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Avaliação Da Aprendizagem
Avaliação Da Aprendizagem
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
O DISCURSO E A PRÁTICA DO PROFESSOR
Teofilândia Rodrigues de Lima
O que diz a Lei 9.394/96 está presente no discurso da maioria dos professores,
porém a sua prática revela o contrário. Conversando com muitos professores,
está presente em seus discursos o respeito às individualidades dos alunos, a
necessidade de acompanhar diariamente o desenvolvimento de cada um, dar
prioridade à avaliação qualitativa sobre a quantitativa. Quando se observa na
prática, o aluno é avaliado pela suas notas nos testes e provas. Todo o
percurso dos alunos durante os bimestres é colocado de lado, o que conta é a
nota final. Essa dicotomia entre o discurso e a prática se revela num dos
graves problemas acerca da avaliação, principalmente nas séries iniciais, pois,
a maioria dos alunos ainda está em fase de construção do sentido da leitura e
da escrita e são tratados como se já estivessem alfabetizados e prontos para o
modelo que é imposto para o Ensino Fundamental, ou seja, a divisão por
disciplina, onde os conteúdos são fragmentados e exigidos uma nota para cada
disciplina.
Como analisar a prática avaliativa que acontece em nossas escolas? Por que o
discurso do professor é inovador e crítico, enquanto sua prática é conservadora
e tradicional? O que dá origem a esta contradição? Velhos mitos estão
arraigados na prática avaliativa que desde sempre esteve a serviço do
autoritarismo dos professores.
Retomando a discutida relação teoria/prática, assumimos que ela não pode ser
vista como uma correlação mecânica; tratamos de compreender a relação que
há entre estes dois mundos que compõem o humano. A construção do
pedagógico é feita por homens que sonham, sentem, projetam, mas vivem num
mundo histórico, de relações concretas, onde a teoria de constrói. Logo,
privilegiar o ensino teórico, baseando a formação de professores somente na
literatura, sem a ponte com o cotidiano, significa colocar a prática a um plano
sem relevância para a compreensão do que significa o ato docente. (NOGARO,
2002, p.276)
A avaliação sempre foi uma atividade de controle, que visava selecionar. Neste
sentido o prazer de aprender desaparece, pois a aprendizagem se resume em
notas e provas. O processo, ou o ato de realizar uma avaliação vai além disto,
estando inserido dentro de um ensino integral, onde o professor acompanha o
processo desenvolvido pelo educando, auxiliando-o em seu percurso escolar,
fundamentando-se no dialogo, reajustando continuamente o processo de
ensino de forma a que todos consigam alcançar com sucesso os objetivos
definidos, revelando suas potencialidades.
REFERÊNCIAS: