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Apostila de Defesa Sexual - Oerepus Rex
Apostila de Defesa Sexual - Oerepus Rex
Oerepus Rex
O Incubus
O Incubus é uma figura demoníaca
intimamente associada ao vampirismo. É
conhecida pelo hábito de invadir o quarto
de uma mulher à noite, deitar-se sobre ela
para que seu peso fique bem evidente
sobre seu peito e então a força a fazer
sexo. O Sucubus, a sua contraparte
feminina, ataca os homens da mesma
maneira. A experiência dos ataques do Incubus ou do Sucubus varia de
extremo prazer ao absoluto terror. O Incubus ou Sucubus se parece com um
vampiro na medida em que ataca as pessoas durante a noite enquanto
dormem. Freqüentemente ataca uma pessoa noite após noite, como o vampiro
dos ciganos, deixando suas vítimas exaustas. Entretanto é diferente do
vampiro na medida em que não sugava sangue nem roubava a energia da
vida.
Os relatos mais antigos provêm da mitologia grega, quando Zeus seduz Leda
transmutado em Cisne. Existem também inúmeros mitos célticos que nos
falam de fadas do amor. Na Escócia existe uma lenda que conta que outrora
existiam criaturas aladas que visitavam freqüentemente jovens adolescentes
em forma de Sucubus, belas donzelas ou prostitutas. Estas criaturas eram
chamadas de Leannain Sith.
Muitos historiadores afirmam que os Incubus são anjos caídos em que o seu
único propósito é ter filhos mortais. Estes demônios não tinham corpos e para
atacarem tinham ou de animar um cadáver ou manipular um pedaço de carne
humana e fazer dele o seu corpo.
Também é referido noutras lendas que estes demônios podiam assumir a
aparência de pessoas que a vitima conhecia. O teólogo Sinistrari, autor do
livro Compendium Malificarum afirmava existirem dois tipos de pessoas que
eram regularmente visitadas por estes seres. Feiticeiras que conscientemente
faziam pactos com demônios e pobres e simples que eram atacadas.
Temos de concluir estas lendas como normais e como tendo causas plausíveis,
quando consideramos que a população dos séculos passados eram
terrivelmente oprimidas, especialmente no aspecto da sexualidade. Na
generalidade eram bastante ignorantes e o único conhecimento que recebiam
era o que o padre lhes dizia; e esse conhecimento eram superstições usadas
para manter a população controlada pelo medo. Inevitavelmente teriam
pesadelos que envolviam os seus impulsos sexuais oprimidos e diziam ser
assediados por demônios. Toda esta superstição levou muitas mulheres para a
fogueira durante a época da inquisição, acusadas de terem feito sexo com
demônios. Crianças deformadas eram comumente tomadas como filhas de
Incubus e assassinadas junto com suas mães.
Não se sabe com certeza de que forma a lenda de Lilith, esta primeira
companheira de Adão, foi banida da versão Bíblica da Igreja. Mas indo às
escrituras hebraicas poderemos encontrá-la como uma mulher feita de pó
negro e excrementos, portanto, condenada a ser inferior ao homem. No fundo,
Lilith já fora criada como um demônio, tendo gerado, juntamente com Adão,
outros seres iguais a ela, que se vingam contra a humanidade. Essa natureza
satânica é, por assim dizer, uma advertência do que a cultura rabínica e
patriarcal nos faz com relação àquela que perturbou a noite toda o sono de
Adão: Lilith, feita de sangue [menstruação] e saliva [desejo], é expressão de
fatalidade. Neste ponto, Lilith é mais fiel ao protótipo da mulher do que a
submissa Eva, embora ambas tenham sido veículo do pecado. Só que a
recusa ao desejo, ao sonho erótico que subtraiu a porção divina de Adão
chega, com Lilith, a extremos surpreendentes após a separação deste casal.
O alfabeto Ben Sirá [século VI ou VII] conta que Lilith, inconformada com a
situação de desigualdade vivida com Adão, questiona: "Por que devo deitar-me
embaixo de ti? Por que ser dominada por você? Contudo, eu também fui feita
de pó e por isso sou tua igual." E Adão ciente da supremacia do homem, nega-
se a mudar a ordem. Lilith revolta-se, pronuncia o nome mágico de Deus,
acusa Adão e vai embora. Voa para as margens do Mar Vermelho, onde passa
a viver em promiscuidade com os diabos, gerando cem demônios por dia, os
chamados Lilim. E lá ela se transforma e assume seu tenebroso destino,
seduzindo homens em seu sonho, espalhando a morte, pois foi declarada
guerra ao Pai.
