a itens não
monetários mensurados pelo custo histórico, ►M5 a demonstração da
posição financeira ◄ de abertura da entidade no início do primeiro
período apresentado nas demonstrações financeiras deve ser reexpres
so, para reflectir o efeito da inflação a partir da data em que os activos
foram adquiridos e os passivos foram incorridos ou assumidos
até ►M5 ao fim do período de relato ◄. Relativamente a itens
não monetários escriturados ►M5 na demonstração da posição
financeira ◄ de abertura pelas quantias correntes em datas que não
a de aquisição ou daquela em que foram incorridas, essa reexpressão
deve reflectir, em vez disso, o efeito da inflação desde as datas em
que essas quantias escrituradas foram determinadas até ►M5 ao fim
do período de relato ◄.
▼B
b) Os itens por impostos diferidos remensurados de acordo com a
alínea a) são reexpressos em função da alteração da unidade de
mensuração, a partir da data ►M5 da demonstração da posição
financeira ◄ de abertura do período de relato até ►M5 ao fim
desse período de relato ◄.
A entidade aplica a abordagem das alíneas a) e b) aquando da reex
pressão dos itens por impostos diferidos ►M5 na demonstração da
posição financeira ◄ de abertura de quaisquer períodos comparativos
apresentados nas demonstrações financeiras reexpressas do período de
relato em que a entidade aplicar a IAS 29.
5. Após uma entidade ter reexpresso as suas demonstrações financeiras,
todas as quantias correspondentes das demonstrações financeiras de
um período de relato subsequente, incluindo itens por impostos dife
ridos, serão reexpressos pela entidade, ao aplicar a alteração da uni
dade de mensuração desse período de relato subsequente apenas às
demonstrações financeiras reexpressas do período de relato anterior.
DATA DE EFICÁCIA
6. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Março de 2006. É encorajada a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar esta Interpretação às demonstrações
financeiras de um período com início anterior a 1 de Março de 2006,
ela deve divulgar esse facto.
▼M23
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 868
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 9
REFERÊNCIAS
— IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
ANTECEDENTES
1. O parágrafo 10. da IAS 39 descreve um derivado embutido como «um
componente de um instrumento híbrido (combinado) que também
inclui um contrato de acolhimento não derivado — com o efeito de
que alguns dos fluxos de caixa do instrumento combinado variam de
forma semelhante a um derivado autónomo».
ÂMBITO
3. Sem prejuízo do disposto nos parágrafos 4. e 5., a presente Interpre
tação aplica-se a todos os derivados embutidos no âmbito da IAS 39.
▼M22
5. Esta interpretação não se aplica a derivados embutidos em contratos
adquiridos:
(1) A IFRS 3 (conforme revista em 2008) trata a aquisição de contratos com derivados
embutidos numa concentração de actividades empresariais.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 869
▼B
QUESTÕES
6. A IAS 39 exige que uma entidade avalie, quando se tornar uma parte
de um contrato, se quaisquer derivados embutidos contidos no con
trato devem ser separados do contrato de acolhimento e contabilizados
como derivados segundo a Norma. Esta Interpretação trata as seguin
tes questões:
CONSENSO
▼M20
7. Uma entidade deve avaliar se um derivado embutido deve ser sepa
rado do contrato de acolhimento e contabilizado como um derivado
quando se tornar parte do contrato. A reavaliação subsequente é proi
bida, salvo se existir (a) uma alteração nos termos do contrato que
modifique significativamente os fluxos de caixa que de outro modo
seriam exigidos ao abrigo do contrato ou (b) uma reclassificação de
um activo financeiro retirando-o da categoria de justo valor através
dos lucros ou prejuízos, casos em que se exige uma avaliação. Uma
entidade determina se uma modificação nos fluxos de caixa é signi
ficativa ao considerar a extensão em que os fluxos de caixa futuros
esperados, associados ao derivado embutido, ao contrato de acolhi
mento ou a ambos, se alteraram e se a alteração é significativa em
relação aos fluxos de caixa previstos anteriormente com base no con
trato.
Para efeitos desta avaliação, o parágrafo 11(c) da IAS 39 não deve ser
aplicado (i.e., o contrato híbrido (combinado) deve ser tratado como
se não tivesse sido mensurado pelo justo valor com as alterações no
justo valor reconhecidas nos lucros ou prejuízos). Se uma entidade
não puder fazer esta avaliação, o contrato híbrido (combinado) per
manece classificado, na sua totalidade, na categoria de justo valor
através dos lucros ou prejuízos.
▼B
8. Um adoptante pela primeira vez deve avaliar se é necessário que um
derivado embutido seja separado do contrato de acolhimento e conta
bilizado como um derivado com base nas condições que existiam à
data em que se tornou pela primeira vez parte do contrato e à data em
que é exigida uma reavaliação por força do parágrafo 7., consoante
aquela que ocorrer mais tarde.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 870
▼B
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
9. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Junho de 2006. É encorajada a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar a Interpretação a um período com início
antes de 1 de Junho de 2006, ela deve divulgar esse facto. A inter
pretação será aplicada retroactivamente.
▼M20
10. O documento intitulado Derivados Embutidos (Emendas à IFRIC 9 e
à IAS 39), emitido em Março de 2009, emendou o parágrafo 7 e
adicionou o parágrafo 7A. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais que terminem em ou após 30 de Junho de 2009.
▼M22
11. O parágrafo 5 foi emendado pelo documento Melhoramentos Intro
duzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009. Uma entidade deve
aplicar essa emenda prospectivamente aos períodos anuais com início
em ou após 1 de Julho de 2009. Se uma entidade aplicar a IFRS 3
(conforme revista em 2008) a um período anterior, deve aplicar a
emenda a esse período anterior e divulgar esse facto.
▼M32
12. A IFRS 11, emitida em maio de 2011, emendou o parágrafo 5(c).
Uma entidade deve aplicar estas alterações quando aplicar a IFRS 11.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 871
▼B
INTERPRETAÇÃO IFRIC 10
REFERÊNCIAS
— IAS 34 Relato Financeiro Intercalar
ANTECEDENTES
1. Exige-se que uma entidade avalie a imparidade do goodwill
►M5 no fim de cada período de relato ◄, a imparidade dos inves
timentos em instrumentos de capital próprio e em activos financeiros
escriturados pelo custo ►M5 no fim de cada período de relato ◄ e,
se necessário, reconheça uma perda por imparidade nessas datas, em
conformidade com a IAS 36 e a IAS 39. Todavia, ►M5 no fim de
um período de relato posterior ◄, as condições poderão ter-se alte
rado a ponto tal que a perda por imparidade se teria reduzido ou
mesmo evitado se avaliação da imparidade tivesse sido feita apenas
nessa data. A presente Interpretação contém orientações quanto à
eventualidade de tais perdas por imparidade poderem ser revertidas.
QUESTÃO
3. O parágrafo 28. da IAS 34 dispõe que as entidades apliquem nas suas
demonstrações financeiras intercalares as mesmas políticas contabilís
ticas das suas demonstrações financeiras anuais. Estipula igualmente
que «a frequência do relato de uma entidade (anual, semestral ou
trimestral) não deve afectar a mensuração dos seus resultados anuais.
Para conseguir esse objectivo, as mensurações para finalidades de
relato intercalar devem ser feitas na base desde o início do ano até
à data».
▼B
7. A presente Interpretação trata a seguinte questão:
Deve uma entidade reverter perdas por imparidade, reconhecidas num
período intercalar, no goodwill e em investimentos em instrumentos
de capital próprio e em activos financeiros escriturados pelo custo, se
uma perda não tivesse sido reconhecida, ou tivesse sido reconhecida
uma perda menor, caso a avaliação da imparidade tivesse sido feita
apenas ►M5 no fim de um período de relato posterior ◄?
CONSENSO
8. Uma entidade não deve reverter uma perda por imparidade reconhe
cida num período intercalar anterior a respeito do goodwill ou de um
investimento num instrumento de capital próprio ou num activo finan
ceiro escriturado pelo custo.
9. Uma entidade não deve alargar este consenso, por analogia, a outras
áreas de conflito potencial entre a IAS 34 e outras normas.
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
10. Uma entidade deve aplicar a Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Novembro de 2006. É encorajada a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar a Interpretação a um período com
início antes de 1 de Novembro de 2006, ela deve divulgar esse facto.
Uma entidade deve aplicar a Interpretação ao goodwill prospectiva
mente a partir da data em que aplicar pela primeira vez a IAS 36; e
deve aplicar a Interpretação a investimentos em instrumentos de ca
pital próprio ou em activos financeiros escriturados pelo custo pros
pectivamente a partir da data em que aplicar pela primeira vez os
critérios de mensuração da IAS 39.
▼M23
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 873
▼M9
INTERPRETAÇÃO IFRIC 12
— IAS 17 Locações
— IAS 18 Rédito
ANTECEDENTES
1 Em muitos países, as infra-estruturas dos serviços públicos — como
estradas, pontes, túneis, prisões, hospitais, aeroportos, infra-estruturas
de distribuição de água e redes de fornecimento de energia e de
telecomunicações — têm sido tradicionalmente construídas, explora
das e mantidas pelo sector público e financiadas com base em dota
ções orçamentais.
▼M9
3 Uma característica destes acordos de prestação de serviços é a natu
reza de serviço público da obrigação assumida pelo concessionário. A
política pública vai no sentido de que os serviços relacionados com as
infra-estruturas devem ser disponibilizados ao público, independente
mente da identidade da parte que presta os serviços. O acordo de
prestação de serviços obriga contratualmente o concessionário a pres
tar os serviços ao público por conta da entidade do sector público. As
características comuns são, nomeadamente, as seguintes:
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
4 A presente interpretação proporciona orientações quanto à contabili
zação pelos concessionários dos acordos de concessão de serviços
pelo sector público ao privado.
