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3/11/2009

Introdução a Engenharia Ambiental 2009.2


Prof. Eduardo Monteiro Martins

Poluição Atmosférica
e Modelos de Dispersão de Poluentes

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

 ALTERAÇÃO INDESEJÁVEL NAS CARACTERÍSTICAS


FÍSICAS, QUÍMICAS OU BIOLÓGICAS DO SOLO, AR OU
ÁGUA, QUE PODE AFETAR OU NÃO DE FORMA
ADVERSA OS RECURSOS NATURAIS, OS SERES VIVOS
E AS CONDIÇÕES DE VIDA.

Poluição Atmosférica

 “Comparar o ar das cidades com o ar dos desertos e terras


áridas é como comparar as águas que são sujas e turvas com
às águas que são limpas e puras. Nas cidades por causa das
construções e suas ruas estreitas o ar se torna grosso,
estagnado e nevoento.... Se não tivermos opções, em viver
em lugares mais arejados, teremos que pensar no que
acontecerá com nossa saúde e nossa psique...”

Filósofo, Cientista e Jurista Moses Maimonidess (1135-1204)

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Poluição Atmosférica

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 03/90

“Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de


matéria ou energia com intensidade e quantidade, concentração,
tempo ou características em desacordo com os níveis
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: impróprio,
nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público;
danoso aos materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao
uso e gozo da propriedade e as atividades normais da
comunidade“.

Poluição Atmosférica

Queixas Estado do Rio de Janeiro

Queixas do Estado do Espírito Santo


11%
Poluição do Ar
21%
Poluição Sonora

52% Poluição das Aguas


Diversos
16%

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Poluição Atmosférica

Quantidade em ppmv
Gás
(em porcentagem)
Nitrogênio (N2) 780.840 (78,084%)
Oxigênio (O2) 209.460 (20,946%)
Argônio (Ar) 9.340 (0,934%)
Dióxido de carbono (CO2) 383 (0,0383%)
Neônio (Ne) 18,18
Hélio (He) 5,24
Metano (CH4) 1,745
Kriptônio (Kr) 1,14
Hidrogênio (H2) 0,55
Tipicamente de 1% a 4%
Vapor d´água (H2O)
(altamente variável)

Poluição Atmosférica

É uma situação onde


substâncias resultantes de
atividades antropogênicas são
encontradas em concentrações
suficientemente acima de seus
valores médios normais para
produzir efeitos nas pessoas,
animais, vegetação e materiais

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Poluição Atmosférica

Até 1960 predominava no Brasil a


população rural. No recenseamento de
1970 já se constatou o predomínio da
população urbana, com 56% do total
nacional. Atualmente, 75% da população
brasileira é urbana. No Estado de Rio de
Janeiro a população urbana é de 95%.

Poluição Atmosférica

Um assunto que abrange varias áreas:

 Química

 Meteorologia

 Engenharia

 Saúde Pública

 Geografia

 Transporte Público

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Poluição Atmosférica

•Problemas Estéticos
•Problemas de Saúde Publica

•Mudanças Climáticas

Poluição Atmosférica

Antes da Revolução Industrial

Com o uso do fogo:


• Queima de Carvão
• Queima de Madeira
• Queima de Coque

Principais Usos
• Metalurgia
• Cerâmica
• Preservação de Alimentos

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Poluição Atmosférica

• Invenção da Máquina a Vapor


(Watt, 1784)
• Agência de saúde da Inglaterra
torna-se responsável pelos
níveis de fumaça e cinzas
(1848)
• Surgem as primeiras leis para o
controle da “fumaça”
• Os primeiros avanços
tecnológicos para o controle da
poluição ocorreram no século
XIX com os lavadores de gases,
ciclones e filtros de tecidos.

Poluição Atmosférica

Período de 1900 a 1925

• Ocorre uma piora considerável na qualidade do ar com o


crescimento das cidades e das industrias
• Não existiam leis significativas ou atitudes publicas para
controlar o problema
• Pensava-se que a atmosfera era grande o suficiente para
diluir os poluentes emitidos
• Primeiro grande desastre em Londres devido a poluição
atmosférica (1911) com 1150 mortes

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Poluição Atmosférica

Vale do Meuse, Bélgica (1930)

Região com grande concentração de industrias.


Condições meteorológicas desfavoráveis para a dispersão dos
poluentes causam 60 mortes.

Outubro de 1948 -cidade de Dora- Pensilvânia

Condições meteorológicas desfavoráveis com inversões térmicas


durante 5 dias causaram a morte de 20 pessoas quando o normal
para época seria 2 óbitos no mesmo período

Poluição Atmosférica

Mais grave e mais famoso episódio de poluição com 4000 mortes


 Conjuntos de condições meteorológicas
desfavoráveis
 Poluentes Material Particulado (4,5 mg.m3 )
e SO2 (1,3ppm)
 Altura da camada de mistura 45 metros
 Visibilidade reduzida em até 22 jardas
 Após este foram tomadas as primeiras
medidas para a redução das emissões
 Em 1956 e 1962 condições climáticas
parecidas com o episodio de 1952 se repetiram
e o numero de óbitos se reduziu drasticamente

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Poluição Atmosférica

 1972 Estocolmo, primeira conferência das nações unidas sobre


meio ambiente

 Inicio do controle das emissões veiculares com programas para


redução de SOx em gases e dessulfurização dos combustíveis

 A meteorologia inicia estudos de modelos de dispersão de


poluentes atmosféricos na década de 80

 Primeiros sistemas de monitoramento continuo de poluentes


atmosféricos tornam-se operacionais em varias partes do
mundo

Poluição Atmosférica

 1992
 3ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento
 >> Rio - 92
 >> Aprovada a formação da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC)
 >> Assinada por 154 Países, incluindo o Brasil
 >> Compromisso de diminuir a emissão dos gases responsáveis pelo
Efeito Estufa
 >> Necessidade de detalhar quais medidas deveriam ser tomadas
>> Conferências foram realizadas entre partes da Convenção-
Quadro
 >> Chamadas de Conferências das Partes (COP).

