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SISTEMA DE AQUECIMENTO

POR ÓLEO TÉRMICO

FASE LÍQUIDA

Dez/2014
01-CONCEITOS BÁSICOS.

Energia

Em geral, o conceito e uso da palavra energia se refere "ao potencial inato para executar trabalho
ou realizar uma ação".

Qualquer coisa que esteja trabalhando - por exemplo, movendo outro objeto, aquecendo-o ou a
fazendo-o atravessar por uma corrente elétrica- está "gastando" energia.

Algumas formas de energia

Energia mecânica

É a energia que pode ser transferida por meio de força. A energia mecânica total de um sistema é
a soma da energia potencial com a energia cinética.

Energia potencial

É a energia que um objeto possui pronta a ser convertida em energia cinética.

Energia cinética

É a energia que um corpo em movimento possui devido à sua velocidade.

Energia química

É a energia que está armazenada num átomo ou numa molécula.


As reacções químicas geralmente produzem também calor: fogo ardendo é um exemplo.

Energia nuclear

É a energia produzida pelas reações nucleares, isso é, pela fissão ou pela fusão de átomos, quais
são transformados sobretudo em energia mecânica e calor.

Energia eletromagnética

Está associada aos fenómenos eletromagnéticos.A electricidade, o magnetismo e a radiação


eletromagnética (luz).
Temperatura.

A Temperatura é um parâmetro físico descritivo de um sistema que vulgarmente se associa às


noções de frio e calor, bem como às transferências de energia térmica mas que se poderia definir,
mais exatamente, sob um ponto de vista microscópico, como a medida da energia cinática
associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que compõem o um dado sistema
físico.

Grau Celsius (°C). Para estabelecer uma base de medida da temperatura, Anders Celcius utilizou
(em 1742) os pontos de fusão e ebulição da água em pressão atmosférica. Celsius dividiu o
intervalo de temperatura que existe entre estes dois pontos em 100 partes iguais.

Grau Fahrenheit (°F). Toma divisões entre os pontos de congelação e evaporação de disoluções
de cloreto de amônio.

Kelvin (K) O Kelvin é a unidade de medida do SI. A escala Kelvin absoluta faz parte do zero
absoluto e define a magnitude de suas unidades, de tal forma que o ponto triplo da água
(Temperatura e pressão nas quais os três estados -solido, liquido e gasosos- coexistem em
equilíbrio termodinâmico) é exatamente a 273,16 K.

Nota: No se lhe antepõe a palavra grau nem o símbolo º.

Grau Rankine (°R ou °Ra). Escala com intervalos de grau equivalentes à escala Fahrenheit. A
escala Rankine se inicia nos -459,67°F (aproximadamente)
Transformação

°F = °C × 1,8 + 32

K = °C + 273,15

K = °R / 1,8

Temperatura de filme.

A Temperatura na lâmina de fluido


em contato com a parede do duto.
Calor.

Todo corpo tem uma certa quantidade de energia interna que está relacionada ao movimento
continuo de seus átomos (vibrações). A soma dessas vibrações, é que constitui a energia térmica
(calor) deste corpo.

Fogo.

O fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico onde se tem lugar uma reação de
oxidação com emissão de calor e luz.

Devem coexistir quatro componentes para que ocorra o fenômeno do fogo:

1) combustível;
2) comburente (oxigênio);
3) calor;
4) reação em cadeia.

Tetraedro do fogo
Síntese do fogo

Combustível + Oxigênio + ignição  dióxido de carbono + Água + Calor

Incendio.

É a incidência de fogo não controlado.


Ponto de fulgor

É a temperatura em que suficiente vapor é gerado para o fluido “piscar” uma chama, quando
expostos a uma fonte de ignição.

Existem dois métodos comuns de determinar um ponto de fulgor:

O método Cleveland Open Cup (COC) de ensaio, que se faz


conforme (ASTM) D92, usa um copo aberto parcialmente cheio
com uma amostra do fluido. A amostra é aquecida a uma taxa fixa.
Uma pequena chama é mantida um pouco acima do fluido. A
temperatura que o vapor do fluido inflamar, é o ponto de fulgor.

O método Pensky-Martens Closed Cup (PMCC), que atende a


norma ASTM D93, utiliza um recipiente que é fechado com
excepção de uma pequena abertura através da qual o vapor do
fluido está exposta a uma chama. Os resultados deste método
geralmente são vários graus menores do que o método COC,
porque a concentração de vapor no copo fechado é mais elevado.

Ponto de fogo (inflamabilidade)

É a temperatura na qual um fluido gera vapores suficientes para manter a continuação da


combustão. Geralmente um pouco acima do ponto de fulgor.

Ponto de auto-ignição

É a temperatura na qual um fluido incendeia apenas na presença de oxigenio, sem a necessidade


de fonte externa de ignição.

Caloria

É o calor trocado quando a massa de um grama de água passa de 14,5 ºC para 15,5 ºC.

Unidades Cal  Joule  BTU – British Thermal Unit

1 cal = 4,18 J 1 BTU = 252,4 cal = 1.055 J Kcal  1.000 Cal


Calor específico

É uma grandeza física que define a variação térmica de determinada substancia ao receber
determinada quantidade de calor. Também é chamado de capacidade térmica mássica.

Substância Calor Específico (cal/g.°C)


água 1,0
ar 0,24
ferro 0,11
madeira 0,42
ouro 0,032

Peso específico

Peso Específico é a relação entre o peso (ou massa) e o volume de um determinado material.

Água = 1000 Kg/m3

Densidade

É a relação entre o peso específico da água e o peso específico do determinado material.

Valor adimensional  Água = 1,0

1.000 Kg/m3
D=
1.000 Kg/m3

Viscosidade

Viscosidade é a propriedade associada a resistência que o fluido oferece a deformação por


cisalhamento.
De outra maneira pode-se dizer que a viscosidade corresponde ao atrito interno nos fluidos
devido basicamente a interações intermoleculares,
Viscosidade descreve a resistência interna para fluir

Viscosidade Dinâmica

A viscosidade dinâmica é o parâmetro que produz a existência de esforços tangenciais nos


líquidos em movimento.(É a força de atrito entre camadas diferentes do fluído).

