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Formatar o texto a seguir de acordo com as orientações do Manual de

elaboração de trabalho SESI/SENAI:

O que é uma Rede de Computadores?

A crescente presença da Internet no dia-a-dia de milhões de pessoas no Brasil está


suscitando o aparecimento de idéias para ajudar e aperfeiçoar atividades que possuíam
o potencial para serem exercidas a distância, mas devido a aspectos de
custo/benefício e entraves culturais, não puderam ser efetivadas. Serviços bancários
como transferências, pedidos de saldo/extrato ou pagamento de contas, são hoje
perfeitamente possíveis de serem executados da residência do cliente, poupando
esse do deslocamento incomodo e desnecessário. Mas o que é a Internet? Ela é uma
rede que interconecta diversas “Redes de Computadores”. E o que é uma rede de
computadores?

Este curso pretende fornecer subsídios necessários aos seus


participantes para responder esta pergunta e diversas outras
vinculadas a este tema.l Quando interconectamos computadores
eles podem trabalhar mais por seus interagentes, e quando as
pessoas trabalham em equipes, concretizam tarefas inteiras,
num menor espaço de tempo e com menos esforço. Podemos
imaginar uma rede como um recurso valioso projetado para
apoiar uma equipe de interagentes. Segundo
[Soares, 1997], uma rede de computadores é um
conjunto de módulos processadores (por exemplo, um
microcomputador PC) capaz de trocar informações e
compartilhar recursos, interligados por um sistema de
comunicação. Damos o nome de Sistemas de Comunicação a
um arranjo topológico interligando vários módulos processadores
através de meios de comunicação (cabos, radiofreqüência, fibra-
ótica, etc) e de um conjunto de regras utilizadas para organizar
uma comunicação (protocolo).
Figura 01: Uma ilustração de uma rede.

Interconectar os computadores, assim como gerenciar um grupo de


pessoas é sem dúvida um desafio.

Analisar uma situação onde se utilizaria uma rede, identificar suas


características, planejar qual arquitetura será utilizada e implementar,
pode ser algo muito complicado.

Uma rede mal planejada pode ser um risco a uma empresa pois pode
ser um estorvo ao processo produtivo desta.

Imaginemos a rede do setor pessoal de uma empresa, falhando próximo


do dia de pagamento. Informações não poderiam ser acessadas, cheques
não seriam impressos, funcionários não receberiam. Isto seria um
problema sério. Atenta aos possíveis benefícios e recompensas, e apesar
dos riscos, as empresas estão interconectando seus computadores em
ritmo acelerado.

Antigamente, as redes eram de difícil instalação e manutenção exigindo


mão de obra altamente qualificada, mas atualmente esta história mudou
muito.

Hoje encontramos kit’s para instalação de redes que qualquer pessoa


pode instalar.

Sem dúvida alguma, um dos maiores benefícios de uma rede é o


compartilhamento de informações entre os usuários ou mesmo oferecer
um meio de armazenamento final superior ao que é utilizado sem a
rede. Outros benefícios podem ser citados, dentre eles temos:
Compartilhamento de impressoras, CD-ROM, Fax/Modem, Discos Rígidos,
correio eletrônico, agenda eletrônica do grupo de trabalho.

TOPOLOGIA EM REDE
A topologia de uma rede de computadores pode ser definida como o
modo pelo qual as estações (sistemas terminais) ligadas a uma rede
estão interconectadas [SALLINGS, 1997].
Abaixo segue um texto adaptado do original que foi criado por Gabriel
Torres [TORRES, 1998], sobre as principais topologias existentes.
Topologia em Barra
Na topologia em barra, todas as estações compartilham um mesmo
cabo. Essa topologia utiliza cabo coaxial, que deverá possuir um
terminador resistivo de 50 ohms (resistência elétrica) em cada ponta,
conforme ilustra a Figura 1. O tamanho máximo do trecho da rede está
limitado ao limite do cabo, 185 metros no caso do cabo coaxial fino,
conforme vimos na aula sobre cabos. Este limite, entretanto, pode ser
aumentado através de um equipamento chamado repetidor, que na
verdade é um amplificador de sinais.

Figura 1: Topologia Linear


Nota: a Figura 1 foi propositalmente exagerada em relação aos
conectores "T". Eles são ligados diretamente à placa de rede, não
existindo o pequeno cabo presente na figura.

