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Rio de Janeiro
2020
A participação do Brasil nas instituições multilaterais como forma de
2020
Maj Inf Eduardo Menna Barreto
projeção do país no Atlântico Sul.
Maj Inf EDUARDO MENNA BARRETO
Rio de Janeiro
2020
L 864i Barreto, Eduardo Menna.
Bibliografia: f. 60 - 66.
CDD 355
Maj Inf EDUARDO MENNA BARRETO
COMISSÃO AVALIADORA
______________________________________________________
CLÁUDIO ADILSON BRITO DE CARVALHO - Cel Art – Presidente
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
___________________________________________________
___________________________________________________
ALAN SANDER DE OLIVEIRA JONES - Ten Cel Art – Membro
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
– Membro
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
_________________________________________________________
LUIZ ADOLFO SODRÉ DE CASTRO JÚNIOR - Ten Cel Cav – Membro
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
A meus pais, esposa e filho uma
homenagem pelo apoio e sacrifício
feito devido à minha ausência nos
momentos que mais marcaram este
ano de intenso trabalho.
RESUMO
The Brazilian state occupies a strategic position, both in terms of territory, because of
its continental scope, as in maritime terms, due to the extent of 7400 km of coastline, giving
this space geostrategic relevance of a commercial nature and securitization. With the project of
the new Brazilian strategy defined in the National Defense Plan (NDP) and the National
Defense Strategy 2020, the Brazilian government clarifies your priorities in the strategic
environment. This is directed to South America, the South Atlantic, the countries of the West
African coast and Antarctica. In the current international geopolitical scenario, the potentialities
present in the southern portion of the Atlantic gain special relevance in view of the increase in
world demand for strategic natural resources. In this context, the South Atlantic may become
an area of power projection for external powers not only due to the magnitude of the recently
discovered oil reserves, but also due to the presence of valuable mineral wealth from the ocean
floor and the resurgence of routes Atlantic regions as an important means of communication
and worldwide exchange. The main objective of this work is to demonstrate how Brazil uses
the multilateral institutions it participates to project itself in this important geopolitical area.
Due to all the dynamism verified both by the development of Brazil and by the changes that
occurred in the South Atlantic region with the strong presence of extra-regional actors and their
implications for this geopolitical scenario.
1 INTRODUÇÃO 11
1.1 PROBLEMA 13
1.2 OBJETIVOS 15
1.3 HIPÓTESE 16
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 17
2.1 O ATLÂNTICO SUL 17
2.2 COSTA CONTINENTAL 18
2.3 PORÇÕES INSULARES 19
2.4 ESPAÇO MARÍTIMO BRASILEIRO 20
2.5 RECURSOS NATURAIS 25
3 ATORES NO ATLÂNTICO SUL 30
3.1 ATORES REGIONAIS 30
3.2 ATORES EXTRA-REGIONAIS 34
3.2.1 OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA NO ATLÂNTICO SUL 36
3.2.2 O REINO UNIDO NO ATLÂNTICO SUL 40
3.2.3 A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA NO ATLÂNTICO SUL 42
3.2.4 A FRANÇA NO ATLÂNTICO SUL 45
4 O BRASIL E O MULTILATERALISMO NO ATLÂNTICO SUL 48
4.1 ONU 48
4.2 COOPERAÇÃO SUL-SUL 50
4.3 ZOPACAS 52
4.4 MERCOSUL 54
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 56
REFERÊNCIAS 59
11
1 INTRODUÇÃO
Essa crescente influência do mar na vida das nações, como ensina a História,
é fato inquestionável e não há indicação de perda de importância em futuro próximo.
Apesar da geopolítica reconhecer este espaço a partir da expansão europeia iniciada
desde o século XIV, foi apenas depois da 2ª Guerra Mundial (1939-1945) que o
Atlântico Sul começou a atrair a atenção das grandes potências, até então voltadas
para o Atlântico Norte.
Após as grandes guerras, o mundo que antes era dominado por potências
europeias, passou a ser disputado pelos Estados Unidos da América (EUA) e pela
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em uma disputa bipolar que
ficou conhecida como Guerra Fria (1947-1991). Essas duas potências (EUA e URSS)
competiam em todos os campos do poder pela hegemonia internacional, impactando
todas as demais nações.
12
Sendo assim, o Brasil encontra, no Atlântico Sul, sua maior riqueza. Esse
oceano representa um dos principais instrumentos de ligação do Brasil com o
mundo, passando por áreas estratégicas relevantes – como a “Garganta Atlântica”,
entre o nordeste brasileiro e a África ocidental, de grande importância para o
comércio internacional; e a rota do Cabo da Boa Esperança, que conecta o Atlântico
ao Oceano Índico, como alternativa ao Canal de Suez. A prioridade maior do país
atualmente são suas águas jurisdicionais, área de 4,5 milhões de km2, também
conhecida como “Amazônia Azul”, com riquezas incalculáveis de animais e minerais
– como o petróleo da camada pré-sal.
