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EM SEGURANÇA DO TRABALHO
SEGURANÇA DO TRABALHO I
A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e
do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial;
revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo
de transformação que foi acompanhado por notável evolução tecnológica. A Revolução
Industrial começou em Inglaterra na segunda metade do Século XVIII e encerrou a
transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de
preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da
revolução burguesa iniciada na Inglaterra no Século XVII.
DA PRODUÇÃO ARTESANAL À PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Nos últimos quinhentos anos o processo produtivo sofreu uma evolução extraordinária
relativamente à idade do Homem e aos meios que foi criando para produzir produtos,
bens e serviços que contribuam para o seu conforto e para melhorar a sua qualidade de
vida. Esta evolução não foi pacífica e muitas vezes cometeram-se erros que se traduziram
em prejuízos humanos, ambientais e ecológicos.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Evolução Industrial/ o trabalho artesanal
Com as grandes navegações os ingleses obtiveram muitas colônias que dava muito lucro a
metrópole. A classe dominante inglesa detinha muito capital que foi empregado
diretamente na indústria. Os primeiros passos para a criação das indústrias modernas foi o
sistema fabril que em vez de produzir cada artesão em seu lugar, o empresário juntava
muitos artesãos para produzir em um só lugar com o controle do mesmo. Dessa maneira
diminuíam-se as perdas de matéria-prima e aumentava a produção e os lucros. Os
artesãos trabalhando em conjunto recebiam conseqüentemente, um salário que deu
origem a sistema de trabalho assalariado.
Alem desses fatores a produção em série também foi estabelecida, onde cada trabalhador
fazia o serviço de seu setor, dando mais velocidade ao trabalho e qualidade também.
Porém a transformação mais importante dentro do campo das indústrias foi o emprego
das máquinas movidas a vapor que selou a passagem da produção artesanal domiciliar
para a produção em grande escala.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Desenvolvimento industrial moderno/ Tecnologia industrial
A explosão tecnológica conheceu um ritmo ainda mais frenético com a energia elétrica e
os motores a combustão interna. A energia elétrica aplicada aos motores, a partir do
desenvolvimento do dínamo, deu um novo impulso industrial. Movimentar máquinas,
iluminar ruas e residências, impulsionar bondes. Os meios de transporte se sofisticam com
navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam, o telefone dava novos contornos à
comunicação (Bell/1876), o rádio (Curie e Sklodowska/1898), o telégrafo sem fio
(Marconi/1895), o primeiro cinematógrafo (irmãos Lumière/1894) eram sinais evidentes
da nova era industrial consolidada.
E, não podemos deixar de lado, a invenção do automóvel movido à gasolina (Daimler e
Benz/1885) que geraria tantas mudanças no modo de vida das grandes cidades.
O motor à diesel (Diesel/1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da
imaginação criativa e a tecnologia avançava a passos largos.
A indústria química também tornou-se um importante setor de ponta no campo fabril. A
obtenção de matérias primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão - nitrogênio e
fosfatos. Corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos, etc.
Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente transformada pelas
possibilidades que se apresentavam pelo avanço tecnológico.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Relação da segurança com o desenvolvimento industrial e o
Aspectos sociais e econômicos da Segurança e Medicina do Trabalho
Radiações
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as
quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais,
elétricas e pneumáticas.
Conseqüências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das
mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes
máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Conseqüências: Lesões na
coluna vertebral; dores lombares.
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento
dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
SEGURANÇA DO TRABALHO IRiscos físico
Vibrações
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser
classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente
expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos
descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha,
proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta
como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na
pele, etc.
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:
- Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor
para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes
revestidas de chumbo em salas de raio-x).
- Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental,
luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
- Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
- Medida médica: exames periódicos.
SEGURANÇA DO TRABALHO I Riscos físico
Temperaturas extremas
Calor Quente
Altas temperaturas podem provocar:
- desidratação;
- erupção da pele;
- câimbras;
- fadiga física;
- distúrbios psiconeuróticos;
- problemas cardiocirculatórios;
- insolação.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Riscos físico
Temperaturas extremas
Calor Frio
Baixas temperaturas podem provocar:
- feridas;
- rachaduras e necrose na pele;
- enregelamento: ficar congelado;
- agravamento de doenças reumáticas;
- predisposição para acidentes;
- predisposição para doenças das vias respiratórias.
- Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é
necessário que se tome medidas:
- de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases
dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
- de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais
para trabalhar no frio).
SEGURANÇA DO TRABALHO I
Riscos físico
Pressões anormais
• A palavra insalubre vem do latim e significa tudo aquilo que origina doença sendo que
a insalubridade é a qualidade de insalubre,
RADIAÇÕES IONIZANTES
RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
VIBRAÇÕES
FRIO
UMIDADE
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Situações especificas
AGENTES QUÍMICOS
AGENTES BIOLÓGICOS
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de
ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo
a tabela 1.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo
ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco
grave e iminente.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Ruídos de Impacto
Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para
ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente
deverá ser avaliado como ruído contínuo
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Medidor
Integrador Medidor operador diretamente pelo avaliador, que fornece, por meio de
Portado pelo integração, a dose ou o nível médio.
Avaliador:
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Nível de
nível médio representativo da exposição ocupacional diária.
Exposição
Nível de
Nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 horas
Exposição
diárias, para fins de comparação com o limite de exposição
Normalizado
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Nível Limiar de nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na
Integração : integração para fins de determinação de nível médio ou da dose de
exposição.
Ruído Contínuo todo e qualquer ruído que não está classificado como ruído de impacto
ou Intermitente ou impulsivo.
Ruído de Impacto Que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um)
ou Impulsivo segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo).
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Situação cada parte do ciclo de exposição na qual o trabalhador está exposto a níveis
Acústica: de ruído considerados estáveis.
Ruídos de Impacto
Para reduzir o ruído é importante saber que o som se propaga no ar e nos sólidos sob
forma de vibração. A maior parte das fontes sonoras produzem simultaneamente ruídos
aéreos e ruídos transmitidos por vibrações de sólidos. Para controlar ou reduzir o nível
de emissão de ruído de maquinas e equipamentos autores sugerem alguns tipos de
procedimentos.
•Instalar motores e transmissões elétricas mais silenciosas.
•Evitar ou reduzir o choque entre os componentes das maquinas.
•Substituir partes metálicas por partes plásticas, mais silenciosas.
•Blindar as partes ruidosas das maquinas.
•Utilizar materiais absorventes de som, como por exemplo, lã de vidro, espuma de
poliuretano,ou borracha
•Os materiais absorventes podem absorver de 50 a 90% da energia sonora incidente,
ajudando assim a diminuir o nível de ruído, graças a o seu coeficiente de absorção.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro
de Globo" – IBUTG, com ou sem carga solar
A avaliação de sobrecarga térmica é estabelecida pelo anexo nº 3 da NR-15
•Principais efeitos no organismo da Sobrecarga Térmica
•Exposição a altas temperaturas
A transmissão de calor ocorre no sentido ambiente-corpo. O organismo tende a
aumentar a temperatura interna resultando num processo chamado hipertemia. Para
evitar esse processo ocorrem os seguintes mecanismos:
Vasodilatação sanguínea
Ativação das glândulas sudoríparas (sudorese)
Aumento da circulação sanguínea periférica
Troca eletrolítica de suor
Morte por falha cardíaca quando a temperatura retal for superior a 41,7°C.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Transtornos sistemáticos
Câimbra por calor
Esgotamento (Exaustão do calor)
Desalinização (perda de íons de sódio)
Deficiência circulatória
Desidratação
Choque Térmico
Transtornos na pele
Erupções
Queimaduras (por radiação ultravioleta)
Transtornos psiconeuróticos
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Avaliação
Avaliação
Utilizam-se dois termômetros de bulbo, sendo que um deles tem o bulbo recoberto de
um tecido de algodão limpo, que se mantém embebido em água destilada (termômetro
de bulbo úmido) e o outro idêntico ao de medição da temperatura do ar (termômetro
de bulbo seco). Os valores obtidos são transferidos para a carta psicrométrica (diagrama
que simplifica o estudo das propriedades do ar) e o resultado será a umidade relativa
do ar.