Como todas as estações compartilham um mesmo cabo, somente uma


transação pode ser efetuada por vez, isto é, não há como mais de um
micro transmitir dados por vez. Quando mais de uma estação tenta
utilizar o cabo, há uma colisão de dados. Quando isto ocorre, a placa
de rede espera um período aleatório de tempo até tentar transmitir o
dado novamente. Caso ocorra uma nova colisão a placa de rede espera
mais um pouco, até conseguir um espaço de tempo para conseguir
transmitir o seu pacote de dados para a estação receptora. Esta técnica
de aceso ao meio é chamada CDMA/CD (Carrier-sense multiple access
with collision detection). A conseqüência direta desse problema é a
velocidade de transmissão. Quanto mais estações forem conectadas ao
cabo, mais lenta será a rede, já que haverá um maior número de
colisões.
Outro grande problema na utilização da topologia de barra é a
instabilidade. Como você pode observar na Figura 1, os terminadores
resistivos são conectados às extremidades do cabo e são indispensáveis.
Caso o cabo se desconecte em algum ponto (qualquer que seja ele), a
rede "sai do ar", pois o cabo perderá a sua correta impedância (não
haverá mais contato com o terminador resistivo), impedindo que
comunicações sejam efetuadas - em outras palavras, a rede para de
funcionar. Como o cabo coaxial é vítima de problemas constantes de
mau-contato, esse é um prato cheio para a rede deixar de funcionar
sem mais nem menos, principalmente em ambientes de trabalho
tumultuados. Voltamos a enfatizar: basta que um dos conectores do cabo
se solte para que todos os micros deixem de se comunicar com a rede.
E, por fim, outro sério problema em relação a esse tipo de rede é a
segurança. Na transmissão de um pacote de dados - por exemplo, um
pacote de dados do servidor de arquivos para uma determinada estação
de trabalho -, todas as estações recebem esse pacote. No pacote, além
dos dados, há um campo de identificação de endereço, contendo o
número de nó de destino. Desta forma, somente a placa de rede da
estação de destino captura o pacote de dados do cabo, pois está a ela
endereçada.
Nota: Número de nó (node number) é um valor gravado na placa de
rede de fábrica (é o número de série da placa). Teoricamente não existe
no mundo duas placas de rede com o mesmo número de nó.
Se na rede você tiver duas placas com o mesmo número de nó, as
duas captarão os pacotes destinados àquele número de nó. É impossível
você em uma rede ter mais de uma placa com o mesmo número de
nó, a não se que uma placa tenha esse número alterado
propositalmente por algum hacker com a intenção de ler pacotes de
dados alheios. Apesar desse tipo de "pirataria" ser rara, já que demanda
de um extremo conhecimento técnico, não é impossível de acontecer.
Portanto, em redes onde segurança seja uma meta importante, a
topologia linear não deve ser utilizada.
Para pequenas redes em escritórios ou mesmo em casa, a topologia
linear usando cabo coaxial está de bom tamanho.
Topologia em Anel
Na topologia em anel, as estações de trabalho formam um laço fechado,
conforme ilustra a Figura 2. O padrão mais conhecido de topologia em
anel é o Token Ring (IEEE 802.5) da IBM.

Figura 2: Topologia em Anel.


No caso do Token Ring, um pacote (token) fica circulando no anel,
pegando dados das máquinas e distribuindo para o destino. Somente um
dado pode ser transmitido por vez neste pacote.
Topologia em Estrela
Esta é a topologia mais recomendada atualmente. Nela, todas as
estações são conectadas a um periférico concentrador (hub ou switch),
como ilustra a Figura 3.

Figura 3: Topologia em Estrela.

