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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

UNATEC
CURSO DE LOGÍSTICA

GESTÃO DE ARMAZENAGEM
PREVISÃO DE DEMANDA EM EMPRESA DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS

GRUPO: OPEN MIND

Ainne Miranda Barbosa


Elisa Valentim
Érica Figueiredo Gomes da Silva
Julio Cesar de Souza Dias
Luiz Otávio Mota Pinto
Luiz Sérgio Gonçalves Paulon
Marco Túlio N Chagas
Shauna Ferraz

Belo Horizonte – MG
1/2008
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
UNATEC
CURSO DE LOGÍSTICA

GESTÃO DE ARMAZENAGEM
PREVISÃO DE DEMANDA EM EMPRESA DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS

Trabalho Interdisciplinar apresentado como


requisito para obtenção parcial de certificado do
módulo II do curso de Logística, do Instituto
UNA de Tecnologia, sob a orientação da
Profª Vaniria .Ferrari.Pinheiro Chaves

Ainne Miranda Barbosa


Elisa Lucia Valentim
Érica Figueiredo Gomes da Silva
Júlio Cesar de Souza Dias
Luiz Otávio Mota Pinto
Luiz Sérgio Gonçalves Paulon
Marco Túlio N Chagas
Shauna Silva Ferraz

Belo Horizonte
1/2008

2
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 5
3. METODOLOGIA ........................................................................................................... 7
4. RESULTADOS ................................................................................................................ 8
4. CONCLUSÃO................................................................................................................ 19
5. REFERÊNCIAS............................................................................................................. 22
6. ANEXOS ........................................................................................................................ 23

3
1. INTRODUÇÃO

A previsão das quantidades que o mercado irá necessitar é uma tarefa


importantíssima no planejamento empresarial, e, em função disso, devemos alocar
métodos e esforços adequados em seu diagnóstico. A previsão deve levar sempre em
consideração os fatores que mais afetam o ambiente e que tendem a mobilizar os
clientes (Pozo, 2007. p. 51).

Com a frase acima, Pozo (2007) aponta-nos a complexidade que envolve a previsão de
estoques para atender ao mercado. Tão complexo quanto prever estoques para uma demanda
(que não é algo preciso) é a importância de entender e compreender todos os fatores que
compõem o ciclo produtivo de uma empresa seja ela de qualquer setor do mercado.
Neste contexto, pretende-se considerar tudo o que envolve a cadeia produtiva através
do conhecimento adquirido, pesquisas bibliográficas e de campo. Serão estudadas ainda, suas
operações, recursos, estratégias, o mercado ao qual pertence, a previsibilidade e o dinamismo
nas ações.
Em suma, será proposto montar equações que permitam avaliar seu nível de estoque
e eficácia nos processos para Previsão de Demanda, foco do trabalho, além de estudar as
melhores práticas que visem tornar a administração de estoques futuros e mínimo, fator que
possa agregar valor à empresa, bem como seus custos de produção através de fórmulas
matemáticas de previsibilidade.
Nomeadamente estudaremos as variáveis que compõem a previsão de demanda na
empresa objeto de estudo; compreenderemos os modelos que norteiam a decisões de estoque
na empresa, sejam eles de tendências, de sazonalidades ou de uso constante e avaliaremos o
impacto do modelo de estocagem utilizado pela empresa em seus custos de produção e,
conseqüentemente, em seu resultado final.

4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Estar em sintonia com as novas práticas mercadológicas, onde os níveis de serviço