A unidade é o poise (g/cm.s). Geralmente utiliza-se o centipoise.


Coeficiente de Viscosidade Cinemática

O coeficiente de viscosidade cinemática, é o quociente entre o coeficiente de viscosidade


dinâmica e a massa específica.

A unidade é o stokes (St). Geralmente utiliza-se o centistokes (cSt).

Transferência de calor

Há três mecanismos conhecidos para transferência de calor

radiação, condução e convecção.

A radiação consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz.

A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico
direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por
colisões entre átomos e moléculas vizinhas.

A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de


um fluído através de movimentos do próprio fluído.
Tipo de calor
 Calor sensível: provoca apenas a variação da temperatura do corpo. A quantidade de
calor sensível (Q) que um corpo de massa (m), com um calor específico (c) recebe é
diretamente proporcional ao seu aumento de temperatura (t).
Qs = m.c.t

 Calor latente: provoca algum tipo de alteração na estrutura física do corpo. É a


quantidade de calor que a substância troca de fase (solido/liquido/vapor).

QL = m.CL

Substância Temperatura Calor latente fusão Temperatura Calor latente


fusão (ºC) (J/kg ·103) ebulição( ºC) vaporização(J/kg ·103)
Gelo (água) 0 334 100 2260
Álcool etílico -114 105 78.3 846
Acetona -94.3 96 56.2 524
Benzeno 5.5 127 80.2 396
Alumínio 658.7 322-394 2300 9220
Estanho 231.9 59 2270 3020

Poder calorífico

O Poder Calorífico de combustíveis é definido como a quantidade de energia interna contida no


combustível.

Poder Calorífico Superior.

É a quantidade de calor produzida por 1 kg de combustível, quando este entra em combustão, e o


vapor de água neles seja condensado.

Poder Calorífico Inferior.

É a quantidade de calor que pode produzir 1kg de combustível, quando este entra em combustão,
e o a água contida na combustão não seja condensada.
Eficiência Térmica

Eficiência térmica é a medida da eficácia da troca de calor do equipamento. Ela mede a


habilidade em transferir calor do processo de combustão para a massa. Por ser unicamente uma
medida da eficácia da troca de calor do equipamento.

Gross input  Carga total gerada na queima.


Flue gás loss  Perda de calor pelos gases da chaminé.
Available heat  Calor disponível
Stored heat  Calor absorvido pelos componentes estruturais da fornalha
Wall loss  Calor perdido nas paredes da fornalha
Radiation loss  Calor perdido pelas aberturas (porta de visita, etc..)
Conveyor loss  Calor perdido por elementos de retiradas (cinzas)
Net output  calor efetivo passado a massa

Geralmente teremos:

Fluxo de calor

A condução de calor é regida pela lei de Fourier que estabelece que o fluxo de calor Q, num
ponto do meio, é proporcional ao gradiente de temperatura nesse ponto, isto é:

Q = K T

K é a condutibilidade térmica do meio. Esta, é uma propriedade física do material e é uma


medida da capacidade do material para "conduzir" calor.

Se o fluxo de calor e a temperatura do meio não variarem ao longo do tempo, diz-se que o
processo (regime) é estacionário.
Lei da Condução Térmica .

Considere dois ambientes a temperaturas 1 e 2, tais que 2 > 1, separados por uma parede de área A
e espessura e (figura abaixo)
Em regime estacionário, o fluxo de calor por condução num material homogêneo é diretamente
proporcional à área da seção transversal atravessada e à diferença de temperatura entre os extremos,
e inversamente proporcional à espessura da camada considerada.

Esse enunciado é conhecido como lei Fourier, expressa pela equação:

A constante de proporcionalidade K depende da natureza, sendo denominada, coeficiente de


condutibilidade térmica. Seu valor é elevado para os bons condutores, como os metais, e baixo
para os isolantes térmicos.
Através da taxa de transferência de calor, conseguimos definir a área de troca térmica necessária
ao equipamento:

Q
A=
U*tlog

A = Área de Troca Térmica


Q = Calor Total Disponível
U = Coeficiente Global de Troca Térmica
tlog = Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura

tlog = (a – b) / In(a/b)

sendo: a = T 1 – t1 b = T2 – t2

T1 = Temperatura inicial do fluido 1


T2 = Temperatura final do fluido 1
t1 = Temperatura inicial do fluido 2
t2 = Temperatura final do fluido 2

Este coeficiente global de troca térmica é referente ao valor U “clean”, sem os fatores de
incrustações ou excesso de área. Utiliza-se a seguinte equação para o cálculo do coeficiente
global de troca térmica
Uc = Coeficiente global de troca térmica “clean”.
h1 = coeficiente de película ( lado 1 ).
h2 = coeficiente de película ( lado 2 ).
y = espessura da parede de metal da superfície de transferência de calor.
K = condutividade térmica do material da superfície de transferência térmica .

Para o coeficiente global de troca térmica “dirty” temos:

onde: Uc = Coeficiente global de troca térmica “clean”.


Ud = Coeficiente global de troca térmica “dirty”.

Ceoficiente de película

O coeficiente de película é calculado baseado nas características do fluído, na geometria das


faces de troca térmica, e nas propriedades do fluído.Próximo a parede, em uma sub-camada, o
fluído não se move ou se move muito devagar (fluxo laminar). Nesta camada o calor é
transferido por condução. Na parte restante da película o fluxo vai do regime laminar ao
turbulento. Nesta camada o calor é transferido por convecção.

Vazão

Define-se por vazão, o volume por unidade de tempo, que se escoa através de determinada seção
transversal de um duto.

As unidades adotadas são geralmente o m³/s, m³/h, l/h ou o l/s.

