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Abril - 2009

O Modelo de Auto-
Avaliação
A biblioteca constitui um instrumento essencial do

desenvolvimento do currículo escolar e as suas

actividades devem estar integradas nas restantes

actividades da escola e fazer parte do seu projecto

educativo.

(In Relatório Síntese)


A biblioteca escolar é um parceiro essencial das redes
local, regional e nacional de bibliotecas e de
informação.

Está comprovado que quando os bibliotecários e os


professores trabalham em conjunto, os alunos atingem
níveis mais elevados de literacia, de leitura, de
aprendizagem, de resolução de problemas e
competências no domínio das tecnologias de
informação e comunicação.
Estudos internacionais mostram “de forma inequívoca,

que as Bibliotecas Escolares podem contribuir

positivamente para o ensino e a aprendizagem,

podendo-se estabelecer uma relação entre a qualidade

do trabalho da e com a Biblioteca Escolar e os

resultados escolares dos alunos.”

(In Modelo de Auto-Avaliação)


”[…] é importante que cada escola conheça o

impacto que as actividades realizadas pela e com

a Biblioteca Escolar vão tendo no processo de

ensino e na aprendizagem, bem como o grau de

eficiência dos serviços prestados e de satisfação

dos utilizadores da BE.”


O Modelo de Auto-
Avaliação
Conceitos implicados

• A noção de valor – o valor não é algo intrínseco às coisas mas tem


sobretudo a ver com a experiência e benefícios que se retira delas.

• Pretende-se avaliar a qualidade e eficácia da BE e não o desempenho


individual do coordenador/equipa da BE.

• É um processo pedagógico e regulador na procura de uma melhoria


contínua.

• É um instrumento de advocacy, de integração e promotor da visibilidade


da Biblioteca Escolar.

• É um modelo baseado no conceito de evidências.

• É um modelo que envolve os utilizadores e mede os impactos.

(In Texto da Sessão)


Objectivos da auto-
avaliação
• Desenvolver uma avaliação formativa - conhecer o que
fazemos para perspectivar acções futuras.

• Identificar as necessidades, os pontos fortes e fracos da BE , as


oportunidades e as ameaças.

• Planear para o desenvolvimento – determinar prioridades e


transformar boas ideias em boas práticas.

• Melhorar os perfis de desempenho da BE através do processo


de regulação da auto-avaliação.

• Identificar a qualidade e eficácia dos serviços prestados.


Domínios e subdomínios da avaliação
Perfis de Desempenho
Tipo de desempenho em relação a cada domínio/subdomínio

Nível Descrição
4 - Excelente Desempenho da BE de grande qualidade e
com impacto muito positivo.
3 - Bom Desempenho de qualidade, mas com
possibilidade de melhoria.

2 - Satisfatório Desempenho incipiente. O trabalho está em


desenvolvimento, mas é necessário melhorar
para um impacto mais efectivo.

1- Fraco Trabalho inexistente ou reduzido com um


impacto quase nulo. Torna-se necessária uma
intervenção urgente.
Implementação do Modelo
Etapas
Implementação do Modelo
Recolha de Informação

• Contextual: informação geral necessária à


contextualização dos dados recolhidos – tipo de
escola, número de alunos com apoios educativos,

• Quantitativa: informação respeitante à gestão
da biblioteca escolar - hard indicators - número
de lugares, equipa, serviços…
• Qualitativa: informação sobre os impactos da
Implementação do Modelo
Recolha de Evidências
“Evidence-based practice recognizes multiples

sources, types of evidence, and ways of gathering

evidence. The use of multiple sources facilitates

triangulation – an approach to data analysis that

synthesizes data from multiple sources. By using and

comparing data from a number of sources, you can

develop stronger claims about your practice’s impact

and outcomes.
Implementação do Modelo
Recolha de Evidências
 Registos estatísticos produzidos pela BE : empréstimos
domiciliários, presenciais, utilização dos espaços …

 Trabalhos realizados pelos alunos.