Mas existem muitas outras histórias sobre Lilith. Dizem que ela significa a
outra ou o outro num triângulo amoroso. Para os assírios, era considerada um
demônio. Alguns estudiosos dizem que ela era a mulher de Samuel, da qual
surgiram as imagens de Adão e Eva. No Zohar também é assimilada como a
rainha dos demônios que incitava os homens. Na Kabala, pode corresponder
ao 10º Sefiroh, Malkuth, que reina no submundo e na escuridão, incapaz de
contatar com Deus, sempre sujeita a tentações e frustrações.
De acordo com Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão
bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão". Esse ponto teria
sido retirado da Bíblia pela Inquisição. O astrólogo assinala que ali começou a
eterna divergência entre masculino e feminino, pois Lilith não se conformou
com a submissão ao homem.
O mito de Lilith pertence à grande tradição dos testemunhos orais que estão
reunidos nos textos da sabedoria rabínica definida na versão jeovística, que se
coloca lado a lado, precedendo-a de alguns séculos, da versão bíblica dos
sacerdotes. Sabemos que tais versões do Gênesis - e particularmente o mito
do nascimento da mulher - são ricas de contradições e enigmas que se
anulam. Nós deduzimos que a lenda de Lilith, primeira companheira de Adão,
foi perdida ou removida durante a época de transposição da versão jeovística
para aquela sacerdotal, que logo após sofre as modificações dos pais da igreja.
No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão. Ela brigou com
Adão, reivindicando igualdade em relação a seu marido, deixando-o "fervendo
de cólera". Lilith queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os
mesmos direitos do homem mas quando constatou que não poderia obter
status igual, se rebelou e, decidida a não submeter-se a Adão e, a odiá-lo
como igual, resolveu abandoná-lo. Segundo as versões aramaica e hebraica do
Alfabeto de Ben Sirá [século 6 ou 7]. Todas as vezes que eles faziam sexo,
Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo de Adão, suportando
o peso de seu corpo. E indagava: "Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por
que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu
também fui feita de pó e por isso sou tua igual." Mas Adão se recusava a
inverter as posições, consciente de que existia uma "ordem" que não podia ser
transgredida. Lilith deve submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio
preestabelecido. Vendo que o companheiro não atendia seus apelos, que não
lhe daria a condição de igualdade, Lilith se revolta, pronuncia nervosamente o
nome de Deus, faz acusações a Adão e vai embora; é o momento em que o
Sol se despede e a noite começa a descer o seu manto de escuridão soturna,
tal como na ocasião em que Jeová-Deus fez vir ao mundo os demônios.
Lilith partiu rumo ao mar vermelho [Diz-se que quando Adão insistiu em ficar
por cima durante as relações, Lilith usou seus conhecimentos mágicos para
voar até o Mar Vermelho]. Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos,
segundo a tradição hebraica. É um lugar maldito, o que prova que Lilith se
afirmou como um demônio, e é o seu caráter demoníaco que leva mulher a
contrariar o homem e o questionar em seu poder. Desde então, Lilith tornou-se
a noiva de Samael, o senhor das forças do mal do Outro Lado [?].
Outra versão, diz que foram os anjos que mataram os filhos que tivera com
Adão. Tão rude golpe transformou-a, e ela tentou matar os filhos de Adão com
sua segunda esposa, Eva.
Lilith alegou ter poderes vampirescos sobre bebês, mas como os anjos a
queriam impedir, fizeram-na prometer que, onde quer que veja seus nomes, ela
não faria nenhum mal aos humanos. Então, como não podia vencê-los, ela fez
um trato com eles: concordou em ficar afastada de quaisquer bebês protegidos
por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos. Não obstante, esse ódio
contra Adão e contra sua nova [e segunda] mulher, Eva, resultou, para Lilith,
no desabafo da sua fúria sobre os filhos deles e de todas as gerações
subseqüentes.