Velocidade do ar
A variação de velocidade do ar implica num aumento do potencial da troca térmica.
No mecanismo da evaporação, a movimentação do ar próximo à superfície do corpo
implica numa sucessão de estágios de equilíbrio entre a pele e o ambiente.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Avaliação
A avaliação é feita principalmente com o auxílio de aparelhos denominados
anemômetros ou termoanemômetros.
Calor Radiante
É uma variável que influi de forma significativa no processo de sobrecarga térmica
quando no ambiente a ser avaliado, há a presença de fontes de radiação que emitem
considerável quantidade de energia no espectro infravermelho.
Avaliação
Atividade Exercida
Exposição ao Calor
FORMULA
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg,br>
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.
•As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da
região do corpo mais atingida.
•Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com
períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço.
• Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no
Quadro n º 1.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
Quadro n º 1.
Quadro n º 2.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Exposição ao Calor
Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela
seguinte fórmula:
Sendo:
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Exposição ao Calor
é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
Sendo:
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho,
sendo Tt + Td = 60 minutos corridos.
• As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n º 3.
• Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos
legais.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Exposição ao Calor
QUADRO Nº 3
TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
Iluminamento
ANEXO Nº 4
Revogado pela Portaria MTPS nº 3.751, de 23.11.90 (DOU 26.11.90)
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 15 – Atividades e operações insalubres
RADIAÇÕES IONIZANTES
RADIAÇÕES IONIZANTES
EXPLOSIVO
ÁREAS DE RISCOS
RADIÇÕES IONIZANTES
· Disposições Finais são várias considerações de grande importância para a nova norma.
Aqui, encontram-se definidos os conceitos de trabalhadores habilitados e de
trabalhadores qualificados, que aparecem freqüentemente na maioria dos itens da
norma. Também estão aqui garantidos a existência de bebedouro e o fornecimento
gratuito de vestimentas para os trabalhadores do setor, outro item estabelecido pela
Convenção Sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores e o Meio Ambiente do Trabalho
da OIT.
Apesar das grandes mudanças introduzidas, na reformulação da norma, a grande
maioria de seus itens trata apenas das condições físicas de trabalho oferecidas ao
trabalhador. Poucos itens demonstram preocupação com o comportamento deste no
ambiente de trabalho, portanto, é correto afirmar que a norma não é medida suficiente
para o gerenciamento da segurança e saúde ocupacional.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Em uma pesquisa realizada em 1996, relacionada à indústria da construção civil na
cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, constatou-se dois pontos principais.
Primeiramente os índices encontrados, do número de acidentes de trabalho ocorridos
na região não demonstram qualquer indício de diminuição após a aprovação das
modificações da norma. Num segundo momento da pesquisa, realizada em empresas
de construção civil da mesma cidade, os empresários relatam que as dificuldades de
implantar um sistema efetivo de segurança nas empresas de construção civil persistem
apesar das mudanças nas normas e regulamentações. Segundo Cruz (1996), esta
dificuldade se dá devido a diferenças entre a teoria da aplicação das normas e as
práticas organizacionais. Estas normas e legislações tratam a segurança de maneira
pontual, diferindo das modernas abordagens organizacionais. Devido a estas
abordagens as diversas funções passaram a ser gerenciadas de modo mais contínuo e
integrado, enquanto que a segurança e a saúde ocupacional visam apenas o
cumprimento da legislação.
Se as medidas de segurança implantadas visam apenas cumprir a legislação vigente, a
segurança está sendo, neste caso, considerada como um agregado a condição de
trabalho. A segurança para ser efetiva deve fazer parte integral do trabalho, este é o
único modo das tarefas serem realizadas seguramente.
