Você está na página 1de 12

Carlos Eduardo Santos, Isabela Carolina Novais De Oliveira,

João Vitor Pina De Almeida, Kariely Dos Santos Ferreti,

Laura Wanessa Queiroz De Souza, Sisllayne Soares Ortega,

Welignton Francisco Siqueira

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA APAE: DIVERSIDADE E INCLUSÃO

Professora da Prática Curricular I: Jaqueline Escarabelo

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física da UNEMAT – Campus


Diamantino, como requisito para avaliação da disciplina de Prática Curricular II sob orientação
do Professor Rogério Makino.

Diamantino – MT

2023/SEMESTRE 2

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA APAE: DIVERSIDADE E INCLUSÃO

Aluno(a): Carlos Eduardo Santos,

Aluno(a): Isabela Carolina Novais de Oliveira,

Aluno(a): João Vitor Pina de Almeida,

Aluno(a): Karielly dos Santos Ferreti,

Aluno(a): Laura Wanessa Queiroz de Souza,

Aluno(a): Sisllayne Soares Ortega,


Aluno(a): Welignton Francisco Siqueira.

Orientador: Rogerio Makino

Sisllayne.ortega@unemat.br

RESUMO

Este artigo é parte do resultado dos estudos desenvolvidos pelo Grupo de Prática Curricular II,
em Educação Física da Universidade do Estado de Mato Grosso, com o objetivo de investigar
como ocorre as aulas de Educação Física na APAE, uma escola que lida com uma grande
diversidade de alunos PCD. Para tanto, buscou-se responder questionamentos, como por
exemplo: Quais as dificuldades que um professor de Educação Física encontra ao ministrar as
aulas? Eles encontram métodos de ensino que faça com que os alunos desenvolvam sua
capacidade de aprendizagem? Há adaptação necessária para que todos os alunos com
deficiência possam participar das aulas de educação física? Os acadêmicos das instituições de
formação superior do curso de Licenciatura em Educação Física são preparados e capacitados
para ministrar aula em uma instituição como APAE? Metodologicamente possuiu abordagem
qualitativa, pois seu estudo visa apresentar dados qualitativos sobre as aulas administradas
para alunos com deficiencia intelectual ou multipla, por meio de uma entrevista com professor
de Educação Física Ademilson Ferreira dos Santos, assim como, uma visita à APAE do município
de Diamantino – MT. Compreendeu-se que ao professor de Educação Física cabe intervir na
formação de valores dos individuos, colocando em discussão assuntos relacionado a
paramentros estéticos, ótica fisiológica e/ou motora, ou a qualquer outro tipo de diferença
entre os mesmos.

Palavras-chave: Deficiência. Educação Física. APAE. Diamantino.


LISTA DE SIGLAS

APAE................................................... Associação de Pais e e Amigos dos Excepcionais

IBGE………………………………… Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

FUNDEB.............................................. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação

Básica

MT ………………………………….. Mato Grosso

PCD...................................................... Pessoa com deficiência


SUMÁRIO

Resumo .................................................................................................................................... 03

Lista de Siglas.......................................................................................................................... 04

Introdução ............................................................................................................................... 06

Metodologia ............................................................................................................................ 08

Resultados e Discussões .......................................................................................................... 09

Desenvolvimento .................................................................................................................... 14

Considerações finais ............................................................................................................... 15

Referências .............................................................................................................................. 16
INTRODUÇÃO

O presente trabalho realizado pelos acadêmicos do segundo semestre de Educação Física da


Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Universitário de Diamantino Carlos Alberto
Reyes Maldonado UNEMAT, tem o prazer de apresentar uma pesquisa por revisão bibliográfica
e por pesquisa de campo, com base em uma visitação na APAE do município de Diamantino-
MT, teve como finalidade expor a importância da Educação Física para os alunos da instituição,
presenciar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da organização, e vivenciar a
realidade retratada por um professor de Educação Física da APAE.

Foi desenvolvido anotações que serviram para os intuitos principais, mostram que a instituição
providencia aulas didáticas como História, Português e Matemática, e aulas de Educação Física,
as aulas didáticas trabalha o raciocínio dos PCD, já a Educação Física é utilizada como uma
ferramenta de interação social e de inclusão, promovendo aula divertidas e que os alunos se
sintam bem.

