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RELACIONAMENTOS – MENSAGENS ACAMPA UPA SERRA DO

SALITRE – 06 E 07/09/21
“Gênesis 2.18a - “Não é bom que o homem esteja só...”
PERGUNTAS
 Por que precisamos de relacionamentos?
 Quais são os relacionamentos que temos no dia a dia? (família,
amigos, escola, trabalho, namoro, etc.)
 É correto dizer que não se gosta de pessoas?
 Uma pessoa consegue ficar muito tempo sem se relacionar seja
em família ou qualquer outro jeito?
Gênesis 1.27 – “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem
de Deus o criou; homem e mulher os criou.”.
Imago Dei – Deus é relacional e nós também o somos.
Fundamentalmente, a nossa necessidade de relacionamento está em
que, ao sermos a imagem e semelhança de Deus, levamos características
dele para nós. Assim como Ele se relaciona entre as pessoas da Trindade,
nós nos relacionamos com Ele e uns com os outros. Essa é a principal
razão e a raiz da realidade de relacionamentos.
 EXEMPLOS: Largados e Pelados (meu maior desafio aqui é ficar
sozinho comigo mesmo); Filme O náufrago (Bola Wilson);
DENTRO DESSA REALIDADE, PRECISAMOS DIZER QUE TEMOS
DOIS TIPOS DE RELACIONAMENTO:
1. VERTICAL:
“Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o
SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque
se voltarão para mim de todo o seu coração.” Jeremias 24.7

“Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus de todo o teu coração, de toda


a tua alma e de toda a tua força.”. Deuteronômio 6.4

“E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, a fim de que


esteja para sempre convosco, [...] Naquele dia, vós conhecereis
que, eu estou em meu Pai e vós, em mim, e eu, em vós.”. João
14.16,20

“Já não vos chamo de servo, porque o servo não sabe o que faz o
seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto
ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”. João 15.15

2. HORIZONTAL
Relacionamentos em família (Adão e Eva, Abraão e Sara, Jacó e
Raquel, Rute e Noemi, Jesus e João, Paulo e Silas, Paulo e
Barnabé, Paulo e Timóteo, Priscila e Áquila...)
Quando Deus cria o homem e a mulher no Jardim do Éden, emite um
conceito totalmente positivo sobre sua criação dizendo que tudo é MUITO
BOM. A única coisa negativa no ato da criação foi a solidão do homem.
Deus não nos criou para vivermos sozinhos, mas em relacionamentos,
com Ele, em família, no trabalho, na igreja, na escola e todas essas
coisas.
E desse modo precisamos entender que tudo é criado muito perfeito e
precisa ser desfrutado de maneira sadia e para a glória de Deus.
Dentro dos relacionamentos horizontais ou terrenos, num contexto de
UPA, vamos falar um pouco sobre AMIZADE. O que a Bíblia diz sobre
esse relacionamento tão precioso que é uma dádiva dada por Deus a nós.

A amizade, segundo o grande escritor, C. S. Lewis “brota do mero


companheirismo quando dois ou mais dos companheiros descobrem ter
em comum alguma perspectiva ou interesse, ou até gosto, que os outros
não compartilham e que, até o momento, cada um acreditava ser seu
próprio tesouro singular. A expressão típica do começo de amizade seria
algo como: O quê? Você também? Eu pensava que era o único! ”. Então
para começar é necessário dizermos que a amizade começa de
afinidades entre amigos. Isso não é panelinha.

A afinidade é uma coisa natural. Talvez você conviverá e muito bem com
inúmeros irmãos da UMP, da igreja, mas terá afinidade com apenas
alguns. Mas é importante lembrarmos que na amizade, diferente de um
amor entre cônjuges, sempre cabe mais um. Nunca pode e nem deve ser
um relacionamento fechado entre duas pessoas. O haver afinidade talvez
os aproxime para um filme específico, para um local de comida, exemplo:
talvez num grupo de 4 amigos, 2 apenas gostam de comida japonesa
então, os 4 não vao pra esse lugar. Mas não significa exclusão – afinidade
sem egoísmo, ciúme ou limites para não permitir entrar mais gente.