SEGURANÇA DO TRABALHO I NR 19 – Explosivos
19.1. Depósito, manuseio e armazenagem de explosivos.
19.1.1. Explosivos são substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases,
produzindo calor intenso e pressões elevadas, subdividindo em:
a) explosivos iniciadores: aqueles que são empregados para excitação de cargas
explosivas, sensível ao atrito, calor e choque. Sob efeito do calor explodem sem se
incendiar;
b) explosivos reforçadores: os que servem como intermediário entre o iniciador e a
carga explosiva propriamente dita;
c) explosivos de rupturas: são os chamados altos explosivos, geralmente tóxicos;
d) pólvoras: que são utilizadas para propulsão ou projeção.
19.1.2. A construção dos depósitos de explosivos devem obedecer aos seguintes
requisitos:
a) construído em terreno firme, seco, a salvo de inundações e não-sujeito à mudança
freqüente de temperatura ou ventos fortes e não deverá ser constituído de extrato de
rocha contínua; (119.001-6 / I4)
b) afastada de centros povoados, rodovias, ferrovias, obras de arte importantes,
habitações isoladas, oleodutos, linha-tronco de distribuição de energia elétrica, água e
gás; (119.002-4 / I4)
c) os distanciamentos mínimos para a construção do depósito segundo as Tabelas A, B e
C. (119.003-2 / I4)
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 19 – Explosivos
DISTANCIAMENTO PARA ARMAZENAGEM DE EXPLOSIVOS
Tabela A
ARMAZÉM DE PÓLVORAS QUÍMICAS E ARTIFICIOS PIROTÉCNICOS
Quantidade em quilos Distâncias Mínimas, em Metros, a
(capacidade do armazém)
Edifícios habitados Ferrovias Rodovias Depósitos
4.500 45 45 45 30
45.000 90 90 90 60
90.000 110 110 110 75
225.000(*) 180 180 180 120
(*) Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada em caso algum.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 19 – Explosivos
DISTANCIAMENTO PARA ARMAZENAGEM DE EXPLOSIVOS
Tabela B
ARMAZENAGEM DE EXPLOSIVOS INICIADORES
Quantidade em quilos Distâncias Mínimas, em Metros, a
(capacidade do armazém)
Edifícios habitados Ferrovias Rodovias Depósit
os
20 75 45 22 20
200 220 135 70 45
900 300 180 95 90
2.200 370 220 110 90
4.500 460 280 140 90
6.800 500 300 150 90
9.000(*) 530 320 160 90
(*) Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada em caso algum.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 19 – Explosivos
DISTANCIAMENTO PARA ARMAZENAGEM DE EXPLOSIVOS
Tabela C
ARMAZENAGEM DE PÓLVORA MECÂNICA (PÓLVORA NEGRA E "CHOCOLATE")
Quantidade em quilos Distâncias Mínimas, em Metros, a
(capacidade do armazém)
Edifícios habitados Ferrovias Rodovias Depósitos
23 45 30 15 20
45 75 45 30 25
90 110 70 35 30
135 160 100 45 35
180 200 120 60 40
225 220 130 70 43
270 250 150 75 45
300 265 160 80 48
360 280 170 85 50
400 300 180 92 52
(*) Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada em caso algum.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 19 – Explosivos
DISTANCIAMENTO PARA ARMAZENAGEM DE EXPLOSIVOS
Tabela C
ARMAZENAGEM DE PÓLVORA MECÂNICA (PÓLVORA NEGRA E "CHOCOLATE")
Quantidade em quilos Distâncias Mínimas, em Metros, a
(capacidade do armazém)
Edifícios habitados Ferrovias Rodovias Depósitos
21.1 Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda que
rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries.
21.2 Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação
excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes.
21.3. Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser oferecidos
alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias.
21.4. Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão imperativas
as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de saúde pública.
21.5. Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias compatíveis com
o gênero de atividade.
21.6. Quando o empregador fornecer ao empregado moradia para si e sua família, esta
deverá possuir condições sanitárias adequadas.
21.6.1. É vedada, em qualquer hipótese, a moradia coletiva da família.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 21 – Trabalhos a céu aberto
21.7. A moradia deverá ter:
a) capacidade dimensionada de acordo com o número de moradores;
b) ventilação e luz direta suficiente;
c) as paredes caiadas e os pisos construídos de material impermeável.