▼M9
8 A presente interpretação não especifica a contabilização das
infra-estruturas detidas e reconhecidas como activos fixos tangíveis
pelo concessionário antes da conclusão do acordo de prestação de
serviços. Os requisitos em matéria de anulação do reconhecimento
previstos nas IFRS (estabelecidos na IAS 16) aplicam-se a essas
infra-estruturas.
QUESTÕES
10 A presente interpretação estabelece princípios gerais em matéria de
reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos conexos no
quadro dos acordos de concessão de serviços. Os requisitos em ma
téria de divulgação de informações sobre acordos de concessão de
serviços estão contidos na SIC-29 Acordos de Concessão de Serviços:
Divulgações. As questões tratadas na presente interpretação são as
seguintes:
CONSENSO
Tratamento dos direitos do concessionário relativamente às
infra-estruturas
11 No âmbito da presente interpretação, as infra-estruturas não devem ser
reconhecidas como activos fixos tangíveis do concessionário, dado
que o acordo de prestação contratual de serviços não confere ao
concessionário o direito de controlar o uso das infra-estruturas de
serviço público. O concessionário tem acesso às infra-estruturas, a
fim de prestar o serviço público por conta da entidade concedente,
de acordo com as condições especificadas no contrato.
▼M9
13 O concessionário deve reconhecer e mensurar o rédito, de acordo com
as IAS 11 e 18, relativamente aos serviços que presta. Caso o con
cessionário preste mais do que um serviço (ou seja, serviços de cons
trução ou de valorização e serviços operacionais) no quadro de um
único contrato ou acordo, a retribuição recebida ou a receber deve ser
imputada por referência aos justos valores relativos dos serviços pres
tados, quando as quantias forem identificáveis separadamente. A na
tureza da retribuição determina o seu tratamento contabilístico subse
quente. A contabilização subsequente da retribuição recebida como
um activo financeiro e como um activo intangível encontra-se descrita
em pormenor nos parágrafos 23–26.
▼M9
Serviços operacionais
20 O concessionário deve contabilizar o rédito e os custos relativos aos
serviços operacionais, de acordo com a IAS 18.
Activos financeiros
23 As IAS 32 e 39 e a IFRS 7 aplicam-se aos activos financeiros reco
nhecidos de acordo com os parágrafos 16 e 18.
Activos intangíveis
26 A IAS 38 aplica-se aos activos intangíveis reconhecidos de acordo
com os parágrafos 17 e 18. Os parágrafos 45–47 da IAS 38 propor
cionam orientações quanto à mensuração dos activos intangíveis ad
quiridos em troca de um activo ou activos não monetários ou de uma
combinação de activos monetários e não monetários.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 878
▼M9
Itens postos à disposição do concessionário pela entidade conce
dente
27 De acordo com o parágrafo 11, os itens de infra-estruturas aos quais a
entidade concedente deu acesso ao concessionário, para efeitos do
acordo de prestação de serviços, não são reconhecidos como activos
fixos tangíveis do concessionário. A entidade concedente pode dispo
nibilizar igualmente outros itens ao concessionário, que este pode
manter ou conferir-lhes o uso que pretender. Caso esses activos façam
parte da retribuição a prestar pela entidade concedente a título da
prestação dos serviços, não constituirão subsídios do governo de
acordo com a definição que lhes é dada na IAS 20. São reconhecidos
como activos do concessionário e mensurados pelo justo valor no
reconhecimento inicial. O concessionário deve reconhecer um passivo
em relação a obrigações não cumpridas que assumiu em troca dos
activos.
DATA DE EFICÁCIA
28 As entidades aplicarão a presente interpretação aos períodos anuais
com início em ou após 1 de Janeiro de 2008. No entanto, é permitido
que a sua aplicação tenha início numa data anterior. Se uma entidade
aplicar a presente interpretação a um período com início antes de 1 de
Janeiro de 2008, deve divulgar esse facto.
TRANSIÇÃO
29 Sem prejuízo do parágrafo 30, as alterações das políticas contabilísti
cas são contabilizadas em consonância com a IAS 8, ou seja, retros
pectivamente.
Apêndice A
GUIA DE APLICAÇÃO
ÂMBITO (parágrafo 5)
AG1 O parágrafo 5 da presente interpretação especifica que as
infra-estruturas se enquadram no âmbito da interpretação, sempre
que estiverem reunidas as seguintes condições:
▼M9
b) A entidade concedente controla — através da propriedade, de
direitos de beneficiário ou de outro modo — qualquer interesse
residual significativo nas infra-estruturas no final da vigência do
acordo.
▼M9
(a) Quaisquer infra-estruturas fisicamente separáveis e capazes de
serem exploradas independentemente e que respeitem a definição
de unidade geradora de caixa, definida na IAS 36, devem ser
analisadas separadamente, caso sejam exclusivamente utilizadas
para fins não regulamentados. Por exemplo, tal poder-se-á aplicar
a uma ala privada de um hospital, sendo a parte restante do
hospital utilizada pela entidade concedente para o tratamento de
doentes no âmbito do sistema público de saúde.
(b) Sempre que as actividades puramente acessórias (como a loja de
um hospital) estejam desregulamentadas, os testes de controlo
devem ser aplicados como se esses serviços não existissem,
dado que, nos casos em que a entidade concedente controla os
serviços do modo descrito no parágrafo 5, a existência de activi
dades acessórias não afecta o controlo da entidade concedente
sobre as infra-estruturas.
AG8 O concessionário pode ter o direito de utilizar as infra-estruturas
separáveis descritas no parágrafo AG7(a) ou as instalações utilizadas
para prestar os serviços desregulamentados acessórios descritos no
parágrafo AG7(b). Em qualquer um dos casos pode existir, em termos
substantivos, uma locação da entidade concedente ao concessionário.
Em caso afirmativo, essa locação deve ser contabilizada de acordo
com a IAS 17.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 881
▼M3
INTERPRETAÇÃO IFRIC 13
REFERÊNCIAS
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
— IAS 18 Rédito
▼M33
— IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
▼M3
ANTECEDENTES
1. Os programas de fidelidade do cliente são usados pelas entidades para
proporcionar incentivos aos clientes para comprarem os seus bens ou
serviços. Se um cliente comprar bens ou serviços, a entidade
concede-lhe créditos de prémio (muitas vezes designados por «pon
tos»). O cliente pode resgatar os créditos por prémios como bens ou
serviços gratuitos ou com desconto.
ÂMBITO
3. Esta Interpretação aplica-se aos créditos de prémio por fidelidade do
cliente que:
a) uma entidade concede aos seus clientes como parte de uma tran
sacção de venda, i.e. a venda de bens, a prestação de serviços ou o
uso de activos da entidade pelo cliente; e
QUESTÕES
4. As questões tratadas nesta Interpretação são:
▼M3
ii) quando é que o rédito deve ser reconhecido; e
CONSENSO
5. Uma entidade deverá aplicar o parágrafo 13 da IAS 18 e contabilizar
os créditos de prémio como componente separadamente identificável
da(s) transacção(ões) de venda em que sejam concedidos (a «venda
inicial»). O justo valor da importância recebida ou a receber relativa
mente à venda inicial deverá ser imputado aos créditos de prémio e
aos outros componentes da venda.
▼M33
6. A importância imputada aos créditos de prémio deve ser mensurada
por referência ao respectivo justo valor.
▼M3
7. Se for a própria entidade a fornecer os prémios, ela deverá reconhecer
a importância atribuída a créditos de prémio como rédito quando os
créditos de prémio forem resgatados e cumprir as suas obrigações de
fornecer os prémios. A quantia de rédito reconhecida deverá basear-se
no número de créditos de prémio que tenham sido resgatados em troca
de prémios, relativamente ao número total que se espera que venha a
ser resgatado.
▼M3
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
10. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação a períodos anuais com
início em ou após 1 de Julho de 2008. É permitida a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar a Interpretação a um período com início
antes de 1 de Julho de 2008, ela deve divulgar esse facto.
▼M29
10.A. O parágrafo AG2 foi emendado através do documento Melhoramentos
introduzidos nas IFRS emitido em Maio de 2010. Uma entidade deve
aplicar esta emenda aos períodos anuais com início em ou após 1 Ja
neiro 2011. É permitida a aplicação mais cedo. Se uma entidade
aplicar a emenda a um período anterior, deve divulgar esse facto.
▼M33
10.B. A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou os parágrafos 6 e
AG1-AG3. Uma entidade deve aplicar estas emendas quando aplicar
a IFRS 13.
▼M3
11. As alterações na política contabilística devem ser contabilizadas de
acordo com a IAS 8.
Apêndice
Guia de Aplicação
▼M4
INTERPRETAÇÃO IFRIC 14
ANTECEDENTES
▼M31
1. O parágrafo 64 da IAS 19 limita a mensuração de um activo líquido
de benefícios definidos ao mais baixo dos seguintes valores: o exce
dente no plano de benefícios definidos e o limite máximo de activos.
O parágrafo 8 da IAS 19 define o limite máximo de activos como «o
valor presente de eventuais benefícios económicos disponíveis na
forma de restituições do plano ou reduções em contribuições futuras
para o plano». Têm surgido dúvidas quanto às situações em que as
restituições ou as reduções em futuras contribuições deverão ser con
sideradas disponíveis, sobretudo quando existe um requisito de finan
ciamento mínimo.