Mas o que a Bíblia diz a esse respeito? Vamos considerar algumas


verdades na e como devem ser aplicados em nossos dias?

Base da Amizade: “Em todo o tempo AMA o amigo...” (Pv 17.17) – AMOR
é muito interessante caso alguém tenha lido o livro os 4 amores de C.S.
LEWIS – ele não fala de tipos de sentimentos – mas de tipo de amores e
a amizade está como uma forma de amor entre pessoas. É tão
interessante que, diferentemente do amor entre um casal que se faz
necessário declarações e atitudes que evidenciem o amor; e que num
relacionamento conjugal isso deve ser frequentemente reforçado ou até
mesmo renovado dia a dia, a amizade é natural. Amigos nem sempre
dizem “eu te amo” ou quase nunca, mas o amor está ali nas conversas,
ideias e na saudade, quando estes residem longe.

Mas é importante ressaltarmos que, para nós, como cristãos, o amor não
é mero sentimento como para o mundo aí fora. Nossa sociedade vive de
relacionamentos e sentimentos líquidos. Nossa base de amor é sólida.
Nós conhecemos a Palavra e ela diz que “Deus é amor” (1 João 4.8),
portanto, a base de nossas amizades não é um amor qualquer é o próprio
Deus. O que Deus fez quando nos amou? AMOR É AQUILO QUE O
AMOR FAZ (O Monge e o Executivo). É aí que falaremos agora então de
ações que evidenciam uma verdadeira amizade, cuja base é o amor
encontrado no próprio Deus. Ou melhor as QUALIDADES DE UMA
VERDADEIRA AMIZADE

1. Lealdade:
a) “Em todo o tempo ama o amigo...” (Pv. 17.17)
b) “Onde fores, irei eu, onde quer que posares, posarei eu, teu
povo é meu povo, teu Deus é meu Deus. Onde quer que
morreres, morrerei eu e serei sepultada; faça-me o Senhor o
bem que lhe aprouver se outra coisa que não seja a morte
me separar de ti.” (Rute 1.16-17)
c) “Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse:
Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: eis aí tua mãe.
Dessa hora em diante o discípulo a tomou para casa.” (João
19.26-27)
d) Jônatas e Davi – “Jônatas e Davi fizeram aliança; porque
Jônatas o amava como à sua própria alma. Despojou-se
Jonatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a
armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto.” (1 Samuel 18.3-
4). Essa aliança significava que Jonatas estava honrando a
Davi e seu compromisso com ele seria tão sério e tão leal que
ao dar suas vestimentas de guerra, ele declarava que se fosse
necessário daria até mesmo seu direito ao trono. E bem
sabemos que isso aconteceu, não de forma voluntária, mas na
providencia de Deus para com Davi.

Muitas vezes encontraremos socorro em amigos chegados


mais que em familiares. É por isso que a amizade verdadeira,
cuja base é ao amor tem a lealdade como uma característica
muito necessária. Essa palavra nos nossos dias parece não ter
muito sentido, mas para o povo antigo tinha demais. Para
homens de guerra como Davi e Jonatas, para mulheres viúvas
e sem nenhum recurso que correriam riscos como Rute e
Noemi.
Mas há como sermos leais aos nossos amigos. Há como honrá-
los e cuidar deles nos dias de hoje. A lealdade está numa
oração, numa visita na hora da enfermidade, num abraço no
momento do luto. Poderíamos passar horas aqui mencionando
exemplos de pessoas que viviam rodeadas de gente na
bonança e que talvez por perder os bens ou a saúde perderam
os “companheiros”. A amizade verdadeira perdura apesar de
problemas, distancia, isolamento social.
A conversa de que “sou um péssimo amigo à distancia” e aí a
pessoa afasta, é ausência de lealdade. Uma amizade não
precisa muito contato, mas uma certeza de lealdade de modo
que, podem passar até meses, ano sem se falar que a
consideração e amor permanecem.