Entender a necessidade de uma instituição de ensino que aborde métodos aprimorados para
passar conhecimento para todos, não sendo excludente e que consiga lidar com características
especificas de PCD, foi um grande problema desde 1954, até que houve a criação da
organização APAE no Brasil. Ela foi criada com o objetivo de promover a prevenção, o
diagnóstico, o tratamento, a educação e a inclusão social de pessoas com deficiência
intelectual e múltipla. A instituição busca proporcionar melhor qualidade de vida e
oportunidades para essas pessoas.

Criada pelo motivo de falta de estrutura e melhorias nas próprias instituições de ensino da
época que eram comandadas pelas autoridades políticas. Por ser uma organização
desvinculada ao programa do governo de ensino e com poucos recursos, a responsabilidade
imposta a eles pelos órgãos políticos , é como se essas organizações fossem capacitadas a
atender as especificações de PCD’s com extrema qualidade de ensino, distorcendo a realidade
vivida pelo docentes e alunos, que sofrem com a falta de recursos, para um desenvolvimento
adequado de aprendizagem dos alunos, mesmo com estas dificuldades, os profissionais estão
se esforçando ao máximo para disponibilizar ensino de qualidade, mesmo enfrentando esse
cenário de poucos recursos que são designados essas instituições.
Mesmo com o avanço da tecnologia e a dimensão que tem seu alcance, por meio da
globalização, nota-se facilidade de encontrar informações referente a esse assunto, porém,
infelizmente, ainda sofre com a falta de interesse e de investimentos necessários por parte das
autoridades dos governos, como também da sociedade brasileira. Sendo assim, a uma
ignorância por parte dessas autoridades, em relação a esses 45 milhões de brasileiros que têm
algum tipo de deficiência. Isso representa quase 25% da população, segundo o último
levantamento feito pelo IBGE, em 2010.

Como podemos ver o governo ignora a parcela PDC, por uma decisão política voltada a
mentalidade “só vou ajudar se me beneficiar em algo”. A necessidade que tem que ser
providenciada para a organização APAE é de extrema importância, pois de acordo com a
regência empregada na lei Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000, imposta no artigo de Art.
28. “É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação
de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência,
negligência e discriminação.” A existência dessa lei pode ser vista como apenas uma escrita em
uma folha de papel, pois a realidade é demonstrada de forma contraria.

Por este viés para já explicar, o que está sendo questionado é assim colocado: “É dever do
Estado, da família e comunidade escolar assegurar educação de qualidade [...]” é errado jogar
essa responsabilidade encima da comunidade e da família, pelo motivo que, uma grande
parcela da população brasileira são de classe social baixa, o que se é questionado é: a
consequência da distribuição inadequada de verbas as instituições de ensino, tornando-as
incapacitadas. Por este motivo algumas instituições da APAE sobrevivem por doações, mas
mesmo assim a sua instabilidade é notável.

Nesse âmbito, o devido trabalho tem a partir dos informes obtidos nessa pesquisa, colocar
perante a sociedade e aos docentes e acadêmicos do curso Licenciatura em Educação Física, a
luta que essa instituição APAE enfrenta para dar um ensino inclusivo, lúdico, e acolhedor a
todos as pessoas portadoras de deficiência. Como também, ouvir e dar voz, ao relato feito pelo
professor de Educação Física da APAE do nosso município.

METODOLOGIA

TIPO DE PESQUISA

A presente pesquisa faz uso de uma abordagem qualitativa, ou seja, visa a buscar informações
que não são quantificáveis, como características sobre procedimentos, ações e ideias.
Classifica-se como do tipo descritiva, pois busca coletar e analisar informações que permitam
retratar determinados aspectos da instituição pesquisada, de seus colaboradores, das suas
práticas e de seus alunos.

A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o ‘pesquisador
como seu principal instrumento; os dados coletados são predominantemente descritivos; a
preocupação do processo é muito maior do que com o produto; o “significado” que as pessoas
dão as coisas e a sua vida são focos de atenção especial pelo pesquisador; a análise dos dados
tende a seguir um processo indutivo. (GODOY,1995 citado por LUDKE E ANDRÉ, 2012, p. 11-13)
PARTICIPANTE E LOCAIS DE PESQUISA

Foi realizado uma coleta de dados através de um questionário semiestruturado – a qual as


perguntas são previamente elaboradas onde o entrevistado tem a liberdade de responder.
Aplicado para Ademilson Ferreira da Silva, licenciado em Educação Física, que atua na fundação
APAE a 12 anos, na cidade de Diamantino – MT. Baseando em 8 perguntas descritivas que
abordam a respeito do desenvolvimento das aulas e da opinião particular do profissional a
respeito de dificuldades das aulas de Educação Física com alunos da APAE – uma escola que
lida com uma grande diversidade de alunos que possuem deficiência intelectual ou múltipla.

