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07/01/2011 HowStuffWorks - Como funcionam os …

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Como funcionam os switches LAN (rede de comunicação local)


por Jeff Tys on - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução

Se você já leu outros artigos sobre redes ou Internet, já conhece o funcionamento básico de uma
rede, que depende de:

nós (computadores)
um meio de conexão (com ou sem fios)
equipamento de rede especializado, como roteadores ou hubs.

Na Internet, todas estas peças trabalham conjuntamente para permitir que o seu computador envie
informações para outros computadores que podem estar do outro lado do mundo!
Os switches, também conhecidos como comutadores, são peças fundamentais de muitas redes
porque agilizam as coisas. Os switches permitem que diferentes nós (um ponto de conexão da rede,
geralmente um computador) de uma rede se comuniquem diretamente uns com os outros de maneira
simples e eficaz.

Imagem cedida Cisco Systems, Inc.


Ilustração de um switch Cisco Catalyst

Existem vários tipos diferentes de switches e redes. Os switches que fornecem uma conexão
independente para cada nó em uma rede interna de uma empresa são chamados switches LAN. Um
switch LAN cria uma série de redes instantâneas que contêm apenas 2 dispositivos se comunicando
em um determinado momento. Neste artigo, vamos falar sobre as redes Ethernet que usam estes
switches LAN. Você vai aprender o que é um switch LAN e como funcionam o aprendizado automático,
as VLANs (redes locais virtuais), o trunking e spanning tree.

Básico sobre as redes

Abaixo veremos os componentes básicos de uma rede.

Rede - grupo de computadores conectados que trocam informações entre si.


Nó - qualquer coisa que está conectada à rede. Geralmente, um nó é um computador, mas
também pode ser uma impressora ou uma torre de CD-ROM.
Segmento - qualquer porção da rede separada por um switch, ponte ou roteador.
Backbone - cabeamento principal de uma rede, sendo que todos os segmentos se
conectam a ele. Geralmente, o backbone é capaz de carregar mais informações do que os
segmentos individuais. Por exemplo, cada segmento pode ter uma taxa de transferência de
10 Mbps (megabits por segundo), enquanto o backbone opera a 100 Mbps.
Topologia - maneira como cada nó se conecta fisicamente à rede (mais informações na
próxima seção).
Rede local (LAN) - rede de computadores que geralmente estão em um mesmo local, que
pode ser um prédio ou um campus de universidade. Se os computadores estiverem muito
distante um do outro (em bairros ou cidades diferentes), uma rede de longa distância
(WAN) é utilizada.

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Placa de interface de rede - cada computador (e a maioria dos outros dispositivos) se
conecta à rede através de uma placa de rede. A maioria dos computadores de mesa utiliza
uma placa Ethernet (normalmente de 10 ou 100 Mbps) conectada a um slot da placa-mãe do
computador.
Endereço MAC (Media Access Control) - este é o endereço físico de qualquer dispositivo
(como uma placa de rede em um computador) na rede. O endereço MAC, formado por 2
partes iguais, tem 6 bytes de comprimento. Os primeiros 3 bytes identificam a empresa que
fabricou a placa de rede. Os 3 bytes seguintes representam o número de série da placa de
rede.
Unicast - transmissão de um nó endereçado, especificamente, para outro nó.
Multicast - em multicast, um nó envia um pacote endereçado a um grupo especial de
endereços. Os dispositivos interessados neste grupo podem se registrar para receber os
pacotes endereçados ao grupo. Um exemplo pode ser um roteador Cisco (em inglês) que
envia uma atualização para todos os outros roteadores Cisco.
Broadcast - em uma transmissão broadcast, um nó envia um pacote endereçado a todos os
outros nós da rede.

Na próxima seção vamos discutir as topologias mais comuns das redes.

Topologias de rede

Veja abaixo algumas das topologias mais utilizadas.

Barramento - cada nó é ligado em "série" (um nó é conectado atrás do outro) em um


mesmo backbone, de forma semelhante às luzinhas de natal. As informações enviadas por
um nó trafegam pelo backbone até chegar ao nó de destino. Cada extremidade de uma rede
de barramento deve ser terminada por um resistor para evitar que o sinal enviado por um
nó através da rede volte quando chegar ao fim do cabo.

