SÉRIE A MESA

Iniciamos hoje a nossa nova série de Páscoa chamada: A MESA. Pois

acreditamos que há sempre um lugar na mesa para você.

Mesa é um lugar de conexão, partilha, afeto, demonstração de interesse no

outro. Quando convidamos alguém para sentar à mesa conosco, para um café, um
almoço, um jantar, ou seja, lá qual for a refeição a ser oferecida, nós demonstramos
que valorizamos aquela pessoa com esse convite. É como se disséssemos a ela que,
de fato, aquele tempo é importante, sua presença tem valor, pois colocar a mesa para
alguém é um ato de serviço, amor, generosidade.

E, o mais lindo disso tudo é que Jesus tem um lugar em sua mesa para nós.
Ele nos convida para sentarmos à mesa com Ele, estarmos em sua presença e
desfrutarmos dela. Durante essa série vamos compartilhar sobre algumas pessoas
que sentaram a mesa com Jesus e o impacto causado na vida dessas pessoas.

ESTUDO 1 – UM LUGAR A MESA

“Aconteceu que, enquanto Jesus estava reclinado à mesa, na casa de Levi, muitos
publicanos e pecadores comiam com ele e os seus discípulos, pois havia muitos que
o seguiam. Quando os mestres da lei, que eram fariseus, o viram comendo com
pecadores e publicanos, perguntaram aos discípulos de Jesus: - Por que ele come
com publicanos e pecadores? Ouvindo isso, Jesus lhes disse: - Não são os que têm
saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos,
mas pecadores”. Marcos 2:15-17 NVI

Há um lugar na mesa para todos! Muitas vezes, por conta da nossa condição
(falhas, pecados e passado) não nos achamos dignos e merecedores de sentar à
mesa com Jesus. Isso não deixa de ser uma verdade. Não éramos dignos e nem
merecedores de um lugar a mesa com Jesus, mas Ele mesmo, por meio da Sua graça
nos fez dignos e merecedores, garantindo um lugar à mesa para todos nós.
 1. HÁ UM LUGAR NA MESA PARA VOCÊ

Quando questionado pelos fariseus sobre porque Ele estava sentado à mesa,
bebendo e comendo, com pessoas tão sujas e pecadoras, o próprio Jesus diz o
motivo: “Ouvindo isso, Jesus lhes disse: ― Não são os que têm saúde que precisam
de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Marcos
2:17 NVI).

Trazendo para o contexto dessa mensagem, Jesus estava dizendo aos fariseus
que Ele havia vindo exatamente para assegurar a todos os pecadores que há um lugar
disponível a mesa com Ele. Na mesa, Jesus tem um banquete preparado para o
pecador em que é oferecido o perdão dos pecados, a reconciliação com Deus e um
relacionamento de filho com o Pai, um novo nascimento e a vida eterna.

A Bíblia deixa muito claro que na mesa de Jesus, segundo o próprio texto
haviam grupos diferentes de pessoas e isso nos mostra o quanto nós mesmos e,
talvez, pessoas que não consideramos ser dignas tem um lugar na mesa de Jesus. O
nosso papel jamais é impedi-las de sentar ou mesmo retirá-las, mas, fazermos de tudo
para que nós sentemos e permaneçamos e também as demais pessoas.

Há um lugar na mesa para o pecador que há em nós. Há um lugar na mesa

para o fariseu religioso que há em nós. Há um lugar na mesa para todo aquele que se
tornou um crítico e questionador dos outros, como se fosse um “porteiro” da entrada
da mesa de Jesus.

Seja você um religioso ou alguém que reconhece o quão pecador você é, a boa
notícia é que há um lugar na mesa para todos nós. O que precisamos é reconhecer
em nosso coração que estar na mesa com Jesus não se trata apenas de uma opção,
na verdade é uma necessidade que há em nós.

2. QUEM ESTÁ NA SUA MESA?

“Quando, porém, der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos e os

cegos. Bem-aventurado será você, porque estes não têm como retribuir. A sua
recompensa virá na ressurreição dos justos”. Lucas 14:13-14

Em um mundo de relações baseadas em trocas de interesse, que tem como

axioma “você é a média das cinco pessoas que mais convive” podemos aceitar esse
desafio de construir mesas em que somos os doadores generosos, com uma
generosidade desinteressada, sem esperar nada em troca? Nos comprometer em
incluir em nossa mesa não aqueles que nos servem e sim aqueles que necessitam de
nosso servir é contra cultural.