Ao contrário da topologia linear onde a rede inteira parava quando um


trecho do cabo se rompia, na topologia em estrela apenas a estação
conectada pelo cabo pára. Além disso temos a grande vantagem de
podermos aumentar o tamanho da rede sem a necessidade de pará-la.
Na topologia linear, quando queremos aumentar o tamanho do cabo
necessariamente devemos parar a rede, já que este procedimento
envolve a remoção do terminador resistivo.
Importante notar que o funcionamento da topologia em estrela depende
do periférico concentrador utilizado, se for um hub ou um switch.
No caso da utilização de um hub, a topologia fisicamente será em
estrela (como na Figura 3), porém logicamente ela continua sendo uma
rede de topologia linear. O hub é um periférico que repete para todas
as suas portas os pacotes que chegam, assim como ocorre na topologia
linear. Em outras palavras, se a estação 1 enviar um pacote de dados
para a estação 2, todas as demais estações recebem esse mesmo
pacote. Portanto, continua havendo problemas de colisão e disputa para
ver qual estação utilizará o meio físico.
Já no caso da utilização de um switch, a rede será tanto fisicamente
quanto logicamente em estrela. Este periférico tem a capacidade de
analisar o cabeçalho de endereçamento dos pacotes de dados, enviando
os dados diretamente ao destino, sem replicá-lo desnecessariamente para
todas as suas portas. Desta forma, se a estação 1 enviar um pacote de
dados para a estação 2, somente esta recebe o pacote de dados. Isso
faz com que a rede torne-se mais segura e muito m
ais rápida, pois praticamente elimina problemas de colisão. Além disso,
duas ou mais transmissões podem ser efetuadas simultaneamente, desde
que tenham origem e destinos diferentes, o que não é possível quando
utilizamos topologia linear ou topologia em estrela com hub.

MODELOS E PROTOCOLOS

A fim de estruturar melhor o processo de criação de uma rede foi


criada a idéia de camadas hierárquicas, onde o termo camada é um
programa ou processo (trecho de programa em execução), implementado
por hardware ou software, que se comunica com o processo
correspondente em uma outra máquina. As regras que governam a
comunicação de uma camadas são chamadas protocolos [SOARES,
1997]. Vejamos o exemplo abaixo:

Figura 1: Camadas de uma rede e protocolos de comunicação.

Um projetista de rede pode se preocupar só com uma camada em


especial, sem se preocupar com as demais. Assim uma equipe pode
trabalhar paralelamente na construção de uma arquitetura de redes.
Mas somente a estruturação do projeto não basta para que tenhamos
uma boa organização de uma arquitetura. Diversos fabricantes podem querer construir as suas próprias
camadas e protocolos, dificultando uma comunicação entre redes construídas por mais
de uma empresa.
Para impedir isso, organizações internacionais de padronização como a
ISO (International Organization for standardization) e o IEEE (Institute of
Electrical ad Eletronics Engineers), propuseram modelos de arquitetura
abertos. Duas das mais famosas arquiteturas são o OSI (Reference
Model for Open System Interconnection), da ISO, e o TCP/IP (da
Internet), proposto pela DARPA (Defence Advanced Ressearch Projects
Agency) e coordenado pelo IAB (Internet Activity Board). O nome desta
última arquitetura é baseado nos protocolos TCP (Transmission Control
Protocol) e IP (Internet Protocol).
Arquitetura OSI
Esta arquitetura é baseada em sete camadas que descrevem diferentes
funcionalidades da rede. Abaixo estão descritas as camadas [SOARES,
1997], [STALLING, 1997]:
Camada física: Fornece as características mecânicas, elétricas, funcionais
e de procedimento para ativar, manter e desativar conexões físicas para
a transmissão de bits entre entidades de nível (camada) de enlace. Este
nível trabalha com canais de comunicação não confiáveis (sujeitos a
erros).
Camada de enlaces de dados: Possibilita a detecção e opcionalmente a
correção de erros que por ventura ocorram na camada física.
Camada de rede: Fornece à camada seguinte, Camada de Transporte,
uma independência quanto a considerações de comutação e
estabelecimento de rotas para comunicação, associadas ao
estabelecimento e operação de uma conexão de rede.
Camada de transporte: Fragmenta a informação a ser transmitida entre
estações de uma rede, em pacotes e garante que estes cheguem ao
seu destino.
Camada sessão: Provê uma estrutura de controle para comunicação
entre aplicações (programas). O seja, estabelece, gerencia e finaliza
conexões entre programas cooperantes.
Camada de apresentação: Realiza a transformação adequada dos dados,
antes de seu envio para a camada de sessão. Esta camada pode
prover serviços como encriptação de dados e compressão de texto.
Camada de aplicativo: Provê serviços ao usuário de ambiente OSI, tais
como Servidor de Transferência de arquivos, Gerenciamento de Redes e
Servidor de Web.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ALCANCE