Topologia da rede de barramento

Anel - como uma rede de barramento, os anéis também têm nós ligados em série. A
diferença é que a extremidade da rede volta para o primeiro nó e cria um circuito completo.
Em uma rede em anel, cada nó tem sus vez para enviar e receber informações através de
um token (ficha). O token, junto com quaisquer informações, é enviado do primeiro para o
segundo nó, que extrai as informações endereçadas a ele e adiciona quaisquer informações
que deseja enviar. Depois, o segundo nó passa o token e as informações para o terceiro nó
e assim por diante, até chegar novamente ao primeiro nó. Somente o nó com o token pode
enviar informações. Todos os outros nós devem esperar o token chegar.

Topologia de rede em anel

Estrela - em uma rede em estrela, cada nó se conecta a um dispositivo central chamado


hub. O hub obtém um sinal que vem de qualquer nó e o passa adiante para todos os outros
nós da rede. Um hub não faz nenhum tipo de roteamento ou filtragem de dados. Ele
simplesmente une os diferentes nós.

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Topologia de rede em estrela

Barramento em estrela - provavelmente a topologia de rede mais utilizada hoje. A rede de


barramento em estrela combina elementos da topologia em barramento e da topologia em
estrela para criar um ambiente de rede versátil. Os nós em determinadas áreas se conectam
aos hubs (criando estrelas) e os hubs se conectam uns aos outros ao longo do backbone da
rede (como uma rede de barramento). É comum observar redes em estrela dentro de outras
redes em estrela, como no exemplo abaixo:

Topologia de rede em estrela

O problema: tráfego

No tipo mais básico de rede encontrada hoje, os nós são conectados simplesmente através de hubs. À
medida que a rede cresce, surgem alguns problemas com esta configuração.

Escalabilidade - em uma rede em hub, a largura de banda compartilhada limitada dificulta


seu crescimento significativo sem sacrificar o desempenho. Os aplicativos modernos também
precisam de mais banda do que nunca. Neste caso, a rede inteira precisa ser redesenhada,
periodicamente, para acomodar o crescimento.
Latência - é a quantidade de tempo que um pacote leva para chegar ao destino. Já que
cada nó de uma rede baseada em hub precisa esperar uma oportunidade para transmitir e
evitar colisões, a latência aumenta significativamente quando você adiciona mais nós. Se
alguém estiver enviando um arquivo grande pela rede, todos os outros nós terão de esperar
uma oportunidade para enviar seus próprios pacotes. Você já deve ter vivenciado isso no
trabalho. Você tenta acessar um servidor ou a Internet e, de repente, tudo fica muito lento.
Falha de rede - em uma rede típica, um dispositivo conectado a um hub pode causar
problemas em outros dispositivos conectados a este mesmo hub devido a configurações
incorretas de velocidade (por exemplo, 100 Mbps em um hub de 10 Mbps) ou excesso de
transmissões broadcast. Os switches podem ser configurados para limitar os níveis de
broadcast.
Colisões - a Ethernet utiliza um processo chamado CSM A/CD (Carrier Sense Multiple
Access with Collision Detection - Múltiplo Acesso com Verificação de Presença de Portadora
e Detecção de Colisão) para se comunicar através da rede. Sob o CSMA/CD, um nó só envia
um pacote de dados quando não existe tráfego na rede. Se 2 nós enviarem pacotes ao
mesmo tempo, uma colisão ocorre e os pacotes são perdidos. Quando isto acontece, os 2
nós esperam por um tempo aleatório e depois retransmitem os pacotes. Um domínio de
colisão é uma parte da rede onde os pacotes de 2 ou mais nós podem colidir. Uma rede
com mais nós em um mesmo segmento sempre vai ter uma grande quantidade de colisões e,
portanto, um domínio de colisão maior.

Os hubs são uma maneira fácil de encurtar as distâncias percorridas pelos pacotes de um nó para o
outro. Mas, não quebram a rede em segmentos menores. Esta é a função dos switches. Na próxima
seção, você vai descobrir como os switches direcionam o tráfego da rede.

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A solução: adicionando switches

Pense em um hub como um cruzamento em que todos têm de parar. Se mais de um carro chegar ao
cruzamento ao mesmo tempo, ele vai ter de esperar a sua vez para poder seguir adiante.