2. Honestidade (em amor):


a) “Leais são as feridas de quem ama, porém os beijos de quem
odeia são enganosos.” (Pv 27.6)
b) Amigos de Roboão foram bajuladores e levaram ele à ruína. (1
Rs 12.1-15)
c) “Como o ferro com o ferro se afia, assim o homem ao seu
amigo.” (Pv 27.17)
d) “Quando Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque
se tornara repreensível.” (Gl 2.11) – Paulo e Pedro

Certa feita Elizabeth Charles disse que a lisonja não é uma


forma de comunicação, mas de manipulação. O amigo
verdadeiro não manipula o outro, mas procura obedecer a
Palavra e dizer a verdade em amor. É sempre importante
sabermos diferenciar SINCERIDADE E FRANQUEZA EM
AMOR de OFENSA. A sinceridade e honestidade fazem
necessárias e essenciais, entretanto devemos tomar cuidado
para não ofendermos. E aqui existe uma linha tênue entre o
que diz e o que recebe e a forma como se recebe. Se de fato,
diante de Deus suas palavras foram em amor e o amigo não as
recebeu bem, diante do Senhor estás irrepreensível e é isso
que importa. Caso não haja um perdão, talvez da parte dele,
não era amizade, era conveniência. Ele queria um bajulador e
não um amigo.
A honestidade na verdade é uma característica essencial na
amizade e uma prova de amor, pois no caso de nós cristãos,
ela é uma forma de nos aproximarmos mais de Deus, de modo
que verdadeiros amigos, ao sinal de qualquer afastamento de
Deus por parte de um, devem honestamente e em amor tentar
trazê-lo de volta. Nossas amizades precisam glorificar a Deus e
a honestidade é necessária.

3. Fidelidade – o amigo sabe guardar segredos:


a) “Por isso, trate do caso pessoalmente com o seu próximo e não
revele o segredo a outra pessoa, caso contrário você corre o
risco de ser chamado de mentiroso e ficar marcado para o resta
da vida; você jamais perderá sua má reputação.” (Pv 25.9-10)
b) Davi e Jônatas – Jônatas fez aliança com Davi – não contou
onde este estava em uma ocasião que Saul procurou mata-lo e
o resultado dessa fidelidade foi que, até mesmo depois da
morte de Jônatas, Davi usou de bondade para com seu filho
Mefibosete. Amor, Lealdade, Honestidade, Fidelidade sempre
andaram juntas na amizade desses dois servos de Deus.

A nossa fidelidade horizontal geralmente reflete a fidelidade


vertical. Se eu vivo para com Deus uma vida de fidelidade, de
busca da verdade e procuro com Deus me tornar irrepreensível,
isso naturalmente acontece com meus amigos. Do contrário, a
fidelidade vai ser sempre utópica. Mesmo que tenhamos outros
amigos, afinal a amizade como diz C.S Lewis, é o menos
egoísta dos amores, eu serei fiel com esse e aquele e isso não
implica em levar segredos de um para com o outro. Ou até
mesmo de servir a um e ao outro também.

4. Empatia – sentir a dor do outro:


a) Rute e Noemi
b) Davi e Jônatas
c) Jesus com Marta e Maria – “Jesus chorou” João 11.35
d) Amigos de Jó – “Ouvindo os três amigos de Jó todo este mal
que lhe sobreviera, chegaram cada um do seu lugar [...] e
combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo. [...]
ergueram a voz e choraram; e cada um rasgando o seu manto,
lançava pó ao ar sobre a cabeça. Sentaram-se com ele na terra,
sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois
viam que a dor era muito grande.” (Jó 2.11-13)