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Poluição Atmosférica

 1997
  COP – 3
 Estabelecido o Protocolo de Kyoto
>> Documento que estabelecer metas e mecanismos para a redução das
emissões globais de gases estufa >> Somente para os Países do Anexo 1

 Redução de pelo menos 5,2% dos índices medidos em 1990 >> Primeiro
período de redução >> 2008 a 2012;

Anexo 1
>> Estabelecido para os Países responsáveis por 55% das emissões globais em
1990 >> Países desenvolvidos;

Os Países que não pertencem ao Anexo 1


>> Não possuem metas de redução para o primeiro período definido pelo
Protocolo

Poluição Atmosférica

Acordo internacional, assinado por 84 países, em 1997, em Kyoto


no Japão, que estabelece, entre 2008 e 2012, a redução de 5,2%
dos gases-estufa, em relação aos níveis em 1990.

METAS DE REDUÇÃO
Países da União Européia – 8%
Estados Unidos – 7%
Japão – 6%
Para a China e os países em
desenvolvimento, como Brasil,
Índia e México, ainda não foram
estabelecidos níveis de redução

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Poluição Atmosférica

 16 de março de 1998 a 15 de março de 1999

 84 Países assinaram o Protocolo


 Estados Unidos e Rússia não assinam
 EUA é responsável por 25% das emissões
mundiais de CO2 >> Alega que a redução de 7% na
emissão dos Gases Estufa poderia dificultar o
avanço das indústrias no país.

Poluição Atmosférica

• 140 m2 de área pulmonar


• 5,5 L de ar nos pulmões
• 500 mL em cada inspiração
• 20 m3 por dia
• 6 – 7 L de sangue
• Todo o sangue circula em 1 min (repouso)
• Lei de Henry

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Poluição Atmosférica

 Troposfera
 Estratosfera
 Mesosfera
 Termosfera

 Entre elas existem zonas de transição chamadas de


Tropopausa, Estratopausa e Mesopausa

Poluição
Atmosférica

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Poluição Atmosférica

 É a mais importante região da atmosfera

 Altura média de 12km

 8Km nas regiões polares e 12Km na faixa equatorial

 Ocorrem praticamente todas as variações


meteorológicas (nuvens, precipitações e vapor de
água lavagem da atmosfera pelas precipitações) e
uma grande quantidade das reações químicas

 Temperatura diminui com a altitude com uma taxa


aproximada de 0,6OC por 100 metros

Poluição Atmosférica

 Rápida mistura vertical devido a que o ar quente


sobe

 Na troposfera “normal” a temperatura diminui com


a altitude, o ar quente que está perto da superfície,
por ser menos denso, sobe e é substituído por ar
mais fresco

 Inversão térmica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

 Região limpa de nuvens, oferece excelente


condições para a navegação aérea

 Temperatura aumenta com o aumento da altitude

 Ocorre uma série de reações fotoquímicas


envolvendo O3 e O molecular

 Região rica em ozônio

Poluição Atmosférica

 Ozônio absorve radiação na região 210 a 290nm

 Essa absorção de luz pelo ozônio é o principal fator


que causa o aumento da temperatura com o
aumento da altitude

 Região com pouca mistura vertical e não ocorrem


precipitações

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Poluição Atmosférica

 Região compreendida entre 50 -85Km

 A temperatura e as concentrações de ozônio diminuem com a


altitude

 Ocorrem misturas verticais

 Termosfera

 Acima de 85Km da superfície

 Temperatura volta a crescer com o aumento da altitude pela


absorção de radiação solar com comprimentos de onda de 200nm
pelo O2 e N2 assim como suas espécies atômicas

Poluição Atmosférica

 Acima de 85Km da superfície

 Temperatura volta a crescer com o aumento da


altitude pela absorção de radiação solar com
comprimentos de onda de 200nm pelo O2 e N2
assim como suas espécies atômicas

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Poluição Atmosférica

A escala mostra como varia em média a temperatura (em Kelvin)


de acordo com cada camada atmosférica.

Poluição Atmosférica

 A formação do Ozônio ocorre na Estratosfera a uma altitude média


de 30 km onde os radiação solar ultravioleta tem tamanho de onda
menor que 242 nm
O2 + hν → 2 O (3P)
 O átomo de O reage rapidamente com O2 na presença de uma
terceira molécula M (O2 ou N2), para formar o Ozônio
O (3P) + O2 + M → O3 + M

 O ozônio fotolisa na estratosfera: Recombinação


O3 + hν → O (3P)+ O2 do ozônio:
O3 + hν → O (1D) + O2
O (1D) + M → O (3P)+ M O (3P)+ O3 → 2 O2

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Poluição Atmosférica

 O ozônio é importante para a vida porque


absorve a radiação entre 200 e 310 nm

 A reação de recombinação é exotérmica

 Na dissociação fotoquímica a energia absorvida é


maior que a energia de dissociação: o excesso de
energia é liberado na forma de calor

Poluição Atmosférica

 Até 1964, o mecanismo de Chapman era a principal explicação


da formação e destruição de Ozônio da Estratosfera
 Foi observado que a destruição de ozônio pela reação
O (3P)+ O3 → 2 O2 era muito lenta e não condizia com a
realidade
 No começo da década de 50 foi proposto por Bates e Nicolet,
que haveria uma substância em grande quantidade na
Estratosfera que atuaria como um catalisador na destruição de
Ozônio
 Mas só no início da década de 70, que um trabalho pioneiro de
Crutzen e Johnston revelou o papel dos Óxidos de Nitrogênio
na Estratosfera.