Imagine que cada veículo é um pacote de dados que espera


uma oportunidade para continuar sua viagem

Imagine agora como deveria ser uma dezena ou até centenas de estradas cruzando em um único
ponto. O tempo de espera e as possibilidades de colisão aumentariam significativamente. Mas não
seria fantástico se você pudesse escolher uma rampa de saída de cada uma dessas estradas para o
caminho que você deseja seguir? É exatamente isso que um switch faz para o tráfego da rede. Um
switch funciona como um trevo. Cada carro pode pegar uma rampa de saída para chegar ao seu
destino sem ter de esperar pelo trânsito.
A principal diferença entre um hub e um switch é que todos os nós conectados a um hub dividem a
banda, enquanto um dispositivo conectado a um switch tem toda a disponibilidade da banda para si.
Por exemplo, se 10 nós estão se comunicando através de um hub numa rede de 10 Mbps, cada nó
pode usar somente uma porção desse 10 Mbps se os outros nós estiverem se comunicando também.
Mas se fosse utilizado um switch, cada nó poderia se comunicar utilizando a velocidade máxima de 10
Mbps. Compare com a analogia da estrada. Se todo o tráfego vai para o mesmo cruzamento, então
cada carro vai ter de dividir aquele mesmo cruzamento com todos os outros carros. Mas um trevo
permite que todo o tráfego escoe facilmente de uma estrada para a outra.

Redes totalmente comutadas

Em uma rede totalmente comutada, os switches substituem todos os hubs numa rede ethernet por
um segmento dedicado para cada nó. Estes segmentos se conectam a um switch que suporta
múltiplos segmentos dedicados (às vezes, centenas destes segmentos). Como os únicos dispositivos
em cada segmento são o switch e o nó, o switch intercepta todas as transmissões antes que elas
cheguem ao próximo nó. O switch então encaminha o frame para o segmento apropriado. Como cada
segmento contém um único nó, o frame só chega ao destinatário desejado. Este procedimento permite
múltiplas conversações numa rede comutada.

Imagem cedida Cisco Networks


Um exemplo de rede que utiliza um switch

Ao utilizar switches, uma rede ethernet se torna full-duplex. Antes do switch, a ethernet era half-
duplex. Isso significa que os dados só podiam ser transmitidos em uma direção de cada vez. Numa
rede totalmente comutada, os nós só se comunicam com o switch e não diretamente com outros nós.
As informações podem viajar de um nó para um switch e de um switch para um nó simultaneamente.
As redes comutadas utilizam cabeamento de par trançado ou de fibra ótica. Ambos utilizam condutores
independentes para enviar e receber dados. Neste tipo de ambiente, os nós ethernet podem esquecer
o processo de detecção de colisão e transmitir à vontade, já que são os únicos dispositivos que
podem acessar o meio. Em outras palavras, o fluxo de tráfego tem uma pista para cada direção. Isto
permite que os nós transmitam para o switch enquanto o switch transmite para eles. É um ambiente
livre de colisões. A transmissão em ambas as direções pode dobrar a velocidade aparente da rede
quando 2 nós estão trocando informações. Se a velocidade da rede for de 10 Mbps, então cada nó
pode transmitir, simultaneamente, a 10 Mbps.

Redes mistas

A maioria das redes não é 100% comutada devido aos custos de substituição dos hubs pelos switches.

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Uma rede mista com 2 switches e 3 hubs

Geralmente, uma combinação de switches e hubs é utilizada para criar uma rede eficiente e barata.
Por exemplo, uma empresa pode ter hubs conectando os computadores em cada departamento e um
switch conectando os hubs de cada departamento.

Roteadores e switches

Como você pode ver, um switch pode mudar radicalmente a maneira como os nós se comunicam uns
com os outros. Mas qual a diferença do switch para o roteador? Os switches geralmente utilizam a
Camada 2 (camada de enlace de dados) do modelo de referência OSI, utilizando endereços MAC,
enquanto os roteadores trabalham na Camada 3 (Rede) com endereços da camada 3 - IP, IPX ou
Appletalk, dependendo do protocolo da camada 3 (em inglês) utilizado. O algoritmo que os switches
usam para decidir como encaminhar os pacotes é diferente dos algoritmos utilizados pelos roteadores.
Uma das diferenças destes algoritmos é a maneira como os endereços broadcast são tratados. Um
pacote broadcast é vital para a operacionalidade de qualquer rede. Quando um dispositivo precisa
enviar informações, mas não sabe para quem deve enviá-las, ele envia um broadcast. Por exemplo,
toda vez que um novo computador ou outro dispositivo chega à rede, ele envia um pacote broadcast
para anunciar sua presença. Os outros nós (como o servidor de nomes de domínio) podem adicionar
o computador à sua lista de endereços e se comunicar diretamente com esse computador a partir
deste momento. Os broadcasts são utilizados sempre que um dispositivo precisa fazer um comunicado
para o resto da rede ou quando não tem certeza do destinatário das informações.