As respectivas perguntas são:

Como foi sua jornada acadêmica? O que motivou você a trabalhar com alunos da APAE?

Quais estratégias você adota para garantir um ambiente de aprendizagem seguro e acolhedor
parar todos os alunos da APAE?

Quais os métodos inclusivos utilizados para ministrar uma aula que atenda todas as
necessidades individuais dos alunos?

Como você lida com situações de conflito ou comportamentos desafiadores dos alunos APAE?

Quais os benefícios da pratica de atividades físicas para os alunos da APAE?

Quais as estratégias que você utiliza para motivar e engajar os alunos em seu processo de
aprendizagem?

Para uma melhor preparação, o que você falta para um excelente profissional de Educação
Física?

Poderia deixar algumas palavras para nós que estamos adentrando na área da Educação Física?

RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com Ademilson, os obstáculos enfrentados por ele foram pré-estabelecidos no


início do seu desenvolvimento educacional, onde o preconceito predominante o fez entender
que Educação Física se limitava somente em esportes populares (voleibol e futebol); assim
mostrando ser uma realidade totalmente diferente.

No entanto, ao ingressar na universidade, Ademilson passou a compreender a


diversidade proporcionada pelo currículo do curso de Licenciatura em Educação Física – apesar
das lacunas nos conhecimentos necessários para o desenvolvimento prático com alunos com
deficiência, fazendo com que houvesse dificuldade no desenvolvimento e interação.

“O impacto negativo da reprovação na minha carreira acadêmica resultou na perda da minha


bolsa de 50%, fazendo eu recorrer ao programa FIÉS para continuar os estudos. Essa situação
gerou a necessidade de buscar uma vaga de trabalho como alternativa. (Silva, Ademilson –
entrevistado)

A fala relata a experiência de um indivíduo que diante de dificuldades financeiras encontra


uma oportunidade para se envolver com a APAE. Inicialmente, sua falta de conhecimento sobre
essa instituição o levou a alimentar preconceitos, associando-a erroneamente a um local
destinado a pessoas “loucas”. No entanto, com a convivência, ele passa a compreender e
reconhecer a importância da profissão de professor de Educação Física como uma ferramenta
fundamental para melhorar a qualidade de vida das crianças atendidas pela APAE. Assim, sua
ocupação se torna um sonho realizado, baseado no amor e na empatia pelo próximo.

“Trabalho aqui na APAE já tem 12 anos, acompanho eles e conheço o limite de cada
um, a forma de tratar e as brincadeiras que posso ou não fazer. Alguns são mais sentimentais
que outros, gostam de abraçar e conversar, já outros preferem ficar mais na deles, quietinhos.
[...] não trabalho aqui pela remuneração – porque falando abertamente, não é boa – mas sim
porque você passa a amar o trabalho que faz e principalmente, a amar os alunos e o convívio
com eles.” (Silva, Ademilson – entrevistado)

As estratégias utilizadas por Ademilson para que os alunos tenham uma aprendizagem
segura e acolhedora se resume em atividades lúdicas e recreativas, buscando criar um
ambiente acolhedor e estimulante.

“Uma maneira pela qual eu mantenho o ambiente seguro é por meio da interação de
atividades lúdicas e recreativas, promovendo a interação entre os alunos. Em alguns casos, é
necessário aplicar certa rigidez, especialmente para lidar com aquelas que possuem
dificuldades de aprendizado.” (Silva, Ademilson – entrevistado)

No entanto, Ademilson também compreende que alguns alunos enfrentam dificuldades de


aprendizado e, nesses casos, ela adota uma abordagem mais rígida para garantir que todos
possam se beneficiar das experiências educativas oferecidas. Sua atenção cuidadosa e sua
habilidade em equilibrar diversão e disciplina fazem dele um educador exemplar.

O professor destaca que as práticas de atividades físicas são importantes não apenas para o
desenvolvimento cognitivo e corporal, mas também para a socialização entre alunos e
professores, promovendo compreensão mútua e sem preconceitos.