▼M4
2. Existem requisitos de financiamento mínimo em muitos países para
melhorar a segurança da promessa de benefícios pós-emprego feita
aos membros de um plano de benefícios de empregados. Esses requi
sitos normalmente estipulam uma quantia ou nível mínimo de con
tribuições que têm de ser feitas para um plano durante um determi
nado período. Portanto, um requisito de financiamento mínimo pode
limitar a capacidade da entidade para reduzir futuras contribuições.
▼M27
3.A. Em Novembro de 2009, o International Accounting Standards Board
emendou a IFRIC 14 de modo a eliminar uma consequência não
intencional decorrente do tratamento de pré-pagamentos de futuras
contribuições em determinadas circunstâncias em que é aplicável um
requisito de financiamento mínimo.
▼M4
ÂMBITO
4. Esta Interpretação aplica-se a todos os benefícios definidos pós-em
prego e a outros benefícios definidos a longo prazo de empregados.
▼M4
QUESTÕES
▼M31
6. As questões tratadas nesta Interpretação são:
▼M4
b) de que forma um requisito de financiamento mínimo pode afectar a
disponibilidade de reduções em futuras contribuições.
CONSENSO
Disponibilidade de uma restituição ou redução em futuras con
tribuições
7. Uma entidade deverá determinar a disponibilidade de uma restituição
ou de uma redução em futuras contribuições em conformidade com os
termos e condições do plano e com quaisquer exigências legais na
jurisdição do plano.
▼M4
c) presumindo a total liquidação dos passivos do plano num único
acontecimento (i.e. como encerramento do plano).
(a) [suprimida]
▼M31
17. Uma entidade deverá determinar os custos futuros do serviço usando
pressupostos consistentes com os usados para determinar a obrigação
de benefícios definidos e com a situação que exista no final do pe
ríodo de relato, tal como determinado pela IAS 19. Portanto, uma
entidade não deverá assumir qualquer alteração nos benefícios a serem
proporcionados por um plano no futuro enquanto o plano não for
emendado e deverá assumir um número de empregados estável no
futuro, a menos que a entidade faça uma redução no número de
empregados abrangidos pelo plano. No último caso, o pressuposto
sobre o futuro número de empregados deverá incluir a redução.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 887
▼M27
O efeito de um requisito de financiamento mínimo no benefício eco
nómico disponível como redução em futuras contribuições
18. Uma entidade deverá analisar qualquer requisito de financiamento
mínimo, em qualquer data, para contribuições que sejam necessárias
para cobrir (a) qualquer carência existente na base do financiamento
mínimo por serviços passados, e (b) futuros serviços.
▼M4
19. As contribuições para cobrir qualquer carência existente na base do
financiamento mínimo a respeito de serviços já recebidos não afectam
contribuições futuras para serviço futuro. Poderão dar origem a um
passivo, de acordo com os parágrafos 23–26.
▼M27
20. Se houver um requisito de financiamento mínimo para contribuições
relacionadas com futuros serviços, o benefício económico disponível
como redução em futuras contribuições é a soma de:
▼M4
Situações em que um requisito de financiamento mínimo pode dar
origem a um passivo
23. Se uma entidade tiver a obrigação, ao abrigo de um requisito de
financiamento mínimo, de pagar contribuições para cobrir uma carên
cia existente na base do financiamento mínimo relativamente a servi
ços já recebidos, a entidade deverá determinar se as contribuições a
pagar ficarão disponíveis como restituição ou como redução em con
tribuições futuras depois de serem pagas ao plano.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 888
▼M31
24. Na medida em que as contribuições a pagar não ficarão disponíveis
depois de serem pagas ao plano, a entidade deverá reconhecer um
passivo quando a obrigação surgir. O passivo deverá reduzir o activo
líquido de benefícios definidos ou aumentar o passivo líquido de
benefícios definidos, de modo que nenhum ganho ou perda seja es
perado em resultado da aplicação do parágrafo 64 da IAS 19 quando
as contribuições forem pagas.
__________
▼M4
DATA DE EFICÁCIA
27. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação a períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2008. É permitida a aplicação mais
cedo.
▼M5
27.A. A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada
nas IFRS. Além disso, emendou o parágrafo 26. Uma entidade deve
aplicar essas emendas aos períodos anuais com início em ou após 1 de
Janeiro de 2009. Se uma entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a
um período anterior, as emendas deverão ser aplicadas a esse período
anterior.
▼M27
27.B. O documento Pré-pagamento de um requisito de financiamento mí
nimo aditou o parágrafo 3A e emendou os parágrafos 16-18 e 20-22.
Uma entidade deve aplicar estas emendas a períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2011. É permitida a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar as emendas a um período anterior,
deve divulgar esse facto.
▼M31
27.C. A IAS 19 (conforme emendada em 2011) emendou os parágrafos 1, 6,
17 e 24 e suprimiu os parágrafos 25 e 26. Uma entidade deve aplicar
estas emendas quando aplicar a IAS 19 (conforme emendada em
2011).
▼M4
TRANSIÇÃO
28. Uma entidade deve aplicar esta Interpretação desde o início do pri
meiro período apresentado nas primeiras demonstrações financeiras às
quais se aplique a Interpretação. Uma entidade deve reconhecer qual
quer ajustamento inicial resultante da aplicação desta Interpretação nos
resultados retidos no início desse período.
▼M27
29. Uma entidade deve aplicar as emendas constantes dos parágrafos 3A,
16-18 e 20-22 desde o início do primeiro período de comparação
apresentado nas primeiras demonstrações financeiras às quais a enti
dade aplique a presente Interpretação. Se uma entidade já tinha apli
cado a presente interpretação antes de aplicar as emendas, deve reco
nhecer o ajustamento resultante da aplicação dessas emendas nos
resultados retidos no início do primeiro período de comparação apre
sentado.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 889
▼M13
INTERPRETAÇÃO IFRIC 15
REFERÊNCIAS
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em
2007)
— IAS 18 Rédito
ANTECEDENTES
1 No sector imobiliário, as entidades que empreendem a construção de
imóveis, directamente ou através de subempreiteiros, podem celebrar
acordos com um ou mais compradores antes da conclusão da cons
trução. Esses acordos assumem diversas formas.
ÂMBITO
4 Esta Interpretação aplica-se à contabilização de réditos e gastos asso
ciados de entidades que empreendem a construção de imóveis direc
tamente ou através de subempreiteiros.
QUESTÕES
6 A presente Interpretação aborda duas questões:
▼M13
CONSENSO
7 A seguinte discussão parte do princípio de que a entidade analisou
previamente o acordo para a construção de imóveis e outros eventuais
acordos relacionados e que concluiu que não vai manter nem um
envolvimento de gestão continuado na medida geralmente associada
à propriedade nem o controlo efectivo dos imóveis construídos numa
medida que impedisse o reconhecimento de uma parte ou da totali
dade da retribuição como rédito. Se o reconhecimento de uma parte da
retribuição como rédito for impedido, a seguinte discussão aplica-se
apenas à parte do acordo cujo rédito será reconhecido.
▼M13
14 O acordo poderá não cumprir a definição de contrato de construção e,
portanto, estar dentro do âmbito da IAS 18. Neste caso, a entidade
deve determinar se o acordo é para a prestação de serviços ou para a
venda de bens.
Divulgações
20 Quando uma entidade reconhece o rédito usando o método da per
centagem de acabamento para acordos que satisfazem todos os crité
rios do parágrafo 14 da IAS 18 continuamente e à medida que a
construção vai progredindo (ver parágrafo 17 da Interpretação), ela
deve divulgar:
▼M13
21 Relativamente aos acordos descritos no parágrafo 20 que estejam em
curso à data de relato, a entidade também deve divulgar:
a) A quantia agregada de custos incorridos e lucros reconhecidos
(menos perdas reconhecidas) até à data; e
b) A quantia de adiantamentos recebidos.
EMENDAS AO APÊNDICE DA IAS 18
22-23 [Emenda não aplicável às Normas propriamente ditas e numeradas]
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
24 Uma entidade deve aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Janeiro de 2009. É permitida a aplicação mais
cedo. Se uma entidade aplicar a Interpretação a um período com início
antes de 1 de Janeiro de 2009, ela deve divulgar esse facto.
25 As alterações nas políticas contabilísticas devem ser contabilizadas
retrospectivamente de acordo com a IAS 8.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 893
▼M10
INTERPRETAÇÃO IFRIC 16
REFERÊNCIAS
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
ANTECEDENTES
1 Muitas entidades que relatam têm investimentos em unidades opera
cionais estrangeiras (tal como definido no parágrafo 8 da IAS 21).
Essas unidades operacionais estrangeiras podem ser subsidiárias, as
sociadas, empreendimentos conjuntos ou sucursais. A IAS 21 exige
que uma entidade determine a moeda funcional de cada uma das suas
unidades operacionais estrangeiras como a moeda do contexto econó
mico principal dessa unidade operacional. Quando transpuser os re
sultados e a posição financeira de uma unidade operacional estrangeira
para uma moeda de apresentação, a entidade é obrigada a reconhecer
diferenças cambiais em outro rendimento integral até alienar a unidade
operacional estrangeira.