constituem variáveis definidoras sobre qual fornecedor terá a conta da empresa para
fornecimento de seus insumos da cadeia produtiva, constitui tarefa vital para fornecedores.
Em seu livro Desafio dos Deuses, Bernstein (1997, p. 217) exemplifica como deve ser o
pensamento de um fornecedor: “A incerteza está presente no processo de tomada de decisões,
menos por haver um futuro do que porque há, e haverá nosso passado".
Com base neste pequeno introdutório, apontamos o norte para o desafio que teremos
em apresentar situações cotidianas de uma empresa do ramo siderúrgico que compra sua
matéria prima de comercialização (tubos de aço) e os revende a outros clientes deste
segmento.
Manter um sistema de planejamento de estoques para atender as demandas destes
clientes, seja para uso imediato, seja para uso futuro é a chave para um alto nível de serviço,
não tirando do foco os custos que um processo como este poderá acarretar. Em seu livro
Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, Pozo (2007) nos diz que o volume de
estoque e sua localização são apenas uma das ações do sistema logístico e que devemos
buscar um balanceamento dos custos de armazenagem, de pedidos e de falta para melhor
atender à demanda de mercado e aos anseios dos acionistas.
Ainda sobre os custos de armazenagem, em toda a cadeia deve-se pensar na resultante
da equação que compõe os custos de estoque, que são os custos de pedidos, de manutenção de
estoque e o de falta. Tudo isto compõe o custo total e encontrar o custo ideal é a tarefa a que
nos propomos apresentar, caso seja possível no segmento que escolhemos.
As bases científicas do nível de serviço a que se deseja atingir têm, na outra
extremidade, as necessidades pontuadas pelo cliente como essenciais para que seu negócio
prospere, e cabe à empresa distribuição de tubos de aço, elaborar processos que mantenham
seu grau de atendimento em níveis bem elevados, lembrando que quanto maior o estoque,
maiores serão os seus custos.
Como o que norteia as mentes dos acionistas é o lucro, este item não deve ser jamais
esquecido quando se obtiver a resultante de lucro sobre o capital investido, a receita, que
aponta o coeficiente do retorno deste capital investido.
Como fator para um correto encadeamento de processos com vistas à equação citada
acima, e sem perder as bases científicas como referência para uma boa previsão de demanda,
tem-se ainda a apuração do giro de capital que, segundo Pozo (2007, p. 47), é obtido pelo
5
“resultado das vendas anuais sobre o estoque”. Este e os demais itens serão melhores
explorados no decorrer de nosso trabalho.
Pozo (2007, p. 51) também nos apresenta elementos que nos ajudam a melhor escolher
o método de previsão de demanda. Diz ele que “a previsão de estoques...é fundamentada nos
informes fornecidos pela área de vendas onde são elaborados os valores de demandas de
mercado e providenciados os níveis de estoque”, ou seja, se a cadeia produtora mantiver
perfeita harmonia com a área de compras, os resultados deste intercâmbio serão melhores
subsídios para que a ponta final, vendas, possa agir precisamente na gestão de estoques.
Para a correta análise dos processos que possam ou não ser melhorados, e serão
informados nos resultados de nosso trabalho, temos ainda as fórmulas propostas por Pozo que
nos fornece bases científicas com modelos matemáticos que nos permitem melhor avaliar
aquela que melhor e encaixa (ou não) na empresa escolhida.
Vale citar ainda que a Evolução de Consumo Constante, de Consumo Sazonal e de
Tendência balizarão nossas análises, assim como o Tempo de Reposição, o Ponto de Pedido,
o Lote de Compra o Estoque Máximo e de Segurança (este com seus métodos de Grau de
Risco, de Variação de Consumo e/ou Tempo de Reposição e de Grau de Atendimento
Definido) também farão parte de nossos estudos, que visa ter o maior leque possível de
situações para que se encontre (se for o caso) aquela equação que mais se aproxime de uma
correta previsão de demanda.
Sobre Evolução de Consumo Constante (ECC) pode-se afirmar que as análises
apontam para consumos constantes sem grandes variações ao passo que a Evolução de
Consumo Sazonal (ECS) trabalha com variáveis em que o consumo se altera de acordo com
os estados na natureza, ou seja, festas comemorativas e/ou lançamentos de produtos.
Quando se fala de Evolução de Consumo sobre Tendência (ECT), devem-se
considerar eventos que causem uma demanda positiva ou negativa. Nesta, o fim de um
produto fartamente consumido que é substituído por outro aponta para acentuada redução de
sua produção. Entretanto, uma demanda positiva mostra que a evolução denota atualizações
na escala produtiva gerando bons resultados, e que para se possa acompanhar o desempenho
de um determinado produto, utiliza-se métodos como o de Último Período (bem simples – é o
último levantamento, p.e., mensal), da Média Aritmética (onde se apura a média de um
conjunto de dados) e Ponderada (o mesmo que a aritmética, mas que se pondera por um
fator), de Suavização Exponencial (que considera os dois últimos períodos corrigindo as
oscilações) e de Mínimos Quadrados, o mais utilizado porque “minimiza as distâncias entre
casa consumo realizado” – Pozo (2007, p. 59).
6
Tempo de Reposição, o Ponto de Pedido, o Lote de Compra o Estoque Máximo e de
Segurança serão trabalhados quando se quiser gerir o sistema de estoque mínimo/máximo
objetivando aproximar-se de uma aceitável previsão de demanda.
Por fim, teremos em mente o objetivo de tentar tabular o maior número de dados
possível deixando que a variável custo permeie nossos cálculos e forneça valores
comprobatórios de tudo que foi pesquisado.