Nesse mundo de egoísmo, onde as pessoas afirmam: “a


principal pessoa da minha vida sou eu.”, precisamos de viver a
empatia. Embora as propagandas da TV, os vídeos e tudo mais
querem ensinar, principalmente nesse tempo de pandemia a
termos empatia, nossa sociedade, por causa da corrupção do
pecado sempre foi e será egoísta. Mas nós não podemos nos
render a essas verdades. Precisamos tirar tempo para saber
como andam nossos amigos.
Já parou para pensar quantos jovens devem estar com crises
de ansiedade, com milhares de transtornos, gerados pela
pandemia e suas consequências? Talvez a perda de um
emprego, talvez o atraso da formatura, talvez o atraso da tão
sonhada cerimonia de casamento... a verdade é que tem gente
sofrendo à nossa volta e como bons amigos precisamos sofrer
junto e sermos empáticos com suas dores.
Não podemos buscar nossos próprios interesses. Devemos nos
compadecer e ir de encontro às necessidades do outro.

5. A amizade precisa glorificar a Deus


a) “Porque dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. A
ele pois a glória, eternamente. Amém.” (Romanos 11.36)
b) “...fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10.31)

É muito importante pensarmos que talvez, você vai encontrar


essas qualidades em amigos que não são cristãos. Isso porque
o ser humano como já falei é a imagem de Deus e ímpio ou não
ele tem reflexos e atributos de Deus em sua vida. Claro que no
ímpio isso é bem distante, mas tem.
Mas o que como jovens cristãos precisamos ponderar acima de
tudo, embora eu tenha citado por ultimo isso, é que não importa
se seu amigo é leal, honesto, fiel e empático, até mesmo mais
que outros cristãos, essa amizade precisa glorificar a Deus.
Nada na nossa vida tem um fim em si mesmo, e nunca vai ser
assim. Então mesmo que aos meus olhos, a amizade traga
benefícios para mim, como pessoa, se não me aproxima de
Deus, se não me ajuda a glorificar a Deus, preciso sair fora.
Como assim?
Jesus disse ao Pai que não nos tirasse do mundo, mas que nos
livrasse do mal. Ele também disse que não somos do mundo. E
isso é muito sério e precisa ser considerado por nós. Se eu
convivo com pessoas cujo caráter tem mais me influenciado do
que sido influenciado por minhas convicções, eu preciso sair
fora. Universidade, trabalho, futebol, são locais em que teremos
pessoas que encontraremos afinidade, e todas as outras
características mas algo vai me levar pra longe de Deus então,
a qualquer sinal de alerta de uma influencia negativa, é melhor
me afastar. Seja amigo ajudando, auxiliando no que precisa
mas não de intimidade, muita convivência porque o que não
glorifica a Deus é de certa forma um pecado.

Preciso buscar amigos que me aproximam de Deus. E isso até


mesmo na igreja. Talvez vamos conviver com pessoas ímpias
dentro da igreja e se me afasta de Deus, preciso sair fora. Claro,
converse, use a honestidade em amor, tente aproximar essa
pessoa de Cristo, leva-la a Cristo primeiro, mas quando se vê
que tudo o que foi dito não adiantou, você precisa entender que
sua vida com Deus e que ser amigo de Deus é mais importante
que qualquer coisa. Ele é o primeiro da nossa vida e uma vez
que eu o entristeço com qualquer relacionamento, preciso pular
do barco e deixar ir embora.

CONCLUSÃO: Diante de talvez tanta coisa que até mesmo nos confronta
e talvez nesse momento pensando nessas características, você se veja
muito longe de ser um bom amigo, ou de ter um bom e verdadeiro amigo,
não poderia deixar de falar dEle.