O modelo de referência OSI consiste em 7 camadas que vão


do cabo (camada física) até o software (camada da aplicação)

Um hub ou switch, ao contrário de um roteador, deixa passar qualquer pacote broadcast que recebe
para todos os outros segmentos do domínio broadcast. Pense novamente no exemplo do cruzamento.
Todo o tráfego passa pelo cruzamento, não importa o destino. Agora imagine que este cruzamento
está situado em uma fronteira. Para passar pelo cruzamento, você deve informar ao fiscal o endereço
específico para onde está indo. Se você não souber o endereço específico, o fiscal não vai deixar
você passar. Um roteador funciona desta maneira. Sem um endereço específico de outro dispositivo,
ele não permite que o pacote de dados passe. Isso é bom para separar redes, mas não tão prático
quando você quer que partes diferentes da mesma rede conversem. É aí que entram os switches.

Comutação de pacotes

Os switches LAN funcionam através da comutação de pacotes. O switch estabelece uma conexão
entre dois segmentos por um tempo suficiente para enviar o pacote atual. Os pacotes recebidos (que
são parte de um frame ethernet) são armazenados em uma memória temporária (buffer). O endereço
MAC contido no cabeçalho do frame é lido e comparado com a lista de endereços mantida pelo switch.
Em uma LAN Ethernet, um frame Ethernet contém um pacote normal que são os dados do frame e um

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cabeçalho especial que contém a informação do endereço MAC do remetente e do destinatário do
pacote.
Switches de comutação de pacotes utilizam 1 dos 3 métodos a seguir para rotear o tráfego:

corte de caminho (cut-through)


armazena e passa adiante (store-and-foward)
livre de fragmentos
(fragment-free)

Os switches cut-through lêem o endereço MAC assim que o pacote é detectado pelo switch. Após
armazenar os 6 bytes que contêm as informações sobre o endereço, eles imediatamente começam a
mandar o pacote para o nó de destino, mesmo se o restante do pacote ainda estiver chegando ao
switch.
Um switch que utiliza o método store-and-forward salva o pacote completo em um buffer e verifica se
existem erros CRC ou outros problemas antes de transmiti-lo. Se o pacote contiver um erro, ele é
descartado. Se não existir erro, o switch verifica o endereço MAC e envia o pacote para o nó de
destino. Muitos switches combinam os dois métodos. O método cut-through é utilizado até alcançar um
certo nível de erro e depois o switch muda para store-and-forward. Poucos switches utilizam somente
cut-through, já que este método não corrige erros.
Um método menos comum é o fragment-free. Ele funciona como um cut-through, mas armazena os
primeiros 64 bytes do pacote antes de enviá-lo. O motivo é que a maioria dos erros e todas as
colisões acontecem nos 64 bytes iniciais de um pacote.

Configurações de switches

Os switches LAN variam quanto ao seu projeto. Atualmente, existem três configurações populares.

Memória compartilhada - este tipo de switch armazena todos os pacotes recebidos em


um buffer comum, compartilhado por todas as portas de switch (conexão de entrada/saída),
e depois envia os pacotes pela porta correta para o nó de destino.
Matrix - este tipo de switch tem uma grade interna com as portas de entrada e saída que se
cruzam entre si. Quando o pacote é detectado numa porta de entrada, o endereço MAC é
comparado com a lista de endereços para localizar a porta de saída apropriada. O switch
então faz uma conexão na grade onde estas duas portas se encontram.
Arquitetura de barramento - em vez de uma grade, um caminho interno de transmissão
(barramento comum) é compartilhado por todas as portas utilizando o TDMA. Um switch com
essa configuração tem um buffer dedicado para cada porta, assim como um ASIC para
controlar o acesso ao barramento interno.

Pontes transparentes

Aprendizagem automática
A maioria dos switches LAN Ethernet utiliza um sistema muito interessante, chamado aprendizagem
automática para criar as suas listas de endereços. Essa é uma tecnologia que permite que o switch
aprenda tudo sobre a localização dos nós de uma rede sem que o administrador da rede tenha de
fazer qualquer coisa. A aprendizagem automática está dividida em cinco partes:

aprendizado
flooding
filtragem
encaminhamento
envelhecimento

Veja como funciona:

​ Clique​ nos termos do menu


para aprender mais sobre as pontes transparentes

Na próxima seção, você vai ler uma descrição passo-a-passo que explica o funcionamento das pontes
transparentes.

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Pontes transparentes: o processo

Aqui está uma descrição passo-a-passo das pontes transparentes.