(1) Será este o caso das demonstrações financeiras consolidadas, das demonstrações finan
ceiras nas quais os investimentos tais como associadas ou empreendimentos conjuntos
são contabilizados utilizando o método da equivalência patrimonial e das demonstrações
financeiras que incluem uma sucursal ou uma operação conjunta conforme definido na
IFRS 11 Acordos Conjuntos.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 894
▼M10
6 A IAS 21 e a IAS 39 exigem que quantias cumulativas reconhecidas
em outro rendimento integral, relacionadas tanto com as diferenças
cambiais decorrentes da transposição dos resultados e da posição
financeira da unidade operacional estrangeira como com o ganho ou
perda decorrente do instrumento de cobertura que seja determinado
como cobertura eficaz do investimento líquido, sejam reclassificadas
do capital próprio para os lucros ou prejuízos como ajustamento de
reclassificação quando a empresa-mãe alienar a unidade operacional
estrangeira. Esta Interpretação proporciona orientação sobre a forma
como uma entidade deve determinar as quantias a serem reclassifica
das do capital próprio para os lucros ou prejuízos tanto para o ins
trumento de cobertura como para o item coberto.
ÂMBITO
7 Esta Interpretação aplica-se a uma entidade que cubra o risco cambial
decorrente dos seus investimentos líquidos em unidades operacionais
estrangeiras e queira qualificar-se para contabilidade de cobertura em
conformidade com a IAS 39. Por conveniência, esta Interpretação
refere-se a este tipo de entidade como uma empresa-mãe e às demons
trações financeiras nas quais se incluem os activos líquidos de unida
des operacionais estrangeiras como demonstrações financeiras conso
lidadas. Todas as referências a uma empresa-mãe aplicam-se igual
mente a uma entidade que tenha um investimento líquido numa uni
dade operacional estrangeira que seja um empreendimento conjunto,
uma associada ou uma sucursal.
QUESTÕES
9 Os investimentos em unidades operacionais estrangeiras podem ser
detidos directamente por uma empresa-mãe ou indirectamente pela
sua subsidiária ou subsidiárias. As questões tratadas nesta Interpreta
ção são:
▼M10
b) em que parte de um grupo pode ser detido o instrumento de
cobertura:
CONSENSO
Natureza do risco coberto e quantia do item coberto relativamente
aos quais possa ser designado um relacionamento de cobertura
10 A contabilidade de cobertura só pode ser aplicada às diferenças cam
biais que surjam entre a moeda funcional da unidade operacional
estrangeira e a moeda funcional da empresa-mãe.
▼M10
13 Uma exposição ao risco cambial decorrente de um investimento lí
quido numa unidade operacional estrangeira pode qualificar-se para
contabilidade de cobertura apenas uma vez nas demonstrações finan
ceiras consolidadas. Por isso, se os mesmos activos líquidos de uma
unidade operacional estrangeira forem cobertos por mais de uma
empresa-mãe de um grupo (por exemplo, tanto por uma
empresa-mãe directa como por uma indirecta) para o mesmo risco,
apenas um relacionamento de cobertura se qualifica para contabilidade
de cobertura nas demonstrações financeiras consolidadas da
empresa-mãe final. Um relacionamento de cobertura designado por
uma empresa-mãe nas suas demonstrações financeiras consolidadas
não tem de ser mantido por outra empresa mãe de nível superior.
Contudo, se não for mantido pela empresa-mãe de nível superior, a
contabilidade de cobertura aplicada pela empresa-mãe de nível inferior
tem de ser revertida antes de a contabilidade de cobertura da
empresa-mãe de nível superior ser reconhecida.
▼M10
15 Para a finalidade de avaliar a eficácia, a alteração no valor do ins
trumento de cobertura relativamente ao risco cambial é calculada por
referência à moeda funcional da empresa-mãe em função da qual é
mensurado o risco coberto, em conformidade com a documentação da
contabilidade de cobertura. Dependendo de onde o instrumento de
cobertura seja detido, na ausência de contabilidade de cobertura, a
alteração total no valor pode ser reconhecida nos lucros ou prejuízos,
em outro rendimento integral ou em ambos. Porém, a avaliação da
eficácia não é afectada conforme a alteração no valor do instrumento
de cobertura seja reconhecida nos lucros ou prejuízos ou em outro
rendimento integral. Como parte da aplicação da contabilidade de
cobertura, a porção efectiva total da alteração é incluída em outro
rendimento integral. A avaliação da eficácia não é afectada conforme
o instrumento de cobertura seja um instrumento derivado ou não
derivado nem é afectada pelo método de consolidação.
▼M10
operacional estrangeira. Nas demonstrações financeiras consolidadas
da empresa-mãe final, a quantia líquida agregada reconhecida na re
serva de transposição de moeda estrangeira relativamente a todas as
unidades operacionais estrangeiras não é afectada pelo método de
consolidação. Porém, conforme a empresa-mãe final use o método
de consolidação directo ou o método de consolidação passo a pas
so (1), a quantia incluída na sua reserva de transposição de moeda
estrangeira relativamente a uma unidade operacional estrangeira indi
vidual pode ser afectada. O uso do método de consolidação passo a
passo pode resultar na reclassificação para os lucros ou prejuízos de
uma quantia diferente da usada para determinar a eficácia de cober
tura. Esta diferença pode ser eliminada determinando a quantia rela
cionada com essa unidade operacional estrangeira que teria resultado
se o método de consolidação directo tivesse sido usado. A IAS 21 não
exige este ajustamento. Contudo, é uma opção de política contabilís
tica que deve ser seguida consistentemente para todos os investimen
tos líquidos.
DATA DE EFICÁCIA
▼M22
18 Uma entidade deve aplicar esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Outubro de 2008. Uma entidade deve aplicar a
emenda no parágrafo 14 feita pelo documento Melhoramentos Intro
duzidos nas IFRS emitido em Abril de 2009 aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Julho de 2009. É permitida a aplicação mais
cedo de ambas. Se uma entidade aplicar esta Interpretação a um
período com início antes de 1 Outubro 2008, ou a emenda feita no
parágrafo 14 antes de 1 de Julho de 2009, deve divulgar esse facto.
▼M10
TRANSIÇÃO
19 A IAS 8 especifica como uma entidade aplica uma alteração na po
lítica contabilística resultante da aplicação inicial de uma Interpreta
ção. A uma entidade não é exigido que se conforme com esses re
quisitos quando aplicar a Interpretação pela primeira vez. Se uma
entidade tiver designado um instrumento de cobertura como uma
cobertura de um investimento líquido mas a cobertura não satisfizer
as condições da contabilidade de cobertura nesta Interpretação, a en
tidade deve aplicar a IAS 39 para descontinuar essa contabilidade de
cobertura prospectivamente.
Apêndice
Guia de aplicação
▼M10
do euro (EUR). Cada uma das subsidiárias é totalmente detida. O
investimento líquido de £500 milhões da Empresa-Mãe na Subsidiária
B [moeda funcional libra esterlina (GBP)] inclui o equivalente de
£159 milhões do investimento líquido de US$300 milhões da Subsi
diária B na Subsidiária C [moeda funcional dólares
norte-americanos (USD)]. Por outras palavras, os activos líquidos da
Subsidiária B que não sejam o seu investimento na Subsidiária C
equivalem a £341 milhões.
▼M10
AG4 O item coberto pode ser uma quantia de activos líquidos igual ou
inferior à quantia escriturada do investimento líquido da Empresa-Mãe
na Subsidiária C (US$300 milhões) nas suas demonstrações financei
ras consolidadas. Nas suas demonstrações financeiras consolidadas,
a Empresa-Mãe pode designar o empréstimo contraído no exterior
de US$300 milhões na Subsidiária A como uma cobertura do risco
cambial à vista EUR/USD associado ao seu investimento líquido nos
US$300 milhões de activos líquidos da Subsidiária C. Neste caso,
tanto a diferença cambial EUR/USD sobre o empréstimo contraído
no exterior de US$300 milhões na Subsidiária A como a
diferença cambial EUR/USD sobre o investimento líquido de US$300
milhões na Subsidiária C são incluídas na reserva de transposição de
moeda estrangeira nas demonstrações financeiras consolidadas da
Empresa-Mãe após a aplicação da contabilidade de cobertura.
▼M10
Em que parte de um grupo pode ser detido o instrumento de
cobertura (parágrafos 14 e 15)?
AG7 Conforme indicado no parágrafo AG5, a alteração total no valor re
lativamente ao risco cambial do empréstimo contraído no exterior de
US$300 milhões na Subsidiária A seria registada tanto nos lucros ou
prejuízos (risco à vista USD/JPY) como em outro rendimento integral
(risco à vista EUR/JPY) nas demonstrações financeiras consolidadas
da Empresa-Mãe na ausência de contabilidade de cobertura. Ambas as
quantias são incluídas para a finalidade de avaliar a eficácia da co
bertura designada no parágrafo AG4 porque a alteração no valor tanto
do instrumento de cobertura como do item coberto é calculada por
referência à moeda funcional do euro da Empresa-Mãe contra a
moeda funcional do dólar norte-americano da Subsidiária C, em con
formidade com a documentação de cobertura. O método de consoli
dação (i.e., o método directo ou o método passo a passo) não afecta a
avaliação da eficácia da cobertura.
▼M10
A Empresa-Mãe detém instrumentos de cobertura tanto em USD
como em GBP
AG10 A Empresa-Mãe pode querer dar cobertura ao risco cambial em relação
com os seus investimentos líquidos tanto na Subsidiária B como na
Subsidiária C. Vamos assumir que a Empresa-Mãe detém instrumentos
de cobertura adequados denominados em dólares norte-americanos e
libras esterlinas que poderia designar como coberturas dos seus inves
timentos líquidos na Subsidiária B e na Subsidiária C. As designações
que a Empresa-Mãe pode fazer nas suas demonstrações financeiras
consolidadas incluem, entre outras, as seguintes:
▼M10
A Subsidiária B detém o instrumento de cobertura em USD
AG13 Vamos assumir que a Subsidiária B detém US$300 milhões em dívida
externa, cujos proventos foram transferidos para a Empresa-Mãe atra
vés de um empréstimo interempresas denominado em libras esterlinas.