3. METODOLOGIA

Propõe-se tratar este trabalho de forma quantitativa quanto ao caráter, uma vez que
pretendemos avaliar um caso específico de previsão de demanda em uma empresa do setor
siderúrgico. A pesquisa pode ser classificada como descritiva e explicativa quanto aos fins,
porque pretendemos descrever os métodos de previsão de demanda da empresa, bem como
explicar como eles se dão no cotidiano corporativo. Serão utilizados recursos de pesquisa de
campo, através de entrevista de forma estruturada, onde serão elaboradas perguntas à serem
feitas com representantes da empresa, consolidando assim um estudo de caso da empresa do
ramo siderúrgico, distribuidora de tubos de aço. Quanto aos meios e à forma de coleta de
dados, ainda teremos documentos eletrônicos que têm a internet como repositório.
Desta forma, tem-se:
Pesquisa Bibliográfica
Serão utilizados dados obtidos em livros, sejam em fontes primárias ou secundárias,
além de compêndios eletrônicos armazenados em sítios na internet. Para composição dos
modelos matemáticos visando avaliar a previsão de demanda da empresa no setor siderúrgico,
serão utilizados dados disponibilizados pela empresa que serão compilados e servirão como
input para as averiguações.
Entrevista estruturada
Entrevistas com membro da equipe de planejamento de demanda da empresa
distribuidora de aços, setor siderúrgico.
Observação (estudo de caso)
Observação das operações da empresa distribuidora de aços, setor siderúrgico no que
tange à seu planejamento para previsão de demanda.

7
4. RESULTADOS

Planejamento de produção, controle de estoques, foco no nível de serviço, sintonia


com o mercado, antevisão do que se irão produzir, lançamentos de novos produtos, atenção
nas sazonalidades consumo, conhecimento das leis que regem a economia e suas oscilações,
são variáveis que devem nortear a previsão de demanda, uma vez que o maior objetivo das
empresas é atender a seus clientes de forma a deixá-lo com nível de serviço equilibrado com
seus anseios.
Com base nos dados acima, este experimento, que teve como objetivo analisar os
modelos matemáticos utilizados por uma empresa distribuidora de produtos siderúrgicos
testou vários métodos em que se considerou a base histórica de previsão e realização de
demanda para este segmento de nossa economia.
Como dados iniciais, o gráfico abaixo apresenta o consumo ocorrido no range1
compreendido entre os meses de outubro/2007 a abril de 2008:

Produção Total em toneladas

1000

800
Toneladas

600

400

200

0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Meses

Gráfico I – Produção total de produtos siderúrgicos dentro de um range

Levantados os dados, definiu-se que o objetivo seria efetuar a previsão de demanda


para o mês seguinte, ou seja, maio de 2008.
Como informação adicional, e para que se possa compreender melhor os dados acima,
foram eleitos 5 (cinco) produtos para um mix2 de alto, médio e baixo giro, elencados abaixo
com os respectivos consumos dentro do mesmo range:

1
Escala
8
Total da produção por produto

350
300
250
C- Costura
200
Toneladas S- Costura
150
Aço Laminado
100
Aço Forjado
50
Aço Trefilado
0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Tipo de produto/mes

:
Gráfico II – Total de produção por produto selecionado para o mix no range de out/2007 a
abr/2008

Os produtos do mix podem ser vistos de outra forma em uma curva ABC, e foram
assim escolhidos, por fazerem parte de estoques distintos, cada um com sua relevância:

Produto Cons./Ton. % Consumo % Acumulado Avaliação


ABC

C- Costura 1220 24,00% 24,00% A


S- Costura 1830 36,00% 60,00% A
Aço Laminado 1271 25,00% 85,00% B
Aço Forjado 610 12,00% 97,00% C
Curva

Aço Trefilado 152 3,00% 100,00% C


5082 100,00% 100,00%

Gráfico III – produtos do mix em representação curva ABC

Através de entrevista realizada com um de seus colaboradores, pôde-se perceber que a


empresa, que tem como missão, de acordo com o entrevistado, “ser o maior e melhor
distribuidor de produtos siderúrgicos da América Latina”, opera com lotes econômicos de
compra3 com vistas a ser mais competitivo no quesito preço.
Desta maneira, a empresa escolheu o método da média aritmética para efetuar sua
previsão de demanda. Neste método, utiliza-se a base histórica para determinar a previsão de

2
Mistura
3
Tornam mínimos os custos de se obter e de se manter o estoque.
9
demanda para o mês seguinte, que consiste em apurar os valores anteriores ao mês atual,
inclusive, somá-los e dividir pelo número de ocorrências consideradas.

Figura I - Fórmula da média aritmética

Assim, o gráfico abaixo apresenta os valores de consumo/demanda já acrescido do


resultado encontrado aplicando-se a fórmula acima, primeiramente de modo sintético para, em
seguida, apresentar com os produtos do mix selecionado:

Produção Total em toneladas

1000

800
Toneladas

600

400

200

0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Meses

Gráfico IV – Produção total de produtos siderúrgicos dentro de um range incluído o mês de maio de 2008

10
Total da produção por produto

350
300
250
C- Costura
200
Toneladas S- Costura
150
Aço Laminado
100
Aço Forjado
50
Aço Trefilado
0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Tipo de produto/mes

Gráfico V – Total de produção por produto selecionado para o mix no range de out/2007 a mai/2008
(referem-se a tipos de tubos de aço )

Durante a entrevista, o entrevistado apontou as variáveis que considera pertinentes


para a previsão de demanda da empresa. Afirmou que o Marketing atua de modo sincronizado
com os demais setores da empresa responsáveis pela cadeia produtiva. Disse que se não
houver estar harmonia, fatalmente não será possível efetuar uma previsão de demanda que
minimamente atenda ao que o mercado e o cliente almejam.
Além disto, o entrevistado mostrou que as variações de câmbio auxiliam na decisão de
importar ou não determinado componente de input, bem como aumento dos preços de
insumos, e que “o capital de giro é considerado de maneira a não permitir que material seja
mantido em estoque pode mais de 90 dias, com pena a onerar todo o projeto logístico”.
Após as análises dos dados que nos foram passados pelo entrevistado, iniciou-se a
tabulação de dados, agora com a utilização dos demais métodos disponíveis para controle de
previsão de demanda.
Primeiramente utilizou-se o método da média ponderada, que possui como forma de
apuração a fórmula abaixo:

11
Através deste método ponderam-se cada período, sendo que o mais próximo recebe o
maior peso, e sua soma deve ser sempre 100%. Os períodos mais recentes recebem peso de
50%, o último 5% e os intermediários rateiam ponderadamente entre si o que resta para
atingir o total.

Tabulados os dados, o resultado é o que sê no gráfico abaixo:

Produção Total em toneladas pelo método da


média ponderada

1000

800
Toneladas

600

400

200

0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Meses

Gráfico VI - Produção total de produtos siderúrgicos dentro de um range incluído o mês de maio de 2008

Ainda empiricamente, passou-se a utilizar o método da média com suavização exponencial.