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Poluição Atmosférica

 Os subseqüentes trabalhos de Stolarski e Cicerone (1974),


Molina e Rowland (1974), e Rowland e Molina (1975)
elucidou o efeito do compostos que contém cloro na
Estratosfera.
 A destruição de Ozônio no ciclo de Chapman é dado por
 X + O3 → XO + O2
 XO + O → X + O2
 O3 + O → O2 + O 2
 onde X pode ser H, OH, NO, Cl ou Br.

Poluição Atmosférica

Os CFC:

 Não absorvem radiação acima de 290 nm nem reagem com


ozônio, OH ou NO3
 Tem tempos de vida muito grandes na troposfera
 Não são solúveis em água (não são removidos pela chuva)
 São lentamente transportados até a estratosfera
 O tempo de vida do Freon 11 é 40-80 anos e o do Freon 12 é 80-160
anos

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Poluição Atmosférica

Atualmente se sabe que a diminuição na camada de


ozônio é devida a vários fatores climáticos e químicos:

 concentrações de Cl (devidas à liberação de CFC)

 química heterogênea nas nuvens polares

 fatores climáticos: temperaturas muito baixas (185K)


que originam o chamado vortex polar no inverno, que
mantém o ar da região relativamente isolado.

Poluição Atmosférica

 Porque a Antártica?
O O3 presente na antártica é proveniente dos trópicos. A antártica
é deficiente em O2. Os ares frios do inverno antártico criam uma
circulação ocidental de ar, que gera um núcleo de ar gelado,
chamado de vortéx, que sustenta o ozônio na antártica por muitos
meses. Com o retorno do sol em setembro, na primavera, a
temperatura sobe fazendo com que a radiação solar ultravioleta
quebre as moléculas de ozônio;
Quando a primavera da Antártica vai chegando ao fim existe a
tendência de retorno da concentração normal de ozônio;
Assim toda primavera na Antártica, podemos ter em sua
Estratosfera, um maior ou menor buraco na camada de ozônio.

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Poluição Atmosférica

 A perda de ozônio não está apenas concentrada na


Antártica. Há perda de ozônio em algumas áreas
densamente habitadas no hemisfério norte (latitudes
de 30-40N).

 Entretanto, diferentemente da rápida queda na região


Antártica (onde o ozônio a certas altitudes já foi quase
que totalmente perdido), a perda de ozônio em
latitudes intermediárias é bem mais lenta - apenas
poucos % ao ano.

Poluição Atmosférica

 Solo,
queimadas,
erupções
vulcânicas,
aerossóis
marinhos,
florestas,
fitoplanctons
no oceano,
areas
cultivadas,
queimadas
espontâneas.

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Poluição Atmosférica

Queima de combustíveis, utilização de solventes, evaporação


e vazamentos no estoque e transporte.

Fontes antropogênicas podem ser móveis ou estacionárias

Poluição
Atmosférica
Fonte:Relatório FEEMA 2002

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Poluição Atmosférica

MODIFICAÇÃO
QUALITATIVA

MODIFICAÇÃO
QUANTITATIVA

Poluição Atmosférica

 Poluente Primário:

Poluente emitidos pelos diferentes tipos de fontes,


naturais e antropogênicas

 Poluentes Secundários:

Formados na atmosfera a partir de reações químicas a


partir dos poluentes primários

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Poluição Atmosférica

Podemos classificar os poluentes de acordo com o seu estado


físico:

Gasosos:

Uma vez na difundidos não sofrem mais deposição. Sem cor e sem
cheiro

Partículas:

Não é um parâmetro químico, existe a necessidade de definir.


Podem ser inorgânicos ou orgânicos, tamanho aerodinâmico
menor que 100um, quanto menor o tamanho permanecem por
mais tempo na atmosfera

Poluição Atmosférica

CABELO HUMANO : 70 Microns

PM 10 : 10 Microns

PM2.5 : 2.5 Microns

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

Fontes

Emissões naturais e
antropogênicas

Dispersão e Transformações
transporte físicas e químicas

Concentração de Transporte à estratosfera,


poluentes deposição seca e úmida

Depleção da camada de Exposição e efeitos sobre a


ozônio vida e o meio ambiente

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Poluição Atmosférica

Os processos físicos e
químicos determinam as
concentrações de compostos
naturais e poluentes na
atmosfera

A estratosfera e a troposfera
interagem

A ATMOSFERA DEVE SER TRATADA


COMO UM SISTEMA INTEGRADO

Poluição Atmosférica

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 03/90

“Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de


matéria ou energia com intensidade e quantidade, concentração,
tempo ou características em desacordo com os níveis
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: impróprio,
nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público;
danoso aos materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao
uso e gozo da propriedade e as atividades normais da
comunidade".