Dado que tanto os seus activos como passivos aumentaram £159
milhões, os activos líquidos da Subsidiária B permanecem inalterados.
A Subsidiária B poderia designar a dívida externa como cobertura do
risco GBP/USD do seu investimento líquido na Subsidiária C nas suas
demonstrações financeiras consolidadas. A Empresa-Mãe poderia
manter a designação da Subsidiária B desse instrumento de cobertura
como cobertura do seu investimento líquido de US$300 milhões na
Subsidiária C para o risco GBP/USD (ver parágrafo 13) e a Empresa-
-Mãe poderia designar o instrumento de cobertura em GBP que detém
como cobertura de todo o seu investimento líquido de £500 milhões
na Subsidiária B. A primeira cobertura, designada pela Subsidiária B,
seria avaliada por referência à moeda funcional da Subsidiária B
(libras esterlinas) e a segunda cobertura, designada pela
Empresa-Mãe, seria avaliada por referência à moeda funcional da
Empresa-Mãe (euros). Neste caso, apenas o risco GBP/USD decor
rente do investimento líquido da Empresa-Mãe na Subsidiária C foi
coberto nas demonstrações financeiras consolidadas da Empresa-Mãe
pelo instrumento de cobertura em USD e não a totalidade
do risco EUR/USD. Portanto, a totalidade do risco EUR/GBP decor
rente do investimento líquido de £500 milhões da Empresa-Mãe na
Subsidiária B pode ser coberto nas demonstrações financeiras conso
lidadas da Empresa-Mãe.
AG14 Todavia, a contabilização do empréstimo de £159 milhões da
Empresa-Mãe a pagar à Subsidiária B também tem de ser considerada.
Se o empréstimo a pagar da Empresa-Mãe não for considerado como
parte integrante do seu investimento líquido na Subsidiária B por não
satisfazer as condições estipuladas no parágrafo 15 da IAS 21, a
diferença cambial GBP/EUR decorrente da sua transposição seria in
cluída nos lucros ou prejuízos consolidados da Empresa-Mãe. Se o
empréstimo de £159 milhões a pagar à Subsidiária B for considerado
como parte integrante do investimento líquido da Empresa-Mãe, esse
investimento líquido seria apenas de £341 milhões e a quantia que
a Empresa-Mãe poderia designar como o item coberto para o risco
GBP/EUR seria reduzida de £500 milhões para £341 milhões, em
conformidade.
AG15 Se a Empresa-Mãe revertesse o relacionamento de cobertura desig
nado pela Subsidiária B, a Empresa-Mãe poderia designar o emprés
timo contraído no exterior de US$300 milhões detido pela Subsidiária
B como cobertura do seu investimento líquido de US$300 milhões na
Subsidiária C para o risco EUR/USD e designar o instrumento de
cobertura em GBP que ela própria detém como cobertura de apenas
um máximo de £341 milhões do investimento líquido na Subsidiária
B. Neste caso, a eficácia de ambas as coberturas seria calculada por
referência à moeda funcional da Empresa-Mãe (euro). Consequente
mente, tanto a alteração USD/GBP no valor do empréstimo contraído
no exterior detido pela Subsidiária B como a alteração GBP/EUR no
valor do empréstimo da Empresa-Mãe a pagar à Subsidiária B (equi
valente a USD/EUR no total) seriam incluídas na reserva de trans
posição de moeda estrangeira nas demonstrações financeiras consoli
dadas da Empresa-Mãe. Dado que a Empresa-Mãe já deu total cober
tura ao risco EUR/USD decorrente do seu investimento líquido na
Subsidiária C, ela só pode dar cobertura até ao máximo de £341
milhões para o risco EUR/GBP do seu investimento líquido na Sub
sidiária B.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 903
▼M17
INTERPRETAÇÃO IFRIC 17
▼M32
— IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas
▼M33
— IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
▼M17
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em
2007)
ANTECEDENTES
1 Por vezes, uma entidade distribui dividendos sob a forma de activos
que não são caixa aos seus proprietários (1) que agem nessa qualidade.
Nessas situações, uma entidade também pode dar aos seus proprietá
rios a opção de receberem ou activos que não são caixa ou uma
alternativa a caixa. O IFRIC recebeu pedidos de orientação sobre a
forma como uma entidade deve contabilizar estas distribuições.
ÂMBITO
3 Esta Interpretação aplica-se aos seguintes tipos de distribuições não
recíprocas de activos por parte de uma entidade aos seus proprietários
que agem nessa qualidade:
(a) distribuições de activos que não são caixa (por exemplo, itens do
activo fixo tangível, actividades empresariais tal como definidas
na IFRS 3, interesses de propriedade noutra entidade ou grupos
para alienação tal como definidos na IFRS 5); e
▼M17
5 Esta Interpretação não se aplica a uma distribuição de um activo que
não é caixa que, em última análise, é controlado pela mesma parte ou
partes antes e depois da distribuição. Esta exclusão aplica-se às de
monstrações financeiras separadas, individuais e consolidadas de uma
entidade que faça a distribuição.
▼M32
7 De acordo com o parágrafo 5, esta Interpretação não se aplica quando
uma entidade distribui alguns dos seus interesses de propriedade numa
subsidiária mas mantém o controlo da mesma. A entidade que efectua
uma distribuição da qual resulta o reconhecimento, pela sua parte, de
um interesse que não controla na sua subsidiária contabiliza a distri
buição de acordo com a IFRS 10.
▼M17
8 Esta Interpretação apenas trata da contabilização por parte de uma
entidade relativamente a uma distribuição de activos que não são
caixa, não tratando da contabilização realizada pelos accionistas que
recebem essa distribuição.
QUESTÕES
9 Quando uma entidade declara uma distribuição e tem uma obrigação
de distribuir os activos em causa aos seus proprietários, deve reco
nhecer um passivo pelo dividendo a pagar. Consequentemente, esta
Interpretação trata das seguintes questões:
CONSENSO
Quando deve ser reconhecido um dividendo a pagar
10 A responsabilidade de pagar um dividendo deve ser reconhecida
quando o dividendo estiver adequadamente autorizado e já não estiver
sujeito ao critério da entidade, o que corresponde à data em que:
▼M17
Mensuração de um dividendo a pagar
11 Uma entidade deve mensurar uma responsabilidade pela distribuição
de activos que não são caixa como dividendo aos seus proprietários
pelo justo valor dos activos a serem distribuídos.
Apresentação e divulgação
15 Uma entidade deve apresentar a diferença descrita no parágrafo 14
como uma linha separada nos lucros ou prejuízos.
▼M33
17 Se, após o fim de um período de relato mas antes de as demonstrações
financeiras serem autorizadas para emissão, uma entidade declarar
como dividendo para distribuir um activo que não é caixa, deve
divulgar:
▼M17
(a) a natureza do activo a ser distribuído;
▼M33
(c) o justo valor do activo a ser distribuído no final do período de
relato, se for diferente da sua quantia escriturada, bem como a
informação sobre o(s) método(s) usado(s) para mensurar esse
justo valor, conforme exigido pelos parágrafos 93(b), (d), (g) e
(i) e 99 da IFRS 13.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 906
▼M17
DATA DE EFICÁCIA
18 Uma entidade deve aplicar esta Interpretação prospectivamente aos
períodos anuais com início em ou após 1 de Julho de 2009. Não é
permitida a aplicação retrospectiva. É permitida a aplicação mais ce
do. Se uma entidade aplicar esta Interpretação a um período com
início antes de 1 de Julho de 2009, deve divulgar esse facto e também
aplicar a IFRS 3 (conforme revista em 2008), a IAS 27 (conforme
emendada em Maio de 2008) e a IFRS 5 (conforme emendada por
esta Interpretação).
▼M32
19 A IFRS 10, emitida em Maio de 2011, emendou o parágrafo 7. Uma
entidade deve aplicar esta emenda ao aplicar a IFRS 10.
▼M33
20 A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou o parágrafo 17. Uma
entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 907
▼M18
INTERPRETAÇÃO IFRIC 18
— IAS 18 Rédito
ANTECEDENTES
1 No sector dos serviços de utilidade pública, uma entidade pode rece
ber dos seus clientes itens do activo fixo tangível que tenham de ser
utilizados para ligar esses clientes a uma rede e lhes proporcionar
acesso contínuo ao fornecimento de bens, tais como electricidade,
gás ou água. Como alternativa, uma entidade pode receber dinheiro
dos clientes para a aquisição ou construção dos referidos itens do
activo fixo tangível. Tipicamente, os clientes têm de pagar quantias
adicionais pela compra de bens ou serviços em função do consumo.
ÂMBITO
4 Esta Interpretação aplica-se à contabilização de transferências de itens
do activo fixo tangível por parte de entidades que recebem essas
transferências dos seus clientes.
▼M18
7 Esta Interpretação não se aplica aos acordos em que o objecto da
transferência seja um subsídio governamental, tal como definido na
IAS 20, ou uma infra-estrutura utilizada num acordo de concessão de
serviços que esteja dentro do âmbito da IFRIC 12.
QUESTÕES
8 A presente Interpretação aborda as seguintes questões:
(c) Se o item do activo fixo tangível for mensurado pelo justo valor
no reconhecimento inicial, como é que o correspondente crédito
deve ser contabilizado?
CONSENSO
A definição de activo está satisfeita?
9 Quando uma entidade receber de um cliente uma transferência de um
item do activo fixo tangível, deve avaliar se o item transferido cor
responde à definição de activo estabelecida na Estrutura Conceptual.