Por este método é possível obter a previsão para o próximo mês, utilizando-se o último
período, a previsão para o próximo e uma constante de suavização exponencial. A fórmula
que se segue foi utilizada tendo-se como resultante o gráfico VI:

Ppp (MMSE)=[(Ra x @) + (1 - @) x Pa]


Onde:
• Ppp = Previsão próximo período
• Ra = Consumo real no período anterior
• Pa = Previsão do período anterior
• @ = Constante de suavização exponencial

12
Produção Total em toneladas pelo método da
suavização exponencial

1000

800
Toneladas
600

400

200

0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Meses

Gráfico VII – Produção total de produtos siderúrgicos dentro de um range incluído o mês de maio de 2008

O próximo método utilizado foi o de média dos mínimos quadrados. Este é indicado
como o melhor método para se fazer a previsão de demanda. Sua fórmula e os dados apurados
com sua aplicação estão na seqüência:

Ppp (MMMQ) = a + bx
Onde:
• Ppp = Previsão próximo período
• a = valor a ser obtido na equação normal por meio de tabulação de
dados
• b = valor a ser obtido na equação normal por meio de tabulação de
dados
• x = quantidade de períodos de consumo

13
Produção Total em toneladas pelo método dos
mínimos quadrados

1000

800
Toneladas
600

400

200

0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Meses

Gráfico VIII – Produção total de produtos siderúrgicos dentro de um range incluído o mês de maio de
2008
Por último temos o método do último período que consiste em repetir efetivamente
último consumo. Para tanto, o gráfico ficou assim distribuído:

Produção Total em toneladas pelo método do


último período

1000

800
Toneladas

600

400

200

0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai
Meses

Gráfico IX – Produção total de produtos siderúrgicos dentro de um range incluído o mês de maio de 2008

Ao final das análises, a atenções voltaram-se para as avaliações dos níveis de estoques,
e, neste quesito o objetivo foi a busca por um estoque mais econômico para a empresa, e o
entrevistado citou este fato durante a entrevista, já apontando anteriormente. Para que bem se
avalie os níveis de estoque, é necessário compreender os fatores que norteiam as observações
para cada evento, no que tange aos custos.

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O processo não é complexo, mas requer total integração entre a gerência de estoque e
a de compras, uma vez atingido o ponto de pedido, este setor deve ser acionado. A partir deste
ponto, as seguintes variáveis são acionadas para que cada uma forneça os dados a serem
ofertados aos gestores para que tomem suas decisões.
São elas: Estoque mínimo (Emin), que corresponde ao estoque mínimo que a empresa
que manter em seu galpão; Ponto de Pedido (PP), que ponta o instante exato em que o evento
compras entra na cadeia; Tempo de reposição (TR), que diz qual será o tempo para se repor
o componente de matéria-prima e que corresponde à somatória do período entre a emissão do
pedido de compra no fornecedor + o tempo que o fornecedor leva para atender o pedido da
empresa + tempo de liberação da carga na chegada; o Lote de Compras (LC) e o Estoque
Máximo (Emax) que corresponde ao estoque quando o lote comprado chegar.
As variáveis citadas são peças fundamentais para que se trabalhe com o sistema
máximo-mínimo.
Portanto, abaixo estão relacionados os cálculos para cada produto do mix selecionado
nesta apresentação:

15
Tabela I – Cálculo do estoque de segurança – ES – Método de Grau de Risco

16
Tabela II – Cálculo do estoque de segurança – ES – Método com variação de consumo

17
Tabela III – Cálculo do estoque de segurança – ES – Método com grau de atendimento definido

18
4. CONCLUSÃO

Dados capturados, tabulados, consistidos e compilados, como será apresentado abaixo,


comprovar-se-á que a busca pela rentabilidade na previsão de demanda de uma empresa,
notadamente a de distribuição de produtos para o segmento siderúrgico, deve sempre estar
nivelada com os anseios dos acionistas e para isto, segundo entrevistado “se faz necessário
um acompanhamento de todo o material em estoque, além das variáveis citadas”, como disse
o entrevistado que por questões estratégicas não citou de quanto ela é em sua empresa.
Para todo este controle feito aqui utilizando planilha eletrônica, o entrevistado afirmou
que a empresa mantém contratado, segundo suas próprias palavras “um sistema de
informações integrado (SIG). As áreas utilizam-se deste sistema e se mantêm interligadas e
integradas gerando informações precisas” para os vários setores da cadeia produtiva.
Aqui esta função fica a cargo do ERP, sigla em inglês que significa Enterprise
Resource Planning termo genérico, atividades exercidas por um software multi-modular, que
tem por objetivo auxiliar o gestor de uma empresa nas importantes fases do seu projeto
logístico e sua aplicação, incluindo o desenvolvimento de produtos, compra de itens,
manutenção de estoques, interação com os fornecedores, serviços a clientes e
acompanhamento de ordens de produção.