As Escrituras nos incentivam ao cuidado com o necessitado em diversos textos

(lembrando que não estamos apenas conceituando necessitado como aquele que
carece de recurso material):

“Quem despreza o próximo comete pecado, mas bem-aventurado é quem trata com
bondade todos os necessitados!” Provérbios 14:21
“Quem dá aos pobres não viverá em necessidade, mas quem esconde seus olhos dos
que precisam de ajuda sofrerá muitas maldições”. Provérbios 28:27

“Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na
ressurreição dos justos”. Lucas 14:14

A recompensa de quem serve o necessitado vem diretamente de Deus. A lei

do Reino é a seguinte: quem dá para obter um prêmio, não receberá nada; mas se
der sem pensar nisso, seu prêmio é seguro.

Há quem sirva e ajude o necessitado por obrigação, outros o fazem para

barganhar com Deus, outros para terem um senso de dever religioso cumprido e há
ainda quem o faça como forma de terapia pessoal, uma maneira de sentir-se melhor
e mais piedoso.

No entanto sabemos que estamos na mesa de Jesus quando doamos, damos

e servimos porque não conseguimos evitar, por que estamos tomados pelo amor de
Jesus, por que somos impelidos a fazer pelo outro o que ele fez por nós.

“Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como
também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma
agradável a Deus.” Efésios 5:1-2

O fato é que só vive na graça com Deus quem vive a graça com o próximo! A
forma como lidamos com o próximo é reveladora. Um dia fomos incluídos na mesa de
Jesus e hoje somos chamados a incluir outros na nossa mesa também e estender ao
outro o que recebemos do Senhor.

PARA DISCUSSÃO
 Compartilhe como foi para você se olhar através da graça de Jesus e poder
sentar a mesa com ele.
 Compartilhe com o grupo o porquê não devemos julgar as pessoas que estão
a mesa com Jesus, mas ter um olhar de graça e misericórdia sobre elas.
 Compartilhe se ainda existe algum desafio que você enfrenta que te impede de
sentar a mesa com Jesus.
 Compartilhe de que forma você pode proporcionar com que outras pessoas
sentem a mesa com Jesus.
 ESTUDO 2 – A MENSAGEM DA CRUZ

“Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que
estamos sendo salvos, é o poder de Deus”. 1 Coríntios 1:18

A cruz era um objeto de execução e tortura, o império romano crucificou muita

gente dessa forma e para os Judeus era um símbolo de maldição. Paulo escrevendo
aos Gálatas ele diz: “maldito aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 13:3), a
Cruz por si mesmo não significava nada belo e positivo, a cruz em si mesmo não tem
nada de especial, nem mesmo a cruz usada pelo próprio Senhor Jesus.

Então é muito importante entender que o poder não está na cruz, mas está na
obra realizada nela por Jesus, é a mensagem da Cruz que é o poder de Deus. O que
Jesus fez na Cruz é algo extraordinário, mas essa verdade só vai produzir impacto na
vida de alguém que entende a mensagem que ela carrega, que consegue
compreender e produzir fé no seu íntimo para que então essa mensagem faça a
diferença.

“Dois outros homens, ambos criminosos, também foram levados com ele, para serem
executados. Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os
criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda. Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes,
pois não sabem o que estão fazendo". Então eles dividiram as roupas dele, tirando
sortes. O povo ficou observando, e as autoridades o ridicularizavam. "Salvou os
outros", diziam; "salve-se a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Escolhido". Os
soldados, aproximando-se, também zombavam dele. Oferecendo-lhe vinagre, diziam:
"Se você é o rei dos judeus, salve-se a si mesmo". Havia uma inscrição acima dele,
que dizia: ESTE É O REI DOS JUDEUS. Um dos criminosos que ali estavam
dependurados lançava lhe insultos: "Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a
nós!” Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: "Você não teme a Deus, nem
estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça, porque
estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu
nenhum mal". Então ele disse: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu
Reino". Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso".
Já era quase meio-dia, e trevas cobriram toda a terra até às três horas da tarde; o sol
deixara de brilhar. E o véu do santuário rasgou-se ao meio. Jesus bradou em alta voz:
"Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito isso, expirou”. Lucas 23:33-
46
 Na passagem acima podemos ver Jesus sendo crucificado no meio de dois
ladrões. Isso é um retrato do que iria acontecer na história da humanidade. Do lado
direito tem um que embora tenha vivido a vida toda transgredindo a lei ao ouvir Jesus
se arrepende e clama por misericórdia e é salvo, do lado esquerdo tem outro que
vivendo também a margem da lei mesmo vendo Jesus se mantém incrédulo e rebelde.