O parágrafo 49(a) da Estrutura Conceptual dispõe que «um activo é
um recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimen
tos passados e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios
económicos futuros». Na maior parte das circunstâncias, a entidade
obtém o direito de propriedade do item do activo fixo tangível trans
ferido. Porém, ao determinar se um activo existe, o direito de pro
priedade não é essencial. Portanto, se o cliente continuar a controlar o
item transferido, a definição de activo não estará satisfeita, apesar da
transferência de propriedade.
▼M18
Como é que o crédito deve ser contabilizado?
12 A discussão que se segue parte do princípio de que a entidade que
recebe um item do activo fixo tangível concluiu que o item transferido
deve ser reconhecido e mensurado em conformidade com os parágra
fos 9–11.
Reconhecimento do rédito
18 Se apenas for identificado um serviço, a entidade deve reconhecer o
rédito quando o serviço for prestado, em conformidade com o pará
grafo 20 da IAS 18.
▼M18
Como é que a entidade deve contabilizar uma transferência de
dinheiro do seu cliente?
21 Quando uma entidade receber uma transferência de dinheiro prove
niente de um cliente, deve avaliar se o acordo está abrangida por esta
Interpretação em conformidade com o parágrafo 6. Se estiver, a enti
dade deve avaliar se o item do activo fixo tangível construído ou
adquirido corresponde à definição de activo em conformidade com
os parágrafos 9 e 10. Se a definição de activo estiver satisfeita, a
entidade deve reconhecer o item do activo fixo tangível pelo seu custo
em conformidade com a IAS 16 e deve reconhecer o rédito em
conformidade com os parágrafos 13–20 pela quantia de dinheiro re
cebida do cliente.
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
22 Uma entidade deve aplicar esta Interpretação prospectivamente a
transferências de activos provenientes de clientes recebidas em ou
após 1 de Julho de 2009. É permitida a aplicação mais cedo, desde
que as valorizações e outras informações necessárias para aplicar a
Interpretação a transferências passadas tenham sido obtidas no mo
mento da ocorrência dessas transferências. Uma entidade deve divul
gar a data a partir da qual a Interpretação foi aplicada.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 911
▼M28
INTERPRETAÇÃO IFRIC 19
▼M33
— IFRS 13 Mensuração pelo Justo Valor
▼M28
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras
ANTECEDENTES
1 Um devedor e um credor podem renegociar os termos de um passivo
financeiro de modo a que o devedor extinga o passivo total ou par
cialmente através da emissão de instrumentos de capital próprio em
favor do credor. Essas transacções são por vezes referidas como «debt
for equity swaps» (conversão da dívida em capital). A IFRIC recebeu
pedidos de orientação quanto à contabilização desse tipo de transac
ções.
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
2 A presente Interpretação trata o modo como uma entidade deve con
tabilizar as transacções em que os termos de um passivo financeiro
são renegociados e resultam numa emissão pela entidade de instru
mentos de capital próprio em favor de um seu credor com a resultante
extinção da totalidade ou de parte desse passivo financeiro. Não trata
a questão da contabilização pelo credor.
QUESTÕES
4 Esta interpretação examina as seguintes questões:
▼M28
(b) como deve uma entidade mensurar inicialmente os instrumentos
de capital próprio emitidos com vista à extinção desse passivo
financeiro?
CONSENSO
5 A emissão de instrumentos de capital próprio por uma entidade em
favor de um credor com vista à extinção total ou parcial de um
passivo financeiro é uma retribuição paga de acordo com o parágrafo
41 da IAS 39. Uma entidade deve eliminar um passivo financeiro (ou
parte de um passivo financeiro) das demonstrações da sua posição
financeira quando, e apenas quando, esse passivo tenha sido extinta
de acordo com o parágrafo 39 da IAS 39.
▼M33
7 Se o justo valor dos instrumentos de capital próprio emitidos não pode
ser mensurado de forma fiável, esses instrumentos devem ser mensu
rados de modo a reflectir o justo valor do passivo financeiro extinto.
Para a mensuração pelo justo valor de um passivo financeiro extinto
que inclua um elemento à ordem (por exemplo um depósito à ordem),
não é aplicável o parágrafo 47 da IFRS 13.
▼M28
8 Se apenas for extinta parte do passivo financeiro, a entidade deve
avaliar se alguma da retribuição paga está relacionada com uma mo
dificação dos termos do passivo que continua pendente. Se parte da
retribuição paga estiver relacionada com uma modificação dos termos
do passivo que continua pendente, a entidade deve discriminar que
parte dessa retribuição paga corresponde ao passivo que foi extinto e
que parte corresponde ao passivo que continua pendente. Na determi
nação dessa repartição, a entidade deve tomar em consideração todas
as circunstâncias e factos relevantes ligados à transacção.
▼M28
DATA DE EFICÁCIA E TRANSIÇÃO
12 As entidades aplicarão esta Interpretação aos períodos anuais com
início em ou após 1 de Julho de 2010. É permitida a aplicação
mais cedo. Se uma entidade aplicar esta Interpretação a um período
com início antes de 1 de Julho de 2010, deve divulgar esse facto.
13 As entidades aplicarão uma alteração da política contabilística de
acordo com a IAS 8 a partir do início do período comparativo mais
antigo apresentado.
▼M33
15 A IFRS 13, emitida em Maio de 2011, emendou o parágrafo 7. Uma
entidade deve aplicar esta emenda quando aplicar a IFRS 13.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 914
▼M33
INTERPRETAÇÃO IFRIC 20
REFERÊNCIAS
— Estrutura conceptual para o relato financeiro
— IAS 2 Inventários
ANTECEDENTES
1 Na mineração a céu aberto, as entidades podem necessitar de remover
formações de cobertura para ter acesso aos depósitos de minério. A
esta atividade de remoção de material estéril dá-se o nome de «des
cobertura» ou «descobrimento».
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
6 A presente Interpretação aplica-se aos custos da remoção de estéreis
que a mineração a céu aberto gera quando a mina se encontra na fase
de produção («custos de descobertura em produção»).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 915
▼M33
QUESTÕES
7 A presente Interpretação examina as seguintes questões:
CONSENSO
Reconhecimento dos custos de descobertura em produção como um ativo
8 Na medida em que o benefício da atividade de descobertura se con
cretize sob a forma de inventário produzido, a entidade contabiliza os
custos dessa atividade segundo os princípios da IAS 2 Inventários. Na
medida em que o benefício se traduza por um melhor acesso ao
minério, a entidade reconhece aqueles custos como ativo não-corrente,
desde que estejam preenchidos os critérios do parágrafo 9. A presente
Interpretação refere-se ao ativo não-corrente como «ativo da atividade
de descobertura».
▼M33
13 Se os custos do ativo da atividade de descobertura e do inventário
produzido não forem identificáveis separadamente, a entidade distribui
os custos de descobertura em produção entre o inventário produzido e
o ativo da atividade de descobertura, com base numa medida de
produção adequada. Essa medida de produção é calculada em relação
à componente identificada do minério e utilizada como padrão para
identificar em que medida se verificou a atividade adicional de criar
um benefício futuro. Exemplos de tais medidas:
(a) Custo do inventário produzido, em comparação com o custo pre
visto;
(b) Volume de estéreis extraído, em comparação com o volume pre
visto, para um dado volume de produção de minério;
(c) Teor em mineral do minério extraído, em comparação com o teor
que se previa extrair, para uma dada quantidade de minério pro
duzida.
Mensuração subsequente do ativo da atividade de descobertura
14 Após o reconhecimento inicial, o ativo da atividade de descobertura é
assumido segundo o seu custo ou o seu montante reavaliado, menos a
depreciação ou a amortização e menos as perdas por imparidade, do
mesmo modo que o ativo existente do qual faz parte.
15 O ativo da atividade de descobertura é depreciado ou amortizado de
forma sistemática, ao longo da vida útil prevista da componente iden
tificada do minério que se torna mais acessível em resultado da ati
vidade de descobertura. São aplicadas as unidades do método de
produção, a menos que outro método se revele mais adequado.
16 A vida útil prevista da componente identificada do minério, que se
utiliza para depreciar ou amortizar o ativo da atividade de descober
tura, é diferente da vida útil prevista que se utiliza para depreciar ou
amortizar a própria mina e os ativos da vida da mina correlatos. A
exceção a esta regra são aquelas circunstâncias limitadas em que a
atividade de descobertura melhora o acesso à totalidade do minério
restante, como pode acontecer, por exemplo, perto do final da vida
útil da mina, quando a componente identificada representa a parte
final do minério que pode ser extraído.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 917
▼M33
Apêndice A
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 7
Introdução do Euro
REFERÊNCIAS
▼M5
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em
2007)
▼B
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
▼M11
— IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas (tal como
emendada em 2008)
▼B
QUESTÃO
1. A partir de 1 de Janeiro de 1999, a data do início efectivo da União
Monetária e Económica (UME), o euro tornar-se-á uma moeda de seu
pleno direito e as taxas de conversão entre o euro e as moedas
nacionais participantes estarão irrevogavelmente fixadas, isto é, o risco
de diferenças de câmbio subsequentes relacionadas com essas moedas
fica eliminado a partir dessa data.
CONSENSO
3. Os requisitos da IAS 21 respeitantes à transposição de transacções e
de demonstrações financeiras em moeda estrangeira de unidades ope
racionais estrangeiras devem ser aplicados de forma estrita à mudança.
O mesmo raciocínio se aplica à fixação de taxas de câmbio quando
países aderirem à UME em fases posteriores.