1.1 PROBLEMA
“Nenhum Estado pode ser pacífico sem ser forte!” (José Maria da
Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco).
brasileiro, com ênfase na última década (2010 – 2020), que buscavam projetar
poder do país nessa região.
1.2 OBJETIVOS
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
Neste trabalho, será adotada uma mistura das definições acima, reconhecendo,
por um lado, que o Atlântico Sul possui limites bem definidos ao Sul, Leste e Oeste.
Entretanto, quanto ao limite Norte, entende-se que a região geopolítica que engloba
as interações entre a África e a América do Sul ultrapassa o limite da linha do Equador,
permitindo adotar como flanco Norte, os países da costa continental com projeção
para o Atlântico Sul.
Por fim, a porção da costa antártica banhada pelo Atlântico se estende desde
a Península Antártica até a Terra de Maud (ou da Rainha Maud), em oposição à
Cidade do Cabo. Essa é uma região compartilhada, considerada Patrimônio da
Humanidade e regida pelo Tratado da Antártica de 1959, em que os países signatários
se comprometem a suspender suas pretensões por período indefinido, permitindo a
liberdade de exploração científica do continente e a cooperação internacional para
esse mesmo fim, sendo proibida expressamente a militarização da região. Esse
tratado tem validade até 2041, podendo ser prorrogado.
O Atlântico Sul é relativamente vazio de ilhas oceânicas. Grande parte delas são
de domínio inglês e brasileiro. Essa parte do oceano possui uma Cordilheira Dorsal
Atlântica Central, com certos pontos que emergem, dando origem a algumas ilhas que
formam um arco cuja parte côncava está voltada para a América do Sul e, em especial,
para o Brasil.
Por esse motivo, antes mesmo das descobertas de petróleo na camada do pré-
sal, (próximo dos anos 2000) os limites marítimos brasileiros já eram discutidos
internamente. Esse fato pode ser confirmado com a criação da Comissão
Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), estabelecida em 1974, com a
finalidade de levantar um entendimento de uma política pública brasileira para o mar.
Segundo essa lei, o Mar Territorial brasileiro compreende uma faixa de doze
milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral
continental e insular. Nessa área, a soberania do território brasileiro estende-se ao
mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo.
A Zona Contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das doze
às vinte e quatro milhas marítimas. Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as
medidas de fiscalização necessárias para evitar ou reprimir as infrações às leis e aos
regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários.
O nome Amazônia Azul foi adotado pela Marinha brasileira, como forma de
alertar a sociedade para a importância, não só estratégica, mas, também, econômica
dessa vastidão do litoral brasileiro junto ao Atlântico Sul, conforme já apresentava a
Política Nacional de Defesa (PND), em sua edição de 2016:
Recurso natural é tudo aquilo que o homem encontra na natureza e que pode
utilizar em seu benefício, especialmente para o desenvolvimento da sociedade
humana. Sendo assim, esses recursos se tornam fundamentais para a evolução da
economia, explicando o fato da constante busca e extração desses recursos.
26
Figura 6. Recursos Energéticos e Minerais no Atlântico Sul. (Fonte: Prof Eli Alves Penha).
qualquer país, fato esse que favorece a presença de diversos atores regionais ou
extra-regionais, a ser explorado no capítulo seguinte.
31
O presente trabalho vai considerar como atores regionais os países com costa
litorânea dos continentes africano e americano, dentro dos limites do Atlântico Sul. A
participação brasileira como ator regional será abordada no capítulo seguinte.
...
c. El Atlántico Sur y las Islas Malvinas, Georgias del Sur y Sándwich del Sur
ZOPACAS, BRICS e IBAS (FIORI et al, 2013). Além disso, de acordo com dados do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, as forças da África do Sul apresentaram
ao longo desse período uma expressiva participação em missões de paz da ONU,
especialmente, em seu entorno estratégico, com destaque para República
Democrática do Congo (1996 a 2020), Sudão (2004 a 2020), Sudão do Sul (2010 a
2020) e Etiópia / Eritréia (2000 a 2009), conseguindo, dessa forma, projetar poder de
forma regional. (UN, 2020)
Segundo Vaz (2011), o país sul-africano não chegou a desenvolver uma política
e uma estratégia marítimas condizentes com sua projeção oceânica. Uma vez que o
Atlântico Sul disputa proeminência com o oceano Índico, na elaboração de políticas
de defesa e segurança. Ademais, o Livro Branco de Defesa da África do Sul (White
Paper on National Defence for the Republic of South Africa - 1996) não singulariza o
Atlântico Sul como um espaço geopolítico de relevância, visto que, na data de sua
formulação, a prioridade sul-africana enfocava apenas a segurança regional no cone
sul-africano.