Uma rede de computadores é formada por um conjunto de


módulos processados (e.g. microcomputadores) capazes de trocar
informações e compartilhar recursos, através de um sistema de
comunicação. A distância entre estes módulos processados
permite dividir as redes em Locais (LAN - Local Area Network),
Metropolitanas (MAN - Metropolitan Area Networks) e
Geograficamente Distribuidas (WAN - Wide-Area Network).
Redes Locais (LAN)
Caracteriza-se como sendo uma rede que permite a interconexão
de equipamentos de comunicação de dados numa pequena
região, entre 10 m a 10 Km [STALLING, 1997]. Outras
características típicas de redes locais são as altas taxas de
transmissão (10 Mbps, 100 Mbps e 1 Gbps) e baixas taxas de
erro [SOARES, 1997].
Redes Metropolitanas (MAN)
Ocupa um estado intermediário entre as LAN e as WAN. Este
termo, "Metropolitana" , surgiu com o padrão IEEE 802.6. Elas
apresentam características similares as redes locais, sendo que cobrem
maiores distâncias. Sua abarangência vai de 1 Km à 12 Km.
Redes Geograficamente Distribuidas (WAN)
Estas redes surgiram coma necessidade de se compartilhar
recursos especializados por uma maior comunidade de usuários
geograficamente dispersos [SOARES, 1997]. Elas possuem
custo elevado devido aos meios utilizados para comunicação em
longa distância, tais como satélites e enlaces de microonda. Tais
redes têm seus enlaces mantidos por grandes operadoras de
telecomunicações (Telemar, Embratel, etc.) e seu acesso é
público.

HARDWARE DE REDES

Para possibilitar a conexão entre os módulos processados (e.g.


microcomputadores) de uma rede torna-se necessários equipamentos de
conectividade, como adaptadores (placas) de redes, Hubs, comutadores
(Switches), Pontes (Bridges), cabos, conectores, etc. Vejamos abaixo um
texto que discorre sobre esse assunto e que foi criado por Carlos
Morimoto. Algumas informações contidas no texto foram transformadas
em hipertexto para maior esclarecimento do leitor.

Placas de Rede

A placa de rede é o hardware que permite aos micros conversarem


entre sí através da rede. Sua função é controlar todo o envio e
recebimento de dados através da rede. Cada arquitetura de rede exige
um tipo específico de placa de rede; você jamais poderá usar uma
placa de rede Token Ring em uma rede Ethernet, pois ela
simplesmente não conseguirá comunicar-se com as demais.

Além da arquitetura usada, as placas de rede à venda no mercado


diferenciam-se também pela taxa de transmissão, cabos de rede
suportados e barramento (ISA, PCI, etc) utilizado.
Quanto à taxa de transmissão, temos placas Ethernet de 10 mbps e
100 mbps e placas Token Ring de 4 mbps e 16 mbps. Como vimos no
trecho anterior, devemos utilizar cabos adequados à velocidade da placa
de rede. Usando placas Ethernet de 10 mbps por exemplo, devemos
utilizar cabos de par trançado de categoria 3 ou 5, ou então cabos
coaxiais. Usando uma placas de 100 mbps o requisito mínimo a nível
de cabeamento são cabos de par trançado blindados nível 5.

No caso de redes Token Ring, os requisitos são cabos de par trançado


categoria 2 (recomendável o uso de cabos categoria 3) para placas de
rede de 4 Mbps, e cabos de par trançado blindado categoria 4 para
placas de 16 mbps. Devido às exigência de uma topologia em estrela
das redes Token Ring, nenhuma placa de rede Token Ring suporta o
uso de cabos coaxiais.

Cabos diferentes exigem encaixes diferentes na placa de rede. O mais comum


em placas Ethernet, é a existência de dois encaixes, uma para cabos de par
trançado e outro para cabos coaxiais. Muitas placas mais antigas, também trazem
encaixes para cabos coaxiais do tipo grosso (10Base5), conector com um encaixe
bastante parecido com o conector para joysticks da placa de som.

Placas que trazem encaixes para mais de um tipo de cabo são chamadas
placas combo. A existência de 2 ou 3 conectores serve apenas para
assegurar a compatibilidade da placa com vários cabos de rede
diferentes. Naturalmente, você só poderá utilizar um conector de cada
vez.

Figura 1: Placa combo

As placas de rede que suportam cabos de fibra óptica, são uma


exceção, pois possuem encaixes apenas para cabos de fibra. Estas
placas também são bem mais caras, de 5 a 8 vezes mais do que as
placas convencionais por causa do CODEC, o circuito que converte os
impulsos elétricos recebidos em luz e vice-versa que ainda é
extremamente caro.