Clique nos termos do menu para aprender mais sobre as ​pontes transparentes

O switch é adicionado à rede e vários segmentos são ligados às portas do switch.

Um computador (nó A) no primeiro segmento (segmento A) envia dados para um computador


(nó B) em outro segmento (segmento C).

O switch pega o primeiro pacote de dados do nó A, seu endereço MAC e o salva na lista de
endereços do segmento A. O switch agora sabe onde achar o nó A toda vez que um pacote
de dados for endereçado para ele. Este processo é chamado de aprendizado (learning).

Já que o switch não sabe onde está o nó B, ele envia o pacote para todos os segmentos,
com exceção do segmento A. O processo de enviar um pacote para todos os segmentos
para encontrar um nó específico é conhecido como flooding.

O nó B pega o pacote e envia-o novamente para o nó A para avisá-lo que o pacote foi
recebido.

O pacote do nó B chega ao switch. Agora o switch pode adicionar o endereço MAC do nó B à


lista de endereços do segmento C. Como o switch já sabe o endereço do nó A, ele envia o
pacote diretamente para ele. O nó A está num segmento diferente do nó B, por isso o switch
deve conectar os dois segmentos para enviar o pacote. Isto é conhecido como
encaminhamento (forwarding).

Um novo pacote do nó A para o nó B chega ao switch. O switch agora sabe onde está o nó
B, então direciona o pacote diretamente para o nó B.

O nó C envia informação para que o switch localize o nó A. O switch consulta o endereço


MAC do nó C e o adiciona à lista de endereços do segmento A. O switch já sabe o endereço
do nó A e entende que os 2 nós estão no mesmo segmento. Então, ele não precisa conectar
o segmento A a outro segmento para que os dados viajem do nó C para o nó A. Portanto, o
switch vai ignorar os pacotes que viajam entres nós de um mesmo segmento. Isto é a
filtragem (filtering).

Os processos de aprendizado e flooding continuam até que todos os nós estejam


armazenados nas listas de endereços. A maioria dos switches tem muita memória disponível
para administrar estas listas de endereços. Entretanto, para otimizar o uso da memória, eles
removem informações antigas para que o switch não perca tempo com endereços obsoletos.
Para fazer isso, eles utilizam uma técnica chamada envelhecimento. Quando uma nova
informação é adicionada à lista de endereços, o switch atribui uma data e hora ao endereço.
Toda vez que um pacote é enviado para um nó, a data e a hora são atualizadas. O switch
tem um timer configurável que apaga o endereço depois de um certo tempo de inatividade
daquele nó, que libera a memória para a inclusão de outros endereços. Como você pode
ver, uma ponte transparente é uma maneira fácil e prática de adicionar e gerenciar todas as
informações que um switch precisa para realizar o seu trabalho.

No nosso exemplo, 2 nós estavam no segmento A, enquanto o switch criava segmentos independentes
para os nós B e D. Em uma rede comutada ideal, cada nó deve ter o seu próprio segmento. Isto
eliminaria a possibilidade de colisões e também a necessidade da filtragem.

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Redundância

Quando falamos anteriormente sobre as redes de barramento e as redes em anel, uma questão
levantada foi a possibilidade de um ponto único de falha. Numa rede em estrela, o ponto de erro mais
comum é o switch ou hub. Veja este exemplo:

Neste exemplo, se o switch A ou C falhar, os nós conectados a este switch são afetados, mas os nós
nos outros dois switches ainda podem se comunicar. Entretanto, se o switch B falha, toda a rede cai.
Mas e se adicionarmos outro segmento à rede que conecte os switches A e C?

Neste caso, mesmo que um dos switches falhe, a rede continuará funcionando. Isto gera
redundância, o que efetivamente elimina o ponto único de falha.
Mas agora temos um novo problema.

Congestionamento broadcast

Na última seção, você descobriu como os switches aprendem a localizar os nós. Com todos os
switches conectados em loop, um pacote vindo de um nó poderia passar por um switch através de 2
segmentos diferentes. Por exemplo, imagine que o nó B está conectado ao switch A e precisa se
comunicar com o nó A no segmento B. O switch A não sabe onde o nó A está, então ele faz uma
transmissão broadcast do pacote.

