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Epístola aos Hebreus

A absoluta supremacia de
Jesus Cristo
Autoria

"Só Deus sabe quem escreveu Hebreus."


Orígenes
Data em que foi escrita

• Antes de 70 d C • 1º Argumento:
• 10:1 parece indicar que o
templo de Jerusalém ainda
estava em atividade. Um fato
tão marcante como a
destruição do templo, que
ocorreu em 70 D.C., não teria
merecido a consideração do
autor de Hebreus, que
mostrava a falência do sistema
mosaico?
Data em que foi escrita
• 2º Argumento
• Antes de 70 d C
• O autor usa verbos no presente, ao
descrever o sacerdócio levítico:
• "recebem" e "se testifica" (7.8)
• "prestes a desaparecer," (8:13);
• "entram no primeiro tabernáculo",
“oferece," "o primeiro tabernáculo
continua erguido," (9:6,10,13); e
• "os que ministram," (10:2)
Data em que foi escrita
• Antes de 70 d C • 3º Argumento:
• Ainda não havia começado a
perseguição imperial contra os
cristãos
• "ainda não tendes resistido até
ao sangue" (12:4).
• Essa perseguição teve início
logo depois de junho de 64dC
quando Nero incendiou Roma
Data em que foi escrita
• Antes de 70 d C • 4º Argumento:
• Os "dias anteriores"
podem ser uma alusão à
perseguição de Cláudio,
em 49 D. C., quando
houve confisco de bens e
muitas mortes
Data em que foi escrita
• Depois de 70 d C • Os "dias anteriores"
podem ser uma alusão
à perseguição de Nero.
Destinatários

• Gentios • Estariam retornando ao paganismo


• Judeus • Para evangelizá-los.
• Gentios cristãos • Tratava-se de cristãos
• Já haviam sofrido perseguição após
aceitar a fé
• Tiveram grandes líderes no
passado, mas estavam afastando-
se da fé cristã.
• Judeus cristãos • Texto mais inteligível por judeus
cristãos do que gentios cristãos.
Destinatários

• A opinião que prevalece:


• Um grupo de judeus cristãos que corria
o perigo de apostatar da fé.
Propósito de Hebreus (1)
• 1. Evangelizar Judeus Não-crentes
• Argumentos
• Não se sustenta, pois sabemos, com
certeza, que seus destinatários já eram
cristãos.
• (3:1-4; 6:4-9; 10:23-26; 12:22-24).
Propósito de Hebreus (2)
• 2. Exortar à Maturidade Cristã
• Argumentos
• O propósito do autor é convocar o povo cristão
de todas as épocas para que realize a parte que
lhe compete no cumprimento do plano redentor
de Deus, ou seja, na evangelização do mundo.
Se falhamos neste propósito, somos rejeitados
e outro povo ocupa o nosso lugar.
Propósito de Hebreus (3)
• 3. Advertir cristãos judeus
• Que, tendo tido uma experiência real de
graça, são tentados a abandonar o
cristianismo e voltar às velhas formas
religiosas de seus pais (Apostasia)
• Problema: base para doutrinas arminianas
Esboço de Hebreus
• Em estrutura o livro consiste em uma série de
comparações,
• a cada uma das quais se segue um aviso e uma
exortação.
• É como um discurso em que há uma
proposição,
• a qual se prolonga num argumento aplicado
periodicamente às necessidades dos leitores e
• que termina com um auge tremendo
Esboço de Hebreus
1. A SUPERIORIDADE DE CRISTO
SOBRE OS PROFETAS DO ANTIGO
TESTAMENTO (1:1-3a)
• A Revelação final dos propósitos de
Deus nos veio por intermédio do Filho
Esboço de Hebreus
2. A SUPERIORIDADE DE CRISTO
SOBRE OS ANJOS (1:3b - 2:18),
• Foi tornado, por um pouco, com menor
autoridade do que os anjos
• AVISO QUANTO A APOSTASIA (2:1-4)
Esboço de Hebreus
3. A SUPERIORIDADE DE CRISTO
SOBRE MOISÉS (3:1-6)
• Versículo 1 mostra de forma clara que a
carta foi escrita à cristãos.
• AVISO QUANTO À APOSTASIA
3:7-19 – especialmente 3.12-14
Esboço de Hebreus
4. A SUPERIORIDADE DE CRISTO
SOBRE JOSUÉ (4:1-10)
• Novamente o v.3 nos mostra de forma
clara que a carta foi escrito à cristãos.
• AVISO QUANTO À APOSTASIA
(4:11-16)
Esboço de Hebreus
5. A SUPERIORIDADE DE CRISTO SOBRE
OS ARONITAS E AVISOS QUANTO À
APOSTASIA (5:1-12:29)
• A) A Simpatia humana de Cristo e Sua
divina nomeação ao sumo sacerdócio
(5:1-10)
• Aqui está a primeira parte do argumento
quanto a nova ordem de sacerdócio:
segundo a ordem de Melquisedeque.
Esboço de Hebreus
1. A SUPERIORIDADE DE CRISTO SOBRE OS
ARONITAS E AVISOS QUANTO À
APOSTASIA (5:1-12:29)
• B) Aviso quanto à apostasia com uma
exortação acerca da busca pela maturidade
(5:11- 6:20)
• Chegamos agora a uma das passagens mais
difíceis da Bíblia Sagrada. Devemos procurar
com humildade as possibilidades de
interpretação, evitando qualquer ponto de vista
dogmático que nos impeça de visualizar o
ponto de vista do autor da carta.
Correntes de Interpretação
• Interpretação arminiana radical