Finalmente, as placas de rede diferenciam-se pelo barramento utilizado.


Atualmente você encontrará no mercado placas de rede ISA e PCI
usadas em computadores de mesa e placas PCMCIA, usadas em
notebooks e handhelds. Existem também placas de rede USB que vem
sendo cada vez mais utilizadas, apesar de ainda serem bastante raras
devido ao preço salgado.

Naturalmente, caso seu PC possua slots PCI, é recomendável comprar


placas de rede PCI pois além de praticamente todas as placas PCI
suportarem transmissão de dados a 100 mbps (todas as placas de rede
ISA estão limitadas a 10 mbps devido à baixa velocidade permitida por
este barramento), você poderá usá-las por muito mais tempo, já que o
barramento ISA vem sendo cada vez menos usado em placas mãe mais
modernas e deve gradualmente desaparecer das placas mãe novas.

A nível de recursos do sistema, todas as placas de rede são parecidas:


precisam de um endereço de IRQ, um canal de DMA e um endereço
de I/O. Bastando configurar os recursos corretamente.

O canal de IRQ é necessário para que a placa de rede possa chamar


o processador quando tiver dados a entregar. O canal de DMA é usado
para transferir os dados diretamente à memória, diminuindo a carga
sobre o processador. Finalmente, o endereço de I/O informa ao sistema
aonde estão as informações que devem ser movidas. Ao contrário dos
endereços de IRQ e DMA que são escassos, existem muitos endereços
de I/O e por isso a possibilidade de conflitos é bem menor,
especialmente no caso de placas PnP. De qualquer forma, mudar o
endereço de I/O usado pela placa de rede (isso pode ser feito através
do gerenciador de dispositivos do Windows) é uma coisa a ser tentada
caso a placa de rede misteriosamente não funcione, mesmo não
havendo conflitos de IRQ e DMA.

Todas as placas de rede atuais são PnP, tendo seus endereços


configurados automaticamente pelo sistema. Placas mais antigas por sua
vez, trazem jumpers ou DIP switches que permitem configurar os endereços
a serem usados pela placa. Existem também casos de placas de rede de
legado que são configuráveis via software, sendo sua configuração feita
através de um programa fornecido junto com a placa.

Para que as placas possam “se encontrar” dentro da rede, cada placa
possui também um endereço de nó. Este endereço de 48 bits é único e
estabelecido durante o processo de fabricação da placa, sendo
inalterável. O endereço físico é relacionado com o endereço lógico do
micro na rede. Se por exemplo na sua rede existe um outro micro
chamado “Micro 2”, e o “Micro 1” precisa transmitir dados para ele, o
sistema operacional de rede ordenará à placa de rede que transmita os
dados ao “Micro 2”, porém, a placa usará o endereço de nó e não o
endereço de fantasia “Micro 2” como endereço. Os dados trafegarão
através da rede e será acessível a todas as os micros, porém, apenas
a placa do “Micro 2” lerá os dados, pois apenas ela terá o endereço de
nó indicado no pacote.
Sempre existe a possibilidade de alterar o endereço de nó de uma
placa de rede, substituindo o chip onde ele é gravado. Este recurso é
usado algumas vezes para fazer espionagem, já que o endereço de nó
da rede poderá ser alterado para o endereço de nó de outra placa da
rede, fazendo com que a placa clonada, instalada no micro do espião
também receba todos os dados endereçados ao outro micro.

Hubs

Numa rede com topologia de estrela, o Hub funciona como a peça


central, que recebe os sinais transmitidos pelas estações e os
retransmite para todas as demais. Existem dois tipos de hubs, os hubs
passivos e os hubs ativos.

Os hubs passivos limitam-se a funcionar como um espelho, refletindo os


sinais recebidos para todas as estações a ele conectadas. Como ele
apenas distribui o sinal, sem fazer qualquer tipo de amplificação, o
comprimento total dos dois trechos de cabo entre um micro e outro,
passando pelo hub, não pode exceder os 100 metros permitidos pelos
cabos de par trançado.