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O pacote viaja pelo segmento A ou C para outros dois switches (B e C). O switch B vai adicionar o nó
B à lista de endereços do segmento A, enquanto o switch C vai adicioná-lo à lista de endereços do
segmento C. Se nenhum switch aprendeu o endereço do nó A, eles vão fazer uma varredura no
segmento B procurando pelo nó A. Cada switch vai pegar o pacote enviado pelo outro switch e enviá-
lo de volta imediatamente, já que eles não sabem onde está o nó A. O switch A vai receber o pacote
de cada segmento e enviá-lo de volta para outro segmento. Isto gera um congestionamento
broadcast. Os pacotes broadcast são recebidos e retransmitidos por cada switch, o que causa um
congestionamento severo na rede.
Isto nos leva às spanning trees.

Spanning trees (árvores de abrangência)

Para prevenir os congestionamentos broadcast e outros efeitos colaterais indesejados das ligações
em loop, a empresa Digital Equipment Corporation criou o protocolo spanning tree (STP), que foi
padronizado como a especificação 802.1d pelo IEEE - Institute of Electrical and Electronic Engineers -
Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (em inglês). Um protocolo spanning tree utiliza um
algoritmo spanning tree (STA), que percebe que o switch tem mais de uma maneira de se
comunicar com um nó. Este protocolo determina o melhor caminho e bloqueia os outros. Outra
vantagem é que ele memoriza os outros caminhos, caso o caminho principal esteja indisponível.
Veja abaixo de que maneira funciona o STP.

Cada switch administra um grupo de IDs, um para o próprio switch e um para cada porta do
switch. O identificador do switch, chamado de ID de ponte (BID), tem 8 bytes que contêm a
prioridade da ponte (2 bytes) junto com um dos endereços MAC do switch (6 bytes). Cada ID
de porta tem 16 bits formados por duas partes: uma configuração de prioridade de 6 bits e
um número de porta de 10 bits.
Um valor de custo de caminho é atribuído a cada porta. O custo é baseado num guia
estabelecido pelo padrão 802.1d. De acordo com a especificação original, o custo é de 1 mil
Mbps (1 gigabit por segundo) dividido pela largura de banda do segmento conectado à
porta. Portanto, uma conexão de 10 Mbps teria um custo de (1.000/10) 100.
Para compensar as velocidades de redes que ultrapassam a velocidade de um gigabit, o
custo padrão foi levemente modificado. Os novos valores são:

Largura de banda Custo do STP


4 Mbps 250
10 Mbps 100
16 Mbps 62
45 Mbps 39
100 Mbps 19
155 Mbps 14
622 Mbps 6
1 Gbps 4
10 Gbps 2

Também é possível que o administrador da rede atribua um valor arbitrário ao custo de


caminho, em vez de usar um dos valores padrão.
cada switch inicia um processo de exploração para descobrir qual caminho de rede ele deve
usar para cada segmento. Essa informação é compartilhada com todos os switches através
de uma rede especial de frames conhecida como BPDU (bridge protocol data units -
unidades de dados de protocolo de ponte).

BID raiz. Este é o BID da ponte raiz atual.


Custo de caminho para a ponte raiz. Determina o quão longe está a ponte raiz.
Por exemplo, se os dados trafegam por três segmentos de 100 Mbps para chegar à
ponte raiz, o custo é de (19 + 19 + 0) 38. O segmento conectado à ponte raiz
normalmente tem um custo de caminho igual a zero.
BID remetente. Este é o BID que o switch envia para o BPDU.
ID de porta. Esta é a porta real no switch da qual as informações BPDU foram
enviadas.

Todos os switches estão constantemente enviando BPDUs uns para os outros, tentando
determinar o melhor caminho entre os vários segmentos. Quando um switch recebe um
BPDU (de outro switch) que é melhor do que ele está transmitindo na direção oposta, o
switch pára de enviar BPDU para este segmento. Em vez disso, ele armazenará o BPDU do
outro switch como referência e para fazer a difusão para segmentos inferiores, como
aqueles que estão mais distantes da ponte raiz.
uma ponte raiz é escolhida com base nos resultados dos processos BPDU entre os
switches. Inicialmente, cada switch se considera uma ponte raiz. Quando um switch é
conectado à rede, ele envia um BPDU com o seu próprio BID com BID raiz. Quando os outros
switches recebem o BPDU, eles comparam este BID com os outros BIDs armazenados como
BID raiz. Se o novo BID raiz tiver um valor mais baixo, eles substituem o BID armazenado.
Mas se o BID raiz armazenado for menor, um BPDU é enviado para o novo switch com o novo
valor. Quando o novo switch recebe o BPDU, ele descobre que não é a ponte raiz e substitui
o BID raiz na lista de endereços pelo BID raiz que acabou de receber. O resultado é que o
switch que tem o menor BID é eleito pelos outros switches como ponte raiz;
de acordo com a localização da ponte raiz, os outros switches determinam as portas com o
menor custo para a ponte raiz. Estas portas são chamadas portas raízes e cada switch
(exceto a ponte raiz atual) deve ter uma;
os switches determinam quem terá as portas designadas. Uma porta designada é a