Velocidade

Velocidade é a medida da rapidez com a qual um corpo altera sua posição.


Numero de Reynolds

O regime de escoamento, se laminar ou turbulento, é determinado pela seguinte quantidade


adimensional, chamada número de Reynolds

G*d
Re =



Re = Número de Reynolds
G = vazão mássica, µ = viscosidade cinemática, d = diâmetro hidráulico

Tipos de fluxo, dependem do numero de Reynolds

laminar .......................se NR < 2.300

turbulento ..................se NR > 4.000

instável, isto é, mudando de um regime para outro, se 2.300 < NR < 4.000

Pressão

A pressão é a força normal (perpendicular à área) exercida por unidade de área.

PSI Pascal Bar milibar o mm Hg m H2O kgf/cm²


hPa
Atmosfera 14,7 1,0133× 1,01325 1013,25 760,0 10,33 1,033
105

Tensão
A tensão é o esforço de reação à força exercida sobre o corpo para contrapor a pressão.(Possui
as mesmas unidades de pressão)

Pressão de vapor

E a pressão, em determinada temperatura, onde o liquido não mais vaporiza.

Como exemplo temos a água que vaporiza a 100oC, se a pressão for inferior a uma atmosfera ( ~
1 Kg/cm2).
Perda de carga

Sempre que um líquido escoa no interior de um tubo de um ponto para outro, haverá uma certa
perda de energia denominada perda de pressão ou perda de carga.
Atualmente a expressão mais precisa e usada universalmente para análise de escoamento em

tubos, que é a conhecida equação de Darcy-Weisbach:


hf = perda de carga ao longo do comprimento do tubo (mca)
f = fator de atrito (adimensional)
L = comprimento do duto
Q = vazão
D = dimensão característica (no caso de um Tubo de seção circular, o seu diâmetro interno)
g = aceleração da gravidade local
π = 3,1415...

Se estabeleceu fator de atrito f, através da equação de Colebrook-White:

f = fator de atrito (adimensional)


k = rugosidade equivalente da parede do duto
D = dimensão característica (no caso de um tubo de seção circular, o seu diâmetro interno)
Re = Número de Reynolds

Outra forma é através da seguinte equação:



P = perda de carga em metros
= somatório
= coeficiente de resistencia
v = velocidade de escoamento
g = aceleração da gravidade

coeficiente de resistencia
Tubo =  L/d

Onde L = comprimento do tubo


D = diametro interno
= coeficiente resist. =64/Re (fluxo laminar)
 = 0,22/(Re0,2) (fluxo turbulento 3x103<Re<3x106)

Normas técnicas

Uma norma técnica é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo
reconhecido que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para
atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um
dado contexto.
Órgãos regulamentadores

A Organização Internacional para Padronização (ISO) é a entidade internacional responsável


pelo diálogo entre as várias entidades nacionais de normatização, como por exemplo:

 Alemanha - Deutsches Institut für Normung e.V. (DIN)


 Brasil - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
 Estados Unidos da América - American National Standards Institute (ANSI)
 Portugal - Instituto Português da Qualidade (IPQ)
SISTEMAS DE AQUECIMENTO INDIRETO.

O aquecimento, por meio indireto, é efetuado com uma fonte de calor aquecendo um produto de
boa condutibilidade térmica, o qual aquecerá a massa através de circulação forçada.

VAPOR D ÁGUA

É geralmente empregado em processos cuja temperatura de massa é de 120 oC, resultando numa
temperatura necessária ao vapor de 180oC, que é atingida com uma pressão de 10 Kg/cm2.

Para utilização de vapor para processos cuja temperatura de massa é de 240 oC, seria necessário
uma temperatura de vapor de 300oC, e para tal de faria necessário uma pressão de 87 Kg/cm2.

Fogotubular Aquatubular

ÓLEO TÉRMICO

É geralmente empregado em processos cuja temperatura de massa é de 240 oC, resultando numa
temperatura necessária ao óleo de 300oC, que é atingida independentemente da pressão, cujo
valor é o resultado apenas da perda de carga a ser vencida, em geral de 6 Kg/cm2.
CARACTERISTICAS BASICAS DO OLEO

DENSIDADE ViSCOSIDADE CALOR ESPECIFICO

4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
25

50

75

100

150

175

225

250

300

325

375
125

200

275

350

400

Temperatura

Todos variam com a temperatura,

PRESSAO DE VAPOR 12

10
Pressão de vapor

8
Curva de pressão de vapor de óleo térmico Therminol 59 6

0
25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400
Temperatura
OUTRAS CARACTERISTICAS

Água no sistema.

Inserida na reposição de óleo novo ou acumulada no fundo do tanque de dreno. A água vaporiza
entre 110 e 170oC, já que o sistema opera entre 0,5 e 7 Kg/cm2.

Gases inerentes ao óleo.

Gases inerentes ao próprio processo de fabricação do óleo, e vaporizam a uma temperatura de até
220oC aproximadamente, durante o "início de funcionamento".

Gases resultantes da pressão de vapor.

Gases gerados quando o sistema opera com uma pressão, em qualquer ponto do sistema, abaixo
da pressão de vapor do óleo, na respectiva temperatura.

Gases resultantes da degradação do óleo.

Na degradação do óleo térmico ocorrem quebras de moléculas resultando na formação de sólidos


(borra) e gases (leves).

Todos os sistemas de óleo térmico operam em temperaturas superiores a temperatura de


inflamabilidade dos óleos.

DEGRADAÇÃO DO ÓLEO

Na degradação do óleo térmico ocorrem quebras de moléculas resultando na formação de sólidos


(borra) e gases (leves), e tal degradação é gerada por:

 Término da vida útil do óleo, em média após 8 anos de uso.