21.8. As casas de moradia serão construídas em locais arejados, livres de vegetação e
afastadas no mínimo 50,00m (cinquenta metros) dos depósitos de feno ou estercos,
currais, estábulos, pocilgas e quaisquer viveiros de criação.
21.9. As portas, janelas e frestas deverão ter dispositivos capazes de mantê-las fechadas,
quando necessário.
21.10. O poço de água será protegido contra a contaminação.
21.11. A cobertura será sempre feita de material impermeável, imputrescível, não
combustível.
21.12. Toda moradia disporá de, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e um
compartimento sanitário.
21.13. As fossas negras deverão estar, no mínimo, 15,00m (quinze metros) do poço;
10,00m (dez metros) da casa, em lugar livre de enchentes e à jusante do poço.
21.14. Os locais destinados às privadas serão arejados, com ventilação abundante,
mantidos limpos, em boas condições sanitárias e devidamente protegidos contra a
proliferação de insetos, ratos, animais e pragas.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
24.1.1 Denomina-se, para fins de aplicação da presente NR, a expressão:
a) aparelho sanitário: o equipamento ou as peças destinadas ao uso de água para fins
higiênicos ou a receber águas servidas (banheira, mictório, bebedouro, lavatório, vaso
sanitário e outros);
b) gabinete sanitário: também denominado de latrina, retrete, patente, cafoto, sentina,
privada, WC, o local destinado a fins higiênicos e dejeções;
c) banheiro: o conjunto de peças ou equipamentos que compõem determinada unidade e
destinado ao asseio corporal.
24.1.2 As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas
essenciais. O órgão regional competente em
Segurança e Medicina do Trabalho poderá, à vista de perícia local, exigir alterações de
metragem que atendam ao mínimo de conforto exigível. É considerada satisfatória a
metragem de 1 metro quadrado, para cada sanitário, por 20 operários em atividade.
24.1.2.1 As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo.
24.1.3 Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a
processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos
de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
24.1.4 Os vasos sanitários deverão ser sifonados e possuir caixa de descarga automática
externa de ferro fundido, material plástico ou fibrocimento.
24.1.5 Os chuveiros poderão ser de metal ou de plástico, e deverão ser comandados por
registros de metal a meia altura na parede;
24.1.6 O mictório deverá ser de porcelana vitrificada ou de outro material equivalente, liso
e impermeável, provido de aparelho de descarga provocada ou automática, de fácil
escoamento e limpeza, podendo apresentar a conformação do tipo calha ou cuba.
24.1.6.1 No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo de 0,60m,
corresponderá a um mictório do tipo cuba.
24.1.7 Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais
impermeáveis e laváveis, possuindo torneiras de metal, tipo comum, espaçadas de 0,60m,
devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores.
24.1.8 Será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um lavatório para cada 10 (dez)
trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a
substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que
provoquem sujidade.
24.1.8.1 O disposto no item 24.1.8 deverá também ser aplicado próximo aos locais de
atividades.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
24.1.9 O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou secagem das
mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas.
24.1.10 Deverá haver canalização com tomada d’água, exclusivamente para uso contra
incêndio.
24.1.11 Os banheiros, dotados de chuveiros, deverão:
a) ser mantidos em estado de conservação, asseio e higiene;
b) ser instalados em local adequado;
c) dispor de água quente, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e
Medicina do Trabalho;
d) ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou ser construídos de modo a
manter o resguardo conveniente;
e) ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso, impermeável e lavável.
24.1.12 Será exigido 1 um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou
operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes,
infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em
que estejam expostos a calor intenso.
24.1.13 Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou soluções de
continuidade que possam acarretar infiltrações ou acidentes.
SEGURANÇA DO TRABALHO I
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
24.1.14 Quando os estabelecimentos dispuserem de instalações de privadas ou mictórios
anexos às diversas seções fabris, devem os respectivos equipamentos ser computados para
efeito das proporções estabelecidas na presente Norma.