CRISTO – cada uma dessas qualidades nós encontramos nEle. Ele é o


amigo Leal porque diz que Jamais nos deixará, nunca nos abandonará
(Hb 13.5); Ele é Honesto - Disse a Pedro quando Pedro foi bajulador
dizendo que não deixaria Jesus morrer, que daria sua vida por Ele e então
ouviu: Hoje mesmo me negará 3 vezes e depois foi até Pedro e ali no mar
onde um dia o chamou confrontou a Pedro sobre o seu amor por Ele e fez
ele entender até mesmo que agora sim, ele daria sua vida por Ele. Ele é
Fiel – primeiro porque não pode negar-se a si mesmo e depois porque
tudo o que Ele prometeu ele cumprirá e porque mesmo conhecendo o pior
de nós, caminha conosco até nos fazer um dia iguais a Ele.
E Ele é o amigo mais empático – Ele levou sobre si nossas dores,
pecados e enfermidades – Ele veio até a nossa miséria, chorou conosco,
morreu a nossa morte e ressuscitou para nos dar vida – Cristo é o Modelo
para que sejamos bons amigos e ele é o MELHOR de modo que se
perdermos todos, ainda assim teremos a Ele.

John Piper certa vez disse que Cristo precisa ser o pulsar das nossas
amizades. Ele é o ideal de uma amizade verdadeira e que glorifica a Deus.

Deus escolheu esse dia para estarmos aqui falando de amizade, escolheu
aquele dia para que você se mudasse para Uberlândia, ou para Rio
Paranaíba, para estar naquela igreja, para orar com aquela pessoa numa
programação – Deus direciona tudo para vivermos as mais belas
experiências de amizade e vivenciar nelas uma intimidade e lealdade
ímpar – sempre apontando tudo isso para o anseio e o desejo de nos
relacionarmos com o nosso Criador.