 Operar com o óleo térmico em temperatura de operação acima da qual ele foi concebido.
 Operar com o óleo térmico em temperatura de filme acima da qual ele foi concebido. Isto
ocorre quando a vazão de óleo no aquecedor é inferior a vazão nominal de projeto.
 Operar com o óleo térmico em temperatura acima de 60 oC, em contato com o oxigênio,
isto ocorre no tanque de expansão quando o mesmo não possui selo térmico e/ou
nitrogenação.
ANÁLISE LABORATORIAL DO ÓLEO.

Deve ser efetuado a cada 90 dias

COMPONENTES DE UM SISTEMA.

CONSUMIDORES

São os equipamentos onde o calor adquirido pelo óleo térmico é transferido para a massa, através
de trocadores de calor.
Dados básicos dos consumidores
Descrição Símbolo Unidade
Capacidade térmica requerida (Calor sensível + calor latente + perdas) Qn Kcal/h
o
Temperatura máxima da massa (Temperatura onde ocorre a reação ) Tm C
o o
Temperatura de entrada do óleo térmico (~ 60 C acima da Te C
temperatura da massa)
Diferencial de temperatura do óleo térmico (Geralmente 20 oC) To o
C

A capacidade térmica requerida é dada pela soma dos tipos de calor induzido à massa,

Calor sensível (Qs), que é o calor necessário a mudança de temperatura.

Qs = m * Ce * t
M  Massa a ser aquecida.
Ce  Calor específico do produto
t  Diferencial de temperatura da massa

Calor latente (Ql), que é o calor necessário a mudança de fase

Ql = m * Cv

M  Massa a ser aquecida.


Cv  Calor de vaporização do produto

Perdas de calor (Qp), que é o calor perdido pela dissipação, aquecimento de máquina, etc...
Vazão necessária ao óleo térmico

4.200 . Qs
Vn =
 . Co . T


Vn  Vazão de óleo.............................................m3/h.
Qs  Carga térmica...........................................Kcal/h.
  Densidade do óleo...................................Kg/m3.
Co  calor específico do óleo........................Kj/KgoC
T  diferencial de temperatura do óleo ................ oC

Esta equação é resultante da equação do calor sensível:

Qs = m * Ce * t

AQUECEDOR

Aquecedores, ou geradores de calor, são os equipamentos que transferem o calor gerado pela
queima de algum combustível (gás, lenha, óleo BPF, etc), ou energia elétrica para o óleo
térmico. Seus principais dados são:
Dados básicos dos aquecedores
Descrição Símbolo Unidade
Capacidade térmica gerada Qg Kcal/h
-
Tipo de combustível -
o
Temperatura máxima de saída do óleo térmico Ta C
o
Temperatura mínima de retorno do óleo térmico Tr C
o
Temperatura máxima de filme (película) Tf C
3
Vazão nominal de óleo térmico Vn m /h
Perda de carga do óleo térmico Po kg/cm2

Temperatura de filme

É a temperatura na primeira camada de óleo em contato com o


tubo, geralmente na vazão nominal é de 30 oc acima da temperatura
do óleo e para vazões menores tem seu valor aumentado de forma
inversamente proporcional.

Ex.: 100 m3/h  30,0 oC


95 m3/h  31,5 oC......( 5%)
80 m3/h  36,0 oC......(20%)

A norma DIN 4754, em seu anexo B, tem procedimentos específicos para calculo desta
temperatura em aquecedores.
Vazão necessária ao óleo térmico

4.200 . Qs
Vn =
 . Co . T


Vn  Vazão de óleo.............................................m3/h.
Qs  Carga térmica...........................................Kcal/h.
  Densidade do óleo...................................Kg/m3.
Co  calor específico do óleo........................Kj/Kg oC
T  diferencial de temperatura do óleo ................ oC
Comparação de diferenciais de temperatura de 20oc e 40oC.

O fluxo de calor é dado por:  = K.A.tlog


Onde   Fluxo de calor
K  Coeficiente global de troca térmica
tlog  Diferencial logarítmico de temperatura
A  Área de troca

Para aquecimento de uma massa de 20oC para 220oC, teremos:

Diferencial logarítmico de temperatura, com t de 20oC.

tmaior = (300-20) = 280oC. e tmenor = (280-220) = 60oC.



tlog = (tmaior-tmaior )/In (tmaior / tmemor) tlog =(280–60)/In(280/60) tlog= 143oC.
E para diferencial de 40oC, teremos:

tmaior = (300-20) = 280oC. e tmenor = (260-220) = 40oC.



tlog = (tmaior-tmaior )/In (tmaior / tmemor) tlog =(280–40)/In(280/40) tlog= 123oC.

Considerando um consumidor de 200.000 Kcal/h, necessitaríamos de 21 m3/h para t de 20oC e


10,5 m3/h para Dt de 40oC.
t 20oC t 40oC

O fluxo de calor seria

 = 2508 x A x 143 = 358.644 A


 = 1440 x A x 123 = 177.120 A

Sendo a área constante teríamos um fluxo de calor 50% menor.

SISTEMA DE QUEIMA

ÓLEO COMBUSTÍVEL

Também conhecido como óleo BPF (baixo Ponto de Fluidez).


Gerado no processo de destilação do petróleo e classificado nas categorias A – alto índice de
enxofre e B baixo índice de enxofre, e nas sub-categorias 1 a 8, cujas curvas de viscosidade são:

Curvas viscosidades óleos combustíveis-Regulamento Técnico ANP nr. 03/99

1000
AB1 AB2 3A 4A 5A 6A 7A
8A

100
Viscosidade, cSt

10

50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320

Temperatura, Gr.C

Seu ponto de bombeamento é em 600 cSt e seu ponto de queima é em 30 cSt e armazenamento
abaixo do ponto de fulgor
Logo suas temperaturas seriam aproximadamente:

1A/B 2A/B 3A/B 4A/B 5A/B 6A/B 7A/B 8A/B


Bombeamento 70oC 80oC 95oC 115oC 125oC 135oC 155oC 165oC
Queima 115oC 125oC 145oC 160oC 175oC 190oC 205oC 215oC
Armazenamento 52oC 58oC 70oC 85oC 100oC 110oC 120oC 130oC

Arranjo básico

Um tanque de armazenamento com capacidade de estocagem referente ao tempo de transporte


externo mais três dias.
Dele o óleo é bombeado para um tanque diário com capacidade máxima de 1000 litros.Do
tanque diário se faz um anel até o queimador e retorna ao tanque diário.