24.1.15 Nas indústrias de gêneros alimentícios ou congêneres, o isolamento das privadas
deverá ser o mais rigoroso possível, a fim de evitar poluição ou contaminação dos locais de
trabalho.
24.1.16 Nas regiões onde não haja serviço de esgoto, deverá ser assegurado aos
empregados um serviço de privadas, seja por meio de fossas adequadas, seja por outro
processo que não afete a saúde pública, mantidas as exigências legais.
24.1.17 Nos estabelecimentos comerciais, bancários, securitários, de escritório e afins,
poderá a autoridade local competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho,
em decisão fundamentada, submetida à homologação do Delegado Regional do Trabalho,
dispensar ou reduzir o número de mictórios e de chuveiros estabelecidos nesta Norma.
24.1.18 As paredes dos sanitários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum
ou de concreto e revestidas com material impermeável e lavável.
24.1.19 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis, de acabamento liso, inclinado para os
ralos de escoamento providos de sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada de
umidade e emanações no banheiro, e não apresentar ressaltos e saliências.
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NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
24.1.20 A cobertura das instalações sanitárias deverá ter estrutura de madeira ou metálica,
e as telhas poderão ser de barro ou de fibrocimento.
24.1.20.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas, para melhorar a iluminação natural, e
telhas de ventilação de 4 em 4 metros.
24.1.21 As janelas das instalações sanitárias deverão ter caixilhos fixos, inclinados de 45º,
com vidros inclinados de 45º, com vidros incolores e translúcidos, totalizando uma área
correspondente a 1/8 da área do piso.
24.1.21.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 m a
partir do piso.
24.1.22 Os locais destinados às instalações sanitárias serão providos de uma rede de
iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.
24.1.23 Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser
instaladas lâmpadas incandescentes de 100 W/8,00 m² de área com pé-direito de 3,00m
máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.
24.1.24 A rede hidráulica será abastecida por caixa d’água elevada, a qual deverá ter altura
suficiente para permitir bom funcionamento nas tomadas de água e contar com reserva
para combate a incêndio de acordo com posturas locais.
24.1.24.1 Serão previstos 60 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas
instalações sanitárias.
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24.1.25 As instalações sanitárias deverão dispor de água canalizada e esgotos ligados à
rede geral ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.
24.1.25.1 Não poderão se comunicar diretamente com os locais de trabalho nem com os
locais destinados às refeições.
24.1.25.2 Serão mantidas em estado de asseio e higiene.
24.1.25.3 No caso de se situarem fora do corpo do estabelecimento, a comunicação com os
locais de trabalho deve fazer-se por passagens cobertas.
24.1.26 Os gabinetes sanitários deverão:
a) ser instalados em compartimentos individuais, separados;
b) ser ventilados para o exterior;
c) ter paredes divisórias com altura mínima de 2,10m e seu bordo inferior não poderá
situar-se a mais de 0,15 m acima do pavimento;
d) ser dotados de portas independentes, providas de fecho que impeçam o devassamento;
e) ser mantidos em estado de asseio e higiene;
f) possuir recipientes com tampa, para guarda de papéis servidos, quando não ligados
diretamente à rede ou quando sejam destinados às mulheres.
24.1.26.1 Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local independente,
dotado de antecâmara.
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24.1.27 É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com quaisquer materiais
(caixas) de madeira, blocos de cimento e outros.
24.2 Vestiários.
24.2.1 Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca
de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para
vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de sexos.
24.2.2 A localização do vestiário, respeitada a determinação da autoridade regional
competente em Segurança e Medicina do Trabalho, levará em conta a conveniência do
estabelecimento.
24.2.3 A área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de 1,50 m²
para 1 trabalhador.
24.2.4 As paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum ou
de concreto, e revestidas com material impermeável e lavável.
24.2.5 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento liso, inclinados para
os ralos de escoamento providosde sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada
de umidade e emanações no vestiário e não apresentar ressaltos e saliências.
24.2.6 A cobertura dos vestiários deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e as telhas
poderão ser de barro ou de fibrocimento.
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24.2.6.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural.