“Muitas vezes os alunos com deficiência não são aceitos nem na sua própria casa, ou
ficam sozinhos já que os pais precisam trabalhar e, assim, não possuindo nenhum
acompanhamento necessário e obrigatório.” (Silva, Ademilson – entrevistado)

Ademilson utiliza métodos como o estimulo por meio de atividades recreativas com
materiais adaptados e a motivação dos alunos para participarem de eventos como os Jogos
Olímpicos da APAE e o Festival Nossa Arte, buscando envolve-los de forma dedicada e
divertida.
Para uma preparação mais sólida, é fundamental adquirir um amplo conhecimento
para compreender os diversos desafios que enfrentaremos ao longo do caminho. Além disso,
cultivar o respeito e a empatia entre os profissionais é essencial para construir um ambiente de
trabalho saudável e harmonioso.

“Uma dica que posso dar a vocês é ter sempre paciência e persistência ao longo da sua jornada
como professor de Educação Física. É verdade que enfrentaremos diversas dificuldades, e
infelizmente, há uma desvalorização dessa área ao longo dos anos. Mas é importante lembrar
que o nosso papel é fundamental para promover a saúde e o bem-estar das pessoas. Devemos
continuar dedicados, buscando sempre aprimorar nossas habilidades e mostrando o valor do
nosso trabalho para reverter essa situação.” (Silva, Ademilson – entrevistado)

Ao realizar a visitação na APAE do municio de Diamantino – MT, foi analisado o


ambiente os quais alunos e professores realizam suas aulas e passam horas dos seus dias. De
fato, é de fácil percepção algumas precariedades.

Figura 1 Placa de abertura APAE Diamantino

Autor (a) de imagem: Sisllayne S. Ortega

Figura 2 Refeitório Figura 3 Quadra


Poliesportiva – utilizada para as

Aulas de Educação Física para atividades com número

Grande de alunos (já que na APAE não possui um

Espaço grande para tal atividades).

Autor (a) de imagem: Sisllayne S. Ortega

Figura 4 Armário de bolas de futebol, voleibol, etc. Figura 5 Armário de


bolas de basquete

Figura 6 Adaptações feitas pelo professor Figura 7 Tampinhas de garrafa e


bolas para brincadeiras

Ademilson Ferreida da Silva


adaptadas
Autor (a) de imagem: Sisllayne S. Ortega

Figura 8 Estrutura de transporte utilizado pelos alunos Figura 9 Estante de


troféus

Figura 10 Materiais e roupas utilizados para apresentações em eventos

Autor (a) de imagem: Sisllayne S. Ortega

Como se pode analisar, o professor Ademilson utiliza de suas habilidades e inteligência para
fazer materiais adaptados para inclusão de todos seus alunos, não deixando de lado o lado
popular de Educação Física que são os esportes. Ainda há precariedades na sede APAE de
Diamantino, como por exemplo, a falta de um espaço grande que agregue todos alunos e um
meio de transporte que facilite a locomoção de todos.

DESENVOLVIMENTO

A APAE está situada na Rua Francisco Mendes no bairro R Francisco Mendes na cidade de
Diamantino-MT. A mesma tem como docente de Educação física o senhor Ademilson Ferreira
da Silva, licenciado em Educação Física há 18 anos, que nos permitiu fazer uma visita ao prédio,
como também entrevistá-lo para que pudéssemos, dar continuidade ao nosso trabalho de
pesquisa em relação as aulas de Educação Física na APAE como são realizadas, respeitando a as
diversidades e a prática da inclusão.

Para José Cândido Moraes Borba:

“A Educação Física oferecida pelas escolas das APAEs deve incluir o corpo, o movimento e a
ludicidade como aspectos educacionais indissociáveis, e oferecer oportunidades educacionais
adequadas ao desenvolvimento integral e à manutenção da saúde na busca de uma efetiva
participação e integração social. Em função disso, a proposta tem como base objetivos, valores,
atitudes e eixos estruturadores.” (FENAPAES,2002).

Sendo assim, é importante que haja aulas de Educação Física nas instituições APAE, pois são
oferecedoras de inúmeros benefícios aos discentes portadores de deficiência, para a sua
evolução do lúdico, motoras, cognitivas, como também social, além do bem estar emocional,
com o crescimento da autoestima e confiança ao realizar qualquer tipo de atividade dentro ou
fora da APAE.