GÁS NATURAL

O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, que, sob temperatura ambiente e pressão
atmosférica permanecem no estado gasoso.

COMPOSIÇÃO TÍPICA - GÁS NATURAL

METANO 81,57 85,48 88,56


ETANO 9,17 8,26 9,17
PROPANO 5,13 3,06 0,42
I-BUTANO 0,94 0,47 -
N-BUTANO 1,45 0,85 -
I-PENTANO 0,26 0,20 -
N-PENTANO 0,30 0,24 -
HEXANO 0,15 0,21 -
HEPTANO E SUPERIORES 0,12 0,06 -
NITROGÊNIO 0,52 0,53 1,20
IÓXIDO DE CARBONO 0,39 0,64 0,65
TOTAL 100 100 100
DENSIDADE 0,71 0,69 0,61
RIQUEZA (% MOL C3+) 8,35 5,09 0,42
PODER CAL.INF.(KCAL/M³) 9.916 9.583 8.621
PODER CAL.SUP(KCAL/M³) 10.941 10.580 9.549
As instalações deverão atender a norma NBR 12313, cujos tópicos básicos principais são:

Condições gerais, suprimento de gás, tubulações,


válvulas, filtros, reguladores de pressão, pressão do gás,
controle do suprimento de gás, proteção contra alta
pressão e baixa pressão de gás , misturas ar/gás ,
suprimento de ar de combustão, suprimento de
eletricidade, equipamentos e informações auxiliares,
dispositivos para alívio de explosões, ignição e
estabelecimento da chama de partida, pilotos (requisitos
adicionais), sistema de bloqueio de segurança, Válvulas
de bloqueio automático, válvulas de descarga
automática (normalmente aberta), controles de demanda
e de relação ar/combustível, ensaio, comissionamento e
paralisação, verificação manual de vazamento em
sistemas de bloqueio de segurança fora de operação , diagrama de blocos típico da seqüência de
partida de sistema de combustão, diagrama de blocos para sistema de comprovação de
estanqueidade.

BIOMASSA

Biomassa é a matéria orgânica utilizada na produção de energia.


As vantagens do uso da biomassa na produção de energia são o baixo custo, o fato de ser
renovável, permitir o reaproveitamento de resíduos e ser bem menos poluente que outras fontes
de energia como o petróleo ou o carvão.
As biomassas mais utilizadas são: a lenha (já representou 40% da produção energética primária
no Brasil), o bagaço da cana-de-açúcar, galhos e folhas de árvores, papéis, papelão, etc.
A renovação da biomassa ocorre através do ciclo do carbono. A queima da biomassa ou de seus
derivados provoca a liberação de CO2 na atmosfera. As plantas, através da fotossíntese,
transformam esse CO2 nos hidratos de carbono, liberando oxigênio. Assim, a utilização da
biomassa, desde que não seja de forma predatória, não altera a composição da atmosfera.
BOMBA DE CIRCULAÇÃO

A bomba de circulação, deverá ser selecionada de forma a ter a vazão nominal necessária ao
sistema e uma altura manométrica correspondente à perda de carga do sistema, acrescida de
10%.

Dados básicos da bomba de circulação


Descrição Símbolo Unidade
Vazão nominal Vn m3/h
Altura manométrica nominal Hn m
Altura manométrica requerida na sucção NPSHre m
Diâmetro do rotor Dr mm
Potência do motor Pm KW
Rotação do motor Rm Rpm
Vazão necessária ao óleo térmico

4.200 . Qs
Vn =
 . Co . T


Vn  Vazão de óleo.............................................m3/h.
Qs  Carga térmica...........................................Kcal/h.
  Densidade do óleo...................................Kg/m3.
Co  calor específico do óleo........................Kj/Kg oC
T  diferencial de temperatura do óleo ................ oC

Altura manométrica.
A altura manométrica deverá ser superior a soma da altura de sucção (L1), mais a altura de
recalque (L4) mais a perda de carga total do sistema.

H = L1+ L4 + pt

Perda de carga

onde:
 P = perda de carga em metros
 = somatório
 = coeficiente de resistencia
 v = velocidade de escoamento
 g = aceleração da gravidade

Logo, teremos a vazão e a altura necessária.

Curva característica da bomba

Desta forma selecionamos rotor e o


motor

60

50
Altura manométrica

40

30

20

10

0
100

150

200

250

300

350

400

450
50

Vazão
Carga máxima nos bocais

Auto refrigeração
NPSH (Net Positive Suction Head)

É a quantidade de energia, em termos absolutos, existente no flange de sucção da bomba,


acima da pressão de vapor do líquido na temperatura de bombeamento. Em outras palavras,
ela representa a pressão efetiva na aspiração da bomba fornecida pelo sistema

Cálculo do NPSH disponível (Ver figura acima)

NPSH disp = Ps + Patm - Pv + S – hfs (m.c.l.)


 / 104

Onde:

Ps – pressão manométrica no reservatório de sucção (kg/cm2 rel.)


Patm – pressão atmosférica (kg/cm2 )
Pv - pressão de vapor do líquido na temperatura de bombeamento (kg/cm2 absl.)
 - peso específico do líquido na temperatura de bombeamento (kg/m3 )
S – altura estática de sucção (m.c.l.)
hfs - perda de carga na sucção (m.c.l.)
Tipo de vedação

Gaxeta

Anéis de graflex

Tem que “pingar”para lubrificar

A mais indicada é Graflex da Teadit

Selo mecânico
TUBULAÇÃO

Regras para tubulação tipicamente encontrada em refinarias de petróleo,química,farmacêutica,


têxtil,papel, semicondutores e plantas criogênicas.