▼M11
b) diferenças de câmbio acumuladas relacionadas com a transposição
de demonstrações financeiras de unidades operacionais estrangei
ras, reconhecidas em outro rendimento integral, devem ser acumu
ladas no capital próprio e devem ser reclassificadas do capital
próprio para lucros ou prejuízos apenas em caso de alienação ou
alienação parcial do investimento líquido na unidade operacional
estrangeira; e
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 919
▼B
c) as diferenças de câmbio resultantes da transposição de passivos
denominados em moedas participantes não devem ser incluídas
na quantia escriturada de activos relacionados.
DATA DO CONSENSO
Outubro de 1997
DATA DE EFICÁCIA
Esta Interpretação torna-se eficaz em 1 de Junho de 1998. As alterações nas
políticas contabilísticas devem ser contabilizadas de acordo com os requisitos da
IAS 8.
▼M5
A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS.
Além disso, emendou o parágrafo 4. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma
entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as emendas
deverão ser aplicadas a esse período anterior.
▼M11
A IAS 27 (tal como emendada pelo International Accounting Standards Board
em 2008) emendou o parágrafo 4(b). Uma entidade deve aplicar essa emenda aos
períodos anuais com início em ou após 1 de Julho de 2009. Se uma entidade
aplicar a IAS 27 (emendada em 2008) a um período anterior, a emenda deverá
ser aplicada a esse período anterior.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 920
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 10
REFERÊNCIAS
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
— IAS 20 Contabilização dos Subsídios Governamentais e Divulgação de
Apoios Governamentais
QUESTÃO
1. Nalguns países, o apoio governamental a entidades pode ter como fim
o encorajamento ou o apoio a longo prazo de actividades empresariais
quer em determinadas regiões quer em sectores industriais. As condi
ções para receber tal apoio podem não estar especificamente relacio
nadas com as actividades operacionais da entidade. São exemplos de
tal apoio as transferências de recursos por governos para entidades
que:
a) operem num determinado sector;
b) continuem a operar em sectores recentemente privatizados; ou
c) iniciem ou continuem a gerir os seus negócios em áreas subdesen
volvidas.
2. A questão é se tal apoio governamental é um «subsídio governamen
tal» no âmbito da IAS 20 e, portanto, deve ser contabilizado de
acordo com esta Norma.
CONSENSO
3. O apoio governamental a entidades satisfaz a definição de subsídios
governamentais da IAS 20, mesmo se não existirem condições espe
cificamente relacionadas com as actividades operacionais da entidade
que não seja o requisito de operar em determinadas regiões ou sec
tores industriais. Tais subsídios não devem portanto ser creditados
directamente nos ►M5 interesses dos accionistas ◄.
DATA DO CONSENSO
Janeiro de 1998
DATA DE EFICÁCIA
Esta Interpretação torna-se eficaz em 1 de Agosto de 1998. As alterações nas
políticas contabilísticas devem ser contabilizadas de acordo com a IAS 8.
▼M32
__________
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 921
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 15
REFERÊNCIAS
▼M5
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em
2007)
▼B
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
QUESTÃO
1. Ao negociar uma locação operacional nova ou renovada, o locador pode
proporcionar incentivos ao locatário para celebrar o acordo. São exemplos
de tais incentivos um pagamento em dinheiro inicial ao locatário ou o reem
bolso ou assunção pelo locador de custos do locatário (tais como custos de
relocalização, melhorias do objecto de locação e custos associados a um
compromisso de locação preexistente do locatário). Alternativamente, pode
ser acordado que períodos iniciais da locação sejam isentos de renda ou uma
renda reduzida.
CONSENSO
3. Todos os incentivos relativos ao acordo de uma locação operacional nova ou
renovada devem ser reconhecidos como uma parte integrante da retribuição
líquida acordada para o uso do activo locado, independentemente da natureza
ou forma do incentivo ou da tempestividade dos pagamentos.
4. O locador deve reconhecer o custo agregado dos incentivos como uma re
dução do rendimento das rendas durante o período do contrato, numa base de
linha recta salvo se outra base sistemática for representativa do quadro tem
poral durante o qual o benefício do activo locado é diminuído.
DATA DO CONSENSO
Junho de 1998
DATA DE EFICÁCIA
Esta Interpretação torna-se eficaz para prazos de locação com início em ou após
1 de Janeiro de 1999.
▼M33
__________
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 922
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 25
REFERÊNCIAS
▼M5
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em
2007)
▼B
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
QUESTÃO
1. Uma alteração na situação fiscal de uma entidade ou dos seus accio
nistas pode ter consequências para uma entidade por aumentar ou por
diminuir os seus activos e passivos fiscais. Isto pode, por exemplo,
ocorrer após a entrada na Bolsa dos instrumentos de capital próprio de
uma entidade ou após a reestruturação do capital próprio de uma
entidade. Pode também ocorrer após um movimento do controlo ac
cionista para um país estrangeiro. Como consequência de tal aconte
cimento, uma entidade pode ser taxada de forma diferente; pode por
exemplo ganhar ou perder incentivos fiscais ou ficar sujeita a uma
diferente taxa de imposto no futuro.
CONSENSO
▼M5
4. Uma alteração na situação fiscal de uma entidade ou dos seus accio
nistas não dá origem a aumentos ou diminuições em quantias reco
nhecidas fora dos lucros ou prejuízos. As consequências dos impostos
correntes e diferidos de uma alteração na situação fiscal devem ser
incluídas nos lucros ou prejuízos do período, a menos que essas
consequências se relacionem com transacções e acontecimentos que
resultem, no mesmo período ou noutro, num crédito ou débito directo
à quantia reconhecida de capital próprio ou em quantias reconhecidas
em outro rendimento integral. Essas consequências fiscais que se
relacionam com alterações na quantia reconhecida de capital próprio,
no mesmo período ou noutro (não incluídos nos lucros ou prejuízos),
devem ser debitadas ou creditadas no capital próprio. Essas conse
quências fiscais que se relacionam com quantias reconhecidas em
outro rendimento integral devem ser reconhecidas em outro rendi
mento integral.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 923
▼B
DATA DO CONSENSO
Agosto de 1999
DATA DE EFICÁCIA
Este consenso torna-se eficaz em 15 de Julho de 2000. As alterações nas políticas
contabilísticas devem ser contabilizadas de acordo com a IAS 8.
▼M5
A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS.
Além disso, emendou o parágrafo 4. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma
entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as emendas
deverão ser aplicadas a esse período anterior.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 924
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 27
REFERÊNCIAS
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
— IAS 18 Rédito
QUESTÃO
1. Uma Entidade pode celebrar uma transacção ou uma série de transac
ções estruturadas (um acordo) com uma parte ou partes não relacio
nadas (um Investidor) que envolva a forma legal de uma locação. Por
exemplo, uma Entidade pode locar activos a um Investidor e relocar o
mesmo activo, ou, alternativamente, vender legalmente activos e re
locar os mesmos activos. A forma de cada acordo e os seus termos e
condições podem variar significativamente. No exemplo de locação e
de relocação, pode ser que o acordo seja concebido para alcançar uma
vantagem fiscal para o Investidor que seja partilhada com a Entidade
na forma de uma remuneração, e não para transmitir o direito de usar
um activo.
CONSENSO
3. Uma série de transacções que envolvam a forma legal de uma locação
está ligada e deve ser contabilizada como uma única transacção
quando o efeito económico global não possa ser compreendido sem
referência à série de transacções como um todo. É este o caso, por
exemplo, quando as séries de transacções estão intimamente relacio
nadas, negociadas como uma transacção única, e realizam-se simulta
neamente ou numa sequência contínua. (O Apêndice A proporciona
ilustrações de aplicação desta Interpretação.)
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 925
▼B
4. A contabilização deve reflectir a substância do acordo. Todos os
aspectos e implicações de um acordo devem ser avaliados para deter
minar a sua substância, ponderando aqueles aspectos e implicações
que tenham um efeito económico.
▼B
8. Os critérios do parágrafo 20. da IAS 18 devem ser aplicados aos
factos e circunstâncias de cada acordo para determinar quando reco
nhecer como rendimento uma remuneração que uma Entidade possa
receber. Devem ser considerados factores tais como se existe, ou não,
um envolvimento continuado na forma de obrigações de desempenho
futuro significativo necessárias para obter a remuneração, se existem
ou não riscos retidos, os termos de quaisquer acordos de garantia, e o
risco de devolver a remuneração. Nos indicadores que individual
mente demonstrem que o reconhecimento de toda a remuneração
como rendimento quando recebida, se recebida no início do acordo,
é inapropriado incluir:
DIVULGAÇÃO
10. Todos os aspectos de um acordo que, na substância, não envolva uma
locação segundo a IAS 17 devem ser considerados na determinação
das divulgações apropriadas que sejam necessárias para compreender
o acordo e o tratamento contabilístico adoptado. Uma Entidade deve
divulgar o que se segue em cada período em que exista um acordo:
▼B
11. As divulgações exigidas de acordo com o parágrafo 10. desta Inter
pretação devem ser proporcionadas individualmente para cada acordo
ou em agregado para cada classe de acordo. Uma classe é um agru
pamento de acordos com activos subjacentes de uma natureza similar
(por exemplo, fábricas de energia).