No entanto, para a realização de atividades inclusivas que desenvolvam tais benefícios como
estes, são necessários inúmeros equipamentos que possam auxiliar no processo de
aprendizagem dos alunos com deficiência, nas aulas de Educação Física, para dar suporte ao
profissional ministrante da aula. Equipamentos esses, que são arrecadados através de ofícios,
editais, solicitados por instituições como APAE, ao governo do Estado, e do município. Porém,
nem sempre, é arrecadado tudo que se precisa para as aulas, empobrecendo a aula e
dificultando o aprendizado e desenvolvimento dos alunos.

Abordando uma característica critica, o devido assunto exaltado é um problema social, que por
algumas questões políticas, dificulta a sua resolução, a distribuição de verbas, com fins de
manutenção das instituições de ensino especializados em PCD e consideradamente
insuficiente. O repasse de recursos destinados a melhorar as condições das instituições
especializadas em alunos com deficiência aumentou nos últimos anos. O FUNDEB de acordo
com o levantamento atualizado em 19 de janeiro de 2023 atualmente são mais de 2.200
unidades espalhadas pelo Brasil, com cerca de menos de 45 milhões de PCD sendo base de
25% da população brasileira. O valor total repassado por meio do FUNDEB ao atendimento
educacional especializado em instituições privadas foi de R$ 293.241.435,86 milhões no ano de
2010, analisando essas informações cerca de R$ 133.181,81 mil é providenciado a cada
instituição educacional especializado e conforme a LEI 14.113 do Art. 3º desta Lei somados aos
referidos neste inciso garantam a aplicação do mínimo de 25% desses impostos e
transferências em favor da manutenção e do desenvolvimento do ensino. Já a quantia que se
diz enviada corresponde a menos de 65 mil é destinada as organizações de educação
especializadas. Esta quantia parece ser muita coisa, mas para a alimentação não chega
aproximadamente a R$1,12 por aluno, é devido estas condições APAE ainda sobrevive por
doações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a finalidade de expor a importância da Educação Física para os alunos da


instituição, presenciar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da organização, e
vivenciar a realidade retratada por um professor de Educação Física da APAE (Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais), tivemos como base a entrevista com professor Ademilson
Ferreira da Silva e a visitação na institução APAE.

Na investigação das aulas de Educação Física foi observado que é essencial ter o conhecimento
individual sobre as deficiências dos alunos e oferecer cuidado e acolhimento, mesmo com
certa rigidez, para que todos se sintam incluídos.

Compreendeu-se que nas aulas de Educação Física o professor assume o papel de formador de
cidadão, mediando o saber elaborado, desvinculado de qualquer valor que vise à reprodução
de preconceitos e discriminação. Cabe ao profissiona intervir na formação de valores dos
individuos, colocando em discussão assuntos relacionado a paramentros estéticos, ótica
fisiológica e/ou motora, ou a qualquer outro tipo de diferença entre os mesmos.
Desta forma, é preciso estimular a implementação de novos métodos de ensino para alunos
universitários em Licenciatura em Educação Física para ampliar o conhecimento e métodos
adaptaveis para a ministração de aulas com alunos com deficiencia intelectual ou multipla.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Estatuto da pessoa com deficiência. Senado Federal. Atualizado até julho de 2015.
Brasília, 2015. Acessado em 21 nov. 2023.

Brasil. Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência. Lei Nº 13.146 de 06 de julho de
2015. Chefe de governo: Dilma Rouseff. Acessado em 21 nov. 2023.

BRASIL. Federação Nacional das APAES. Educação Física: desporto e lazer. Brasília, DF. Julho,
2001.

CARMO, Apolônio A. do. Deficiência Física: a sociedade brasileira cria, recupera e discrimina.
Brasília: Secretaria de desportos, 1991.

NORMAS ABNT. Citação direta longa: O que é, como fazer e exemplos. Última atualização em
27 de maio de 2022. Disponível em https://www.normasabnt.org/sobre-nos/. Acesso em 24
nov. 2023.

SOUSA, E. S. & ALTMANN, H. Meninos e meninas: Expectativas corporais e implicações na


educação física escolar. Cadernos Cedes, ano XIX, nº 48, agosto, 1999.

Você também pode gostar