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Por fim, ao final das apurações feitas pelos vários métodos apresentados, as previsões,
segundo estes métodos ficaram assim definidas:

PRODUÇÃO TOTAL

Aço Trefilado
Aço Laminado

Aço Forjado
C- Costura

S- Costura
Mes Cons. em toneladas Cons. Ton. Cons. Ton. Cons. Ton. Cons. Ton. Cons. Ton.
Out 700 168 252 175 84 21
Nov 680 163 245 170 82 20
Dez 750 180 270 188 90 23
Jan 720 173 259 180 86 22
Fev 650 156 234 163 78 20
Mar 850 204 306 213 102 26
Abr 882 212 318 221 106 26
882 MUP 212 318 221 106 26
747 MMA 179 269 187 90 22
MAI

807,4342 MMP 193,7842 290,6763 201,8586 96,8921 24,2230


836,0380 MMSE 197,4935 296,5833 205,7510 108,6938 23,4004
859,7143 MMMQ 206,3314 309,4971 207,9105 103,1656 25,7916

Tabela IV – MUP (Método do último período) – MMA (método da média aritmética) – MMP (método da
média ponderada) – MMSE (método da suavização exponencial) – MMMQ (média dos mínimos
quadrados)

E na versão gráfica:

350
C- Costura
300
Cons. Ton.
250

200 S- Costura
Cons. Ton.
150

100 Aço Laminado


Cons. Ton.
50

0 Aço Forjado
MUP

MMMQ
MMA

MMP

MMSE

Cons. Ton.

Aço Trefilado
700 680 750 720 650 850 882 882 747 807,43 836,04 859,71 Cons. Ton.
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr MAI

Gráfico X – Versão gráfica para o método anterior

20
Sendo assim, os objetivos do trabalho foram alcançados, ou seja, através de métodos
científicos apresentamos como seria a previsão de demanda levando-se em conta estes
métodos.
Como sugestão, apenas a possibilidade de se investigar como seria a previsão de
demanda para cada produto ao alternar-se a avaliação de estoque. Ainda que as informações
fossem irrelevantes, dado do método escolhido pela empresa, a certeza de que se está o
método correto iria prevalecer e a eficácia atingida.
Tendo como parceiros de negócios, empresas como Vale, Petrobrás, Braskem e
Gerdau, quando melhor a empresa se preparar para atender seus clientes, seja através do
método atualmente utilizado, seja dos métodos aqui utilizados, mais chances de atingir sua
missão ela terá.
Para o próximo trabalho, buscaremos aprimorar nossos próprios meios de análises
empíricas com claros objetivos na busca pela eficácia do trabalho científico.

21
5. REFERÊNCIAS

ANDRADE, Eduardo Leopoldino de. Introdução à pesquisa operacional. 3ª ed. São Paulo:
LTC (Grupo GEN), 2004.
ARNOLD, J.R. Tony. Administração de Materiais: Uma Introdução. 3ª ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
BRUNI, Adriano Leal. Estatística Aplicada á Gestão Empresarial 1ª ed. São Paulo: Atlas,
2007.
Bernstein, Peter L. Desafio aos Deuses – A Fascinante História do Risco. São Paulo: Campus,
1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração da Produção. São Paulo: Makron
Books, 1991.
DIAS, Marco Aurélio. Administração de Materiais. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1993
MOREIRA, Daniel A. Administração da produção e operações. 2ª ed. São Paul: Thomson
Learning (Pioneira), 2008.
NETO, Assaf. Administração de capital de giro. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 4ª ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
VIANA, João José. Administração de Materiais. Um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2002.
WANKE, Peter. Gestão de Estoques na Cadeia de Suprimento: Decisões e Modelos. 1ª ed.
São Paulo: Atlas, 2003.

22
6. ANEXOS

Algumas fotos do maquinário e das peças comercializadas por empresa deste segmento

Máquinas de corte a plasma

Peças produzidas

23
Tubos

24
25
26
27
Aços

28
29
Tubos estruturais e cortes especiais a plasma

Fonte das figuras acima: www.acotubo.com.br

30

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