Outro país relevante da África é a Nigéria, que foi colonizada pelos ingleses,
teve sua independência em 1960 e, assim como a África do Sul, é membro
da Commonwealth, possuindo forte ligação com o Reino Unido.
comércio desse produto chegou a representar cerca de 80% da receita do estado nigeriano.
Em 2019, porém, houve uma retração drástica no valor dessa commodity, fazendo a Nigéria
ter uma queda de cerca de 14% do seu PIB.
Em um outro ponto de vista, Luís (2016) cita que o Atlântico Sul foi considerado
por alguns estrategistas como uma região de “vazio de poder” durante a Guerra Fria,
ou seja, um local em potencial para projeção da presença soviética, devido à retirada
das potências coloniais europeias da África. Em oposição a isso, os EUA estimularam
a criação de uma aliança de defesa no Atlântico Sul, aos moldes da OTAN.
37
Figura 8. Presença de atores extra-regionais no Atlântico Sul (BEIRÃO, A. 2017 apud LOPES, P. 2017)
Após a Guerra Fria, os EUA tiveram atuação mais enfática no Atlântico Sul.
Segundo Lopes (2017), a ascensão de novos pólos globais (multilateralismo) ou
regionais de poder e a existência de Estados falidos, ameaçaram a liderança global
americana, favorecendo a adoção da estratégia de presença global. Battaglino (2009)
diz que esse incremento ocorreu após os ataques terroristas, pois na década de 1990,
com o “déficit de ameaças”, os EUA adotavam como estratégia voltada para construir
sua hegemonia, uma tríade composta por diplomacia econômica, cooperação
multilateral e ajuda humanitária.
para patrulhar, ocupar e controlar áreas do mar próximas de qualquer país e a partir
dali poder atacar objetivos continentais.
Nota-se que, dos dois lados do Atlântico Sul, os americanos vêm fortalecendo
sua presença militar. O crescimento da importância estratégica do Atlântico Sul para
os EUA pode ser demonstrado pelo esforço do governo norte-americano na
reestruturação de forças que permitem o rápido desdobramento do seu braço militar
e de sua capacidade de se impor nas mais diversas situações possíveis na região.
Segundo Rebello (2016), a China, a partir dos anos 1990, passou a adotar uma
estratégia com o objetivo de controlar recursos naturais, particularmente energéticos.
Assim, lançou suas grandes empresas no mercado internacional para obter
experiência e reforçar sua competitividade junto a empresas estrangeiras renomadas.
Com essa estratégia, a China extrapolou sua área de influência na Ásia e chegou até
a África e a América do Sul, com base no exercício do Soft Power, sem deixar de fazer
significativa modernização de sua capacidade militar (Hard Power).
Figura 11. Nova Rota da Seda – One Belt, One Road. (Fonte: ESPM)
O Atlântico Sul sofrerá grande impacto com a proposta chinesa, uma vez que
essa região intensificará o trânsito dos produtos manufaturados e matérias-primas
entre a China e a costa atlântica da América e da África. Nesse sentido, a proposta
visa apoiar com o abundante recurso chinês as iniciativas de reestruturação da
logística, seja em portos, ferrovias, modais de integração ou outros, desde que
favoreçam aos interesses de Pequim.
capacidade naval. O processo de forte militarização da China tem tido como um dos
eixos principais o reforço da sua frota naval e a criação a longo prazo de uma blue
water navy capaz de projetar o poder chinês e reduzir a vulnerabilidade decorrente da
enorme dependência da China da liberdade de navegação nos oceanos.
Neves (2013) destaca, ainda, que a China já iniciou uma estratégia de presença
militar no Atlântico Sul. Fato que se tem feito sentir por meio da política de visitas
“diplomáticas” de navios militares a diferentes países no Atlântico, como a visita à
África do Sul de dois navios em abril de 2011, além do apoio à capacidade naval de
estados do Atlântico Sul, como nos casos da Namíbia e da Nigéria, demonstrando o
uso de diferentes canais Soft Power pela China para reforço de sua influência.
Para Brozosky (2013), o Estado chinês vem se fazendo cada dia mais presente
em Angola e em alguns países do Golfo da Guiné, fornecendo apoio militar “indireto”
aos governos. Por mais que a China ainda não possua uma capacidade para realizar
intervenções militares diretas e de longa permanência, os americanos já começam a
atentar para esta superposição de interesses na África e projetam na China um rival
perigoso em potencial na região.