Um Hub ativo por sua vez, além de distribuir o sinal, serve como um
repetidor, reconstituindo o sinal enfraquecido e retransmitindo-o. Enquanto
usando um Hub passivo o sinal pode trafegar apenas 100 metros
somados os dois trechos de cabos entre as estações, usando um hub
ativo o sinal pode trafegar por 100 metros até o hub, e após ser
retransmitido por ele trafegar mais 100 metros completos. Apesar de
mais caro, este tipo de hub permite estender a rede por distâncias
maiores.

Hubs Inteligentes

Além dos hubs comuns, que apenas distribuem os sinais da rede para
os demais micros conectados a ele, existe uma categoria especial de
hubs, chamados de smart hubs, ou hubs inteligentes. Este tipo de hub
incorpora um processador e softwares de diagnóstico, sendo capaz de
detectar e se preciso desconectar da rede estações com problemas,
evitando que uma estação faladora prejudique o tráfego ou mesmo
derrube a rede inteira; detectar pontos de congestionamento na rede,
fazendo o possível para normalizar o tráfego; detectar e impedir
tentativas de invasão ou acesso não autorizado à rede e outros
problemas em potencial entre outras funções, que variam de acordo com
a sofisticação do Hub. O SuperStak II da 3Com por exemplo, traz um
software que baseado em informações recebidas do hub, mostra um
gráfico da rede, mostrando as estações que estão ou não funcionando,
pontos de tráfego intenso etc.
Usando um hub inteligente a manutenção da rede torna-se bem mais
simples, pois o hub fará a maior parte do trabalho. Isto é especialmente
necessário em redes médias e grandes.

Switchs

Um Hub simplesmente retransmite todos os dados que chegam para


todas as estações conectadas a ele, como um espelho. Isso faz com
que o barramento de dados disponível seja compartilhado entre todas as
estações e que apenas uma possa transmitir de cada vez.

Um switch também pode ser usado para interligar vários hubs, ou


mesmo para interligar diretamente as estações, substituindo o hub.
Mas, o switch é mais esperto, pois ao invés de simplesmente
encaminhar os pacotes para todas as estações, encaminha apenas
para o destinatário correto. Isto traz uma vantagem considerável
em termos desempenho para redes congestionadas, além de permitir
que, em casos de redes, onde são misturadas placas 10/10 e 10/100,
as comunicações possam ser feitas na velocidade das placas envolvidas.
Ou seja, quando duas placas 10/100 trocarem dados, a comunicação
será feita a 100 megabits. Quando uma das placas de 10 megabits
estiver envolvida, será feita a 10 megabits. Os switchs mais baratos,
destinados a substituir os hubs são também chamados de hub-switchs.

De maneira geral a função do switch é muito parecida com a de um


bridge, com a excessão que um switch tem mais portas e um melhor
desempenho. Usando bridges ou switches todos os segmentos
interligados continuam fazendo parte da mesma rede. As vantagens são
apenas a melhora no desempenho e a possibilidade de adicionar mais
nós do que seria possível unindo os hubs diretamente. Os roteadores
por sua vez são ainda mais avançados, pois permitem interligar várias
redes diferentes, criando a comunicação, mas mantendo-as como redes
distintas.

Conectando Hubs

A maioria dos hubs possuem apenas 8 portas, alguns permitem a


conexão de mais micros, mas sempre existe um limite. E se este limite
não for suficiente para conectar todos os micros de sua rede?

Para quebrar esta limitação, existe a possibilidade de conectar dois ou


mais hubs entre sí. Quase todos os hubs possuem uma porta chamada
“Up Link” que se destina justamente a esta conexão. Basta ligar as
portas Up Link de ambos os hubs, usando um cabo de rede normal
para que os hubs passem a se enxergar.

Como para toda a regra existe uma exceção, alguns hubs mais baratos
não possuem a porta Up Link, mas nem tudo está perdido, lembra-se
do cabo cross-over que serve para ligar diretamente dois micros sem
usar um hub? Ele também serve para conectar dois hubs. A única
diferença neste caso é que ao invés de usar as portas Up Link,
usaremos duas portas comuns.

Note que caso você esteja interligando hubs passivos, a distância total
entre dois micros da rede, incluindo o trecho entre os hubs, não poderá
ser maior que 100 metros, o que é bem pouco no caso de uma rede
grande. Neste caso, seria mais recomendável usar hubs ativos, que
amplificam o sinal.

Repetidores

Caso você precise unir dois hubs que estejam muito distantes, você poderá
usar um repetidor. Se você tem, por exemplo, dois hubs distantes 150
metros um do outro, um repetidor estrategicamente colocado no meio do
caminho servirá para viabilizar a comunicação entre eles.