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conexão utilizada para enviar e receber pacotes em um segmento específico. Se existir
somente uma porta designada para cada segmento, todos os problemas da ligação em loop
estarão resolvidos;
As portas designadas são selecionadas de acordo com o custo mais baixo para a ponte raiz
em cada segmento. Como a ponte raiz tem custo "0", quaisquer de suas portas que
estiverem conectadas a segmentos serão portas designadas. Para outros switches, o custo é
comparado com o segmento em questão. Se uma porta tiver um custo menor, ela se torna
uma porta designada para aquele segmento. Se duas ou mais portas tiverem o mesmo custo,
o switch com o menor BID é escolhido.
uma vez que uma porta designada para o segmento é escolhida, todas as outras portas que
se conectam àquele segmento se tornam portas não-designadas. Elas bloqueiam o tráfego
naquele caminho e só acessam o segmento através da porta designada.

Cada switch tem uma tabela de BPDUs atualizada constantemente. A rede é configurada como uma
única spanning tree. A ponte raiz se torna o tronco da árvore e os outros switches se tornam os
galhos. Cada switch se comunica com a ponte raiz através das portas raízes e com cada segmento
através das portas designadas. Assim, a rede fica livre de ligações em loop. Se a ponte raiz começar a
falhar ou se a rede apresentar problema, o STP permite que outros switches reconfigurem a rede e
designem outro switch como ponte raiz. Este processo incrível dá a uma empresa a possibilidade de
ter uma rede complexa e tolerante a falhas, mas ainda assim, fácil de gerenciar.

Roteadores e comutação da camada 3

Enquanto a maioria dos switches opera na camada de enlace de dados (camada 2) do Modelo de
referência OSI, alguns incorporam funções de um roteador e também operam na camada de rede
(camada 3). Na verdade, um switch de camada 3 é muito parecido com um roteador.

Os switches da camada 3 operam na camada de rede

Quando um roteador recebe um pacote, ele observa os endereços da fonte e do destino da camada 3
para determinar o caminho que o pacote deve tomar. Um switch padrão utiliza os endereços MAC para
determinar a fonte e o destino do pacote. Este procedimento é feito na camada 2 (enlace de dados)
da rede.
A principal diferença entre um roteador e um switch de camada 3 é que os switches têm hardware
otimizado para transmitir dados tão rapidamente quanto os switches de camada 2. Entretanto, eles
ainda decidem como transmitir o tráfego na camada 3, exatamente como um roteador faria. Dentro de
um ambiente LAN, um switch de camada 3 é geralmente mais rápido do que um roteador porque é
construído para ser um hardware de comutação. Muitos switches de camada 3 da Cisco são, na
verdade, roteadores que operam mais rapidamente porque são construídos com pastilhas
personalizadas de comutação.
O reconhecimento de padrões (pattern matching) e a memória cache em switches de camada 3
funcionam de maneira semelhante a um roteador. Ambos utilizam um protocolo e uma tabela de
roteamento para determinar o melhor caminho. Entretanto, um switch de camada 3 tem a capacidade
de reprogramar dinamicamente um hardware com as informações atuais de roteamento da camada
3. Por isso o processamento dos pacotes é mais rápido.
Nos switches de camada 3 atuais, as informações recebidas pelos protocolos de roteamento são
utilizadas para atualizar a memória cache das tabelas do hardware.

VLANs

Com o crescimento e aumento da complexidade das redes, muitas empresas adotaram as VLANs
(redes locais virtuais) para tentar estruturar esse crescimento de maneira lógica. Uma VLAN é,
basicamente, uma coleção de nós que são agrupados em um único domínio broadcast, baseado em
outra coisa que não a localização física.
Já falamos sobre os broadcasts e sobre como um roteador não deixa o broadcast passar. Um domínio
broadcast é uma rede (ou uma parte de uma rede) que vai receber um pacote broadcast de qualquer
nó localizado dentro daquela rede. Numa rede comum, tudo que estiver de um mesmo lado do

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roteador faz parte do mesmo domínio broadcast. Um switch com uma VLAN implementada tem
múltiplos domínios broadcast e funciona de maneira semelhante a um roteador. Mas você ainda
precisa de um roteador (ou um mecanismo de roteamento de camada 3) para rotear uma VLAN para a
outra. O switch não consegue fazer isto sozinho.
Abaixo veremos algumas das razões para uma empresa criar as VLANs.

Segurança. Separar os sistemas que contêm dados sigilosos do resto da rede reduz a
possibilidade de acesso não autorizado.
Projetos/aplicativos especiais. As tarefas de gerenciar um projeto ou trabalhar com um
aplicativo podem ser simplificadas pelo uso de uma VLAN que congrega todos os nós
necessários.
Desempenho/Largura de banda. Um monitoramento cuidadoso da utilização da rede
permite que o administrador crie VLANs que reduzam o número de saltos entre os roteadores
e aumentem a largura de banda aparente para os usuário da rede.
Broadcasts/Fluxo de tráfego. A característica principal de uma VLAN é que ela não
permite que o tráfego broadcast chegue aos nós que não fazem parte da VLAN. Isso ajuda a
reduzir o tráfego de broadcasts. As listas de acesso permitem que o administrador da rede
controle quem vê o tráfego da rede. Uma lista de acesso é uma tabela criada pelo
administrador nomeando os endereços que têm acesso àquela rede.
Departamentos/Tipos específicos de cargos. As empresas podem configurar VLANs
para os departamentos que utilizam muito a Internet (como os departamentos de multimídia e
engenharia) ou VLANs que conectam categorias específicas de empregados de
departamentos diferentes (gerentes ou pessoal de vendas).

Na maioria dos switches, você pode criar uma VLAN, simplesmentepor uma conexão através da
Telnet (em inglês). Depois, basta configurar os parâmetros da VLAN (nome, domínio e configuração
das portas). Depois que você criar a VLAN, qualquer segmento de rede conectado às portas
designadas vai se tornar parte desta VLAN.
Você pode criar mais de uma VLAN em um switch, mas estas redes não podem se comunicar
diretamente por ele. Se elas pudessem, não faria sentido ter uma VLAN. Afinal, o objetivo da VLAN é
isolar uma parte da rede. A comunicação entre as VLANs requer o uso de um roteador.
As VLANs podem se expandir por múltiplos switches e você pode configurar mais de uma VLAN em
cada switch. Para que múltiplas VLANs em múltiplos switches possam se comunicar através de um link
entre os switches, você deve usar um processo chamado trunking. Trunking é a tecnologia que
permite que as informações de múltiplas VLANs trafeguem em um único link.
Na próxima seção, você aprenderá mais sobre trunking.

VTP (VLAN Trunking Protocol)

O VLAN trunking protocol (VTP) é um protocolo que os switches usam para se comunicar uns com
os outros e trocar informações sobre as configurações da VLAN.

Na imagem acima, cada switch tem 2 VLANs. No primeiro switch, a VLAN A e a VLAN B são enviadas
através de uma única porta (trunked) para o roteador e através de outra porta para o segundo switch.
A VLAN C e a VLAN D utilizam trunking do segundo para o primeiro switch e do primeiro switch para o
roteador. Este processo de trunking pode carregar tráfego de todas as quatro VLANs. O link de
trunking do primeiro switch para o roteador também pode carregar dados das quatro VLANs. Na
verdade, esta conexão do roteador permite que este mesmo roteador apareça em todas as quatro
VLANs, como se existissem quatro portas físicas diferentes conectadas ao switch.
As VLANs podem se comunicar entre si por meio da conexão trunking entre os dois switches utilizando
o roteador. Por exemplo, dados do computador na VLAN A que precisam chegar a um computador na
VLAN B (ou VLAN C ou VLAN D) devem trafegar do switch para o roteador e novamente para o switch.
Devidoao aprendizado automático e ao trunking, os PCs e o roteador acham que eles estão no mesmo
segmento físico.
Como você pode ver, os switches LAN representam uma tecnologia maravilhosa que pode fazer
diferença na velocidade e qualidade de uma rede.
Para obter mais informações sobre os switches LAN e assuntos relacionados, confira os links na
próxima página.

M ais informações

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Mais links interessantes (em inglês)
Webopedia: switch
Cisco: Visão geral da tecnologia Internetworking
Cirrus: switch LAN
Laboratório InterOperability da Universidade de New Hampshire: Tutoriais e recursos sobre a
ethernet
Cisco: Entendendo o protocolo spanning tree.
Existem vulnerabilidades nas implementações de VLANs?
Desmistificando a comutação da camada 3

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