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Poluição Atmosférica

CRITERIA POLLUTANTS

São os poluentes para os quais foram


documentados seus efeitos sobre a saúde,
plantas, animais, materiais, etc e para os quais
existe legislação e monitores contínuos

PADRÃO PRIMÁRIO: designados para


proteger à saúde pública com uma margem
adequada de segurança

PADRÃO SECUNDÁRIO: designados para


proteger o bem estar público (pessoas, animais,
plantas, construções, visibilidade no ar, etc)

Poluição Atmosférica

O3 - Ozônio
NOx - Óxidos de Nitrogênio
SO2 - Dióxido de Enxofre MONITORES
CO - Monóxido de Carbono CONTÍNUOS
PI - Partículas Inaláveis
PTS - Partículas Totais em Suspensão

HCt - Hidrocarbonetos Totais

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Poluição Atmosférica

POLUENTE TEMPO DE PADRÃO PADRÃO MÉTODO DE


AMOSTRAGEM PRIMÁRIO SECUNDÁRIO MEDIÇÃO
ug/m3 ug/m3

24 horas (1) 240 150 Amostrador de grandes


PTS volumes
MGA (2) 80 60
24 horas (1) 365 100
SO2 Pararosanilina
MAA (3) 80 40
1 hora (1) 40.000 40.000 Infra-vermelho não
CO (35ppm) (35ppm) dispersivo
8 horas (1) 10.000 10.000
(9ppm) (9ppm)

O3 1 hora (1) 160 160 Quimioluminescência

24 horas (1) 150 150 Separação


PI inercial/filtração
MAA (3) 50 50
1 hora (1) 320 190
NO2 Quimioluminescência
MAA (3) 100 100

Poluição Atmosférica

 Partes por milhão = ppm = número de moléculas em 10 E6


moléculas de ar
 Partes por bilhão = ppb = número de moléculas em 10 E9
moléculas de ar
 Partes por trilhão = ppt = número de moléculas em 10 E12
moléculas de ar
 a relação entre o número de moles, molécula ou volume da
espécie com respeito ao número de moles, moléculas ou
volume total e chamada de mixing ratio
 como a pressão atmosférica muda com a altitude a
concentração total (moléculas/volume) muda: um mixing
ratio constante não implica uma concentração constante

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Poluição Atmosférica

 Microgramas/m3
 sendo: 1ppm = 2,46 E13 partículas/cm3 se chega a:
 1 ppm = 40,9 x (massa molecular) microgramas/m3

 Exemplos:
 ozônio. PM = 48
 1 ppm = 40,9 x 48 microgramas/m3 = 1963,2 microgramas/m3
 1 ppb = 0,0409 x 48 microgramas/m3 = 1,963 microgramas/m3
 benzeno PM = 78
 1 ppm = 40,9 x 78 microgramas/m3 = 3190 microgramas/m3
 1 ppb = 0,0409 x 78 microgramas/m3 = 3,190 microgramas/m3

Poluição Atmosférica

 Inodoro e incolor molécula de


hemoglobina

 Forma CO-Hemoglobina
glóbulos

 Letal a 0,5% (5000 ppm) vermelhos


contém
centenas de
hemoglobinas
 8 horas a 50 ppm  dor de cabeça e
tontura
oxigênio se liga
à hemoglobina

 8 horas a 20 ppm  alteração visual,


habilidade manual e aprendizado

 Fumaça de cigarro  200 a 400 ppm

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Poluição Atmosférica

 Até 15 ppm  irritação no trato respiratório


 Maior que 15 ppm  edema pulmonar e problemas de visão
 Fumaça de cigarro  5 ppm
 Principais fontes: automóveis e incineradores industriais

Poluição Atmosférica

 Mais de 200 fontes identificadas


 Combustão de matéria orgânica
 Processamento metalúrgico
 Produção e refino de petróleo e derivados
 Processos de tratamento de superfícies
 Tratamento e lançamento de rejeitos
 Produção de defensivos e fertilizantes
 Produção de resinas e polímeros
 Podem ainda ser formados na atmosfera
 1/3 possuem meia-vida menor que 1 dia

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Poluição Atmosférica

 Principal exemplo: ozônio


 Irritante dos olhos
 Ataca o sistema respiratório
 Provoca estragos na agricultura
 São formados na atmosfera a partir dos NOx e Ozônio
 Grandes estragos em obras de arte

Poluição Atmosférica

 Fontes naturais: vulcões, oceanos e solo


 Outras fontes: diesel, termelétricas e indústria
 Principal consequência: chuva ácida
 Podem ser formados na atmosfera

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Poluição Atmosférica

 Efeito Visual
 Poluentes associados
 Poeira do solo
 Queimadas
 Processos industriais
 Partículas inaláveis < 10 mm

Poluição Atmosférica

 Visibilidade
 Neblina
 Redução no fluxo solar
 Alteração de temperaturas,
ventos, marés, etc.

Exemplo: ceu avermelhado


absorção do azul a l < 430 nm pelo NO2
redução da visibilidade: MP 0,1 a 1 mm
redução da visibilidade pela alta UR

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Poluição Atmosférica

 Consultas ambulatoriais
 Hospitalizações
 Mortes
 Consumo de medicamentos
 Ausencia escolar e no trabalho
 Restrição da atividade física
 Baixa qualidade de vida

Poluição Atmosférica

DEPENDEM DE:
 CONTAMINANTE:
Natureza física, química e toxicológica
Perfil efeito-resposta
Concentração de fundo

 ORGANISMO:
Condições biológicas e metabólicas

 EXPOSIÇÃO:
Características respiratórias
Padrão de exposição: Magnitude, freqüência, duração

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Poluição Atmosférica

PRINCIPAIS EFEITOS

 Alteração funcional e anatômica do pulmão


 Aumento das infecções respiratórias
 Aumento das enfermidades pré-existentes
 Aumento de mortalidade por enfermidades pulmonares e cardíacas