O Projetista

As qualificações e experiência exigidas aos projetistas vai depender da complexidade do sistema.

A aprovação do proprietário é exigido se o indivíduo não cumprir pelo menos um dos seguintes critérios:

 Diploma de engenharia, exigindo quatro ou mais anos de estudo em tempo integral, além de um
mínimo de 5 anos de experiência em projeto relacionados a tubulação pressurizada
 Registro profissional de Engenharia, reconhecida pela jurisdição local, e experiência em projetos
design de condutas relacionadas a tubulação pressurizasa.
 Associados em engenharia,exigindo pelo menos 2 anos de estudo em tempo integral, além de
um mínima de 10 anos de experiência na concepção de tubulação pressurizada.
 Quinze anos de experiência na concepção de tubulação pressurizadas. O projeto de tubulação
que inclui cálculos de pressão, sustentado e cargas ocasionais e flexibilidade de tubulação.

Categoria de fluídos

Categoria D
Líquido não inflamável, não tóxico e não prejudicial para os tecidos humanos; Pressão
manométrica de projeto inferior a 10 Kg/cm2 (150 psi ) e Temperatura do projeto entre -29 °C (-
20 °F) e 186 °C (366 °F).

Categoria M
Fluido no qual uma única exposição, a uma quantidade muito pequena de um líquido tóxico,
causado pelo vazamento, pode produzir danos graves e irreversíveis para as pessoas na
respiração ou contato físico, mesmo quando as medidas de reparação rápida são tomadas

Categoria de alta pressão


Quando solicitado pelo cliente e classe de pressão de 2500 PSI. (ANSI B 16.5)

Categoria Normal
Os demais que não estão sujeitos às regras de categoriais anteriores
BITOLA

As linhas são dimensionadas de forma a manter uma perda de carga o mais uniforme possível,
atendendo as características máximas da bomba, como referencia temos:

Descrição da linha Velocidade


Linha de sucção da bomba 2,5 m/s
Linha de recalque da bomba e demais redes 3,0 m/s
60,0

50,0
Curva característica do sistema

Perda de carga
40,0

30,0

20,0

10,0

0,0

50

100

150

200

250

300

350

400

450
Vazão
MATERIAL

Para sistemas que operem com o limite de pressão de 10 Kg/cm2 e temperatura limite de 300 oC,
a tubulação deverá ser composta de:

Tipo Descrição
Tubo Sem costura, SCH 40, de acordo com a norma ANSI B. 36.10,
material ASTM A-106-B.
Conexões Sem costura, SCH 40, de acordo com a norma ANSI B.16.9,
material ASTM A-234-WPB, raio longo
Flange Forjado, classe 300 #, de acordo com a norma ANSI B.16.5,
material ASTM A-105, tipo pescoço, face com ressalto e ranhuras
concêntricas.
Todo e qualquer material deverá ter certificado de qualidade e identificação
para rastreabilidade
Tipo Descrição
Válvula Passagem reta, corpo em aço laminado, sede em inox 304, castelo
aparafusado, extr. solda de topo, vedação gaxeta tipo "grafoil".
Filtro “Y” Corpo em aço laminado, elemento filtrante com furo 2mm, sede em
inox 304, tampa aparafusada, extremidades solda de topo.

Tipo Descrição
Junta Grafite puro flexível, conformáveis e resilientes, baixo coeficiente
e de atrito, auto lubrificante, “fire-safe” (teste API 607), com
gaxeta inserção de tela metálica perfurada, para os serviços com fluidos
térmicos @ 300oC e baixa viscosidade – tipo Graflex® TJE da
Teadit ou similar
TANQUE DE EXPANSÃO

É um reservatório, com três finalidades básicas:

Absorção da expansão volumétrica do óleo.

Que em termos gerais tem o valor de 1% (hum porcento) de dilatação volumétrica a cada 10 oC
de diferencial entre a temperatura ambiente e a temperatura de operação máxima. Porém deve-se
adicionar 20% ao seu volume para absorção de gases.

Garantia de que todo o sistema contem óleo.

Logo, ele é instalado no ponto mais alto do sistema, no mínimo a uma elevação de 2,0 (dois)
metros acima do ponto mais alto do circuito. Nele, é instalada uma chave de nível conectada ao
painel, que alarma quando o nível está baixo.

Garantia de pressão mínima na sucção da bomba ( NPSH).

A perfeita operação da bomba depende de vários fatores, sendo um deles a pressão do fluído na
sua sucção. O NPSH ( Net Positive Suction Head) requerido depende de cada tipo de bomba e
seu valor é determinado pelo seu fabricante.
NITROGENACAO

A nitrogenacao tem duas finalidades básicas:

Garantia de pressão mínima na sucção da bomba ( NPSH).

Quando o óleo possui alta pressão de vapor, se faz necessário a nitrogenacao, para não termos o
tanque de expansão numa elevação excessiva, a fim de atender o NPSH ( Net Positive Suction
Head) requerido.

Garantia de inexistência de oxigênio no tanque de expansão.

Em sistemas cuja partida ocorre constantemente e não existe tempo hábil de estabilização da
temperatura do tanque de expansão através do selo térmico, se faz necessário a instalação de
sistema de nitrogenacao pois o tanque de expansão atingira constantemente temperaturas acima
dos 60oC.
SELO TÉRMICO

A finalidade do selo térmico é manter a temperatura do óleo no tanque de expansão, abaixo dos
60oC, e funciona pela diferença de densidade entre o óleo quente e frio, com seus resultados
atingidos após 8 horas de estabilidade da temperatura máxima de operação.Seu volume é de 2%
(dois porcento) do volume total da instalação.

TANQUE DE DRENAGEM

É um reservatório, cuja finalidade básica é o armazenamento do volume total da instalação.