Não foi grande o trabalho que Lilith teve para corromper a virtude de Adão,
por ela maculada com seu beijo; o belo arcanjo Samael fez o mesmo para
desonrar Eva: E essa foi a causa da mortalidade humana. O Talmude
menciona que "Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula
cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes” Em outras partes,
o demônio masculino leva o nome de Leviatã, e o feminino chama-se Heva.
Neste ponto, eu faço um adição, pois existe uma antiga lenda que reza que
Adão, teve três mulheres e não duas e esta interpretação de uma segunda e
falsa esposa pode ser a origem desta lenda.
Uma vez que esteja definida a identidade e possível natureza dos Sucubus, o
passo seguinte será estabelecer o perímetro de proteção para a execução das
invocações angélicas de defesa. Este perímetro é utilizando não somente para
a defesa do Mago, das entidades que podem lhe atacar, mas também para a
defesa do Mago das “entidades” que ele deseja invocar.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, Anjos não são ursinhos
carinhosos; e se estes não tenham a intenção de atacar o Mago, a sua simples
presença pode ser o suficiente para causar-lhe dano. A possibilidade de o Anjo
atacar o Mago é remota, mas existe. Os Anjos não são passíveis de serem
coagidos ou comprados e caso o Mago os invoque para atividades mesquinhas
eles podem realmente revidar.
Portanto, o primeiro passo é definir quais serão os círculos dos quais o Mago
se utilizará para a sua invocação. Percebam que nesta apostila estamos nos
referindo a Sucubus Reais, não espíritos confusos, maléficos ou artificiais; e,
portanto, entendemos que uma a defesa real deve ser utilizada para proteger o
Mago desta entidades. Mas isto não quer dizer que esta defesa não funcionaria
contra as entidades mal interpretadas, ao contrário. Mas seria similar a matar
moscas com armas de fogo; não haveria por que recorrer a este método.
Desta forma, eu estabeleci que, em se tratando de um principiante, o Mago se
valeria de um sistema completo de círculos mágicos. Isto quer dizer que, com o
tempo e a experiência, o Mago poderá de “desfazer” dos círculos adicionais. O
sistema completo de círculos mágicos, no caso Pantáculos é constituído por:
Mas para a nossa defesa, que é simplesmente invocatória; este sistema não se
faz necessário em sua completude, uma vez que não se tratará de uma defesa
litúrgica.
Por este motivo iremos utilizar somente quatro pantáculos. Localizados no chão
sendo que o Mago deverá traçar um destes de forma que possa conter todo o
seu corpo. Eu não irei passar, para o desenvolvimento desta defesa, os meus
Pantáculos, mas eu fiz uma seleção de “Pantáculos Genéricos”, que o serão
igualmente úteis, escolhidos dentre os Pantáculos Mágicos do Abade Julio
Houssay, retirados dos Benedicionais, antigos livros religiosos que continham
estes símbolos mágicos criados na Idade Média.
Os Pantáculos datam das épocas mais remotas. Estavam presentes nas mais
diversas culturas e religiões dos povos antigos. Na própria Bíblia há várias
citações; acredita-se que os Tessalonicenses possuíam um Pantáculo que
servia para impedir a vinda da Besta Apocalíptica na Terra. Também os
diversos "Selos" citados no apocalipse fazem referência aos Pantáculos.
Neste ponto eu faço uma nova adição. Lendo-se o Apocalipse com cuidado, é
possível percebermos a existência destes “Selos” não somente em forma de
Pantáculos, mas também em forma de imposição de mãos. O que seria algo
equivalente aos Mudras.
O Rei Salomão fez muito uso desta arte usando-os inclusive para evocar e
exorcizar espíritos. O uso de talismãs e Pantáculos entre os magos e bruxos
de todos os tempos é tão popular que seria impossível listar aqui todos eles.
Por isso muitas magias, feitiços e sigilos mágicos raramente dão certo, mesmo
que se siga as instruções corretamente, pois cada caso é um caso e necessita
ser estudado detalhadamente para que haja correlações corretas e adequadas
ao perfil mágico e astrológico para alcançar o objetivo desejado.
O autor original deste texto afirma que as "Clavículas de Salomão" não são de
autoria do próprio Salomão, tratando-se daqueles famosos "grimoires", que
tanto circularam pela Idade Média. Oerepus Rex, não nega, nem corrobora
esta afirmação. Assim sendo, segundo o autor original deste texto, esse alega
que as Clavículas de Salomão foram criadas nesse período [Idade Média] e
não no tempo do reinado de Salomão, embora este seja inclinado a práticas
mágicas. Segundo o autor original deste texto, a importância de esclarecer este
equívoco é que algumas pessoas se dedicam ao estudo desta linha sem de
fato conhecerem a sua alegada “verdadeira origem”.