Poluição Atmosférica

TIPOS DE DANOS
Funcional (exposição aguda ou crônica):
 Inflamação da mucosa respiratória
 Diminuição da função ventilatória
 Alteração de mecanismos de defesa
 Bronco-restrição
 Aumento da sensibilidade de vias aéreas
 Lesões de tipo obstrutivo, reduzem ventilação

Anatômico
 Destruição do tecido pulmonar
 Destruição das mucosas bronquiolares
 Destruição dos alvéolos (enfisema)
 Fibrose
 Lesões do tipo restritivo

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Poluição Atmosférica

 Consultas ambulatoriais
 Hospitalizações
 Mortes
 Consumo de medicamentos
 Ausencia escolar e no trabalho
 Restrição da atividade física
 Baixa qualidade de vida

Poluição Atmosférica

Poluentes com grande potencial de impacto na saúde humana


 Dióxido de enxofre (SO2)
 Material particulado
 Metais
 Monóxido de carbono (CO)
 Óxidos de nitrogênio (NOX)
 Compostos orgânicos voláteis (COVs)
 Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs)
 Ozônio (O3)

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Poluição Atmosférica

FATORES DA SAÚDE

 Sintomas: irritação dos olhos, nariz e garganta, lacrimação;


queimadura no nariz, tosse, espasmos bronquiais, irritação
pulmonar e dermatite.

 Efeitos na saúde: irritação dos olhos, nariz, garganta e pele,


mutagênico e carcinogênico suspeito.

 Órgãos: sistema respiratório, olhos e pele.

Poluição Atmosférica

 Irritação dos olhos, nariz e garganta.

 Ardência na pele e olhos.

 Dermatites e conjuntivites ; depressão do sistema nervoso central.

 Tosse e respiração ofegante.

 Potencial carcinogênico (câncer de nariz).

 Alvos: Olhos, pele, sistema respiratório, rins, sistema nervoso


central e sistema reprodutivo.

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Poluição Atmosférica

Estruturas

Benzeno Tolueno Etilbenzeno

Poluição Atmosférica

Estruturas

o-xileno m-xileno p-xileno

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Poluição Atmosférica

 Comprovadamente carcinogênico (causa câncer),

 Teratogênico (causa malformações estruturais no feto, baixo


peso e/ou disfunções metabólicas e biológicas)

 Tóxico para o sistema reprodutivo (causa disfunções sexuais,


abortos e infertilidade).

 Pode provocar deficiências imunológicas e disfunções


neurológicas.

Poluição Atmosférica

 Difícil de quantificar
 Efeitos crônico e agudos
 Efeitos acumulativos
 Efeitos variáveis a cada
poluente e em geral
sinérgicos

 Qualidade de vida

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Poluição Atmosférica

 Poluentes altamente fitotóxicos:


O3, SO2, PAN, etileno

 Outros: Cl2, HCl, NH3, Hg


 Via de entrada: respiração vegetal
ou raiz

 Destruição da cloroplastos e
quebra da fotossíntese

Poluição Atmosférica

 Abrasão
 Deposição e Remoção
 Ataque Químico Direto
 Ataque Químico Indireto
 Corrosão eletroquímica ANTES DEPOIS
1840 1990

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Poluição Atmosférica
e Modelos de Dispersão de Poluentes

Poluição Atmosférica

Áreas constituídas pelos espaços


aéreos vertical e horizontal,
delimitados pela topografia de uma
região, onde os poluentes do ar
estão sujeitos aos mesmos
mecanismos de circulação e
características de dispersão.

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Fontes de
Controle Poluição do
Ar

Condições
Qualidade
Meteoro-
do Ar
lógicas

Poluição Atmosférica

Importância
“Constitui-se na base essencial para todo programa de gerenciamento
da qualidade do ar”(EEA,2001)

Utilização
 Identificar as atividades mais poluidoras;
 Identificar as áreas mais impactadas;
 Avaliar a efetividade dos programas de controle de poluição;
 Fornecer dados para o desenvolvimento de modelos preditivos;
 Fortalecer os diagnósticos;
 Auxiliar o Licenciamento Ambiental e
 Auxiliar nas tomadas de decisão quanto ao planejamento e uso do solo.

43
3/11/2009

Poluição Atmosférica

 Material Particulado (total e fração < 10µm);


 Dióxido de Enxofre;
 Óxidos de Nitrogênio;
 Monóxido de Carbono;
 Compostos Orgânicos (metano e não-
metano).

Poluição Atmosférica

Alimentícia Lavanderia
Fábrica de Asfalto Metalúrgica
Cerâmica Siderúrgica
Cimenteira Papel
Farmacêutica Petroquímica
Fumo Química
Geração de Energia Têxtil
Lavanderia Tratamento de
Metalúrgica Resíduos
Vidro
Refinaria de Petróleo

44
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Fontes emissoras pontuais e difusas pertencentes a atividades


industriais:

Pontuais:
▪ chaminés de exaustão de gases de combustão;
▪ chaminés de exaustão de gases de processo.

Difusas:
▪ tanques de estocagem de líquidos orgânicos;
▪ emissões evaporativas de processos industriais;
▪ transporte e estocagem de materiais fragmentados.