VALVULA DE CONTROLE
Tem por finalidade o controle de fluxo de óleo no interior do consumidor, que acarretara no
controle de temperatura da massa.

Devera ser do tipo 3 vias de modo a minimizar os efeitos na bomba de circulação.

Sua seleção e função da capacidade de passagem do óleo e função da perda de carga provocada.

04.10 – INSTRUMENTACAO

Os instrumentos mínimos necessários são:

04.10.01 – Chave de nível no tanque de expansão

Ela indicara presença de óleo no tanque e conseqüentemente haverá óleo em todo o sistema já
que e o equipamento de maior elevação

04.10.02 – Pressotato diferencial

Ela indicara, via pressão diferencial na placa de orifício, a vazão do sistema o que garantira a
que o óleo estará operando com temperatura de filme inferior a projetada.
04.10.03 – Indicadores e controladores de temperatura do aquecedor

Indicara, via sensores a temperatura de entrada de óleo e indicara e controlara a temperatura de


saída do óleo, acionando o queimador.

Um terceiro desligara o queimador em caso de falha de comando

04.10.04 – Indicadores e controladores de temperatura do aquecedor

Controlara a temperatura da massa atuando sobre a válvula de controle.


04.11 – DESAERADORES

São equipamentos, geralmente válvulas, destinadas a facilitar a retirada de vapores e gases do


sistema. Usados principalmente no início de funcionamento.
05 – CÁLCULOS BÁSICOS

05.01 – DETERMINAÇÃO DA CARGA TÉRMICA NECESSÁRIA.

A carga térmica necessária é o somatório de:

Carga térmica referente ao calor sensível (Qs), responsável pela variação de temperatura (tm),
determinada pela massa (mm) , pelo seu calor específico (cm) e o tempo requerido(Ts) para esta
fase.
Qs = mm.cm.tm / Ts

Carga térmica referente ao calor latente (Qf), responsável pela mudança de fase
(sólidolíquido  vapor), determinada pela massa (mm), pelo seu calor de vaporização ( ou
liquefação) (cf) e o tempo requerido(Tf) para esta fase.

Qf = mm.cf / Tf

Carga térmica secundária (Qi), referente à perda de calor por dissipação, perda de calor por
eficiência de troca térmica, calor necessário ao aquecimento inicial do equipamento,
determinada pelo tipo de isolamento térmico, forma de transferência de calor, material e massa
do equipamento, respectivamente.

05.02 – DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NECESSÁRIA DE ÓLEO.

A vazão necessária é determinada pela capacidade calorífica do óleo, pela vazão mássica e pelo
diferencial de temperatura do óleo.

Vn = 4.200 x Qg / [  x Ce x Ta]

Exemplo, para um sistema com os seguintes dados :

Dados básicos dos aquecedores


Descrição Valor Símbolo Unidade
Capacidade térmica 2.000.000 Qg Kcal/h
o
Temperatura máxima de saída do óleo térmico 290 Ta C
o
Temperatura mínima de retorno do óleo térmico 270 Tr C
Tipo de óleo térmico Therminol 55
Densidade @ temperatura média 701  Kg/m3
Calor específico @ temperatura média 2740 Ce J/kgoC
Teremos a seguinte vazão :

Vn = 4.200 x 2.000.000 / [ 701 x 2.740 x ( 290 – 270)]  Vn = 218 m3/h


05.03 – DETERMINAÇÃO DO VOLUME DO TANQUE DE EXPANSÃO.

Vte = Vn x 0,0012 x ( Ta – Tb )

Exemplo, para um sistema com os seguintes dados :

Dados básicos do sistema


Descrição Valor Símbolo Unidade
Volume nominal 12.000 Vn Litros
o
Temperatura máxima de saída do óleo térmico 290 Ta C
o
Temperatura mínima ambiente 20 Tb C

Vte = 12.000 x 0,0012 x ( 290 – 20 )  Vte = 3.888 litros

05.04 – DETERMINAÇÃO DA ELEVAÇÃO DO TANQUE DE EXPANSÃO.

Hm = ( Pv x 105/  x g ) + Ps + NPSHreq + 0,5 – [ 105x( Pn + Pb ) /  x g ] – vs2 / 2 x g

Ps é a perda de carga entre o ponto de tomada da linha de expansão e o bocal de sucção da
bomba
Dados básicos do sistema
Descrição Valor Símbolo Unidade
o
Temperatura de bombeamento 280 Tb C
Pressão de vapor do óleo 0,848 Pv Bar
Pressão de nitrogenação do Tq. Expansão 0,0 Pn Bar
Pressão barométrica local 0,9 Pb Bar
Altura manométrica requerida na sucção 7,0 NPSHre Mca
Densidade do óleo @ temp. bombeamento 773  Kg/m3
Velocidade do óleo na linha de sucção 2,50 vs m/s
Aceleração da gravidade 9,81 G m2/s
Somatória dos coeficientes de resistência 15,0 Cr -

Ps = Cr x vs2 / 2 x g = 15 x 2,502 / 2 x 9,81 = 4,78 m.

Hm = ( Pv x 105/  x g ) + Ps + NPSHreq + 0,5 – [ 105x( Pn + Pb ) /  x g ] – vs2 /( 2 x g)

Hm = (0,848x105/ 773 x 9,81) + 4,78 +7,0 + 0,5–[ 105x( 0,0+ 0,9) / 773 x 9,81]–2,502/(2 x 9,81)

Hm = 11,27 metros.
05.05 – DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA (P)

A perda de carga, é a perda de pressão do fluído, expressa em m.c.f.l. (metros de coluna de


fluído líquido)
P =  . f . vs2 / 2 .g

Dados básicos do sistema


Descrição Símbolo Unidade
Velocidade do óleo na linha vs m/s
Aceleração da gravidade g m2/s
Coeficiente de resistência f -

05.06 – ANÁLISE DE FLEXIBILIDADE

à 300oC a dilatação linear da tubulação será de 3,6 mm a cada metro linear, logo o arranjo da
tubulação deverá ser efetuado a absorver as tensões geradas por esta dilatação térmica.