Um é salvo e o outro condenado. Neste estudo iremos olhar para essa

passagem e aprender sobre as TRÊS CRUZES DO CALVÁRIO.

1. A CRUZ DO CENTRO – a cruz da salvação!

Aqueles dois ladrões são um símbolo da própria humanidade quando a Bíblia

diz que todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus (Romanos 3:23), nos
ensina que nenhum de nós é potencialmente melhor do que aqueles que foram
crucificados do lado direito e do lado esquerdo de Cristo.

Todos pecaram, todos são injustos, todos merecem a condenação, todos estão
debaixo da condenação de seus próprios pecados, mas Jesus está na cruz do centro
porque ele é quem julga entre os que são salvos e os que se perdem.

Jesus não tinha nenhum pecado, mas ele está na cruz do centro porque ele
assumiu o nosso pecado, porque Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós e
ele se fez pecado e maldição por nós, foi moído naquela cruz como uma entrega de
amor.

Jesus Cristo hoje como naquele dia é a nossa única esperança de sermos
perdoado e salvos. Nós não podemos nos salvar, nem pelas nossas obras, nem pela
nossa religiosidade e nem pelos nossos atributos morais. Por isso precisamos olhar
para Jesus, foi ele que levou na cruz os nossos pecados e se nos arrependermos e
nele crermos teremos a vida eterna.

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de
Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2:8,9

2. A CRUZ DA ESQUERDA – a cruz da rejeição!

“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele dizendo não és tu o Cristo
salva ti mesmo e a nós também”. Lucas 23:39

Este ladrão da esquerda estava perto de Jesus, mas ele perdeu sua última
oportunidade, ele ouviu e viu Jesus e não obstante o rejeitou. Preste bem atenção
esse ladrão da esquerda estava orando e chorando, mas estava perdido porque não
abria o seu coração, ele se dirija a Jesus nesses termos: “não é tu o Cristo salva ti
mesmo e nós também”.

Quantas pessoas reconhecem que cristo é real, que até endereçam seus
pedidos a ele, mas estão perdidas, pois querem na verdade ser salvas do seu próprio
jeito e da sua própria maneira. O que o ladrão da esquerda está pedindo é uma
salvação pelas obras, pelos méritos, humanista é a salvação que não passa pelo
calvário, que não passa pela cruz, que não passa pelo sangue do cordeiro e pela
graça de Deus.

No entanto por este caminho não há salvação. Enquanto nos apegarmos a nós
mesmos não receberemos a salvação, pois não é ter nascido em um lar cristão, está
frequentando a igreja há muitos anos, ter boas ações que nos garantem a salvação.
Mas é nos render de forma total e integral, abrindo o nosso coração para mensagem
da Cruz que seremos salvos.

3. A CRUZ DO LADO DIREITO – a cruz do arrependimento e aceitação

A diferença deste homem é que ele ouviu, viu e creu em Jesus. E isso gerou nele
a seguintes atitudes:

 Ele temeu a Deus

“Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: "Você não teme a Deus, nem estando
sob a mesma sentença?”. Lucas 23:40

Não há salvação sem temor a Deus, por isso é necessário reconhecermos os

quanto pecadores e necessitados somos da presença de Deus e olhar para graça e
misericórdia que ele nos oferece com gratidão e privilégio.

 Ele reconheceu o seu erro

“Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos
atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal”. Lucas 23:41

Esse homem foi salvo porque ele reconheceu que estava ali porque ele violou
a lei e que ele de fato era pecador. Estava recebendo a morte como punição merecida
de seus pecados se fossemos condenado pelos nossos pecados Deus não estava
sendo injusto porque o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23).