Poluição Atmosférica

45
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Taxa Poluentes
(1000 ton/ano)
SO2 NOX CO HC MP10

Química 0.87 0.98 0.29 2.19 0.50


Petroquímica 28.16 11.49 2.11 23.19 2.12
Metalúrgica 0.29 0.60 0.18 0.03 0.64
Cerâmica 2.66 0.60 2.14 0.03 1.27

Alimentícia 1.32 0.78 0.25 0.04 0.17

Geração 20.37 14.02 0.47 0.12 5.40

Poluição Atmosférica

Emissões por Tipologias Industriais

30

25
Taxa de Emissões
(1000 ton/ano)

20

15

10 Química
Petroquímica
5 Metalúrgica
Diversos
0
Cerâmica
SO2 NOx CO HC MP10
Alimentícia
Poluentes
Geração

46
3/11/2009

Poluição Atmosférica

H id ro car bo ne to s (H C )
0%

0%

0%

1%

0% 8%

9 1%

Q u ím i ca P e tro q u ím ic a Me ta lú rg ic a D ive rs o s C e râm ica Alim en tícia Ge raç ã o

Poluição Atmosférica

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

 Seleção dos principais corredores de tráfego;

 Seleção das vias estruturais e arteriais;

 Levantamento de banco de dados disponível de


contagem de fluxo de veículos em órgãos afins e

 Preparo das informações em meio magnético.

Poluição Atmosférica

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Contribuição % de Nox por tipo de via


AV. BRASIL
AV DAS AMÉRICAS

33% ROD WASHINGTON LUIS


37%
LINHA VERMELHA
ROD. PRES. DUTRA
PONTE RIO NITEROI
BR-493
2%2%2% 8%
2% 3% 3% 4% 4% BR-040
LINHA AMARELA
AV. AYRTON SENA
DEMAIS VIAS

Poluição Atmosférica

Contribuição % de HC totais por tipo de via AV. BRASIL


AV DAS AMÉRICAS
PONTE RIO NITEROI

25% ROD WASHINGTON LUIS

41% AV AYRTON SENNA


LINHA VERMELHA
LINHA AMARELA

12% ROD. PRES. DUTRA


2% AV. CAP. JUVENAL
4%
3% 3% 3% 3%
2% AV.SÃO BOA VENTURA
2% DEMAIS VIAS

49
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Contribuição % de CO por tipo de via


AV. BRASIL
AV DAS AMÉRICAS
PONTE RIO NITEROI
25%
ROD WASHINGTON LUIS
41%
AV AYRTON SENNA
LINHA VERMELHA
ROD. PRES. DUTRA
12% LINHA AMARELA
2%
4%
2% 3% 3% 3% 3% AV. CAP. JUVENAL
2%
AV.SÃO BOA VENTURA
DEMAIS VIAS

Poluição Atmosférica

COMPARAÇÃO ENTRE AS EMISSÕES DE


FONTES FIXAS x FONTES MÓVEIS

3250 00
3000 00
2750 00
2500 00
2250 00
TAXA DE EMISSÃO
2000 00
(t/ano )
1750 00
1500 00
1250 00
1000 00
7 5000
5 0000
2 5000
0
FIXA MÓVEL

TIPO DE FONTE

SO2 NOx CO HC total MP 10

50
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Participação das emissões industriais


por Bacias Aéreas
7%

34%

1%
58%

Bacia I Bacia II Bacia III Bacia IV

Poluição Atmosférica

É a representação matemática dos processos


de transporte, transformação e remoção
dos poluentes atmosféricos.

51
3/11/2009

Poluição Atmosférica

O processo de poluição
TRANSPORTE do ar se resume a três
momentos:
Ventos, Gradiente térmico

1) Emissão de
IMISSÃO poluentes para a
atmosfera;
Impacto ambiental

2)Transporte, diluição
EMISSÃO
Aspecto ambiental e modificação
química ou física dos
poluentes na
atmosfera;
3) Imissão dos
poluentes.

Poluição Atmosférica

 Avaliação da qualidade do ar
 Desenvolver estratégias de controle
 Avaliação de impacto ambiental – Sistema de Licenciamento
 Analisar tendencias da qualidade do ar
 Escolher locais apropriados para estações de monitoramento
da qualidade do ar

 Delimitação da área de influência de fontes

52
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Empíricos

Análises
Semi-empíricos
estatisticas
Modelos Numéricos
Gaussianos
Características
Fisicas e Químicas

Poluição Atmosférica

CAIXA (0 D) 2D

COLUNA (1 D) 3D

53
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Exemplo: cidade de 40 km x 40 km (medidas a cada 4 km x 4 km)


Altura da camada de mistura de 2 km (fatias de 200 m de altura)

0D ⇒ 1 conjunto de medidas
1D ⇒ 10 conjuntos de medidas
2D ⇒ 200 conjunto de medidas
3D ⇒ 2000 conjuntos de medidas

PROBLEMAS:
- número de estações de medidas
- sondagens aéreas
- alto custo
- grande equipe

Poluição Atmosférica

54
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Dados de Emissão,
especiação
Dados
dos COVs e
Meteorológicos
Concentrações iniciais

Modelo Químico Modelo atmosférico Arquivo com


SAPRC97 OZIPR o Ângulo Zenital

Concentração dos Poluentes


em função da hora do dia

Poluição Atmosférica

INPUTS OUTPUTS

Modelo químico
Perfil de concentração
Modelo físico
Concentração

Parâmetros meteorológicos
Concentrações iniciais
Emissões primárias
Especiação dos COVs Hora do dia

Fluxo solar

55
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

56
3/11/2009

Poluição Atmosférica

IDENTIFICAÇÃO – nome, tipo, etc.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:
 altura da chaminé;
 temperatura dos gases de saída;
 velocidade de saída dos gases;
 diâmetro interno da chaminé
 taxa de emissão do poluente

Poluição Atmosférica

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

58
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

59
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

Dados Dados da fonte


Dados do receptor meteorológicos emissora
Classe de
Densidade da Localização, altura
estabilidade
população, física, diâmetro
segundo Pasquill,
concentração do interno, velocidade
direção e
poluente esperada, dos gases,
velocidade do
coordenadas e temperatura e taxa
vento, temperatura
elevação do receptor. de emissão dos
e altura da camada
poluentes.
de mistura.