Bridges (pontes)

Imagine que em sua empresa existam duas redes; uma rede Ethernet, e
outra rede Token Ring. Veja que apesar das duas redes possuírem
arquiteturas diferentes e incompatíveis entre sí, é possível instalar nos
PCs de ambas um protocolo comum, como o TCP/IP por exemplo. Com
todos os micros de ambas as redes falando a mesma língua, resta
apenas quebrar a barreira física das arquiteturas de rede diferentes, para
que todos possam se comunicar. É justamente isso que um bridge faz.
É possível interligar todo o tipo de redes usando bridges, mesmo que os
micros sejam de arquiteturas diferentes, Macs de um lado e PCs do
outro, por exemplo, contanto que todos os micros a serem conectados
utilizem um protocolo comum. Antigamente este era um dilema difícil,
mas atualmente isto pode ser resolvido usando o TCP/IP, que
estudaremos à fundo mais adiante.

Como funcionam os Bridges?

Imagine que você tenha duas redes, uma Ethernet e outra Token Ring,
interligadas por um bridge. O bridge ficará entre as duas, escutando
qualquer transmissão de dados que seja feita em qualquer uma das
duas redes. Se um micro da rede A transmitir algo para outro micro da
rede A, o bridge ao ler os endereços de fonte e destino no pacote,
perceberá que o pacote se destina ao mesmo segmento da rede e
simplesmente ignorará a transmissão, deixando que ela chegue ao destinatário
através dos meios normais. Se, porém, um micro da rede A transmitir algo
para o micro da rede B, o bridge detectará ao ler o pacote que o
endereço destino pertence ao outro segmento, e encaminhará o pacote.

Caso você tenha uma rede muito grande, que esteja tornando-se lenta
devido ao tráfego intenso, você também pode utilizar um bridge para
dividir a rede em duas, dividindo o tráfego pela metade.

Figura 2: Comunicação entre duas redes usando bridge.

Existem também alguns bridges mais simples (e mais baratos) que não
são capazes de distinguir se um pacote se destina ou não ao outro
lado da rede. Eles simplesmente encaminham tudo, aumentando
desnecessariamente o tráfego na rede. Estes bridges são chamados de
bridges de encaminhamento, servem para conectar redes diferentes, mas
não para diminuir o tráfego de dados. A função de bridge também pode
ser executada por um PC com duas placas de rede, corretamente
configurado.

Roteadores (routers)

Os bridges servem para conectar dois segmentos de rede distintos,


transformando-os numa úni ca rede. Os roteadores por sua vez,
servem para interligar duas redes separadas. A diferença é que usando
roteadores, é possível interligar um número enorme de redes
diferentes, mesmo que situadas em países ou mesmo continentes
diferentes. Note que cada rede possui seu próprio roteador e os vários
roteadores são interligados entre sí.

Os roteadores são mais espertos que os bridges, pois não lêem todos
os pacotes que são transmitidos através da rede, mas apenas os
pacotes que precisam ser roteados, ou seja, que destinam-se à outra
rede. Por este motivo, não basta que todos os micros usem o mesmo
protocolo, é preciso que o protocolo seja roteável. Apenas o TCP/IP e o
IPX/SPX são roteáveis, ou seja, permitem que os pacotes sejam
endereçados à outra rede. Portanto, esqueça o NetBEUI caso pretenda
usar roteadores.

Como vimos, é possível interligar inúmeras redes diferentes usando


roteadores e não seria de se esperar que todos os roteadores tivessem
acesso direto a todos os outros roteadores a que estivesse conectado.
Pode ser que por exemplo, o roteador 4 esteja ligado apenas ao
roteador 1, que esteja ligado ao roteador 2, que por sua vez seja ligado
ao roteador 3, que esteja ligado aos roteadores 5 e 6. Se um micro da
rede 1 precisar enviar dados para um dos micros da rede 6, então o
pacote passará primeiro pelo roteador 2 sendo então encaminhado ao
roteador 3 e então finalmente ao roteador 6. Cada vez que o dado
é transmitido de um roteador para outro, temos um hop.

Figura 3: Roteadores.