Para Gielow (2019), a presença militar chinesa na África pode ser reparada
pelos acordos de venda de armamento. A China já fornece armamentos para 25 dos
54 Estados do continente, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos
(Londres). Além da grande base militar no Djibouti, é sua penetração em países da
porção ocidental africana, como Namíbia e Gana, que impacta o jogo geopolítico
regional.
Assim como os EUA, a França possui Comandos designados para cobrir todo
o espaço marítimo global, além de regiões terrestres do interesse francês. Essas
tropas podem atuar na proteção dos territórios ultramarinos e na defesa dos interesses
franceses além-mar, podendo ser sob a égide de Organismos Internacionais (OI),
como ONU e OTAN, ou em acordos bilaterais de defesa, como ocorre com países da
África e Oriente Médio.
47
No âmbito interno, o Brasil busca se preparar para os desafios que essa rica e
grande área oceânica podem oferecer, especialmente no campo da defesa:
4.1 ONU
Acerca do tema limites marítimos, o Brasil teve aprovada, em 2019, mais uma
parte de sua solicitação junto ao CNUDM, para reconhecer a ampliação da Plataforma
Continental. Esse processo é realizado em fases, e o Brasil já teve mais de 80% do
seu pleito reconhecido, ampliando a área disponível para exercer a soberania sobre a
exploração de recursos naturais no espaço demarcado. (PETROBRAS, 2019)
estabelece regras para a exploração dos recursos do Atlântico Sul, evitando danos ao
meio ambiente, como a sobrepesca. A atuação brasileira nesse contexto projeta o
país como propagador de ações sustentáveis e defensor do meio ambiente. (PNUD
BRASIL, 2020).
Embora a área da defesa não seja uma das prioritárias para esse tipo de
cooperação, ela traz relevantes retornos em termos de integração. Um exemplo de
cooperação na área da defesa é o compartilhamento de conhecimento por militares
brasileiros em cursos no exterior, assim como, dos militares estrangeiros no Brasil.
Essa ação, além de integrar, gera confiança e transparência entre as Forças Armadas
dos países da região. Na última década, o Brasil realizou acordos de cooperação
militar, enquadrados no mecanismo de Cooperação Sul-Sul, com todos os países sul-
americanos e alguns africanos (Angola, Nigéria, Benin, Guiné-Bissau, Senegal, São
Tomé e Príncipe e Cabo Verde). (BRASIL, ABC, 2020).
O ex-ministro Celso Amorim (2012) disse que cooperar com nossos vizinhos
não é um gesto de altruísmo gratuito. É uma maneira de consolidar relações pacíficas
e fortalecer nossa influência exercida de forma sempre respeitosa.
4.3 ZOPACAS
Após sua criação em 1986, a ZOPACAS passou por um longo período de baixa
interação transatlântica e um distanciamento entre africanos e sul-americanos (1994
– 2007). Com o aumento da importância estratégica e o interesse de atores extra-
regionais no Atlântico Sul, o fórum atlântico foi revitalizado por iniciativa angolana em
2007. (PIMENTEL, 2016)
Oliveira (2016), apresenta ainda que, nesse contexto, o Brasil atua como
intermediador dos interesses comuns com os atores extra-regionais. O país tem boa
relação com as principais potências globais, fazendo-se valer da função de líder
regional. Já Filho (2015), acredita que não é possível que o Brasil realize grandes
apostas exclusivamente neste órgão multilateral. O país não conta com recursos
suficientes para solucionar ou encaminhar a maior parte das necessidades dos
parceiros africanos, que dependem muito da ajuda e da cooperação externa.
4.4 MERCOSUL
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se afirmar ainda, que essa instabilidade política está cada vez mais tendo
reflexos na esfera militar, como se verifica nas dificuldades enfrentadas pelo Brasil
para promover a integração da segurança e defesa do Atlântico Sul. No âmbito sul-
americano, o mecanismo do Conselho de Defesa Sul-Americano perdeu sua
relevância com o racha político da UNASUL. No contexto da ZOPACAS, apesar de
mais de 30 anos de sua existência, ainda é uma instituição incipiente e com poucos
resultados práticos no campo da defesa.
Outro fator é a presença cada vez maior dos recursos econômicos da China no
contexto africano e americano. Esses continentes são grandes fornecedores de
recursos naturais, atraindo a crescente demanda chinesa. Dessa forma, cria-se uma
forte dependência econômica, especialmente nos países mais carentes, o que dificulta
a inserção de outras lideranças.
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