 Planificações e Projectos Curriculares de Turma.

 Materiais produzidos pela BE ou em colaboração com os


docentes.

 Instrumentos produzidos para recolher informação :


questionários, entrevistas, registos de observação.

 Documentação constante nos Documentos: PE, PCA e RI e PAA.

 Actas de reuniões, relatos de actividades.


Implementação do Modelo
Amostra e Aplicação dos
Instrumentos

Questionários

Aplicação a 20% do número total de professores e a 10%


do número de alunos em cada nível de escolaridade.

Grelhas de observação

Aplicação a 10% do número de turmas em cada nível


de escolaridade.
Implementação do Modelo 
Critérios de Aplicação
Aplicação a alunos dos vários níveis de
escolaridade; de diferentes nacionalidades; de
ambos os sexos; com necessidades educativas e
outras particularidades.

Aplicação a professores dos diferentes


departamentos, com tempo de experiência
diversificado.

Aplicação dos instrumentos em dois momentos.

Recolha de dados em diferentes momentos do


Implementação do Modelo
Intervenientes
O processo de auto-avaliação é feito com e para toda a comunidade
educativa, porque é para eles e com eles que a BE trabalha e é também por
eles que investe num esforço de contínuo e rigoroso melhoramento do seu
desempenho.

Professores

Parcerias Alunos

BE

Encarregados
de Auxiliares
Educação
Implementação do Modelo
Intervenientes
• Equipa da BE.

• Conselho Executivo - líder coadjuvante do processo.

• Conselho Pedagógico - análise e discussão dos resultados da auto-


avaliação.

• Docentes – questionários, registos de observação.

• Alunos – questionários, trabalhos , observação.

• Encarregados de Educação - questionários.


Impactos esperados:
 Para a Biblioteca Escolar:

 Redefinição de práticas – adaptação à mudança;


 Validação dos factores críticos de sucesso;
 Maior integração do programa da BE nos planos estratégicos e
operacionais da escola.

 Para o trabalho dos professores:

 Visão partilhada da BE.


 Validação da importância da integração das práticas da BE nas
estratégias de ensino-aprendizagem.
 Validação do professor-bibliotecário (“learning specialist”) como
parceiro no percurso formativo e curricular dos alunos.

 As aprendizagens dos alunos:


 validação/ consolidação de actividades que acrescentam valor às
suas aprendizagens sucesso escolar.
Comunicação e integração dos resultados da auto-
avaliação

• Disponibilização dos dados da auto-avaliação da Biblioteca


Escolar à equipa de avaliação interna da escola.

• Integração dos dados do relatório da auto-avaliação da


Biblioteca Escolar no relatório de auto-avaliação interna da
escola.

• Análise dos dados do relatório da auto-avaliação em Conselho


Pedagógico.

• Comunicação dos resultados da avaliação ao Gabinete RBE.

• Divulgação dos resultados na página Web da escola.


Bibliografia
 Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “
This Man Wants to Change Your Job”, School Library Journal. 9/1/2002 <
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html> [20/08/2008]
 Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Gabinete da Rede de Bibliotecas
Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares .
 <http://www.rbe.min-edu.pt/np4/np4/31.html> [16/04/2009]
 McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in school self-
evaluation. Educational Review, 56 (3), 287-296. (Disponível na plataforma)
 IFLA/UNESCO – Manifesto da Biblioteca Escolar . Lisboa: Ministério da
Educação - Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, 1999 [em linha].
 Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”.
School Library Journal.
 <http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html>
[16/04/2009].
 Veiga, Isabel et al. (1966), Lançar a rede de bibliotecas escolares, Lisboa,
Ministério da Educação
 Texto da sessão [disponível na plataforma].
Oficina de Formação:

Práticas e Modelos de Auto-Avaliação

das Bibliotecas Escolares

Formanda: Maria do Rosário Caldeira

18 de Abril 2009

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