• Perigo real da apostasia. Sem


possibilidade de restauração,
conforme o autor de Hebreus
Correntes de Interpretação
• Interpretação arminiana normal

• Perigo real da apostasia.


• Porém vêem possibilidade de
restauração, em contradição com o autor
sagrado.
Correntes de Interpretação
• Interpretação calvinista franca

• Os crentes aqui referidos não são crentes


verdadeiros. Diferentes dos descritos em 6.9.
• Posição difícil de defender, pois toda a carta
mostra que foi escrita a crentes.
• Parte do principio de uma rigidez de doutrina
para afirmar o que a Bíblia deveria dizer, e não
o que ela diz
Correntes de Interpretação
• Interpretação calvinista modificada

• Afirma que não há possibilidade de


restauração... “enquanto continuarem a
crucificar o filho de Deus” (particípio
presente)
Correntes de Interpretação
• Interpretação calvinista hipotética

• O autor falou para crentes, porém usou de


uma hipótese irreal para assustar aos
crentes.
• Obviamente isto é ridículo.
• Quem escreveria um livro argumentando
em uma hipótese impossível?
Correntes de Interpretação
• Interpretação do paradoxo

• Duas doutrinas verdadeiras e bíblicas: a


segurança do crente e a possibilidade de
apostasia formam um “paradoxo” que não
conseguimos entender porém são
igualmente verdadeiras.
Correntes de Interpretação
• Interpretação calvinista falha

• A queda seria relativa.


• Assim, os crentes em algum momento, na
volta de Jesus, receberiam os frutos da
vida eterna, ainda que por este momento
tivessem apostatado.
Correntes de Interpretação
• Interpretação calvinista de Hobbs