Os roteadores também são inteligentes o suficiente para determinar o


melhor caminho a seguir. Inicialmente o roteador procurará o caminho
com o menor número de hops: o caminho mais curto. Mas se por
acaso perceber que um dos roteadores desta rota está ocupado
demais, o que pode ser medido pelo tempo de resposta, então ele
procurará caminhos alternativos para desviar deste roteador
congestionado, mesmo que para isso o sinal tenha que passar por mais
roteadores. No final, apesar do sinal ter percorrido o caminho mais
longo, chegará mais rápido, pois não precisará ficar esperando na fila do
roteador congestionado
SOFTWARE DE REDE

Programas (softwares) para redes de computadores podem estar em


todos os níveis de uma rede. A implementação de uma camada pode
ser em hardware ou software, dependendo da necessidade de maior
performance e flexibilidade. Porém este conceito de software é
comumente utilizado no que diz respeito aos serviços criados na camada
de aplicação: servidores/clientes de Web (HTTP), de Correio Eletrônico
(SMTP, IMAP, POP3, etc), de Chat (Bate-papo), dentre outros. Existe, no
entanto, o tipo de programa que merece maior aprofundamento neste
ponto de nossos estudos: o Sistema Operacional de Rede (SOR). Eles
são uma extensão dos sistemas operacionais locais (e.g. Windows 98,
Linux e MAC OS), complementados com um conjunto de funções
básicas, e de uso geral, necessários à operação das estações, de forma
a tornar transparente o uso dos recursos compartilhados. Dentre as
funções do sistema operacional de rede destaca-se, assim, o
gerenciamento do acesso ao sistema de comunicação e,
conseqüentemente, às estações remotas para utilização de recursos de
hardware e software remotos.
Abaixo temos alguns exemplos de SOR .
Windows 2000 Server
É a nova versão da linha de sistemas operacionais corporativos da
Microsoft, a evolução do Windows NT, comprovadamente o preferido
para milhões de usuários corporativos em todo o mundo. O Windows
2000 Professional é a evolução do Windows NT Workstation 5.0 e o
Windows 2000 Server é a do Windows NT Server 5.0.
Novell Netware
Sistema operacional criado pela empresa Novell e que durante muitos
anos foi um dos principais sistemas usados em empresas como SOR.
Possui um banco de dados chamado NDS, que armazena informações
sobre usuários, computadores, softwares e equipamentos. Ele utiliza
como protocolos de transporte e rede o IPX e o SPX. Em suas últimas
versões ele está usando o TCP/IP da Internet, como padrão, no lugar
do IPX/SPX, embora ainda o utilize.
Unix
O sistema operacional UNIX é um sistema multiusuário e multitarefa. Isto
significa que vários usuários podem utilizar a mesma máquina ao mesmo
tempo e que várias tarefas podem ser executadas concorrentemente
(quando há um único processador) ou em paralelo (quando há vários
processadores). O DOS é um exemplo de sistema operacional
monousuário e monotarefa. O UNIX é um sistema flexível sendo
encontrado em diversas plataformas, desde microcomputadores com
processadores 386, 486 e Pentium (FreeBSD, SCO UNIX e UnixWare) e
Motorola (A/UX da Apple), passando por estações de trabalho com
processadores de tecnologia RISC (AIX da IBM, Irix da Silicon Graphics,
SunOS e Solaris da Sun, Digital UNIX da Digital, HP-UX da Hewllet
Packard) e até supercomputadores (UNICOS para Cray, da Silicon
Graphics, AIX para IBM SP, da IBM). Os exemplos mostrados neste
tutorial estão ambientados no sistema IBM AIX, uma implementação IBM
do sistema operacional UNIX System V, da AT&T e 4.3 BSD (Berkeley
Software Distribuition).
Linux
É uma sistema operacional Unix, multiusuário, multitarefa e
multiprocessado, de livre distribuição, disponível para equipamentos
x86 (Intel e compatíveis), Motorola 68K, Digital Alpha, Sparc, Mips e
PowerPC, entre outros. É uma implementação aderente ao POSIX-
Portable Operating System Interface, ou seja segue as indicações do
IEEE para sistema abertos e portabilidade. O núcleo do Linux não utiliza
código proprietário de qualquer espécie, sendo a maior parte de seu
desenvolvimento feito sob o projeto GNU da Free Software Foundation, o
que torna obrigatório que binários e fontes sejam distribuídos
conjuntamente. Ele tanto pode ser um SOR quanto um sistema
operacional local para microcomputadores.

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