60
3/11/2009

Poluição Atmosférica

MODELO GAUSSIANO
PREMISSAS:
1. A estabilidade da atmosfera é uniforme na região de estudo;
2. A diluição vertical e horizontal pode ser descrita por uma curva
gaussiana;
3. A liberação dos poluentes é feita a uma altura equivalente a
altura da chaminé mais a elevação da pluma;
4. O grau de diluição do poluente é inversamente proporcional a
velocidade do vento;
5. O poluente analisado não se perde por desintegração, reação
química ou decomposição

Poluição Atmosférica

Pode ser definida como a trajetória espacial de


um efluente que sai de uma fonte
e possui um teor de poluentes (contaminantes )
maior do que o valor médio
encontrado na atmosfera

61
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Chaminés e dutos de lançamento (pontuais)

Flare (pontual)

Tanques de armazenamento (pontuais ou área)

Estação de tratamento de efluentes (área)

 Emissões fugitivas de válvulas, flanges, bombas, etc. (área ou volume)

Ruas e avenidas (fontes linear)

Poluição Atmosférica

Curva de
concentración
Gaussiana

62
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Somente ocorre quando houver


uma inversão térmica abaixo da
Pluma. Normalmente ocorre ao por
do sol. Pode ser transitória ou durar
varias horas. A dispersão vertical
ocorre mais intensamente na camada
Superior da pluma do que na
camada inferior

Ocorre ao raiar do sol em manhas


claras com inversão térmica. Algum
tempo após o raiar do sol, a altura da
Inversão térmica está acima da altura
da chaminé, então a dispersão será
limitada pela altura da camada de
mistura

Poluição Atmosférica

Ocorre em grande distancias da fonte,


quando a pluma atinge uma camada
estável de ar em suspensão.
Uma camada estável acima de uma
camada instável tem o efeito de
limitar a difusão vertical

É uma pluma característica de


condições instáveis. Ocorre
quando existe aquecimento solar
intenso com céu limpo. Grandes
turbulências térmicas levam a
uma rápida dispersão

63
3/11/2009

Poluição Atmosférica

É característica de uma
atmosfera neutra.
É causada por ventos
moderados,
direção estacionária e ausência
de aquecimento solar. Possui a
forma de um cone.

É característica de atmosfera instável


e de ventos fracos.
A pluma se dispersa muito pouco
verticalmente e dissipa-se
na direção do vento de uma forma
visível e compacta

Poluição Atmosférica

Cálculo da concentração do poluente

 1  y      
. exp  − .  . exp  − 1 . H  
2

C=
2

 2  S y  
E
   2  S z  
 
π .S y .S z .u

C – concentração do poluente g.m-3


E – taxa de emissão do poluente g.s-1
Sy – desvio horizontal da pluma m
Sz – desvio vertical da pluma m
u – velocidade do vento m.s-1
x, y, z – distâncias m
h – altura da chaminé m
∆H – elevação da pluma m
H – altura da chaminé + elevação da pluma m

64
3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

Cálculo da elevação da pluma

Vs .d    T − T   
∆H = .1,5 + 2,68 x10 −2.P. s a .d  
u    Ts   

Vs – velocidade do gás na chaminé m.s-1


d – diâmetro da chaminé m
u – velocidade do vento m.s-1
P – pressão kPa
Ts – temperatura de lançamento do gás K
Ta – temperatura ambiente K

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Cálculo da Estabilidade da Atmosfera

Radiação Solar Cobertura de


Nuvens (noite)
Vel. Vento
(m/s) Forte Média Fraca
> 700 350 - 700 < 350 ≥ 4/8 ≤ 3/8
W/m2 W/m2 W/m2
<2 A A– B B
2–3 A– B B C E F
3–5 B B–C C D E
5–6 C C–D D D D
>6 C D D D D

A – extremamente instável B – moderadamente instável


C – levemente instável D – neutra
E – levemente estável F – moderadamente estável

Poluição Atmosférica

Cálculo da Dispersão Horizontal

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Cálculo da Dispersão Vertical

Poluição Atmosférica

O grau de diluição do poluente


é inversamente proporcional
a velocidade do vento.

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

EXEMPLO PRÁTICO
Uma usina termoelétrica a carvão emite 1,66g de SO2 por segundo.
Calcular a concentração que o SO2 emitido atinge uma vila de
moradores localizada a 3,0 km da distância da chaminé, situada
exatamente na direção do vento predominante, na hora mais fria do dia.