• Nesta passagem, o escritor da Carta parece que


está tratando não do perigo da apostasia como
em geral a entendemos, e, sim, do perigo de um
crescimento retardado ou emperrado na vida
cristã, mal que estava atacando aqueles
hebreus cristãos e que poderia deixá-los aquém
da sua meta final no que dizia respeito à
conduta e ao serviço cristãos.
Esboço de Hebreus
5. A SUPERIORIDADE DE CRISTO
SOBRE OS ARONITAS E AVISOS
QUANTO À APOSTASIA (5:1-12:29)
• C) Melquisedeque. modelo do sumo
sacerdócio de Cristo (7:1-10)
• Conclusão do argumento da nova
linhagem sacerdotal, em Melquisedeque
Esboço de Hebreus
5. A SUPERIORIDADE DE CRISTO
SOBRE OS ARONITAS E AVISOS
QUANTO À APOSTASIA (5:1-12:29)
• D) Caráter transitório do sacerdócio
aarônico (7:11-28)
• Usa o argumento da transitoriedade do
ritual do Tabernáculo e do Templo
Esboço de Hebreus
5. A SUPERIORIDADE DE CRISTO SOBRE OS
ARONITAS E AVISOS QUANTO À APOSTASIA (5:1-
12:29)
• E) Realezas celestiais do sacerdócio de Cristo
(8:1 - 10:18)
• Uma linda comparação entre o Tabernáculo de Moisés
e o Tabernáculo eterno dos céus.
• Devemos considerar o argumento inspirado de que os
pecados na Antiga Aliança não eram removidos, mas
tão somente cobertos pelas ofertas imperfeitas.
• Somente com a oferta perfeita de Jesus, os pecados
anteriores foram finalmente removidos
Esboço de Hebreus
6. PORÇÃO “PRÁTICA” DA EPÍSTOLA
AOS HEBREUS (10.19 a 13.25)
• É uma longa exortação que convida os
crentes a avançarem sem cessar,
alicerçados sobre:
Esboço de Hebreus
Alicerces Práticos (1)
1. A santificação pessoal
• Entrega a Deus (consagração) e separação do erro
(10.19-22,26; 12.10)
2. Confiança nas promessas de Deus
• Que nos leva a sofrer pelo Evangelho (10.32-36)
3. Seguindo o exemplo dos “Heróis da Fé”
• Pois Deus preparou “cousa superior” a nosso respeito
(11.1-40)
4. Seguindo os passos de Jesus
• Nossa referencia maior (12.1-3)
Esboço de Hebreus
Alicerces Práticos (2)
5. Recebendo a “disciplina” paterna
• Não estranhando a correção divina (12.4-10)
6. Dando valor às promessas de Deus
• Não vendendo a primogenitura (12.14-17), mas
reconhecendo o chamado eterno de Deus (12.22-24,28)
7. Amando aos irmãos
• Hospitalidade, amor fraternal, sem avareza (12.14a; 13.1-5)
8. Seguindo os ensinamentos dos anciãos
• Devemos nos submeter as suas orientações, pois Deus os
chamou para isto (13.7,17)
Esboço de Hebreus
1. PORÇÃO “PRÁTICA” DA EPÍSTOLA
AOS HEBREUS (10.19 a 13.25)
• Advertência contra a apostasia
(10:19-39)
Esboço de Hebreus
1. PORÇÃO “PRÁTICA” DA EPÍSTOLA
AOS HEBREUS (10.19 a 13.25)
• Encorajamento derivado dos heróis
da fé do Antigo Testamento (11:1-40)
Esboço de Hebreus
1. PORÇÃO “PRÁTICA” DA EPÍSTOLA
AOS HEBREUS (10.19 a 13.25)
• Encorajamento derivado do exemplo
dado por Cristo (12:1-11)
Esboço de Hebreus
1. PORÇÃO “PRÁTICA” DA EPÍSTOLA
AOS HEBREUS (10.19 a 13.25)
• Advertência acerca da apostasia. com
o mau exemplo de Esaú (12:12-29)
Esboço de Hebreus
• EXORTAÇOES PRATICAS (13:1-19)
Esboço de Hebreus
• . CONCLUSÃO:
• Saudações. noticia da libertação de
Timóteo, e bênção final (13:20-25)
As advertências em Hebreus
• Introdução
• Há cinco avisos que avançam do perigo
da negligência quanto à salvação em
Cristo até â queda da rejeição.
• Na lista de perigos que ameaçam os
crentes, há uma série de advertências
progressivas.
• Cada um deles é um passo mais radical
para longe da fé do que o precedente.
As advertências em Hebreus (1)
• Texto • 2:1-4
• Perigo • Primeiro vem o perigo da
caracterizado pela palavra
"desviemos" (2:1).
• Indica indiferença e não
oposição.
• Vacina • Apegar-nos ao que “ouvimos” de
Deus.(2:1)
As advertências em Hebreus (2)
• Texto • 3:7-19 e 4:11-16
• O segundo, o perigo da incredulidade, vem resumido
• Perigo
na citação do Salmo 95, que, por seu turno, descreve
a atitude dos israelitas perante a promessa da entrada
na Palestina.
• Exagerando a oposição que iam enfrentar, e
esquecendo o poder manifesto de Deus na sua
experiência passada, não reclamaram a sua legítima
herança, perdendo assim a bênção que Deus havia
preparado para eles.
• Vacina • Temamos ( 4.1), Esforcemo-nos (4.11), Retenhamos
firmemente a nossa confissão (4.14),
• Acheguemos, pois, ... ao trono da graça (4.16)
As advertências em Hebreus (3)
• Texto • 5:11 -6:20
• O perigo da desobediência.
• Perigo
• A má vontade em obedecer à nova revelação seria
fatal para o progresso espiritual. É o perigo da
imaturidade.
• Uma vez que uma pessoa se recusa a avançar e
conhecer mais de Cristo, automaticamente abandona
a sua posição de fé.
• Temos um propósito de Deus para nós: recusarmos-
nos a obedecê-lo é o mesmo que rejeitarmos a Sua
voz.
• Vacina
• Prossigamos até à perfeição ( 6.1),Avançar sempre,
até à "perfeição" (6:1-3)
As advertências em Hebreus (4)
• Texto • 10:19-39
• • O perigo da imaturidade e o perigo da rejeição
Perigo são muito parecidos.
• Tanto o perigo anterior quanto este referem-se a
uma rejeição deliberada e propositada de Cristo,
um abandono voluntário da verdade ao invés de
uma recaída ou erro súbitos que o culpado
lamentaria ele próprio.
• Trata-se de uma apostasia voluntária mais do que
a um declínio inconsciente.
• Vacina • Acheguemo-nos com sinceridade absoluta ao
Trono da Graça ( 10.22)
• Guardemos firme a confissão da nossa
esperança (10.23)
• Encorajemo-nos uns aos outros (10.24)
As advertências em Hebreus (5)
• Texto • 12:12-29
• Perigo • O último perigo constitui o ponto culminante da
série e implica uma recusa aberta de dar ouvidos à
revelação de Deus através do Seu Filho. "Vede que
não rejeiteis ao que fala" (12:25).
• A referência é ao sangue de Jesus, "que fala
melhor do que o de Abel" (12:24), porque convida à
salvação ao invés de invocar a vingança.
• Se rejeitarmos essa voz a condenação é definitiva.
• Vacina • Deixemos todo o embaraço, Corramos com
paciência a carreira (12.1)
• Retenhamos a graça ( 12.28)
• Saiamos, pois, a Ele ( 13.13)
• Ofereçamos sempre. . . sacrifício de louvor (13.15)
• Identifiquemos-nos com Cristo, em Seu opróbrio da
crucificação (13:13).

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