 Ele reconhece a inocência de Jesus

“Mas este homem não cometeu nenhum mal”. Lucas 23:41-b

Ele viu que Jesus não fez mal nenhum e não estava ali naquela cruz por causa
dos seus próprios pecados, ele estava lá porque estava assumindo o nosso lugar.

 Reconheceu que salvação é só por meio de Jesus

“Então ele disse: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”. Lucas
23:42

Ele reconhece que só Jesus pode salva-lo e liberta-lo de uma condenação

eterna. Ele não está pedindo para não morrer naquela cruz, pois sabe que vai morrer,
pois já está crucificado. Ele está pedindo algo que transcende essa vida e o percurso
do berço à sepultura, pedindo para Jesus se lembrar dele no Reino Eterno, ele está
pedindo salvação para sua vida.
PARA DISCUSSÃO

 Compartilhe com o grupo de que maneira você pode se apropriar da mensagem

da cruz? Qual a importância meditar na Palavra de Deus tem para a sua vida?
 Compartilhe com o grupo como você sente ao saber que salvação é pela graça
mediante a fé?
 Compartilhe com o grupo se em algum momento da sua vida você viu e ouviu
Jesus, mas seu coração não estava aberto para ele e como ele te alcançou.
 Compartilhe com o grupo como qual atitude do ladrão que se arrependeu e
aceitou a mensagem da cruz mais falou com você.
 ESTUDO 3 – AMIGO DE PECADORES

Ao longo dessa série temos visto uma face da pessoa de Jesus que é amigo
de pecadores. Hoje iremos falar sobre a história retratada em Lucas 7:37-50 que fala
sobre salvação e recomeço para uma mulher conhecida como pecadora. Mais uma
vez Jesus se mostra como o Deus que se compadece de nossos pecados e nos
aponta um caminho de paz verdadeira.

No estudo de hoje iremos fazer um comparativo sobre a atitude de Simão que

convidou Jesus para comer em sua casa e da mulher “pecadora” que lavou os pés de
Jesus. Para que possamos fazer uma autoanálise em nossas vidas, e refletir com qual
deles temos nos parecido mais.

1. CARACTERÍSTICAS DE SIMÃO - o fariseu

 Convidou Jesus, mas não O honrou

“Você não me saudou com um beijo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não
parou de beijar os meus pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela
derramou perfume nos meus pés.” Lucas 14:45-46

Simão tratou Jesus como apenas mais um convidado, ele deixou de tratar
Jesus com honra e distinção. Eis algumas hipóteses: talvez ele não achasse que
Jesus merecesse tamanha honra (a sua visão de Jesus define sua relação com
Jesus); talvez estivesse preocupado com a opinião dos outros convidados; e/ou talvez
a correria do jantar o impediu de dar atenção ao principal convidado.

Ele se interessava por Jesus o suficiente para convida-lo, mas não o amava o
suficiente para honra-lo. Na vida de muitos Jesus é um convidado formal, mas não um
amigo especial. Qual tratamento temos dado a Jesus? O que tem nos impedido de
crescer em nossa devoção?

Lembre-se: O mestre nota nossa devoção, mas também percebe a nossa

negligência.

 Ficou incomodado com a presença da pecadora

“Ao ver isso, o fariseu que o havia convidado disse a si mesmo: ‘Se este homem fosse
profeta, saberia quem nele está tocando e que tipo de mulher ela é: uma pecadora’.”
Lucas 14:39

Simão se incomoda com o fato de que a pecadora havia tocado em Jesus e o

mestre nada fez. Na lógica religiosa de Simão, aquela mulher nem mesmo deveria
estar ali, que dirá protagonizar uma cena escandalosa de lava pés.

Por que nos incomodamos tanto com o diferente? Por que o diferente, o que
diverge de nós em crenças e práticas é tratado com tanta estranheza? Aprendemos
com o tempo a conviver respeitosamente com as diferenças, mas muitas vezes ainda
cultivamos profundos preconceitos, fobias e escondemos nosso incômodo com
clichês do tipo “amo o pecador, só rejeito o pecado”. O que nos incomoda no outro
por vezes é algo mal resolvido dentro de nós.