Eu não irei mencionar neste texto o que eu conheço a respeito das Clavículas
de Salomão e do exercício da Goétia simplesmente por que não é necessário
discutir nesta apostila tal assunto; desta forma nos concentremos somente na
defesa contra Succubus.
Mas em outras vezes, as pessoas cometem outro erro recorrente, que é referir-
se a esses símbolos mágicos pelo nome de “pentáculos”. Não são “pentáculos”
e sim, Pantáculos. O nome “pentáculos” na literatura esotérica nomeia apenas
o Pentagrama propriamente dito e o Tetragramaton, desde que devidamente
envolvidos por um círculo. Fica estabelecido então que “pentáculos” é o nome
dado apenas às estrelas de cinco pontas dentro de um círculo, enquanto que
todos os demais signos mágicos são Pantáculos, estejam envolvidos por um
círculo ou não.
Observações
Traçando os Pantáculos
PATER NOSTER
Anjo da Encarnação, fiel mensageiro de Deus, abri nossos ouvidos, até para as
mais leves admoestações e toques da graça, do Coração de nosso Senhor.
Permanecei sempre conosco, nos vo-lo suplicamos, para que compreendamos
devidamente a Palavra de Deus, sigamos suas inspirações e, docilmente,
cumpramos aquilo que Deus quer de nós. Fazei que eu estejamos sempre
prontos e vigilantes, para que o Senhor, quando ele chegar, não nos encontre
dormindo. Amém.
Realizado o recital, o Mago deve recitar o Angele Dei [x3], levantando as suas
mãos para o teto [neste caso, no rito original e completo, esta invocação seria
mais extensa, pois o Mago se dirigiria a cada um dos Pantáculos nas paredes
e por fim ao Pantáculo no teto]
“Angele Dei, qui custos es mei, me, tibi commíssum pietáte supérna, illúmina,
custódi, rege et gubérna.Amen”
Realizado o recital, o Mago deve recitar o Angele Dei [x3], levantando as suas
mãos para o teto [neste caso, no rito original e completo, esta invocação seria
mais extensa, pois o Mago se dirigiria a cada um dos Pantáculos nas paredes
e por fim ao Pantáculo no teto]
“Angele Dei, qui custos es mei, me, tibi commíssum pietáte supérna, illúmina,
custódi, rege et gubérna.Amen”
Realizado o recital, o Mago deve recitar o Angele Dei [x3], levantando as suas
mãos para o teto [neste caso, no rito original e completo, esta invocação seria
mais extensa, pois o Mago se dirigiria a cada um dos Pantáculos nas paredes
e por fim ao Pantáculo no teto]
“Angele Dei, qui custos es mei, me, tibi commíssum pietáte supérna, illúmina,
custódi, rege et gubérna.Amen”
O Mago recebendo ou não o “nome de fogo” de cada um dos anjos, deverá ter
cuidado ao encerrar o rito, para que o circulo de energia se feche corretamente
e nenhuma seqüela se manifeste.
O mago deverá tocar novamente cada um dos três Pantáculos Mágicos com
os três dedos, recitando:
“Pater noster, qui es in caelis: sanctificetur nomen tuum; adveniat regnum tuum;
fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum cotidianum da nobis
hodie; et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris:
et ne nos inducas in tentationem; sed libera nos a malo”
Caso o Mago receba realmente o “nome de fogo” de cada um dos anjos, este
rito deve ser repetido, após alguns dias, de acordo com as possibilidades do
Mago [para alguns o rito pode ser muito cansativo], mas o período ideal é que
o rito seja repetido entre três e sete dias depois da sua execução inicial, não
menos e não mais. A diferença é que o Mago usará o “nome de fogo” de cada
anjo, no lugar do nome do anjo, durante a sua invocação e neste caso, o seu
espírito será realmente açoitado com o “nome de fogo” dos anjos e ele estará
definitivamente protegido dos ataques de Sucubus. Portanto, eu espero que
esta apostila possa ajudar a todos que necessitam; cordialmente Oerepus
Rex.