Dados:
- velocidade do vento 4,50 m.s-1
- altura da chaminé 120 m
- diâmetro da chaminé 1,20 m
- velocidade do gás 10,0 m.s-1
- temperatura de lançamento 315ºC
- pressão 95,0 kPa
- temperatura ambiente 25ºC

Poluição Atmosférica

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

EXEMPLO PRÁTICO
Etapa 1: Cálculo da elevação da pluma

Vs .d    T − Ta   
∆H = .1,5 +  2,68 x10 − 2.P. s .d  
u    Ts   
10,0.1,20    588 − 298  
∆H = .1,5 + 2,68 x10 −2.95,0. .1,20 
4,50    588  
∆ H = 8,02 m
H = h + ∆H
H = 120 + 8,02
H = 128m

Poluição Atmosférica

EXEMPLO PRÁTICO
Etapa 2: Cálculo da Estabilidade Atmosférica

Radiação Solar Cobertura de


Vel. Nuvens (noite)
Vento
(m/s) Forte Média Fraca
> 700 350 - 700 < 350 ≥ 4/8 ≤ 3/8
W/m2 W/m2 W/m2
<2 A A– B B
2–3 A– B B C E F
3–5 B B–C C D E
5–6 C C–D D D D
>6 C D D D D

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

EXEMPLO PRÁTICO
3a - Cálculo da Dispersão Horizontal

200 m

Poluição Atmosférica

EXEMPLO PRÁTICO
3b - Cálculo da dispersão vertical

180 m

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

EXEMPLO PRÁTICO
4- Cálculo da Concentração do SO2
 1  y 2   1  H 2 
C= . exp − .  . exp − .  
 2  S y  
E
π .S y .S z .u
   2  S z  

 1  0 2   1  128  2 
C= . exp − .  . exp − .  
1,66
3,14.200.180.4,50  2  200    2  180  

C = 2,53 x 10-6 g.m-3 C = 2,53 µg.m-3

Comparando-se com o limite da NIOSH de 5 mg.m-3, observa-se que o valor


calculado é 2000 vezes menor que o limite.

Poluição Atmosférica

Prognóstico da qualidade ambiental da área de influência. Especificamente, com relação à


qualidade do ar, o prognóstico da área de influência deverá ser elaborado por meio da
utilização de modelo de simulação do tipo ISC3 do US-EPA, devendo caracterizar os
poluentes tradicionais previstos na Resolução CONAMA 03/90, além de HC total.
Para a modelagem, deverão ser considerados:
dados meteorológicos representativos da região do empreendimento;
características topográficas da região;
grade cartesiana com resolução de 500 x 500 metros em coordenadas UTM;
 base cartográfica em escala adequada, em coordenadas UTM, que permita a
sobreposição das saídas gráficas do modelo;
raio mínimo de 10.000 metros ao redor do empreendimento;
realizar uma análise crítica sobre os resultados obtidos na modelagem em relação à
qualidade do ar, apresentando, para cada poluente, tabelas contendo os valores das 20
maiores concentrações máximas de curto período e das 10 maiores concentrações médias
de longo período, com as respectivas localizações;

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

IDENTIFICAÇÃO – nome, tipo, etc.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:
 altura da chaminé;
 temperatura dos gases de saída;
 velocidade de saída dos gases;
 diâmetro interno da chaminé
 taxa de emissão do poluente

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

1 ano de informações horárias

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

Fonte Taxa de Emissão (g/s)


NOx Particulado SOx
RIOGEN 1 49,14 20,16 1,39
RIOGEN 2 49,14 20,16 1,39
RIOGEN 3 49,14 20,16 1,39
RIOGEN 4 49,14 20,16 1,39
Eletrobolt 1 12,00 0,61 0,16
Eletrobolt 2 12,00 0,61 0,16
Eletrobolt 3 12,00 0,61 0,16
Eletrobolt 4 12,00 0,61 0,16
Eletrobolt 5 12,00 0,61 0,16
Eletrobolt 6 12,00 0,61 0,16
Eletrobolt 7 12,00 0,61 0,16
Eletrobolt 8 12,00 0,61 0,16
Sepetiba 1 400,002 26,6688 800,004
Sepetiba 2 400,002 26,6688 800,004
Santa Cruz 1 57,4 10,5 74,6
Santa Cruz 2 67,5 6,1 90,3
Santa Cruz 3 171,1 87,7 242,9
Santa Cruz 4 149,0 66,7 237,9
El Paso 1 11,42 3,9 0,15
El Paso 2 11,42 3,9 0,15
LIGHT 1 29,94 3,472 0,5
LIGHT 2 29,94 3,472 0,5
Japeri 1 18,9 1,11 1,00
Japeri 2 18,9 1,11 1,00

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3/11/2009

Poluição Atmosférica

Poluição Atmosférica

83
3/11/2009

Influência Relativa de Fontes Emissoras de Poluentes


Poluição Atmosférica

Dióxido de Enxofre - Média Anual


Contribuição por Fonte (%)
EMPRESA FONTE CONTR.(%)
1Furnas Centrais Elétricas SA Unidade 3 23,26 %
2Furnas Centrais Elétricas SA Unidade 4 22,47 %
3 UTE Sepetiba Unidade 2 16,89 %
4 UTE Sepetiba Unidade 1 16,87 %
5Furnas Centrais Elétricas SA Unidade 2 10,87 %
6Furnas Centrais Elétricas SA Unidade 1 8,97 %
7 UTE RioGen Riogen1 0,11 %
8 UTE RioGen Riogen2 0,11 %
9 UTE RioGen Riogen3 0,11 %
10 UTE RioGen Riogen4 0,11 %
11 UTE Japeri Japeri 1 0,06 %
12 UTE Japeri Japeri 2 0,06 %
13 Eletrobolt Turbina 1 0,01 %
14 Eletrobolt Turbina 2 0,01 %
15 Eletrobolt Turbina 3 0,01 %
16 Eletrobolt Turbina 4 0,01 %
17 Eletrobolt Turbina 5 0,01 %
18 Eletrobolt Turbina 6 0,01 %
19 Eletrobolt Turbina 7 0,01 %
20 Eletrobolt Turbina 8 0,01 %

Poluição Atmosférica

Exemplo: Concentrações horárias de NOx

Fazenda Severina
314,15 µg/m3

Pesagro
62,42 µg/m3

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