Lembre-se: A presença de Jesus é convidativa, mas a presença dos religiosos

é inibidora!

 Seu verdadeiro problema era a cegueira

“Em seguida, virou-se para a mulher e disse a Simão: ‘Vê esta mulher?’.” Lucas 14:44

Simão não conseguia enxergar a mulher, nem a Jesus e nem a si mesmo. Em

relação a mulher, ele não enxergava o ser humano que ela era. Em relação a Jesus,
ele não enxergava o Messias que ele era. Em relação a si mesmo, ele não enxergava
o pecador que ele mesmo era. Quantas vezes não enxergamos aqueles que estão a
nossa volta?

2. CARACTERÍSTICAS DA MULHER - a “pecadora”

“Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade,
uma ‘pecadora’.” Lucas 14:37

A mulher tinha reputação conhecida, tanto que o próprio Simão sabia que ela
era uma “pecadora”. O pecado dependendo do tipo nos traz uma reputação e a
reputação se transforma em estigma. Um estiga surge quando aquilo que você fez/faz
passa a definir aos olhos dos outros e até mesmo dos seus quem você é. Por exemplo:
“Sou o divorciado”; “Sou o ladrão”; “Sou o ex-pastor”; “Sou o depressivo”; “Sou o gay”.

Os estigmas nos excluem, principalmente de círculos de afeto. E muitas vezes

para nos reinserirmos nesses círculos colocamos máscaras, ocultamos pecados e
encobrimos incoerências. Mas veja o que a mulher fez:

 Foi na direção de Jesus

“E se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés

com as suas lágrimas. Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu
com o perfume.” Lucas 14:38
 Ela superou o seu estigma e entrou em um círculo para o qual não havia
recebido convite. Jesus não chamou a mulher, tampouco a tocou. Foi ela que tocou
Jesus, ela que o buscou.

Muitas vezes buscamos por transformação em nossas vidas, mas não estamos
dispostos a romper com nossa passividade. Queremos uma experiência espiritual com
Jesus, mas não estamos dispostos a enfrentar opiniões, olhares e julgamentos. Mas
se desejamos uma experiência com Jesus devemos romper com as nossas
conveniências.

 Tinha consciência do perdão que recebera

“Portanto, eu lhe digo, os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela
amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama”. Lucas 14:47

Jesus coloca em contraste a hospitalidade mínima de Simão e a devoção

extravagante da mulher. Através da parábola dos dois devedores Ele ensina que a
gratidão é proporcional a consciência que alguém tem da dívida que possui para com
Deus e do perdão que lhe foi outorgado.

A mulher sabia que sua dívida era grande e que o perdão que recebera era
igualmente imenso. Será que temos a consciência do perdão que recebemos?
Saberemos essa resposta se tivermos uma vida rendida aos pés de Jesus, pois só
quem entendeu a cruz derrama o seu perfume.

 Recebeu a paz de Deus

“Então Jesus disse a ela: ‘Seus pecados estão perdoados’. Os outros convidados
começaram a perguntar: ‘Quem é este que até perdoa pecados?’. Jesus disse à
mulher: ‘Sua fé a salvou; vá em paz’.” Lucas 14:48-50

O perdão é o cancelamento da dívida com Deus. A paz é o cancelamento da

dívida consigo mesmo. A angústia e a perturbação consequentes do pecado, da culpa,
das mágoas que ela sentia deram lugar a paz de Deus. Ela foi salva de seus estigmas,
de suas culpas e de suas dores.

Quantas vezes vivemos com o entendimento de que nossos pecados foram

perdoados em Jesus, mas anda carregamos culta, condenação, angústia e mágoa em
nossos corações. A consciência do seu perdão deve gerar paz em seu coração.

PARA DISCUSSÃO

 Compartilhe com o grupo com o grupo alguma das atitudes de Simão que você
consegue identificar em sua vida e o que você irá fazer a partir de hoje para
que assim como Jesus amar os pecadores.
 Compartilhe com o grupo alguma das atitudes da mulher “pecadora” que você
precisa tomar em sua vida para estar mais aos pés de Jesus.