24.2.7 As janelas dos vestiários deverão ter caixilhos fixos inclinados de 45º, com vidros
incolores e translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso.
24.2.7.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 a partir do
piso.
24.2.8 Os locais destinados às instalações de vestiários serão providos de uma rede de
iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.
24.2.9 Com objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser
instaladas lâmpadas incandescentes de 100 W/ 8,00 m² de área com pé-direito de 3.00 m,
ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.
24.2.10 Os armários, de aço, madeira, ou outro material de limpeza, deverão ser
essencialmente individuais.
24.2.10.1 Deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas podendo também
ser sobrepostos.
24.2.10.2 Deverão ser pintados com tintas laváveis, ou revestidos com fórmica, se for o
caso.
24.2.11 Nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades incompatíveis
com o asseio corporal, que exponham os empregados a poeiras e produtos graxos e
oleosos, os armários serão de compartimentos duplos.
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24.2.12 Os armários de compartimentos duplos terão as seguintes dimensões mínimas:
a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de
largura e 0,40m (quarenta centímetros)de profundidade, com separação ou prateleira, de
modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se destine a
abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com altura de 0,40m (quarenta
centímetros) a guardar a roupa de trabalho; ou
b) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de largura e
0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com divisão no sentido vertical, de forma
que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam,
rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.
24.2.13 Os armários de um só compartimento terão as dimensões mínimas de 0,80m
(oitenta centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m
(quarenta centímetros) de profundidade.
24.2.14 Nas atividades comerciais, bancárias, securitárias, de escritório e afins, nas quais
não haja troca de roupa, não será o vestiário exigido, admitindo-se gavetas, escaninhos ou
cabides, onde possam os empregados guardar ou pendurar seus pertences.
24.2.15 Em casos especiais, poderá a autoridade local competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho, em decisão fundamentada submetida à homologação
do MTb, dispensar a exigência de armários individuais para determinadas atividades.
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24.2.16 É proibida a utilização do vestiário para quaisquer outros fins, ainda em caráter
provisório, não sendo permitido, sob pena de autuação, que roupas e pertences dos
empregados se encontrem fora dos respectivos armários.
24.3 Refeitórios.
24.3.1 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é
obrigatória a existência de refeitório,não sendo permitido aos trabalhadores tomarem suas
refeições em outro local do estabelecimento.
24.3.2 O refeitório a que se refere o item 24.3.1 obedecerá aos seguintes requisitos:
a) área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um
terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior
número de empregados;
b) a circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, e a circulação entre bancos
e banco/parede deverá ter a largura mínima de 55 cm.
24.3.3 Os refeitórios serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser
protegida por eletrodutos.
24.3.4 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/6,00 m² de área com pé
direito de 3,00 m máximo ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.
24.3.5 O piso será impermeável, revestido de cerâmica, plástico ou outro material lavável.
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24.3.6 A cobertura deverá ter estrutura de madeira ou metálica e as telhas poderão ser de
barro ou fibrocimento.
24.3.7 O teto poderá ser de laje de concreto, estuque, madeira ou outro material
adequado.
24.3.8 Paredes revestidas com material liso, resistente e impermeável, até a altura de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).
24.3.9 Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na legislação federal,
estadual ou municipal.
24.3.10 Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos individuais, ou
bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora, proibindo-se sua instalação em pias e
lavatórios, e o uso de copos coletivos.
24.3.11 Lavatórios individuais ou coletivos e pias instalados nas proximidades do refeitório,
ou nele próprio, em número suficiente, a critério da autoridade competente em matéria de
Segurança e Medicina do Trabalho.
24.3.12 Mesas providas de tampo liso e de material impermeável, bancos ou cadeiras,
mantidos permanentemente limpos.
24.3.13 O refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando
diretamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais insalubres ou
perigosos.
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24.3.14 É proibida, ainda que em caráter provisório, a utilização do refeitório para
depósito, bem como para quaisquer outros fins.
24.3.15 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) até 300 (trezentos)
empregados, embora não seja exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos
trabalhadores condições suficientes de conforto para a ocasião das refeições.