06-PROCEDIMENTO DE MONTAGEM

SUPORTES

Soldados com eletrodo AWS-E-7018 com inspeção e teste dimensional visual.

TUBULAÇÕES

Deverão atender a Norma ANSI B.36.10

A soldagem deverá ser com processo T.I.G. (Gas Tungsten Arc Welding-GTAW ) na raiz
cobertura com eletrodo AWS E-7018.

Montagem e teste de tubulações deverão atender a Norma ANSI B.31.3.

CONEXÕES FLANGEADAS

Os furos deverão ser localizados fora dos eixos de simetria e a solda dos flanges sobrepostos
deverão ser realizados observando-se uma distancia mínima entre o fim do tubo e a face do
flange, igual a espessura do tubo mais 1/8”. A solda dos flanges de pescoço deverão ser
realizadas com penetração total. Os flanges deverão ser montados com juntas provisórias e
posterior troca pelas juntas definitivas.
CONEXÕES SOLDADAS

Deverão atender a Norma ANSI B.16.9 e soldadas com penetração total.

PROCEDIMENTOS
SUPORTES

Os suportes deverão ser fabricados respeitando-se as dimensões e bitolas especificadas nos


projetos.

TUBULAÇÃO

Após a montagem limpar os tubos e componentes com ar comprimido isento de umidade.


Tubos e conexões deverão ser instalados nas posições indicadas nos desenhos respectivos,
alinhadas, niveladas e esquadrejadas.
Os procedimentos de soldagem deverão estar de acordo com o código ASME SEÇÃO IX
em complementação aos requisitos desta especificação.
Os chanfros deverão atender a Norma ANSI B16.9 e devem estar isentas de óleo, graxas,
incrustações, ferrugens, tintas e quaisquer outras impurezas. Todas as escórias deverão ser
retiradas entre cada passe consecutivo.

Bitola Raiz (nota 1) Cobertura Acabamento


De Até Processo Eletrodo Processo Eletrodo Processo Eletrodo

½” 2” TIG AWS TIG AWS TIG AWS


ER-70 S 3 ER-70 S 3 ER-70 S 3
2.1/2” 10” TIG AWS Manual AWS Manual AWS
ER-70 S 3 E-7018 E-7018

Notas :
1. Deverá ser efetuado exame por líquido penetrante, lavável em água, em todas as
soldas de Raiz.

2. Deverá ser efetuada pré-secagem dos eletrodos AWS E-7018, e a manutenção em


estufas.

chanfro típico

Todos os soldadores e/ou operadores de soldagem deverão ser qualificados, por


procedimento interno à Empreiteira e de acordo com o código citado no item anterior.
Nenhuma junta soldada deverá receber isolamento térmico e/ou pintura definitiva antes dos
testes de estanqueidade, efetuado no início de funcionamento (à quente).

TESTE

TESTE PNEUMÁTICO

Deverá ser efetuado com Nitrogênio (N2), com uma pressão de teste de 1,5 kg/cm² e todas
as uniões deverão ser inspecionadas com uma solução de sabão.

TESTE POR LÍQUIDO PENETRANTE

O teste por líquido penetrante é aplicável a todas as uniões soldadas, sem exceção, com
líquido penetrante lavável em água e a aplicação do revelador deverá ser no mínimo 15
minutos após a aplicação do líquido penetrante.

ISOLAMENTO TÉRMICO

Calha de isolante térmico, material lã-de-rocha, tipo “One piece pipe”, densidade 165Kg/m3, de
acordo com a norma ABNT NBR 13047, TS-150, Rockfibras ou similar, revestido em alumínio
liso espessura 0,5mm.

INTERLIGAÇÃO EM LINHA EXISTENTE

O fluído térmico é um líquido inflamável, logo deverão ser considerados os seguintes


procedimentos:

 Deverão ser drenados todo o óleo térmico da linha.


 Deverá ser aplicado um "Flacheamento" com nitrogênio, de modo a retirar todo o gás
remanescente.
 Uma camada de nitrogênio deverá ser mantida, todo o tempo que se faça o corte.
 Os cortes só poderão ser efetuados com lixadeira.
 A soldagem deverá ser efetuada com uma constante camada de nitrogênio.
 Deverão ser mantidos próximos ao local de corte extintores de pó químico.
 A equipe de segurança interna deverá participar de toda a operação, extinguindo todo e
qualquer princípio de incêndio, apenas com pó químico.
 A área deverá estar devidamente isolada.
ASSESSORIA
Assessoria técnica em sistemas de aquecimento por Óleo térmico

3M DO BRASIL LTDA
SOLUTIA DO BRASIL LTDA
S/A INDÚSTRIAS VOTORANTIM
DANISCO CULTOR BRASIL LTDA
CIA DE CIMENTO TOCANTINS S/A
CIA DE CIMENTO PORTLAND ITAU
CADAM – CAULIM DA AMAZÔNIA S/A
SÓRIA EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA
F.L.SMIDTH COMÉRCIO E INDUSTRIA LTDA
VALVUGAS INDÚSTRIA METALÚRGICA LTDA
CIA DE TECIDOS DO NORTE DE MINAS – COTEMINAS
METALCOR TINTAS E VERNIZES METALOGRÁFICOS LTDA

PROJETOS
Projetos de sistemas de óleo térmico e de sistemas de vapor

COTENOR S/A
TENGE INDUSTRIAL LTDA
CIA DE CIMENTO TOCANTINS S/A
CIA DECIMENTO PORTLAND ITAU
SYNTEKO PRODUTOS QUÍMICOS S/A
PROLUMINAS LUBRIFICANTES LTDA
TECNO S/A CONSTRUÇÕES IND. E COM.
FRANGOSUL S/A AGROAVÍCOLA INDUSTRIAL
CORN PRODUCTS BRASIL INGREDIENTES INDUSTRIAIS LTDA

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