DATA DO CONSENSO
Fevereiro de 2000
DATA DE EFICÁCIA
Esta Interpretação torna-se eficaz em 31 de Dezembro de 2001. As alterações nas
políticas contabilísticas devem ser contabilizadas de acordo com a IAS 8.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 928
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 29
▼M9
Acordos de Concessão de Serviços: Divulgações
▼B
REFERÊNCIAS
▼M5
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em
2007)
▼B
— IAS 16 Activos Fixos Tangíveis (tal como revista em 2003)
QUESTÃO
1. Uma entidade (o operador da concessão) pode celebrar um acordo
com uma outra entidade (►M9 a entidade concedente ◄) para pro
porcionar serviços que dêem ao público acesso às principais instala
ções económicas e sociais. ►M9 A entidade concedente ◄ pode ser
uma entidade do sector público ou privado, incluindo uma organiza
ção governamental. Os exemplos de acordos de concessão de serviços
envolvem instalações de tratamento e fornecimento de água,
auto-estradas, parques de estacionamento, túneis, pontes, aeroportos
e redes de telecomunicações. Os exemplos de acordos que não são
acordos de concessão de serviços incluem uma entidade procurando
fora o funcionamento dos seus serviços internos (por exemplo, a
cafetaria dos empregados, a manutenção dos edifícios, e as funções
de contabilidade ou de tecnologias de informação).
▼B
5. Determinados aspectos e divulgações relativos a alguns acordos de
concessão de serviços estão já tratados por Normas Internacionais de
Relato Financeiro existentes (por exemplo, a IAS 16 aplica-se a aqui
sições de itens de activos fixos tangíveis, a IAS 17 aplica-se a loca
ções de activos, e a IAS 38 aplica-se a aquisições de activos intan
gíveis). Porém, um acordo de concessão de serviços pode envolver
contratos executórios que não sejam tratados em Normas Internacio
nais de Relato Financeiro, salvo se os contratos forem onerosos, caso
em que a IAS 37 se aplica. Por conseguinte, esta Interpretação trata
divulgações adicionais de acordos de concessão de serviços.
CONSENSO
6. Todos os aspectos de um acordo de concessão de serviços devem ser
considerados na determinação das divulgações apropriadas nas notas.
Um ►M9 concessionário ◄ e ►M9 uma entidade concedente ◄
devem divulgar em cada período o seguinte:
▼M9
e) o modo como o acordo de prestação de serviços foi classificado.
▼B
7. As divulgações exigidas de acordo com o parágrafo 6. desta Inter
pretação devem ser proporcionadas individualmente para cada acordo
de concessão de serviços ou em agregado para cada classe de acordos
de concessão de serviços. Uma classe é um grupo de acordos de
concessão de serviços que envolvam serviços de uma natureza similar
(por exemplo, cobranças de portagens, telecomunicações e serviços de
tratamento de água).
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 930
▼B
DATA DO CONSENSO
Maio de 2001
DATA DE EFICÁCIA
Esta Interpretação torna-se eficaz em 31 de Dezembro de 2001.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 931
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 31
REFERÊNCIAS
— IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e
Erros
— IAS 18 Rédito
QUESTÃO
1. Uma entidade (Vendedor) pode celebrar uma transacção de troca di
recta para prestar serviços de publicidade em troca de receber serviços
de publicidade do seu cliente (Cliente). Os anúncios podem ser exi
bidos na Internet ou em locais de cartazes, emissão na televisão ou na
rádio, publicados em revistas ou jornais, ou apresentados num outro
meio.
2. Em alguns casos, não é trocado dinheiro ou outra retribuição entre as
entidades. Em alguns outros casos, quantias iguais ou aproximada
mente iguais de dinheiro ou outra retribuição são também trocadas.
3. Um Vendedor que proporcione serviços de publicidade no decurso
das suas actividades normais reconhece o rédito segundo a IAS 18
a partir de uma transacção de troca directa que envolva publicidade
quando, entre outros critérios, os serviços trocados forem disseme
lhantes (parágrafo 12. da IAS 18) e a quantia de rédito puder ser
mensurada fiavelmente (parágrafo 20.a) da IAS 18). Esta Interpretação
só se aplica a uma troca de serviços de publicidade dissemelhantes.
Uma troca de serviços de publicidade semelhantes não é uma tran
sacção que gere rédito segundo a IAS 18.
4. A questão é em que circunstâncias pode um Vendedor mensurar
fiavelmente o rédito pelo justo valor dos serviços recebidos ou pres
tados numa transacção de troca directa.
CONSENSO
5. O rédito de uma transacção de troca directa que envolva publicidade
não pode ser mensurado fiavelmente pelo justo valor dos serviços de
publicidade recebidos. Porém, um Vendedor pode fiavelmente men
surar rédito pelo justo valor dos serviços de publicidade que propor
ciona numa transacção de troca directa, por referência apenas a tran
sacções que não sejam de troca directa que:
a) envolvam publicidade similar à publicidade na transacção de troca
directa;
b) ocorram frequentemente;
c) representem um número predominante de transacções e quantias
quando comparado com todas as transacções que proporcionem
publicidade que seja similar à publicidade na transacção de troca
directa;
d) envolvam dinheiro e/ou uma outra forma de retribuição (por exem
plo, títulos negociáveis, activos não monetários, e outros serviços)
que tenha um justo valor fiavelmente mensurável; e
e) não envolvam a mesma contraparte da transacção de troca directa.
DATA DO CONSENSO
Maio de 2001
DATA DE EFICÁCIA
Esta Interpretação torna-se eficaz em 31 de Dezembro de 2001. As alterações nas
políticas contabilísticas devem ser contabilizadas de acordo com a IAS 8.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 932
▼B
INTERPRETAÇÃO SIC 32
REFERÊNCIAS
▼M5
— IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras (tal como revista em
2007)
▼B
— IAS 2 Inventários (tal como revista em 2003)
QUESTÃO
1. Uma entidade pode incorrer em dispêndios internos com o desenvol
vimento e o funcionamento do seu web site para acesso interno ou
externo. Um web site concebido para acesso externo pode ser utili
zado para vários efeitos, tais como para promover e publicitar os
produtos e serviços de uma entidade, proporcionar serviços electróni
cos e vender produtos e serviços. Um web site concebido para acesso
interno pode ser utilizado para armazenar políticas da empresa e dados
dos clientes, bem como para procurar informações relevantes.
▼B
b) o tratamento contabilístico apropriado a tais dispêndios.
CONSENSO
7. O web site de uma entidade que decorra da fase de desenvolvimento e
se destine ao acesso interno ou externo constitui um activo intangível
gerado internamente e sujeito aos requisitos da IAS 38.
▼B
b) a fase do Desenvolvimento de Aplicações e da Infra-estrutura, a
fase do Desenho Gráfico e a fase do Desenvolvimento de Conteú
dos, na medida em que o conteúdo seja desenvolvido para efeitos
que não seja a publicidade e a promoção dos produtos e serviços
de uma entidade, são semelhantes em natureza à fase de desenvol
vimento descrita nos parágrafos 57.-64. da IAS 38. O dispêndio
incorrido nestas fases deve ser incluído no custo de um web site
reconhecido como activo intangível, em conformidade com o pa
rágrafo 8. desta Interpretação, quando o dispêndio puder ser direc
tamente atribuído e for necessário para a criação, produção ou
preparação do web site para que este seja capaz de funcionar da
forma prevista pela gerência. Por exemplo, o dispêndio com a
aquisição ou a criação de conteúdos (que não publicitem e promo
vam os produtos e serviços de uma entidade) especificamente
destinados a um web site, ou o dispêndio incorrido para permitir
a utilização dos conteúdos (por exemplo, uma taxa para adquirir
uma licença de reprodução) no web site, deve ser incluído no custo
de desenvolvimento quando esta condição for satisfeita. Porém, em
conformidade com o parágrafo 71. da IAS 38, o dispêndio com um
item intangível que inicialmente tenha sido reconhecido como um
gasto em demonstrações financeiras anteriores não deve ser reco
nhecido como parte do custo de um activo intangível numa data
posterior (por exemplo, se os custos de um copyright estiverem
totalmente amortizados e o conteúdo for posteriormente disponibi
lizado num web site).
10. Um web site que seja reconhecido como activo intangível nos termos
do parágrafo 8. desta Interpretação deve ser mensurado após o reco
nhecimento inicial aplicando os requisitos estipulados nos parágrafos
72.-87. da IAS 38. A melhor estimativa da vida útil de um web site
deve ser curta.
DATA DO CONSENSO
Maio de 2001
DATA DE EFICÁCIA
Esta Interpretação torna-se eficaz em 25 de Março de 2002. Os efeitos de
adopção desta Interpretação devem ser contabilizados com base nos requisitos
de transição enunciados na versão da IAS 38 emitida em 1998. Por conseguinte,
quando um web site não cumpre os critérios de reconhecimento como activo
intangível, mas foi anteriormente reconhecido como activo, o item deve ser
desreconhecido à data de eficácia desta Interpretação. Quando um web site existe
e o dispêndio com o seu desenvolvimento cumpre os critérios de reconhecimento
como activo intangível, mas não estava previamente reconhecido como activo, o
activo intangível não deve ser reconhecido à data de eficácia desta Interpretação.
Quando um web site existe e o dispêndio com o seu desenvolvimento cumpre os
critérios de reconhecimento como activo intangível, mas foi anteriormente reco
nhecido como activo e inicialmente mensurado pelo seu custo, considera-se que a
quantia inicialmente reconhecida foi devidamente determinada.
2008R1126 — PT — 01.01.2014 — 012.001 — 935
▼M5
A IAS 1 (tal como revista em 2007) emendou a terminologia usada nas IFRS.
Além disso, emendou o parágrafo 5. Uma entidade deve aplicar estas emendas
aos períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2009. Se uma
entidade aplicar a IAS 1 (revista em 2007) a um período anterior, as emendas
deverão ser aplicadas a esse período anterior.