24.3.15.1 As condições de conforto de que trata o item 24.3.15 deverão preencher os
seguintes requisitos mínimos:
a) local adequado, fora da área de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos em número correspondente ao de usuários;
e) lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local;
f) fornecimento de água potável aos empregados;
g) estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições.
24.3.15.2 Nos estabelecimentos e frentes de trabalho com menos de 30 (trinta)
trabalhadores deverão, a critério da autoridade competente, em matéria de Segurança e
Medicina do Trabalho, ser asseguradas aos trabalhadores condições suficientes de conforto
para as refeições em local que atenda aos requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e
fornecimento de água potável.
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24.3.15.3 Ficam dispensados das exigências desta NR:
a) estabelecimentos comerciais bancários e atividades afins que interromperem suas
atividades por 2 (duas) horas, no período destinado às refeições;
b) estabelecimentos industriais localizados em cidades do interior, quando a empresa
mantiver vila operária ou residirem, seus operários, nas proximidades, permitindo
refeições nas próprias residências.
24.3.15.4 Em casos excepcionais, considerando-se condições especiais de duração,
natureza do trabalho, exigüidade de área, peculiaridades locais e tipo de participação no
PAT, poderá a autoridade competente, em matéria de Segurança e Medicina no Trabalho,
dispensar as exigências dos subitens 24.3.1 e 24.3.15.2, submetendo sua decisão à
homologação do Delegado Regional do Trabalho. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17
de setembro de 1993)
24.3.15.5 Nos estabelecimentos em que trabalhem 30 (trinta) ou menos trabalhadores,
poderão, a critério da autoridade competente, em matéria de Segurança e Medicina do
Trabalho, ser permitidas às refeições nos locais de trabalho, seguindo as condições
seguintes:
a) respeitar dispositivos legais relativos à segurança e medicina do trabalho;
b) haver interrupção das atividades do estabelecimento, nos períodos destinados às
refeições;
c) não se tratar de atividades insalubres, perigosas ou incompatíveis com o asseio corporal.
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24.4 Cozinhas.
24.4.1 Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através de
aberturas por onde serão servidas as refeições.
24.4.2 As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ser de
35% (trinta e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) respectivamente, da área do
refeitório.
24.4.3 Deverão ter pé-direito de 3,00 (três) no mínimo.
24.4.4 As paredes das cozinhas serão construídas em alvenaria de tijolo comum, em
concreto ou em madeira, com revestimento de material liso, resistente e impermeável -
lavável em toda a extensão.
24.4.5 Pisos-idênticos ao item 24.2.5.
24.4.6 As portas deverão ser metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00 metro por
2,10 metros.
24.4.7 As janelas deverão ser de madeira ou de ferro, de 60 cm x 60 cm, no mínimo.
24.4.7.1 As aberturas, além de garantir suficiente aeração, devem ser protegidas com telas,
podendo ser melhorada a ventilação através de exaustores ou coifas.
24.4.8 Pintura - idêntico ao item 24.5.17.
24.4.9 A rede de iluminação terá sua fiação protegida por eletrodutos.
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24.4.10 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m² com pé-direito
de 3,0 m máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.
24.4.11 Lavatório dotado de água corrente para uso dos funcionários do serviço de
alimentação e dispondo de sabão e toalhas.
24.4.12 Tratamento de lixo, de acordo com as normas locais do Serviço de Saúde Pública.
24.4.13 É indispensável que os funcionários da cozinha encarregados de manipular
gêneros, refeições e utensílios, disponham de sanitário e vestiário próprios, cujo uso seja
vedado aos comensais e que não se comunique com a cozinha.
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24.5 Alojamento.
24.5.1 Conceituação.
24.5.1.1 Alojamento é o local destinado ao repouso dos operários.
24.5.2 Características gerais.
24.5.2.1 A capacidade máxima de cada dormitório será de 100 (cem) operários.
24.5.2.2 Os dormitórios deverão ter áreas mínimas dimensionadas de acordo com os
módulos (camas/armários) adotados e capazes de atender ao efeito a ser alojado,
conforme o Quadro I.