RELACIONAMENTOS MANCHADOS PELO PECADO


Falamos ontem que tudo o que Deus criou foi muito perfeito e podemos
relacionar de forma sadia com muitas coisas. Mas é necessário dizer que
algo deu errado e prejudicou esses relacionamentos. O que foi?
PECADO: o pecado manchou todos os nossos relacionamentos.
 Deus e nós – Gn 3.23 (Deus expulsou o homem do jardim) – Isaías
59.2 (Nossos pecados causam separação entre nós e nosso Deus)
 Nós e nosso próximo – Gn 3.12 (Adão culpa Eva); Gn 4.8 (primeiro
homicídio);
Por causa do pecado, compreendemos que há hoje uma barreira que hoje nos
impede de relacionarmos com Deus da forma que devemos e assim também
com o nosso próximo.
O pecado faz com que nos sintamos distantes de Deus e até mesmo indiferentes
muitas vezes quanto à necessidade de andar com Ele assim como nos faz
indiferentes ou até mesmo com dificuldades de relacionarmos com o nosso
próximo porque ambos os relacionamentos são carregados de sacrifício e
abnegação, algo que vai diretamente contra o nosso ego e nosso orgulho.
É por isso que muita gente prefere se isolar de relacionamentos interpessoais ao
vivo para viver uma vida dúbia nas redes sociais. Muita gente não abre a boca
em uma rodinha, trabalho, escola, mas vive fazendo vídeos e sendo alguém que
pessoalmente não é nas redes sociais. Assim como dizem não desejar ir à igreja,
pois lá está cheio de pessoas orgulhosas que não querem proximidade.
A verdade é que o pecado desde o Éden nos faz olhar para nós mesmos muito
mais que para Deus e nosso próximo, deturpando assim a lógica preciosa dos
relacionamentos.
Paull Tripp no seu livro Relacionamentos, uma confusão que vale a pena, no
capítulo que trata da importância dos relacionamentos diz que “nós nos
contentaríamos com uma diminuição das tensões em ossos relacionamentos,
mas Deus quer nos levar aos nossos limites para que possamos reconhecer a
nossa necessidade de um relacionamento com ele e com os outros.” Segundo o
autor: “Cada sofrimento que experimentamos em um relacionamento, tem o
propósito de nos lembrar da nossa lnecessidade dele. E cada alegria que
vivenciamos tem o proósito de servir como metáfora para aquilo que podemos
encontrar apenas nele.”. (p.16)
A explicação aqui é que, o pecado sim, manchou os nossos relacionamentos e
que a estratégia não é evita-los mas, aprender com eles. Nossos
relacionamentos na verdade precisam ser vividos como Deus assim ordenou.
 Amo o Senhor acima de todas as coisas
 Amo o próximo como a mim mesmo.
Pergunta: como geralmente as pessoas fazem?
 Amam a si mesmas sobre todas as coisas (conselho da sociedade pós
moderna)
 Amo o próximo
 Amo a Deus ou sigo uma religião
Ou talvez
 Amo o próximo demasiadamente
 Amo a Deus
 Amo a mim mesmo
Qual o problema nisso?
IDOLATRIA
 Se Deus não for o primeiro eu sirvo ou a mim mesmo ou ao meu
próximo
C.S LEWIS diz o seguinte: “Quando eu aprender a amar a Deus mais do que
meus entes queridos, eu amarei meus entes queridos mais do que os amo agora.
Mas se eu aprender a amar meus entes queridos em detrimento de Deus ou em
vez dele, me aproximarei do ponto em que não terei amor nenhum pelos meus
entes queridos. Quando colocamos o mais importante em primeiro lugar, aquilo
que vem em segundo não é reprimido, mas aumentado.”.
Na lógica da idolatria nos relacionamentos podemos trazer alguns exemplos
práticos para apontar atitudes idólatras:
 EGOCENTRISMO: amar a si sobre todas as coisas. Geralmente a
pessoa egocêntrica é egoísta, orgulhosa, prepotente e dedica
consciente ou inconsciente sua vida a satisfazer a si mesma.
a) “Meu corpo minhas regras”
b) “Meus desejos comandam minha vida, faço o que eu quero e
quando quero não importa o que digam”
Pessoas assim pensam que amar o próximo como a si mesmo é fazer
pelo próximo apenas aquilo que dá vontade e na verdade suas
necessidades estão acima do outro.
O que a Bíblia tem a esse respeito:
“tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo...” Filipenses
5-8
Outro problema na idolatria dos relacionamentos está em
 AMAR O PRÓXIMO MAIS QUE A DEUS
Deus sempre deixou claro que Ele é o primeiro de nossas vidas. Por
vezes, para provar a fé de seus servos ele fez isso. Abraão desejava
muito um filho e Deus fez o que? Pediu Isaque como sacrifício para
provar a fé de Abraão e seu amor por Deus.
Deus permitiu que José fosse vendido por seus irmãos, para que
aprendêssemos com aquela lição que até mesmo nossa família deve
ser secundária em nossa veneração, e atenção, pois Ele é o primeiro.
Jesus disse aos seus discípulos que quem colocasse a mão no arado
não poderia olhar para trás e ensinou que devemos até mesmo deixar
pai e mãe para segui-Lo.

Por isso que muitos casais de namorados vivem relacionamentos


tóxicos, carregados de ciúmes e manipulações, pois o namorado ou a
namorada se tornaram ídolos;

Por isso que muitos tem deixado de servir a Deus em santidade, pois
servem o seu corpo mais do que outra coisa. Se envolvem na
pornografia, na promiscuidade, na sensualidade, na fornicação, se
esquecendo que Deus pede acima de tudo a adoração a Ele.

Por isso que muitos adolescentes em nome de amizade tem feito


coisas que desagradam a Deus para serem aprovados por seus
amigos, envolvendo-se com drogas, vícios, álcool, ficando como quem
não conhece a Deus, para serem aceitos em grupinhos.
Perceba como isso é importante?
Os relacionamentos são uma dádiva de Deus. Mas é necessário entendermos a
dinâmica correta para nos relacionarmos de forma sadia e perfeita na presença
de Deus. A dádiva da amizade, a dádiva de um namorado, a dádiva da família
só são experimentados de forma correta, quando nosso amor a Deus sobressai
tudo isso.
Deus nos abençoe. Amém.

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